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RADIOTERAPIA
RUI PAULO RODRIGUES
Especialista em Radioterapia
Coordenador da Unidade de Radioterapia
do Hospital CUF Descobertas
http://ruirodrigues.pt
RADIOBIOLOGIA
Teoricamente, nenhuma célula ou tecido é imune à
acção das radiações ionizantes, apenas podendo va-
riar a dose necessária. Na prática há um limite à
quantidade de radiação possível de administrar, im-
posto pelos tecidos sãos do hospedeiro. Alguns tu-
mores são intrinsecamente muito sensíveis às
radiações, pelo que a dose a administrar fica bem
abaixo da tolerância dos tecidos adjacentes, sendo
fácil o seu controlo com radioterapia. Outros apre-
sentam tão grande capacidade de resistência que
para os irradicar seria posta em causa a integridade
de todo o organismo, tal a dose necessária. A exten-
são tumoral a tecidos como o osso ou a cartilagem
determinam alterações na perfusão levando à hipó-
xia relativa, factor de resistência. A localização tumo-
ral na proximidade de estruturas vitais com baixa
tolerância às radiações impede a administração de
doses tumoricidas. Embora a presença de metásta-
ses exclua a radioterapia como terapêutica curativa,
esta pode ser usada eficazmente na paliação de si-
nais e sintomas significativos (dor, hemorragia).
Em radioterapia externa a dose total é administrada
em pequenas fracções diárias, durante um período de
várias semanas. Esta prática surgiu da observação de
FIGURA 3
que assim se obtinha uma boa taxa de curas com
Plano inclinado em fibra de carbono,
efeitos secundários pouco significativos. A adminis- para posicionamento e imobilização
FIGURA 7
Posicionamento para tratamento
no acelerador linear