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#​Contratos Empresariais

● Simetria natural entre os contratantes


● Enunciado 21, da I Jornada de Direito Comercial do CJF; “Nos contratos
empresariais, o dirigismo contratual deve ser mitigado, tendo em vista a simetria
natural das relações interempresariais”.
● No contratos empresariais prevalecerão os princípios da ​Autonomia da vontade e da
força obrigatória dos contratos​.
● É válida cláusula de eleição de foro consensualmente estipulada pelas partes em
relação tipicamente empresarial, mormente quando se trata de produtores rurais que
desenvolvem atividades de grande porte e contratam em igualdades de condições.
● É livre em contratos empresariais a cobrança em dobro do aluguel no mês de
dezembro em conformidade com o art. 54 da lei 8245/91 que dita sobre a igualdade
nas relações entre lojistas e ​shopping centers
● Enunciado 28 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “Em razão do
profissionalismo com que os empresários devem exercer sua atividade, os contratos
empresariais não podem ser anulados pelo vício da lesão fundada na inexperiência”.
● Fato jurídico ​(latu sensu), ​divide-se em ato jurídico(​Latu sensu) ​que corresponde a
ideia de ato voluntário e fato jurídico (​strictu sensu)​ de ato involuntário. O ato
jurídico (strictu sensu) por sua vez se divide em Ato jurídico (strictu sensu) que os
efeitos decorrem independentemente da vontade do agente, e o negócio jurídico que
os efeitos jurídicos são perseguidos pelo agente.
● Contratos se adequam ao ​Negócio Jurídico

#Princípios gerais dos contratos


● Autonomia da vontade - ​assegura à liberdade de pactuar seja em relação às partes, ao
objeto, ou ao seu conteúdo, respeitado a finalidade social
- art. 421 do Código Civil: “a liberdade de contratar será exercida em razão e
nos limites da função social do contrato”.
- Enunciado 26 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “O contrato
empresarial cumpre sua função social quando não acarreta prejuízo a direitos
ou interesses, difusos ou coletivos, de titularidade de sujeitos não participantes
da relação negocial”.
● Atipicidade dos contratos empresariais -​ Diz respeito a liberdade das partes pactuarem
livremente contratos não citados no ordenamento jurídico
- art. 425/CC “é lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as
normas gerais fixadas neste Código”.
● Consensualismo -​ os contratos consensuais se concretizam com o mero acordo de
vontades, em contrapartida os ​Contratos Reais​ fogem a essa regra, concretizando-se
somente com a tradição do objeto, também excetuam a tal regra os ​Contratos solenes,
hipótese essa que o contrato se consolida através de uma formalidade específica.
● Relatividade -​ os efeitos do contratos somente valerão aos que nesse pactuam, bem
como aos seus herdeiros, exceto se personalíssimo. Para poder surtir efeitos a
terceiros, é preciso que lei preveja expressamente.
- Teoria da aparência: contratante de boa-fé engana-se diante de uma situação
aparente, tomando-a como verdadeira, podem ser criadas obrigações em
relação a terceiros que não atuaram diretamente na constituição do vínculo
contratual.
● Força Obrigatória -​ pactos assumidos devem ser cumpridos ​“pacta sunt servanda”
- teoria da imprevisão: “rebuc sic standibus”
- art. 478 do Código Civil que “nos contratos de execução continuada ou
diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa,
com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do
contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação”.
- art. 479/CC “a resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar
equitativamente as condições do contrato”
- art. 480/CC “se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes,
poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de
executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva”.
- Tal teoria não deve ser adotada no direito comercial, nesse sentido:
- I Jornada de Direito Comercial do CJF:
- Enunciado 23. Em contratos empresariais, é lícito às partes contratantes
estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação dos requisitos de revisão
e/ou resolução do pacto contratual.
- Enunciado 25. A revisão do contrato por onerosidade excessiva fundada no
Código Civil deve levar em conta a natureza do objeto do contrato. Nas
relações empresariais, deve-se presumir a sofisticação dos contratantes e
observar a alocação de riscos por eles acordada.

● Princípio da boa-fé -
#Contratos de Colaboração Empresarial
● O colaborador auxilia a aproximar a empresa ao consumidor, assumindo a
obrigação de ajudar a formar ou ampliar o mercado consumidor do colaborado
● Pode ser feita por:
- Intermediação: ​ O colaborador adquire o bem por condições especiais
para revendê-los, conseguindo lucro na diferença. Ex. concessão
mercantil
- Aproximação: ​O colaborador não adquire o produto, mas consegue a
venda em nome do colaborado, recebendo percentual da venda da
empresa colaborada. EX. representação comercial
● Subordinação empresarial: ​ Diz respeito a obrigatoriedade do colaborador de manter
sua organização de acordo com as orientações do colaborado. Lembrando-se que a
relação é empresarial neste contrato.
● Cláusulas de exclusividade nos contratos de colaboração: ​è importantíssima quando se
trata deste contrato, afinal dita que o colaborado não poderá de maneira alguma
comercializar na área determinada ao colaborador. No entanto notamos na lei
4.886/65 que trata de representação mercantil a possibilidade de em omissão tal
cláusula ser presumida: “Art. 31. Prevendo o contrato de representação a
exclusividade de zona ou zonas, ou quando este for omisso, fará jus o representante à
comissão pelos negócios aí realizados, ainda que diretamente pelo representado ou
por intermédio de terceiros.”

#Comissão Mercantil
● art. 693 do Código Civil, “o contrato de comissão tem por objeto a aquisição
ou a venda de bens pelo comissário, ​em seu próprio nome​, à conta do
comitente”
● ambos empresários
● Assume a responsabilidade com terceiros com quem contrata art. 694 do
Código, que assim dispõe: “o comissário ​fica diretamente obrigado ​para com
as pessoas com quem contratar​, sem que estas tenham ação contra o comitente,
nem este contra elas,​ salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer das
partes​”.
● justamente o tópico anterior distingue o contrato de comissão do de mandato
visto que naquele o mandatário age em nome e a conta do mandante, e na
comissão o faz em seu nome e à conta do comitente, por isso a comissão por
vezes é conhecida por mandato sem representação.
- art. 709/CC “são aplicáveis à comissão, no que couber, as regras
sobre mandato”.
● quanto a subordinação: o art. 695/CC, “o comissário é obrigado a agir de
conformidade com as ordens e instruções do comitente​, devendo,​ na falta
destas​, não podendo pedi-las a tempo, proceder segundo ​os usos em casos
semelhantes”. ​Nesse sentido dispõe o parágrafo único do mesmo artigo e
“ter-se-ão por ​justificados os atos do comissário​, se deles​ houver resultado
vantagem para o comitente,​ e ainda no caso em que, não admitindo demora a
realização do negócio, o comissário agiu de acordo com os usos”.
- 699 do Código que “​presume-se o comissário autorizado a conceder
dilação do prazo para pagamento​, na conformidade dos usos do lugar
onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas do
comitente”
- art. 700 “se houver instruções do comitente proibindo prorrogação de
prazos para pagamento, ou se esta não for conforme os usos locais,
poderá o comitente exigir que o comissário pague ​incontinenti1 ou
responda pelas consequências da dilação concedida, procedendo-se de
igual modo se o comissário não der ciência ao comitente dos prazos
concedidos e de quem é seu beneficiário”.
- art. 704 do Código: “salvo disposição em contrário, ​pode o comitente,
a qualquer tempo, alterar as instruções​ dadas ao comissário,
entendendo-se por elas regidos também os negócios pendentes”.
- art. 696 do Código determina-se que “no desempenho das suas
incumbências o ​comissário é obrigado a agir com cuidado e diligência​,
não só para evitar qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe
proporcionar o lucro que razoavelmente se podia esperar do negócio”.
parágrafo único: “​responderá o comissário​, salvo motivo de força
maior, por ​qualquer prejuízo que, por ação ou omissão​, ocasionar ao
comitente”.

● O comissário receberá remuneração chamada comissão de acordo com o pactuado, no


entanto na ausência desta, dispõe o art. 701 do Código que, “não estipulada a
remuneração devida ao comissário, será ela a​rbitrada segundo os usos correntes no
lugar”.
- Segundo o STJ a comissão em contrato por prazo indeterminado poderá ser
alterada pelo comitente.
- o art. 702 do Código que “no caso de morte do comissário, ou, quando, por
motivo de força maior, não puder concluir o negócio, será devida pelo
comitente uma remuneração proporcional aos trabalhos realizados”.
- art. 702 do Código que “no caso de morte do comissário, ou, quando, por
motivo de força maior, não puder concluir o negócio, será devida pelo
comitente uma remuneração proporcional aos trabalhos realizados”
- o art. 703 “ainda que tenha dado motivo à dispensa, terá o comissário direito a
ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao comitente, ressalvado a este o
direito de exigir daquele os prejuízos sofridos”.

1
sem demora
- art. 705 : “se o comissário for despedido sem justa causa, terá direito a ser
remunerado pelos trabalhos prestados, bem como a ser ressarcido pelas perdas
e danos resultantes de sua dispensa”.
- o art. 707 do Código: “o crédito do comissário, relativo a comissões e
despesas feitas, goza de privilégio geral, no caso de falência ou insolvência do
comitente”.

● Quanto a cláusula ​Del credere:​ é utilizável, mas não é presumível, art. 698 do
Código: “se do contrato de comissão constar a cláusula del credere​, responderá o
comissário solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do
comitente,​ caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a
remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido”.

#Contrato de Representação Comercial (Agência)


● modalidade especial de contrato de colaboração em que o colaborador,
chamado de representante, ​assume a incumbência de obter pedidos de compra
e venda para os produtos comercializados pelo colaborado​, chamado de
representado.
● Regulado por Lei específica: ​Lei 4886/95​ e também pelo CC
● art. 1.º da Lei 4.886/1965, “exerce a representação comercial autônoma a
pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que ​desempenha,
em caráter não eventua​l​ por conta de uma ou mais pessoas​,​ a mediação para a
realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para
transmiti-los aos representados​, praticando ou não atos relacionados com a
execução dos negócios”. A distinção deste contrato ao de mandato é
justamente o fato de que em regra o contrato de representação não poderá ser
concluído pelo representante, no entanto prescreve o parágrafo único do artigo
retromencionado: “quando a ​representação comercial incluir poderes atinentes
ao mandato mercantil,​ serão aplicáveis, quanto ao exercício deste, os preceitos
próprios da legislação comercial”.
● A subordinação diz respeito apenas à forma de organização do representante
● Por vezes tal subordinação poderá caracterizar o vínculo empregatício visto
que a partir do momento que o representante tem horário estipulado, tem de
enviar relatórios regularmente, poderá caracterizar tal vínculo, trazendo ao
representado todo os ônus deste.
● O art. 2º prescreve que: obrigatório registro dos representantes comerciais no
órgão regulador de sua atividade, o Conselho Regional dos Representantes
Comerciais
● decidiu o STJ que a falta de registro no órgão de classe de representação
comercial não descaracterizará o contrato, se nos autos estiverem documentos
probatórios suficientes para tal caracterização.
● O art. 5.º desta mesma lei determina que “somente será devida remuneração,
como mediador de negócios comerciais, a representante comercial
devidamente registrado”. No entanto, a jurisprudência pretoriana já decidiu ser
inconstitucional essa regra.
● O CDC também não poderá ser aplicado independentemente do tamanho das
empresas em contrato.
● o art. 27 da Lei 4.886/1965, “do contrato de representação comercial, além dos
elementos comuns e outros a juízo dos interessados,​ constarão
obrigatoriamente​: a) condições e requisitos gerais da representação; b)
indicação genérica ou específica dos produtos ou artigos objeto da
representação; c) prazo certo ou indeterminado da representação; d) indicação
da zona ou zonas em que será exercida a representação; e) garantia ou não,
parcial ou total, ou por certo prazo, da exclusividade de zona ou setor de zona;
f) retribuição e época do pagamento, pelo exercício da representação,
dependente da efetiva realização dos negócios, e recebimento, ou não, pelo
representado, dos valores respectivos; g) os casos em que se justifique a
restrição de zona concedida com exclusividade; h) obrigações e
responsabilidades das partes contratantes; i) exercício exclusivo ou não da
representação a favor do representado; j) indenização devida ao representante
pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35, cujo montante
não poderá ser inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida
durante o tempo em que exerceu a representação”.

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