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A INCLUSÃO DIGITAL
CURITIBA
2005
EVANDRO LUZ MACHADO
JUSSARA PEDROSO
A INCLUSÃO DIGITAL
CURITIBA
2005
Agradecemos...
...ao Professor Ewaldo Luiz de Mattos Mehl, pela
orientação, disposição e sensibilidade que teve em todos
os momentos.
...aos familiares e amigos, pelo estímulo e apoio.
ii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................8
iii
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................119
7. REFERÊNCIAS......................................................................................120
iv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Crescimento da utilização de acesso banda larga no Brasil [10]..................9
Figura 2 – Comparativo mundial dos custos do acesso banda [9]. .............................10
Figura 3 – Despesas mensais em função da renda no Brasil [10]. ..............................11
Figura 4 – Primeira topologia na cidade de Piraí [37]...................................................26
Figura 5 – Topologia híbrida na cidade de Piraí [37]....................................................26
Figura 6 - Vista do local onde estão instaladas antenas para atender ao projeto de
Ouro Preto. [2] ..............................................................................................................29
Figura 7 – Instalação na Universidade de Ouro Preto [2] ............................................30
Figura 8 – Rede local típica [2] .....................................................................................31
Figura 9 – Rede Comunitária [2] ..................................................................................31
Figura 10 – Cobertura da rede de dois fabricantes diferentes. [2]...............................32
Figura 11 – Diagrama da rede de Pinhais. [12] ............................................................35
Figura 12 – Imagem captada por câmera de segurança em laboratório de informática
da escola. [12] ...............................................................................................................35
Figura 13 – Sistema para monitoramento das câmeras de segurança. [12] ................36
Figura 14 – Monitoramento das câmeras de segurança. (foto dos autores)..............36
Figura 15 – Esquemático da rede de Pinhais. [12] .......................................................37
Figura 16 - Rádio Enterasys R2 [12] .............................................................................37
Figura 17 - Rádio Enterasys AP 2000 [12] ...................................................................38
Figura 18 - Switch SSR 2000 [12] .................................................................................38
Figura 19 - Digital Vídeo Receiver [12] .........................................................................38
Figura 20 - Antena Omnidirecional [12] ........................................................................39
Figura 21 - Antena direcional (foto dos autores).........................................................39
Figura 22 - Topologia em Barramento. [19] ..................................................................43
Figura 23 - Topologia em Estrela. [19] ..........................................................................44
Figura 24 - Topologia em Anel. [19] ..............................................................................44
Figura 25 - Topologia em Malha. [19] ...........................................................................45
Figura 26 - Classificação das redes quanto à sua extensão geográfica. [36] ..............45
Figura 27 - Cabo coaxial e conector em placa de rede. [1] .........................................47
Figura 28 - Par trançado e conector RJ45 para par trançado. [1] ...............................48
Figura 29 - Cabos de fibra óptica. [1] ...........................................................................49
Figura 30 - Roaming entre os Pontos de Acesso. [18] .................................................54
Figura 31 - Instalação externa típica wireless. [24].......................................................55
Figura 32 - Rede IBSS. [24] ..........................................................................................56
Figura 33 - Rede BSS. [24] ...........................................................................................57
Figura 34 - Rede ESS. [24] ...........................................................................................57
Figura 35 - Diferentes modelos de Pontos de Acesso. ..............................................59
Figura 36 - Interfaces Wireless PCI. [44] .....................................................................60
Figura 37 - Cartões PCMCIA. [44] ................................................................................60
Figura 38 - Interfaces wireless USB. [44] .....................................................................61
Figura 39 - Ponto de acesso com as antenas padrão. [42] ..........................................64
Figura 40 - Antena Yagi. [42] ........................................................................................65
Figura 41 - Diagrama tridimensional de irradiação das antenas omnidirecionais.[43] .65
Figura 42 - Ganho das antenas omnidirecionais [43] ...................................................66
Figura 43 - Antenas ominidirecionais. [42] ...................................................................66
5
Figura 44 - Antena de Grade. [42] ................................................................................67
Figura 45 – Perda e ganho de sinal durante o percurso da onda eletromagnética. ..68
Figura 46 – Frequências de operação dos principais padrões 802.11.......................73
Figura 47 - Ilustração da canalização do padrão IEEE 802.11 no Brasil (2,4 GHz) [18]
.....................................................................................................................................74
Figura 48 – Formato dos frames 802.11. [7] ................................................................76
Figura 49 - Mecanismos de autenticação [14] ..............................................................78
Figura 50 - Simbologia de warchalking. [23] .................................................................79
Figura 51 – Aplicações atendidas com o Wi-Max. [4] ..................................................80
Figura 52 – Bandas que poderão ser utilizadas pelos padrões 802.16a/d. [1]............84
Figura 53 - Topologia IEEE 802.16a. [11] .....................................................................86
Figura 54 – Localização de Morretes no Estado do Paraná. [31] ................................91
Figura 55 – Localização de Morretes [26] .....................................................................92
Figura 56 - Escola Municipal Miguel Schleder.(foto dos autores) ..............................95
Figura 57 - Restaurante Casarão. (foto dos autores) .................................................97
Figura 58 – Mapa com prédios atendidos pela rede sem fio......................................99
Figura 59 – Antena Omnidirecional...........................................................................106
Figura 60 – Lóbulo de radiação vertical....................................................................107
Figura 61 – Antena Direcional...................................................................................107
Figura 62 – Lóbulo de radiação horizontal................................................................108
Figura 63 – Exemplo de um ponto de acesso sem fio..............................................108
Figura 64 – Exemplo de placa de rede wireless. ......................................................110
Figura 65 – Mapa com as escolas municipais que poderão ser atendidas pela rede.
...................................................................................................................................113
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Comparativo dos casos estudados............................................................41
Tabela 2 – Alcance máximo de antennas no horizonte..............................................68
Tabela 3 – Condições de uso das frequências de Wi-Fi ............................................71
Tabela 4 – Características dos principais padrões 802.11. [23] ...................................72
Tabela 5 - Canalização do padrão IEEE 802.11 no Brasil (2,4 GHz) [18]....................74
Tabela 6 - Evolução das especificações do IEEE para a Wireless MAN. ..................82
Tabela 7 – Participantes do Wi-Max fórum.................................................................82
Tabela 8 – Algumas faixas de frequência e suas aplicações. ....................................85
Tabela 9 – Comparativo básico entre tecnologias......................................................89
Tabela 10 – Quantidade de computadores nos diversos setores públicos. ...............93
Tabela 11 - Censo Escolar de Morretes realizado em 16 de Agosto de 2.005 [26].....94
Tabela 12 – Legenda da Figura 58 .............................................................................99
Tabela 13 - Equipamentos para a rede cabeada: ....................................................102
Tabela 14 – Equipamentos para rede sem fio, considerando tecnologia Wi-Fi. ......106
Tabela 15 – Características técnicas do ponto de acesso. ......................................109
Tabela 16 – Características Técnicas da Placa de Rede Wireless PCI...................110
Tabela 17 – Legenda do mapa da figura 65. ............................................................114
Tabela 18 – Equipamentos e custos para a segunda etapa do projeto. ..................116
Tabela 19 – Detalhamento do microcomputador......................................................116
7
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo estudar e propor a melhor solução para uma
rede de acesso de dados, focando o baixo custo, para uma pequena cidade de
aproximadamente 18.000 habitantes, visando a inclusão digital da população.
Inclusão Digital é uma forma de familiarizar não só a tecnologia, mas também
a informação à sociedade com o intuito de melhorar a capacitação profissional e
intelectual das pessoas estimulando suas competências e inteligências a fim de
reduzir a alienação dessas em relação a diversos aspectos da vida.
Formalmente a Inclusão digital deve ser tratada como “um elemento
constituinte da política de governo eletrônico, para que esta possa configurar-se
como política universal. Essa visão funda-se no entendimento da inclusão digital
como direito de cidadania e, portanto, objeto de políticas públicas para sua
promoção”. [6]
Por sugestão do Professor Doutor Ewaldo L. M. Mehl, após nos repassar a
[33]
reportagem “Vida sem fio muda rotina de Cidade” sobre a cidade de Sud
Mennucci, decidimos fazer este estudo, pois se trata de um tema em evidência, com
poucos casos no Brasil e que ainda deve ser estudado para um melhor
aproveitamento das tecnologias disponíveis no mercado.
Desenvolvendo um trabalho como este, esperamos que, além do
aprofundamento técnico, sejam absorvidos conhecimentos comerciais, políticos e
sociais acerca da pesquisa e sua aplicação. O estudo também tem como objetivo
aproximar a engenharia que aprendemos na faculdade com a engenharia do dia a
dia, sempre buscando melhorias para a sociedade e principalmente para as parcelas
excluídas o que, neste caso, se configura como sendo a população sem acesso às
tecnologias digitais.
Para isso, buscamos conhecimento técnico e nos aprofundamos em casos
reais de inclusão digital, ganhando experiência nas áreas que complementam a
engenharia, como as áreas sociais e econômicas. Por fim, estudamos o caso em
uma cidade que poderá no futuro utilizar estas informações para a implantação de
uma rede de dados de baixo custo tornando o trabalho uma real obra de engenharia.
8
2. A INTERNET NO BRASIL
9
frente de França e Austrália, ainda assim temos menos de 10% da população
acessando a Internet, contra 53% da Holanda, por exemplo [9].
Estudos comprovam que os preços de acesso à Internet banda larga no Brasil
estão entre os mais baixos do mundo, comparáveis aos menores preços vigentes
em países europeus. Como mostrado no gráfico da Figura 2, o custo da banda larga
no Brasil fica em torno de 19,5 Euros, muito próximo ao custo da banda larga na
França, por exemplo, e bem distante dos países que têm um custo muito elevado
como Irlanda e Espanha com 54,5 e 39,1 Euros respectivamente.
10
Figura 3 – Despesas mensais em função da renda no Brasil [10].
11
A “escrita proporcionou que o conhecimento ultrapassasse a barreira do
tempo e que a mensagem pudesse existir independente de um emissor, podendo
ser recebida a qualquer momento por qualquer pessoa que soubesse decifrar o
código. Permitiu também a organização linear do pensamento, base da inteligência e
cultura dos séculos seguintes.” [22]. Com a escrita desenvolveu-se também a ciência,
desencadeando o conhecimento científico e o desenvolvimento da civilização. Com
a ciência, o espaço pôde ser reconfigurado, medido, transformado. A escrita também
esteve intimamente ligada com a transmissão e desenvolvimento da cultura dos
povos. E a cultura com o desenvolvimento da sociedade e da vida social.
Comparada à reviravolta da escrita, podemos citar a também reviravolta dos
últimos anos com o surgimento e crescimento da Internet. O meio de comunicação
mais completo já criado pela tecnologia humana. O primeiro a unir duas
características dos anteriores: a interatividade e a massividade. Um meio através do
qual todos podem ser emissores e receptores da mensagem, onde todos podem
construir, escrever, falar e serem ouvidos, lidos e vistos. Com o surgimento deste
novo meio, diversos paradigmas começam a ser modificados e nossa sociedade
depara-se com uma nova revolução, tanto ou mais importante do que a invenção da
escrita.
A informação torna-se matéria-prima de nossa sociedade, fonte
principalmente de capital e de poder. E um espaço inteiramente constituído de
informação, como a Internet, passa a ter um papel central nessa nova sociedade,
tanto em termos de circulação de capital, como em termos de reconfiguração do
espaço e das relações sociais. Este espaço, denominado por muitos como
ciberespaço ou espaço virtual, é o centro da revolução desta virada de século. [3]
A Internet apresenta uma convergência de meios de comunicação. No
computador já é possível assistir televisão, ouvir rádio ou ler jornal. Todas as mídias
tradicionais adicionadas de interatividade. Logo, enquanto usuário da rede, cada
indivíduo é um emissor massivo em potencial. Pode difundir mensagens e idéias
através de e-mail, chats ou mesmo em listas de discussão e websites. Pode difundir
sua música gravando em um formato que seja manipulável através da Internet. Pode
gravar um vídeo em uma câmera digital e divulgá-lo. Enfim, as possibilidades são
inúmeras. Cada indivíduo é simultaneamente um emissor e um receptor na rede.
12
No Brasil a Internet já afeta a vida das pessoas, modificando costumes e
opiniões. Uma pesquisa recente mostrou que os consumidores brasileiros são cada
vez mais dependentes da Internet, e cada vez mais utilizam seus serviços para se
comunicar entre amigos, para utilizar serviços bancários e buscar informações sobre
lazer e entretenimento.
Abaixo seguem alguns dos mais importantes resultados do primeiro
Cyberstudy Internacional da America Online / Roper ASW: [29]
• 86% dizem que a Internet melhorou as suas vidas em algum aspecto e que
ela é quase uma necessidade para mais de 70% dos consumidores online no
Brasil.
• Uma das perguntas avaliou a importância de vários itens na vida dos
consumidores: 78% responderam que preferiam um computador com
conexão à Internet, em vez de uma televisão ou telefone se estivessem
naufragados numa ilha deserta.
• Os serviços bancários estão entre os recursos mais utilizados na Internet
brasileira. Quase 50% dos usuários residenciais no Brasil dizem que, regular
ou ocasionalmente, utilizam serviços bancários online.
• 55% dos brasileiros conectados à Internet são grandes usuários de
informações sobre lazer, incluindo críticas de restaurantes ou de cinema, - um
número maior do que no Canadá ou Reino Unido - e regular ou
ocasionalmente, procuram estas informações online.
• Os internautas brasileiros estão dependendo cada vez mais da Internet para
suprir as necessidades. Mais da metade (52%) utiliza a Internet para
pesquisar os produtos que compram e 55% dependem da Internet para as
notícias esportivas.
• Mais de 75% dos internautas brasileiros, regular ou ocasionalmente,
comunica-se com seus amigos ou parentes online.
• Mais de 75% dos internautas brasileiros concordam com a afirmação de que é
importante para crianças (79%) e adultos (89%) saberem navegar nos dias de
hoje.
13
Carlos Trostli, Presidente de America Online Brasil, disse [29]:
"O Cyberstudy Internacional da America Online / RoperASW reflete a crescente importância
da Internet como peça-chave na vida dos consumidores online no Brasil. Eles estão indicando
que a Internet é quase uma necessidade e afirmam que a vida online está alterando as
atividades do dia-a-dia nas comunicações com amigos e parentes, gerenciando as agendas
pessoais e encontrando informações sobre entretenimento. O uso de serviços bancários
online também aparece como uma das principais atividades online hoje no Brasil, o País está
à frente da maioria dos outros países pesquisados neste aspecto. A confirmação destes
números é a demanda fenomenal pelo serviço conjunto da America Online Brasil e Banco
Itaú, proporcionando facilidade de uso e conveniência nos serviços bancários online”.
14
Internet pode melhorar a vida dos seus filhos tanto no ambiente familiar como no seu
desenvolvimento pessoal [29]:
• 52% dos pais pesquisados com um filho que usa a Internet acreditam que o
acesso é uma influência positiva na qualidade dos relacionamentos da criança
com outros parentes e amigos.
• 75% dos pais brasileiros pesquisados acessam a Internet junto com seus
filhos e quase 70% disseram que a Internet teve uma influência mais positiva
do que a televisão na vida dos seus filhos.
• 91% dos consumidores online no Brasil falam que a Internet foi positiva para o
desenvolvimento de habilidades para a vida profissional dos seus filhos.
• A Internet é vista como um recurso acadêmico de muito valor - 77% dos pais
pesquisados confirmaram que a Internet melhorou a qualidade da lição de
casa dos seus filhos.
15
últimos anos, assim garantindo que os resultados obtidos têm grande probabilidade
de estarem em torno ou com valores mais altos que os apresentados.
Com isso, comprovamos que a Internet está influenciando a vida das pessoas
e que está ajudando no desenvolvimento e no cotidiano da população que a utiliza.
A Internet revolucionou o mundo com seus serviços e não podemos deixar de dar
uma grande atenção a esse meio de comunicação que está evoluindo numa escala
exponencial.
16
O estabelecimento do Comitê Executivo de Governo Eletrônico pode ser
considerado um dos grandes marcos do compromisso do Conselho de Governo em
prol da evolução da prestação de serviços e informações ao cidadão.
O Comitê Executivo de Governo Eletrônico - CEGE tem o objetivo de formular
políticas, estabelecer diretrizes, coordenar e articular as ações de implantação do
Governo Eletrônico e, atendendo a um Plano de Metas, apresentou, em 20/09/2000,
o documento "Política de Governo Eletrônico”.
Em setembro de 2002 foi publicado um documento com o balanço das
atividades desenvolvidas nos 2 anos de Governo Eletrônico, com capítulos
dedicados à política de e-Gov, avaliação da implementação e dos resultados, além
dos principais avanços, limitações e desafios futuros do programa. O documento foi
elaborado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, com a colaboração dos membros do Comitê Executivo e constitui
uma base de informações para a continuidade do programa em 2003.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através da Secretaria de
Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) exerce as atribuições de Secretaria-
Executiva e garante o apoio técnico-administrativo necessário ao funcionamento do
Comitê supervisionando seus trabalhos e interagindo com seus coordenadores.
Em 29 de novembro de 2003, a Presidência da República publicou um
decreto criando 8 Comitês Técnicos de Governo Eletrônico, a saber [6]:
17
adotadas como orientações para todas as ações de governo eletrônico, gestão do
conhecimento e gestão da TI no governo federal. São elas [6]:
18
o A segmentação de públicos não pode impedir que as iniciativas
garantam acessibilidade universal. Poderão ser desenhados
programas para públicos específicos, sem levar a constituição de
“guetos” e a alimentação de exclusão e discriminação pela política de
inclusão digital.
• Infra-estrutura
o Os projetos de inclusão digital devem ser apropriados pela
comunidade, especialmente pelo uso comunitário dos espaços e
processos;
o As iniciativas deverão privilegiar a implantação e utilização de espaços
multifuncionais geridos comunitariamente;
o A disposição de espaços de inclusão digital deve dar-se em função da
cobertura territorial de forma a incluir todas as regiões do país;
o A aplicação de recursos na inclusão digital deve privilegiar gastos com
pessoas, promovendo a qualificação do público-alvo, não com
equipamentos, conexão e licenças.
• Comprometimento com o desenvolvimento local
o As iniciativas de inclusão digital devem fomentar o desenvolvimento
social, econômico, político, cultural e tecnológico dos espaços onde se
inserem;
o O estimulo à produção e a sistematização de conteúdo e
conhecimentos locais são elementos fundamentais para a promoção
da efetiva apropriação tecnológica pelas comunidades envolvidas;
o A sustentabilidade das iniciativas se dá pelo estímulo ao uso de TIC
para o desenvolvimento local.
• Integração
o A inclusão digital deve se dar de maneira Integrada à promoção do
Governo Eletrônico, e suas ações devem-se integrar no âmbito federal;
o Materializar a política de inclusão digital de nível federal em ações
indutivas, normativas e financiadoras;
o A execução da política de inclusão digital deve ser compartilhada com
outros níveis de governo, setor privado e sociedade civil;
19
o A política de inclusão digital deverá considerar a integração das
diversas demandas existentes, possibilitando a otimização dos
recursos para sua implantação;
o Deve-se procurar o compartilhamento de infra-estrutura de outras
iniciativas com programas de inclusão digital;
o O desenho das ações deve incorporar possibilidades de cooperação e
articulação internacional.
• Avaliação
o As ações devem ser avaliadas permanentemente;
o A política de inclusão digital deve incluir a criação de sistema de
avaliação das ações e indicadores de inclusão digital.
• Utilização de Software
o As iniciativas de inclusão digital devem privilegiar a utilização de
software livre, devendo ser este utilizado como a opção tecnológica de
inclusão digital do governo federal;
o Legados de licenças existentes podem ser utilizados em iniciativas de
inclusão digital, por conta da racionalização de recursos.
20
3. ESTUDO DE CASO
[35]
Na reportagem “Vida sem fio muda rotina de Cidade” , tomamos
conhecimento de uma iniciativa inédita no Brasil. O governo da cidade de Sud
Mennucci, que fica no noroeste do estado de São Paulo, a 614 quilômetros da
capital, está ofertando sinal de Internet via rádio gratuitamente para a população.
Fundada em 1959, com uma população aproximadamente de 8.200
[37]
habitantes a cidade passou a ser conhecida em todo país por uma iniciativa do
prefeito, o Sr. Nelson Gonçalves de Assis. Unindo a vontade de melhorar a
qualidade de vida da população e o trabalho sério, a iniciativa superou expectativas
e contrariou o que muitos achavam inviável ou até impossível.
Em 2002, a cidade só acessava a Internet através de conexões discadas por
um número interurbano. Através do pedido do prefeito ao chefe de informática da
prefeitura, o Sr. Sérgio Soares foi encarregado de achar uma solução para a
implantação de conexões de Internet para a prefeitura.
Após uma pesquisa das tecnologias que poderiam ser utilizadas, o Sr. Sérgio
Soares sugeriu a utilização da tecnologia sem fio Wi-Fi, que possuía um baixo custo
e uma implantação simples. Primeiramente foram conectados os órgãos públicos
que eram distantes cerca de 5 quilômetros, devido à posição estratégica dos
engenhos de cana de açúcar e o centro da cidade.
Atualmente toda a cidade tem acesso gratuito à banda larga wireless,
fornecido pela prefeitura, e os moradores que possuem computador necessitam
somente de uma placa e uma antena para a conexão que varia de R$ 150,00 a R$
400,00. A cidade depende da cana de açúcar, seu orçamento anual é de R$ 11
21
milhões, tem duas escolas com 20 computadores cada e uma biblioteca com três
computadores. Mas esse pouco desenvolvimento e a dificuldade de acesso às
novas tecnologias não impediu de ser um exemplo inédito nacional.
Na sua casa, a cabeleireira, Elvira instalou uma antena para receber o sinal de Internet via
rádio emitido pela prefeitura gratuitamente. Equipado com uma placa Wi-Fi, o computador de
mesa da família Martelo fica 24 horas conectado à Internet, para que todos usufruam a
tecnologia. Alguns clientes de Elvira agendam horário por e-mail ou MSN Messenger. A
Internet também é útil para que a cabeleireira se atualize profissionalmente. “Aprendo novas
técnicas visitando sites especializados”, disse. Como diversão, Elvira gosta de entrar em
salas de bate-papo e confessa que já varou noites online. “Adoro fazer amigos virtuais da
minha idade”. “Conheço gente até de Portugal." Apesar de liberar o uso ilimitado da Internet
pelos filhos, Elvira fica atenta à filha mais nova, Thays, que mantém um blog. "Fiscalizo,
chego até a fuçar o histórico", diz a mãe.
Mas o mais plugado dos três filhos de Elvira é o técnico em informática Luiz Carlos da Silva
Martelo Júnior. Sempre de olho nos produtos à venda no site Mercado Livre, ele sugeriu à
mãe comprar um telefone portátil. Ela adorou a idéia e liberou o dinheiro, pois jamais
encontraria produto semelhante em Sud Mennucci. "Como o telefone é pequeno e tem
microfone e fone de ouvido, posso atender as ligações sem deixar de atender as clientes do
salão", disse.
Pela Internet, Júnior costuma adquirir componentes para o computador, como discos rígidos e
módulos de memória. Mas sua grande sacada foi passar a comprar antenas receptoras e
placas Wi-Fi, para revender na cidade, onde não há nenhuma loja especializada em
equipamentos de informática. Sozinho, já vendeu 30 kits Wi-Fi para micros de mesa. Usuário
do Skype, software para comunicação por voz pela Internet, Júnior conversa com amigos de
[35]
outras cidades sem gastar nada. “Falo até com um amigo que está no Japão.”
22
de não haver estudos mais profundos como desenvolvimento de treinamentos e
otimização da rede.
O desenvolvimento pode ser visto na prática, três grupos de estudantes da
cidade participaram no dia 29/10/2005, em São Paulo, da final brasileira do torneio
“Bancos em Ação”. É o maior número de equipes de um mesmo município
classificadas na disputa. A reportagem vinculada no site Folha Online [33] comenta:
O torneio acontece em vários países e é promovido pelo Citibank em parceria com a ONG
americana Junior Achievement. Os jovens simulam atuação no mercado financeiro. Cada
equipe cuida de um "banco", o que inclui lidar com juros de curto e longo prazo em operações
de captação e empréstimos, administrar custos operacionais, promover ações de marketing
para aumentar e manter a base de clientes, investimento em pesquisa e outros. A cidade
classificou seis equipes na fase semifinal de um torneio no qual participaram alunos do Brasil
todo, inclusive de escolas particulares. O Rio de Janeiro, por exemplo, contava com apenas
quatro grupos nessa etapa.
3.2. PIRAÍ - RJ
23
econômico com a privatização da Light (empresa que fornece energia no Rio de
Janeiro).
Cerca de 1.200 pessoas foram demitidas e o distrito onde moravam
transformou-se numa cidade fantasma. Em um Município com 23,7 mil habitantes
este número de desempregados pode ser considerado uma catástrofe social, que
exigiria a decretação de um estado de emergência. Por iniciativa da Prefeitura,
estruturou-se um programa de desenvolvimento local gerando, em quatro anos, um
número de postos de trabalho equivalente ao de desempregados a partir do
processo de privatização da Light. Através do condomínio industrial, da formação do
pólo de piscicultura e de cooperativas, o município deu a volta por cima. Dar a volta
por cima foi o título do estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas de São
Paulo. Com base neste estudo, a Prefeitura ganhou em 2001 o Prêmio Gestão
Pública e Cidadania da Fundação FORD e FGV-SP. Este prêmio, uma iniciativa
conjunta da FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS e da FUNDAÇÃO FORD, reconhece e
dissemina inovações na administração e prestação de serviços públicos por
governos municipais, estaduais e por organizações próprias dos povos indígenas.
Este programa foi desenhado de forma integrada, identificando quatro frentes:
governo, educação, comunidades e empresas.
Como objetivo principal, o programa visa à democratização do acesso aos
meios de informação e comunicação, gerando oportunidades de desenvolvimento
econômico e social e ampliando os horizontes da cidade. Além disso, foram traçados
objetivos mais específicos como:
• Democratizar e otimizar o uso dos recursos tecnológicos da informação
e da comunicação para colaborar na produção e socialização do
conhecimento;
• Modernizar e racionalizar a administração pública;
• Disseminar uma sociedade da informação e do conhecimento e
impulsionar atividades que possibilitem à comunidade uma
incorporação mais ágil deste novo conceito, de modo que:
o Viabilize o desenvolvimento social e facilite o acesso à formação
e à informação para todos;
o Assegure a disponibilidade e o acesso às novas tecnologias;
24
o Elimine as barreiras físicas do acesso à informação
• Garantir a coordenação e regulamentação dos esforços para criar uma
estrutura física de acesso lógico e alto desempenho a ser utilizada
também pelas ações de Inclusão Digital.
25
Figura 4 – Primeira topologia na cidade de Piraí [37].
26
manutenção da rede foram assumidas pela Rede Rio, que é uma rede de
computadores, integrada por universidades e centros de pesquisa localizados no
Estado do Rio de Janeiro. Outras empresas, como Schweitzer, Itautec, Banco Real e
Sebrae bancaram equipamentos (computadores e acessórios de informática em
geral) para escolas, bibliotecas, telecentros, postos de saúde, assim como
laboratórios para distritos, e quiosques para acesso a Internet de forma gratuita em
diversos pontos da cidade.
Como comentado o município utilizou parte do PMAT para viabilizar
financeiramente o projeto, conforme consultado no site do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social [30]:
27
• Prazo de até 8 anos, incluindo o prazo máximo de carência de 24
meses.
[39]
Ouro Preto, cidade com aproximadamente 66.280 habitantes , considerada
patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, é sede de um dos projetos de
inclusão digital no Brasil: “Ouro Preto – Cidade Digital”. Projeto esse que colocou a
cidade como uma das pioneiras do assunto no país, coordenado pela Universidade
Federal de Ouro Preto (UFOP), Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet)
Ouro Preto e a Prefeitura Municipal da cidade. Com parceria com a INTEL, o
Ministério de Educação (MEC), apoio da Anatel e da Rede Nacional de Pesquisa
28
(RPN), o projeto piloto utiliza a tecnologia Wi-Max de comunicação sem fio por rádio
freqüência para cobrir grandes distâncias em banda larga.
A coordenação executiva do projeto ficou a cargo do professor Américo
Tristão Bernardes, do Departamento de Física da UFOP que gentilmente, em
encontro com o professor Doutor Ewaldo L. M. Mehl durante a Futurecom 2005,
cedeu alguns documentos e fotos para estudos do projeto Ouro Preto – Cidade
Digital.
A inclusão digital na cidade começou pelas escolas municipais e estaduais
para reforçar a educação como prática social transformadora. Também foram
instaladas, em diversos locais, doze antenas para operação, além de duas bases,
erguidas na UFOP para dar suporte à cobertura. Estão foram conectadas três
escolas públicas estaduais e duas municipais, a Biblioteca Pública Municipal de
Ouro Preto, as secretarias municipais de Planejamento e de Saúde, e o Laboratório
de Redes de Computadores do Departamento de Computação da Universidade
Federal de Ouro Preto (UFOP). Posteriormente, serão ligadas mais três escolas
municipais e duas estaduais, utilizando Wi-Fi ligado à rede Wi-Max. O sistema atinge
toda a sede do município e funciona de maneira semelhante à telefonia celular. As
instalações na UFOP estão mostradas nas Figura 6 e Figura 7.
Figura 6 - Vista do local onde estão instaladas antenas para atender ao projeto de Ouro
Preto. [2]
29
Figura 7 – Instalação na Universidade de Ouro Preto [2]
30
Figura 8 – Rede local típica [2]
31
um projeto e passa e ser uma rede normal funcionando na freqüência pública de 5,8
GHz.
Na Figura 10 é apresentado o mapa com as conexões utilizando equipamentos
das duas empresas – Aperto e Alvarion.
e
Legenda:
32
que disponibilizando recursos humanos técnicos só têm a ganhar para a formação
dos futuros alunos.
3.4. PINHAIS - PR
33
óptica com a prefeitura que tem seu próprio provedor de acesso à Internet. São 7
servidores sendo que 4 com processadores duplos para o atendimento dos 800
computadores.
A rede possui 1000 sensores combinados com 66 câmeras de vídeo IP e
mais 34 câmeras de vídeo analógicas fazendo a segurança dos órgãos públicos,
escolas e bens patrimoniais. Combinando rondas ostensivas nas praças e parques
municipais e o atendimento 24 horas às ocorrências detectadas pela sala de
monitoramento, houve uma diminuição de 98% dos roubos de equipamentos de alto
valor.
No ano de 2005 foram investidos R$300.000 em infra-estrutura e
equipamentos para telefonia via Internet – VoIP com 6 centrais totalizando uma
capacidade de 600 ramais. Estima-se que o retorno do investimento se dê em 2
anos.
Na Figura 11 apresentamos o mapa de conectividade da rede de Pinhais com
as ligações em fibra óptica (IEEE 802.3u) entre os prédios do governo e o restante
das interligações via rádio (IEEE 802.11b, IEEE 802.11g). Verificamos que a solução
via rádio tem melhor desempenho ao cobrir grandes áreas com densidades
pequenas e médias de computadores, diferente da solução cabeada que, para áreas
de cobertura grandes, tem seu custo muito elevado, porém apresentam uma
viabilidade econômica quando estamos diante de uma grande densidade de
computadores em pequenas áreas. Por conseqüência, podemos observar que uma
solução hibrida também foi utilizada em Pinhais reforçando a idéia exposta no caso
de Piraí.
Esta rede de Pinhais é comparada a uma estrutura de rede de empresas de
médio porte, com o uso de tecnologias de empresas de grande porte devido ao seu
planejamento, a sua topologia e aos equipamentos utilizados.
34
Figura 11 – Diagrama da rede de Pinhais. [12]
35
Figura 13 – Sistema para monitoramento das câmeras de segurança. [12]
36
Figura 15 – Esquemático da rede de Pinhais. [12]
37
Figura 17 - Rádio Enterasys AP 2000 [12]
38
Figura 20 - Antena Omnidirecional [12]
39
de vídeo nas principais ruas da cidade a fim de diminuir o índice de criminalidade e a
implantação de telefonia via Internet - VoIP - entre os órgãos públicos.
O sucesso do projeto deve-se ao planejamento a longo prazo, foram quatro
anos investindo em infra-estrutura, estudando tecnologias e adaptando as melhores
soluções para o que a prefeitura e o Município de Pinhais necessitavam. O retorno
do investimento é visto com facilidade no aumento da segurança, na melhoria da
educação e no aumento da agilidade no gerenciamento das informações devido a
implantações de softwares específicos e a interligação dos órgãos públicos.
Acompanhados pelos professores Ewaldo L. M. Mehl e Tibiriçá K. Moreira,
visitamos a prefeitura de Pinhais no dia 10/11/2005, onde conseguimos as
informações necessárias para este projeto. O coordenador de Tecnologia da
Informação, o Sr. João Luiz Guimarães, e o vice-prefeito de Pinhais, o Sr. Mário
Bonaldo, que receberam o grupo de forma bastante atenciosa, não mediram
esforços para nos colocar a par das inovações implantadas.
40
Tabela 1 - Comparativo dos casos estudados.
Sud Mennucci Piraí Ouro-Preto Pinhais
Internet Disponível Não (estudos sendo Não (estudos sendo
para TODA a Sim feitos para futura Não feitos para futura
população implantação) implantação)
Internet Disponível em
Sim Sim Sim Sim
escolas e Telecentros
WiFi - 802.11b; WiFi 802.11b,
Tecnologias e
WiFi - 802.11b Fast Ethernet WiMax - 802.16 802.11g; Fast
Protocolos
802.3u Ethernet 802.3u
Banda fornecida aos Banda Larga Banda Larga com
usuários limitada em 64 kbps até 14Mbps
Não informou -
Não informou -
Utilização de verba
Patrocínio de
R$17.000,00 pública (PMAT),
empresas privadas
(Equipamentos e apoio técnico e R$ 650.000 (Rede)
Investimento da (Intel, Telemar),
infraestrutura) + financeiro de + R$ 300.000
Prefeitura parcerias com
R$3.200,00/mês empresas privadas (2005-VoIP)
Universidades e
para aluguel do link (Taho, Itautec,
órgãos públicos
Banco Real e
(Anatel, RNP)
Sebrae)
R$150,00 a R$ Nenhum, para Nenhum, para Nenhum, para
Investimento do 400,00 para acesso em acesso em acesso em
Usuário instalação e compra telecentros e telecentros e telecentros e
do equipamento escolas. escolas. escolas.
Quanto menor a população mais fácil fica o controle de acesso e mais simples
é a instalação dos equipamentos, como no caso de Sud Mennucci - SP. Por
conseqüência, devemos aliar ao tamanho do município e à sua densidade
demográfica um estudo utilizando ferramentas de Tecnologia da Informação, a fim
de abranger as diferentes áreas de cobertura e quantidade de pessoas das regiões
estudadas.
Como todos os projetos citados partem da iniciativa do governo e de órgãos
públicos (Universidades), a verba inicial deve ser muito bem controlada e
41
economizada, sendo assim vários estudos foram feitos para contornar esse
problema detectando-se na tecnologia wireless a melhor relação custo benefício.
Com isso, percebemos a tendência da rede sem fio ser economicamente mais viável
quando abrange uma maior área de cobertura.
Verificamos que, em um futuro próximo, poderão surgir serviços de dados
ofertados pelo governo com baixo custo ou gratuitamente. Esse cenário fica claro
quando observamos que a maioria dos municípios oferta serviços de Internet em
telecentros para a população e afirmam ter estudos e intenções de ampliar o serviço
para as residências da região.
42
4. TECNOLOGIAS ESTUDADAS
43
• Estrela (Star): A topologia estrela é caracterizada por um elemento central
que "gerencia" o fluxo de dados da rede, estando diretamente conectado a
cada nó, conforme Figura 23. Toda informação enviada de um nó para outro
deverá obrigatoriamente passar pelo ponto central, ou concentrador, tornando
o processo mais eficaz, já que os dados não irão passar por todas as
estações. O concentrador encarrega-se de rotear o sinal para as estações
solicitadas, economizando tempo. As redes cliente-servidor segue a topologia
estrela.
44
• Malha (mesh) - Nesta topologia todos os nós estão atados a todos os outros
nós, como se estivessem entrelaçados, conforme Figura 25. Para as redes
cabeadas existe um problema ao usar essa topologia, pois para cada
segmento de rede seria necessário instalar, em uma mesma estação, um
número equivalente de placas de rede.
45
• PAN (Personal Area Network ou Rede de Área Pessoal): Rede de
computadores pessoais, formadas por nós muito próximos ao usuário
(geralmente em distâncias de poucos metros). Estes dispositivos podem ser
pertencentes ao usuário ou não. Tecnologicamente é a mesma coisa que uma
LAN, diferindo-se desta apenas pela pouca possibilidade de crescimento e
pela utilização doméstica. [34]
• LAN (Local Area Network ou Rede de Área Local): Rede que interliga
computadores em uma área de alcance bastante restrita. Em geral limita-se a
prédios, ou até mesmo prédios próximos. [34]
• CAN (Campus Area Network ou Rede de Campus): Rede que se distribui por
um campus universitário ou planta industrial numa área com
aproximadamente 5 km de raio. [16]
• MAN (Metropolitan Area Network ou Rede de Área Metropolitana): É um
conjunto de duas ou mais redes locais que se distribuem por uma área ou
espaço geográfico amplo, que pode englobar toda uma cidade ou grupo de
cidades próximas. O uso de pontes e roteadores é obrigatório. [16]
• WAN (Wide Area Network ou Rede de Longa Distância): Conjunto de várias
redes locais que se distribuem por uma área ou espaço geográfico irrestrito,
que pode englobar vários estados ou vários países. A interligação se faz por
meio de pontes e roteadores, porém estes devem ser dimensionados
prevendo-se, por exemplo, o fluxo de dados, rotas alternativas e suporte a
múltiplos protocolos. [16]
46
• Cabo Coaxial:
47
• Cabo Par Trançado:
48
de par trancado tomassem o lugar dos cabos coaxiais nas redes locais,
principalmente em redes padrão Ethernet.
49
é a economia de espaço, um cabo de um centímetro de diâmetro pode comportar
144 fibras, possibilitando até oito mil conversações simultâneas em ambos os
sentidos de transmissão. Além disso, fibra óptica é totalmente imune às variações
eletromagnéticas externas, o que torna a transmissão mais confiável. Ambientes
sujeitos a uma variação extrema de ruídos Eletromagnéticos ou Radiofrequência
requerem a implementação de redes de computadores baseadas em fibra óptica.
Existem basicamente dois tipos de fibras: multimodo e monomodo. Fibras
multimodo são tipos de fibras ópticas com dimensões de núcleo relativamente
grandes, permitem a incidência de raios de luz em vários ângulos. Já nas fibras
monomodo o diâmetro do núcleo é pequeno, não possibilitando mais de um modo
de propagação, fazendo com que a luz se propague em linha reta ao longo do cabo,
a largura de banda utilizável é maior do que a das fibras multimodo.
- Ethernet (IEEE 802.3): A norma IEEE 802.3 refere-se a uma família de redes
locais baseadas no protocolo de acesso ao meio CSMA/CD (Carrier Sense Multiple
Access with Collision Detection), que sugere uma forma para permitir a comunicação
de várias estações através do mesmo meio físico, utilizando um canal broadcast,
quando uma estação quer transmitir ela deve ouvir o meio, assim, ela só transmite
se estiver livre, evitando colisões. Se duas estações iniciam uma transmissão ao
mesmo tempo, isso é percebido, pois uma não deixa de “escutar” a outra, mesmo
quando transmitindo, então ambas cessam a transmissão. A norma 802.3 especifica
uma família inteira de sistemas CSMA/CD, rodando a velocidades que variam de 1 a
10 Mbps em vários meios físicos. O protocolo Ethernet é uma das possíveis
implementações da norma 802.3. as redes Ethernet de 10Mbpss, sejam elas par
trançado, coaxial e fibra ótica, e utilizam a codificação Manchester para fazer a
50
transmissão das mensagens. Este protocolo envia a sincronização dos bits
juntamente com o sinal, facilitando sua recuperação.
51
Velocidades nesta topologia vão de 100 Mbps a 1 Gbps para distâncias na ordem de
10 km para fibras monomodo ou 550 m para fibras multimodo. Na arquitetura ponto-
a-multiponto usa-se fibras monomodo com velocidade de 1 Gbps para até 10 km ou
20 km.
52
Como as ilhas do arquipélago ficavam relativamente distantes umas das outras e
devido às dificuldades de interligação física (via mar e terra), eles desenvolveram um
sistema de transmissão que não necessitava de cabos de interligação, que foi
chamado de rede wireless. Mas somente com a liberação para exploração comercial
e a normalização das redes locais sem fio ou WLAN, foi que se iniciou o crescimento
dessa tecnologia. Abaixo temos um pequeno histórico:
53
Esses exemplos foram conferidos na seção anterior, onde as cidades, por vários
desses motivos, adotaram as redes sem fio.
54
4.2.2. Topologia de uma Rede sem Fio
As redes sem fio são implementadas com dois tipos básicos de componentes.
São eles: os adaptadores de redes, que são interfaces eletrônicas nos
computadores dos clientes, e os Pontos de Acesso, que provêem os serviços às
estações associadas.
A Figura 21 seguinte mostra uma instalação típica externa de uma rede sem
fio.
55
• DS (Distribution System) – representa uma infraestrutura de comunicação que
interliga múltiplas BSA’s para permitir a construção de redes cobrindo áreas
maiores que uma célula;
• ESA (Extended Service Area) – representa a interligação de vários BSA’s pelo
sistema de distribuição através dos pontos de acesso;
• ESS (Extended Service Set) - Conjunto de estações formado pela união de
vários BSS’s conectados por um sistema de distribuição.
56
o ambiente sem fio e a rede fixa. É identificado por um único identificador
alfanumérico SSID.
57
escaneamento passivo, quando o cliente apenas escuta o meio em busca de
quadros do BSS que deseja.
Depois de feita a busca pelo BSS desejado é necessária a conexão do cliente
na rede. Este processo consiste de dois passos: a autenticação e associação.
Primeiro faz-se a autenticação e a rede verifica a identidade do cliente que deseja se
conectar. Em seguida, é feita a associação, e então se permite que o cliente envie
dados através do ponto de acesso.
58
Sobre configurações de software pode haver tabelas de associação,
protocolos de autenticação, como o RADIUS (Remote Authentication Dial In User
Service), VPN (Virtual Private Network), funções de roteador, e protocolos de
gerenciamento como o SMNP (Simple Network Management Protocol).
4.2.4. Estações
São os dispositivos reconhecidos como clientes nas redes que usam pontos
de acesso. Todos os fabricantes de rádios fazem clientes principalmente no formato
de cartões PCMCIA (PC Card) ou compact flash (CF), que podem ser usados neste
formato ou então conectados a adaptadores USB, ISA, PCI.
Existe também uma enorme variedade de antenas e conectores. Antenas
compactas como no caso dos cartões CF ou PCcard, ou antenas direcionais ou
omni-direcionias. Em relação ao software, variam muito as funcionalidades
encontradas em cada produto. Existem funcionalidades comuns a todos os
fabricantes, como operação nos modos de infra-estrutura e ad-hoc, obtenção do
identificador da rede (SSID), chave WEP, e ferramentas de autenticação. E há
também softwares que auxiliam na conexão, como ferramentas de pesquisa de sinal,
monitores de velocidade, espectro, e potência do sinal, específicos de cada
fabricante.
59
• Cartões PCI: São instalados internamente no microcomputador. Esse tipo de
interface é mostrado na Figura 36.
60
Figura 38 - Interfaces wireless USB. [44]
Há várias tecnologias envolvidas nas redes locais sem fio e cada uma tem
suas particularidades, suas limitações e suas vantagens. A seguir, são apresentadas
algumas das mais empregadas.
61
Direct Sequence Spread Spectrum (DSSS) e Frequency Hopping Spread
Spectrum (FHSS).
o Direct Sequence Spread Spectrum (DSSS): Gera um bit-code (também
chamado de chip ou chipping code) redundante para cada bit
transmitido. Quanto maior o chip, maior será a probabilidade de
recuperação da informação original. Contudo, uma maior banda é
requerida. Mesmo que um ou mais bits no chip sejam danificados
durante a transmissão, técnicas estatísticas embutidas no rádio são
capazes de recuperar os dados originais sem a necessidade de
retransmissão. A maioria dos fabricantes de produtos para Wireless LAN
tem adotado a tecnologia DSSS depois de considerar os benefícios
versus os custos, e o benefício que se obtém com ela.
o Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS): Utiliza um sinal portador
que troca de freqüência no padrão que é conhecido pelo transmissor e
receptor. Devidamente sincronizada, a rede efetua esta troca para
manter um único canal analógico de operação.
4.2.6. Antenas
62
- Freqüência: Para rede wireless, a antena deve ser ajustada para 2,4 GHz
ou 5 GHz, dependendo do padrão utilizado. Uma antena funcionará eficientemente
somente se a freqüência da antena e do rádio coincidirem.
- Potência: As antenas podem tratar uma quantidade específica de potência
emitida pelo transmissor. No caso do 802.11, a ser visto mais adiante, a antena será
geralmente superior a 1 watt a fim segurar o pico máximo de potência de
transmissão da placa ou do ponto de acesso.
- Padrão de Radiação: O padrão de radiação define a propagação da onda de
rádio da antena. O padrão de radiação mais básico é isotrópico, que significa que a
antena transmite as ondas de rádio em todos os sentidos igualmente.
- Ganho: O ganho de uma antena representa quão bem ela aumenta a
potência do sinal, com o decibel (dB) como unidade de medida. O número do dB é
10 vezes o logaritmo da potência da saída dividido pela potência de entrada. A
maioria de fabricantes da antena especificam o ganho como o dBi, que é o ganho
relativo a uma fonte isotrópica. Ou seja, o dBi é quanto a antena aumenta a potência
do transmissor comparado a usar uma antena isotrópica fictícia. O dBi representa o
ganho real que a antena fornece à saída do transmissor.
O sinal recebido difere do sinal transmitido devido a vários empecilhos na
transmissão. Para transmissão em visada direta, também chamada de transmissão
LOS (Line of Sight), sem fio, os principais empecilhos são: atenuação, perda de
espaço livre, ruído, absorção atmosférica, multipath, refração.
A distância que o sinal é capaz de percorrer depende também da qualidade
da antena usada. As antenas padrão utilizadas nos pontos de acesso, geralmente
de 2 dBi são pequenas e práticas, além de relativamente baratas, mas existe a
opção de utilizar antenas mais sofisticadas para aumentar o alcance da rede. Um
ponto de acesso com antenas padrão é mostrado na Figura 39.
63
Figura 39 - Ponto de acesso com as antenas padrão. [42]
Æ Antenas Yagi:
Antena de grande potência, que pode ser usada tanto para transmitir sinais
por distâncias relativamente grandes, quanto captar sinais fracos, que antenas
menores não seriam capazes de captar. As antenas Yagi medem cerca de 50
centímetros e custam cerca de 200 dólares, e são usadas em algumas tecnologias
de rede sem fio, algumas das quais permitem conexões a distâncias de até 2
quilômetros. [41] Um exemplo de antena Yagi pode é mostrado na Figura 40.
As antenas Yagi são antenas direcionais, essas antenas são mais úteis para
cobrir alguma área específica, longe do ponto de acesso, ou então para um usuário
em trânsito, que precisa se conectar a rede.
As antenas de ganho mais elevado terão uma menor largura do feixe, que
limita a cobertura nos lados das antenas. As antenas direcionais têm ganho muito
maior do que as omnidirecionais.
64
As antenas de alto ganho funcionam melhor em grandes distâncias, com
cobertura estreita, ou como ponte entre edifícios.
Æ Antenas Ominidirecionais
Assim como as antenas padrão dos pontos de acesso, cobrem uma área
circular ou esférica, conforme mostrado no diagrama da Figura 41, caso o ponto de
acesso esteja instalado acima do solo, em torno da antena.
65
Figura 42 - Ganho das antenas omnidirecionais [43]
[42]
Figura 43 - Antenas ominidirecionais.
66
dependendo do modelo usado. Um modelo desse tipo de antena é mostrado
na Figura 44.
Æ Altura da Antena:
O link de rádio deve ser feito, de preferência, em locais onde há visada
entre as antenas. A altura das antenas deve ser observada a fim de evitarmos
obstáculos, outro fator a ser considerado é a curvatura terrestre, que para grandes
distâncias, passa a ser significativo. Quando se leva em conta a curvatura da
Terra, grandes distâncias passam a não ser alcançadas por esse motivo. A
fórmula para cálculo da distância do horizonte é a mostrada na Eq.01:
(Eq.01)
67
A Tabela 2 relaciona a algumas alturas de antena com o alcance máximo:
68
conectores. Os ganhos do sistema são os ganhos das antenas, na recepção e
transmissão do sinal.
(Eq.03)
(Eq.04)
69
η - impedância intrínseca do meio [Ω]; no espaço livre : η = 120π ≅ 377 Ω
(Eq.05)
PT - potência transmitida
(Eq.06)
(Eq.07)
(Eq.08)
70
sobre o direito de uso das freqüências de transmissão. Uma agência da ITU-R
(International Telecommunication Union – Radio Communication Sector) é
responsável por coordenar essa alocação para que possam ser fabricados
dispositivos que funcionem mundialmente. No Brasil, a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) é o órgão regulador das freqüências de transmissões.
Os padrões que recebem mais atenção ultimamente correspondem a essa
família de especificações 802.11, conhecidas como Wireless Local Area Networks. A
família de padrões IEEE 802.11 foi apelidada de Wi-Fi, abreviatura de Wireless
Fidelity (fidelidade sem fios), marca registrada pertencente à WECA (Wireless
Ethernet Compatibility Alliance), uma organização sem fins lucrativos criada em 1999
para garantir os padrões de interoperabilidade dos produtos Wi-Fi.
2400-2483 A faixa de 2400 MHz é utilizada no Brasil em caráter primário pelo Serviço Auxiliar de
Radiodifusão e Correlatos (SARC) e de Repetição de TV.
5725-5850
A Anatel estabeleceu que sistemas (2400 MHz) em localidades com população
superior a 500 mil habitantes e com potência (eirp) superior a 400 mW não podem
operar sem autorização da Anatel.
As redes Wi-Fi utilizam frequências que não precisam de autorização para ser
utilizadas. As condições de uso destas frequências no Brasil estão estabelecidas
pelo Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita.
(seções IX e X), reeditado pela resolução 365 de 10/05/04 da Anatel.
71
• 1990 – O grupo de trabalho do IEEE para desenvolvimento do protocolo
802.11 foi criado. O objetivo era criar um padrão para redes locais sem fio. O
padrão foi especificado para operar na frequência de 2.4GHz.
• 1997 - O grupo aprovou o padrão IEEE 802.11 como o primeiro padrão
mundial para redes WLAN’s. Um dos fatores que influenciou na demora de
sua aprovação foi a baixa taxa de transferência inicial, em torno de Kbps.
• 1998 – Surgem os primeiros produtos no mercado.
• 1999 – Ratificação da IEEE, nessa revisão surgiu duas novas extensões do
IEEE 802.11: o 802.11a e o 802.11b. Produtos baseados em 802.11b
começam a ser produzidos.
72
Figura 46 – Frequências de operação dos principais padrões 802.11
• 802.11a
Por causa da grande procura de mais largura de banda, e o número crescente
de tecnologias a trabalhar na banda 2,4GHz, foi criado o 802.11a para WLAN, a ser
utilizado nos Estados Unidos. Este padrão utiliza a freqüência de 5GHz, onde a
interferência não é problema. Graças à freqüência mais alta, o padrão também é
quase cinco vezes mais rápido, atingindo até 54 Mbps. Esta é a velocidade de
transmissão nominal, que inclui todos os sinais de modulação, cabeçalhos de
pacotes e correção de erros, a velocidade real das redes 802.11a é de 24 a 27Mbps,
pouco mais de 4 vezes mais rápido que no 802.11b. Outra vantagem é que o
802.11a permite um total de 8 canais simultâneos, contra apenas 3 canais no
802.11b. Isso permite que mais pontos de acesso sejam utilizados no mesmo
ambiente, sem que haja perda de desempenho. O problema é que o padrão é mais
caro, e os transmissores 8021.11a também possuem um alcance mais curto,
teoricamente metade do alcance dos transmissores 802.11b, o que torna necessário
usar mais pontos de acesso para cobrir a mesma área, e contribui para aumentar
ainda mais os custos.
• 802.11b
É do padrão de rede sem fio 802.11b que surgiu o nome comercial Wi-Fi. O
padrão 802.11b utiliza frequências entre 2.4000 e 2.4835GHz, com um total de 11
73
canais disponíveis: 2.412, 2.417, 2.422, 2.427, 2.432, 2.437, 2.442, 2.447, 2.452,
2.457 e 2.462 GHz. Essa canalização é mostrada na Figura 5.
Figura 47 - Ilustração da canalização do padrão IEEE 802.11 no Brasil (2,4 GHz) [18]
74
fechados. A taxa de frequência pode ser reduzida a 5.5 Mbps ou até menos,
dependendo das condições do ambiente no qual as ondas estão se propagando (por
exemplo paredes ou interferências).
As redes 802.11b estão sujeitas as interferências dos transmissores
bluetooth, dos telefones sem fio, dos aparelhos de microondas e outros pontos de
acesso 802.11b próximos. Nessa topologia de rede o equipamento central é o ponto
de acesso, que retransmite os pacotes de dados de forma que todas as estações da
rede os recebam.
• 802.11g
Traz basicamente uma diferença do protocolo 802.11b, sua velocidade
alcança 54 Mbps contra os 11 Mbps do 802.11b. Ou seja, temos uma velocidade
três ou quatro vezes maior num mesmo raio de alcance. A freqüência e número de
canais são exatamente iguais aos do 802.11b, ou seja, 2.4GHz com 11 canais. Essa
tecnologia mantém total compatibilidade com dispositivos 802.11b, e que tudo o que
é suportado hoje nas redes cabeadas com relação à segurança também pode ser
aplicado a este padrão. O ponto de acesso irá utilizar a menor velocidade como
regra para manter a compatibilidade entre todos os dispositivos conectados.
• 802.11n
Foi submetido para aprovação recentemente, esse novo protocolo promete
velocidades de transmissão de até 100 Mbps. O sistema vai empregar ao invés de
uma antena para enviar e receber, uma antena para receber e uma para enviar.
• 802.11s
O padrão 801.11s foi proposto recentemente pela Intel, a novidade no
802.11s inclui a tecnologia que permite que pontos de acesso comuniquem-se entre
si, sendo o sistema auto-configurável. Assim, uma área maior pode ser coberta e o
usuário sempre estará usando a melhor rota para comunicação de dados. A grande
75
aplicação para este protocolo será principalmente a cobertura de grandes áreas com
um grande número de usuários simultâneos, como redes que cobrem cidades
inteiras.
O formato dos frames utilizados nas redes 802.11x, mostrado na Figura 48, é
um pouco diferente dos frames de outros tipos de redes. Isso pode acarretar
problemas de segurança dentro destas redes. Cada frame consiste de três
componentes básicos:
- Cabeçalho MAC (MAC header) que inclui informações sobre o frame control (frame
de controle), duration (duração), address (endereço) e sequence control (controle de
seqüência).
- Frame body (corpo de frame), o qual representa as informações carregadas por
cada tipo específico de frame.
- FCS (frame check sequence – seqüência de checagem do frame), que contém um
código de redundância cíclica.
76
• Sequence Control (Controle de Seqüência) é utilizado na manutenção dos
frames em fluxo, possui 16 bits de comprimento e consiste dos subcampos
Sequence Number (Número de Seqüência), de 12 bits e Fragment Number
(Número do Fragmento), de 4 bits. Ambos permanecem constantes em caso
de retransmissão.
• Frame Body (Corpo do Quadro) é de comprimento variável (0 a 2312 octetos)
e contém informações acerca do tipo e subtipo dos frames, além dos dados
enviados e/ou recebidos.
• FCS – Frame Check Sequence, com 32 bits, esse é o campo utilizado para
detectar erros nos frames, assim que eles chegam ao destino. [7]
77
Figura 49 - Mecanismos de autenticação [14]
78
usualmente feitas em giz em calçadas indicam a posição de redes sem
fio, facilitando a localização para uso de conexões alheias.
Na Figura 50, Open Node significa que a rede é vulnerável, Closed Node serve
para indicar uma rede fechada e a letra W dentro do círculo informa que a rede
utiliza o padrão de segurança WEP, com presença de criptografia. Em cima de cada
símbolo aparece o SSID, que funciona como uma senha para o login na rede,
obtidos através de softwares próprios conhecidos como sniffers e, em baixo, a taxa
de transmissão da rede.
Para se proteger de acessos indesejados existe a possibilidade de
implementação de sistemas de segurança, além das ações que podem ser tomadas,
como isolamento de tráfego da rede com a utilização de firewall e a criptografia em
nível de aplicação com software VPN (Virtual Private Network), o que aumenta a
proteção da rede.
79
como cabo e DSL na construção de redes comunitárias e provimento de acesso de
primeira milha. Trata-se de uma tecnologia de rede metropolitana sem fio, com
suporte a cobertura na ordem de quilômetros e taxas de transmissão de até 74
Mbps, além de qualidade de serviço (QoS) e interfaces para redes IP, ATM, E1/T1 e
Ethernet. Em teoria, espera-se que os equipamentos Wi-Max tenham alcance de até
50 km, na prática, alcance e banda dependerão do equipamento e da freqüência
usados, bem como da existência ou não de visada.
O Wi-Max irá facilitar o desenvolvimento de uma série de aplicações de
Banda Larga Sem Fio (Wireless Broadband), exemplos são mostrados na Figura 51.
80
• Portabilidade, isto é, o usuário pode transportar sua CPE (customer premise
equipment) e utilizar o serviço em local diferente do usual.
• Instalação da CPE no modo plug and play.
• Cobertura sem linha de visada.
A tecnologia foi desenvolvida por várias empresas, lideradas pela Intel e pela
Nokia, com base na norma 802.16 da IEEE (Internet Engeneering Task Force),
estabelecida pelo grupo de trabalho em padrões de acesso sem-fio de banda larga
(Working Group on Broadband Wireless Access Standards). Além de operar em uma
ampla faixa de freqüência – de 2 a 66 GHz – as principais vantagens estão no tripé
banda larga, longo alcance e dispensa de visada, o que não ocorre com outras
tecnologias sem-fio. O Wi-Fi, por exemplo, foi desenvolvido para funcionar em redes
locais, tendo, portanto, menor alcance. Oposto do Wi-Max, que foi desenvolvido para
funcionar em redes metropolitanas (MAN). Em muitos casos, como está sendo
demonstrado no projeto Ouro Preto: Cidade Digital, as duas tecnologias atuam de
forma complementar.
81
Tabela 6 - Evolução das especificações do IEEE para a Wireless MAN.
IEEE 802.16d
IEEE 802.16 IEEE 802.16c IEEE 802.16a IEEE 802.16e
1o Trimestre de
Dezembro de Dezembro de Janeiro de 4o Trimestre de
2004
2001 2002 2003 2004
Wi-Max
2-11 GHZ
10-66 GHz
Sem linha de Mobilidade
Linha de visada visada Modificações na Nomândica
Até 34 Mbps Interoperabilidade 802.16a e
Até 75Mbps 802.11/16
(canalização de interoperabilidade
28 MHz) (canalização de
20 MHz)
82
Axxcelera Broadband Wireless NextWave Telecom
Bandai Wireless NextNet Wirelss
BeamReach Networks Nozema
Comtech AHA Orthogon Systems
Covad Pronto Networks
CTS Communications Components PCCW
Cushcraft Corporation picoChip
Daintree Networks Inc. Radwin
Elcotez Remec
Engim SGS
Filtronics Siemens Mobile
First Avenue Networks Unwired Australia
Gradiente Electronica S.A. Vcom
Inphi Corporation Vyyo
Intracom ZTE Corporation
K&L Microwave
83
quantidade de usuários mantendo um bom alcance do sinal e um bom throughput.
Também podemos reusar o mesmo espectro em dois ou mais setores, criando uma
isolação entre as antenas da estação radio base.
O padrão 802.16 apresenta qualidade de serviço que permite a transmissão
de voz e vídeo, que requerem redes de baixa latência. O MAC (Media Access
Control) do 802.16 provê níveis de serviço "Premium" para clientes corporativos,
assim como um alto volume de serviços em um padrão equivalente aos serviços
hoje oferecidos pelos serviços de ADSL e de Cable Modem, tudo dentro da mesma
estação radio base. Características de privacidade e criptografia estão previstos no
padrão 802.16 permitindo transmissões seguras incluindo os procedimentos de
autenticação.
Oficialmente o padrão 802.16a/d está sendo estabelecido para faixa de
freqüências entre 2 GHz e 11 GHz, porém existe interesse de utilizá-lo também em
bandas inferiores a 2 GHz. Na Figura 52 são relacionadas algumas das bandas,
conforme definido pelo FCC (Federal Communications Commission) dos Estados
Unidos, que poderão ser utilizadas pelo padrão 802.16a/d.
Figura 52 – Bandas que poderão ser utilizadas pelos padrões 802.16a/d. [1]
84
Tabela 8 – Algumas faixas de frequência e suas aplicações.
UHF 0,75 - 0,8 GHZ -
Banda não licenciada, para utilização em
ISM 0,9 - 0,93 GHZ aplicações industriais, científicas e médicas. É
nessa faixa que se encontra o Wi-Fi
Banda não licenciada para utilização em
UPCS 1,91 - 1,93 GHZ
serviços de comunicação pessoal
WCS 2,3 GHZ Wireless Communications Service
Banda não licenciada, para utilização em
ISM 2,4 - 2,48 GHZ
aplicações industriais, científicas e médicas
MMDS 2,5 - 2,7 GHZ Multi-Channel Multipoint Distribution Service
Banda licenciada na Europa, América Latina e
3,4 - 3,7 GHZ
Asia
Internacional
4,8 - 5,0 GHZ
Banda licenciada no Japão
5,15 - 5,35; 5,725 - Banda não licenciada, para uso do serviço
UNII 5,85 GHZ nacional de informação de infra-estrutura
Novo 5,470 - 5,725 GHZ -
Espectro
A topologia de rede definida pelo IEEE 802.16a é mostrada na Figura 53. São
definidos elementos Base Station (BS) e Subscriber Station (SS). A BS realiza a
interface entre a rede sem-fio e a rede núcleo (Core Network), suportando interfaces
ATM, IP, E1/T1 ou Ethernet, conforme citado anteriormente. A SS permite ao usuário
acessar a rede, por intermédio do estabelecimento de enlaces com a BS, em uma
topologia ponto-multiponto. Como alternativa à topologia ponto-miultiponto, o padrão
especifica a topologia Malha, na qual um SS pode se conectar a uma ou mais SS
intermediárias, até atingir a BS. Nesse caso trata-se de uma estratégia para expandir
a área de cobertura total da rede sem a necessidade de um aumento proporcional
do número de BS’s.
85
Figura 53 - Topologia IEEE 802.16a. [11]
4.2.9. Bluetooth
86
O bluetooth trabalha com o micro rádio, baseado em um chip, na frequência
de 2.4 GHz e utiliza o Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS). O padrão
especifica diferentes níveis de potência de sinal, o primeiro mais baixo é usado para
comunicações dentro de ambiente fechado, como uma sala, e o segundo, com um
nível de potência mais elevado permite abranger até um andar de escritório. O
bluetooth como WLAN permite conexões ponto a ponto e ponto multiponto, atingindo
velocidades de até 720 Kbps e com alcance médio de 10 metros. Variações do
padrão são:
• UWB (Ultra Wide Band) - Também conhecido como 802.15.3, o UWB é a
tecnologia que promete substituir o bluetooth. Seu consumo de energia é cem
vezes menor que o do bluetooth e sua área de operação pode variar entre 3,1
e 10,6 GHz. A velocidade de transmissão do UWB é de 100 a 500 Mbps,
porém sua área de cobertura é de no máximo 10 metros. O UWB opera de
forma diferente das demais tecnologias sem fio, além de ter um espectro de
atuação amplo, o UWB transmite por "rajadas" de sinal (centenas por
segundo). A combinação do "gatilho rápido" com a ampla cobertura de banda
permite que o UWB consuma menos energia e consiga taxas de transmissão
maiores que as do Wi-Fi por exemplo.
• ZigBee (IEEE 802.15.4) - Padrão defendido pela ZigBee Alliance, tem como
proposta tornar-se padrão de rede sem fio de baixo consumo e curto alcance
para monitoração e automação de aplicações industriais, comerciais ou
urbanas, como por exemplo, controle de sistemas de iluminação pública,
leitura de medidores residenciais de água, luz e gás, monitoramento industrial
ou médico e automação de forma ampla. Sua taxa de transferência média é
250 Kbps, seu consumo de energia é aproximadamente mil vezes menor que
o de um dispositivo bluetooth. Os dispositivos dessa tecnologia podem entrar
em modo "sleep" sem necessariamente fechar a conexão. O ZigBee opera
em 2.4 GHz, nas mesmas frequências do Wi-Fi e Bluetooth. A área de
cobertura é de aproximadamente trinta metros, sendo possível conectar até
255 dispositivos por rede ZigBee.
87
4.3. COMPARATIVO ENTRE TECNOLOGIAS
88
tecnologias promissoras, pois torna o serviço acessível para mais pessoas e estão
livres dos custos com cabeamento para a construção de novas redes.
Um resumo desse comparativo pode ser visto através da Tabela 9:
89
5. PROPOSTA DA REDE DE DADOS
Para completar o presente trabalho, iremos propor uma solução para uma
rede de dados de baixo custo para a cidade de Morretes, no Estado do Paraná. Sua
localicação dentro do Estado é mostrada na Figura 54.
Ao analisarmos as cidades, na seção 3, percebemos que elas são de
pequeno ou médio porte, com áreas reduzidas, o que facilita o controle e a
instalação da rede. Com isso, nossas opções para estudo não reduziram muito, pois
a região metropolitana de Curitiba possui muitas cidades que se enquadram nesses
padrões. Precisávamos de uma cidade próxima a Curitiba para poder fazer o estudo
em campo, então buscamos cidades que pudessem oferecer algum diferencial para
o projeto.
Nessa etapa da pesquisa, Morretes ganhou uma atenção especial por ser
uma cidade com enorme potencial turístico, na região do litoral paranaense e com
um interessante atrativo histórico. Apesar da sua grande área de 684,580 km2, 70%
dessa área não é habitada por ser de proteção ambiental (Mata Atlântica), e quase
50% da população vive na área urbana, que compreende aproximadamente 10 km2.
Escolhido o local de estudo, direcionamos as pesquisas para a cidade buscando
firmar contatos, adquirir o máximo de informações e possíveis interesses de
colaboração para com o projeto.
Contatamos o Sr. Carlos Alberto Gnatta Neto, secretário de turismo de
Morretes que, ao tomar conhecimento do projeto, mostrou-se muito interessado e
com disposição para apoiá-lo. As informações sobre o estudo também foram
repassadas ao prefeito da cidade, o Sr. Hélder Teófilo dos Santos que também
mostrou interesse.
Com isso, Morretes, que por possuir um grande potencial turístico e muitas
construções históricas que não podem ser modificadas para adaptação de uma
rede, foi escolhida para o estudo. Para complementar, a cidade recebeu autorização
do Governo do Estado para a construção de um centro de eventos, orçado em R$
2,5 milhões, que contará com vários atrativos como espaço para shows,
gastronomia, feiras, biblioteca e em especial um telecentro com pontos gratuitos de
acesso à Internet. O centro de eventos será mais um atrativo turístico e cultural que
90
servirá todo o litoral paranaense, aumentando consideravelmente as atenções para
a cidade. Portanto, todos esses fatores apresentados, em conjunto com nosso
estudo, poderão ser utilizados para iniciar a inclusão digital na cidade, ajudando a
desenvolver setores como o comércio e o turismo.
91
No sudeste é o rio Arraial, numa altitude de cerca de 800 m que forma o limite
do Município, e com Antonina e Paranaguá os acidentes limítrofes são os rios
"Sapetanduva" e "Jacareí".
92
O ambiente a ser atendido pela rede abrange prédios de órgãos públicos, ou
seja, a Prefeitura, as Secretarias Municipais, as Escolas Municipais Urbanas e
Rurais e o Hospital. Além dos órgãos públicos, telecentros poderão ser atendidos
pelo projeto incentivando a disseminação da informação, onde a população em geral
terá acesso ao portal da Prefeitura e à Internet.
Em uma segunda etapa do projeto, o público poderá acessar a rede, dentro
do raio urbano, com qualquer computador que possua uma placa de rede sem fio.
Não podemos esquecer de agregar estes serviços ao comércio. O livre acesso à
rede permite que pousadas e restaurantes divulguem seus serviços, além de
fornecer aos usuários do estabelecimento o acesso a informações turísticas e
Internet.
Para obter dados mais exatos sobre a rede, fizemos algumas pesquisas com
a Prefeitura da cidade de Morretes. Segundo informações repassadas, atualmente
os órgãos públicos trabalham com 49 computadores distribuídos conforme Tabela 10:
93
habitantes, cerca de metade da população de Morretes. Isso possibilita um acesso
maior para os investimentos e uma melhor distribuição da verba para a cidade.
Contando com a colaboração da Secretária de Educação, a Professora
Jeanie Elis da Silva Oliveira, foi fornecido o censo escolar da cidade e a localização
das escolas, possibilitando o estudo para provável implantação da rede. A Tabela 11
mostra uma lista com as escolas municipais urbanas e rurais de Morretes.
94
Em entrevista realizada na Escola Municipal Miguel Schleder, mostrada na
foto da Figura 56, a Diretora, Professora Vera, demonstrou o receio de que, mesmo
com uma rede de computadores implantada, os professores não a utilizem, pois
faltam conhecimentos com informática. Os professores não saberiam como preparar
aulas utilizando um laboratório de Informática ou mesmo fazer pesquisas e utilizar a
Internet. Esse receio mostra que somente investimentos com a implantação do
serviço não é suficiente, devem existir investimentos com treinamento para que o
serviço seja utilizado da melhor forma.
95
Comprovou-se que a maioria dos alunos tem pouco contato com
computadores e Internet, confirmando a exclusão digital de alunos de escolas
municipais.
Também foi realizada visita a uma escola Estadual, Colégio Estadual Rocha
Pombo, localizado no centro de Morretes. Todos os colégios estaduais do estado do
Paraná estão participando de um projeto do governo para inclusão digital, portanto o
Colégio Estadual Rocha Pombo já está recebendo computadores multifuncionais,
que servirão para aulas em laboratório de informática e acesso à Internet. Para esse
projeto serão fornecidos links de dados nos colégios através de fibra óptica. O
fornecimento é uma parceria da Celepar (Companhia de Informática do Paraná) e da
Copel (Companhia Paranaense de Energia). Na opinião da Diretoria, Professora
Joseane Nascimento Pazinato, mesmo com os computadores disponíveis falta
treinamento para que os professores consigam preparar aulas em laboratório de
informática, além do receio de que o laboratório seja montado e fique sem
manutenção. Ainda não foram repassadas informações sobre como serão os
treinamentos e a manutenção do laboratório de computadores reforçando a idéia de
que, para termos um resultado eficiente da inclusão digital, não basta fornecer
somente infra-estrutura, são necessários treinamentos e planos de
acompanhamento para o pessoal treinado e para os equipamentos.
Entrevistamos dois estabelecimentos comerciais a fim de obter uma opinião
sobre a proposta do estudo, um Restaurante, mostrado na Figura 57, e uma Lan
House. Os proprietários do Restaurante Casarão, Maurício e Silvana, afirmaram que
recebem cerca de 80% das reservas via email, e que a propaganda do
estabelecimento realizada através do web site pode ser percebida facilmente em
conseqüência do número de reservas. Os proprietários do restaurante mostraram
interesse em participar de um projeto como o estudado nesse trabalho. Foi
perguntado a eles se caso houvesse a possibilidade de trocar o provedor atual de
Internet (conexão discada) por um provedor da prefeitura, e nesse caso a
mensalidade paga ao provedor privado seria revertida à prefeitura, eles o fariam, a
resposta foi positiva. Essa mensalidade seria utilizada para a manutenção do serviço
96
público. Os proprietários reafirmaram o interesse justificando que quanto melhor o
desenvolvimento da cidade mais resultados serão percebidos no comércio.
97
3. Aplicação da rede em telecentros, abertura da rede para os computadores
pessoais dos moradores da cidade e comerciantes. Acompanhamento e
treinamento nos centros culturais nos primeiros meses da implantação da
rede.
Cenário Atual:
• Somente a prefeitura tem acesso à Internet.
• Rede com 19 computadores no prédio.
• Link de 128 Kbps com garantia de banda de 100% - custo mensal aproximado
de R$ 800,00.
• Não há interligação entre os outros órgãos municipais.
Cenário Proposto:
• Ampliação do link da prefeitura para 512Kbps ou 1 Mbps com garantia de
banda de 50%.
• Criação de uma rede municipal, interligando Prefeitura, Secretarias e Hospital.
• Possibilidade de expansão da rede.
98
• Alto custo dos equipamentos, por utilizarem altas freqüências, de 2 GHz a 11
GHz.
• Protocolo não padronizado, impossibilitando a comunicação entre
equipamentos de fabricantes diferentes.
• Tecnologia recente sujeita a falhas.
1
4
2-6
3 7
700 m
5
99
6 – Secretaria de Saúde 6
7 – Hospital 6
• Descrição da rede:
Rede típica cabeada, possui boa confiabilidade, segurança e performance, é
necessário utilizar fibra óptica para conexões acima de 100 metros elevando o custo
dos equipamentos. Possui um custo elevado de instalação, pois necessita de
passagem de cabos por vias aéreas, subterrâneas e montagem do cabeamento
estruturado em construções.
A rede pode ser segmentada em várias redes virtuais possibilitando um
melhor gerenciamento dos usuários. Para isso foram colocados switches
gerenciáveis nos prédios da prefeitura, secretaria de cultura e secretaria de ação
social. Foi necessário utilizar conversores de mídia para interligar as conexões entre
fibras ópticas e cabos metálicos. Utilizamos fibra óptica e transceivers ópticos
multimodo para reduzir os custos, pois as distâncias máximas não ultrapassam 2
quilômetros, que é o valor máximo para uma conexão desse tipo. Caso contrário,
deveríamos utilizar fibras e transceivers monomodo com custos em torno de 120%
acima dos equipamentos multimodo.
Todas as interfaces de fibra óptica têm conectores SC-SPC, que são mais
simples e com um custo menor. As interfaces de cabos metálicos possuem interface
RJ45.
100
Prefeitura
19 Pcs SC-SPC
1 SW 24PG FO - 1km
3 CM Ação Social / Saúde
SC-SPC 12 Pcs
SC-SPC
1 SW 24P
SC-SPC 2 CM
FO - 0,5km
SC-SPC
FO - 0,25km
SC-SPC SC-SPC
5 Pcs 6 Pcs
1 SW 8P FO - 1km 1 SW 16P
2 CM 1CM
Cultura SC-SPC Hospital
FO - 0,3km
SC-SPC
2 Pcs
1 SW 8P
1CM SC-SPC
Turismo 5 Pcs
1 SW 8P
1CM
Educação
Legenda:
Pcs = Computadores
SW 24PG = Switch nível 2, 24 portas RJ45, gerenciável.
SW 24P = Switch nível 2, 24 portas RJ45.
SW 8P = Switch nível 2, 8 portas RJ45.
SW 16P = Switch nível 2, 16 portas RJ 45.
CM = Conversor de Mídia (Óptico ÅÆ Elétrico)
SC-SPC = interface para conexão dos cabos ópticos.
FO = Cabo de Fibra Óptica Multimodo 62,5 – 2 fibras.
101
Tabela 13 - Equipamentos para a rede cabeada:
Preço un. Preço
Equipamento Quantidade
(R$) total
Cabo UTP Cat 5 (m) 800 0,66 528,00
Conector RJ45 85 0,65 55,25
Tomada Aparente RJ45 2 posições 20 6,26 125,20
Conversor de Mídia Fast Ethernet
(ÓpticoÅÆElétrico) 10 352,00 3.520,00
Switch nível 2, com funcionalidades de VLAN e
Spaning Tree, 24 portas RJ45 10/100
autosensing, QoS, Limitação de Banda 1 1.018,00 1.018,00
Switch SOHO 8 portas RJ45 10/100 3 75,50 226,50
Switch SOHO 16 portas RJ45 10/100 1 135,60 135,60
Switch 24 portas RJ45 10/100 1 277,93 277,93
Placa de rede PCI RJ45 10/100 Mbps 30 15,30 459,00
Cabo de Fibra Óptica Multímodo 62,5 – 2 fibras 3200 3,70 11.840,00
Conectores SC-SPC para fibra óptica 22 5,60 123,20
TOTAL 18.308,68
• Observações:
1. A rede existente do prédio da prefeitura foi considerada no levantamento
de custos e poderá ser utilizada.
2. Não foram calculados custos de instalação
3. O link da empresa contratada estará na prefeitura.
• Descrição da rede:
Solução sem fio com uma ótima relação custo / benefício, facilmente
ampliável e adaptável a mudanças. Baixo custo em equipamentos e de fácil
instalação. Uma antena omnidirecional seria colocada na chaminé do centro de
eventos transmitindo o sinal de rádio para os outros pontos de acesso. Nas
secretarias da Cultura e do Turismo não foram previstos pontos de acesso sem fio
devido a proximidade com a antena omnidirecional, cerca de 150 metros.
Lembrando que, apesar da prefeitura estar a menos de 200 metros da antena
central, o prédio já conta com uma rede interna cabeada e por isso necessitamos de
102
somente uma antena direcionada à chaminé, dispensando a compra de placas
wireless para cada computador.
Nas secretarias de Ação Social, de Saúde, de Educação e no Hospital
usaremos a solução híbrida como na prefeitura, reduzindo o custo em 50% do caso
em que fosse usada somente a tecnologia wireless, provando que cada caso deve
ser estudado buscando sempre a otimização da rede.
• Observações:
1. A rede existente do prédio da prefeitura foi considerada e poderá ser
utilizada, diminuindo alguns custos e tornando a solução híbrida.
2. Não foram calculados custos de serviços de instalação.
3. O link da empresa contratada estará Secretaria de Cultura que fará a
conexão com a antena omnidirecional instalada na chaminé do Centro de
Eventos.
Verificamos que a rede sem fio é a melhor opção para a topologia estudada.
A implantação da rede tem uma economia no custo dos equipamentos de 70%.
Apesar de não calculados, os custos de instalação são menores quando
comparados com a solução cabeada, pois necessitam somente da instalação das
antenas e das placas de rede nos computadores. Portanto, utilizaremos a solução 2,
descrita nessa seção, para os estudos das próximas etapas.
Completando a análise da rede sugerimos que o link da prefeitura seja
alterado de 128 Kbps efetivos para 512 Kbps ou 1 Mbps, com uma garantia de
banda de 50%. Considerando que o tráfego de informações é de caráter
administrativo, a rede não necessita de garantia de banda de 100% e, com isso, ao
trocarmos o plano, o valor ficará muito próximo do antigo, sendo que a banda estará
em 512 Kbps ou 1 Mbps. Como a possibilidade de existir acesso simultâneo de
todos os computadores é remota, sugerimos o link de 512 Kbps baseando-se no
estudo da cidade de Sud Mennucci que possui um link de 1 Mbps para atender
cerca de 200 clientes. Abaixo segue o levantamento de preços da operadora local:
103
o Link – 512 Kbps – R$ 512,00 + R$ 133,00 / mês do aluguel do modem
o Link – 1024 kbps – R$ 1024,00 + R$ 133,00 / mês do aluguel do
modem
104
• Topologia da rede proposta:
Prefeitura
19 Pcs
1 SW 24P
1AP
1 Ant. D Ação Social / Saúde
12 Pcs
1 AP
1 SW 24P
Chaminé 1 Ant. D
Ant. Omini
5 Pcs 6 Pcs
1 AP
1 Ant D
1 SW 16P
Cultura
Hospital
2 Pcs
Turismo 5 Pcs
1 AP
1 Ant. D
Educação
Legenda:
Pcs = Computadores
SW 24P = Switch nível 2, 24 portas RJ45, gerenciável.
AP = Ponto de acesso para rede sem fio (Access Point)
Ant. D = Antena Direcional 2,4GHz
Ant. Omni = Antena Omnidirecional 2,4GHz
105
Tabela 14 – Equipamentos para rede sem fio, considerando tecnologia Wi-Fi.
Preço un. Preço
Equipamento Quantidade
(R$) total
Antena Omnidirecional 2,4GHz 1 300,00 300,00
Antena Direcional 2,4GHz + conector +cabo 4 115,00 460,00
Ponto de acesso wireless 4 330,00 1.320,00
Cabo UTP Cat 5 (m) 535 0,66 353,10
Switch nível 2, com funcionalidades de VLAN
e Spaning Tree, 24 portas TP 10/100
autosensing, QoS, Limitação de Banda 1 1.018,00 1.018,00
Placa de Rede PCI wireless 7 100,00 700,00
Placa de Rede PCI RJ45 10/100 Mbps 23 15,30 351,90
Switch SOHO 8 portas RJ45 10/100 1 75,50 75,50
Switch SOHO 16 portas RJ45 10/100 1 135,60 135,60
Switch 24 portas RJ45 10/100 1 277,93 277,93
TOTAL 4.992,03
Com seu de irradiação de 360º, sua área de cobertura pode chegar a mais de
8 quilômetros de distância dependendo da topografia da região, do radio a ser
utilizado, do ruído local e da visada direta. A antena é mostrada na Figura 59.
Com 15 dBi de ganho, é usada para aplicações multi-ponto de longo alcance
na freqüência de 2,4 GHz.
o Peso: 1 kg
106
o Dimensões: 1,56 (altura) x 0,35 (diâmetro) metros
o Resistência ao vento: 100 Km/h
o Impedância: 50 Ohms
o Potência máxima de entrada: 100 W
o Polarização: Vertical
o Lóbulo de radiação vertical, mostrado na Figura 60
107
o Resistência ao vento: 100 Km/h
o Impedância: 50 Ohms
o Potência máxima de entrada: 50 W
o Lóbulo de radiação horizontal:
108
As características técnicas do ponto de acesso - Figura 63 - orçado estão
mostradas na Tabela 15:
Tabela 15 – Características técnicas do ponto de acesso.
Padrão Sensibilidade de Recepção
IEEE 802.11b 8%PER @ -82 dBm,
IEEE 802.3 10Base-T Potência de Transmissão +18 dBm.
IEEE 802.3 100Base-TX Intervalo de Cobertura.
Porta Valores nominais
1 x RJ-45 Até 100 metros. In-door
Segurança de Dados Até 300 metros. Out-door
Criptografia 40 WEP (Wired Equivalent Fatores ambientais podem afetar
Privacy), Criptografia em 128 bits. adversamente os intervalos de
Segurança cobertura.
64/128-bit WEP Antena
802.1x autenticação Externa com conector SMA reverso
Administração Sistema de Antena Giratória; Ganho
Web managed 2.5dB
DHCP Cliente/Servidor Intervalo de Freqüência
Taxa de Transferência 2.400 – 2.4835 GHz, Banda ISM
Mbps / Canal Arquitetura de Rede
11 : CCK Suporta Modo Estruturado
5.5 : CCK (Comunicações de malhas de redes
2: Barker via Access Point con Roaming) e Ad-
1 : Barker hoc
Tecnologia de Modulação Compatível com Padrão IEEE 802.11b
Direct Sequence Spread Spectrum Modos de Operação
Esquema de Modulação Access Point
Direct Sequence Spread Spectrum Wireless Repeater
(DSSS) Access Point Cliente
Complementary Code Keying (CCK)
109
• Placa de Rede PCI Wireless
• Simulação
Com o objetivo de verificar a topologia da rede apresentada e o seu
funcionamento com as especificações dos equipamentos, iremos fazer um cálculo
da potência recebida em um receptor situado a 2,5 km do transmissor. Essa
distância foi escolhida porque assim existe a possibilidade de atender as escolas
próximas e a maioria das residências urbanas, etapa que será estudada nas as
próximas etapas do projeto. Caso haja a necessidade de que o sinal seja levado a
pontos mais afastados podemos retransmitir esse sinal, aumentando sua potência e
estendendo o alcance.
A antena especificada tem ganho de 15 dBi, em uma frequência de 2,4 GHz.
O ganho da antena direcional é de 24 dBi, e o ganho do ponto de acesso é 2,5 dBi.
Se a potência do transmissor for de 100 W, ou seja, 49,9 dBm, podemos utilizar as
formulas listadas na seção 4.2.6. Antenas para calcular aproximadamente a potência
recebida:
110
- Área efetiva (considerando a antena direcional como receptora):
Ae = (λ2 * GR) / 4 π
λ = (3 * 108 / 2400)2
Ae = (3 / 24) 2 * 24 / 4 π Æ Ae = 2,9 * 10-2
- Área efetiva (considerando a antena do ponto de acesso como receptora):
Ae = (λ2 * GR) / 4 π
λ = (3 * 108 / 2400)2
Ae = (3 / 24) 2 * 2,5 / 4 π Æ Ae = 3,2 * 10-3
111
da administração do Município, podendo implantar softwares de gestão e
aumentando a velocidade na comunicação. Para auxiliar a implantação da rede é
possível buscar recursos junto ao governo federal como o PMAT - Programa de
Modernização da Administração Tributária.
Também é necessária a busca de parceiros privados, tornando parte da rede
privada para facilitar a entrada de recursos e a manutenção da rede e dos
equipamentos.
5.3.3. Escolas
As escolas previstas que poderão ser atendidas pela rede já implantada estão
no mapa da Figura 65:
112
11
1,1 Km
1
4 8 2-6
3 7
5
2,3 Km
10
Figura 65 – Mapa com as escolas municipais que poderão ser atendidas pela rede.
113
As marcações na Figura 65 correspondem à Tabela 17:
• Descrição da rede:
114
• Topologia da rede proposta:
5 Pcs
1 AP
1 Ant D
1 SW 8P
Esc. Mun. De Sítio Grandre
Prefeitura
19 Pcs
1 SW 24P
1AP
1 Ant. D Ação Social / Saúde
12 Pcs
8 Pcs 1 AP
1 AP 1 SW 24P
1 Ant D Chaminé 1 Ant. D
1 SW 16P
Ant. Omini
Esc. Mun. Dr. Luiz
Fernando de Freitas 5 Pcs 6 Pcs
1 AP
10 Pcs 1 Ant D
1 AP 1 SW 16P
Cultura 1 Ant D
1 SW 16P Hospital
Esc. Mun.
Miguel Schleder
2 Pcs
Turismo 5 Pcs
1 AP
1 Ant. D
Educação
8 Pcs
1 AP
1 Ant D
1 SW 16P
Esc. Mun. Dulce
Seroa Motta Cherobim
Legenda:
Pcs = Computadores
SW
24P = Switch nível 2, 24 portas RJ45, gerenciável.
AP = Ponto de acesso para rede sem fio (Access Point)
Ant. D = Antena Direcional 2,4GHz
Ant. Omni = Antena Omnidirecional 2,4GHz
115
Os equipamentos necessários para ampliação da rede estão listados na
Tabela 18, assim como o custo para a compra desses novos equipamentos:
116
isso, novamente enfatizamos a importância da busca de parcerias público-privadas e
apoio de programas do governo, pois assim viabilizamos a execução de projetos
como esse. Além dessas parcerias, universidades e escolas particulares devem ser
procuradas para participação do projeto a fim de colaborar com treinamentos para
professores e funcionários.
Os equipamentos wireless utilizados para esse orçamento serão os mesmos
descritos na primeira etapa do projeto.
5.3.4. População
• Descrição da rede:
117
antena. Com isso, para acesso à rede basta a instalação de uma placa wireless e
caso necessário uma antena direcional acoplada a para melhorar o sinal.
Uma rede wireless, como a projetada, recebe facilmente novos usuários.
Sugerimos que nesse ponto o link seja aumentado para 1,5 Mbps ou 2 Mbps, caso
já não tenha acontecido anteriormente. Para os acessos “domésticos” na rede os
cuidados com a segurança teriam que ser aumentados, um servidor de autenticação
pode ser adicionado à topologia. Para os acessos via telecentro, os cuidados com
segurança seriam os mesmos.
O principal telecentro ficará situado na futura fábrica de eventos. Como neste
mesmo local temos uma antena da rede a instalação dos computadores só requer a
aquisição de placas de rede wireless. Para o crescimento da rede onde não há
alcance do sinal, ou visada direta, basta a instalação de antenas omnidirecionais em
uma escola que já recebe o sinal através de uma antena direcional, para que assim
o sinal seja repetido para a comunidade ao redor da escola.
118
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
119
7. REFERÊNCIAS
120
[14] KOFUJI, S. T. Redes Wireless LAN. São Paulo: Apresentação do Instituto
de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, 2003.
[15] KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de Computadores e a Internet. São
Paulo: Addison Wesley, 2003.
[16] MACHADO, C. S. Redes. Brasília: Comunicação Didital Ltda., 1999.
[17] MORO, E. L. S. A Influência da Internet nos hábitos de leitura do
adolescente. Belo Horizonte, 2005. 13 f. Artigo (III Seminário de Biblioteca
Escolar) – Escola da Ciência da Informação da UFMG.
[18] NAJNUDEL, M. Estudo de Propagação em Ambientes Fechados para o
Planejamento de WLANs. Rio de Janeiro, 2004. 136 f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Elétrica) – Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro.
[19] OUELLET, E.; PADJEN, R.; PFUND, A. Building a Cisco Wireless LAN.
Estados Unidos da América: Syngress Publishing, Inc., 2002.
[20] PINTO, E. M. L. Uma Análise de Utilização da Tecnologia PLC/BPL para
Inclusão Digital no Estado de Santa Catarina. Santa Catarina, 2004. 98 f.
Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Universidade Federal
de Santa Catarina.
[21] PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS. Pinhais. Folder Institucional, 2004.
[22] RECUERO, R. C. A Internet e a Nova Revolução na Comunicação Mundial.
Rio Grande do Sul, 2000. (Ensaio) – Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul.
[23] ROHR, H. F. et al. Tendências em Redes sem Fio. São Paulo, 2005. 49 f.
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Instituto de Pesquisas
Tecnológicas do Estado de São Paulo.
[24] SACRAMENTO, W. Redes Locais Sem Fio – Wireless LAN (IEEE 802.11).
Apresentação do Laboratory for Advanced Collaboration - LAC - PUC-Rio,
2003.
[25] SANTANA, L. N. Testes de Dispositivos de Redes Baseadas no Padrão
IEEE 802.11. Salvador, 2005. 53 f. Monografia (Curso de ciência da
Computação) – Universidade Federal da Bahia.
121
[26] SECRETARIA DA CULTURA DE MORRETES - Informações sobre Morretes,
2005.
[27] TOLEDO, A. P. Redes de Acesso em Telecomunicações. São Paulo:
Makron Books, 2001.
[28] http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLGO/Noticia20050417172020 -
acessado em 23/08/05
[29] http://www.aol.com.br/institucional/pressreleases/2003/0188.adp - acessado
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[30] http://www.bndes.gov.br/programas/sociais/municip.asp - acessado em
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[32] http://www.morretes.pr.gov.br/ - acessado em 04/11/2005
[33] http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19186.shtml - acessado
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[34] www.andreluiz.adm.br/downloads/ivc/7analise/redes_lans.pdf – Redes
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122