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ESPAÇO ABERTO

Jozária de Fátima Lemos de Lima, Maria do Socorro Lopes Pina,


Rejane Martins Novais Barbosa e Zélia Maria Soares Jófili

A contextualização no ensino busca trazer o cotidiano para a sala de aula, ao mesmo tempo em que procura
aproximar o dia-a-dia dos alunos do conhecimento científico. Tais ações, em disciplinas complexas como a
química, são extremamente importantes. Este artigo exemplifica a utilização da conservação dos alimentos no
ensino de cinética química por duas professoras do ensino médio.

cinética química, contextualização, conservação de alimentos



O
ensino de química, muitas lho e Gil-Pérez, 1995, p. 69). no deste tópico desmotivante e o dis-
26 vezes, tem-se resumido a A não-contextualização da química curso do professor é tomado como
cálculos matemáticos e me- pode ser responsável pelo alto nível de “dogma de fé”. Os livros didáticos, por
morização de fórmulas e nomencla- rejeição do estudo desta ciência pelos sua vez, não vêm trazendo contribui-
turas de compostos, sem valorizar os alunos, dificultando o processo de ções relevantes para mudar este qua-
aspectos conceituais. Observa-se a ensino-aprendizagem. Fechando um dro.
ausência quase total de experimentos círculo, terrivelmente pernicioso para a A proposta central deste trabalho é
que, quando realizados, limitam-se a aprendizagem dos conteúdos quími- apresentar alternativas dinâmicas para
demonstrações que não envolvem a cos, temos uma formação ineficiente a construção de conceitos de cinética
participação ativa do aluno, ou apenas que não prepara os professores para química, a partir de experimentos sobre
os convidam a seguir um roteiro, sem a contextualização dos conteúdos (Za- conservação de alimentos.
levar em conside- non e Palharini, 1995).
ração o caráter inves- A não-contextualização da A contextualização do Descrição do experimento
tigativo e a possibi- química pode ser ensino, por outro lado, O trabalho foi desenvolvido com
lidade de relação en- responsável pelo alto nível não impede que o alu- duas turmas de 3a série do ensino mé-
tre o experimento e os de rejeição do estudo no resolva “questões dio de duas escolas da rede estadual.
conceitos. Não se po- desta ciência pelos alunos, clássicas de química, Inicialmente participaram 50 alunos,
de, entretanto, colo- dificultando o processo de principalmente se elas sendo 22 da Escola A e 28 da Escola
car, única e exclusiva- ensino-aprendizagem forem elaboradas B. Para a análise dos resultados foram
mente, a culpa dos buscando avaliar não considerados apenas os alunos que
problemas do ensino a evocação de fatos, participaram de todos os momentos do
de química nos professores. Há um fórmulas ou dados, mas a capacidade trabalho (20 de cada escola).
conjunto complexo de causas, já anali- de trabalhar o conhecimento” (Chas- No primeiro momento foi utilizado
sado na literatura pertinente. Dentre sot, 1993, p. 39). um questionário para o levantamento
eles, é possível citar os cursos de Considerando especificamente o dos conhecimentos prévios dos alunos
formação deficientes, que reforçam a ensino de cinética química, constata- contendo as seguintes questões: Por
aprendizagem passiva pelo formato mos que as atividades didáticas, mui- que os alimentos se estragam? Que
expositivo das aulas de modo que “os tas vezes, são baseadas em aulas processos podem ser utilizados para
futuros professores tornam-se mais expositivas, que não levam em conta evitar que se deteriorem? Como estes
habituados à recepção de conheci- nem os conhecimentos prévios nem o processos atuam? Na sua casa são
mentos que ajudar a gerá-los” (Carva- cotidiano dos alunos. Isto torna o ensi- utilizadas técnicas de conservação de
alimentos? Quais? Você conhece al-
A seção “Espaço aberto” visa abordar questões sobre educação, de um modo geral, que sejam de interesse dos professores gum aditivo alimentar? Cite-o? Você
de química. acha importante o uso de aditivos ali-

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Contextualização no ensino de cinética química N° 11, MAIO 2000
Quadro 1 os alunos, em grupo, fizeram uma
comparação entre as suas previsões
Polpa de tomate Recipiente aberto Recipiente fechado
sobre o experimento e o que realmente
1. puro aconteceu. Os grupos discutiram os re-
2. com açúcar sultados e escreveram suas conclu-
sões. Logo após a discussão nos
3. com ácido benzóico pequenos grupos, iniciou-se a discus-
são no grande grupo (professoras e
Quadro 2 alunos) para sistematizar os conteúdos
trabalhados. No início, os alunos apre-
Fígado cru Recipiente aberto Recipiente fechado sentaram certa dificuldade para ex-
1. sem aditivo pressarem suas conclusões mas, aos
poucos, a discussão foi ficando mais
2. com sal
rica com o aumento do número de alu-
3. mergulhado no óleo nos participantes.
Nas duas turmas as discussões
giraram em torno de quais aditivos
mentares? Por que? Em seguida, os tes não ficam completamente fe- eram melhores para a conservação
alunos foram distribuídos em grupos chados, mas essa forma de fe- dos alimentos, visto que nenhuma das
de quatro componentes, para realiza- chamento já é suficiente para ga- substâncias utilizadas como aditivos
ção da intervenção-didática, que cons- rantir a possibilidade de observa- conservava os alimentos indefinida-
tou de três etapas. ção) mente. Por essa razão, na terceira
Na primeira etapa, buscou-se inves- • lápis de cor etapa foi rediscutida a eficiência dos
tigar a influência dos aditivos na conser- • 4 colheres-medida (5 mL) por gru- aditivos.
vação dos alimentos. Os alunos fizeram po Na segunda etapa, pretendeu-se
previsões a respeito do que acontece verificar a influência da temperatura na
com uma polpa de tomate e com o fí-
Procedimento 27
atividade enzimática e solicitou-se aos
gado bovino, após três dias nas con- 1. Numerar cada copinho de 1 a 12. alunos que citassem alguns aditivos
dições descritas nos Quadros 1 e 2. 2. Em cada copinho, colocar as relacionando-os às suas funções,
Em seguida os grupos prepararam amostras de acordo com a tabela abai- vantagens e desvantagens. Os alunos,
amostras para a realização do experi- xo. nos mesmos grupos da primeira etapa,
mento, de acordo com o roteiro a se- 3. Fazer anotações referentes a cor, receberam o roteiro para realização do
guir. cheiro, consistência etc. durante três experimento proposto por Silva e Silva
dias. (1997, p. 53); utilizaram fígado bovino,
Roteiro 4. Em seguida, discutir com o grupo batata e água oxigenada, para eviden-
os resultados obtidos levando em con- ciar a velocidade da reação de decom-
Material necessário ta as anotações anteriores. posição da água oxigenada, acelerada
• fígado cru As observações dos alunos sobre pela enzima catalase em diferentes
• polpa de tomate o experimento foram registradas numa temperaturas, através da saída do gás
• 12 copinhos descartáveis por tabela na qual descreveram as mudan- oxigênio.
grupo ças ocorridas nas amostras tais como: Após o término do experimento, os
• sal cor, consistência e cheiro. Foram tam- alunos permaneceram nos grupos pa-
• açúcar bém solicitados a ilustrar as observa- ra encontrarem justificativas para o
• óleo ções, desenhando e pintando de acor-
observado. Sobre o papel do fígado e
• ácido benzóico do com o que estava sendo observa-
da batata na reação, alguns pergun-
• papel alumínio (para fechar os re- do.
tavam: Por que não estão saindo mais
cipientes. Atenção
Atenção: os recipien- Após os três dias de observação,
bolhas? Será que a superfície do fígado
queimou? Será que todo o oxigênio já
Recipientes abertos (ímpares ) Recipientes fechados (pares ) saiu?
1. uma medida de polpa de tomate puro 2. uma medida de polpa de tomate puro Para responderem a essas pergun-
3. uma medida de polpa de tomate com 4. uma medida de polpa de tomate com tas, as professoras prepararam outra
meia medida de açúcar meia medida de açúcar amostra de água oxigenada e adicio-
5. uma medida de polpa de tomate com 6. uma medida de polpa de tomate com naram um pedaço de fígado cru,
uma pitada de ácido benzóico uma pitada de ácido benzóico retirado da amostra na qual não se
7. uma porção de fígado cru 8. uma porção de fígado cru observava mais a saída de bolhas. Os
9. uma porção de fígado cru com meia 10. uma porção de fígado cru com meia alunos observaram a reação e disse-
medida de sal medida de sal ram que a catalase ainda estava pre-
11. uma porção de fígado cru com duas 12. uma porção de fígado cru com duas sente no pedaço do fígado, confir-
medidas de óleo medidas de óleo
mando o papel da catalase na acelera-

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ção da velocidade de reação. Para que sistematização de todos os conteúdos “Deixar frutas e verduras na
os alunos percebessem bem a diferen- trabalhados na intervenção didática. O geladeira, salgar a carne para
ça na velocidade de reação, foi neces- trabalho foi concluído com a leitura de durar mais tempo etc. ”
sário bastante cuidado com os con- um texto elaborado pelas professoras Após a intervenção didática, quan-
gelados devido à temperatura ambi- sobre conservação de alimentos, se- do os alunos foram questionados so-
ente (oscilando entre 25 °C e 30 °C). A guida de discussões e explicações. bre os processos para evitar a deterio-
superfície da batata e do fígado con- Foi aplicado um questionário con- ração, foi observada uma evolução nas
gelados rapidamente descongelava, tendo questões, semelhantes às da suas respostas, caracterizada pela di-
dificultando, em alguns casos, a visua- sondagem inicial, acrescido de mais minuição do percentual de alunos que
lização. É possível evitar esse proble- duas envolvendo um maior grau de não responderam. Com relação a atua-
ma mantendo a água oxigenada em complexidade, visando avaliar a com- ção dos aditivos, a evolução não foi
banho de gelo antes e durante o expe- preensão dos alunos sobre os concei- tão acentuada, mas, podemos consi-
rimento, de maneira que os alunos tos abordados após a intervenção- derar significativa em virtude da com-
possam perceber a influência da tem- pedagógica. plexidade do assunto, pois, para expli-
peratura na velocidade da reação. Isso car a atuação dos processos de dete-
também evita que eles associem o re- Por que os alimentos se estragam? rioração dos alimentos, faz-se neces-
sultado somente à diferença de tem- Muitos alunos, no início, só relacio- sária uma visão microscópica dos pro-
peratura do catalisador, excluindo a im- navam a deterioração dos alimentos cessos que interferem na multiplicação
portância da diferença de temperatura com armazenamento, temperatura e e morte de microorganismos, como
do meio reacional. Assim, alertamos os tempo cronológico. também o controle das reações enzi-
alunos sobre a influência da tempera- máticas.
tura na velocidade de reação catalisa- “Manter em local adequado,
da por enzimas, retardando ou ace- não colocá-los em pilhas altas, “Colocar o alimento no freezer
lerando a deterioração dos alimentos. etc.” retarda a ação dos microrganis-
“Cuidar bem dos alimentos, e mos; usar conservantes diminui
colocar no freezer ou con- a velocidade da reação, ou seja,
28 Após a intervenção
gelador para que se conservem o alimento irá se conservar por
didática, observou-se um
por mais tempo.” mais tempo.”
enriquecimento nas
respostas dos alunos que Interessante ressaltar que as res-
Após a intervenção didática, obser-
passaram a considerar postas da Escola A (classe mista) fo-
vou-se um enriquecimento nas respos-
como fatores preponde- ram dadas pelas alunas. Os alunos
tas dos alunos que passaram a consi-
rantes para a deterioração (rapazes) acharam que este assunto
derar como fatores preponderantes
dos alimentos a ação dos só dizia respeito às ”mulheres”. Dos
para a deterioração dos alimentos a
microorganismos, e a não sete alunos (rapazes) da Escola A,
ação dos microorganismos, e a não
utilização de aditivos apenas dois responderam. Na Escola
utilização de aditivos.
B, formada apenas por alunas, não foi
Finalmente, na terceira etapa, foi fei- “Porque, com o tempo, os ali- observado este problema.
ta a sistematização dos conceitos mentos adquirem fungos e bac-
vivenciados. Foram então distribuídos térias destruindo o alimento.”
Técnicas de conservação de alimentos
aos grupos alguns rótulos de produtos Inicialmente, quando os alunos fo-
alimentares, para que identificassem “Porque alguns não possuem ram questionados sobre as possíveis
os aditivos contidos naqueles alimen- aditivos ou estão submetidos a técnicas de conservação de alimentos
tos. Os alunos sentiram dificuldade em temperaturas elevadas. Em tem- utilizadas em suas casas, grande parte
identificar os aditivos, por serem escri- peraturas baixas os alimentos respondeu: refrigeração, congelamen-
tos em códigos. Com o auxílio das pro- se conservam melhor.” to e armazenamento em locais secos
fessoras, os alunos relacionaram os e arejados. Apenas uma minoria (5%)
aditivos encontrados e escreveram- Como evitar a deterioração dos não respondeu a questão. Após a
nos no quadro. Receberam uma tabela alimentos? intervenção didática, as respostas fo-
com o Código de Rotulagem - D.O.U. Na análise das respostas ao primei- ram mais ricas, considerando-se que,
17/02/1976 - e foram orientados a iden- além da temperatura (refrigeração e
ro questionário, observamos que ape-
tificar os aditivos por meio da leitura congelamento) e armazenamento, os
nas cerca de 30% dos alunos citaram
dos rótulos. A leitura descodificada dos alunos citaram também os aditivos.
processos para conservar os alimentos
rótulos dos alimentos permitiu uma re-
baseados em suas experiências co- Função e importância dos aditivos
flexão crítica sobre os diversos alimen-
tidianas, entretanto não conseguiram
tos consumidos. Inicialmente, a maioria dos alunos
explicitar a atuação dos processos.
Em seguida, foi conduzida uma (95% da Escola A e 60% da Escola B)
discussão no grande grupo (professo- “Colocam-se os alimentos no não soube responder a questão sobre
ras e alunos), tendo como objetivo a congelador; sal e óleo também.” aditivos. Os poucos alunos que respon-

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deram citaram como aditivos apenas os Apesar de algumas dificuldades en- conceitos químicos pertinentes ao tema
temperos caseiros, por exemplo: frentadas, como tempo disponível para abordado.
as aulas e alunos, que inicialmente não
“Sal para salgar a carne e dar Jozária de Fátima Lemos de Lima, licenciada em ensi-
acreditavam que estavam estudando
sabor; colorau para dar cor aos no de ciências (habilitação em química) pela Univer-
química, confirmamos a importância sidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e
alimentos; tempero e alho para
de os alunos terem um papel ativo no especialista em ensino de ciências (modalidade
dar gosto à comida.”
processo de ensino-aprendizagem, química) pelo Projeto Pró-Ciências I (Convênio CAPES/
Após a intervenção didática, foi ve- permitindo assim uma evolução con- FACEPE/SEC/UFRPE), trabalha na Secretaria de Edu-
cação do Estado de Pernambuco. Maria do Socorro
rificada uma evolução conceitual signi- ceitual. Outro aspecto observado foi a Lopes Pina
Pina, bacharel e licenciada em química pela
ficativa, no que diz respeito às funções possibilidade de instrumentalizar os UNICAP e especialista em ensino de ciências (moda-
e à importância dos aditivos. alunos para a tomada de decisões ba- lidade química) pelo Projeto Pró-Ciências I (Convênio
seadas nos conhecimentos adquiridos CAPES/FACEPE/SEC/UFRPE), trabalha na Secretaria
“Os aditivos atuam protegen- de Educação do Estado de Pernambuco. Rejane Mar-
nas aulas de química. No caso do es- tins Novais Barbosa (barbosa@elogica.com.br), ba-
do os alimentos dos microrga-
tudo de aditivos alimentares, os novos charel em química e mestre em bioquímica pela UFPE,
nismos e deixando inalterados
conhecimentos facilitaram a compre- doutora em educação química pela Universidade de
a cor, o aroma, a consistência, East Anglia, Inglaterra, é docente da UFRPE. Zélia
ensão das implicações do uso de aditi-
a umidade etc.” Maria Soares Jófili, bacharel em sociologia pela UFPE,
vos para a comercialização dos pro- mestre em tecnologia da educação (INPE-CNPq) e
“Demora mais tempo... pode dutos e para a saúde e possibilitaram doutora em ensino de ciências pela Universidade de
ser transportado sem medo de decisões sobre a escolha de alimen- Surrey, Inglaterra, é docente da UFRPE e da UNICAP.
se estragar o alimento. O uso tos. Chassot (1995) e Santos e
em excesso pode causar câncer Schnetzler (1996) concordam que é
no estômago.” papel da escola desenvolver a capa-
cidade de tomada de decisão, forman- Referências bibliográficas
Como acelerar e/ou retardar as do cidadãos mais críticos. CARVALHO, A.M.P. e GIL-PÉREZ,
reações? Numa avaliação realizada pelos alu- D. Formação de professores de
nos após a intervenção, eles reconhe- ciências. 2ª ed. São Paulo: Cortez,
Logo após a intervenção didática, foi 29
ceram a utilidade da cinética química na 1995.
observada uma evolução significativa
nas respostas dos alunos, que atribuí- vida prática e também a eficácia da CHASSOT, A.I. A ciência através
ram a aceleração ou retardamento da metodologia aplicada, ao afirmarem dos tempos. São Paulo: Moderna,
deterioração dos alimentos à influência que: 1995.
da temperatura ou ao uso de aditivos. “Nós tivemos mais liberdade CHASSOT, A.I. Catalisando
de aprender formulando nossas transformações na educação. Ijuí:
“Se os alimentos não tiverem
próprias opiniões.” Unijuí, 1993.
um conservante estragarão
SANTOS, W.L.P. e SCHNETZ-
mais rapidamente; caso con- “Gostei de estudar cinética LER, R.P. Ensino de química e
trário o conservante retardará a química simplesmente porque cidadania. Química Nova na Escola,
velocidade com que o alimento foi ensinada de uma forma dife- n. 4, p. 28-34, 1996.
se estragará” rente.” SILVA, E.R. e SILVA, R.R.H. Con-
Um mês após a terceira etapa, ten- servação de alimentos. São Paulo:
do o conteúdo sido concluído pelas pro- “A maneira como aprendemos Scipione, 1997.
fessoras, cerca de 60% dos alunos pas- conservação de alimentos, em ZANON, l.B. e PALHARINI, E.M.A
saram a considerar que não somente aulas práticas, foi bastante agra- Química no ensino fundamental de
as reações de deterioração dos alimen- dável.” ciências. Química Nova na Escola,
tos podem ser controladas como tam- “Gostei de estudar cinética, n. 2, p. 15-18, 1995.
bém outras reações químicas (enferruja- porque aprendi como acelerar
mento, digestão, ação da água oxigena- Para saber mais
e retardar uma reação.”
da nos ferimentos etc). BOBBIO, F.O. e BOBBIO, P.A.
A análise final da pesquisa revelou Introdução à química dos alimentos.
Conclusões
que é possível a contextualização de 2ª ed. São Paulo: Livraria Varela,
conceitos científicos valorizando os co- Podemos concluir que os resultados 1995.
nhecimentos prévios, a experimentação, dessa intervenção didática indicam que SANTOS, W.L.P. e SCHNETZ-
as interações entre aluno-aluno e aluno- a contextualização de atividades experi- LER, R.P. Educação em química:
professor. Foi verificado que a compre- mentais pode ser uma boa forma de compromisso com a cidadania. Ijuí:
ensão dos conteúdos se fez de maneira contribuir para a melhoria do ensino de Unijuí, 1997.
mais efetiva e extremamente gratificante, química. Entretanto, gostaríamos de TRAMBAIOLLI NETO, E. Alimen-
observando-se um crescente nível de salientar que isso não deve implicar a tos em pratos limpos. São Paulo:
participação dos alunos nas aulas, e de- separação da atividade experimental do Atual, 1994.
monstração de maior prazer. processo de desenvolvimento dos

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Contextualização no ensino de cinética química N° 11, MAIO 2000

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