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Resolução CGSN

nº 94/2011
22 de dezembro de 2011
Brasília,

Unidade de Políticas Públicas 1

Nota Técnica 09/2011


Nota Técnica UPP 09/2011

Resolução CGSN nº 94/2011

Brasília, 22 de dezembro de 2011

O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) aprovou a Resolução nº 94, de


29/11/2011, que consolida todas as resoluções do Simples Nacional voltadas
para os contribuintes. A resolução contempla, também, a regulamentação das
alterações trazidas pela Lei Complementar nº 139, de 10/11/2011.

A Resolução, que entra em vigor em 01/01/2012, consolida 15 resoluções, as


quais ficarão revogadas a partir daquela data (inclusive a que trata do
parcelamento - Resolução CGSN nº 92).

A consolidação normativa visou também à padronização de expressões,


reorganização dos assuntos e fundamentação dos dispositivos, de forma a
facilitar o trabalho dos operadores do Simples Nacional.

Dentre os assuntos tratados destacamos:


a) definição de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP);
b) abrangência do regime, forma de opção e cálculo;
c) recolhimento do INSS;
d) sublimites de receita bruta;
e) aplicativos;
f) arrecadação;
g) parcelamento;
h) restituição e compensação;
i) obrigações acessórias;
j) exclusão do regime e fiscalização;
k) penalidades;
l) Microempreendedor Individual (MEI);
m) certificação digital;
n) concessão de benefícios;
o) processo administrativo fiscal;
p) processo judicial.

Seguem abaixo os assuntos mais relevantes:

PARCELAMENTO (arts. 44 a 56)

Os débitos apurados na forma do SIMPLES Nacional poderão ser pagos em


até 60 vezes, com correção pela taxa Selic. Haverá apenas descontos nas
multas de ofício: de 40% se o pedido de parcelamento for feito em até 30 dias
do lançamento da dívida ou de 20% caso o requerimento seja feito 30 dias
após a notificação da decisão administrativa de primeira instância.

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O valor mínimo das parcelas será de R$ 500 para as ME e EPP que têm
débitos federais inscritos ou não em dívida ativa. Os Estados e os municípios
ainda deverão regulamentar a questão e estabelecer a parcela mínima de
débitos do ICMS e ISS, bem como a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional
para os débitos já inscritos em dívida ativa.

A norma, porém, impede o parcelamento de multas por descumprimento de


obrigação acessória. Mas o contribuinte poderá reparcelar débitos federais,
estaduais e municipais e incluir novas dívidas.

As empresas que não pagarem três prestações ou quitarem apenas parte de


uma parcela serão excluídas.

EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

Poderá optar pelo Simples Nacional, mas não poderá enquadrar-se como
Microempreendedor Individual (MEI) (art. 2º, I e art. 91)

NOVOS LIMITES

MEI: R$ 60 mil/ano (art. 91)

ME: R$ 360 mil/ano (art. 2º, I, a)

EPP: R$ 3,6 milhões/ano (art. 2º, I, b)

Limite extra para exportação de mercadorias: R$ 3,6 milhões/ano (art. 2º, § 1º)

NOVOS SUBLIMITES

Para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS em seus territórios, os Estados


podem estabelecer sublimites, observadas os seguintes valores:

• Estados com até 1% do PIB nacional: R$ 1,26 milhão, ou R$ 1,8 milhão


ou R$ 2,52 milhões (art. 9º, I)
• Estados entre 1% e 5% do PIB nacional: R$ 1,8 milhão ou R$ 2,52
milhões (art. 9º, I)

EFEITOS DA EXCLUSÃO POR EXCESSO DE RECEITA BRUTA (art. 2º, §§


2º e 3º)

Excesso de até 20%: exclusão no ano subsequente ao da ultrapassagem do


limite

Excesso superior a 20%: exclusão no mês subsequente ao da ultrapassagem


do limite

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EFEITOS DO IMPEDIMENTO DE RECOLHER O ICMS E O ISS POR
EXCESSO DE RECEITA BRUTA (art. 12, caput e § 1º)

Excesso de até 20%: impedimento no ano subsequente ao da ultrapassagem


do sublimite

Excesso superior a 20%: impedimento mês subsequente ao da ultrapassagem


do sublimite

EMPRESA OPTANTE EM 31/12/2011 COM RECEITA BRUTA EM 2011


ENTRE R$ 2,4 MILHÕES E R$ 3,6 MILHÕES (art. 130)

Permanece no Simples Nacional em 2012, salvo no caso de exclusão por


comunicação do contribuinte

PGDAS-D (declaratório) (art. 37, caput)

A partir da competência 01/2012, o aplicativo de cálculo passa a ter caráter


declaratório e representará confissão de dívida. Os valores declarados e não
pagos poderão ser inscritos em dívida ativa.

Até a competência 12/2011, continuará em vigor o PGDAS NÃO


DECLARATÓRIO (art. 37, § 3º).

DEFIS

As Informações Socioeconômicas e Fiscais, que são anuais, passarão a


constar de módulo do PGDAS-D (art. 66, § 1º), e deverá ser preenchido até 31
de março de cada ano.

Até o ano-calendário 2011, continua obrigatória a entrega da DASN –


Declaração Anual do Simples Nacional. (art. 66, § 9º). Prazo de entrega relativo
a 2011: 31/03/2012.

CERTIFICAÇÃO DIGITAL (artigos 72 e 102)

A ME ou EPP poderá ser obrigada à certificação digital para cumprimento das


seguintes obrigações:

• Notas fiscais eletrônicas instituídas por norma do Confaz ou dos


Municípios
• GFIP, quando superior a 10 empregados.

No caso da GFIP, a certificação poderá ser exigida quando a ME ou EPP tiver


entre 3 e 10 empregados, desde que seja autorizada a procuração não-
eletrônica a pessoa detentora do certificado.

É permitida a exigência de códigos de acesso para as demais obrigações.

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O MEI está desobrigado da certificação digital para cumprimento de obrigações
principais e acessórias, inclusive quanto ao FGTS, sendo permitida a utilização
de códigos de acesso.

NOVA FORMA DE COMUNICAÇÃO DE EXCLUSÃO DO SIMPLES


NACIONAL (art. 74)

A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou EPP à RFB, equivalerá


à comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional nas seguintes
hipóteses:

I - alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima, Sociedade


Empresária em Comandita por Ações, Sociedade em Conta de Participação ou
Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira;

II - inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo Simples Nacional;

III - inclusão de sócio pessoa jurídica;

IV - inclusão de sócio domiciliado no exterior;

V - cisão parcial; ou

VI - extinção da empresa.

NOVA FORMA DE COMUNICAÇÃO DE DESENQUADRAMENTO DA


CONDIÇÃO DE MEI (art. 105, § 3º)

A alteração de dados no CNPJ informada pelo empresário à RFB equivalerá à


comunicação obrigatória de desenquadramento da condição de MEI, nas
seguintes hipóteses:

I - houver alteração para natureza jurídica distinta de empresário individual a


que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002;

II - incluir atividade não constante do Anexo XIII desta Resolução;

III - abrir filial.

MEI – Inadimplência (art. 95, § 5º)

A inadimplência do recolhimento da contribuição para a Seguridade Social


relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual, tem
como consequência a não contagem da competência em atraso para fins de
carência para obtenção dos benefícios previdenciários respectivos.

MEI – Contratação de empregado (art. 96, § 2º)

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Para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será
permitida a contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado,
até que cessem as condições do afastamento, na forma estabelecida pelo
Ministério do Trabalho e Emprego.

MEI – relação de emprego (art. 104, § 8º)

O tomador de serviços do MEI precisa agir com cuidado, pois, quando


presentes os elementos:

• da relação de emprego, a contratante do MEI ou de trabalhador a


serviço deste ficará sujeita a todas as obrigações dela decorrentes,
inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias.
• da relação de emprego doméstico, o empregador doméstico não poderá
contratar MEI ou trabalhador a serviço deste, sob pena de ficar sujeito a
todas as obrigações dela decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e
previdenciárias.

MEI – DUMEI (art. 101)

A Declaração Única do MEI (DUMEI), que unificará os recolhimentos relativos à


contratação do empregado do MEI, dependerá de nova resolução do Comitê
Gestor, e também da construção dos sistemas que viabilizarão a referida
declaração.

INTIMAÇÃO ELETRÔNICA (art. 110)

O sistema de intimação eletrônica, previsto no artigo 110 da Consolidação


Normativa, também dependerá da construção dos sistemas próprios para a
finalidade.

COMPENSAÇÃO (art. 119)

A Lei Complementar nº 139 disciplinou as regras gerais relativas à


compensação no Simples Nacional, que constaram do artigo 119 da
Consolidação Normativa. O aplicativo está em construção e será
disponibilizado oportunamente no Portal do Simples Nacional.

Os processos de restituição prosseguem com seu curso normal.

ALTERAÇÕES EM ATIVIDADE AUTORIZADA A OPTAR PELO SIMPLES


NACIONAL:

Um código CNAE foi transferido da lista dos vedados a optar pelo Simples
Nacional (Anexo I da Resolução CGSN nº 6/2007, agora Anexo VI da
Resolução CGSN nº 94/2011) para a lista de códigos de natureza ambígua, os
quais contêm simultaneamente atividades autorizadas e atividades vedadas a
optar pelo Simples Nacional (Anexo II da Resolução CGSN nº 6/2007, agora
Anexo VII da Resolução CGSN nº 94/2011)

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• 6619-3/02 - CORRESPONDENTES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

ALTERAÇÕES EM ATIVIDADES AUTORIZADAS AO ENQUADRAMENTO


COMO MEI: (Anexo Único da Resolução CGSN nº 58/2009, agora Anexo XIII
da Resolução CGSN nº 94/2011)

Ocupações que passam a ser vedadas (deixam de constar da relação de


atividades permitidas):

• 2330-3/05 - CONCRETEIRO
• 4399-1/03 - MESTRE DE OBRAS
• 4771-7/02 - COMERCIANTE DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS, COM
MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS

Ocupações que passam a ser permitidas:

• 1031-7/00 - BENEFICIADOR(A) DE CASTANHA


• 4772-5/00 - COMERCIANTE DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL
• 1031-7/00 - FABRICANTE DE AMENDOIM E CASTANHA DE CAJU
TORRADOS E SALGADOS
• 1031-7/00 - FABRICANTE DE POLPAS DE FRUTAS
• 1033-3/01 - FABRICANTE DE SUCOS CONCENTRADOS DE FRUTAS,
HORTALIÇAS E LEGUMES
• 9001-9/06 - TÉCNICO(A) DE SONORIZAÇÃO E DE ILUMINAÇÃO

Inclusão da incidência de ISS em ocupações já autorizadas:

• COSTUREIRO(A) DE ROUPAS, EXCETO SOB MEDIDA


• EDITOR(A) DE JORNAIS
• EDITOR(A) DE LISTA DE DADOS E DE OUTRAS INFORMAÇÕES
• EDITOR(A) DE LIVROS
• EDITOR(A) DE REVISTAS
• EDITOR(A) DE VÍDEO
• FABRICANTE DE PARTES DE PEÇAS DO VESTUÁRIO - FACÇÃO
• FABRICANTE DE PARTES DE ROUPAS ÍNTIMAS - FACÇÃO
• FABRICANTE DE PARTES DE ROUPAS PROFISSIONAIS - FACÇÃO
• FABRICANTE DE PARTES PARA CALÇADOS
• PROPRIETÁRIO(A) DE CASAS DE FESTAS E EVENTOS

Livro Caixa: (art. 61)

Consta da consolidação normativa que o Livro Caixa deverá:

I - conter termos de abertura e de encerramento e ser assinado pelo


representante legal da empresa e pelo responsável contábil legalmente
habilitado, salvo se nenhum houver na localidade;

II - ser escriturado por estabelecimento.

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SEBRAE
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional


Roberto Simões
Diretor-Presidente
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Diretor de Administração e Finanças
José Cláudio dos Santos
Diretor Técnico
Carlos Alberto dos Santos
Analista Técnica da Unidade de Políticas Públicas
Helena Maria Pojo do Rego
Consultor
Daniel Berselli Marinho

2011 – SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas.


É autorizada a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a
fonte.
Este documento traz estudos e pareceres sobre temas de interesse das micro
e pequenas empresas, elaborados pela Unidade de Políticas Públicas do
SEBRAE, visando facilitar os entendimentos e fomentar discussões e análises
por parte do empresariado e demais parceiros.
As visões e as conclusões expressas nos trabalhos são as do autor e não
indicam, necessariamente, concordância do SEBRAE.

Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional

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