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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS

| Prof. Sérgio Rosa


OS: 0016/6/19-Gil

CONCURSO:

ASSUNTO: Língua Portuguesa

LÍNGUA PORTUGUESA
 Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e
argumentativo);
 interpretação e organização interna.
 Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos;
 Estilística: figuras de linguagem.
 mecanismos de coesão textual.
 Ortografia.
 Acentuação gráfica.
 emprego de tempos e modos dos verbos em português.
 Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais;
 padrões gerais de colocação pronominal no português;
 mecanismos de flexão dos nomes e verbos.
 concordância nominal e verbal;
 processos de formação de palavras;
 Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração;
 processos de coordenação e subordinação;
 transitividade e regência de nomes e verbos;
 Emprego do sinal indicativo de crase.
 Pontuação.
 Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação linguística: norma culta.
Observação: os itens deste programa serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão ser estudados sob o
ponto de vista de sua participação na estruturação significativa dos textos.

1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS EM CONCURSOS PÚBLICOS


1.1. Por que estudar interpretação de textos?
Muitos quesitos relacionam-se, em grande parte, à compreensão e interpretação de textos.
Dedicar todo o tempo aos estudos das regras gramaticais, deixando de lado os textos: estratégia equivocada.
Em média 40% das questões elaboradas pelas bancas examinadoras versam sobre leitura, compreensão e interpretação.
Em alguns concursos, o candidato é desafiado a enfrentar 2 ou 3 textos de características bastante diferentes e o número de
perguntas que exigem uma perfeita compreensão ou interpretação do que foi lido cresce ainda mais (e ainda há várias outras
disciplinas para responder!).

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INTERPRETAR COMPREENDER
------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
explicar, comentar, julgar, intelecção, entendimento,
tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está escrito.

-TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS


• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...
• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do autor • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação...
ao afirmar que...
• O narrador AFIRMA...
 O autor permite CONCLUIR que...

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
 O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal.
 Faça leitura atenciosa de cada período, busque identificação da palavra-chave.

A partir daí, localizam-se as


 Ideias secundárias,
 Fundamentações,
 Argumentações,
 Explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

A organizadora de sua prova pode solicitar que se construa uma


PARÁFRASE – é reescrever o texto com outras palavras, porém deve ser mantido o sentido original.

TIPOLOGIA TEXTUAL
Narrativo
 Caracteriza-se pela enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo e no espaço.
Exemplo
(...)
Chegou à porta, olhou as folhas amarelas das catingueiras. Suspirou. Deus nos havia de permitir outra desgraça.
Agitou a cabeça e procurou ocupações para entreter-se. Tomou a cuia grande, encaminhou-se ao barreiro, encheu
de água o caco das galinhas, endireitou o poleiro. Em seguida foi ao quintalzinho regar os craveiros e as panelas de
losna. E botou os filhos para dentro da casa, que tinham barro até nas meninas dos olhos. Repreendeu-os:
— Safadinhos! Porcos! Sujos como...
— Deteve-se. Ia dizer que eles estavam sujas como papagaios.
Os pequenos fugiram, foram enrolar-se na esteira da sala, por baixo do caritó, e sinhá Vitória voltou para junto da
trempe, reacendeu o cachimbo. A panela chiava; um vento morno e empoeirado sacudiu as teias de aranha e as
cortinas de pucumã do teto; Baleia, sob o jirau, coçava-se com os dentes e pegava moscas. (...)
(Adaptado de Graciliano Ramos. Vidas Secas.)

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Descritivo
• Revela-se pela enumeração de características de um ser, de um objeto, de um ambiente, de uma cena.
(...)
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia
alargando-se até a calva, vasta e polida, um pouco alongada no alto; tingia os cabelos que duma orelha a outra faziam colar
por trás da nuca — e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode. Tinha-o
grisalho, farto e caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e
as orelhas grandes muito despegadas do crânio.
Fora outrora diretor geral do ministério do reino, e sempre que dizia — El Rei! Erguia-se um pouco na cadeira. Os
seus gestos eram medidos, mesmo a tomar rapé. Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e
empregava restituir.
(...)
(Adaptado de Eça de Queirós. O Primo Basílio).

Dissertativo expositivo
• Estrutura-se na enunciação de fatos e dados sem defender uma opinião específica. Apenas expõe ideias sobre um
determinado assunto. Privilegia a informação.
O TELEFONE CELULAR
A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca
Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e
Dalila (1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de
armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha
haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam
se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.

Dissertativo argumentativo
• Estrutura-se no encadeamento das ideias com a finalidade de defender um determinado ponto de vista.
É possível afirmar que o celular é o dispositivo mais usado no mundo, ele deixa de ser uma agenda telefônica e passa
a ter várias utilidades (notícias, pesquisas, filmes e séries, redes sociais), podemos perceber que atualmente a utilização do
aparelho tornou-se um vício para os indivíduos. O uso de celular durante a aula é um utensílio de desatenção ou de auxílio?
Por meio do uso do celular é possível esclarecer dúvidas realizando pesquisas, que anteriormente eram feitas em
bibliotecas, assistir a "vídeo-aulas" e debater sobre determinado assunto por meio de grupos em redes sociais, a exemplo de
Facebook, Whatsapp, Twitter.
Podem-se destacar também pontos negativos. Segundo a pesquisa do "Hypescience" (hiperciência), o uso excessivo
do celular pode prejudicar a memória, assim afetando também a saúde. Além disso, faz que o aluno tenha desconcentração,
pois, com o uso do "smarthphone", fica ainda mais difícil de obter a atenção do aluno, assim não tendo absorção completa
do assunto.
Portanto, faz-se necessário os filhos terem educação por parte dos pais ou responsáveis para que haja a utilização
do dispositivo apenas quando necessário e de forma adequada, deve-se impor regras para o uso moderado, assim
beneficiando o professor e o aluno, o que permite a aula fluir melhor.

Injuntivo
• Revela-se pela finalidade de instruir e de prescrever atividades para o leitor realizar uma determinada ação.

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Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo.
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com
regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de
natal, aniversário).
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
BOLO DE CENOURA
Ingredientes
Massa
3 unidades de cenoura picadas
3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó
Cobertura
1/2 xícara (chá) de leite
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de Margarina

Como fazer
Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.

Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.

PREDIÇÃO
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer.
É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas / apocalípticas.

DIALOGAL / CONVERSACIONAL
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat.
BREVE RESUMO PARA FIXAÇÃO
Narração: Personagens, Enredo, Espaço...
Descrição: Enumeração, Comparação, Retrato Verbal...
Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater...
Injunção: Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...)

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GÊNEROS TEXTUAIS
GÊNERO CRÔNICA: a crônica é um gênero narrativo. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal e
trata de acontecimentos cotidianos. A crônica artística se diferencia do jornal por não buscar exatidão da informação.
Diferente da notícia, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação
comum, vista por outro ângulo, singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor faz
que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo
contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Jornalismo e literatura: É assim
que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade
cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua
durabilidade no tempo.

TIPOLOGIA: Narrativo
Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto,
agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos
fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um
suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)
(Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora Ática, 1994)

GÊNERO FÁBULA: é uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e
agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. TIPOLOGIA: Narrativo
O Leão e o Rato
– Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um
ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho
certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco
tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia
mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de
que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que
mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
(Baseada na obra de ESOPO).

Moral da História
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais.

GÊNERO APÓLOGO: texto protagonizado por coisas inanimadas (plantas, pedras, rios, relógios, montanhas, estátuas) que
adquirem certos dotes humanos.
● Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas,
objetos ou animais, seres animados ou inanimados;
● Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de
maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem
moral e social
● Diferencia-se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo
de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir.

TIPOLOGIA: Narrativo

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EXEMPLO DE APÓLOGO
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei
sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça.
Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
­ Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados…
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu
faço e mando…
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
­ Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era
a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a
agulha:
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa
comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também,
e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic­plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o
sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e
ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no
corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro,
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é
que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das
mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre
agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

GÊNERO EDITORIAL: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre
determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.

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EDITORIAL 23/06/2016
Enfim, Lei das Estatais é aprovada
A matéria irá agora à sanção presidencial. Caso não sofra vetos, representa passo importante para a administração
pública brasileira
O plenário do Senado aprovou a Lei de Responsabilidade das Estatais que estabelece normas de governança
corporativa e regras para compras, licitações e contratação de dirigentes realizadas por empresas públicas e sociedades de
economia mista, como a Petrobras. A matéria irá agora à sanção presidencial. Caso não sofra vetos, o projeto representa um
passo muito importante para a administração pública brasileira.
O texto da lei é abrangente. As normas serão aplicadas a toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia
mista da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, incluindo estatais que exploram atividade econômica,
como o Banco do Brasil, as que prestam serviços públicos, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e as que
exploram atividade econômica sujeita ao regime de monopólio da União, como a Casa da Moeda.
Desfigurada pela Câmara dos Deputados, que aprovou emendas ao texto que, na prática, inviabilizavam os objetivos
norteadores do projeto, a matéria voltou para o Senado que restabeleceu os seus princípios. Entre os quais, uma série de
critérios cujo objetivo principal é a profissionalização da gestão das empresas públicas. É o caso, por exemplo, da regra que
proíbe a nomeação para o comando das estatais ou empresas de economia mista de pessoas com atuação partidária ou com
cargos políticos.
A lei determina ainda que os presidentes de conselho de estatais e diretores executivos, incluindo o presidente, terão
de comprovar experiência mínima de 10 anos na área de atuação da empresa. Pelo texto, esses profissionais devem ter
formação acadêmica compatível com o cargo. Outro item importante é o que obriga que pelo menos 25% dos indicados para
o conselho não poderão ter vínculo com a estatal (empregados, fornecedores ou prestadores de serviço).
A lei das estatais avança também em pontos relacionados à transparência na gestão ao determinar a obrigação de
divulgar dados financeiros e operacionais que informem o custo de operação e a criar políticas de “compliance”. É um avanço
que, caso já fosse uma prática, certamente teria livrado as estatais brasileiras da rapinagem detectada pela operação Lava
Jato.

GÊNERO TEXTO DE OPINIÃO: faz a defesa de ideias ou ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade
o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.

TIPOLOGIA: Argumentativo

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EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO

QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O ARTIGO DE OPINIÃO E O EDITORIAL?


O editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto de vista
pessoal, mas da instituição para a qual trabalha, que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer declaração
polêmica presente no editorial.
Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e,
por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.
O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou do jornal)
sobre um determinado evento.
O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura influenciar o
leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia e/ou tomar uma atitude.
O EDITORIAL é SEMELHANTE ao ARTIGO DE OPINIÃO quanto à estrutura e aos objetivos, a única diferença é que no editorial
não se apresenta assinatura do autor (individual), pois representa a posição da imprensa.

GÊNERO NOTÍCIA: os elementos da apresentação da notícia são:


MANCHETE: ou título principal (costuma ser composto de frases pequenas e atrativas, e revela o assunto principal que será
retratado em seguida).
IMAGEM: (é um recurso que pode ou não estar presente) é uma estratégia para chamar a atenção dos leitores.

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LIDE: (Este termo deriva de uma palavra inglesa – lead). Nesta parte precisamos encontrar todas as informações necessárias
para responder às seguintes perguntas: Onde aconteceu o fato? Com quem? O que aconteceu? Quando? Como? Qual foi o
assunto?
CORPO DA NOTÍCIA: Nela, há um detalhamento maior dos fatos, de modo a destacar os detalhes mais importantes,
fundamentais à compreensão do interlocutor.
TIPOLOGIA: Relatar

Plebiscito define futuro do Reino Unido na União Europeia


Pesquisas mostram resultados contraditórios e apertados. Há empate técnico em quase todas as consultas populares, que
excluem migrantes
Cidadãos britânicos vão hoje às urnas para decidir se o Reino Unido deve ou não sair da União Europeia.
O plebiscito exclui migrantes, inclusive brasileiros, muitos dos quais estão apreensivos com as mudanças que a possível saída
pode acarretar.
Segundo pesquisas, há alternância de vantagem entre permanência e saída, quase sempre com empate técnico entre os dois
lados.
Para Mariana D’Arcadia, brasileira que mora em Londres, o momento é de ansiedade nas ruas da cidade, principalmente
entre europeus que não têm direito de votar. “Tem muitos ingleses fazendo trabalho voluntário nas ruas, distribuindo
panfletos”, conta.
Na Inglaterra há quatro anos, ela explica que tem a impressão de que o plebiscito está sendo uma forma de a classe
trabalhadora mostrar a insatisfação com a ineficiência dos serviços públicos. “A campanha pela saída tem argumentado que
os serviços públicos estão sobrecarregados pelo grande volume de imigrantes no país. Eles citam, por exemplo, a falta de
habitação, lista de espera em consultórios médicos e número insuficiente de vagas nas escolas públicas. São insatisfações
que não podem mais ser ignoradas”, relata.

GÊNERO REPORTAGEM: é um gênero textual jornalístico que tem por objetivo informar e levar os fatos ao leitor de uma
maneira clara, com linguagem direta.
Manchete: título principal da reportagem
Imagem: (é um recurso que pode ou não estar presente) é uma estratégia para chamar a atenção dos leitores.
Lide: pequeno resumo que aparece depois do título afim de chamar a atenção do leitor. - Corpo: desenvolvimento do
assunto abordado, é um texto maior do que a notícia, com linguagem direcionada ao público alvo.
TIPOLOGIA: Relatar

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GÊNERO HISTÓRIA EM QUADRINHOS: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros por
meio de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Sua estrutura é composta por
ilustrações, balões: espaço onde aparece a fala, pensamento, onomatopeias: São palavras que imitam a voz de animais ou
ruídos de objetos.
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Ex: BUUM!!! (explosão), TOC-TOC! (batendo à porta); Metáforas visuais: Produzem uma sensação de movimento).
TIPOLOGIA: Narrativo

GÊNERO CHARGE: linguagem verbal e não verbal, permeadas pelo humor e uma fina ironia, são tipos de textos que podem
ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade.
TIPOLOGIA: Argumentativa

GÊNERO CARTUM se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal
associada à não verbal.
Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por
isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico.

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GÊNERO POEMA: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes.
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição.
Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado,
dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.

DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO REFERENCIAL E SEQUENCIAL

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DEFINIÇÃO DE COESÃO TEXTUAL


Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e
verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual
distribuição de terras. No entanto, o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra”
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do
texto.

 COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o
objetivo que tanto almejava.

 COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por
uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
Ex.:
Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;

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Papa Francisco: Sua Santidade;


Vênus: A deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o Poeta dos Escravos é considerado o mais
importante da geração a qual representou.

 COESÃO POR REPETIÇÃO


Temos a seguir, dois exemplos de adequação:
1. A poesia de Fernando Pessoa que extrai elementos da repetição intencional:
Eros e Psique

Conta a lenda que dormia


Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,


Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,


Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino


Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro


Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,


À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era

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Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são:


Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados
(orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, pronomes, alguns advérbios e locuções adverbiais.
Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos:
COMEÇO, INTRODUÇÃO
Inicialmente,
Primeiramente,
antes de tudo,
desde já,

CONTINUAÇÃO
além disso
do mesmo modo
ainda por cima
bem como
outrossim

CONCLUSÃO
Enfim,
Dessa forma,
Em suma,
Nesse sentido,
Portanto,
Afinal,

CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL
logo após
ocasionalmente
posteriormente
atualmente
enquanto isso
imediatamente
não raro
concomitantemente

SEMELHANÇA, CONFORMIDADE
igualmente
segundo
conforme

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assim também
de acordo com

EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO
então
por exemplo
isto é
a saber
em outras palavras
ou seja
quer dizer
rigorosamente falando
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de
vida.

Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos.


Sendo assim, ainda vejamos:
Embora, ainda que, mesmo que
Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com
autonomia para vencê-los. Observe o exemplo:
Ex: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa.

Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras


Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em:
Ex: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro.

Ainda, afinal, por fim


Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de
conclusão do assunto abordado. Note:
Ex: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito.

Aliás, ou melhor, além de tudo, além do mais, além disso


Conferem mais credibilidade, um argumento decisivo para derrubar argumentos contrários, reforçando-os juntamente à
ideia final. Constate:
Ex: O garoto é um excelente aluno, aliás, destaca-se entre os demais. Além do mais é muito educado e gentil.
Os salários estão cada vez mais baixos, porque não há interesse dos nossos representantes estabelecerem um padrão de
acordo com a qualidade de vida do brasileiro.

Além de tudo são considerados como renda e estabelecidos como impostos.


Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma

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Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do
exemplo a seguir:
Ex: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito.

Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo


Estabelecem uma noção gradativa entre os elementos do discurso. É o que podemos constatar em:
Ex: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas.

Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós.


Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante
Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que se opõem entre si. Perfeitamente constatável
em:
Ex: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo.

E, nem, como também, mas também


Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso, progressão semântica que adiciona, desenvolvendo ainda mais a
argumentação ora proferida. A título de constatação, analisemos:
Ex: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas.
A prova de Redação serve para medir a capacidade cognitiva do candidato e a maturidade dele em relação ao mundo onde
vive.
O e introduz um segmento que acrescenta uma informação nova, por isso seu uso é apropriado.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS


Como se pode enriquecer o Vocabulário?
Para a realização desse objetivo é preciso dialogar com pessoas que se expressam bem; ler textos variados e bem escritos;
memorizar os diferentes significados das palavras por meio de dicionários. Por último, produzir textos variados em que as
palavras surgidas nas leituras e já memorizadas nos dicionários, possam ser contextualizadas, isto é, usadas adequadamente
em frases. É claro que a prática de exercícios também ajuda. Vamos indicar agora um roteiro de estudo, o qual trata da
significação das palavras:
 Polissemia;
 Denotação/Conotação;
 Sinonímia/Antonímia;
 Hiperonímia/Hiponímia;
 Homonímia/Paronímia;

 POLISSEMIA
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode apresentar
diferentes significados, dependendo dos usos linguísticos em que possa aparecer.
A palavra "vela" é um dos exemplos de polissemia. Ela pode significar
a vela de um barco;
a vela feita de cera que serve para iluminar

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pode ser a conjugação do verbo velar, que significa estar vigilante.


"Letra" é uma palavra polissêmica. Letra pode significar
o elemento básico do alfabeto,
o texto de uma canção ou a caligrafia de um determinado indivíduo.
Neste caso, os diferentes significados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita.

AMBIGUIDADE
A qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado.
A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação.
Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se vou ou fico”.
A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de teor
literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos científicos ou jornalísticos, por exemplo.
Ambiguidade é também um substantivo que nomeia a falta de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao amigo
que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou o amigo?).
Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”.
As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao celular, quanto ao homem, dificultando a direta interpretação da frase
e causando ambiguidade.
Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”.
No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de refeição.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação E Conotação referem-se, de forma geral, aos significados atribuídos às palavras e orações empregadas na língua
portuguesa, sendo recursos essenciais para a adequada interpretação de textos. Para saber exatamente o significado delas,
ver exemplos e demais informações relevantes, confira nosso artigo.

O QUE É DENOTAÇÃO?
Denotação refere-se a sentido denotativo que, por sua vez, significa um sentido próprio, literal e real independentemente
do contexto em que a palavra, oração ou período aparecem. Resumidamente, podemos dizer que denotação é o sentido
exato da palavra, não cabendo maiores interpretações.
Exemplos:
O gato é um mamífero.
Já li esta notícia do jornal.
O empregado limpou o jardim.
A mulher estava cansada.
Como é possível observar, o uso da denotação tem por objetivo transmitir uma mensagem ao receptor de forma objetiva e
clara, evitando equívocos na interpretação e desempenhando uma função estritamente prática e utilitária. Por essas razões,
esse tipo de linguagem é muito utilizado em textos informativos, tais como: regulamentos, jornais, manuais de instrução,
artigos científicos, bulas de medicamentos etc.

O QUE É CONOTAÇÃO?
O termo conotação está associado a sentido conotativo que, por sua vez, refere-se a palavras utilizadas no sentido figurado,
ou seja, que pode ter diferentes significados de acordo com o contexto no qual ela é empregada. Por esse motivo, textos

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construídos utilizando conotações requerem maior habilidade de interpretação, já que a linguagem não é tão objetiva como
nos casos da denotação.
Exemplos:
Hélio tem um coração de pedra.
Mariana é um sol na vida de todos.
Minha vida é um mar de esperanças.
Conforme é possível perceber, a conotação assume um sentido simbólico e figurado, o qual o grande objetivo é provocar
sentimentos em quem está recebendo a mensagem. Esse recurso é muito perceptível na literatura, na linguagem poética, em
letras musicais, nos anúncios publicitários e em conversas informais no dia a dia.

SINONÍMIA/ANTONÍMIA
SINONÍMIA
Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em determinados
contextos linguísticos, podem ser substituídas por outras significações correspondentes.
Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns contextos, mas não em todos.
Exemplos:
 Tecido branco = tecido alvo
 Alcançar o meu alvo = atingir meu objetivo
Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo:
peito – seio – busto
dor de cabeça – cefaleia
são usados em diferentes contextos.

ANTONÍMIA
São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por prefixo:
Leal x desleal;
feliz x infeliz;
típico x atípico
Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra:
Claro x escuro
Rico x pobre

HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado que uma palavra superior estabelece com uma palavra inferior.
O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente superior porque apresenta um sentido mais abrangente que engloba o
sentido do hipônimo, uma palavra hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.
A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica de significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da palavra
hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível semântico, pode ser incluída numa classe superior que abrange o seu
significado - hiperônimo.
País é hiperônimo de Brasil.
Mamífero é hiperônimo de cavalo.
Jogo é hiperônimo de xadrez.

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Brasil é hipônimo de país.


Cavalo é hipônimo de mamífero.
Xadrez é hipônimo de jogo.
Os hiperônimos:
 Apresentam um sentido abrangente;
 Transmitem a ideia de um todo;
 Representam as características genéricas de uma classe;
 Permitem a formação de subclasses associadas a elas.
Os hipônimos:
 Apresentam um sentido restrito;
 Transmitem a ideia de um item ou uma parte de um todo;
 Representam as características específicas de uma subclasse;
 Permitem a associação a uma classe superior mais abrangente.
Exemplos de hiperônimos e hipônimos
Hiperônimo Hipônimos
cor verde, azul, amarelo, vermelho, branco,...
fruta maçã, banana, manga, abacaxi, jaca,...
veículo carro, automóvel, moto, bicicleta, ônibus,...
esporte natação, futebol, patinação, atletismo, esgrima,...
animal cobra, onça, cachorro, urubu, urso,...
flor rosa, margarida, malmequer, hortênsia, orquídea,...
eletrodoméstico geladeira, batedeira, liquidificador, aspirador, ferro,...
móvel estante, armário, mesa, cadeira, sofá,...
ferramenta martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,...
ave papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,...
doença gripe, sarampo, caxumba, catapora, bronquite,...

Uso de hiperônimos e hipônimos


O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a construção de uma boa coesão lexical num texto. Os hiperônimos e
hipônimos atuam como um recurso coesivo lexical que permite a abordagem de um tema evitando repetições vocabulares.
Além disso, desempenham uma função anafórica no texto, fazendo referência a uma informação previamente mencionada
sem a repetir, através do uso de substantivos genéricos e específicos.

LISTA DE PALAVRAS PARÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS


São palavras parecidas na escrita e na pronúncia, mas diferentes no significado.
Acurado – feito com muito carinho
Apurado – refinado, desvendado

Adotar – aceitar: alguém, doutrina, ideia


Dotar - conceder dote, beneficiar, favorecer

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Amoral – pessoa destituída de senso moral


Imoral – contrário à moral, devasso

Apóstrofe – figura de linguagem


Apóstrofo – sinal gráfico

Aprender – adquirir conhecimento


Apreender – assimilar mentalmente

Arrear – pôr arreios, encilhar, selar


Arriar – fazer descer o que estava no alto

Assoar – limpar secreção nasal


Assuar – dar vaia em, apupar

Atuar - desempenhar um papel como ator


Autuar - auto de infração, processar

Auto - ato público, peça teatral de um ato


Alto - de grande extensão vertical, elevado

Absolver: perdoar, inocentar


Absorver: aspirar, sorver

Câmara – onde se reúnem os deputados


Câmera – aparelho que capta imagens

Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo


Cavalheiro – homem educado

Celerado - aquele que cometeu crimes


Acelerado – apressado

Comprimento – extensão
Cumprimento – saudação, ato de cumprir

Conjetura – suposição, hipótese


Conjuntura – situação, circunstância

Deferir – atender, conceder


Diferir – distinguir-se, ser diferente, adiar

Degredado – desterrado, exilado


Degradado – estragado, rebaixado

Delatar – denunciar
Dilatar – alargar, ampliar

Descrição - ato de descrever, expor


Discrição – reserva; qualidade de discreto

Descriminar - inocentar
Discriminar - distinguir

Desmistificar - desfazer uma ilusão


Desmitificar - desfazer um mito

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Despensa - lugar de guardar mantimentos


Dispensa - isenção, licença

Desapercebido - desprevenido, desprovido


Despercebido - não percebido, não notado

Destratar - insultar
Distratar - desfazer trato, anular, rescindir

Discente - que aprende


Docente - que ensina

Emergir - vir à tona


Imergir - mergulhar

Emigrar - sair da pátria


Imigrar - entrar num país estranho para nele morar

Eminente – notável, célebre


Iminente – prestes a acontecer

Emitir - lançar fora de si


Imitir - fazer entrar

Esbaforido – ofegante, cansado


Espavorido - apavorado, assustado

Estada - permanência de pessoa


Estadia - permanência de veículo

Estância - morada
Instância - jurisdição, urgência

Estofar - cobrir de estofo


Estufar - meter em estufa

Flagrante – registrado momentâneo


Fragrante - que exala bom odor, aromático

Fluir - correr com certa abundância


Fruir - gozar, desfrutar

Fuzil - arma de fogo


Fusível - peça de instalação elétrica

Incerto - duvidoso
Inserto - inserido, incluído

Incidente – acontecimento imprevisível


Acidente - acontecimento casual, porém grave

Inflação - desvalorização do dinheiro


Infração - violação, transgressão

Informar - transmitir conhecimento


Enformar - colocar na forma
Enfornar - colocar no forno

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Infligir - aplicar pena ou castigo


Infringir - transgredir, violar, não respeitar

Mandado - ordem judicial


Mandato - poder dado ou autorizado

Precedente - antecedente
Procedente – proveniente, oriundo

Prescrição - ordem expressa


Proscrição - eliminação, expulsão

Previdência - faculdade de ver antecipadamente o futuro


Providência - a suprema sabedoria atribuída a Deus

Ratificar - confirmar
Retificar – tornar reto, endireitar

Recrear - divertir
Recriar - criar novamente

Soar - produzir som


Suar – transpirar

Tráfego – trânsito
Tráfico – comércio ilegal

Treplicar - responder a uma réplica


Triplicar - multiplicar por três

Vultoso - volumoso, de grande vulto, enorme


Vultuoso - atacado de vultuosidade, inchado

LISTA DE PALAVRAS HOMÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS


• Homônimas: são palavras escritas e pronunciadas de modo idêntico, mas diferentes nos significados. Podem ser:
• Homônimas Homófonas: são aquelas iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita e na significação.
• Homônimas Homógrafas: são aquelas diferentes na pronúncia (timbre fechado e aberto), mas iguais na escrita.
Acender: pôr fogo
Ascender: subir

Acento - sinal gráfico, tom de voz


Assento - lugar, superfície onde se senta

Aço – liga de ferro e carbono


Asso – 1ª. pessoa do presente do verbo assar

Acerca de - sobre, a respeito de


Há cerca de – perto de, ou faz (= tempo decorrido)

Afim – que tem afinidade, ligação


A fim – com intenção ou com finalidade de

Apreçar – perguntar o preço de


Apressar – impor maior pressa

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Caçar – ir ao encalço de, perseguir animais ou aves


Cassar – anular, revogar

Calda – líquido espesso e viscoso, xarope


Cauda – rabo, parte posterior de avião

Cela – pequeno quarto, cômodo de reduzidas dimensões


Sela – peça de couro

Coser: costurar
Cozer: cozinhar

Cheque: ordem de pagamento


Xeque: lance de jogo de xadrez

Censo – recenseamento, dados estatísticos


Senso – juízo claro, raciocínio

Censual – relativo ao censo


Sensual – relativo ao sexo, aos sentidos

Céptico - que duvida ou quem duvida


Séptico - que causa infecção

Cerração – nevoeiro denso


Serração – ato de serrar, de cortar

Cerrar – fechar
Serrar – cortar

Cessão – ato de ceder


Seção ou secção – corte, divisão, repartição
Sessão – espaço de tempo que dura uma atividade

Cesto – balaio
Sexto – ordinal de seis

Chá – bebida
Xá – título do ex-imperador do Irã

Cheque – ordem de pagamento


Xeque – lance de jogo de xadrez, dirigente árabe

Cinta - tira de pano


Sinta - subjuntivo presente e imperativo do verbo sentir

Cocho - recipiente de madeira


Coxo – capenga, manco

Concerto – sessão musical


Conserto – reparo

Coser – costurar
Cozer – cozinhar

Espiar - observar, espionar


Expiar - sofrer castigo

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Empoçar - fazer poças


Empossar - dar posse

Espectador - o que observa um ato


Expectador - que tem expectativa

Esperto - ativo, inteligente, vivo


Experto - perito, entendido

Era - data, época


Hera – planta

Estático - firme, imóvel


Extático - admirado, pasmado

Estirpe - raiz, linhagem


Extirpe - flexão do verbo extirpar

Estrato - tipo de nuvem


Extrato - resumo, essência

Esterno - osso dianteiro do peito


Externo - que está por fora

Incerto - duvidoso
Inserto - inserido, incluído

Incipiente - que inicia, principiante


Insipiente - ignorante, sem juízo, imprudente

Intercessão - ato de interceder


Interseção - ponto onde duas linhas se cruzam

Paço - palácio real ou episcopal


Passo – marcha

Profetiza - do verbo profetizar


Profetisa - feminino de profeta

Ruço – grisalho, desbotado, situação grave


Russo - da Rússia

Tacha - pequeno prego


Taxa - imposto, preço de um serviço público

Tachar – atribuir defeito


Taxar – fixar taxa

Viagem - substantivo: a viagem


Viajem - forma verbal: que eles viajem

HOMÔNIMAS PERFEITAS
Homônimas perfeitas: são palavras que possuem mesma pronúncia e mesma grafia, porém apresentam sentidos
diferentes.
Eu CEDO livros para a biblioteca.

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Levantou CEDO para estudar.

INTERTEXTUALIDADE
Referência explícita ou implícita de um texto em outro.
Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela.
Toda vez que uma obra fizer ALUSÃO à outra ocorre a intertextualidade.

INTRATEXTUALIDADE
Ocorre quando o autor é capaz de criar elos de aproximação entre os textos de sua própria autoria.
EXEMPLO:
Em seguida, após relatar tal episódio, Brás conta que cresceu normalmente. Foi à escola, que ele chama de enfadonha, onde
teve aulas com um professor de nome Ludgero Barata. É justamente ali que conhece um de seus melhores amigos de
infância, Quincas Borba, com quem se reencontrará mais tarde. Ambos os garotos se revelam travessos e mimados, já que o
Quincas era filho único, adorado pela mãe, que o vestia muito bem, mandando um pajem indulgente acompanhá-lo a todos
os lugares.

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DIFERENÇA ENTRE PARÁFRASE E PARÓDIA


PARÁFRASE
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto original é confirmada pelo novo texto.
É dizer com outras palavras o que já foi dito.

Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”)

PARÁFRASE
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade)

COMENTÁRIO:
O poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido
principal do texto que é a saudade da terra natal.

PARÓDIA
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos; ruptura com as ideologias impostas.
Estimula-se uma reflexão crítica de verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os
dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica.

TEXTO ORIGINAL
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

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PARÓDIA
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade)

O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial neste
texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que
foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil.

FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar mais expressiva a mensagem transmitida.
Compreender e saber usar as figuras de estilo capacita o uso mais eficaz da linguagem como fenômeno social, ajudando a
vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras literárias, por exemplo.

Figuras de Palavras
Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual. Ex.: “A menina é
uma flor”.
Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada para qualificar uma característica
parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, tal qual,
assim). Ex: "O olhar dela é como a lua, brilha maravilhosamente".
Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante. Ex.: “Beber um copo de vinho”.
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio. Ex.: “A perna dos óculos”.
Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: “O doce som da flauta”.
Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: “trrrimmmmm” (telefone).
Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.: “Cidade Luz” (Paris).

Figuras de Pensamento
Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau
Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele silêncio
ensurdecedor”.
Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: “Foi para o céu” (morreu).
Hipérbole: exagero intencional. Ex.: “Morto de sono”.
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: “É um santo!” (para alguém com mau comportamento).
Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: “O sol está
tímido”.
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa.
Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento)

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Figuras de Construção
Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: “Subir para cima”.
Aliteração: repetição de determinados sons consonantais nos versos ou frases. Ex: “O rato roeu a roupa...”.
Assonância: repetição de determinados sons vocálicos. Ex: “Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...” (Eugênio
de Castro)
Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: “O homem, não sei o que pretendia”.
Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia.
Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo”. (Carlos Drummond de Andrade).
Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: “No trânsito, carros e mais carros”. (há).
Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. Ex: “Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão”.
Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. Ex.: “Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas”.
Assíndeto: classifica a junção de diferentes orações sem o uso de conectivos, por norma, são separadas por vírgulas ou
outros sinais de pontuação. Ex: “Vim, vi, venci.” (Júlio César)
Silepse: concordância com a ideia que se quer passar, um termo oculto, e não com o termo da frase. Ex: "a linda (ilha de)
Fernando de Noronha".

FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Funções da linguagem são as formas como cada indivíduo organiza sua fala dependendo da mensagem que se quer
transmitir. A linguagem pode ser usada para expressar sentimentos, para informar, para influenciar outras pessoas etc. A
transmissão dessa mensagem pressupõe um emissor, um receptor, um contexto, um código e um canal entre o emissor e o
receptor.
As funções da linguagem são:
1 – Função emotiva ou expressiva – quando a linguagem está centrada no próprio emissor, revelando seus sentimentos,
suas emoções. Ex.: “Solto a voz nas estradas/ Já não posso parar/ Meu caminho é de pedra/ Como posso sonhar”.

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2 – Função apelativa ou conativa – quando o emissor organiza a mensagem com o objetivo de influenciar o receptor. É
muito usada em mensagens publicitárias. Ex.: Não deixe para última hora! Programe suas férias.

3 – Função referencial ou denotativa – quando a intenção do emissor é falar objetivamente sobre o contexto real. É a
linguagem de caráter informativo. Ex.: Textos de jornal, revistas, livros didáticos, científicos etc.

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4 – Função metalinguística – quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das próprias palavras (códigos).
Ex.:.

5 – Função fática – quando a linguagem é usada para confirmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um canal de
comunicação. Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade?.

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6 – Função poética - quando a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras,
com o jogo de ideias. Ex.: Textos literários, provérbios.

SAIBA MAIS
QUADRO SINTÉTICO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
No processo da comunicação, todos os elementos estão, de certa forma, presentes. O que há é uma predominância de um
sobre os demais; por conta disso, um deles determina a função da linguagem.
O PREDOMÍNIO DO(A) IMPLICA FUNÇÃO DA LINGUAGEM
Emissor O predomínio da Emotiva (Expressiva)
Receptor O predomínio da Conativa (Apelo)
Canal O predomínio da Fática
Código O predomínio da Metalinguística
Referente O predomínio da Referencial
Mensagem O predomínio da Poética

Campo Lexical e Campo Semântico


Primeiramente, diferencia-se o que é léxico e semântica para facilitar o entendimento de campo lexical e campo semântico.
Vejamos:
Léxico: é o conjunto de palavras usadas em uma língua ou em um texto. Quanto à língua, não existe um falante que domine
por completo seu léxico, pois o idioma é vivo e vocábulos vão desaparecendo, enquanto novos surgem. Quanto ao texto, o
léxico corresponde às palavras utilizadas na escrita do mesmo.
Semântica: é o estudo das significações das palavras, ou seja, do significado de cada vocábulo existente na língua.
Dessa forma, campo lexical é formado pelas palavras que derivam de um mesmo radical. Assim, o campo lexical ou a família
da palavra “pedra”, seria: pedregulho, pedraria, pedreira, pedrinha, dentre outros.
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por terem o mesmo radical
(também chamado de família de palavras ou vocábulos cognatos): mar, marinho, marinheiro, marítimo, maresia, amarar,
amerissar, amaragem, amerissagem...

Campo semântico
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por pertencerem à mesma
área. Nosso conhecimento de mundo nos norteia quanto à escolha de palavras que se correlacionam.
Na informática, por exemplo, as seguintes palavras pertencem ao mesmo campo semântico: computador, monitor,
impressora, teclado e tecnologia.

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Já na área do futebol, podemos dizer que as palavras árbitro, bola, gol, equipe, estádio, torcida, cartão, craque, pertencem ao
mesmo campo. Como já disse, muitos estudiosos entendem que tais grupos de palavras ou expressões pertencem ao mesmo
campo semântico.
Campo semântico em torno do conceito de morte: falecer, bater as botas, ir desta para melhor, apagar-se.
Portanto, é o conjunto dos significados, dos conceitos, que uma palavra possui. Um mesmo termo tem ou pode ter vários
sentidos, os quais são escolhidos de acordo com o contexto abordado. Assim, são exemplos de campos semânticos:
a) levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar, receber.
b) natureza: seres que constituem o universo, temperamento, espécie, qualidade.
c) nota: anotação, breve comunicação escrita, comunicação escrita e oficial do governo, cédula, som musical, atenção.
d) breve: de pouca duração, ligeiro, resumido.

ORTOÉPIA ou ORTOEPIA
Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos.
A ortoépia está relacionada com a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das consoantes e a ligação de vocábulos
dentro de contextos.
Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia.
Alguns exemplos:
a) pronunciar erradamente as vogais quanto ao timbre:
- pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): alcova, crosta...
- pronúncia errada, timbre aberto (é, ó): alcova, crosta...

b) omitir fonemas:
- cantar/ cantá,
- abóbora/abóbra,
- prostrar/ prostar,
- reivindicar/revindicar...

c) acréscimo de fonemas:
- pneu/peneu,
- freada/ freiada,
- bandeja/ bandeija...

d) substituição de fonemas:
- cutia/cotia,
- cabeçalho/ cabeçário,
- bueiro/ boeiro.

e) troca de posição de um ou mais fonemas:


- caderneta/ cardeneta,
- bicarbonato/ bicabornato,
- muçulmano/ mulçumano.

f) nasalização de vogais:
- sobrancelha/ sombrancelha,
- mendigo/ mendingo,
- bugiganga/ bungiganga ou buginganga

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PROSÓDIA
A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta.
Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia:
1) oxítonas:
cateter condor hangar mister Nobel
refém recém ruim sutil ureter

2) paroxítonas:
avaro barbárie caracteres cartomancia ciclope
erudito ibero gratuito ônix poliglota
pudico rubrica tulipa libido

3) proparoxítonas:
aeródromo alcoólatra álibi âmago antídoto
lêvedo protótipo quadrúmano vermífugo zéfiro

Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta.
Exemplos:
 acrobata e acróbata
 crisântemo e crisantemo
 Oceânia e Oceania
 réptil e reptil
 xerox e xérox.

Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação:


Exemplos:
Valido: adjetivo e substantivo masculino
1. que ou aquele que se coloca sob proteção de alguém mais poderoso; protegido
2. que ou aquele que recebe estima; querido, prezado

Válido: adjetivo
1. que tem existência ou valor legal, que tem eficácia, é capaz de produzir efeitos legais
2. que foi produzido respeitando as formalidades legais
3. que tem embasamento bem fundado; correto, certo

Vivido: adjetivo
1. que viveu muito
2. com intensa experiência de vida

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Ex.: crianças vividas, apesar da idade

Vívido: adjetivo
1 que tem vivacidade, animação; vivo

Casos mais frequentes de pronúncias diferentes da língua padrão:

TIPOS DE LINGUAGEM
É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está
relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens
para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais
(linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como
qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.

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Tipos de Linguagem
A linguagem pode ser:

Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.

As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informação).

Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de
sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.

Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam.

Elementos da Comunicação
Conheça os principais elementos da comunicação.
Com os elementos da comunicação, é possível usar como forma de comunicação, informação, expressão e significados os
diversos sistemas simbólicos das diferentes linguagens. A forma de comunicação está dividida entre:
 Emissor – o que emite a mensagem.
 Receptor – o que recebe a mensagem.
 Mensagem – o conjunto de informações transmitidas.
 Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o
receptor souber decodificar a mensagem.
 Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar…
 Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
 Ruído – qualquer perturbação na comunicação.

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 ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM À SITUAÇÃO COMUNICATIVA


Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e da escrita em uma determinada situação comunicativa. O emissor e o
receptor devem estar em concordância para que haja entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige uma linguagem
diferente.
Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não se trata de uma convenção, mas do
modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea
e expressiva. Por este motivo, está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a mudança na escrita começa sempre a
partir da língua falada e, por este motivo, é tão importante quanto à língua escrita. Contudo, não é toda alteração na fala que
é reconhecida na escrita, mas somente aquelas que têm significação relevante à sociedade.
O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para cada
ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, um modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se
fazer as combinações das palavras, e assim por diante.
A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o contexto em que o emissor da mensagem e o destinatário se
encontram. Claro, porque você não conversa com o vizinho da mesma forma que conversa com o professor ou conversa com
o representante de sala da mesma forma que conversa com o diretor ou com este do mesmo jeito que com os pais.
Então, para cada situação linguística, há uma linguagem adequada.
Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações vividas.

O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem
tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc.
Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.

O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição de
vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos
intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no
WhatsApp, blogs, etc.
Pressuposto e subentendido
Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas por
marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, numa leitura proficiente, ir além da informação que se encontra
explícita, identificando e compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas.

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Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo leitor,
sendo da sua responsabilidade.
Exemplos:
- Heloísa está cansada de ser professora.
Pressuposto: Heloísa é professora.
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina.
- Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país
Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher não está satisfeita com essa situação.
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por não encontrar trabalho no seu país.

Pressupostos
Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões presentes
na frase que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição para que
faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável.
Exemplos de pressupostos:
- Decidi deixar de comer carne.
Pressuposto: A pessoa comia carne antes.
- Finalmente acabei minha monografia.
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia.
- Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor rendimento.
Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã.
- Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi.
Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa.
Marcas linguísticas que facilitam a identificação de pressupostos:
 Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, conseguir,...
 Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, antes,...
 Pronome introdutório de orações subordinadas adjetivas: que
 Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes que, desde que, visto que,...

Subentendidos
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca
linguística, sendo deduzidos através do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do mundo.
Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem unicamente da responsabilidade de quem
interpreta a frase.
Exemplos de subentendidos:
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.
Subentendido: Está frio lá fora.
- Já tenho a garganta seca de tanto falar.
Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero parar de falar neste momento.
- Você vai a pé para casa agora?
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar a pé na rua a estas horas.
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Variações Linguísticas
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos,
revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo
nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade
e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral.
Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos.
Quanto ao nível informal, por sua vez, representa-se a linguagem do dia a dia, das conversas informais que temos com
amigos, familiares etc.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as
variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada com
“ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a
asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade

Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.


Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a
palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também
nesta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.

Variações sociais ou culturais:


Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada
pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos
citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, entre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:

VÍCIO NA FALA
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade

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CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

FUNÇÕES DAS CLASSES DE PALAVRAS – RESUMO


Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo,
conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.
Classificar uma palavra não é tarefa tão fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro
de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características.
A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo
da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou
outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
Abaixo seguem algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar os principais aspectos
de cada classe de palavras:
SUBSTANTIVO – classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de
espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, a adjetivos ou a outros advérbios, modificando-os.


Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.


Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
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CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter
valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções,
estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

APROFUNDAMENTO IMPORTANTÍSSIMO
As classes gramaticais e funções sintáticas de uma palavra são:

SUBSTANTIVO
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam:
- lugares: Rio Grande do Sul, Morro branco...
- sentimentos: paixão, saudade...
- estados: satisfação, inquietude...
- qualidades: agilidade, praticidade...
- ações: corrida, pescaria...

DETERMINANTES DO SUBSTANTIVO
Determinantes do substantivo são palavras que se relacionam com o substantivo, determinando, por exemplo, o gênero e
número do substantivo.
O determinante pode também acrescentar informações ao substantivo.
 teu sorvete - esse sorvete - três sorvetes – o sorvete – sorvete saboroso - sorvete de morango
O determinante concorda com o substantivo em gênero e em número.
Existem diversos tipos de determinantes e são classificados em função da significação que dão ao substantivo.

- Artigos definidos e indefinidos


Os artigos funcionam sempre como determinantes.
Exemplo:
 A mamãe ganhou uma rosa.

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- Numerais
Classificam-se como determinantes os numerais que modificam o substantivo. Também são chamados de numerais
adjetivos:
• Numeral cardinal: Três batidas foram ouvidas.
• Numeral ordinal: A terceira batida acordou-me.
• Numeral multiplicativo: Esta festa me dá uma dupla satisfação.
• Numeral fracionário: Comi meio chocolate.

- Pronomes
São classificados como determinantes os pronomes que modificam o substantivo. Chamados também de pronomes
adjetivos:
• Pronomes possessivos: Adoro meus colegas.
• Pronomes demonstrativos: Só convidei estes colegas.
• Pronomes indefinidos: Tenho muitos colegas.
• Pronomes interrogativos: Quantos colegas virão?
• Pronomes relativos: Aqui está meu colega, em cuja opinião eu confio!
Observação: não são determinantes os pronomes que desempenham a função de substantivo:
 Aquilo me alegrou.
 Quem tudo quer nada tem.

MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do
objeto ou como núcleo do vocativo.
Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por
grupos de palavras.

FUNÇÕES SINTÁTICAS
(funções na frase)
Sujeito

Objeto direto Predicativo


Objeto indireto Complemento nominal
Agente da passiva Aposto
Vocativo Adjunto adverbial

NÃO ESQUECER: DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA


A derivação imprópria se dá pela mudança de classificação morfológica de um apalavra, que depende do contexto. A palavra
não muda nada na forma, o que muda é sua classificação morfológica e seu sentido.

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Exemplos:
 Esta questão só tem um pró. (substantivo)
 Branca, você me ama? (substantivo)
 O três é um numeral cardinal. (substantivo)
 Ele tem um jeito moleque. ( adjetivo)
 Você é um judas safado! ( substantivo comum)

DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.

Exemplos:

comprar (verbo) compra (substantivo)

beijar (verbo) beijo (substantivo)

Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.

Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas.
O mesmo fato não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá
origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos
deverbais.

OUTROS EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA


abalo (de abalar) agito (de agitar) ajuda (de ajudar)
alcance (de alcançar) amasso (de amassar) apelo (de apelar)
ataque (de atacar) choro (de chorar) corte (de cortar)
debate ( de debater) erro (de errar) grito ( de gritar)
pesca (de pescar) perda (de perder) preparo (de preparar)
recuo ( de recuar)

FORMAÇÃO DO PLURAL
Plural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
 pãe(s) + zinhos = pãezinhos  animai(s) + zinhos = animaizinhos
 botõe(s) + zinhos =botõezinhos  chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
 farói(s) + zinhos = faroizinhos  tren(s) + zinhos = trenzinhos
 colhere(s) + zinhas = colherezinhas  flore(s) + zinhas = florezinhas
 mão(s) + zinhas = mãozinhas  papéi(s) + zinhos = papeizinhos
 nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas  funi(s) + zinhos = funizinhos
 túnei(s) + zinhos = tuneizinhos  pai(s) + zinhos = paizinhos
 pé(s) + zinhos = pezinhos  pé(s) + zitos = pezitos

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VALOR SEMÂNTICO DO SUFIXO


Desprezo / arrogância
Tira essa gentinha daí!
Ah, deixa de ser chorão...
Carinho
Filhote, venha cá...

Aninha, já falou com sua mãezinha aqui, que está cheia de saudades?
Orgulho / admiração
O cara fez um golaço!
Uau, que carrão...

OBS.: Além de sua função clássica, pode indicar valores e intenções, ou seja, a escolha dos sufixos indicadores de grau pode
relacionar-se tanto à afetividade quanto ao desprestígio.
Nossa, para escrever um textinho desses precisava demorar tanto.
Ai você está tão lindinha! Parece um filhote de baleia.
Você é um cabeção mesmo, entendeu tudo errado
Que mulherzinha complicada!
Querida, trouxe uma florzinha para você.
Que bebê fofucho!
Amorzão, estou morrendo de saudade.
Queridinha, já te falei duas vezes que não quero esse plano.

ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se encaixa diretamente ao lado de um
substantivo. Observe o exemplo seguinte:
 Aquele homem bondoso sempre me ajuda.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser encaixada
diretamente ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade.
 Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.

MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como
predicativo (do sujeito ou do objeto).

PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO OU ADJUNTO ADNOMINAL: QUAL A DIFERENÇA?


A diferença entre o predicativo do objeto e o adjunto adnominal é que este é parte do objeto e aquele é um termo que se
relaciona ao objeto.

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A presença de características semelhantes revela, sem dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns
questionamentos, principalmente quando o assunto diz respeito à análise sintática.
Dessa forma, de modo a constatar a diferença que demarca ambos os elementos linguísticos, veja a análise de alguns
enunciados, evidenciados a seguir:
 Os alunos consideraram a prova fácil.
No intuito de descobrir se o termo em questão (fácil) se classifica como um adjunto adnominal ou como um predicativo do
objeto, basta substituí-lo por um pronome substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado:
 Os professores consideraram-na difícil.
Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). Assim, mesmo
havendo tal substituição, o termo “difícil” continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, mas sim um termo que
a ele está relacionado.
Considera-se, dessa forma, tratar-se de um predicativo do objeto direto.
Veja, pois, outro exemplo:
 Os alunos resolveram uma questão fácil.
Realizando o mesmo processo, o de substituir o objeto direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se somente:
 Os alunos resolveram-na.
Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na fácil” configuraria uma inadequação.
É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo “fácil”, em se tratando desse caso, classifica-se como um adjunto
adnominal, haja vista que ele é parte do objeto direto, e não um termo que a ele se relaciona, assim como ocorre com o
predicativo.

LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se
locução.
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas),
paixão sem freio (paixão desenfreada),
jornal de ontem, almoço de hoje,
carro dela,
máquina de enxugar,
dinheiro das duas

GRAU DO ADJETIVO:
Os adjetivos sofrem flexão em grau, indicando assim gradação nas qualidades representadas pelos adjetivos.

Grau comparativo dos adjetivos


No grau comparativo, ocorre principalmente a comparação de uma característica em dois ou mais seres. Pode ocorrer
também a comparação de duas ou mais características do mesmo ser.
O grau comparativo estabelece inferioridade, igualdade e superioridade, subdividindo-se em grau comparativo de
inferioridade, grau comparativo de igualdade e grau comparativo de superioridade.

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Grau comparativo de inferioridade: menos… que ou menos… do que


Letícia é menos agitada que Mateus.
Letícia é menos agitada do que Mateus.

Grau comparativo de igualdade: tão… quanto, tão… como ou tão… quão


Letícia é tão agitada quanto Mateus.
Letícia é tão agitada como Mateus.
Letícia é tão agitada quão faladora.

Grau comparativo de superioridade: mais… que ou mais… do que


Letícia é mais agitada que Mateus.
Letícia é mais agitada do que Mateus.

Alguns adjetivos apresentam formas sintéticas no grau comparativo de superioridade:


(mais) bom = melhor;
(mais) mau = pior;
(mais) grande = maior;
(mais) pequeno = menor.
(mais) alto – superior
(mais) baixo - inferior

Nessas situações, não deverá ser usado o advérbio mais:


Letícia é melhor que Mateus.
Letícia é melhor do que Mateus.
Letícia é pior que Mateus.
Letícia é pior do que Mateus.
Letícia é maior que Mateus.
Letícia é maior do que Mateus.
Letícia é menor que Mateus.
Letícia é menor do que Mateus.
Na estatura, Letícia é superior a Mateus
Na estatura, Letícia é inferior a Mateus

Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre
duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
pequeno.

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Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo – comparação de dois elementos.


Pedro é mais grande que pequeno – comparação de duas qualidades de um mesmo elemento.

4) Sou menos alto (do) que você. (Comparativo de inferioridade) Sou menos passivo (do) que tolerante.

SUPERLATIVO
Um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético caracteriza um ou mais seres atribuindo-lhes qualidades em grau muito
elevado.
 O teste foi facílimo.
 O professor é sapientíssimo.
 A sobremesa é dulcíssima.

Formação do grau superlativo absoluto sintético


A principal regra de formação do grau superlativo absoluto sintético dos adjetivos é pela junção do sufixo -íssimo:
 agilíssimo;
 malíssimo;
 originalíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em vogal:
Quando o adjetivo termina em vogal, ocorre a supressão dessa vogal:
 belíssimo;
 fortíssimo;
 tristíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em -io:
Quando os adjetivos terminam em -io, ocorre uma duplicação da consoante i, formando o hiato i-í:
 seriíssimo;
 necessariíssimo;
 precariíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em - vel:
Quando os adjetivos terminam em -vel, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -bilíssimo:
 amabilíssimo;
 notabilíssimo;
 sensibilíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em -z:
Quando os adjetivos terminam em -z, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -císsimo:
 felicíssimo;
 ferocíssimo;
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 velocíssimo;
 …
Adjetivos que terminam em -m:
Quando os adjetivos terminam em -m, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -níssimo:
 comuníssimo;
 joveníssimo;
 boníssimo;
 …
Adjetivos que terminam em -ão:
Quando os adjetivos terminam em -ão, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -aníssimo:
 saníssimo;
 cristianíssimo;
 vaníssimo;
 …
Adjetivos com forma erudita:
Existem diversos adjetivos que apresentam uma forma alatinada erudita de formação do grau superlativo:
 macérrimo;
 paupérrimo;
 celebérrimo;
 nigérrimo;
 …
Observe alguns superlativos sintéticos:
Benéfico – beneficentíssimo Bom – boníssimo ou ótimo Célebre – celebérrimo
Comum – comuníssimo Cruel – crudelíssimo Difícil – dificílimo
Doce – dulcíssimo Fácil – facílimo Fiel – fidelíssimo
Frágil – fragílimo Frio – friíssimo Humilde – humílimo
Jovem – juveníssimo Livre – libérrimo Magnífico – magnificentíssimo
Magro – macérrimo ou magríssimo Manso – mansuetíssimo Mau – péssimo
Necessário - necessariíssimo Nobre – nobilíssimo Pequeno – mínimo
Pobre – paupérrimo ou pobríssimo Precário - precariíssimo Próspero – prospérrimo
Sábio – sapientíssimo Sagrado – sacratíssimo Sério - seriíssimo

Superlativo absoluto
Comparativo de
Adjetivos Superlativo relativo
Superioridade regular irregular

bom melhor o melhor boníssimo ótimo

mau pior o pior malíssimo péssimo

pequeno menor o menor pequeníssimo mínimo

grande maior o maior grandíssimo máximo

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Grau superlativo relativo


No grau superlativo relativo, a caracterização de uma coisa ou ser é feita em relação a um conjunto de outras coisas ou seres,
sendo atribuída uma qualidade em maior ou menor grau. O grau superlativo relativo divide-se em grau superlativo relativo
de superioridade e grau superlativo relativo de inferioridade.
Grau superlativo relativo de superioridade
 Na corrida da escola, meu filho foi o mais rápido.
 Aquela diretora é a mais simpática de todas.
Grau superlativo relativo de inferioridade
 Na corrida da escola, meu filho foi o menos rápido.
 Aquela diretora é a menos simpática de todas.

ATENÇÃO!
Podemos usar o ADJETIVO com valor de SUBSTANTIVO. Para tanto, basta colocar antecedendo de um artigo, ou seja, basta
colocar um artigo antes do adjetivo.
Exemplo:
 "O pouco com Deus é muito".
 "Devemos contemplar o azul do céu".
 "Precisamos conservar o verde" .

Nesses casos: pouco, azul, verde, são adjetivos substantivados.


d) Implica mudança de significado a ANTEPOSIÇÃO ou a POSPOSIÇÃO de alguns adjetivos aos substantivos;
Exemplo:
 Alto funcionário = funcionário de posição elevada
Funcionário Alto = funcionário de alta estatura
 Bela moça = moça de bons princípios
Moça bela = moça bonita
 Bom homem = homem de grandes virtudes
Homem bom = homem bondoso, de bom coração
 grande homem = homem eminente
homem grande = homem alto
 pobre gente = gente infeliz
gente pobre = gente sem recurso
 santo homem = homem puro
homem santo = homem miraculoso
 velho amigo = amigo de há muito
amigo velho = amigo idoso.

O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”

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Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)
“O Diretor é um homem grande.” (= alto)
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)
“Misael é um simples professor.” (= insignificante)
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)
“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)
“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)

Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”
b) “Levante a mão direita.”
c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”

PRONOME
Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do
discurso.
PRONOMES PESSOAIS
Retos Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI) Oblíquos Tônicos antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo

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Os pronomes oblíquos tônicos sempre são acompanhados de uma preposição, em geral as preposições A, PARA, DE e COM.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

mesmo e próprio: usados para reforçar os pronomes pessoais ou para fazer referência a algo expresso anteriormente.

tal e semelhante: usados como equivalentes dos pronomes esse, essa, aquela.

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PRONOMES RELATIVOS
Pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome
citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo

Quando o antecedente for:


 Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais
 Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais
 Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais
 Posse: cujo, cuja, cujos, cujas
 Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas

PRONOMES INTERROGATIVOS
Variáveis Invariáveis
Qual, quais Que
Quanto, quanta Quem
Quantos, quantas

PRONOMES DE TRATAMENTO
Quando estamos em um ambiente de maior prestígio social, no qual estão demarcados os graus hierárquicos mais elevados,
necessitamos de uma linguagem mais elaborada, formal.

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Para melhor trabalharmos com as formas de tratamento, nós temos os pronomes de tratamento. Vejamos quais são:

Classificação dos Pronomes:


1. Pessoal
2. Possessivo
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3. Demonstrativo
4. Relativo
5. Indefinido
6. Interrogativo

1. Palavra que se flexiona em gênero, número e pessoa, cujas funções são: substituir ou acompanhar um substantivo.
Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo
a) O Pronome Pessoal é sempre Substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro)
b) Pode-se dizer que os outros pronomes podem ser Adjetivos e Substantivos:

Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica.
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.

PRONOMES ADJETIVOS PODEM SER: (acompanham o substantivo)


Possessivos
Demonstrativos
Indefinidos
Relativos
Interrogativos

OBS: MORFOSSINTAXE: PRONOMES ADJETIVOS SÃO SEMPRE ADJUNTOS ADNOMINAIS.

Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem


Meus filhos são inteligentes, e os seus?
Nem tudo está perdido.
Aquilo me deixou alegre.

QUADRO DE PRONOMES PESSOAIS


PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Tônicos
Retos Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI)
Antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe Si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo

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É importante saber quem são e para que servem as pessoas do discurso. Pessoas do discurso:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor.
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor.
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.

Pessoais:
Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos
desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.

PRONOMES PESSOAIS
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os
pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para
fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.
PRONOMES RETOS

Pessoas do Pronomes pessoais


discurso retos

1ª pessoa eu

Singular 2ª pessoa tu

3ª pessoa ele/ela

1ª pessoa nós

Plural 2ª pessoa vós

3ª pessoa eles/elas

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Por exemplo:
 Nós compramos flores.
 As vítimas do caso somos nós.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na
rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua

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formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, por meio de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto.
Por exemplo:
 Fizemos boa viagem. (Nós)

PRONOMES OBLÍQUOS
Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão porque marca a pessoa do discurso.
Os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca.
PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI)
me me
te te
se, o, a se, lhe
nos nos
vos vos
Se, os, as se, lhes

Por exemplo:
 Ele me deu um presente.

Observações:
• Por acompanhar diretamente uma preposição (A ou PARA), o pronome lhe exerce, normalmente, a função de objeto
indireto na oração.
• Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
• Os pronomes o, a, os e as atuam normalmente como objetos diretos.

ATENÇÃO:
O, A, OS, AS serão PRONOMES OBLÍQUOS
O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O, A, OS, AS serão ARTIGOS
A é PREPOSIÇÃO

PRONOMES OBLÍQUOS COMO OBJETOS DIRETOS


Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações verbais em vogais
Comprei o carro= Comprei-o
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a
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Cante os hinos= Cante-os


Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as

Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
Por exemplo:
 viram + o menino = viram + o = viram-no
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
 retém + a substância = retém + a = retém-na
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas

Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos:


abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar;
acompanhar; acusar; admirar; adorar;
alegrar; ameaçar; amolar; amparar;
auxiliar; castigar; condenar; conhecer;
conservar; convidar; defender; eleger;
estudar; estimar; humilhar; namorar;
ouvir; praticar; prejudicar; proteger;
respeitar; socorrer; suportar; ver;
visitar;

Objeto indireto
LHE
Complemento Nominal

LHES Adjunto Adnominal

Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns:
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a);
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a);
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de);
acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); pertencer(a);
obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a);
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a)
responder(a) gozar (de); gozar (de); desfrutar(de)
deparar (com); contribuir(para)

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Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes
de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por
vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas).

Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como
mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso
dessas formas nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês?
- Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito
raro.

PRONOMES POSSESSIVOS
Observe o quadro:

NÚMERO PESSOA PRONOME

singular primeira meu(s), minha(s)

singular segunda teu(s), tua(s)

singular terceira seu(s), sua(s)

plural primeira nosso(s), nossa(s)

plural segunda vosso(s), vossa(s)

plural terceira seu(s), sua(s)

Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
Por exemplo: - Não faça isso, minha filha.

b) indicar cálculo aproximado.


Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo.


Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

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PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

No espaço:
• Compro este carro (aqui).
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala, localiza os seres em relação ao emissor.

• Compro esse carro (aí).


O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala, em relação ao
destinatário.

• Compro aquele carro (lá).


O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Exemplos:
• Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular.
(trata-se da universidade destinatária).
• Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens.
(trata-se da universidade que envia a mensagem).

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No tempo:
Este (presente, futuro)
Este ano está sendo bom para nós.
Esta manhã de aulas foi maravilhosa.
Logo mais, esta festa será perfeita.

esse (passado recente ou futuro)


• Esse ano que passou foi razoável.
• Depois de todas as dificuldades, sei que esses dias serão melhores.

aquele (passado remoto ou tempo vago);


• Aquele ano foi terrível para todos.
• Aquele será um dia trágico para o país.

IMPORTANTÍSSIMO
Como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências,
respectivamente, em apostos distributivos
Este refere-se à pessoa mencionada em segundo lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar.
• O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta, calma / ou: esta, calma e aquele, amedrontado);
• Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: aquela era de partido opositor, esta pertencia ao grupo situacionista.

Quando se der a ocorrência de mais de dois elementos, não se usam os demonstrativos (este e aquele).
Deve-se, neste caso, usar os ordinais.
• Aécio, Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: a segunda era de partido contrário aos ideais governistas, a terceira
pertencia ao grupo situacionista, enquanto o primeiro tentava resgatar o prestígio do partido social-democrata.

IMPORTANTE
Uso anafórico, em referência ao que já foi dito ou catafórico ao que será dito:
este (novo enunciado = catafórico)
esse (retoma informação = anafórico);
Os demonstrativos este(s), esta(s) e isto são utilizados no discurso para citar coisas que ainda não foram ditas.
Por exemplo:

• Este é o comunicado: na próxima segunda-feira não haverá expediente.


Deve-se notar que os pronomes este, esta e isto só retomam algo já citado no texto em uma situação muito especial: há
dois ou mais elementos e quer-se referir apenas ao último.
Compare:
Houve uma bonita tabela entre Ganso, Neymar e Borges, mas no fim foi este que fez o gol (deve-se entender que foi Borges
quem fez o gol).

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Quando o rei D. João V faleceu e D. José ocupou o trono, este recorreu a Sebastião José para ser Ministro da Guerra e dos
Negócios Estrangeiros.
Dois antecedentes masculinos. Com ‘ele’ no lugar de ‘este’, à primeira vista poderíamos pensar ter D. João V, e não D. José,
nomeado Sebastião José (o Marquês de Pombal) ministro.
Macpherson dirige sua crítica a Rawls quando este admite serem os princípios éticos da justiça econômica capazes de regular
o mercado.
Pelo demonstrativo, fica claro que Rawls é o sujeito de ‘admite’, não Macpherson.
Se não há essa situação especial, as retomadas no português são normalmente feitas com esse, essa e isso:
Na compra, havia verduras, carnes, peixes e frutas.

Esses alimentos foram os mais apreciados pelos turistas.

O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS


Você só deverá considerar o "O" (o, a, os, as) como pronome demonstrativo se vier antes de pronome relativo ou de
preposição.
Ex: Tudo O QUE ele faz é bom.

O: pronome demonstrativo = Aquilo


que = pronome relativo

O(A) QUE

AQUELE(S) PRONOME RELATIVO


AQUILO
AQUELA(S)
PRONOME DEMONSTRATIVO

Ele trabalhava muito, mas não o fazia com decisão.


O: pronome demonstrativo = isso

Também pode ocorrer similar fenômeno, antes da preposição DE


A de vermelho será a primeira.
A: pronome demonstrativo = Aquela.
de = preposição
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PRONOMES INDEFINIDOS

DICA:
Algum, após o substantivo, a que se refere, assume valor negativo (= nenhum)
 Computador algum resolverá o problema.

Algum, antes do substantivo, assume valor positivo.


 Algum computador resolverá o problema.

QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS


Quando o antecedente for:
 Coisa: que, o qual, a qual, os quais, as quais
 Pessoa: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais
 Lugar: onde, em que, no qual, na qual, nos quais, nas quais
 Posse: cujo, cuja, cujos, cujas (faz concordância com o termo posterior)
 Quantidade: Tudo/ Nada quanto, quanta, quantos, quantas

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Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
o qual / os quais a qual / as quais que
cujo / cujos Cuja / cujas quem
quanto / quanto quanta / quantas onde

EMPREGO DOS PRONOMES RELATIVOS


 O grupo que vai jogar hoje chegou cedo. (que = o qual = o grupo)

OCORRÊNCIA IMPORTANTÍSSIMA
IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO
1. Identifica-se o relativo. Caso exista preposição antes do relativo, isole-a também.
______________________________________
2. Isola a oração introduzida pelo relativo
______________________________________
3. Agora, coloque o termo antecedente no lugar do pronome relativo. Identifique a função sintática desse termo
substituído
________________________________________________________________________________________
4. A função sintática do termo substituído será a função sintática do pronome relativo
______________________________________
 A cantora que acabou de se apresentar é desagradável. (= a qual = a cantora)
 Os grupos que vão jogar hoje chegaram cedo. (= os quais = os grupos)
 As cantoras que se apresentaram eram desagradáveis. (= as quais = as cantoras)

PREPOSIÇÃO ANTES DO PRONOME RELATIVO


1) Aspecto interessante, quanto a esse tópico, diz respeito à regência verbal ou nominal.
2) Se vai ou não haver preposição antes do pronome, ou qual vai ser essa preposição, tudo depende do verbo ou do nome
que está sendo completado pelo pronome.
a) “Editou-se uma lei em que acreditamos, com que simpatizamos e por que lutamos”
(acreditar em, simpatizar com e lutar por);
b) “Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos”
(aspirar a).
3) Nas orações adjetivas cujo pronome relativo não funcione como sujeito, se o verbo ou nome exigir alguma preposição,
coloca-se esta antes do relativo”.
Exs.:
a) "Atualmente, os meios de que dispomos...";
b) "Fui traído pelos amigos em quem mais confiava";
c) "...em relação àquele a quem devia respeito e admiração";
d) "É um monumento de que todos os brasileiros se orgulham"

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Observe (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de).
"Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
 A casa onde (em que) morava foi assaltada.

e) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.


Por exemplo:
 Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

USO DO CUJO
“Cujo" é um pronome relativo, usado para unir orações.
Expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o "possuidor" e o consequente," a coisa possuída".
Observe:
Oração (1): "A mulher é advogada".
Oração (2): "O carro da mulher foi roubado".
"A mulher cujo carro foi roubado é advogada".

TRÊS INFORMAÇÕES IMPORTANTES:


1. "Cujo" é variável, concorda em gênero e número com a coisa possuída:
 "A menina cujos olhos são azuis me fez lembrar um amor do passado”
 "A Rede Globo, cujas novelas lideram com folga a audiência no horário noturno, transmitirá a Copa das Confederações".

2. NÃO se usa artigo depois de "cujo".


 “A loja cuja a dona é gaúcha”
 “A loja cuja dona é gaúcha”.

3. Pode haver PREPOSIÇÃO ANTES de "cujo".


Para tanto, basta que a regência do verbo da segunda oração exija essa preposição:
 "Ele almoça no restaurante de cuja comida ninguém gosta".
O verbo da segunda oração, "gostar", rege a preposição "de": uma pessoa gosta "de" algo ou "de" alguém.
Por isso houve o emprego da preposição "de" antes de "cujo".

PRONOME CUJO ANTEPOSTO POR PREPOSIÇÃO


Junte as duas sentenças, subordinando a segunda à(s) palavra(s) em destaque na primeira. (Atente para a presença de
preposições antes do CUJO e flexões)
Exemplo:
 Machado de Assis é um dos escritores brasileiros mais conhecidos.
 Sempre fazemos referência a seus romances em nossas aulas.
 Machado de Assis, __________ romances sempre fazemos referência em nossas aulas, é um dos escritores brasileiros
mais conhecidos.

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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo.
As orações adjetivas vêm introduzidas por PRONOME RELATIVO e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
Observe o exemplo:
Esta foi uma situação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que o substantivo situação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Esta foi uma situação que fez sucesso.
Oração Principal Or. Subord. Adjetiva
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita
pelo PRONOME RELATIVO QUE.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.

Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas


Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações
subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e
apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oraçãosubordinada adjetiva reduzida de
infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas


Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o.
Nessas orações, não há marcação de pausa(vírgula), sendo chamadas SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS.
Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra
suficientemente definido, as quais denominam-se SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS. Nessas orações, há marcação
de pausa(vírgula).
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.

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Oração Subordinada Adjetiva Restritiva


Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um
homem específico, único.
A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele
momento.
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa


Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração
apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".

Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada
pela vírgula.
É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de
fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.

Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações
restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de
acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que
mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é
preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.

Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.

Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em
Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador,
diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei O que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

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USO DA PALAVRA BASTANTE


• adjetivo
que satisfaz; suficiente
Exs.: há bastante arroz.
a carne não é bastante.

• pronome indefinido
em quantidade indefinida, mas elevada; muito(s)
Exs.: há bastantes exemplos de sua sabedoria
o novo equipamento tem bastantes recursos

• advérbio
em quantidade, grau ou intensidade elevada; muito
Exs.: não estou com fome, almocei bastante.
não é milionário, mas é bastante rico

COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação pronominal faz parte da sintaxe e se encarrega do correto posicionamento dos pronomes oblíquos, que podem
ser postos antes, no meio ou depois do verbo. A esses posicionamentos denominamos, respectivamente, próclise, mesóclise
e ênclise.

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Vejamos as regras de cada um dos casos.

CASOS DE PRÓCLISE
• Depois de palavras ou expressões negativas, caso estas não antecedam sinais de pontuação: não, nunca, nem, nenhum,
jamais, sequer, tampouco, ninguém.
Exemplos:
 Nunca se queixa nem se aborrece.
 Não me contaram a verdade.

 CUIDADO!
 Não. Ajude-me, por favor.

• Depois de pronomes relativos: quem, qual, que, cujo, onde, quanto.


Exemplo:
 São esperanças que morrem, sonhos que se vão.

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• Depois de pronomes indefinidos: alguém, quem, algum, qualquer, ninguém etc.


Exemplo:
 Pouco se fez em favor da família.
 Alguém me disse duras verdades.

• Depois de conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, logo, ainda que etc.
Exemplo:
 Não iria, ainda que me convidassem.
 Quando lhe disseram a verdade, ele desmaiou.

• Depois de advérbios, caso estes não antecedam sinais de pontuação: talvez, ontem, aqui, ali, agora, de vez em quando,
sempre.
Exemplos:
 Aqui se trabalha pela grandeza do Brasil.

Mas:
 Aqui em casa, trabalha-se.
 Agora. Conte-me a verdade.

2. A próclise também
• Em orações optativas (exprimem desejo), interrogativas e exclamativas, com sujeito anteposto ao verbo.
Exemplos:
 A terra lhe seja breve!
 Quem se atreveria a isso?
 Quanto te arriscas com esses procedimentos!

• Com o gerúndio antecedido da preposição “EM” ou de uma palavra atrativa.


Exemplos:
 Em se tratando de concursos, conhecia tudo.
 Não se querendo usar este quarto, usa-se o outro.

Em frases com preposição + infinitivo flexionado (isto é, conjugado)


Ex.:
 A situação levou-os a se posicionarem contra a greve.

Com a palavra AMBOS é situação facultativa


 Ambos me telefonaram hoje.
Com formas verbais proparoxítonas
 Nós lhes obedecíamos sempre.

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Observações:
Depois de pronomes demonstrativos (esta, aquele, aquilo etc.)
Ex.:
 Aquilo lhe fez muito bem ou Aquilo fez-lhe muito bem.
 Isto me pertence ou Isto pertence-me.

• Depois de pronomes retos e de substantivos, pode ser feita a próclise ou a ênclise, indiferentemente.
Exemplos:
 Ele a convidou para a festa.
 Ela convidou-a para a festa.
 Mamãe falou-me de você.
 Mamãe me falou de você.

Com infinitivo não flexionado precedido de preposição ou palavra negativa.


Ex.:
 Vim para te apoiar. (próclise)
 Vim para apoiar-te. (ênclise)

ADMITE-SE SITUAÇÃO FACULTATIVA


• Com infinitivo não flexionado precedido de preposição (para, em , por, sem , de, até, a) ou palavra negativa.
Exs.:
Vim para te apoiar. (próclise)
Vim para apoiar-te. (ênclise)

Meu desejo era não o encontrar.


Meu desejo era não encontrá-lo.

Até se firmar, vai demorar.


Até firmar-se, vai demorar.

CASOS DE MESÓCLISE
• Com o futuro do presente (sem palavra atrativa).
Exemplo:
 Dir-me-á que a redação não é importante.

• Com o futuro do pretérito (sem palavra atrativa).


Exemplo:
 Se fosse possível, contar-vos-ia o que se passou.

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CASOS DE ÊNCLISE
• No início do período: (menos quando o verbo estiver no futuro).
Exemplo:
 Vai-se a primeira pomba despertada.

• Com o gerúndio não antecedido de “EM”.


Exemplo:
 Fugiu da confusão, esgueirando-se entre os presentes.

• Com o imperativo afirmativo.


Exemplo:
 Procure os seus amigos e convide-os.

• Com o infinitivo não flexionado, precedido da preposição a.


Exemplo:
 Todos corriam ao ouvi-lo.

Com verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa


 Assustar-te não era minha intenção.

OS PRONOMES OBLÍQUOS E AS LOCUÇÕES VERBAIS

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OBS: Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, o
pronome oblíquo pode estar também antes do principal (sem hífen)
– Devo lhe esclarecer o ocorrido.
– Estavam me chamando pelo rádio.

Por motivo de eufonia, a tradição gramatical diz que se elimina o S final dos verbos na 1a pessoa do plural seguidos do
pronome NOS:
– Inscrevemos + nos no curso = Inscrevemo-nos no curso.
– Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos jovens.

Em relação aos tempos compostos e às locuções verbais, o pronome oblíquo pode vir:
Enclítico em relação ao verbo principal, se este vier no infinitivo ou no gerúndio, NUNCA se estiver no particípio.
Ex.:
 Eu quero contar-lhe a verdade.

Proclítico ou enclítico em relação ao verbo auxiliar.


Ex.:
 Eu lhe quero contar a verdade.
 Eu quero-lhe contar a verdade.

Mesoclítico, se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.


Ex.:
 Ter-lhe-ia contado a verdade, se a soubesse.

Locuções formadas com INFINITIVO:


 Vou trazer-lhe o livro.
 Vou lhe trazer o livro. (forma coloquial)
 Não lhe vou trazer o livro.
 Não vou trazer-lhe o livro.

− Locuções formadas com GERÚNDIO:


 Ele estava orientando-me.
 Ele estava me orientando. (forma coloquial)

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 Ele não me estava orientando.


 Ele não estava orientando-me.

− Locuções formadas entre com PARTICÍPIO:


 Ele tinha-me agradado.
 Ele tinha me agradado.
 Ele não me tinha agradado.

Lembrete: Não use:


– Pronome oblíquo no início de frase.
– Pronome enclítico ao particípio.
– Pronome enclítico a um dos futuros do indicativo.
– Pronome enclítico quando houver fator de próclise.

Logo, evite frases como as seguintes:


– Me mantive sentado.
– Tinha sentado-se.
– Manterei-me sentada.
– Jamais tinha-se revoltado com os problemas.

EMPREGO DOS PRONOMES


o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou de verbo no gerúndio, junto aos verbos
mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as chorando);

PRONOME OBLÍQUO COMO SUJEITO DO INFINITIVO


Mandar
Deixar
Fazer pronome oblíquo + ou + verbo no infinitivo
Ver
substantivo
Ouvir
sentir

2. você hoje é usado no lugar das 2ª pessoas (tu/vós), levando o verbo e pronomes para a 3ª pessoa.
3. quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos;

4. eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é
para eu fazer ≠ para mim fazer);
Vejamos as particularidades dos oblíquos tônicos:
Mim
– Nunca houve nada entre mim e ti.
- Trouxe lembrancinhas para mim e ti
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Se estivesse assim: “Nunca houve nada entre eu e você.”, estaria ERRADO.


O eu só poderia vir após a preposição se fosse sujeito de um verbo: “Entre eu viajar e tu viajares, viajo eu!”.
Com estrutura de reciprocidade, com a preposição entre, podemos usar mim, ti, nós, vós, ele(a/s) e quaisquer pronomes de
tratamento.
Entre mim e ti nunca houve problemas mais graves.
Observe ainda:
– Sempre foi muito difícil para mim entender Matemática. (correta)

Adjetivo

Releia e responda: Entender Matemática sempre foi muito difícil para mim/para eu?
– Comprei vários livros para mim aprender Matemática. (errado)

 Dica:
se for possível apagar ou deslocar a expressão para mim, isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do verbo no
infinitivo.
Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem problemas diante do verbo. Veja como ficaria:

1) Sempre foi muito difícil ( ) entender Matemática.


ou
2) Para mim sempre foi muito difícil entender Matemática.
Agora tente aplicar essas dicas à frase “Comprei vários livros para mim aprender Matemática.”. Nessa frase o mim conjuga
verbo e tem função de sujeito, portanto seu uso está inadequado, consertemos:
Comprei vários livros para EU aprender Matemática.
5. pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e podem funcionar como objeto
direto (Estava só ele no banco / Encontramos todos eles);
6. me, te, se, nos, vos - podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor reflexivo e recíproco;
7. si e consigo - têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa;
Fábia só fala de si mesma, levando consigo todo o crédito.
8. conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem com modificadores
(todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração adjetiva);
9. os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, este último com
tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor Jesus);
10. não se podem contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi
as bolsas dele bem aqui);
11. os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro = Levaram meu dinheiro/ Pesavam-lhe os
olhos = Pesavam os seus olhos). Sintaticamente, tais oblíquos serão adjuntos adnominais
12. alguns pronomes átonos são partes integrantes de verbos pronominais como suicidar-se, apiedar-se, condoer-se, queixar-
se, vangloriar-se;
13. podem-se usar alguns pronomes oblíquos como expressão expletiva, portanto pode-se retirar ou ser conservado sem
mudança para o sentido da frase (Não me venha com essa = correta) ou (Não me venha com essa = correta).

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 POSSESSIVO
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto
possuído.

Por exemplo:
 Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
1. Normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir depois do substantivo que determina. Neste
último caso, pode até alterar o sentido da frase, seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso
do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?);
2. Pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos), posse figurada (Minha terra tem palmeiras), valor de
indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!);
3. Nas expressões do tipo ― Seu João, seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.

PREPOSIÇÃO
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
(regente - regido).
Divide-se em:
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.
• Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com),
consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).
 (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem)
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos
pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a
fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar
de, devido a.

Emprego das Preposições


1. Combinação: a preposição une-se a outra palavra sem perda fonética (ao/aos).
2. Contração: a preposição junta-se a outra palavra com perda fonética (em junta-se com aquela e forma-se naquela)
3. Não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (“Está na hora de ele falar” e não “Está na hora (dele) falar”)
4. A preposição após, acidentalmente, pode funcionar como advérbio (=atrás) (Terminada a festa, saíram logo após.)
5. Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por trás de).

Noções estabelecidas pelas preposições


Isoladamente, as preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e
lugar.
Nas frases, exprimem diversas relações:
• Autoria: música de Caetano
• Lugar: cair sobre o telhado / estar sob a mesa
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• Tempo: nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora / viajei durante as férias


• Modo ou conformidade: chegar aos gritos / votar em branco
• Causa: tremer de frio / preso por vadiagem
• Assunto: falar sobre política
• Fim ou finalidade: vir em socorro / vir para ficar
• Instrumento: escrever a lápis / ferir- se com a faca
• Companhia: sair com amigos
• Meio: voltar a cavalo / viajar de ônibus
• Matéria: anel de prata / pão com farinha
• Posse: carro de João
• Oposição: Flamengo contra Fluminense
• Conteúdo: copo de (com) vinho
• Preço: vender a (por) R$ 300,00
• Origem: descender de família humilde
• Especialidade: formou-se em Medicina
• Destino ou direção: ir a Roma / olhe para frente

VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES


Valor Relacional: Liga palavras e orações.
 Gosto de você. /Ela tem certeza de que a vida é bela.

Valor Nocional: Tem sentido de circunstância:


 Venho do cinema. (lugar)
 Morreu de tédio. (causa)
 Porta de madeira. (matéria)
 Cadeira de balanço. (finalidade)
 João foi a São Paulo. (destino, direção)
 João veio de São Paulo (procedência)
 Maria saiu a sua mãe. (semelhança)
 Fui ao cinema com Paula. (companhia)
 Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)
 Voltaremos a qualquer momento. (tempo)
 Compras só em dinheiro. (condição)

 ADVÉRBIO
Palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Denota em si mesma uma circunstância que determina sua classificação:

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TIPOS DE ADVÉRBIOS
• lugar – longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures, abaixo, adiante, embaixo, detrás, ...
• tempo – breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda, mais (em frases negativas),afinal, antes, ontem, logo,
anteontem, ...
• modo – bem, mal, melhor, pior, devagar, assim, depressa, alerta, debalde, à vontade, a maioria dos advérbios com sufixo –
mente
• negação – não, qual nada, tampouco, absolutamente, de forma alguma, de modo nenhum, ...
• dúvida – quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente...
• intensidade – muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão, nada, tanto, quase, sobremaneira....
• afirmação – sim, certamente, deveras, com efeito, mesmo, decerto, sem dúvida, na realidade, ...

Obs: Os advérbios já e mais em mesmo contexto frasal tem caráter redundante.


Ex: Já não se fala mais nesse assunto. (deve ser feita opção por um deles)

ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: demasiadamente, extremamente, suficientemente, excessivamente, completamente,


totalmente, relativamente, profundamente, razoavelmente, estupidamente

ADVÉRBIO DE DÚVIDA: possivelmente, aparentemente, supostamente, provavelmente, casualmente.

ADVÉRBIOS DE AFIRMAÇÃO: certamente, efetivamente, seguramente, realmente, positivamente, indubitavelmente,


verdadeiramente, fatalmente, incontestavelmente, indiscutivelmente, seguramente.

ADVÉRBIOS DE TEMPO: Primeiramente, antigamente, finalmente, brevemente, constantemente, imediatamente,


primeiramente, tardiamente, provisoriamente, sucessivamente, momentaneamente, recentemente, bimestralmente,
atualmente, provisoriamente, concomitantemente, esporadicamente, oportunamente, normalmente, temporariamente,
transitoriamente, semanalmente,

ADVÉRBIO DE MODO: deliberadamente, bondosamente, generosamente, cuidadosamente, paulatinamente, gradualmente,


igualmente, especialmente.

ADVÉRBIOS DE LUGAR: externamente, internamente, interiormente, proximamente, lateralmente,


Palavras que propõem afirmação, negação, exclusão, inclusão, avaliação, designação, explicação, retificação não exprimem
circunstâncias e, por isso, não são advérbios e sim palavras denotativas.
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificação variável) e quando (de tempo), usadas
em frases interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas como advérbios interrogativos (queria saber onde todos
dormirão / quando se realizou o concurso).
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo – à direita, à frente, à vontade, de cor, em
vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, em mão (em vez
de “em mãos”), em domicílio, de perto, um dia, de vez em quando.
São classificadas, também, em função da circunstância que expressam.
Atenção: Acrescentam-se aos sete tipos de advérbios propostos no quadro anterior e na NGB outras circunstâncias: assunto,
causa, companhia, instrumento e condição.

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Grau do Advérbio
Apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar variações de grau comparativo ou
superlativo.

Comparativo:
a) igualdade – tão+ advérbio+ quanto
b) superioridade – mais+ advérbio+ (do) que
c) inferioridade – menos+ advérbio+ (do) que

Superlativo:
a) sintético – advérbio + sufixo (-íssimo)
b) analítico – muito + advérbio
Atenção: bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior.
As formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu).
Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (advérbio) ou a mais bom / mau (adjetivo).

Emprego do Advérbio
1. Três advérbios-pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos por em
algum, em outro e em nenhum lugar.
2. Na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor superlativo absoluto
sintético (cedinho/pertinho), nesse caso, há uma interferência semântica que não influi na classe gramatical. A repetição de
um mesmo advérbio também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo).
3. Quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou rápida
e pausadamente).
4. muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável ou pronome indefinido [variável – determina substantivo]).
5. Otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente.
6. Adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).

PALAVRAS DENOTATIVAS
Série de palavras que se assemelham ao advérbio.
A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais.
Classificam-se em função da ideia que expressam:
• Adição: ainda, além disso. (Comeu tudo e ainda queria mais):
• Afastamento: embora (Foi embora daqui).
• Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano).
• Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de. (É quase 1h a pé).
• Designação: eis (Eis nosso carro novo).
• Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas. (Todos saíram, menos ela /
Não me descontou sequer um real).
• Explicação: isto é, por exemplo, a saber. (Li vários livros, a saber, os clássicos).
• Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive. (Eu também vou / Falta tudo, até água).
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• Limitação: só, somente, unicamente, apenas. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa).
• Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque. (E você lá sabe essa questão?).
• Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. (Somos três, ou melhor, quatro).
• Situação: então, mas, se, agora, afinal. (Afinal, quem perguntaria a ele?).

DICAS PARA ENCONTRAR O ADVÉRBIO / A LOCUÇÃO ADVERBIAL E O ADJUNTO ADVERBIAL


• Verbo Intransitivo: pode vir advérbio com qualquer verbo, mas principalmente eles aparecem sozinhos com verbos
intransitivos.
• Circunstâncias: Sempre se referem ao verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio, embora, às vezes, estejam distantes dessas
classes gramaticais.
• Lembre-se de que: O objeto indireto só aceita as perguntas: quê? e quem? com a preposição da frase.
• Classe gramatical: advérbio ocorre quando há uma só palavra.
• Locução adverbial: ocorre quando há mais de uma palavra.
• Função sintática: para cada advérbio ou locução adverbial a função sintática é o adjunto adverbial.
Ex.:
 Vou cedo, à noite (Quando? A que horas? Cedo é advérbio de tempo, à noite é locução adverbial de tempo, cedo e à noite
são adjuntos adverbiais de tempo).
 Vou de táxi (De que modo? Com que meio? Como? de táxi é locução adverbial de modo ou meio, de táxi é adjunto
adverbial de modo ou de meio).
 Vou à festa (A que lugar? Aonde? à festa é locução adverbial de lugar, à festa é adjunto adverbial de lugar).

Circunstâncias:
• AFIRMAÇÃO - sim, deveras, certamente
• DÚVIDA - talvez, quis, porventura.
• EXCLUSÃO - só, somente, apenas.
• INTENSIDADE - muito, pouco, mais, menos, bem, mal, etc.
• LUGAR - aqui, ali, acolá, além, aquém, cá, lá, fora, etc.
• MODO - bem, mal, assim, etc.
• NEGAÇÃO - não.
• TEMPO - hoje, ontem, amanhã, cedo, tarde, logo, nunca, jamais, etc.
• INTERROGATIVO - como? quando? onde?
INTERJEIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO

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VERBO
1. Tipos de verbos
2. Flexões verbais
3. Tempos
4. Vozes
5. Verbos notáveis
6. Infinitivo pessoal ou impessoal?
Sabe-se que uma palavra é verbo quando essa palavra, de modo geral, pode ser antecedida de pronome reto.
Nesse caso, o verbo é uma palavra que obrigatoriamente tem: número, pessoa, tempo, modo e voz.

Observe o exemplo:
 Eu canto.

Em função dos elementos, identificam-se os itens abaixo:


Em CANTO temos:
1. NÚMERO: singular.
2. PESSOA: 1ª.
3. TEMPO: presente.
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4. MODO: indicativo.
5. VOZ: ativa.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
1) Os da primeira conjugação terminam em -Ar: cantar.
2) Os da segunda conjugação terminam em -Er: bater.
3) Os da terceira conjugação terminam em -Ir: partir.

Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:


A (1ªconjugação),
E (2ªconjugação),
I (3ª conjugação).

Observações:
– O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo da segunda conjugação.
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os
diversos acidentes gramaticais.

ELEMENTOS MÓRFICOS
Radical V.T. Desinências
cant- -a -r
Cant- ᶲ -o
bat- -e -r
Bat- -i -a -s
part- -i -r
Part- -i - mos

Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal
indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence.

Tipos de verbos
Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se
criar três paradigmas verbais.
De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
1. Regulares - seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
2. Irregulares - não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no
radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão);
Atenção:
Entre os irregulares, destacam-se os verbos anômalos que apresentam profundas irregularidades.

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São os mais clássicos exemplos os verbos ser e ir como anômalos. Outros autores incluem também o verbo pôr, estar, haver,
ter e vir.

ALGUNS VERBOS QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL:


OBSERVAR:
VERBO SER E VERBO IR TÊM A MESMA FORMA
SER=IR
 Pretérito perfeito  Pret. mais-que-perfeito  Pretérito imperfeito
eu fui eu fora se eu fosse
tu foste tu foras se tu fosses
ele/ela foi ele/ela fora se ele/ela fosse

 Futuro do subjuntivo
Quando/se eu for
Quando/se tu foress
Quando/se ele/ela for

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VERBO TER:
OBSERVAR SOBRETUDO OS DERIVADOS
 Presente Indicativo  Presente Indicativo  Pret. mais-que-perfeito
tu tens tu manténs Eu mantivera
ele/ela tem ele/ela mantém Tu mantiveras
eles/elas têm eles/elas mantêm Ele mantivera
 Pretérito imperfeito subjuntivo  Futuro subjuntivo
se eu mantivesse Quando/se eu mantiver
se tu mantivesses Quando/se tu mantiveres
se ele/ela mantivesse Quando/se ele/ela mantiver

VERBO PÔR
OBSERVAR SOBRETUDO OS DERIVADOS
 Pretérito imperfeito subjuntivo  Futuro subjuntivo
se eu pusesse Quando/se eu puser
se tu pusesses Quando/se tu puseres
se ele/ela pusesse Quando/se ele/ela puser

VERBO VER
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES
Presente Indicativo  Pretérito Perfeito  Pretérito Imperfeito subjuntivo
eu vejo EU VI SE EU VISSE
tu vês tu viste se tu visses
ELE/ELA VÊ ele viu se ele visse
nós vemos NÓS VIMOS
vós vedes vós vistes
ELES/ELAS VEEM eles viram
 Futuro Subjuntivo
QUANDO EU VIR
quando tu vires
quando ele vir
quando nós virmos
quando vós virdes
quando eles virem

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VERBO VIR
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES
 Presente Indicativo  Pretérito perfeito INTERVIR  Pretérito perfeito PROVIR
eu venho eu interviM eu proviM
tu vens tu intervieste tu provieste
ele VEM ele/ela intervEIO ele/ela provEIO
nós VIMOS nós interviemos nós proviemos

vós vindes
eles VÊM
 Pretérito imperfeito  Futuro
se eu viesse Quando/se eu vier
se tu viesses Quando/se tu vieres
se ele/ela viesse Quando/se ele/ela vier
se nós viéssemos

VERBO PODER E SEUS DERIVADOS


 Presente  Pretérito perfeito
eu posso eu pude
tu podes tu pudeste
ele/ela PODE ele/ela PÔDE
nós podemos nós pudemos
vós podeis vós pudestes
eles/elas podem

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Atenção: As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós).

VERBO IR

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1. VERBO TER:
Atenção: Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.

USO DO VERBO SER NA VOZ PASSIVA


Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta da ação expressa pelo verbo.
Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.

Obs.: Somente verbos transitivos diretos podem ser usados na voz passiva.

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FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA


A voz passiva, mais frequentemente, é formada:

Voz Ativa:
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para
voz passiva. Veja:
As mulheres julgam os homens insensíveis
Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto

Voz Passiva Analítica:


Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres
Sujeito V.T.D. Predicativo do sujeito Agente da Passiva

O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando
passamos a oração para a voz passiva.

Praticando:
VERBO SER:

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MODO INDICATIVO
Presente do Indicativo
VOZ ATIVA: O professor elogia o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor

Pretérito Perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiou o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor

Pretérito Imperfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiava o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor

Pretérito mais-que-perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiara o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor

Futuro do Presente
VOZ ATIVA: O professor elogiará o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor

Futuro do Pretérito
VOZ ATIVA: O professor elogiaria o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor

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MODO SUBJUNTIVO
Presente do Subjuntivo
VOZ ATIVA: Eu espero que o professor elogie o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Eu espero que o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor

Pretérito Imperfeito do subjuntivo


VOZ ATIVA: Eu esperaria que o professor elogiasse o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Se o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor...

Futuro do subjuntivo
VOZ ATIVA: Tudo dará certo quando o professor elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Quando o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor...

OUTRAS FORMAS – Locuções Verbais


VOZ ATIVA: O professor vai elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado _____________ elogiado pelo professor
VOZ ATIVA: O professor está elogiando o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado _______________ elogiado pelo professor
VOZ ATIVA: O professor tinha elogiado o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado _________________ elogiado pelo professor
Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir a
passiva analítica com outros verbos auxiliares.
Ex.:
 A aldeia estava isolada pelas águas.

VOZ PASSIVA COM TEMPOS COMPOSTOS


Voluntários de todo o mundo têm feito esforços para minimizar os danos da guerra.
Esforços ____________________ por voluntários de todo o mundo para minimizar os danos da guerra.

4. Enquanto nos tempos compostos o particípio passado é invariável, na voz passiva analítica ele concorda em gênero e
número com o sujeito:
Ex:
 O engenheiro havia planejado a ideia
 A ideia havia sido planejadA pelo engenheiros
 Jornalistas têm alcançadO diversos setores da sociedade
 Diversos setores da sociedade têm sido alcançadOS por jornalistas.

OBS: O verbo HAVER é sempre TRANSITIVO DIRETO, mas NÃO aceita VOZ PASSIVA.
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de

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Por exemplo:
 A casa ficou cercada de soldados.
Particípio: guiado.

2. VERBO PÔR
Atenção: Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor,
descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor,
supor, transpor são alguns deles.

VERBOS DERIVADOS DE PÔR


O verbo pôr não tem Z em nenhum de seus tempos. Não se escreve, portanto, “puz”, “puzesse”, etc. Todos os fonemas /z/
são gramaticalmente representados por S.

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• Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem.


• Infinitivo Impessoal: pôr.
• Gerúndio: pondo.
• Particípio: posto.

DEPOR
• Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem.
• Pretérito Perfeito: depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram.
• Pretérito Imperfeito: depunha, depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham.
• Futuro do Presente: deporei, deporás, deporá, deporemos, deporeis, deporão.
• Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos, deporíeis, deporiam.
• Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais, deponham.
• Subjuntivo Imperfeito: depusesse, depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis, depusessem.
• Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes, depuserem.
• Gerúndio: depondo.
• Particípio: deposto.
• Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor, depormos, depordes, deporem.
• Infinitivo Impessoal: depor.

VERBO VER
Por este, conjugam-se os compostos: antever, entrever, prever, rever, mas não prover.
Também não se conjuga pelo modelo de ver, o verbo precaver, que dele não é derivado.

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VERBOS DERIVADOS DE VER


ANTEVER
• Indicativo Presente: antevejo, antevês, antevê, antevemos, antevedes, anteveem.
• Pretérito Perfeito: antevi, anteviste, anteviu, antevimos, antevistes, anteviram.
• Pretérito Imperfeito: antevia, antevias, antevia, antevíamos, antevíeis, anteviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: antevira, anteviras, antevira, antevíramos, antevíreis, anteviram.
• Futuro do Presente: anteverei, anteverás, anteverá, anteveremos, antevereis, anteverão.
• Futuro do Pretérito: anteveria, anteverias, anteveria, anteveríamos, anteveríeis, anteveriam.
• Subjuntivo Presente: anteveja, antevejas, anteveja, antevejamos, antevejais, antevejam.
• Imperfeito do Subjuntivo: antevisse, antevisses, antevisse, antevíssemos, antevísseis, antevissem.
• Futuro do Subjuntivo: antevir, antevires, antevir, antevirmos, antevirdes, antevirem.
• Gerúndio: antevendo.
• Particípio: antevisto.
• Infinitivo Impessoal: antever.
• Infinitivo Pessoal: antever, anteveres, antever, antevermos, anteverdes, anteverem.

Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no
imperfeito do subjuntivo e no particípio. O E da sílaba ver é sempre fechado. Por ele se conjuga desprover. Não confundir
com provir.
• Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem.
• Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.
• Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.
• Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão.
• Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.
• Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam.
• Subjuntivo Imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem.
• subjuntivo Futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
• Gerúndio: provendo.
• Particípio: provido.

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• Infinitivo Impessoal: prover.


• Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.

VERBO VIR

CUIDADO!
VERBOS TER E VIR
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus
derivados (deter, conter, manter, reter, advir, convir, intervir). Veja:
Ele tem Eles têm
Ele retém Eles retêm
Ela vem Elas vêm
Ele intervém Eles intervêm

VERBOS DERIVADOS DE VIR


As pessoas menos cultas manifestam a tendência para dizer viemos em vez de vimos, na primeira pessoa do plural do
indicativo presente. Observe-se que o gerúndio e o particípio são iguais (vindo).
Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se.
Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos.

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3. VERBO HAVER

OBS: Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v.
Não há presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo.

REAVER (Defectivo)
• Indicativo Presente: (não possui todas as pessoas) reavemos, reaveis.
• Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.
• Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram.
• Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão.
• Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam.
• Presente do subjuntivo: (não há formais para esse tempo)
• Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem.
• Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem.
• Gerúndio: reavendo.
• Particípio: reavido.
• Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem.
• Infinitivo Impessoal: reaver.

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4. VERBO PODER

Verbos dicendi – os verbos que antecedem uma declaração, uma pergunta, é um verbo declarativo, como:
Aconselhar afirmar, anuir bradar,
Concordar contestar declarar determinar,
Dizer exclamar, indagar, interrogar
gritar, mandar, negar, objetar,
ordenar pedir perguntar, solicitar

Verbo vicário é o que fica no lugar de outro, que substitui um verbo para ele não se repetir. Isto é possível porque, em
determinado contexto, o verbo vicário é sinônimo daquele do qual faz as vezes. Os que mais se empregam com essa
finalidade são fazer e ser:
 “Renato vinha muito aqui, mas há meses que não o faz” (o faz = vem aqui)
 “Ela não canta mais como fazia antigamente” (fazia = cantava)
 “O concerto realizou-se, mas não foi como se esperava” (foi = realizou-se)

FLEXÕES VERBAIS
1. número – singular ou plural;
2. pessoa gramatical – 1ª, 2ª ou 3ª;
3. tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro);
Atenção: o modo imperativo só tem um tempo, o presente.
4. voz – ativa, passiva e reflexiva;

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5. modo:
• indicativo (certeza de um fato ou estado),
• subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado)
• imperativo (expressa ordem, advertência, súplica ou pedido).

Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de
maneira vaga, imprecisa, impessoal.
1º) Infinitivo: plantaR, vendeR, feriR.
2º) Gerúndio: plantaNDO, vendeNDO, feriNDO.
3º) Particípio: plantaDO, vendiDO, feriDO.

 Atenção:
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal.
• Infinitivo tem valor e forma do substantivo: o andar.
• o particípio tem valor e forma de adjetivo: tempo perdido
• enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime: água fervendo

TEMPOS VERBAIS
Valor semântico dos tempos verbais:
1. presente do indicativo – indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
2. pretérito perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
3. pretérito imperfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era
uma ação costumeira no passado;
4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
5. futuro do presente do indicativo – indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
6. futuro do pretérito do indicativo – indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um
momento passado;
7. presente do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala;
8. pretérito imperfeito do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não
concluída no passado;
9. futuro do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;

CORRELAÇÃO VERBAL
Ocorre pela articulação temporal entre duas formas verbais. Ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar
estabelecem uma relação, uma correspondência, ajustando-se, convenientemente, um ao outro.
Exemplo:
 Se eu tivesse filhos, faria uma casa maior.
- “Tivesse” indica hipótese.
- “Faria” expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da realização ou não, do fato contido em tivesse.

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Se no lugar da forma verbal ― faria – empregássemos a forma ― fazia, teríamos uma correlação verbal inadequada.
Veja exemplo de correlação inadequada:
 Se eu tivesse filhos, fazia uma casa maior.
Tivesse: tempo que indica hipótese.
“Fazia” passa uma ideia de processo não concluído.
Indica o que no passado era frequente ou contínuo.

Mais exemplos:
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pres. subj.
 Peço-lhe que não me diga não.
• 1.ºverbo: pret. perf. ind. – 2.º verbo: pret. imperf. subj.
 Pedi-lhe que não me dissesse não.
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pret. perf. comp. subj.
 Espero que você tenha feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: pret. imper. ind. – 2.º verbo: mais-que-perf. comp. subj.
 Queria que ele tivesse feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: fut. subj. – 2.º verbo: fut. pres. ind.
 Se você me trouxer o vinho, eu o degustarei.
• 1.º verbo: pret. imperf. subj. – 2.º verbo: fut. pret. ind.
 Se você me trouxesse o vinho, eu o degustaria.

• 1.º verbo: pret. mais-que-perf. comp. subj. 2.º verbo: futuro do pret. simp. ou comp. ind.
 Se o jogador tivesse se empenhado, teríamos, hoje, um outro campeão.
• 1.º verbo: fut. Subj. - 2.º verbo: fut. pres. comp. ind.
 Quando chegarmos ao estádio, o jogador já terá saído.

A CORRELAÇÃO VERBAL ESTABELECE O PARALELISMO SINTÁTICO E SEMÂNTICO


Termos e orações com funções iguais ganham estruturas iguais: se o verbo pede dois objetos diretos, há dois caminhos, um
deles é dar-lhes a forma de nome e o outro, de oração:
 Ele negou interesse na reeleição e que o governo esteja sem rumo. (ORAÇÃO)
 Ele negou interesse na reeleição e a falta de rumo do governo. (NOME)
As estruturas anteriores apresentam erros que podem ser corrigidos assim:
• Estrutura nominal: Ele negou interesse na reeleição e falta de rumo do governo.
• Estrutura oracional: Ele negou que tivesse interesse na reeleição e que o governo estivesse sem rumo.

Outros exemplos:
• Está paralelo o período:
 Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e manter a garantia do emprego.
 Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e a manutenção da garantia do emprego.

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OBSERVAR:
Atenção: Todos os verbos terminados em EAR são irregulares.
Os verbos terminados em IAR são regulares, exceto: mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar e odiar.

VERBOS DO MARIO
M – medIAR
A – ansIAR
R – remedIAR
I – incendIAR, intermedIAR
O – odIAR

EAR: Verbo passear (presente do indicativo)


Eu passeio
Tu passeias
Ele passeia
Nós passeamos
Vós passeais
Eles passeiam

Outros exemplos:
VERBOS TERMINADOS EM –EAR
Arrear, frear, pentear, grampear, passear, rodear, cear, nortear, folhear,...
(arreio, freio, penteio, grampeio, passeio, rodear, ceio, norteio, folheio)

Verbo intermediar (presente do indicativo)


Eu intermedeio
Tu intermedeias
Ele intermedeia
Nós intermediamos
Vós intermediais
Eles intermedeiam

Verbo criar
Eu crio
Tu crias
Ele cria
Nós criamos
Vós criais
Eles criam
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Outros exemplos:
VERBOS REGULARES EM –IAR
Arriar, adiar, afiar, agenciar, criar, comerciar, desfiar, diligenciar, premiar, sentenciar,...
(arrio, adio, afio, agencio, crio, comercio, desfio, diligencio, premio, sentencio)

NOMEAR
• Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam.
• Pretérito Imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam.
• Pretérito Perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam.
• Subjuntivo Presente: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem.
• Imperativo Afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem, etc.
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear,
recrear, estrear, etc.

COPIAR
• Indicativo Presente: copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam.
• Pretérito Perfeito: copiei, copiaste, copiou, etc.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: copiara, copiaras, etc.
• Subjuntivo Presente: copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem.
• Imperativo Afirmativo: copia, copie, copiemos, copiai, copiem,.

ODIAR
• Indicativo Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.
• Pretérito Imperfeito: odiava, odiavas, odiava, etc.
• Pretérito Perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram.
• Subjuntivo Presente: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem.
• Imperativo Afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


 ESTUDOS DE CONCORDÂNCIA VERBAL
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo e
outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes principais desse processo são representados pelo sujeito, que
no caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
Dessa forma, temos que a concordância verbal se caracteriza pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e
pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos:
Veja:
Os procedimentos e as instruções retratam a forma como são desenvolvidos os produtos e a atividade da empresa.
Observe que os verbos retratar e ser estão no plural; concordando com os sujeitos.

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Temos que o verbo se apresenta na terceira pessoa do plural, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso (Os
procedimentos e instruções) bem como a forma verbal são desenvolvidos concorda com os produtos e a atividade da
empresa.
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico.
Dessa forma, vejamos:

CASOS REFERENTES A SUJEITO SIMPLES


1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa:
 O aluno chegou atrasado.
Quando a frase está na ORDEM INDIRETA, é comum cometer-se o erro de não concordar o sujeito com o verbo. Isso ocorre
porque, em tal circunstância, o sujeito é confundido com o complemento verbal.
Veja:
 ERRADO: ____________ os documentos que esperávamos. (verbo CHEGAR)
 CORRETO: ____________ os documentos que esperávamos.
Com alguns verbos, como

Existir
Ocorrer,
Faltar,
Restar,
Surgir,
Acontecer,
Bastar,
Chegar,
Sobrar,

__________ produtos que estavam fora das especificações. (HAVER)


PORÉM:
_________ produtos que estavam fora das especificações. (EXISTIR)
Verbo HAVER (IMPESSOAL) sinônimo de EXISTIR.
Com o VERBO HAVER SUJEITO INEXISTENTE
JÁ, o verbo EXISTIR concorda com o termo SUJEITO, normalmente após verbo EXISTIR.

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São verbos impessoais:


HAVER
Sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do singular, quando significa:

• Existir:
 Sofria sem que houvesse motivos.
 Há plantas carnívoras.
 Havia rosas em todo o canto.

• Acontecer, Suceder:
 Houve casos difíceis.
 Não haja desavenças entre vós.

• Decorrer, Fazer:
 Há meses que não o vejo.
 Haverá nove dias que ele nos visitou.
 Havia já duas semanas que não trabalhava.

• Realizar-se:
 Houve festas e jogos.
Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução, os quais, por isso,
permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:
 Vai haver eleições e não “Vão haver”

Locução verbal
Deve haver homens na sala e não “Devem haver...”.
OBS.: Não se pode, no entanto, dizer que o verbo “haver” nunca vai para o plural, pois isso não é verdade. Ele pode, por
exemplo, ser um verbo auxiliar (sinônimo de “ter” nos tempos compostos), situação em que pode ir para o plural. Assim:
 Eles haviam chegado cedo.
 Eles tinham chegado cedo

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OBS.:
Atenção:
Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível colocá-los no plural.
Por Exemplo:
 Faz muitos anos que nos conhecemos.
 Deve fazer dias quentes na Bahia.

VERBO FAZER
Conjugação do verbo FAZER (indicando tempo):
IMPESSOAL: sempre na 3ª pessoa do singular
(A leitura com as duas frases serve para todas as formas)
Faz
Fazia
Fez + um ano de sua partida
Fizera
Fará
Faria

Espero que faça


Se fizesse
Quando fizer
Deve fazer, + dois anos de sua partida
Vai fazer,
Pode fazer,
Acabou de fazer

O verbo FAZER indicando tempo decorrido fica sempre no singular, portanto impessoal.
_____________ ( Faz – Fazem) muito tempo que trabalho naquela empresa.
_____________ ( Faz – Fazem) quatro anos que ele foi admitido.
_____________ ( Vai fazer – Vão fazer) quatro anos que ele foi admitido.

 NÃO ESQUECER
MESMO AS LOCUÇÕES VERBAIS com os verbos haver (sentido de existir, fazer) e fazer (indicando tempo decorrido) são
impessoais, mantêm-se no singular.

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VERBO IMPESSOAL: formas sempre na 3ª pessoa do singular (A leitura com as duas frases serve para todas as formas)

Faz
Fazia
Fez + um ano de sua partida
Fizera
Fará
Faria

Espero que faça


Se fizesse
Quando fizer
Deve fazer + dois anos de sua partida
Vai fazer
Pode fazer
Acabou de fazer

O VERBO E A PALAVRA "SE"


Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal:
a) quando é partícula apassivadora
b) quando é partícula de indeterminação do sujeito

Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula SE podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito

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Veja:

Exemplos:
Em certas cidades, ainda vendem terrenos baratinhos.

 Em certas cidades, ainda se vendem terrenos baratinhos.

 A cada ano, renovam os ideais de vida.

 A cada ano, renovam-se os ideais de vida.

 Naquela lojinha, plastificam documentos.

 Naquela lojinha, plastificam-se documentos.

 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas.

a) Aprovou-se o novo candidato.


Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito.
Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
 O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
 Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito

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b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome SE:


O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre
com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo
obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:
 Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
 Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
O verbo fica no singular se o sujeito for coletivo não especificado.

A multidão ___________ (defende, defendem) seus direitos.

A multidão de alunos defende / defendem seus direitos.

No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo, via de regra, permanecerá na terceira pessoa
do singular ou, segundo alguns gramáticos, poderá concordar com o antecedente desse pronome:

 Fomos nós quem contou toda a verdade para ela.


 Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede
essa palavra:

 Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões.


 Em casa sou eu que decido tudo.

CONCORDÂNCIA VERBAL – CASOS ESPECIAIS


Expressões partitivas – A formação se dá pelo sujeito constituído por uma expressão que denota “parte de algo” (a metade
de, a maior parte de, grande parte de, a maioria de), seguida de um substantivo ou pronome no plural:
O verbo poderá ser grafado tanto no singular quanto no plural.

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Ex:
 A maior parte dos funcionários aprovou/aprovaram a decisão.

A expressão mais de um associada a verbos que retratem reciprocidade: O verbo necessariamente permanecerá no plural.

Ex:
 Mais de um vestibulando se abraçaram durante a comemoração pela vitória.
A expressão mais de um – quando esta vier REPETIDA:
O verbo necessariamente permanecerá no plural.

Ex:
 Mais de um professor, mais de um aluno se abraçaram durante a comemoração pela vitória.
A expressão mais de + número – impõe que o verbo concorde com o número:
O verbo permanecerá, portanto, no singular ou no plural.

Ex:
 Mais de um aluno passará no concurso.
 Mais de dois alunos viajarão para Massapê, terra de homem sério e endinheirado.
Quantidade aproximada – É o caso em que o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca
de, menos de, perto de) seguidas de numeral e substantivo:
O verbo concordará com o substantivo.

Ex:
 Perto de um aluno compareceu à entrega dos resultados.
 Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.

CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a
ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente,
ocupa-se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto
adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:

1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.


Por Exemplo:
 As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

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SUBSTANTIVOS SÓ USADOS NO PLURAL:


cãs (cabelos brancos), arredores
condolências, damas (jogo),
exéquias (cerimônias fúnebres), férias,
fezes, núpcias,
óculos, olheiras,
primícias pêsames,
vísceras, nomes de naipes

MESMO, BASTANTE
Como advérbios: invariáveis
Exemplos:
 Preciso mesmo da sua ajuda.
 Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
Como pronomes ou adjetivos: seguem a regra geral.
Exemplos:
 Os rapazes mesmos fizemos isso.
 Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
 Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

MEIO
Como advérbio: invariável.
Exemplo:
 Estou meio insegura.
Como numeral: segue a regra geral.
 Comi meia laranja pela manhã.
 Tomei meias jarras de suco de laranja.

MENOS, ALERTA
Em todas as ocasiões são invariáveis.
Exemplos:
 Preciso de menos comida para perder peso.
 Estamos alerta para com suas chamadas.

ANEXO, INCLUSO, PRÓPRIO, OBRIGADO


Concordam com o substantivo a que se referem.
 As cartas estão anexAS.

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 A refeição está inclusA.


 Precisamos de nomes própriOS.
 ObrigadO, disse o rapaz.
 ObrigadAS, disseram as moças.

Nomes próprios – a concordância neste caso deverá ser feita levando em consideração a presença ou ausência do artigo.
Com o artigo, o verbo é grafado no plural ou no singular
Sem o artigo, o verbo é grafado no singular.
Ex:
 Os Estados Unidos formam a grande potência mundial.
 O Amazonas é um rio muito caudaloso.
 Goiás é um estado bastante acolhedor.

Dentre os casos particulares do gênero dos substantivos, destaca-se aquele em que o gênero do substantivo varia segundo
sua significação. A palavra grama é um substantivo que se encaixa nesse caso.
Quando grama tiver sentido de planta cultivada em áreas como jardim, tratar-se-á de um substantivo feminino.
Quando grama tiver sentido de unidade de medida de peso, tratar-se-á de um substantivo masculino.
Exemplos:
 Admirávamos o grama que implantaram naquele jardim.[Inadequado]
 Admirávamos a grama que implantaram naquele jardim. [Adequado]
 Por favor, dê-me trezentas gramas de azeitona! [Inadequado]
 Por favor, dê-me trezentos gramas de azeitona! [Adequado]
Como o substantivo grama com sentido de medida de peso é masculino, todos os substantivos compostos que também
expressem medida formados a partir dele também serão masculinos: miligrama, quilograma.
Exemplo:
 Quantas miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Inadequado]
 Quantos miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Adequado]

CONJUNÇÕES E CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES / OUTRAS CLASSES DE PALAVRAS

 CONJUNÇÃO
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.
Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
segurou a boneca
a menina mostrou
viu as amiguinhas
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Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou
3ª oração: quando viu as amiguinhas.

A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras
"e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Observe:
Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está
ligando termos de uma mesma oração.

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.

Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos
elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função
gramatical.

Classificação Conjunções Exemplos


e, nem, mas também, como também, bem Pedro é educado e gentil.
Aditivas
como, etc.
mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no Não se esforçou muito, porém obteve um bom
Adversativas
entanto, etc. resultado.
Alternativas ou...ou; ora...ora; quer...quer; já...já, etc. Ou você estuda, ou trabalha.
logo, portanto, por isso, assim, por Possui um bom histórico profissional, logo não
Conclusivas
conseguinte, etc. ficarás desempregado.
Explicativas que, porque, porquanto, pois, etc. Não compareci à festa porque não fui convidada.

Subdividem-se em:
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo, soma, sequência ou adição.

São elas: e, nem (= e não), não só...mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Por exemplo:
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

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1. COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS – Quando apresentam ideia de soma, acréscimo, adição, sequência de
pensamentos.
 Trabalho e estudo.
 Trabalho mas também estudo.
 Nem trabalho, nem estudo.
Observem os Pares Correlatos: NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ ... COMO TAMBÉM, NÃO SOMENTE...MAS AINDA, NÃO
SOMENTE...MAS TAMBÉM: quando aparecem, dizemos que as orações são Coordenativas Aditivas e que são
Correlacionadas:
 Não só trabalho, mas também estudo.
 CUIDADO!
Exs:
 Estude com regularidade, e será recompensado. (= logo, por isso – conclusão /consequência)
 Não tendo ficado satisfeito com a brincadeira, vou chamar-lhe e dar-lhe uma bronca. (= para – finalidade)

2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação.

São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, senão, antes (= pelo contrário), em todo caso:
Por exemplo:
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
2. COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS – Quando expressam contraste, oposição, ressalva, compensação:
 Trabalho, mas estudo.
 Trabalho, porém estudo.
 Trabalho, entretanto estudo.

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam
separadamente.

São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.

Por exemplo:
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
3. COORDENADAS SINDÁTICAS ALTERNATIVAS – Quando expressam alternância, exclusão e são introduzidas por
Conjunções Alternativas: OU, OU...OU, ORA...ORA, JÁ...JÁ, QUER...QUER, SEJA...SEJA:
 Trabalha ou estuda.
 Ou trabalha ou estuda.
 Ora trabalha ora estuda.
OU TRABALHA OU ESTUDA – Em frases assim, as duas orações devem ser consideradas COORDENADAS ALTERNATIVAS.
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.

São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

Por exemplo:
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

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4. COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS – Quando expressam conclusão, dedução, consequência e são introduzidas
por Conjunções Conclusivas: LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POIS (posposto ao verbo), POR ISSO:
 Trabalho, logo ganho dinheiro.
 Trabalho, portanto ganho dinheiro.
 Trabalho, ganho dinheiro, pois.

5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida.

São elas: que, porque, pois (antes do verbo).

Por exemplo:
Não demore, que o filme já vai começar.

5. COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS – Quando expressam uma explicação, motivo, razão e são introduzidas por
Conjunções Explicativas: QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo):
 Não passaste de ano, que não estudaste.
 Não passaste de ano porque não estudaste.
 Não passaste de ano, pois não estudaste.

NOTA:
É possível haver confusão entre Orações Coordenadas Explicativas e Orações Subordinadas Adverbiais Causais.
Oração Coordenada Explicativa – Explica o motivo da declaração anterior:
 O menino deveria estar doente, porque chorava muito.
Oração Subordinada Adverbial Causal – Exprime a causa de um fato:
 O menino chorava muito porque estava doente.

Saiba que:
a) Os conectores "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas".
Por exemplo:
Carlos fala, e não faz.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

b) "Senão" funciona como conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".


Por exemplo:
Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo,
etc.) podem vir no início ou no meio.
Por exemplo:

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Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.


Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que
pertence.
Por exemplo:
Não tenha receio, pois eu a protegerei.

NOTA:
As Orações Coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, porém são inter-relacionadas, interdependentes,
quanto ao sentido.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas
conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal
quando: conjunção subordinativa
ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:

1. Integrantes
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que
equivalem a substantivos (orações subordinadas substantivas).

São elas: que, se.

Por exemplo:
Espero que você volte. (Espero sua volta.)
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)

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2. Adverbiais

Classificação Conjunções Exemplos


porque, uma vez que, sendo que, visto que, Como estava frio, resolvemos adiar o passeio.
Causais
como, etc.
que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), Tamanho foi o mau desempenho do rapaz, que a
Consecutivas
sem que, de modo que, de forma que, etc. empresa optou por não contratá-lo.
como, tal qual, que ou do que, assim como, A menina era delicada como uma flor.
Comparativas
mais...que, menos...que, etc.
conforme, segundo, consoante, assim como, Conforme o combinado, entregamos a pesquisa
Conformativas
etc. para o professor.
mesmo que, por mais que, ainda que, se bem Embora gostasse muito dele, resolvi terminar a
Concessivas
que, embora, etc. relação.
se, caso, contanto que, a menos que, sem que, Terá seu dia cortado, a menos que apresenta
Condicionais
salvo se, etc. justificativa.
à medida que, à proporção que, quanto mais, Quanto mais agir desta maneira, mais será excluído
Proporcionais
quanto menos, etc. pelo grupo.
a fim de que, para que, etc. Estudo bastante, a fim de que possa construir meu
Finais
futuro.
quando, enquanto, sempre que, logo que, Quando chegar de viagem, avise-me.
Temporais
depois que, etc.

Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
circunstância que expressam, classificam-se em:
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal.

São elas: porque, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, (pelo
fato de, por) + verbo no infinitivo

1. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL


Quando exprime causa, motivo, razão:
 O homem trabalha porque precisa.
É introduzida por Conjunção Causal - QUE, PORQUE, COMO, PORQUANTO, VISTO QUE, JÁ QUE, UMA VEZ QUE, PELO FATO
DE:
 Como não me ouviam, gritei (= gritei pela causa de não me ouvirem).
Para vocês saberem se uma oração é Subordinada Adverbial Causal, usem este artifício: Isto acontece pela seguinte causa,
sendo a referida causa a Subordinada Adverbial Causal:
 Não tens encontrado a felicidade porque não a tens em ti.
RELEITURA: Não tens encontrada a felicidade pela seguinte causa: não a tens em ti.
Por exemplo:
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

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b) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas:
como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais), etc.
Por exemplo:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ele é preguiçoso tal como o irmão.

2. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA – Quando representa o segundo termo de uma comparação. É
introduzida por uma Conjunção Comparativa: COMO, TAL...QUAL, TAL E QUAL, ASSIM COMO, TAL...COMO, TANTO...COMO,
MAIS...QUE, MENOS...QUE, QUE NEM, FEITO (=COMO), O MESMO QUE (=COMO).
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo expresso:
 O operário trabalha como o palhaço diverte.
 O menino gosta de sorvete tal qual o macaco gosta de banana.

As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem trazer o verbo subentendido:


 A luz é necessária quanto o oxigênio.
 Nada é pior que a mentira.

Em frases como estas acima, como o verbo é subentendido, vocês têm duas opções de análise, ambas corretas:
- Analisam – quanto o oxigênio e que a mentira como Oração Subordinada Adverbial Comparativa ou analisam
simplesmente como Adjunto Adverbial de Comparação. Das duas maneiras, vocês terão acertado a análise.
As Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas podem ser hipotéticas:
 O menino estudou como se quisesse tirar o primeiro lugar.

c) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.

São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto.

Por exemplo:
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem.

3. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA – Quando exprime um fato que se concede, que se admite, em
oposição à Oração Principal.
É introduzida por Conjunção Concessiva – EMBORA, POR MUITO QUE, CONQUANTO, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS
QUE, AINDA QUANDO, MESMO QUANDO, POSTO QUE, POR MENOS QUE, SE BEM QUE, EM QUE PESE:
 Admiro esse senhor, embora não o conheça de perto.
Vejam vocês que é de se esperar admiração por um senhor que se conheça de perto, mas no caso, Admiro esse senhor,
embora não o conheça de perto, a minha afirmação contraria a expectativa imposta pela Oração Principal – admiro – sendo,
portanto, embora não o conheça de perto uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva.

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Como fazer fácil a identificação de uma Adverbial Concessiva? Basta substituir a Conjunção por APESAR DE. Se der certo,
então tratar-se-á de Adverbial Concessiva:
 Por mais que eu pedisse, ela foi embora = Apesar de eu pedir muito, ela foi embora.
Uma Oração Condicional pode aparecer justaposta, sem conectivo:
 Tivesse eu comprado aquele carro, já estaria arrependido.
 Seria um menino muito interessante, não fosse a sua má educação.

NOTA:
Há casos em que a conjunção SE perde o seu caráter de Condicional para dar uma ideia de Causa, significando Visto que.
Este fenômeno ocorre em orações que funcionam como ponto de partida de um raciocínio:
Se o homem é um animal sociável, não pode viver em isolamento (= Pelo fato de ser...).

a) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro.

São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante.

Por exemplo:
O passeio ocorreu como havíamos planejado.
Arrume a exposição segundo o professor ordenou.
5. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA – Quando exprime uma Conformidade, um acordo de um fato
com outro. É introduzida por uma Conjunção Conformativa – COMO, CONFORME, SEGUNDO, CONSOANTE:
 Como vocês sabem, sou médico.
 Segundo me disseram, era um louco.
Basta substituir a Conjunção por CONFORME. Dando certo, então se trata de Oração Subordinada Adverbial Conformativa.
f) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal.

São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, tal... que, tão... que, tanto... que,
tamanho... que).

Por exemplo:
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.
A dor era tanta que a moça desmaiou.
6. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA – Quando exprime uma consequência, um efeito, um resultado e é
introduzida por Conjunção Consecutiva – TAL...QUE, TANTO...QUE, TAMANHO...QUE, TÃO...QUE, DE SORTE QUE, DE MODO
QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE:
 Fazia tanto frio que gelávamos.
 Não fazia nada sem que se acidentasse.
Substituindo a Conjunção pela palavra CONSEQUEN-TEMENTE, se der certo, teremos a Oração Subordinada Adverbial
Consecutiva.
Se temos uma Oração Subordinada expressando uma Consequência, impossível de ser realizada, usamos: MUITO (= DEMAIS)
+ ADJETIVO + PARA QUE + A AÇÃO VERBAL:
 Esta cruz é muito pesada para que eu a carregue.

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 Era um convite demais tentador para que o recusasse.


g) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.

São elas: para que, a fim de que, porque (= para que).

Por exemplo:
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.
7. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL
Quando exprime finalidade, objetivo e é introduzida por Conjunção Final – PARA QUE, A FIM DE (QUE),
QUE (= PARA QUE):
 Trabalho muito para que um dia possa ter uma economia.
Substituir a Conjunção por COM A FINALIDADE DE, para identificar a Oração Subordinada Adverbial Final.
Pode ocorrer elipse da Conjunção Final:
 Colocou a mão na boca, não fosse dizer besteiras (= ... com a finalidade de não dizer besteiras).
h) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal.

São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos),
quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).

Por exemplo:
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.
Quanto mais reclamava menos atenção recebia.
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que
8. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL
Quando denota proporcionalidade e é introduzida por Conjunção Proporcional: À PROPORÇÃO QUE, À MEDIDA QUE, AO
PASSO QUE, QUANTO MAIS ...TANTO MAIS, QUANTO MAIS ...TANTO MENOS, QUANTO MENOS ...TANTO MAIS, QUANTO
MENOS ...TANTO MENOS:
 Quanto mais tem, tanto mais quer.
 À proporção que tem, mais quer.
i) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.

São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora
que, mal (= assim que).

Por exemplo:
A briga começou assim que saímos da festa.
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.
9. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL – Quando indica o tempo em que o fato expresso pela Oração Principal
acontece e é introduzida por Conjunção temporal – QUANDO, ENQUANTO, LOGO QUE, MAL (= LOGO QUE), SEMPRE QUE,
ASSIM QUE, DESDE QUE, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, AGORA QUE:
 Quando chove, o sertão vira fartura.
 Logo que saíste, eles chegaram.

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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL / CRASE

 Aspiramos o perfume daquelas flores silvestres.


 Aspiramos a uma boa classificação no concurso.
 Muitos candidatos demonstram forte aspiração ao cargo ofertado.
Em duas orações temos o verbo (aspirar), mas esse verbo por si só não possui sentido completo, necessitando, portanto, de
um termo que o complemente. Nesse caso, temos o termo regente – demarcado pelo próprio verbo; e o termo regido –
representado pelo complemento.
No terceiro exemplo, temos o substantivo aspiração que admite complemento regido pela preposição a.
Dessa forma, estamos fazendo referência à transitividade, ou seja, em alguns casos o verbo pode ser transitivo direto, em
outras ele pode ser transitivo indireto ou pode ocupar as duas funções ao mesmo tempo, dependendo do contexto. Esse
contexto se traduz pelo significado que ele apresenta, assim como podemos verificar por meio dos exemplos anteriores:
No primeiro exemplo, em que o verbo exige uma preposição, o sentido do verbo em questão faz referência ao ato de
“almejar, desejar”. Assim sendo, ele ocupa a posição de transitivo indireto.
Já no segundo, o sentido diz respeito ao ato de “inalar, sorver” – razão pela qual ele se classifica como transitivo direto.
A regência verbal é a relação existente entre os verbos e os termos que o completam (objetos e adjuntos).
Quanto ao complemento, os verbos podem ser transitivos ou intransitivos.
Se a ação passa ou transita do sujeito a um objeto, dizemos que o verbo é transitivo, podendo ser direto (sem uso de
preposição) ou indireto (com preposição).
Se a ação ou estado não transita do sujeito a nenhum objeto, tendo sentido completo, o verbo é intransitivo.
Não devem ser esquecidas as situações em que aparecem verbos de ligação, que exigem como complemento um predicativo
do sujeito.
Na terceira situação, tem-se exemplo de regência nominal, marcada pela existência do substantivo aspiração.

Verbos que alteram o significado de acordo com a regência.

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Observação: Se for expresso por pronome de 3ª pessoa, exigirá a forma a ele(s) ou a ela(s), e não lhe(s).
3. Intransitivo (morar, ser da responsabilidade), rege a preposição em.
Exemplo: Assistimos em Salvador.
Não assiste a ele cuidar de todos estes casos.

REVISÃO: TÓPICO JÁ ESTUDADO


USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COMO OBJETOS DIRETOS
Usam-se os pronomes o, os, a, as depois de terminações verbais em vogais
Comprei o carro= Comprei-o
Vejo a movimentação das ruas= Vejo-a
Cante os hinos= Cante-os
Ele sempre visita aquelas empresas = ... visita-as

Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
 dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la
 fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo
 fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo

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Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
Por exemplo:
 viram + o menino = viram + o = viram-no
 repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
 retém + a substância = retém + a = retém-na
 tem + as respostas = tem + as = tem-nas

Veja alguns exemplos de verbos, normalmente, apontados como transitivos diretos:


abandonar; abençoar; aborrecer; abraçar;
acompanhar; acusar; admirar; adorar;
alegrar; ameaçar; amolar; amparar;
auxiliar; castigar; condenar; conhecer;
conservar; convidar; defender; eleger;
estudar; estimar; humilhar; namorar;
ouvir; praticar; prejudicar; proteger;
respeitar; socorrer; suportar; ver;
visitar;

Os verbos TRANSITIVOS INDIRETOS são complemen-tados por objetos indiretos, ou seja, exigem uma preposição para o
estabelecimento da relação de regência.
Eles admitem como objeto indireto os pronomes LHE, LHES para substituir pessoas ou coisas, principalmente com os verbos
que exigem a preposição A, PARA, EM.

Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns:
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a);
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a);
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de);
acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); pertencer(a);
obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a);
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a)

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responder(a) gozar (de); gozar (de); desfrutar(de)


deparar (com); contribuir(para)

Observação:
Verbo pronominal – Vem acompanhado de um pronome oblíquo da mesma pessoa que o sujeito; sem função de objeto.

Observação:
Admite voz passiva.
Exemplo: Dava ordens ciente de ser obedecido.
Obs.: É importante notar que, com esses verbos (agradecer, perdoar e pagar), a pessoa costuma aparecer como objeto
indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto.
 O escritório não paga aos funcionários desde abril.
 Já perdoei aos que me difamaram.
 Agradeço aos alunos que acreditaram em mim.

Os verbos transitivos diretos e indiretos exigem dois complementos, um sem preposição (objeto direto) e outro com
preposição (objeto indireto).
Veja alguns exemplos:

AGRADECER, PERDOAR e PAGAR, que possuem objeto direto (coisa) e indireto (pessoa):
 Agradeço aos fiéis a paciência.
 Deus ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
 Paguei o dinheiro ao cobrador.

O USO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS EXIGE ALGUNS CUIDADOS:


 Agradeci o presente / Agradeci-o
 Agradeço a você / Agradeço-lhe

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 Perdoe a ofensa / Perdoei-a


 Perdoei ao agressor / Perdoei-lhe
 Paguei minhas contas / Paguei-as
 Paguei aos meus credores / Paguei-lhes
Existem outros verbos que possuem seu sentido definido de acordo com a regência, como ASPIRAR, ASSISTIR, OLHAR e
PRECISAR, e vários outros. Veja alguns exemplos:
 Aspirar o ar de montanha. (= sorver, respirar)
Aspirar a um alto cargo. (= desejar, pretender)

 Pedro assistiu ao jogo. (= presenciar, ver)


O médico assistiu o (ao) doente. (= prestar assistência)

 Olhe para ele. (= fixar o olhar)


Olhe por ele. (= cuidar, interessar-se)

 Ela não precisou a quantia. (= informar com exatidão)


Ela não precisou da quantia. (= necessitar)

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Observação: A preposição em indica o lugar dentro do qual ocorre a ação.


Exemplos:
 Chegou no voo das 14h.
 Irei em teu carro?
 Voltou em uma carroça.

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RESPONDER
Transitivo Indireto, mesmo quando o complemento dele não se referir à pessoa. Pode ele aparecer sem o artigo, como pode
também aparecer com a presença dele.
Ex:
 Responda à mãe com simpatia.
 Responder às questões.
 Responder a questões. (lembrar que esse A é preposição)

VISAR

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CONSISTIR, que tem complemento introduzido pela preposição EM:


 A felicidade consiste em preparar o futuro pensando no presente.

DIGNAR-SE, pronominal, que no padrão culto rege a preposição DE:


 Maria não se dignou de olhar-me nos olhos.
 Ela ao menos se dignou de responder-me.

ANSIAR
1. Transitivo direto (angustiar, causar mal-estar).
Exemplo: Aquele momento ansiava-o.
2. Transitivo indireto (desejar ardentemente), rege a preposição por.
Exemplo: “Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo” (F. Sabino)

ATENDER
No sentido de dar atenção ou levar em consideração o que alguém nos diz, considerar, é transitivo indireto .
Use-o com a preposição [a]:
• Eles atenderam aos nossos conselhos.
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• O diretor não atendeu aos pedidos dos pais.


• Não atendera aos amigos.
• Atenda bem ao que lhe digo.
• Vou atender ao que me pede.

No sentido de acolher, receber, recepcionar é transitivo direto. Use-o sem preposição:


• A professora atendeu os alunos.
• Ela sempre os atende.
• As meninas estão atendendo os visitantes.
• O político não atendeu o repórter.

FALAR
1. Intransitivo (expressar-se).
Exemplo: Aquele senhor fala muito bem.

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2. Transitivo direto (declarar, explicar, exprimir-se algum idioma)


Exemplos:
 Falou tudo o que queria.
 Falava francês desde criança.

3. Intransitivo (discursar, discorrer), acompanhado de adjunto adverbial de assunto (DE ______ , SOBRE___)
Exemplo: Falou sobre vários assuntos.

NAMORAR
Transitivo direto, portanto não admite preposição.
Ex: A menina namora aquele simpático rapaz.
Errado: A menina namora COM aquele simpático rapaz.

NECESSITAR
1. Transitivo indireto
Exemplo: Necessita de alguns remédios.
Exemplo: Necessita de alguns remédios.

PRECISAR
1. Transitivo indireto (ter necessidade)
Exemplo: Precisávamos de mais tempo.
2. Transitivo direto (marcar com precisão)
Exemplo: A polícia não precisou o local do assalto.

PROCEDER
No sentido de TER FUNDAMENTO, o verbo proceder é INTRANSITIVO:
O depoimento da testemunha procedia.
Nos sentidos de COMPORTAR-SE, AGIR, proceder é também INTRANSITIVO.
 O senhor procedeu bem agindo de acordo com a legislação.
No sentido de ORIGINAR-SE, PROVIR, DERIVAR, o verbo proceder constrói-se com a preposição DE:
A língua portuguesa procede do latim.

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REGÊNCIA NOMINAL
• Lista de substantivos e adjetivos acompanhados das respectivas preposições:
A/B
SUBSTANTIVOS
acesso [a, para] admiração [a, por] afeição [a, por] agrado[a]
alusão [a] ameaça[a] amigo [de] amor [a, de, por]
antipatia [a, contra, por] apoio[a,de] apologia [de, a] associação [de, com]
atenção [a] aversão [a, para, por] benefício [a]

ADJETIVOS
acessível [a, para] acostumado [a, com] adequado [a] afável [com]
aflito [com, por] alheio [a, de] aliado [a, com] amante [de]
amoroso [com] análogo [a] ansioso[de, para, por] aparentado[com]
apto [a, para] assíduo [a, em] atento [a, em] atencioso [com]
avesso [a] ávido [de, por] benéfico [a] bom [para].

C/D
SUBSTANTIVOS
capacidade [de, para] causa[para] certeza [de]
compaixão [de, por] compreensão[de] concordância [a, com, de, entre]
consulta [a] conversão[em] crédito[a]
direito [a, de] dúvida [acerca de, em, sobre] desrespeito [a]

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desprezo [a, de, por] devoção [a, para, com, por] dificuldade [com, de, em, para]
discordância [com, de, sobre] disposição [para]

ADJETIVOS
cobiçoso [de] capaz [de, para] cego [a, de] ciente [de]
coerente [com] comum [de] compatível[com] concedido [a]
conforme [a, com] contemporâneo [de] constituído [com, de, por]
contente [com, de, em, por] contíguo [a] constante [em] constituído [com, de, por]
contente [com, de, em, por] contrário[a] curioso [de, por, para] dedicado[a]
desacostumado [a, com] desatento [a] descontente [com] desejoso [de]
desfavorável[a] desleal [a] desgostoso [com, de] devoto [a, de]
diferente [de] digno [de] disposto[a] dotado [de]

E/F/G/H/I/L
SUBSTANTIVOS
empenho [de, em, por] entusiasmo[por, com] exemplo[de] facilidade [de, em, para]
falta [a, de] guerra [a] graças(a) homenagem [a]
horror [a, de, por] ida [a] impaciência[com] impossibilidade [de, em]
impressão[de] inclinação[por] influência [sobre] interesse[por]
invasão [de] lembrança[de] lugar[a]

ADJETIVOS
equivalente [a] entendido [em] erudito [em] escasso [de]
essencial [para] estreito [de] exato [em] fácil [a, de, para]
falho [de, em] fanático [por] favorável [a] fiel [a]
feliz [de, com, em, por] fértil [de, em] forte [em] fraco [em, de]
furioso [com] grato [a] graduado [a] hábil [em]
habituado [a] hostil [a, contra] idêntico [a] impotente [para, contra]
impróprio [para] imune [a, de] inábil [para] inacessível [a]
incansável [em] incapaz [de, para] incerto [em] inconsequente[com]
indeciso [em] indiferente[a] indigno [de] indulgente [com]
inerente [a] infiel [a] ingrato [com] insensível [a]
intolerante [com] inútil [para] isento [de] junto [a, de]
leal [a] lento [em] liberal [com]

M/N/O/P
manifestação [contra] medo [de, a] necessidade[de] notícia[de]
ódio [a, contra] ojeriza [a, por] paixão [de, por] parte[de]
preferência [a, por] preocupação[de, com, por] preservação[de] prevenção [a]
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propensão [para] proteção[a, de]

ADJETIVOS
maior [de] menor [de] misericordioso [com] morador[em]
natural [de] necessário [a] nobre [em] nocivo [a]
obediente [a] oposto [a] orgulhoso [de, com] pálido [de]
parecido [a, com] paralelo [a] pasmado [de] passível [de]
peculiar [a] perito [em] prático [em] preferível [a]
prestes [a, para] pendente [de] privado[de] pródigo [em, de]
propício [a] próximo [a, de] pronto [para, em] próprio [de, para]

Q/R/S/T/U/V/Z
SUBSTANTIVOS
queixa [contra] receio [de] referência[a] respeito [a, com, por]
relação [a, com, de, por] resposta[a] resistência[a] sensação[de]
simpatia [a, por] sincronia[com] tentativa [contra, de, para] tráfico [de]
triunfo [sobre] união, [a, com, entre] zelo [a, de, por].

ADJETIVOS
querido [de, por] relacionado[com] relativo[a] rente [a, de, com]
reservado[a] residente [em] responsável [por, de] rico [de, em]
sábio [em] salvo[de] satisfeito [com, de, em, por] semelhante [a]
sito [em] situado [a, em, entre] solidário [com] sujeito[a]
superior [a] surdo [a, de] suspeito[a, de] último [a, de, em]
único [em] útil [a, para] vazio [de] versado [em]
visível [a] vitimado[por] vizinho [a, de, com] voltado [para].

Releitura de Regência Nominal


A tabela a seguir mostra quais as preposições mais usuais para alguns nomes.

Preposição Nomes

acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benefício, cego, conforme, contíguo, desatento,
desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inacessível, inerente, indiferente,
a
infiel, insensível, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, pernicioso, respeito, próximo, superior,
surdo, último, visível

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amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curioso, devoto, diferente,
digno, dessemelhante, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, furioso, impossibilidade, incerto, indigno,
de
inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, parco, passível, pobre, pródigo, próprio, próximo,
querido, respeito, surdo, temeroso, último, vazio, vizinho

afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente, furioso,


com
inconsequente, ingrato, intolerante, liberal, misericordioso,

contra desrespeito, manifestação, queixa

constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, forte, hábil,
em impossibilidade, incansável, incerto, inconstante, indeciso, lento, morador, parco, perito, prático,
pródigo, pronto, sábio, sito, último, único

entre convênio, união

para apto, bom, diligente, disposição, essencial, idôneo, incapaz, inútil, odioso, pronto, próprio, útil

para com afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso

por ansioso, querido, responsável, respeito

sobre dúvida, influência, triunfo

ESTUDO SOBRE CRASE


A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza.
Na Língua Portuguesa atual, assinalamos com o acento grave (`) a crase do a.
A regra geral diz que haverá crase no a quando colocado diante de palavra do gênero feminino quando, substituindo-se a
feminina por uma masculina aparecer diante da masculina ao.

Usa-se a CRASE:
Nomes Geográficos:
Ex.:
 Vou à Bahia (= para a),
 Vou à Brasília. (= para).

Se empregarmos a combinação da ou na antes das palavras, é sinal de que ela aceita o artigo;
Se empregarmos apenas a preposição de ou a preposição em, é sinal de que ela não aceita.
Ex.:
 Vim da Itália (aceita),
 Estou na Itália (aceita),
 Vim de Roma (não aceita),
 Estou em Maceió (não aceita).
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USO OBRIGATÓRIO DA CRASE


1. Ocorre a crase mesmo que o substantivo venha oculto ou subentendido.
Ex.:
 O aluno subordinou a solução do segundo problema à do primeiro (à solução do primeiro).

2. Na indicação do número de horas, expresso ou subtendido.


Ex.:
 Às três horas, abrirei o escritório.

TAMBÉM OBSERVAR CONTORNO

Note-se no entanto: comprar a prestação, escrever a máquina, escrever a mão, fechar a chave, porque são expressões
adverbiais femininas que indicam instrumento ou meio.
Termos femininos ou masculinos (elipse da palavra) com valor de à moda de, ao estilo de: à americana, (= à moda
americana), à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, poesia à Manuel Bandeira, gol à Pelé, calçados à Luís XV, cabelos
à Sansão, estilo à Coelho Neto etc.

Para evitar ambiguidade:


 À onça a cobra matou.
 A menina à paixão venceu

A crase pode também resultar da contração da preposição a com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo:
 Não irás àquela festa [a aquela]
 Vou àquele cinema. [a aquele]
 Não ligo àquilo. [a aquilo]
 Refiro-me à que você namora. [aquele]
 Àquela ordem estranha, o soldado estremeceu.
 A capitania de Minas Gerais estava unida à de São Paulo.
 Falarei às que quiserem me ouvir. [aquelas que]
 Esta anedota é semelhante à que meu professor contou. [aquela que]

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À QUE / À QUAL
Substitui-se à que por – ao que e à qual – por ao qual.
Ex.:
 Sua ideia é igual à que tive.
 Seu pensamento é igual ao que tive.

Ex.:
 A redação à qual me refiro é fácil.
 O teste ao qual me refiro é fácil.

CASOS ESPECIAIS
CASA
Ex.:
 Volte cedo a casa.
 Volte cedo à casa paterna.
Só é possível a aplicação da crase se a palavra estiver acompanhada.

TERRA

Não significa “terra firme”.


A palavra terra só admitirá o emprego da regra geral quando não for empregada em oposição a bordo, a navio, a chão firme.
Ex.:
 Voltou à terra onde nascera.

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À DISTÂNCIA DE
Deve estar determinada.
Ex.:
 Achava-se à distância de 10 metros.
 Vi-o a distância.
 Estava a uma distância de 10 metros.

CRASE FACULTATIVA
1. Pronome Possessivo Feminino Singular.

Ex.: Nada conte à(a) sua amiga.

2. Nomes Próprios Femininos, quando são modificados, acento de crase é obrigatório.


Observação:
Não se usa crase diante de nomes históricos.
Ex.: Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra

3. Até a + palavra feminina.


Ex.: Vou à cidade ou até a cidade.

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4. Locução Adverbial Feminina de instrumento.


Ex.: Abri o primeiro envelope, com excessiva pressa: continha um recado, à maquina, do meu ti.(Guimarães Rosa)

CASOS EM QUE NÃO HÁ CRASE


1) Antes de substantivos masculinos: Andou a cavalo.
2) Antes de verbos: A partir de amanhã, serei outra pessoa.

Não vai a festas nem a reuniões


Dedicas o trabalho a homem ou mulher?
A FUNAI decidiu fechar o parque indígena a visitas.

5) Antes de pronomes demonstrativos (este, esse e flexões)


Não foi a esta festa.

6) Antes de pronomes indefinidos: Obedecia a todos.

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Observação:
Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando ensejo à crase:
 Não fale nada às outras.
 Assistimos sempre às mesmas cenas.
 Diga à tal senhora que...
 Não temo as acusações de Maria, às quais responderei oportunamente.
 Estavam atentas umas às outras.

7) Antes de pronomes de tratamento, interrogativos,


* com exceção de senhora, senhorita, madame e dona.
 Obedeci a Vossa Senhoria.
 Falaste a que pessoa?
* Peço à senhora que tenha paciência.

8)

9) Antes dos pronomes relativos: Quem, Que, Cuja.


 Referia-se a quem falava.
 Ali havia uma árvore, a cuja sombra descansamos.
 Esta é a vida a que aspiramos.

10) Quando já houver outra preposição:


 Viajou para a Itália.

11) Antes de palavras repetidas:


 Encontram-se frente a frente

13) Diante de nomes de parentescos, precedidos de pronomes possessivos:


 Recorri a minha mãe.
 Faremos uma visita a sua mãe.
 Arrependi-me de ter falado a minha prima. (G. Ramos)

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Observação:
Haverá crase quando o nome próprio admitir ou vier acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva:
 Maria tinha devoção à Virgem.
 Entreguei a carta à Júlia (no trato familiar e íntimo).
 Referiu-se à Roma dos Césares.

14) Diante de numerais cardinais referentes a substantivos não determinados pelo artigo:
 Chanceler inicia visita a oito países africanos.
 Então aquilo tinha acontecido de meia-noite a três horas?
Observação:
No caso de locuções adverbias que exprimem hora determinada e nos casos em que o numeral estiver precedido de artigo,
acentua-se:
 Chegamos às oito horas da noite.
 Assisti às duas sessões de ontem.
Entre numerais ocorre o acento indicativo de crase se, anteriormente ao primeiro numeral, houver o artigo a(s), que poderá
estar contraído com alguma preposição: de+ a(s) = da(s); em + a(s) = na(s).
Caso não haja o artigo a(s) anteriormente ao primeiro numeral, não ocorrerá o acento indicativo de crase entre os numerais.
Veja alguns exemplos:
 Esperaremos o professor das 8h às 10h.
Há a crase entre 8h e 10h, por ter o artigo as contraído com a preposição de (das) antes de 8h.
 Precisaremos de oito a dez horas para realizar essa tarefa.
Não há crase entre oito e dez, por não ter o artigo antes de oito.
 As provas serão aplicadas da sala 30 à 39.
Há a crase entre 30 e 39, por ter o artigo a contraído com a preposição de (da) antes de 30, mesmo que haja o
substantivo sala entre os dois.
 De 100 a 200 pessoas morreram no acidente.
Não há crase entre 100 e 200, por não ter o artigo antes de 100.

ESTUDO DO PERÍODO SIMPLES

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO


Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos
ou não. A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de transmitir um conteúdo
satisfatório para a situação em que é utilizada.
Exemplos:
Frases Nominais:
 Silêncio!
 Avante.
 Espantoso!
 Cada louco com sua mania.
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 Cada macaco em seu galho.


 Proibida entrada.

Frases Verbais:
 Não vá embora.
 O telefone está tocando.
 O Brasil possui um grande potencial turístico.
 Os alunos prepararam o seminário
 O advogado defendeu seu cliente
 O sol ilumina a cidades e aquece o dia
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir
acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se
encontra. Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra.
Observe:
 Rua!
 Ai!
Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas
necessidades expressivas.
Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal.
Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases
escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer às regras gerais
da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por
isso é que:

 As meninas estavam alegres.


constitui uma frase, enquanto:

 Alegres meninas estavam as.


não é considerada uma frase da língua portuguesa.

Tipos de Frases
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia.
Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres.
Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão.
Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação,
decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas:
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se
deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta.
 Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta)
 Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta)

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b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho, uma sugestão ou faz um
pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas.
 Faça-o entrar no carro. (Afirmativa)
 Não faça isso. (Negativa)
 Dê-me uma ajudinha com isso. (Afirmativa)

c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação
ligeiramente prolongada.
Por Exemplo:
 Que prova difícil!
 É uma delícia esse bolo!

d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa.
Podem ser afirmativas ou negativas.
 Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa)
 Ela não está em casa. (Negativa)

e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo.


Por Exemplo:
 Deus te acompanhe!
 Bons ventos o levem!

Estrutura da Frase
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso
não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por
exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.
O sujeito é o termo da frase com o qual o verbo concorda em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara
algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito,
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da
declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo
da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases que possuem verbo de ligação).
Observe:
 O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é
eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase:
 Os rapazes jogam futebol.
O sujeito é "Os rapazes", por ser o termo com o qual o verbo (jogam) concorda em número e pessoa. O predicado é "jogam
futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.

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Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
- que o enunciado tenha sentido completo;
- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).
Por Exemplo:
 Camila concluiu a leitura do livro.
Obs.: Na oração, as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as
unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática.
Atenção:
Nem toda frase é oração.
Por Exemplo:
 Que dia lindo!
Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:
 Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!

A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:


 Brinquei no parque. (uma oração)
 Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
 Cheguei, vi, venci. (três orações)

Período
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser
simples ou composto.
• Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.
Exemplos:
 O amor é eterno.
 As plantas necessitam de cuidados especiais.
 Quero aquelas rosas.
 O tempo é o melhor remédio.

• Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.


Exemplos:
 Quando você partiu, minha vida ficou sem alegrias.
 Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
 Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer.
 Cheguei, jantei e fui dormir.

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Saiba que:
Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem
num período é contar os verbos ou locuções verbais.

OBJETIVOS DA ANÁLISE SINTÁTICA


A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um período.
Estrutura de um Período
Observe:
Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando.
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas e quando
estamos viajando.

Termos da Oração
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce uma
determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração.
Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração.
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser:

1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo
 sujeito,
 predicado
 predicativo.

2) Integrantes
Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por:
• complementos verbais - objeto direto e objeto indireto;
• complemento nominal;
• agente da passiva.

3) Acessórios
Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam circunstância). São representados por:
• adjunto adnominal;
• adjunto adverbial;
• aposto.

Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração.

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TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO


SUJEITO e PREDICADO
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois
termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo e com o qual o verbo, normalmente, concorda.
Por Exemplo:
 As praias estão sempre lotadas no verão.
(sujeito simples)
 Houve dias maravilhosos em minhas férias.
(sujeito inexistente)

Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito.


Por Exemplo:
 As praias/ estão cada vez mais poluídas
Sujeito/ Predicado

Posição do Sujeito na Oração


Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.

Por Exemplo:
As crianças brincavam despreocupadas.
Sujeito Predicado

Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.


Brincavam despreocupadas as crianças.
Predicado Sujeito

Sujeito no Meio do Predicado:


Despreocupadas, as crianças brincavam.
Predicado Sujeito Predicado

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Com alguns verbos, como

Existir,
Ocorrer,
Faltar,
Surgir,
Acontecer,
Bastar,
Chegar,
Faltaram alguns alunos.
Sobrar,
Para mim, bastam dois pedaços de torta.
Restar, fatos estranhos neste país
Acontecem

Classificação do Sujeito
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado.
Existem ainda as orações sem sujeito.
1. Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser:
a) Simples
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.
Por Exemplo:
 A rua estava deserta.
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular.
As ruas estavam desertas.
Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento(núcleo), seja ele um substantivo
(singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
Por Exemplo:
 Certos alunos conservam posturas austeras.
 Elas sempre devem obedecer aos chefes da empresa.
 Aqueles prisioneiros fugiram, porém estes permaneceram.
 Ninguém deixou de responder à questão.
 Eles eram alunos brilhantes. Os dois estudavam as matérias suficientemente.
 O cantar dos pássaros encanta os visitantes.
 Sentimos muita dor durante a noite.
 Seus interesses serão respeitados pelo juiz.

b) Composto
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.
 Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

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c) Elíptico, Desinencial, Oculto ou Implícito


Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado (não está expresso) na oração, mas pode ser identificado.
Por Exemplo:
 Dispenso todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Eu
 Dispensas todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Tu
 Dispensa todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Ele/Ela(singular)
 Dispensamos todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Nós
 Dispensais todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, associado ao pronome Vós
OBSERVAÇÃO
Devemos ter cuidado com o verbo que se conjuga na 3ª pessoa do plural. Nesse caso, pode ser que o sujeito seja
Indeterminado.

CUIDADO:
Observe a frase em que aparece verbo na 3ª pessoa do plural:
 Os meninos viajaram e ontem telefonaram para você.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou
posteriores, o sujeito é determinado, porém oculto.
Por Exemplo:
 Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é o termo Felipe e Marcos.
Pode ser identificado, mas não está expresso, ou seja, escrito na 2ª oração. Nesse caso, ocorre sujeito oculto.

2. Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela
terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

IDENTIFICAÇÃO DE SUJEITO INDETERMINADO


 Ontem telefonaram para você.
O verbo é colocado na 3ª pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra
oração):
Por Exemplo:
 Procuraram você por todos os lugares.
 Estão pedindo seu documento na entrada da festa.

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b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome SE:


O verbo vem acompanhado do pronome SE, que atua como partícula de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre
com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo
obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:
 Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
 Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
 No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)

Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula SE podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito
Veja:

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Exemplos:
 Em certas cidades, ainda se vende terreno baratinho.
 A cada ano, renovam-se os ideais de vida.
 Naquela lojinha, plastificam-se documentos.
 Se necessário, reformar-se-ão as leis jurídicas.
 Durante a aula, fazem-se muitas perguntas.
a) Aprovou-se o novo candidato.
Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
No caso A, o SE é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a
transformação das frases para a voz passiva analítica:
 O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
 Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito

b) (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professor.


(Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professores.
No caso B, SE é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é
indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

c) Com o verbo no infinitivo impessoal:


Por Exemplo:
 Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
 É triste assistir a estas cenas tão trágicas.

03. Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura
destas orações:
 Havia formigas na casa.
 Nevou muito este ano em Nova Iorque.

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É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do
predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais
comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer,
etc.
Por Exemplo:
 Choveu muito no inverno passado.
 Amanheceu antes do horário previsto.
Obs: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Por Exemplo:
 Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças = sujeito)
 Já amanheci cansado. (eu=sujeito)

b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
 É noite. (Período do dia)
 Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove
horas)
 Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural,
concordando com o número de dias.
Estar:
 Está tarde. (Tempo)
 Está muito quente.(Temperatura)

c) FAZER: verbo IMPESSOAL


Sempre na 3ª pessoa do singular
 Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
 Fez 39° C ontem. (Temperatura)

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Haver:
 Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
 Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)

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Predicado

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1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito


Por Exemplo:
Joana partiu contente
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto


Por Exemplo:
A despedida deixou a mãe aflita

3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito


Por Exemplo:
Os alunos cantaram emocionados aquela canção.
Sujeito V.T.D. Predicativo do sujeito O.D.

Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para voz
passiva. Veja:

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Voz Ativa:
As mulheres julgam os homens insensíveis
Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto

Voz Passiva:
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres
Sujeito V.T.D. Predic. do sujeito Agente da Passiva
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando
passamos a oração para a voz passiva.

Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o
verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.
Por Exemplo:
 Todos o chamam de irresponsável.
 Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)

3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO


Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação só se
completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles:
• complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);
• complemento nominal;
• agente da passiva.

Complementos Verbais
Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles:
1) Objeto Direto
É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.
Por Exemplo:

Abri os braços ao vê-lo.

Objeto Direto

O objeto direto pode ser constituído:


a) Por um substantivo ou expressão substantivada.
Exemplos:
 O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.

b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.
Exemplos:
 Espero-o na minha festa. / Ela me ama.
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c) Por qualquer pronome substantivo.


Por Exemplo:
 O menino que conheci está lá fora.

Atenção: OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO


Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer:
- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus.
- quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele.
- quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos.
- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega.
Obs.: no último caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos
apontar com precisão o sujeito (o nosso colega).
Saiba que:
Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como verbos transitivos diretos.
Por Exemplo:
 A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe.
V.T.D. Objeto Direto

2) Complemento Nominal
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou
advérbios, sempre por meio de preposição.
Exemplos:
 Cecília tem orgulho da filha.
substantivo complemento nominal

 Ricardo estava consciente de tudo.


adjetivo complemento nominal

 A professora agiu favoravelmente aos alunos.


advérbio complemento nominal
Saiba que:
O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas
mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes
(substantivos, adjetivos) e alguns advérbios.

3) Agente da Passiva
É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente
da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".

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Por Exemplo:
 Os jurados escolheram a vencedora.
Sujeito V.T.D. Objeto Direto

ORAÇÃO NA VOZ ATIVA

 A vencedora foi escolhida pelos jurados.


Sujeito V.T.D Agente da Passiva

ORAÇÃO NA VOZ PASSIVA

a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes.


Por Exemplo:
 O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo)
 Este livro foi escrito por mim. (pronome)

b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido.
Por Exemplo:
 O convidado não foi bem recebido. (pelos anfitriões)

4. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO


Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do
enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos:
- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.

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São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto.


Vamos observar o exemplo:
 Anoiteceu.
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração sem
sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de
informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
 Suavemente anoiteceu na cidade.
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao
processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que
indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais.
Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima:
Por Exemplo:
 Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto.
Surgiram termos que se referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos
acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.
Por último, analise a frase abaixo:
 Fernando Pessoa era português.
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português)
relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração com predicado nominal.
Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer mais
um pouco o conteúdo informativo. Veja:
 Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português.
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas.
Esse termo é chamado de aposto.

Adjunto Adverbial
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade). O adjunto
adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:
 Eles se respeitam muito.
 Seu projeto é muito interessante.
 O time jogou muito mal.
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é
núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na
terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Veja o exemplo abaixo:
 Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:
 amanhã indica tempo;
 de bicicleta indica meio;
 àquela velha praça indica lugar.
Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem
ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.
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O adjunto adverbial pode ser expresso por:


1) Advérbio: O balão caiu longe.
2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.
Também transformar-se numa oração:
3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns
casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas.
Por Exemplo:
 Entreguei-me calorosamente àquela causa.
É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula
de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os
adjuntos adverbiais.

Classificação do Adjunto Adverbial


Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os exemplos.
Acréscimo
Por Exemplo:
 Além da tristeza, sentia profundo cansaço.

Afirmação
Por Exemplo:
 Sim, realmente irei partir.
 Ele irá com certeza.

Assunto
Por Exemplo:
 Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, em futebol ou a respeito de futebol).

Causa
Por Exemplo:
 Com o calor, o poço secou.
 Não comentamos nada por discrição.
 O menor trabalha por necessidade.

Companhia
Por Exemplo:
 Fui ao cinema com sua prima.
 Com quem você saiu?
 Sempre contigo irei estar.

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Concessão
Por Exemplo:
 Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo.

Condição
Por Exemplo:
 Sem minha autorização, você não irá.
 Sem erros, não há acertos.

Conformidade
Por Exemplo:
 Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado)

Dúvida
Por Exemplo:
 Talvez seja melhor irmos mais tarde.
 Porventura, encontrariam a solução da crise?
 Quiçá acertemos desta vez.

Fim, finalidade
Por Exemplo:
 Ela vive para o amor.
 Daniel estudou para o exame.
 Trabalho para o meu sustento.
 Viajei a negócio.

Frequência
Por Exemplo:
 Sempre aparecia por lá.
 Havia reuniões todos os dias.

Instrumento
Por Exemplo:
 Rodrigo fez o corte com a faca.
 O artista criava seus desenhos a lápis.

Intensidade
Por Exemplo:
 A atleta corria bastante.
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 O remédio é muito caro.

Limite
Por Exemplo:
 A menina andava correndo do quarto à sala.

Lugar
Por Exemplo:
 Nasci em Porto Alegre.
 Estou em casa.
 Vive nas montanhas.
 Viajou para o litoral.
 "Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente." (Álvaro de Campos)

Matéria
Por Exemplo:
 Compunha-se de substâncias estranhas.
 Era feito de aço.

Meio
Por Exemplo:
 Fui de avião.
 Viajei de trem.
 Enriqueceram mediante fraude.

Modo
Por Exemplo:
 Foram recrutados a dedo.
 Fiquem à vontade.
 Esperava tranquilamente o momento decisivo.

Negação
Por Exemplo:
 Não há erros em seu trabalho.
 Não aceitarei a proposta em hipótese alguma.

Preço
Por Exemplo:
 As casas estão sendo vendidas a preços muito altos.
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Substituição ou troca
Por Exemplo:
 Abandonou suas convicções por privilégios econômicos.

Tempo
Por Exemplo:
 O escritório permanece aberto das 8h às 18h.
 Beto e Mara se casarão em junho.
 Ontem à tarde encontrou um velho amigo.

Adjunto Adnominal

É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a
qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais.
Veja o exemplo a seguir:
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância
Sujeito V.T.D. objeto direto objeto indireto

Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples,
do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:
• o artigo “o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta;
• o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;
• o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.
Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação
do verbo. Isso é facilmente notado quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que
estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.
Por Exemplo:
 O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.
Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos:
 Ele deixou uma obra originalíssima.

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As palavras "o", notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O
mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja:
 O notável poeta português deixou-a.
Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo é
importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto.
O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o núcleo
do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz
parte dele. Observe:
 Sua atitude deixou os amigos perplexos.
Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome
pessoal, obteríamos:
 Sua atitude deixou-os perplexos.
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.

DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL


É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso
ocorra, considere o seguinte:
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-
se a substantivos, adjetivos e advérbios.
Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal.
Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.

b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados
transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação.
O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:
Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.
A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente (termo passivo, termo alvo) de amar,
recebe a ação de amar.
Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.

ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL


Coloque AA para adjunto adnominal e CN para complemento nominal.
a) ____ Aquela mesa de madeira é muito resistente.
b) ____ Foi solicitada a devolução do pagamento.
c) ____ Aconteceu ontem a distribuição de medicamentos naquele hospital.
d) ____ A permanência dos engenheiros foi breve naquele obra.
e) ____ O medo da AIDS tomou conta das pessoas.
f) ____ A abertura dos portos às nações amigas aconteceu por ordem de D. João.
g) ____ As avenidas de nosso cidade necessitam de reparos.
h) ____ O juiz determinou a prisão do traficante.
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i) ____ A atitude do rapaz foi notável.


j) ____ O ataque das tropas cessou.

LISTA DE SUBSTANTIVOS ABSTRATOS


Adoração Agradecimento Amor Amargura
Alargamento Aceitação Aprovação Amizade
Beleza Bondade Caça Caminhada
Carregamento Comércio Concentração Cotação
Cultivo Corrida Declaração Destruição
Desespero Descoberta Eliminação Entrada
Eliminação Extinção Humilhação Hábito
Implantação Importação Ingratidão Idealização
Juramento Jogada Lavagem Leitura
Morte Mudança Matança Marginalização
Pagamento Permanência Reconhecimento Relacionamento
Recuperação Ruptura Substituição Suspensão
Sabedoria Sacralização

ADJETIVOS + preposição + complemento nominal


Todos se sentem aptos __________ aprovação
Muitos alunos sentem-se, a todo instante do dia, ávidos __________ novos desafios.
As pessoas daqui estão, em todo momento, propensas _________ entendimento desses conteúdos.
Estamos sempre cientes ____ responsabilidades.
Estou certo ________ ter bom resultado no concurso.
Sempre se mostrou hábil _________ jogos digitais.

APOSTO
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal.
Muitas vezes vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.
Por Exemplo:
 Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo
a que se relaciona porque poderia substituí-lo.
Veja:
 Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de adjunto adverbial de tempo.

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Veja outro exemplo:


Aprecio todos os tipos de música:
V.T.D. objeto direto
MPB, rock, blues, chorinho, samba.
aposto do objeto direto

Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função:

Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba.

Objeto Direto

Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de aposto).
Por Exemplo:
 Dona Aída servia o patrão, pai de Marina, menina levada.

Analisando a oração, temos:


pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.
menina levada = aposto de Marina.

Classificação do Aposto
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:
a) Explicativo:
 A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande
destaque no mundo atual.

b) Enumerativo:
 A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

c) Resumidor ou Recapitulativo:
 Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

d) Comparativo:
 Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

e) Distributivo:
 Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este, na prosa.

f) Aposto de Oração:
 Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.

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Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-
pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por
meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:
Por Exemplo:
 O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.
 A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

Atenção:
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase:
 A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa.
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal.

Observações:
1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo
pausa, não haverá vírgulas.
Por Exemplo:
 Acabo de ler o romance A moreninha.

2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc.
Por Exemplo:
 Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o recreio.

3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.


Por Exemplo:
 Código universal, a música não tem fronteiras.

4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de
preposição.
Por Exemplo:
 Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso na universidade, com as felicitações.

VOCATIVO
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito
nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter,
geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos:
 Não fale tão alto, Rita!
Vocativo

 Senhor presidente, queremos nossos direitos!


Vocativo

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 A vida, minha amada, é feita de escolhas.


Vocativo

Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra.
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!.
Por Exemplo:
 Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões.
 Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!
 Eh! Gente, temos que estudar mais.

DISTINÇÃO ENTRE VOCATIVO E APOSTO


O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
 Crianças, vamos entrar.
Vocativo
O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração.
Por Exemplo:
 A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada.
Sujeito Aposto

ESTUDO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS – São orações que exercem função substantiva e completam ou ampliam o
sentido de outras orações. São classificadas de acordo com a função sintática que exercem no período e podem ser:
1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA – Quando funciona como Sujeito da Oração Principal:
 É necessário que estudes:
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva – que estudes. = ISSO.
As Orações Subordinadas Substantivas Subjetivas desempenham a função de Sujeito de verbos sempre na terceira pessoa do
singular e são iniciadas, quando Desenvolvidas, pelas Conjunções Integrantes QUE ou SE, pelos Pronomes QUEM, QUAL,
QUANTO e pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas:
 Importa que aprendas Gramática.
 Quem nos criou nos julgará.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1. Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom –
É útil –
É conveniente –
É certo – + QUE + RESTO DA FRASE = SUJEITO
Parece certo –
É claro –
Está evidente –
Está comprovado

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Por Exemplo:
 É bom que você compareça à minha festa.

2. Expressões na voz passiva, como:


Sabe-se –
Soube-se –
Conta-se –
Diz-se – + QUE + RESTO DA FRASE = SUJEITO
Comenta-se –
É sabido –
Foi anunciado –
Ficou provado

Por Exemplo:
 Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.

3. Verbos como:
convir –
cumprir –
constar – + QUE + RESTO DA FRASE = SUJEITO
admirar –
importar –
ocorrer –
acontecer

Por Exemplo:
 Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do
singular.

2. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA – Quando funciona como Objeto Direto da Oração Principal:
 Eu quero que aprendas Gramática.
Eu quero o quê? – que aprendas Gramática (objeto direto), então se trata de uma Oração Subordinada Substantiva Objetiva
Direta.
As Orações Subordinadas Substantivas Objetivas Diretas são introduzidas:
Pelas Conjunções Integrantes QUE e SE, pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO e pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE,
POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas:
 Quero que saibas que te amo.
 Não sei se sabes.
 Nunca digas: desta água não bebo (= que desta água...).
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Pelos Pronomes QUEM, QUAL, QUANTO, em Interrogações Indiretas:


 Não me disseste quantos anos tens.
 Não sei qual o teu nome.

Pelos Advérbios COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, QUÃO nas Interrogativas Indiretas:
 Não entendi como isto se deu.
 Não sabemos por que o fizeste.
 Quero saber quando voltas.

1. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA – Quando funciona como Predicativo do Sujeito da Oração
Principal:
 Meu desejo é que vocês aprendam Gramática.
 A casa paterna é onde melhor se vive.

4. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA – Quando funciona como Aposto da Oração Principal:
 Só quero uma coisa: que vocês aprendam Gramática.
 Desejo lhes dizer uma verdade: não posso viver sem vocês.

5. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA – Quando funciona como Objeto Indireto da Oração
Principal:
 Daremos a taça a quem vencer.
 Lembre-se de que é bom aprender.

Às vezes, pode haver elipse da preposição:


 Lembre-se que é bom aprender Gramática (=...de que é bom aprender).

6. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL – Quando funciona como Complemento Nominal de um
Substantivo ou Adjetivo da Oração Principal:
 Sou favorável a que viajes.
 Escrevi este livro na esperança de que vocês aprendessem Gramática.
As Completivas Nominais são regidas de preposição, sendo esta, às vezes, elíptica:
 Sou favorável que viajes (= ...a que viajes).

PONTUAÇÃO
Agora, vamos estudar os principais empregos de alguns sinais de pontuação.
A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer dar
ao texto.
Há alguns sinais de pontuação cujo emprego, atualmente, obedece a uma razoável disciplina, como a vírgula, o ponto e
vírgula, os dois-pontos e o ponto de interrogação. Outros têm emprego mais livre, mais subjetivo, como o ponto de
exclamação e as reticências.

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PONTUAÇÃO GRÁFICA
Pontuação é o conjunto de sinais que representam, na língua escrita, as pausas e a entonação da língua falada. Ela é
composta dos seguintes sinais de pontuação:
1. vírgula ,
2. ponto e vírgula ;
3. ponto .
4. ponto de exclamação !
5. dois pontos :
6. ponto de interrogação ?
7. aspas " "
8. travessão ─
9. reticências ...
10. parênteses ( )
11. colchetes [ ]

VÍRGULA
De um modo geral, a vírgula marca uma pausa de pequena duração. Entretanto é bom frisar que, nem sempre, a pausa
respiratória corresponde à vírgula e, nem sempre também, a vírgula é marcada, na fala, por uma pausa respiratória.
Nos exemplos abaixo, pode-se verificar isso:
a) Os excelentes bailarinos do balé Bolshoi foram recepcionados pela embaixada de seu país.
b) Aos noivos desejamos toda a felicidade possível.
c) Fizestes o almoço? Sim, senhora!
Nos exemplos a e b, não há vírgula, embora se possa até fazer uma pausa, no nível da fala, após as palavras Bolshoi e noivos.
No exemplo c, ao contrário, há vírgula (separando o vocativo), mas, na cadeia da fala, ela é imperceptível.
É proibido o uso da vírgula para separar:
a) sujeito e predicado
Exemplo
O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas
Sujeito

convocará uma reunião de emergência.


Predicado

É proibido o uso da vírgula para separar:


b) o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto)
Exemplo
Comunicamosao prezadíssimo amigo que estaremos a seu inteiro dispor.
V.T.D.I. OI OD

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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


a) Para separar termos de mesma função sintática (de mesma classe gramatical), que, normalmente, participam de uma
enumeração.
Exemplos
“Eu quis ficar mais um pouco e o teu corpo e o meu tocavam inquietudes, caminhos, noites, números, datas.”
(Carlos Nejar. Casa dos arreios, Nas altas torres)

A sala era enorme, vazia, escura.


Gostava dos amigos, da cidade, das coisas.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


b) Para isolar o aposto.
Exemplos
“... o Vargas gordo, o das corridas, estendeu a face enorme, imberbe e cor de papoula.” (Eça de Queirós. Os Maias)
Da Vinci, espírito enciclopédico, foi a alma da Renascença.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


c) Para isolar o vocativo.
Exemplos
“Ao que aprecio também, chefe, a distinção minha desta ocasião, de dar meu voto.” (J. Guimarães Rosa. Grande sertão:
veredas)
“Adeus, meu cajueiro!” (Humberto de Campos. Memórias)
Maria, por que não respondes?

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


d) Para isolar o adjunto adverbial deslocado (vírgula não obrigatória, mas aconselhável).
Exemplos
“Diziam que, no velho cemitério da vila inundado, os caixões boiavam.” (Dalcídio Jurandir. Três casas e um rio)
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste.”
(Olavo Bilac. A Pátria)

Durante a peça teatral, não se escutou um só ruído.


Explique, sem constrangimento, qual o seu problema.
OBSERVAÇÃO
Quando o adjunto adverbial for constituído de um só termo, mesmo que esteja deslocado, não há necessidade de vírgula.
Porém, se se quiser enfatizar a expressão, pode-se-á usar esse recurso de pontuação.
Exemplos
 Ali várias pessoas discutiam.
 Ali, várias pessoas discutiam.

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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


e) Para marcar a supressão do verbo.
Exemplos
Eu fui de ônibus e ela, de avião. (= ela foi de avião)
Nós tivemos só alegrias; eles, só tristezas. (= eles tiveram só tristezas)

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


f) Para separar orações adjetivas explicativaS
OBSERVAÇÃO
1. Antes do pronome relativo, a vírgula (no caso de ser restritiva a oração) é proibida:
Exemplos
 O aluno que é responsável não cria problemas.
 A água que contém agentes químicos e agrotóxicos não deve ser ingerida.
 O homem que falou representou-me na Assembleia.
2. Se a oração for adjetiva e o verbo estiver no subjuntivo, ela será forçosamente restritiva.
Exemplo
 Estou à procura de um apartamento que seja bem localizado.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


g) Para separar as orações adverbiais deslocadas (reduzidas ou não), com exceção da comparativa e conformativa (quando o
verbo estiver elíptico).
Exemplos
Enquanto não arruma emprego, seu pai manda-lhe uma mesada.
Sua casa, embora seja pequena, é bem ventilada.
Saciada a sede, ela deitou-se para descansar.
Ao vê-la triste, compreendeu que havia errado.
Cumprimentando pela formatura, envio-te um abraço.
Ela é tão inteligente como a irmã. (comparativa)
Ela sairá conforme o tempo. (conformativa)

OBSERVAÇÃO
As orações substantivas, com exceção das apositivas, não são virguladas por se constituírem em termos essenciais (sujeito,
predicativo) ou integrantes (objeto, complemento nominal etc.)

Exemplos
Urge que te apresses.
núcleo do sujeito
predicado

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Eu quero que me leves ao teatro.


Sujeito núcleo do objeto direto
predicado

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


h) Para isolar o predicativo deslocado (vírgula não obrigatória, mas aconselhável).
Exemplos
A mulher, desesperada, correu em seu socorro.
Desesperada, a mulher correu em seu socorro.
OBSERVAÇÃO
Se estivesse em ordem direta, o período ficaria assim:
A mulher correu desesperada em seu socorro.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


i) Para separar as conjunções coordenativas adversativas e conclusivas deslocadas
Exemplos
Estou doente; não contem, portanto, comigo.
Durante o ano, trabalhamos muito; nas férias, porém, descansaremos bastante.
Tudo não passou de um mal-entendido; façamos, pois, as pazes.
OBSERVAÇÃO
Quando as conjunções vêm em sua posição normal, não se coloca vírgula depois delas.
Exemplo
Passamos um certo trabalho na infância, porém hoje desfrutamos alguma segurança

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


j) Para separar as orações coordenadas (assindéticas, adversativas e explicativas).
Exemplos
Vim, vi, venci. (assindéticas)
Estudou, mas não conseguiu aprovação. (adversativa)
Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva)
Vá de uma vez, porque vai chover. (explicativa)

k) VÍRGULA ANTES DA PALAVRA E


OBSERVAÇÃO
As conjunções e, nem e ou normalmente não são virguladas. A vírgula poderá, no entanto, ser usada nos seguintes casos:
a) E – com valor adversativo
Exemplo:
 Fui ao cinema, e (= MAS) não encontrei os amigos.

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b) E – se os sujeitos forem diferentes


Exemplo
 “Algumas autoridades avalizam o vandalismo, e o ódio entre pobres e ricos vai aumentando.” (Revista Manchete,
25/8/90, p. 112)

c) E – se estiver repetido, formando polissíndeto


Exemplo:
 Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.

d) OU – se houver retificação ou alternativa.


Exemplos
 Ou tudo, ou nada.
 Se precisar de auxílio, ou a dor nas costas exigir massagem, telefone para a clínica.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


l) Para isolar certas expressões (exemplificativas ou de retificação) tais como: por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás,
digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim, com efeito, etc.
Exemplo
Observe, por exemplo, o edital publicado no Diário Oficial de quinta-feira passada.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


m) Para separar o complemento do verbo (quando vier anteposto a esse e houver outro complemento – pleonástico).
Exemplos
“Fígado, melhor não tê-lo. “
O.D. O.D. pleonástico
(Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Bom, Mau)
O homem, fê-lo Deus à sua semelhança.
O.D O.D pleonástico

“Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.”


O.I. O.I pleonástico O.I O.I. pleonástico

(Rodrigues Lobo)
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
n) Para separar a localidade da data e nos endereços.
Exemplos
Porto Alegre, 29 de março de 2016.
Brasília, abril de 2016
Tomás Flores, 163

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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:


o) Para isolar os elementos repetidos.
Exemplo
Verinha pulou, pulou, pulou neste carnaval até cansar.

 DOIS PONTOS
Os dois pontos marcam um suspensão de voz em uma frase ainda não terminada.
Emprega-se nos seguintes casos:
a) Antes de uma citação (letra maiúscula após a pontuação).
Exemplos:
“E o pastor prosseguiu:
– Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu sermão de hoje sobre a mentira.”
João Ribeiro. Cartas Devolvidas

“... mas o baiano repetiu:


– Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!”
J. Simões Lopes Neto. Casos do Romualdo

b) Antes de uma enumeração (letra minúscula após a pontuação):

Exemplos:
Duas coisas pretendo conseguir neste ano: um bom emprego e uma vaga no curso de inglês.
Comprou diversas mercadorias no supermercado: artigos de limpeza, gêneros alimentícios e brinquedos.
c) Antes de uma explicação (letra minúscula após a pontuação):
Exemplos:
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha: há de ficar comigo numa saudade tua, hás de levar contigo uma saudade minha.
Adaptado de Alceu Wamosy. Duas Almas.

Quanto eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas notícias.

TRUQUE: para saber se é uma explicação, tenta-se substituir os dois pontos por um “porque”.
d) Antes de uma complementação (letra minúscula após a pontuação).
Exemplos:
“O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.”
Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Fígado e Coração.

Aquela mãe preocupa-se com uma coisa: o futuro dos filhos.


TRUQUE: para saber se é uma complementação, faz-se a seguinte pergunta depois dos dois pontos: “Qual?”

e) Antes de uma conclusão (letra minúscula após a pontuação).


Exemplos:
O apartamento tinha poucas peças, e essas eram pequenas e escuras: uma droga!

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O roteiro é lindo, a passagem e os hotéis estão baratos: não podemos perder a oportunidade!

TRUQUE: para saber se é uma conclusão, tenta-se substituir os dois pontos por um “logo”.

 ASPAS
As aspas são empregadas nos seguintes casos:
a) Citações ou transcrições literárias.
Exemplos:
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis.

b) Palavras ou expressões estrangeiras.


Exemplos:
O “slogan” anunciava ...
Nestor de HoIanda. Gente Engraçada.
Quero uísque “on the rocks”.

c) Para realçar uma expressão com ironia.


Exemplo:
João, com seus 90 quilos, está “fraquinho”...
d) Para assinalar um termo que precisa ser realçado.
Exemplo:
A palavra “que” pode ser analisada de diversas maneiras.

e) Para gírias e expressões de nível vulgar.


Exemplo:
O espetáculo de música “pop” estava uma “curtição”.
Ela estava apaixonada pelo “sordado”.

OBSERVAÇÕES:
1. Quando já há aspas numa citação ou numa transcrição, usa-se aspa simples ou o negrito (ou o itálico).
Exemplos:
“Até já se falava em impeachment, quando aconteceu homicídio na rua principal.”
“Até já se falava em ‘impeachment’, quando aconteceu homicídio na rua principal."
Nestor de Holanda, Gente Engraçada

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 TRAVESSÃO
O travessão é empregado nos seguintes casos:
a) Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor.
Exemplo:
" ─ Por que você não toca? ─ perguntei.
─ Eu queria, mas tenho medo.
─ Medo de quê?
─ Dos bichos-feras.
─ Que bichos-feras?"
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto

b) Para isolar termos ou orações intercaladas (como desempenha função análoga à dos parênteses, usa-se geralmente o
travessão duplo).
Exemplos:
"Eles eram muitos cavalos,
─ rijos, destemidos, velozes ─ entre Mariana e Serro Frio, Vila Rica e Rio das Mortes."
Cecília Meirelles, Romanceiro da Incondifência.

"Chamei Diadorim ─ e era um chamado com remorso ─ e ele veio, se chegou."


J. Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.

OBSERVAÇÃO:
Às vezes, usa-se o travessão em lugar dos dois pontos.
Exemplo:
"Era mesmo o meu quarto ─ a roupa da escola no prego atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na estante de
caixote que eu mesmo fiz – aliás precisava de pintura.”
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto

ESTRUTURA DAS PALAVRAS


Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreende-se melhor o significado de cada
uma delas. Observe os exemplos abaixo:
art-ist-a brinc-a-mos cha-l-eir-a cachorr-inh-a-s

A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome
de elementos mórficos ou morfemas.
Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
inh - indica que a palavra é um diminutivo
a - indica que a palavra é feminina
s - indica que a palavra se encontra no plural

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Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.


Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua
São elementos mórficos:
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos primeiros
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação

Radical
Observe o seguinte grupo de palavras:

livr- o

Livr- inh- o

Livr- eir- o

Livr- ec- o

Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical primário ou raiz.
Radical primário: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado
através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra.
Por Exemplo:
cert-o
cert-eza
in-cert-eza

Afixos
Afixos são elementos secundários que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o
acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": certamente, advérbio de modo. De
maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-"
e"-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar.
Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-
ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos:

Prefixo Radical Sufixo

in at iv – o

em pobr ec – e – r

inter nacion al

Desinências
Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:
Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (feminino) e de número (plural) dos nomes.

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Exemplos:

alun-a aluna-s

Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões,
como nos exemplos acima.
Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero.
Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número.

Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos.
Exemplos:
compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-m

compra-va compra-va-s

A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa
do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do
indicativo, na 1ª conjugação.

Vogal Temática
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três
vogais temáticas:

Caracteriza os verbos da 1ª conjugação.


Exemplos: buscar, buscavas, etc.

Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.


Exemplos: romper, rompemos, etc.

Caracteriza os verbos da 3ª conjugação.


Exemplos: proibir, proibirá, etc.

Tema
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas são:
busca-, rompe-, proibi-

Vogais e Consoantes de Ligação


As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo
possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra. São morfemas pré-sufixais.
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Exemplo:
parisiense (paris= radical, vogal de ligação=i, ens-e=sufixo,)

Outros exemplos:
gas-ô-metro, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, pe-z-inho

Formação das Palavras


Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos
consiste basicamente em que, no processo de derivação, parte-se sempre de um único radical, enquanto no processo de
composição sempre haverá mais de um radical.

Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente,
chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

Primitiva Derivada

mar marítimo, marinheiro, marujo

terra enterrar, terreiro, aterrar

Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de
outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.

Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz

Derivação Sufixal ou Sufixação


Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe
gramatical.
Por Exemplo:
alfabetização

No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do
substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho

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b) Verbal, formando verbos.


Por Exemplo:
atual - atualizar

c) Adverbial, formando advérbios de modo.


Por Exemplo:
feliz - felizmente

Derivação Parassintética ou Parassíntese


Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da
parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-"
e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa
língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer".
Exemplos:

Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada

mudo e mud ec-e-r emudecer

alma des alm ad-o desalmado

Atenção!
Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo,
com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência:
desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor. Nesse casos a derivação
recebe o nome de prefixal e sufixal.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de
"propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo
acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.

EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL:


Deslealdade = lealdade, desleal ou leal
inquietude = inquieto, quietude ou quieto
infelicidade = infeliz, felicidade ou feliz
Ultrapassagem= ultrapassar, passagem, passar
Desigualdade = desigual, igual
Desvalorização = desvalorizar, valorizar, valor.

DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE


ANOITECER (derivado de NOITE )
AMOTINAR (derivado de MOTIM)
ENRAIVECER (derivado de RAIVA)

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ENGORDAR (derivado de GORDO)


DESALMADO ( derivado de ALMA)
APODRECER (derivado de PODRE)
ENDURECER (derivado de DURO)
EMUDECER ( derivada de MUDO)
EMPOBRECER (derivada de POBRE)
ENCAIXOTAR (derivada de CAIXOTE)
ENCRUZILHADA (derivada de CRUZ)
DESCASCAR (derivada de CASCA)
ENALTECER (derivada de ALTO)
AMANHECER (derivada de MANHÃ)
ABENÇOAR – (derivado de BÊNÇÃO)
AMANHECER – (derivado de MANHÃ)
AMALDIÇOAR – (derivado de MALDIÇÃO)
ENRIJECER – (derivado de RIJO)
ENLOUQUECER – (derivado de LOUCO)
ENTRISTECER – (derivado de TRISTE)

Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:

comprar (verbo) beijar (verbo)

compra (substantivo) beijo (substantivo)

Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre,
porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos
deverbais.
EXEMPLOS DE DERIVAÇÃO REGRESSIVA
agito (de agitar)
amasso (de amassar)
ataque (de atacar)
abalo (de abalar)
ajuda (de ajudar)

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alcance (de alcançar)


apelo (de apelar)
choro (de chorar)
corte (de cortar)
debate ( de debater)
erro (de errar)
grito ( de gritar)
pesca (de pescar)
perda (de perder)
preparo (de preparar)
recuo ( de recuar)

Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua
forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos
Por Exemplo:
Os bons serão contemplados.

2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos


Por Exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.

3) Os infinitivos passam a substantivos


Por Exemplo:
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

4) Os substantivos passam a adjetivos


Por Exemplo:
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advérbios


Por Exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.

Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:

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Composição por Justaposição


Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Exemplos:
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade
da palavra.

Composição por Aglutinação


Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos.
Exemplos:
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)

Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
auto (grego) + móvel (latim)

EXERCÍCIOS
01. Ano: 2017 Banca: FAURGS Órgão: HCPA Prova: Assistente Administrativo

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Considere as seguintes afirmações sobre o uso de pronomes no texto.

I - O pronome isso (l. 08) é um pronome demonstrativo.


II - O pronome nossa (l. 22) é um pronome possessivo.
III - O pronome ela (l. 35) é um pronome pessoal.

02. Ano: 2002 Banca: ESAF Órgão: TJ-CE Prova: Auxiliar Judiciário - Área Administrativa
CUIDADO!
Não se sente o efeito dos agrotóxicos nos alimentos ao _____________, porém o envenenamento é progressivo e
cumulativo ao longo dos anos.
Assinale a opção que completa a lacuna de forma correta.

a) ingerir-lhes
b) ingerir eles
c) ingeri-lhes
d) ingeri-los
e) ingerir-los

03. Ano: 2003 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
A frase em que se indica a substituição do elemento sublinhado por uma forma pronominal correta é:

a) Muros altos cercavam o condomínio = cercavam-no.


b) Reforçaram a guarda = reforçaram-a.
c) Os guardas controlavam o condomínio = controlavam-lhe.
d) Os ladrões espiam os condôminos = espiam eles.
e) Tentam atingir a liberdade = atingir-lhe.

04. Ano: 2001 Banca: FCC Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Segurança e Transporte
"Esses sintomas levam a pessoa a reiniciar o processo."

Substituindo os termos sublinhados pelos pronomes adequados, obtêm-se, respectivamente, as formas

a) levam-lhe e reiniciar-lhe.
b) levam-na e reiniciá-lo.
c) levam-a e reiniciar-lo.
d) levam-na e reiniciar-lhe.
e) levam-lhe e reiniciá-lo.

05. Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: ILSL Prova: Técnico de Radiologia
Assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente substituído pelo pronome.
Eu desejei aos noivos muita felicidade!
a) Eu desejei-lhe muita felicidade!
b) Eu desejei-o muita felicidade!
c) Eu os desejei muita felicidade!
d) Eu desejei-lhes muita felicidade!
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06. Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Valinhos – SP Prova: Assistente Administrativo
A Rede de Cidades Criativas da Unesco, que prestigia profissionais pelo trabalho significativo que exercem em
determinadas áreas, conta com cinco brasileiros.

O pronome que substitui corretamente a palavra destacada e está adequadamente colocado na frase encontra-se em:

a) … que prestigia-lhes…
b) … que prestigia-os…
c) … que prestigia-nos…
d) … que lhes prestigia…
e) … que os prestigia…

07. Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: CAU – AC Prova: Analista de Fiscalização ( Arquiteto e Urbanista)

Quanto à classificação gramatical do termo “você”, assinale a alternativa correta.

a) Preposição acidental
b) Pronome de tratamento
c) Conjunção integrante
d) Interjeição
e) Substantivo abstrato

08. Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Banco da Amazônia Prova: Técnico Bancário

Em "O que primeiro" L.1), o termo sublinhado equivale a Aquilo.


(  ) Certo (  ) Errado

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09. Ano: 2016 Banca: SENAI – PR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: Agente de Segurança

Um a cada quatro motoristas brasileiros dirige após consumir álcool

O comerciante Francisco de Assis Pinheiro, 38 anos, natural do Rio de Janeiro, faz parte dessa estatística. Ele sofreu um
grave acidente quando voltava de uma festa após ter bebido álcool. “Não andei nem 300 metros e em uma curva bati
em outro carro. Eu estava sem cinto, fraturei o osso da região da bacia e estou sem andar. Aprendi a lição. Não se deve
beber e dirigir”, lembra o comerciante.

(Disponível em Portal Brasil. Acesso em 09/02/2016. http://www.brasil.gov.br/saude/2015/02/um-a-cada-quatro-motoristas-brasileiros-dirige-apos-


consumir-alcool).

O pronome “ele” que aparece no terceiro parágrafo faz referência ao:


a) Álcool.
b) Brasil.
c) Osso.
d) Comerciante.
e) Acidente.

Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária

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10. Em "garantindo-lhe", o pronome "lhe" exerce a função sintática de objeto indireto e refere-se a "cidadão”.
(  ) Certo (  ) Errado

11. Tendo por base o texto acima, julgue os itens que se seguem.
O emprego do pronome na primeira pessoa do plural "nossas" indica que o autor inclui no texto a voz dos brasileiros em
geral.
(  ) Certo (  ) Errado

12. Ano: 2004 Banca: FCC Órgão: TRE-PE Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

... consideram que talvez o principal deles tenha sido a construção do porto de Suape.

O pronome grifado na frase acima substitui corretamente no texto a expressão

a) de tantos ataques.
b) dos especialistas.
c) dos navios.
d) dos tubarões.
e) desses fatores.

13. Ano: 2004 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

Onde a lei não impõe uma conduta obrigatória, o indivíduo exerce livremente sua atividade. O poder público só pode
intervir na esfera individual mediante uma lei que o autorize. Essa garantia de caráter institucional se expressa pelo
princípio da legalidade. A lei, depois de publicada, torna-se obrigatória, sem que ninguém possa negar-lhe
cumprimento, alegando que não a conhece, pois para que a ordem jurídica tenha real vigência é forçoso supor o
conhecimento geral da lei. Em direito penal, por aplicação da mesma regra, entende-se que a ignorância ou errada
compreensão da lei não eximem de pena.
(Adaptado do verbete Direito. Nova Enciclopédia Barsa.6. ed. São Paulo: Barsa Planeta Internacional, 2002, vol. 5,p. 197-198)

... mediante uma lei que o autorize.

Considerando-se o contexto, é correto afirmar que, na frase acima, o pronome grifado está no lugar de:

a) o indivíduo a exercer livremente sua atividade.


b) o interessado a declarar sua vontade.
c) o presidente da república a expedir medidas provisórias
d) uma lei constitucional a revogar outra, comum
e) o poder público a intervir na esfera individual

14. Ano: 2004 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa

O impacto decorrente da incorporação de todas as áreas agrícolas disponíveis na economia brasileira ainda não está
claro, mas as apostas são altas. Além de haver largas extensões de terras virgens de onde extrair alimentos, é possível
tirar muito mais da que já está sendo usada. Isso se deve ao fato de que, apesar de todo o avanço, o uso de tecnologia
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ainda é relativamente baixo na lavoura, quando comparado ao cenário dos países desenvolvidos. Uma mudança nesse
quadro possibilitaria ganhos expressivos para o país. Hoje, ocupando uma área agrícola relativamente pequena, o Brasil
já é uma potência mundial do campo. Temos o maior rebanho comercial bovino, a maior produção de laranja e de café,
a segunda maior produção de soja e a terceira de milho. Segundo previsões recentes, a safra brasileira de soja nos
próximos anos deve ultrapassar a dos americanos, colocando o país na posição de líder mundial.
(Adaptado de Veja, 3 de março de 2004, p. 79-83)

... a safra brasileira de soja nos próximos anos deve ultrapassar a dos americanos...

O pronome grifado na frase acima evita a repetição, no texto, da expressão

a) a área agrícola.
b) a potência do Brasil
c) a segunda maior produção de soja.
d) a safra brasileira de soja.
e) a safra de soja.

15. Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: Engenheiro Civil

A flexão de plural no pronome átono em “aproximando-os” (L.10) justifica-se pelo plural em “países” (L.8).
(  ) Certo (  ) Errado

16. Ano: 2003 Banca: CESPE Órgão: Banco do Brasil Prova: Escriturário
Câmbio é toda operação em que há troca de moeda nacional por moeda estrangeira ou vice-versa. Por exemplo,
quando uma pessoa vai viajar para o exterior e precisa de dinheiro para sua estada ou para suas compras, o banco
vende a essa pessoa moeda estrangeira (recebe moeda nacional e lhe entrega moeda estrangeira).

O pronome "toda" (L.1) pode, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto, ser substituído por
qualquer.
(  ) Certo (  ) Errado

17. Ano: 2019 Banca: CETAP Órgão: Prefeitura de Ananindeua – PA Prova: Assistente Social

A MÁGICA DA EDUCAÇÃO

Educar-se é a precondição para que o trabalho seja uma escola


Ao começarmos a trabalhar, usamos o que nos ensinou a escola. No ano seguinte, já teremos esquecido muito do que
nos foi ensinado. Sendo assim, diria a lógica, se ganhamos pelo que aprendemos na escola, ao irmos esquecendo, nosso
salário deveria diminuir. Mas é exatamente o oposto. Os analfabetos se aposentam praticamente com o mesmo salário
inicial. Para quem estudou, em vez de caírem, os salários sobem ao longo da vida profissional. E não é só isso: sobem
mais quanto mais escolaridade se consegue acumular. Mas não voltamos à escola, não nos ensinaram nada de novo que
pudesse ser remunerado. Ainda assim, sobem os salários.
(CASTRO, Cláudio de Moura. Revista Veja, 6 de AGOSTO, 2018. p. 73)

Marque a alternativa que identifica o antecedente do pronome relativo que, em: “(...) não nos ensinaram nada de novo
que pudesse ser remunerado.”:

a) de novo
b) nada.
c) ensinaram.
d) pudesse.

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18. Ano: 2005 Banca: CESPE Órgão: ANTAQ Prova: Técnico Administrativo

O pronome o qual pode corretamente substituir “que”, nas ocorrências nas linhas 6 e 15.
(  ) Certo (  ) Errado

19. Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: SEE-AC Prova: Professor - Língua Portuguesa
“A sala de aula é um local de aprendizagem, onde o discente deve se esforçar ao máximo para extrair do professor os
conhecimentos da matéria.”
No período acima, o pronome relativo “onde” foi usado corretamente, referindo-se a um antecedente que apresenta
uma noção locativa. Entre as frases abaixo há uma alternativa em que o relativo ONDE está sendo utilizado de maneira
incorreta, assinale-a.
a) Quero viajar para alguma cidade tranquila, ONDE possa passar alguns dias em paz.
b) Este é o bairro ONDE morei durante toda a minha infância.
c) "Minha terra tem palmeiras ONDE canta o sabiá.”
d) Aquela é a ponte ONDE nos encontramos pela primeira vez.
e) Vivemos uma época muito difícil, ONDE a violência gratuita impera.

20. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: Técnico Tributário da Receita Estadual

A correção e os sentidos do texto seriam preservados se o termo “no qual” (l.7) fosse substituído por
a) que.
b) onde.
c) cujo.
d) em cujo.
e) aonde.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
VVV D A B D E B C D C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E E C C B E E B

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
185
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220

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