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As condições ambientais desfavoráveis como, por exemplo, o excesso de calor, frio, ruídos,
iluminação, são consideradas uma grande fonte de tensão no trabalho, pois, aumentam os
riscos de acidentes e podem provocar danos consideráveis a saúde. Portanto, é importante
conhecer essas variáveis ambientais e avaliar os possíveis danos ao desempenho e à saúde
dos trabalhadores, para que sejam adotadas alternativas preventivas cabíveis em cada
caso.
Calor pode ser definido como energia em trânsito decorrente da diferença de temperatura
entre dois corpos. Esta temperatura ambiental influi diretamente no desempenho do trabalho
humano. É uma sobrecarga térmica que ocorre durante o trabalho físico, que acontece
geralmente em fundições, cerâmicas, siderúrgicas, indústrias de vidro, caldeiras, etc.
Quando um trabalhador está exposto a um ambiente com temperatura muito elevada, para
se ter um equilíbrio de temperatura é necessário que ocorra as trocas térmicas, ou seja, o
ganho e perda de calor. Nestas trocas térmicas em algumas situações o trabalhador se
encontra em conforto térmico e em outras situações em sobrecarga térmica.
Conforto Térmico
Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constante são recomendadas as seguintes condições de conforto: Níveis de ruído
de acordo com o estabelecido na NBR 10152; índice de temperatura efetiva entre 20 e 23°C;
velocidade do ar não superior a 0,75 m/s; umidade relativa do ar não inferior a 40%.
Na avaliação utilizam-se dois termômetros de bulbo, sendo que um deles tem o bulbo
recoberto de um tecido de algodão limpo, que se mantém embebido em água destilada
(termômetro de bulbo úmido) e o outro idêntico ao de medição da temperatura do ar
(termômetro de bulbo seco).
Sobrecarga Térmica
São condições térmicas rigorosas bastante diferentes daquelas a que o organismo humano
está habitualmente submetido. Quando o homem é obrigado a suportar altas temperaturas,
constata-se que a capacidade muscular se reduz, o grau de concentração diminui, a
atividade mental se altera apresentando perturbação da coordenação sensório-motora, além
do trabalhador ficar propenso a doenças provocadas pelo calor. A velocidade do trabalho
diminui, ou seja, o rendimento cai e as pausas se tornam maiores e mais frequentes, e em
consequência a frequência de erros e acidentes tende a aumentar significativamente,
principalmente a partir de 30 ºC.
Convecção - A troca térmica se processa como no caso anterior somente que, neste caso,
pelo menos um dos corpos é um fluído. Desta forma, a transição do calor entre dois corpos
provocará a movimentação do fluído.
Avaliação de Calor
A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de
Globo" – IBUTG. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de
bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. As medições
devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, próximo à altura da região do
corpo mais atingida. A avaliação é feita em ambientes internos ou externos sem carga solar.
Medidas de controle
Podem ser tomadas medidas administrativas, medidas de segurança individual (uso de EPI),
e medidas de controle relativas ao ambiente. Para controle na fonte pode ser utilizadas
barreiras, impedindo a propagação da radiação na direção dos trabalhadores, isolamento
para redução da temperatura superficial ou métodos de extração localizada/ventilação geral.
Consequências do Calor
O calor pode produzir efeitos que vão desde câimbras, esgotamento (exaustão do calor),
deficiência circulatória, desidratação, queimaduras, choque térmico, progressiva transtornos
psiconeuróticos até ocorrências bem mais sérias como a hipertermia. Os grandes candidatos
a incidentes mais sérios são as pessoas não aclimatadas, ou seja, os “novatos” no ambiente
termicamente severo.