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MÓDULO 5 - LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO - Parte 3

5.3. Rigidez das ligações

As ligações entre peças estruturais podem ser rotuladas ou rígidas. As primeiras permitem giro relativo entre as peças ligadas e a ligação rígida é mais
restringida, permitindo algum giro, cujo valor depende da inércia das vigas e pilares que chegam no vínculo.

Uma ligação pode ser considerada rotulada se:

Onde:

é o momento de inércia da
viga
e

é o comprimento da
viga

Pode ser considerada rígida se:

, mas desde que valha a


relação

Onde:
- valor médio para todas as vigas no topo do
de andar

- valor médio para todos os pilares do


de andar

S ma a ligação é considerada semi-


e s rígida.

OBS: Permite-se, por simplicidade e a critério do projetista, adotar apenas ligações rotuladas ou rígidas em seus modelos.

5.4. Dimensionamento de ligações parafusadas


5.4.1. Área efetiva do parafuso

Na região da rosca a área da seção do parafuso é reduzida, essa área reduzida recebe o nome de área efetiva.

(área efetiva, excluindo a rosca) "mudar Abc por


Abe"
Onde:
- área bruta (incluindo a
rosca)

5.4.2. Força resistente de Tração

Os parafusos quando submetidos a tração apresentam a seguinte força de tração resistente de cálculo:

onde

No caso de tração a área resistente é sempre a área efetiva.

Para o parafuso ser aceito deve-


se ter:

5.4.3. Cisalhamento
Dependendo do comprimento e posicionamento do parafuso o plano de corte pode se dar dentro ou fora da rosca, com isso o valor da força cortante
resistente de cálculo muda.

5.4.3.1. Plano de corte na rosca

Quando o plano de corte ocorre na rosca tem-se:

5.4.3.2. Plano de corte fora da rosca

Quando o plano de corte ocorre fora da rosca tem-se:

Para o parafuso ser aceito deve-


se ter:

5.4.4. Pressão de contato

Desde que atendidos os itens 5.4.3.1 e 5.4.3.2 deve-se proceder, também à verificação do efeito do parafuso sobre as paredes do furo. Para isso deve ser
calculada a força de contato resistente de cálculo, que também leva em conta o rasgamento de entre dois furos consecutivos e entre um furo extremo e a
borda. O valor dessa força é dado por:
= distancia entre às bordas de furos adjacentes ou à
borda livre

Figura 39

= diâmetro do parafuso
(externo)

= espessura da parte
ligada

= resistência à ruptura do material


furado

5.4.5. Ocorrência simultânea de tração e cisalhamento

Quando houver ocorrência simultânea de tração e de corte deve-se usar a seguinte fórmula de interação:

Caso não se use essa verificação usar a seguinte limitação, utilizando apenas força de tração:

- corte pela
rosca

- corte fora da
rosca

5.4.6. Efeito alavanca


No caso de ligações entre chapas com forças de tração na direção perpendicular da chapa, deve-se verificar o efeito de alavanca provocado pela
deformação das chapas.

Figura 40

Pode-se considerar o efeito de alavanca atendido quando a determinação das espessuras t1 e t2 das chapas ligadas for feita pelo momento resistente

elástico e a força de tração resistente de cálculo for reduzida em 25%.


5.4.7. Espaçamento mínimo entre furos

Respeitadas as condições de resistência a norma apresenta as seguintes exigências com respeito ao mínimo espaçamento entre parafusos:

Figura 41

As duas condições devem ser verificadas.


5.4.8. Espaçamento máximo entre furos

Para que a ligação parafusada comporte-se adequadamente, os parafusos não devem estar muito distanciados uns dos outros, por isso a Norma impõe
limites máximos de espaçamento:

Figura 42
5.4.9. Distância mínima de um furo às bordas (qualquer borda)

Quanto a distância mínima dos furos às bordas das peças ligadas a Norma especifica o seguinte:
Figura 43 - Fonte: NBR 8800: 2008, tabela 14 – Pagina 85.
5.4.10. Distância máxima de um furo às bordas

Também existem restrições quanto às distâncias máximas dos furos em relação às bordas das peças ligadas. Usa-se o menor dos valores abaixo:

MÓDULO 5 - LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO - Parte 4


5.5. Dimensionamento de ligações soldadas

O primeiro passo na determinação da capacidade de uma ligação soldada consiste em determinar a sua área resistente Para isso deve-se multiplicar o
comprimento de solda pela sua altura. Esses valores vão depender do tipo de solda usado se de penetração total ou parcial ou se de filete.

5.5.1. Determinação da área resistente da solda de penetração total ou parcial.


Figura 44 - Solda de penetração total e parcial

Neste caso a altura da solda pode ser dada pelos valores x para penetração total ou y para penetração parcial como mostrado na figura. No caso de
penetração total se o chanfro da chapa for em bisel com ângulo de 45º deve-se, ainda, descontar mais 3 mm.

O comprimento lw é igual ao comprimento real da solda.

Assim a área de soldada é dada pelos seguintes valores:

respectivamente solda de penetração total e solda de


, penetração parcial.
5.5.2. Determinação da área resistente da solda de filete

No caso da solda de filete a área de solda resistente é dada pelo comprimento efetivo de solda e a garganta efetiva.

Figura 45 – Solda de Filete


garganta
efetiva

No caso de solda de filete o comprimento efetivo de solda ( le ) não é exatamente igual ao seu comprimento real ( lw ). Esse valor é dado por:

Figura 46
O valor entre chaves é denominado de fator de redução ß que deve ficar entre 0,65 e 1,0.

= comprimento total da
solda
= tamanho da perna do filete, ver
figura 46

5.5.3. Determinação da força resistente de cálculo da solda

Esse valor depende da área efetiva de solda, da área do material base menos espesso e do eletrodo utilizado para execução da solda. A tabela abaixo
reproduzida da tabela 8 da NBR 8800 mostra as diversas fórmulas a serem aplicadas em função do tipo de solda se de penetração total, penetração parcial
ou de filete.
Figura 47 - Força resistente de cálculo de soldas -
Fonte: NBR 8800: 2008, tabela 8 – Pagina 71.

O eletrodo mais comum usado nas ligações soldadas é o do grupo E70, cuja resistência é mostrada abaixo:

Nas ligações soldadas a tração, ou compressão paralelas ao eixo da solda são desconsiderados.

As fórmulas referentes aos itens 5.5.4.1 e 5.5.4.2 foram retiradas da tabela 8 da Norma, e são as mais usadas. Elas são apresentadas para esforços de
tração, compressão e cisalhamento.

Nessas formulas temos:

= resistência do
eletrodo
= área efetiva da
solda
= área do material base (menos espesso) região
da solda

5.5.4. Solda de Penetração total

5.5.4.1. Tração ou compressão perpendicular à seção efetiva


5.5.4.2. Cisalhamento

5.5.5. Solda de Penetração parcial

5.5.5.1. Tração ou compressão perpendicular à seção efetiva

5.5.5.2. Cisalhamento

5.5.6. Solda de Filete

5.5.6.1. Tração ou compressão perpendicular à seção efetiva

Não há necessidadde de verificação.


5.5.6.2. Cisalhamento na seção efetiva

Neste caso a solicitação de cálculo é a resultante vetorial (R) das forças que produzem tensões normais ou de cisalhamento na superfície de contato das
partes ligadas.

5.5.7. Dimensões mínimas das soldas – gargantas mínimas

5.5.7.1. Solda de penetração parcial


Figura 48 - Espessura mínima da garganta efetiva de uma solda de penetração parcial -
Fonte: NBR 8800:2008, tabela 9 - Página 73

5.5.7.2. Solda de filete


Figura 49 - Tamanho mínimo da perna de uma solda de filete -
Fonte: NBR 8800:2008, tabela 10 - Página 74

MÓDULO 5 - LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS DE AÇO - Parte 5


5.6. Dimensionamento de chapas de ligação

Vídeo 9 - Chapas de Ligação

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Em uma ligação entre peças estruturais de aço, seja parafusada ou soldada, deve também ser verificada a resistência da chapa que faz a ligação entre
essas peças estruturais. Conforme a direção de aplicação da resultante das forças que atuam nos elementos ligados, as chapas podem ficar submetidas a
esforços de tração, compressão e cisalhamento. No caso da tração deve ser verificada também a possibilidade de rasgamento.

5.6.1. Chapas submetidas à tração

Neste caso devem ser verificadas duas situações limites: se há escoamento do material da chapa ou a sua ruptura. A verificação é feita pelo menor valor.

5.6.1.1. Para a determinação da força de tração resistente de cálculo no estado limite último de escoamento usa-se a seguinte relação:

Onde:

= Área
bruta
<>
= tensão de escoamento do
aço
5.6.1.2. Para determinação da força de tração resistente de cálculo no estado limite último de ruptura usa-se a relação abaixo:

= área
líquida
Para parafusos
adotar
= tensão de ruptura do aço a
tração

5.6.2. Chapas submetidas à compressão

5.6.2.1. Neste caso a verificação deve ser feita para a possibilidade de escoamento do material da chapa ou da possibilidade de sua flambagem. A situação

de escoamento é crítica quando o índice de esbeltez da chapa for menor ou igual a 25 , caso contrário , torna-se crítica a
flambagem da chapa.
5.6.2.2. Para determinação da força de compressão resistente de cálculo no estado limite último de escoamento usa-se a relação abaixo:

= Área
bruta
5.6.2.3. Para determinação da força de compressão resistente de cálculo no estado limite último de flambagem usa-se o item 5.3. da NBR 8800: 2008

SUGESTÃO: Para facilitar o cálculo, usar sempre que possível peça


com:

5.6.3. Chapas submetidas a cisalhamento

Da mesma forma, como visto antes, devem ser verificadas possibilidades de escoamento ou ruptura da chapa.

Para determinação da força cortante resistente de cálculo no estado limite último de escoamento usa-se a relação abaixo:

Para determinação da força cortante resistente de cálculo no estado limite último de ruptura usa-se a relação abaixo:

= área líquida sujeita a


cisalhamento

5.6.4. Verificação da possibilidade de colapso por rasgamento da chapa

Como comentado anteriormente, essa verificação é feita apenas para tração na chapa.
Para determinação da força de tração resistente ao rasgamento de cálculo usa-se a verificação abaixo:

= área bruta sujeita a


cisalhamento
= área líquida sujeita a
cisalhamento
= área líquida sujeita à
tração
Figura 49

A situação de tensão uniforme acontece quando a força de tração estiver no centro geométrico dos furos.

Para finalizar, incluímos um vídeo com o Prof. Ildony Bellei sobre ligações em estruturas de aço. Este vídeo faz parte do curso de Introdução ao uso do Aço
na Construção e foi realizado antes da revisão da NBR 8800: 2008.

Video 3 - Ligações
Caso sua conexão não seja Banda Larga, opte por fazer o download do vídeo em formato ZIP clicando aqui.
Apresentador: Ildony Helio Bellei
Engenheiro Civil e Eletrotécnico pela Escola de Engenharia da Universidade de Juiz de Fora/MG
Coordenador do Curso de Engenharia Civil e Professor titular da disciplina "Edificios de Aço" do Centro Universitário de Volta Redonda
Autor dos livros "Edificios Industriais em Aço" e "Edifícios de Multiplos Andares em Aço" e de alguns números da seríe Manual de Construção em aço, do
CBCA.
É Diretor da IHB Engenharia e Consultoria S/C Ltda.

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