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Ambiente de Trabalho – Temperatura extrema – Calor

Os aspectos ergonômicos físico-ambientais é uma das áreas de ação ergonômicas mais


aplicadas junto às organizações, pois seus efeitos são diretamente observados. Dentro da
ergonomia são fatores que, quando bem atendidos, contribui para as melhorias das
condições de trabalho, proporcionando conforto, segurança e qualidade de vida ao
trabalhador.

O local de trabalho constitui a área de ação da Higiene do Trabalho, envolvendo aspectos


ligados à exposição do organismo humano a agentes externos como o ruído, a temperatura,
a umidade, a luminosidade e equipamentos de trabalho. Assim, um ambiente saudável de
trabalho deve envolver condições ambientais físicas que atuem positivamente sobre todos
os órgãos dos sentidos humanos.

Do ponto de vista da saúde mental, o ambiente de trabalho deve envolver condições


psicológicas e sociológicas saudáveis e que atuem positivamente sobre o comportamento
das pessoas, evitando impactos emocionais como o estresse.

As condições ambientais desfavoráveis como, por exemplo, o excesso de calor, frio, ruídos,
iluminação, são consideradas uma grande fonte de tensão no trabalho, pois, aumentam os
riscos de acidentes e podem provocar danos consideráveis a saúde. Portanto, é importante
conhecer essas variáveis ambientais e avaliar os possíveis danos ao desempenho e à saúde
dos trabalhadores, para que sejam adotadas alternativas preventivas cabíveis em cada
caso.

Dentre estas variáveis ambientais, o efeito da temperatura sobre o organismo humano é


muito importante. Portanto, deve-se estabelecer critérios para melhoria das condições
climáticas internas, de modo que as pessoas sintam conforto térmico em seu ambiente de
trabalho.

Ambiente Térmico – Calor

Calor pode ser definido como energia em trânsito decorrente da diferença de temperatura
entre dois corpos. Esta temperatura ambiental influi diretamente no desempenho do trabalho
humano. É uma sobrecarga térmica que ocorre durante o trabalho físico, que acontece
geralmente em fundições, cerâmicas, siderúrgicas, indústrias de vidro, caldeiras, etc.
Quando um trabalhador está exposto a um ambiente com temperatura muito elevada, para
se ter um equilíbrio de temperatura é necessário que ocorra as trocas térmicas, ou seja, o
ganho e perda de calor. Nestas trocas térmicas em algumas situações o trabalhador se
encontra em conforto térmico e em outras situações em sobrecarga térmica.

Conforto Térmico

A zona de conforto térmico é estabelecida tomando-se como referência a temperatura


efetiva. O conforto térmico está estabelecido na NR17 Ergonomia, que diz: as condições
ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constante são recomendadas as seguintes condições de conforto: Níveis de ruído
de acordo com o estabelecido na NBR 10152; índice de temperatura efetiva entre 20 e 23°C;
velocidade do ar não superior a 0,75 m/s; umidade relativa do ar não inferior a 40%.

Temperatura do ar – É a quantidade de calor ganha ou perdida pelo corpo humano é


proporcional à diferença de temperatura entre o ambiente e o homem. A avaliação deve ser
medida com termômetro de mercúrio comum.

Velocidade do ar - É a variação de velocidade do ar a qual implica num aumento do


potencial da troca térmica. A avaliação é feita principalmente com o auxílio de aparelhos
denominados anemômetros ou termoanemômetros.

Umidade Relativa - Umidade é o conceito relacionado à quantidade de vapor d'água


adsorvida no ar. Em % é a razão entre a quantidade de umidade de ar do ar e a quantidade
máxima que ele pode conter na mesma temperatura.

Na avaliação utilizam-se dois termômetros de bulbo, sendo que um deles tem o bulbo
recoberto de um tecido de algodão limpo, que se mantém embebido em água destilada
(termômetro de bulbo úmido) e o outro idêntico ao de medição da temperatura do ar
(termômetro de bulbo seco).
Sobrecarga Térmica

São condições térmicas rigorosas bastante diferentes daquelas a que o organismo humano
está habitualmente submetido. Quando o homem é obrigado a suportar altas temperaturas,
constata-se que a capacidade muscular se reduz, o grau de concentração diminui, a
atividade mental se altera apresentando perturbação da coordenação sensório-motora, além
do trabalhador ficar propenso a doenças provocadas pelo calor. A velocidade do trabalho
diminui, ou seja, o rendimento cai e as pausas se tornam maiores e mais frequentes, e em
consequência a frequência de erros e acidentes tende a aumentar significativamente,
principalmente a partir de 30 ºC.

A avaliação de sobrecarga térmica.

Regime de Trabalho Intermitente com TIPO DE ATIVIDADE


Descanso no Próprio Local de Trabalho (por
hora) Leve Moderada Pesada
Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0
45 minutos trabalho
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos descanso
Não é permitido o trabalho sem a adoção de acima de
acima de 31,1 acima de 30
medidas adequadas de controle 32,2

Mecanismo de Transferência de Calor:

Condução - Quando os dois corpos em temperatura diferentes são colocados em contato,


haverá um fluxo de calor do corpo com temperatura maior para o de temperatura menor.
Este fluxo torna-se nulo, no momento em que as temperaturas dos dois corpos se igualam.

Convecção - A troca térmica se processa como no caso anterior somente que, neste caso,
pelo menos um dos corpos é um fluído. Desta forma, a transição do calor entre dois corpos
provocará a movimentação do fluído.

Radiação - Quando dois corpos se encontram em temperaturas diferentes, haverá uma


transferência de calor, por emissão de radiação infravermelha, do corpo com temperatura
maior para o corpo com temperatura menor.
Evaporação - Um líquido que envolve um sólido em uma determinada temperatura
transforma-se em vapor, passando para o meio ambiente. Este fenômeno, denominado
evaporação, é função da quantidade de vapor já existente no meio e da velocidade do ar na
superfície do sólido. No caso citado, o líquido retira calor do sólido para passar a vapor.

Avaliação de Calor

A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de
Globo" – IBUTG. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de
bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. As medições
devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, próximo à altura da região do
corpo mais atingida. A avaliação é feita em ambientes internos ou externos sem carga solar.

Medidas de controle

Podem ser tomadas medidas administrativas, medidas de segurança individual (uso de EPI),
e medidas de controle relativas ao ambiente. Para controle na fonte pode ser utilizadas
barreiras, impedindo a propagação da radiação na direção dos trabalhadores, isolamento
para redução da temperatura superficial ou métodos de extração localizada/ventilação geral.

Consequências do Calor

O calor pode produzir efeitos que vão desde câimbras, esgotamento (exaustão do calor),
deficiência circulatória, desidratação, queimaduras, choque térmico, progressiva transtornos
psiconeuróticos até ocorrências bem mais sérias como a hipertermia. Os grandes candidatos
a incidentes mais sérios são as pessoas não aclimatadas, ou seja, os “novatos” no ambiente
termicamente severo.

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