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TRIBUNAL SUPREMO

CÂMARA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO, LABORAL E FAMÍLIA

ACÓRDÃO

PROC. Nº213/95

NA CÂMARA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO DO TRIBUNAL SUPREMO


ACORDAM EM CONFERÊNCIA, EM NOME DO POVO:

No Tribunal Provincial do Namibe, veio EUGÉNIO CLEMENTE, casado,


comerciante, residente na cidade do Namibe, propôr contra RAFAEL DUMBO,
casado, 1º Secretário do MPLA, no Município da Bibala, a presente ACÇÃO DE
RESTITUIÇÃO DE POSSE.

O A. veio invocar o seguinte:

- Ser a empresa de Edificações e Urbanismo do Namibe, proprietária de 4


moradias sitas no Município de Bibala, as quais foram postas à venda sob
concurso público, sendo que o A., em 10 de Abril de 1992, celebrou um contrato
de compra e venda e pagou o respectivo preço no montante de
NKZ.4.251.293,00.

- Depois de ter concluído o negócio, o A. elaborou um contrato de arrendamento


com o valor de NKZ.60.000,00 e submeteu-o ao R. que muito antes vem a
residir na casa, para obter a sua anuência.

- O R. porém recusou-se a assinar o contrato e disse que não pagaria qualquer


renda de casa e recusou-se também a abandonar a moradia.

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- Pelo que o A. está privado do seu direito de propriedade, em violação ao


disposto no art.º 1380º do Código Civil, pelo que nos termos do art.º 1278º do
mesmo Código vem pedir seja o R. condenado a restituir o respectivo imóvel e
a pagar as respectivas rendas vencidas, de Maio de 1992 a Fevereiro de 1993,
no montante de NKZ. 3.250,00, que pagava à Secretaria de Estado de
Habitação, no total de NKZ. 68.000,00.

Juntou 8 documentos.

Citado o R. veio ele contestar (fls 17 e 18} sustentando que:

- A empresa em causa não abriu concurso público pois, sendo ele o inquilino
do imóvel, seria o primeiro a ter conhecimento dele ao abrigo do direito de
preferência previsto no art.º 5º da Lei 19/91, e num concurso público de tanto
interesse não era de admitir que só aparecessem duas entidades.

- Que o contrato de compra e venda a que o A. alude é ilegal pois a Lei 19/91,
no seu art.º 7º nº 1º, proíbe que cada pessoa singular seja proprietária de mais
de um imóvel familiar e o A. já é proprietário no Namibe de prédio onde habita.

- Que sendo a compra e venda nula não podia o A. impôr a nova renda de NKZ.
60.000,00, nem exigir ao R. que desocupasse o imóvel.

- Refuta a existência do direito de propriedade do A. bem como da sua titulada


e pública.

- Que o negócio entre a empresa de Edificações e Urbanismo e o A. não fez


caducar o contrato de arrendamento celebrado entre o R. e a Secretaria de
Estado de Habitação.

Veio o R. deduzir pedido reconvencional, no qual invoca a sua qualidade de


inquilino do referido imóvel o qual é propriedade da Secretaria de Estado da
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Habitação, estando as renda pagas até à data do contrato de compra e venda


celebrado entre o A. e a empresa de Edificações e Urbanismo, pedindo seja o
A. condenado a não perturbar a posse do R., bem como nas custas,
procuradoria e a sua condenação como litigante de má - fé.

Juntou 9 documentos.

Veio o A. responder à contestação (fls 35) dizendo não ter sido a venda do
imóvel ilegal porquanto a Lei 9/91 refere-se expressamente às residências da
Secretaria de Estado de Habitação quando o imóvel em referência era pertença
da empresa de Edificações e Urbanismo, sendo que o A. agiu de boa - fé ao
adquiri-lo.

Que o negócio foi concluído por escritura pública e portanto válido "erga omnes"
sendo que o contrato de arrendamento celebrado entre o R. e a Secretaria de
Estado de Habitação caducou quando o imóvel foi transferido para o património
do A.

Veio o A. declarar que o valor da causa é de NKZ. 4. 251.293,00 (fls 37).

Designado dia para audiência preparatória (fls 41) veio o R. treplicar (fls 44 e
45).

Na audiência preparatória a que compareceram as partes (fls 54 e 55) não foi


possível obter a conciliação.

Foi proferido o despacho saneador que julgou o processo isento de nulidades


e as partes legítimas tendo sido lavradas a especificação e o questionário (fls
60 e 61).

Procedeu-se à audiência de discussão e julgamento (fls 72 a 75) tendo sido


junto aos autos os documentos de fls. 76 a 82.
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Encerrada a discussão da causa foi proferida a sentença (fls 87 a 97) na qual


se decidiu que:

- A Secretaria de Estado de Habitação celebrou com o R. o contrato de


arrendamento sem estar na posse das vivendas em questão.

- Que a preferência outorgada aos inquilinos nos termos do art.º 5.º n.º 3 da Lei
19/91 se refere aos imóveis confiscados nos termos das Leis n.º 3/76 e 43/76
sendo que o imóvel em questão foi edificado pela Direcção de Edificações que
pode vender o seu património sem se reger pela referida Lei n.º 19/91.

Condenou pois o R. a restituir o imóvel em causa ao A., no prazo de 60 dias, e


a pagar a renda de NKZ 3.250,00 por mês ao A.. Em alternativa poderão o R.
e o A. celebrar contrato nos moldes em que acordarem.

Inconformado o R. interpôs o presente recurso de apelação o qual foi admitido


(fls 100).

Nas suas alegações, desde logo apresentadas, o Apelante sustenta que:

- A compra efectuada pelo A. Apelado violou o disposto no art.º 5.º n.º 3.º da
Lei 19/91 de 25 de Maio, conjugado com os art.º 416.º e 1458.º do Cód. do
Proc. Civil.

- Verifica-se a nulidade da compra e venda do imóvel, prevista no art.º 294.º do


Cód. Civil.

Conclui pedindo seja dado provimento ao recurso e ele Apelante mantido na


posse do imóvel por via do seu direito de arrendatário.

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Juntou dois documentos, os quais aliás já tinham sido juntos aos autos com a
contestação (fls 20 e 27).

Subidos os autos a este Tribunal foram mandados seguir os termos do recurso.

O Apelado veio apresentar as suas alegações (fls 116) as quais conclui


dizendo:

- Que não deve ser dado provimento ao recurso pois o Apelante não goza de
qualquer direito de preferência nem o contrato celebrado com a Secretaria de
Estado de Habitação foi dado a conhecer à Empresa de Edificações e
Urbanismo.

- O Apelado é terceiro de boa- fé e comprador que cumpriu as suas obrigações,


nos termos do art.º 291.º do Cód. Civil.

Pede a confirmação da Sentença recorrida e a entrega do imóvel ao comprador,


Apelado.

Dada vista dos autos ao Digno Representante do M.º P.º nada teve ele a
requerer (fls 119).

Mostram-se colhidos os vistos legais.

Há agora que decidir.

A presente acção especial de restituição de posse segue a forma de processo


prevista no art.º 1033º e seguintes do Cód. do Proc. Civil. Quanto ao prazo de
citação dever-se-ia ter cumprido o disposto no art.º 3º do Dec. 6/92, que fixa,
em 30 dias, o referido prazo.

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Ora, verifica-se dos autos que embora o R. formulasse indevidamente um


pedido a que deu a forma de reconvenção, não deduziu excepções nem veio
alegar ter o direito de propriedade sobre a coisa.

Assim, não deveriam ter sido aceites nem a resposta à contestação (fls 35) nem
a tréplica do R. (fls 44), que esta forma de processo especial não prevê.

Foi fixado indevidamente ao R. o prazo de 10 dias para contestação (fls 15) do


qual ele não reclamou pelo que a irregularidade processual deve ser dado como
sanada.

A primeira questão que se suscita nos autos é a que se reporta à legitimidade


do R. para a acção.

Trata-se duma acção de natureza possessória na qual o A., ora Apelado, vem
pedir a condenação do R. na restituição do imóvel que constitui o local de
residência do R.

Como tal, está em causa a residência familiar do R. onde ele sendo casado,
reside com o seu cônjuge ELISA NAMPHUNDO PEQUENINO DUMBO, como
se vê do documento junto a fls. 20.

Está em causa o interesse comum do casal à residência familiar cujo uso e


fruição pertence a ambos os cônjuges sendo direito que só pelos dois pode ser
alienado, seja qual for o regime de bens, como dispõe o art.º 57.º do Cód. de
Família.

Está-se pois perante um caso de litisconsórcio necessário como dispõe o art.º


18.º e n.º 1.º do Cód. do Proc. Civil o que obriga a que a acção seja proposta
contra o marido e mulher, sob pena de ilegitimidade.

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Sucede porém que a questão de ilegitimidade do R. não foi invocada por este
e tão pouco o Tribunal recorrido a suscitou oficiosamente no seu despacho
saneador.

Neste despacho (fls 60) mencionou-se que "as partes são legítimas" como mera
fórmula processual. Não obstante tal declaração, a despeito de ter sido feita em
termos genéricos, tem natureza definitiva quanto à questão da legitimidade
desde logo se tenha operado o trânsito em julgado do despacho saneador.

É esta a interpretação que por via de Assento do Tribunal Supremo de Justiça


de 1 Fevereiro de 1993 se fez do art.º 510.º do Código do Proc. Civil.

Como já foi decidido no Acórdão proferido por esta Câmara no Proc. nº 216 de
29 de Maio de 95, a decisão proferida nos autos produz efeitos tão só em
relação ao R. marido mas já não em relação ao cônjuge mulher que não foi
chamada a intervir na acção.

Nestes autos porém sobre a questão de legitimidade foi constituído caso


julgado nos termos do art.º 672.º do C.P.Cívil pelo que não pode ela ser de novo
suscitada.

Atentemos agora nas questões de facto levadas respectivamente à


especificação e ao questionário e como na decisão recorrida se respondeu aos
quesitos formulados.

Desde logo, se constata que os n.ºs 1.º, 2.º e 3.º do questionário carecem de
base documental em que se apoiem, além de não identificarem como deviam,
a natureza, área, confrontações, tipo de edificação, etc das coisas que refere
tão somente como "imóveis".

Aponte-se que a entidade designada como empresa de Edificações e


Urbanismo não vem tão pouco identificada como pessoa jurídica, de direito

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público, com designação própria, sede, área de localização, órgão de


representação, e diploma que a constituiu.

Não pode pois saber-se qual o titular do direito de propriedade do imóvel em


causa, se era ou é dotado de personalidade jurídica, de autonomia financeira,
etc.

Por demais impreciso é também dizer-se que essa empresa "tinha no Município
da Bibala quatro imóveis".

Dever-se-ia mencionar qual o direito real existente, direito de propriedade ou


outro, e descrever-se quais os bens imóveis sobre os quais esses direitos
recaíam.

No quesito 2º, menciona-se que foi aberto concurso público para alienação de
tais imóveis, quando os documentos juntos aos autos são simplesmente
demonstrativos de que, por despachos internos da Delegação Provincial do
Namibe do Ministério da Construção foi ordenada a venda de determinadas
edificações (fls 5).

Também não tem suporte legal o conteúdo do quesito 3º que menciona ter o A
"celebrado um contrato de compra e venda" com a referida empresa pois
nenhum dos documentos juntos pelo A. integrava contrato de compra e venda
de imóvel.

Na realidade o que o A. demonstrou por documento (fls. 6, 7 e 8) foi que em 10


de Abril de 1992 entregou a quantia de 4.251.293.00 Novos Kwanzas para
pagamento duma vivenda na Bibala, que fez a declaração do imposto predial
urbano na qualidade de proprietário da referida vivenda, em Fevereiro de 1993,
e que lhe foi passada a declaração de fls 8, pela referida Direcção de Urbanismo
e Edificações.

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O R. veio juntar o documento comprovativo de celebração do contrato de


arrendamento outorgado com a Secretaria de Estado de Habitação, em 4 de
Setembro de 1990 (fls 25) e dum recibo de renda referente aos meses de Abril
e Maio de 1992 (fls 21) tendo esta matéria ficado a constar do n.º 5 da
especificação.

Por sua vez, o questionário nos seus quesitos 1.º, 3.º e 4.º contém matéria que
já constava da especificação e paradoxalmente volta-se a quesitar se a
Direcção Provincial e Edificações "tinha imóveis no Município de Bibala”, se o
A. adquiriu por compra o imóvel onde residia o R. e se o R. celebrou contrato
de arrendamento com a Secretaria Estado de Habitação.

Durante a audiência de julgamento foram juntos aos autos os ofícios datados


de 1989 traçados pela então Secretaria de Estado de Urbanismo Habitação e
Águas à Direcção Provincial de Finanças e à Direcção Provincial de Urbanismo
e Edificações e dum ofício endereçado ao Comissário Adjunto para a Esfera
Social, em 10 de Outubro de 1990, bem como um contrato de empreitada
celebrado entre a 1ª e 3 Direcções Provinciais, de Habitação e do Urbanismo e
Edificações, respectivamente.

Foram ainda ouvidos as testemunhas do A. e R. cujos depoimentos, constam


de fls 72 a 74.

Ao analisar a prova produzida, o Tribunal recorrido deu como provado que as


duas vivendas da Bibala, uma das quais a que o R. ocupa, embora tenham sido
entregues pela Acta n.º 1/90 de 5 de Julho à Secretaria de Estado de Habitação,
não o foram efectivamente por não terem sido liquidadas pela Secretaria de
Estado de Habitação, como consta da documentação junta aos autos.

Deu-se como provado que o A. comprou o referido imóvel, através dos já


mencionados documentos da fls 6, 7 e 8 dos autos e bem que o R. celebrou
com a Secretaria de Estado de Habitação o contrato de arrendamento. Só que
esta Secretaria de Estado não era proprietária do imóvel por não ter liquidado
o respectivo preço.

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Que o Director Provincial da Secretaria de Estado de Habitação do Namibe, a


30 de Junho, endereçou ao Director Municipal de Habitação da Bibala um ofício
ordenando a suspensão do pagamento das rendas por entender que "se
procedia ilegalmente" à sua cobrança.

Esta valoração dos factos não merece a nossa concordância e extravasa o


objecto da causa à apreciação do Tribunal recorrido.

Não pode dar-se como provado ter o A. celebrado um contrato de compra e


venda de aquisição do imóvel porquanto os documentos juntos não
consubstanciam qualquer contrato celebrado por escritura pública.

Também quanto à cessação ou não do contrato de arrendamento celebrado


entre o R. à Secretaria de Habitação (Delegação Provincial) ela não pode ser
dada como verificada por um simples ofício interno daquele órgão de Estado,
de que não foi dado conhecimento ao arrendatário.

Desde que a resolução do contrato de arrendamento não seja voluntariamente


aceite pelo arrendatário, o senhorio terá para obter a resolução ou caducidade
do vínculo contratual, que se socorrer da acção de despejo segundo as formas
previstas nos art.ºs 964 e seguintes para o despejo do referido ou despejo
imediato, tal como prevê também o art.º 88.º do Dec.43. 525.

No caso presente, o R., apelante, mostra-se titular de um contrato de


arrendamento celebrado com a Secretaria de Estado de Habitação que se não
mostra ter sido revogado ou declarado caduco pela via local.

Nas suas alegações de recurso pretende o Apelante que por via desse contrato
lhe assista o direito de preferência que é atribuído aos inquilinos dos prédios do
Estado pela Lei da Venda do Património Habitacional do Estado, a Lei 19/91 de
25 de Maio.

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Os beneficiários dessas vendas são os mencionados no n.º 5.º, sendo que o 3.º
deste artigo outorga aos inquilinos o direito de preferência nessa aquisição.

Necessário porém é ter em conta que a venda do património em causa não é


de todos os bens imóveis pertencentes ao Estado, mas tão só aquele que vem
definido no art.º 1º da citada lei que limita o seu objectivo.

Desta disposição se vê com precisão que a lei só se aplica aos imóveis


confiscados ao abrigo das Leis nº 3/76 e 43/76, pelo que ficam a extravasar os
limites da Lei todos os demais imóveis pertença do Estado e que entraram no
seu património por outra via que não a do confisco.

Ora, no caso dos autos, o prédio em causa foi mandado construir por orgãos
do poder local do Estado por contrato de empreitada datado de 1989 (fls 82 e
83), nada tendo a ver com o âmbito de aplicação da referida Lei n.º 19/91.

Já tem razão o Apelante ao arguir o vício de nulidade no título de aquisição


invocado pelo Apelado para vir pedir a restituição do imóvel não pelo citado art.º
294º do Código Civil, mas sim por falta de forma legal como dispõe o art.º 220º
do mesmo Código.

Na verdade o contrato de compra e venda de bens imóveis têm


obrigatoriamente que se revestir da forma de escritura pública, para ser válido
art.º 875º do Cód. Civil.

São pois, legalmente, insuficientes para operar a aquisição do imóvel em causa


por parte do A. Apelada, os documentos assinados por responsáveis ou não
das estruturas da entidade vendedora, a Direcção Provincial de Urbanismo e
Edificações.

Acresce que qualquer bem imóvel carece de ser objecto de registo predial que
identifique o imóvel nos termos da lei, e define a titularidade de direitos que
sobre eles recaiam por via de competente inscrição.
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Por outras palavras havia que demonstrar, por via documental, qual o anterior
proprietário do imóvel e que o A. Apelado a ele o adquirira por título válido.

Por fim, importa atentar que a via processual a que o A. Apelado se acolheu, a
de restituição de posse, nunca seria adequada ao fim proposto.

E isto porque para pedir a restituição de posse é condição indispensável que


aquele que a pede tenha tido anteriormente a posse ou que quem lhe transmitiu
a propriedade da coisa a tenha tido.

Ora nem o Apelado teve anterior posse do imóvel nem a teve a Direcção
Provincial de Urbanismo e Edificações, pois o imóvel estava na posse da
Secretaria de Estado de Habitação que outorgou o já mencionado contrato de
arrendamento.

É por isso que a legitimidade nas acções de restituição da posse é atribuída ao


esbulhado ou aos seus herdeiros conforme dispõe o art.º 1281º do Código Civil.

Não tendo havido posse, como não houve, é óbvio que não houve esbulho que
permitisse ao A. Apelado vir a Juízo pedir a restituição de algo que nunca lhe
foi retirado.

Por todo o exposto se vê que o pedido do A. é manifestamente improcedente


quer quanto à forma de processo usada quer quanto à falta de título bastante
comprovativo do direito de propriedade de que se arroga.

O Apelante não satisfez o preparo para o julgamento.

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Nestes termos e fundamentos, se acorda em conceder provimento ao


recurso e revogar a sentença recorrida.
Custas pelo Apelado com procuradoria a favor do Apelante que se fixam
em Nkz 1.000.000,00. O Apelante vai condenado no valor do imposto que
deixou de fazer.

Luanda, 30 de Junho de 1995

Maria do Carmo Medina


Belchior Samuco
António Caetano de Sousa.

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