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Revisão AV2 - Empresarial Aplicado I

1. Empresário

1.1. Conceito

É definido em lei como o profissional exercente de atividade econômica


organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. (Art. 966,
CC)

a) Profissionalismo

O exercício profissional é realizado com habitualidade, pessoalidade e por


meio do monopólio de informações.

b) Atividade econômica

A atividade é econômica, pois busca gerar lucratividade para quem a explora.

c) Atividade organizada

A organização encontra-se articulada pelo empresário através dos fatores de


produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia.

1.2. Atividades econômicas civis

As atividades civis são as dos profissionais intelectuais, dos empresários


rurais não registrados na Junta Comercial e das Cooperativas.

a) Profissionais intelectuais

Não se considera empresário, por força do parágrafo único do art. 966, CC,
o exercente de profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística,
ainda que contrate auxiliares.

Obs.: A exceção é quando esse profissional constitui elemento de empresa.

b) Empresário Rural

O Código Civil reservou um tratamento específico para quem exerce


atividade rural, em especial no art. 971, CC. Dessa forma, se requerer o registro
na Junta Comercial, será considerado empresário. Esta é a opção do
agronegócio. Por outro lado, quando não requer a inscrição neste registro, não
será considerado empresário e será conhecido como titulares de negócios rurais
familiares.
c) Cooperativas (Sociedades simples)

As Cooperativas, ainda que desenvolvam as mesmas atividades econômicas


dos empresários, por determinação legal não se submetem ao regime jurídico
empresarial,

1.3. Empresário Individual

O empresário pode ser pessoa física ou jurídica e de dividem em: empresário


individual ou sociedade empresária. Não possui personalidade jurídica e os seus
bens serão atingidos pelas dívidas. Por fim é obrigatório o registro na Junta
Comercial.

Requisitos do empresário individual

I. Capacidade civil:

Para ser empresário individual, a pessoa deve encontrar-se em pleno


gozo de sua capacidade civil. Importante ressaltar que o menor emancipado
pode exercer empresa como maior.

Obs¹

➢ No interesse do incapaz a lei prevê hipóteses excepcionais, autorizado


pelo juiz, para que o incapaz dê continuidade à empresa que ele mesmo
constituiu quando era capaz (incapacidade superveniente), ou por seus
pais ou por pessoa de quem o incapaz é sucessor (herança). O exercício
da empresa será mediante representação (incapacidade absoluta) ou
assistência (incapacidade relativa).
➢ Os bens do incapaz que não tinham relação com a atividade empresarial,
no momento da autorização judicial, não serão atingidos pelas dívidas
contraídas pela empresa.

Obs²

➢ O empresário não necessita de vênia conjugal para alienar ou onerar


os bens móveis e/ou imóveis da atividade empresarial (Art. 978, CC)

II. Livres de impedimentos (proibições legais)

1.4. Nome empresarial

O direito contempla duas espécies de nome empresarial: a firma e a


denominação. A firma só pode ter base no nome civil, do empresário individual
ou dos sócios da sociedade empresária. O núcleo do nome empresarial dessa
espécie será sempre um ou mais nomes civis. Já a denominação deve designar
o objeto da empresa e pode adotar por base o nome civil ou qualquer outra
expressão linguística (nome fantasia).
Tipo societário Espécie de nome empresarial
Empresário individual Firma
Comandita Simples Firma
Sociedade em Nome Coletivo Firma
EIRELI Firma ou denominação
Sociedade Limitada Firma ou denominação
Comandita por ações Firma ou denominação
Simples Firma ou denominação
Sociedade Anônima Denominação

1.5. Estabelecimento empresarial

É o conjunto de todos os bens, materiais e imateriais, reunidos pelo


empresário para a exploração de sua atividade.

Para desenvolver a atividade, o empresário precisará de: local, maquina,


estoque e etc.

Para o Direito, estabelecimento empresarial, é o conjunto de bens,


assumindo a natureza jurídica patrimonial. São os bens corpóreos (material)
e incorpóreos (imaterial). Material, imóvel, mercadorias, estoque. Imaterial,
nome empresarial, título do estabelecimento, ponto, marca e clientela

1.6. Alienação do estabelecimento empresarial

O estabelecimento empresarial, como o conjunto de bens do estabelecimento


do empresário, pode ser objeto de negócios jurídicos, nos termos do art. 142 e
s. do CC.

É a alienação do conjunto organizado de bens, visando a manutenção do


negócio. Chamada de trespasse, não se confunde com a alienação de quotas
da sociedade nem com a venda de parte dos bens do estabelecimento.

Com base no art. 1.146 do CC, o adquirente do estabelecimento é sucessor de


todas as dívidas contabilizadas do antigo empresário, relacionadas com o
estabelecimento. Pelo período de 01 ano os dois empresários (comprador e
vendedor) respondem solidariamente. O prazo será contado a partir do
trespasse, para as dívidas vencidas, e da data do vencimento, para as vincendas
(as que vão vencer). Após esse prazo, o adquirente responderá sozinho.

Ausência de sucessão: A lei de Falência e Recuperação de Empresas,


alterou as regras de trespasse. Nos termos do art. 141, II, e 6º, parágrafo único,
da Lei 11.101/05, as alienações de estabelecimento empresarial ocorridas em
realização de ativo em processo de falência ou recuperação judicial não
implicarão sucessão obrigacional ao adquirente, ou seja, não responderá sobre
os débitos anteriores. Essa regra afasta a sucessão de débitos cíveis,
trabalhistas e tributários.

Cláusula de não estabelecimento: prevista no art. 1.147 do CC, impede


de maneira parcial que o alienante do estabelecimento, desenvolva atividade
concorrencial com o adquirente, como forma de proteção da clientela. O
alienante não pode explorar uma atividade econômica que gere concorrência
próxima, por um período de 05 anos.

Na operação de trespasse a Lei determina, os efeitos em relação a


terceiros, nos arts. 1.144 e 1.145 do CC. I – arquivamento na junta comercia; II
– publicação na imprensa oficial 9diário oficial); III – anuência dos credores
(expressa ou tácita da não manifestação num prazo de 30 dias, contados da
notificação da operação)

1.7. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI)

Trata-se da denominação que a lei brasileira para introduzir a figura da


sociedade limitada unipessoal, ou seja, constituída apenas por um sócio. O
patrimônio a ser atingido pelas dívidas contraída é o da pessoa jurídica, não se
abrange o patrimônio pessoal do titular, salvo, na hipótese de desconsideração
de personalidade jurídica.

Obs¹

➢ Junta Comercial – a constituição da personalidade jurídica dar-se-á


por inscrição obrigatória do empresário no Registro Público de
Empresas Mercantis, sempre que exercer atividade empresarial.
➢ Cartório de Registro Civil – É possível o empresário exercer atividade
não empresarial por meio de uma EIRELI, porém seu registro será
realizado no cartório de registro civil de pessoa jurídica.

Obs²:

➢ O capital social da EIRELI deve ser de no mínimo 100 (cem) salários


mínimos e necessita estar integralizado. Cada pessoa física será titular
de apenas uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada.
➢ O nome empresarial será composto de firma social (nome do titular) ou
denominação social (nome de fantasia), acrescido da palavra EIRELI.
➢ O administrador da EIRELI pode ser o titular e/ou terceiro, que por sua
vez, usa o nome empresarial e pratica atos de gestão.

1.8. Microempreendedor individual

O Microempreendedor individual (MEI), trata-se se do empresário


individual que tenha auferido receita bruta anual de até R$ 81.000,00. Além
disso, beneficia-se com a ampla simplificação dos procedimentos de
inscrição no Registro do Comércio e cadastros fiscais e dispensa de
escrituração, o MEI tem o direito de recolher os tributos abrangidos pelo
Simples Nacional por meio do pagamento de valores fixos mensais e só pode
contratar uma única pessoa.

1.9. Proibidos de exercer empresa por força da legislação empresarial


a) Falido não reabilitado

O empresário que teve sua quebra decretada judicialmente fica impedido de


desenvolver atividade empresarial e só poderá retornar a exercê-la após sua
reabilitação também decretada pelo magistrado.

b) Condenados pela prática de crime em que a pena veda à atividade


empresarial

Sempre que for aplicada pelo juízo criminal, a pena de vedação do exercício
comercial a determinada pessoa jurídica, a Junta Comercial não poderá arquivar
ato constitutivo de empresa, Individual ou Societária, em que o nome da pessoa
configure como titular ou administrador.

c) Leiloeiro

Encontra-se positivado no decreto nº 21.981/32, art. 36, §1º

1.10. Proibidos de exercer empresa – Direito Administrativo


a) Funcionário público

No direito administrativo, é comum prever o estatuto dos funcionários


públicos a proibição para que estes exerçam o comércio, como forma,
argumenta-se, de evitar que eles se preocupem com assuntos alheios aos
pertinentes o seu cargo ou função pública, no entanto, ser acionistas e/ou
cotistas, mas não podem exercer a administração.

1.11. Sociedade empresarial

É a pessoa jurídica que desenvolve empresarialmente seu objeto social, nos


termos do Art. 982, CC.

Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade


que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a
registro (art. 967); e, simples, as demais.

Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a


sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.

1.11.1. Desconsideração da personalidade jurídica

O art. 50 do Código Civil (lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002), que versa


sobre a possibilidade de "desconsideração da personalidade jurídica",
estabelece que "em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado
pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da
pessoa jurídica

1.11.2. Personalização das sociedades empresariais

A personalização das sociedades empresariais gera três consequências


bastante precisas, a saber:

a) Titularidade negocial (é a sociedade empresarial que assume um


dos pólos da relação negocial, como sujeito de direito autônomo);
b) Titularidade processual (a pessoa jurídica pode demandar e ser
demandada em juízo; tem capacidade para ser parte processual);
c) Responsabilidade patrimonial (a sociedade terá patrimônio
próprio, seu, inconfundível e incomunicável com o patrimônio
individual de cada um de seus sócios).

Os sócios, em regra, não responderão pelas obrigações da sociedade.


Somente em hipóteses excepcionais, poderá ser responsabilizado o sócio
pelas obrigações da sociedade.

1.11.3. Formas societárias


a) Sociedade em nome coletivo

É o tipo societário em que todos os sócios respondem ilimitadamente pelas


obrigações sociais. Todos, assim, devem ser pessoas naturais. Qualquer um
deles, de outro lado, pode ser nomeado administrador da sociedade e ter seu
nome civil na composição do nome empresarial. Encontra-se este tipo societário
disciplinado nos termos dos arts. 1.039 a 1.044 do CC.

Na hipótese de falecimento, se o contrato social não dispuser a respeito,


opera-se a liquidação das quotas do falecido (Art. 1.028, CC). Para que os
sucessores do sócio morto tenham o direito de ingressar na sociedade, mesmo
contra a vontade dos sobreviventes, é indispensável no contrato social cláusula
expressa que autorize.

b) Sociedade em comandita simples

É o tipo societário em que um ou alguns dos sócios, denominados


“comanditados”, têm responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais, e
outros, os sócios “comanditários”, respondem limitadamente por essas
obrigações. Somente os sócios comanditado podem ser administradores, e o
nome empresarial da sociedade só poderá valer-se de seus nomes civis (firma),
portanto. Ademais, devem ser necessariamente pessoas físicas. Disciplinam a
sociedade em comandita simples os arts. 1.045 a 1.051, CC.

c) Sociedade em conta de participação

A sociedade em conta de participação, disciplinada pelos ats. 991 a 996, CC,


possui características excepcionalmente próprias, no cenário das sociedades do
direito brasileiro, seja por sua despersonalização, seja por seu caráter de
sociedade secreta.

Quando duas ou mais pessoas se associam para empreendimento comum,


poderão fazê-lo na forma de sociedade em conta de participação, ficando uma
ou mais sócios em posição ostensiva e outro em posição oculta (participantes).
Por não ter personalidade jurídica, a sociedade em conta de participação não
assume em seu nome nenhuma obrigação.

Os sócios ostensivos, desta forma, respondem ilimitadamente pelas


obrigações que, em nome próprio, assumirem para o desenvolvimento do
empreendimento comum. Já os sócios participantes não respondem senão
perante os ostensivos e na forma do que houver sido pactuado.

Sendo uma sociedade empresarial despersonalizada e secreta, não adotará


nenhum nome empresarial.

d) Sociedade Limitada (LTDA)

É constituída por pessoa física ou jurídica, com responsabilidade limitada a


sua participação no capital social. Por outro lado, todos os sócios podem ser
responsabilizados pelas quotas dos demais, quando o capital social não
integralizado. Seu nome empresarial poderá ser tanto firma quanto
denominação, sempre acompanhados da expressão “LIMITADA”.

A exceção a essa limitação será aplicada em caso de débitos trabalhistas e


tributários (apenas previdenciários), decorrentes de desconsideração de
personalidade jurídica e de deliberações contrárias à lei, ao contrato ou ao
estatuto.

Todo sócio deve participar da formação do capital social, subscrevendo e


integralizando suas quotas e eles participam dos resultados positivos e negativos
da sociedade. A sociedade deve ser formada por, ao menos, dois sócios. A
administração pode ser desenvolvida por sócios ou terceiros.

Na sociedade limitada as decisões são tomadas pela vontade da maioria,


caracteriza-se em um encontro formalizado pelos sócios, com a finalidade de
deliberar sobre assuntos específicos. Ademais, a assembleia pode ser
substituída pela reunião dos sócios, suas regras de convocação são flexíveis,
desde que prevista em contrato e tenha até 10 sócios.
O conselho fiscal é o órgão facultativo, com funções de fiscalização e
assessoramento da sociedade. Seus membros são escolhidos e eleitos pela
assembleia de sócios.

e) Sociedade Anônima

A sociedade anônima está regulada na lei nº 6.404/76, será sempre


considerada empresária, independentemente do modo de exploração do seu
objeto. Assim como na limitada, os acionistas somente podem ser
responsabilizados por um valor determinado, qual seja o preço da emissão das
ações.

Podem ser classificadas em abertas (comercialização dos valores mobiliários


em bolsas de valores ou mercado de balcão) ou fechadas (quando não ocorre a
comercialização).

As ações são divididas em:

a) Ações ordinárias – aquelas que conferem aos seus titulares os direitos do


acionista comum (participação do resultado, voto, etc) e são de emissão
obrigatória;
b) Ações preferenciais – Conferem aos seus titulares um complexo de
direitos diferenciados das ações ordinárias (distribuição diferenciada de
dividendo), por outro lado, podem não ter o direito a voto assegurado;
c) Ações de fruição – são aquelas instituídas aos acionistas cujas ações
foram totalmente amortizadas (antecipação do valor patrimonial de suas
ações).

O direito de voto, nas companhias, não é essencial porque nem todas as


ações o possuem. De fato, o direito de votar nas assembleias pode ser limitado
pelo estatuto. Exemplificando, as ações preferenciais podem ter esse direito
restrito e, em determinadas situações, até suprimido

A Assembleia Geral é o órgão máximo das S/A, de caráter exclusivamente,


deliberativo. Reúne todos os acionistas, com ou sem direito a voto. Podem ser
ordinárias (obrigatórias – realizadas uma vez ao ano) ou extraordinárias
(realizadas sempre que haja necessidade).

Por outro lado o Conselho de Administração é um órgão colegiado,


deliberativo, com o objetivo de dar maior agilidade às decisões da S/A. É órgão
facultativo, sendo obrigatório apenas nas S/A de capital aberto, de capital
autorizado e nas sociedades de economia mista, esse conselho é escolhido pela
Assembleia Geral.

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