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OS ERROS MAIS COMUNS NA TOMADA DE DECISÃO.

Erro 1. Ignorar o custo de oportunidade


Imagine que costuma ir a discoteca todas os sábados, e que para si vale 5.000u.m.. O consumo
mínimo é de 3 000u.m.. contudo este não é o único custo para ir à discoteca. Deve ter também
em
consideração o valor da alternativa mais atractiva a que renunciará no caso de ir a discoteca.
Suponha agora que se não for, ficará a trabalhar como assistente para um dos seus professores.
Este trabalho rende-lhe 4.000u.m. por dia, e gosta tanto de o fazer que o faria mesmo sem ser
pago. Assim, a questão que se coloca é “Devo ir à discoteca ou ficar a trabalhar como
assistente?"
Neste caso, o custo não é somente o custo explícito de ir á discoteca (3 000u.m.) mas também o
custo de oportunidade de perder o seu salário (4.000u.m.), O total dos custos são de 7.000u.m., o
que ultrapassa o benefício que é e 5.000u.m..
Devo trabalhar primeiro ou tirar antes um curso universitário?
As despesas relativas a frequência num curso universitário não se limitam ao custo das propinas,
alimentação, alojamento, livros e outros materiais escolares. Incluem também o custo de
oportunidade dos salários perdidos enquanto se estuda. Este custo é tanto maior quanto maior for
a
experiência profissional, ou seja, é menor quando se começa a trabalhar depois de terminar o
ensino secundário.
Considerando o lado dos benefícios, uma das vantagens de um curso universitário é proporcionar
salários mais elevados, e quanto mais cedo se entrar para a Universidade mais tempo poderá
beneficiar desta vantagem. Um outro factor importante é o facto de que normalmente o tipo de
INTRODUÇÃO À ECONOMIA – PARTE I MICROECONOMIA
Carlos Miguel Oliveira | Março de 2008 | R.0
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emprego que se arranja é menos desagradável, quanto mais instrução e experiência se tiver.
Iniciando de imediato um curso universitário é possível evitar os trabalhos menos agradáveis.
Por
isso para a maioria das pessoas, faz mais sentido tirar primeiro um corso universitário e só depois
começar a trabalhar. É certamente mais sensato frequentar um curso universitário com 20 anos
do
que com 50. Este exemplo é uma ilustração perfeita do argumento de Friedman relativamente ao
modo de avaliar uma teoria. Ninguém pensa que os estudantes que terminam o ensino secundário
decidem quando devem iniciar o seu curso universitário com base em cálculos que envolvem
custos
de oportunidade Pelo contrário, a maior parte dos estudantes vai para uma universidade assim
que
termina o ensino secundário porque é o que fazem todos os seus colegas. Socialmente é o que se
deve fazer. Este hábito não surgiu do nada, e tem subsistido porque é talvez o mais eficiente.
Porque é que os bancos pagam juros?
Suponha que é banqueiro e que alguém lhe deposita 1 000 u.m. no dia 1 de Janeiro sem que você
tenha que lhe pagar juros. Você pode pegar no dinheiro e comprar um bem produtivo, como por
exemplo um pinhal. Suponha que todos os anos as árvores crescem em média 6% e que o preço
de
uma árvore é proporcional à quantidade de madeira que contém Nesta óptica poderia ao fim do
ano
vender o pinhal por 1060 u.m. e ganhar 60.
Mas esta opção também é valida para a pessoa que depositou o dinheiro no seu banco. Esta
pessoa
estará disposta a deixá-lo utilizar o seu dinheiro, mas apenas se você o compensar pelo custo de
oportunidade de não o ter utilizado ele próprio. Se lhe pagar 5% de juros, ele provavelmente
aceitará
já que não terá o trabalho de cuidar das árvores, ficando você com os restantes 1% ( 10 u.m.) por
ter tratado desse assunto.
O conceito de Custo de oportunidade tem tanto de simples como de importante no estudo da
microeconomia. A arte de aplicar este conceito correctamente está na forma como se consegue
reconhecer o maior valor alternativo que é sacrificado com o prosseguimento de uma certa
actividade.
Erro 2. Não ignorar os custos irrecuperáveis
Frequentemente um custo de oportunidade não parece ser um custo relevante, quando na
realidade o é. Outro erro comum quando se tomam decisões é considerarmos determinado custo
como relevante quando na realidade não o é. Isto acontece frequentemente com os custos
irrecuperáveis, custos esses que já foram incorridos no momento em que a decisão é tomada. Ao
contrário dos custos de oportunidade, estes custos deverão ser ignorados. O princípio de que se
devem ignorar os custos irrecuperáveis ressalta claramente, do seguinte exemplo.
Você está a planear uma viagem de cerca de 400 km. À excepção do custo, é-lhe completamente
indiferente entre ir no seu próprio carro ou de avião. O bilhete de avião custa 13 000u.m., e você
não sabe qual será o custo de levar o seu carro. Assim, telefona para a Hertz para ter um valor
estimativo. A pessoa com quem fala diz-lhe que para fazer essa estimativa deve começar por
considerar os custos de um carro típico, onde se fazem, por exemplo, 17 000 Km. Assim:
Seguro 130 000u.m.
Juros 260 000u.m.
Combustível e óleo 130 000u.m.
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Manutenção 130 000u.m.
Total 650 000u.m.
Dividindo este valor total por 17000 Km, conclui que o preço por Km é 38u.m.20. Se usa este
número para calcular a custo da viagem de carro, conclui que lhe iria custar 15 280u.m.. Dado
que
este valor é mais elevado do que os 13 000u.m. do bilhete do avião, decide ir de avião. Se decidir
desta maneira, você comete um erro não considerar os custos irrecuperáveis. O valor do seguro e
dos juros não varia conforme o número de quilómetros que efectua num ano. Ambos são custos
irrecuperáveis e serão sempre os mesmos quer viaje ou não com o cano. Dos custos
mencionados,
o óleo, o combustível e a manutenção são os únicos que variam consoante o número de
quilómetros
que efectuar. Isto dá-lhe um custo de 260 000u.m. por 17 000km, ou seja, 15u.m.30/Km. Ao
preço
de 15u.m.30/km, a viagem só lhe custará 6120u.m.; e dado que este valor é muito mais baixo que
o bilhete de avião, deve ir de automóvel.
No Exemplo anterior, note o papel desempenhado pela suposição de que, exceptuando os custos,
lhe era indiferente o meio de transporte utilizado. Isto permite-nos afirmar que o único factor que
se
devia considerar era o custo actual dos dois modos de transporte. Se preferisse um meio ao outro,
tinha também de ter em consideração o peso dessa preferência. Assim, por exemplo, se estivesse
disposto a pagar 7800u.m. para evitar a maçada de guiar, o custo real de guiar passaria a ser de
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920u.m., e não 6120u.m., e neste caso deveria ir de avião.
Erro 3. Focar apenas alguns custos relevantes
Uma pessoa que ao tomar uma decisão seja vítima da falácia do custo irrecuperável, tem em
atenção um custo que deveria ter ignorado. A falácia do custo de oportunidade é exactamente o
oposto: ignorar custos que deveriam ter sido considerados. Mas o exemplo que se segue tornará
claro que os custos de oportunidade não são os únicos custos que as pessoas tendem a ignorar.
O impulso de muitos consumidores preocupados com a poupança de combustível seria escolher
imediatamente um carro com baixo consumo de Combustível como o Opel Corsa TD. Mas
provavelmente não haverá tantas Corsas TD disponíveis. Suponha que existe um total de 1000
Corsas TD e 1000 Sport 1.4 gasolina. Se alugar um Diesel em vez de um a gasolina, alguém terá
de
alugar um a gasolina em vez de um a Diesel. Se o meu objectivo é poupar energia só deveria
alugar
o Diesel se a pessoa que vai ficar com o a gasolina fizer menos quilómetros por ano do que eu.
Mas quem é que pode adivinhar se é isso que vai acontecer? Se as taxas de aluguer dos dois
automóveis estiverem estabelecidas no mercado e cada um escolher geralmente o carro que vai
minimizar as suas despesas totais com as deslocações, podemos dizer isto: o facto de eu escolher
um Diesel vai reduzir o consumo de energia da sociedade se, e apenas se, o TD for menos
dispendioso, para mim, do que o 1.4Gasolina. Para perceber porquê, repare primeiro que, se a
gasolina custar 168u.m. o litro, o custo anual do Corsa a gasolina é dado pelo cálculo
em que K é o número de quilómetros que eu faço por ano e 340.000u.m. a aluguer anual do
veiculo
em 5 anos. O custo correspondente para o Diesel será:
()
100
340.000€ 10 168€
×
Cg=+K
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Estes custos serão absolutamente iguais se eu fizer exactamente 36.363 Kms por ano (para obter
este número iguale as equações e resolva em ordem a K). Se eu andar mais de 36.363
quilómetros, o Diesel ficará mais barato; se eu andar menos, será o gasolina o mais barato.
Assim,
por exemplo, se andar 6000 quilómetros por ano, deverei escolher o a gasolina, mesmo que a
poupança de energia seja a minha única preocupação.
Mas como é que vou saber se a pessoa que vai ficar com o Diesel que eu poderia ter alugado ou
comprado não vai fazer ainda menos quilómetros do que eu? Se todos seguirem a regra
"conduzir o
carro menos dispendioso" tal não acontecerá com as taxas de aluguer indicadas. (Se a gasolina
ficar
mais barata para mim, também será mais barato para alguém que faça menos quilómetros por
ano
do que eu). é o que acontece se metade dos condutores, incluindo eu, andarem 6000 quilómetros
por ano enquanto todos os outros fazem 4000? Se fosse esse o Caso, então todos considerariam o
gasolina mais barato com estas taxas de aluguer e ninguém ia querer alugar um a Diesel. As
companhias de aluguer de automóveis iriam descobrir que podiam aumentar substancialmente os
preços dos gasolina e, mesmo assim, alugá-los todos. Pela mesma ordem de ideias, teriam um
forte
incentivo para baixar as taxas de aluguer dos Diesel, caso não os quisessem ver ficar a ganhar pó
nos parques de estacionamento. Por fim, as taxas de aluguer dos dois automóveis seriam
ajustadas
de modo a que os Diesel ficassem menos dispendiosos para os condutores que fazem muitos
quilómetros, e os a gasolina ficassem menos dispendiosos para os que fazem poucos
quilómetros.

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