Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
1
18
ELABORA AS LEIS
PODERES DA PODER
REPòBLICA LEGISLATIVO
FISCALIZA O EXECUTIVO
PODER
FUN‚ÌO JURISDICIONAL
JUDICIçRIO
Em alguns pa’ses, certas matŽrias n‹o podem ser apreciadas pelo Judici‡rio. Na
Fran•a, por exemplo, as decis›es administrativas s‹o definitivas, ou seja, n‹o cabe a
reaprecia•‹o pelo Poder Judici‡rio das decis›es tomadas no ‰mbito da
Administra•‹o Pœblica. ƒ o que a doutrina denomina de contencioso administrativo.
Portanto, na Fran•a, n‹o temos apenas uma jurisdi•‹o, mas sim duas: a administrativa
(sistema de contencioso administrativo) e a judici‡ria (comum).
E, no Brasil, isso acontece? Negativo. De acordo com o que est‡ disposto na
Constitui•‹o Federal, todo e qualquer fato pode ser levado ao Poder Judici‡rio.
Se, no Brasil, a Jurisdi•‹o Ž œnica como supracitado, porque existem v‡rias justi•as no
pa’s? Na verdade, n‹o existem v‡rias justi•as. O que existe Ž o Poder Judici‡rio
NACIONAL, pois apresenta a mesma finalidade (resolver em definitividade).
Os —rg‹os que integram o Poder Judici‡rio NACIONAL est‹o enumerados no art. 92, da
Constitui•‹o. Graficamente, ter’amos o seguinte:
2
18
Com essa divis‹o, surgem duas al•adas: a Justi•a Federal e a Justi•a Estadual.
As compet•ncias da Justi•a Federal s‹o dispostas expressamente na Constitui•‹o,
deixando ˆ Justi•a Estadual a compet•ncia residual Ð em termos simples, tudo o que
n‹o for da compet•ncia da Justi•a Federal, Ž de compet•ncia da Justi•a Estadual.
Enfim, esses par‰metros definem quem vai julgar cada conflito (demanda).
Quando falamos que um Juiz tem compet•ncia para julgar, falamos que ele tem
JURISDI‚ÌO! S‹o dois os tipos de jurisdi•‹o:
! Jurisdi•‹o Contenciosa - D‡-se o nome de jurisdi•‹o contenciosa quando existe
um conflito de interesses e o Estado-juiz resolve o conflito substituindo a vontade
entre as partes (a senten•a vai dizer quem est‡ certo e quem est‡ errado). ƒ a
forma tradicional de atua•‹o do judici‡rio.
! Jurisdi•‹o volunt‡ria - N‹o existe um conflito entre as partes, mas o neg—cio
jur’dico precisa ser resolvido com a presen•a de um Juiz (tambŽm chamado de
administra•‹o pœblica de interesses privados). O exemplo cl‡ssico Ž a mudan•a
do regime de casamento.
3
18
Outro conceito que me parece caro Ž sobre o que chamamos de FORO JUDICIAL!
FORO JUDICIAL Ž a denomina•‹o dada a todos os servi•os prestados pelo Poder
Judici‡rio, englobando as varas e of’cios judiciais e toda a estrutura destinada ao
funcionamento do Poder Judici‡rio. Aos of’cios de justi•a incumbem a execu•‹o dos
servi•os do foro judicial, sendo-lhes atribu’das as fun•›es auxiliares do ju’zo a que se
vinculam.
FORO EXTRAJUDICIAL Ž o local em que s‹o praticados os atos notariais e registrais. A
express‹o Ž utilizada para designar os servi•os prestados pelos Not‡rios e Registradores.
S‹o os cart—rios que est‹o espalhados pela cidade em que se reconhece firma, realiza-
se casamento, registram-se nascimentos e —bitos, fazem-se escrituras etc. A divis‹o Ž
essa:
PEÇA INAUGURAL
A pe•a inaugural Ž o pedido escrito que a parte apresenta seu pedido ao Poder
Judici‡rio.
ƒ por meio da pe•a inaugural que o Juiz Ž instado a se manifestar, ou seja, Ž o meio
que o indiv’duo provoca o Poder Judici‡rio e d‡ in’cio ao processo judicial.
Aqui j‡ Ž necess‡rio que voc• saiba sobre o princ’pio da inŽrcia!
A inŽrcia da jurisdi•‹o Ž um princ’pio basilar do judici‡rio brasileiro. Em apertada
s’ntese, quer dizer que o Juiz n‹o pode come•ar um processo de of’cio, cabendo ˆ
parte interessada provoc‡-lo (n‹o, n‹o Ž aquilo que seu irm‹o mais novo faz com
voc•).
4
18
CUSTAS
5
18
Art. 5¼ [...]
LIII - ninguŽm ser‡ processado nem sentenciado sen‹o pela autoridade competente;
Em outras palavras, quer dizer que a parte n‹o disp›e da livre escolha sobre o juiz que
julgar‡ sua causa.
Para tanto, os processos s‹o distribu’dos de forma aleat—ria e por sorteio. Existem regras
estabelecidas previamente e direcionam os processos ˆs varas espec’ficas.
6
18
7
18
Essas autonomias s‹o necess‡rias para que o Poder Judici‡rio seja independente. Mas,
tais autonomias, por si s—, n‹o bastam. ƒ necess‡rio, tambŽm, garantir a atua•‹o de
seus membros de forma livre. Para isso, existem algumas garantias constitucionais
asseguradas aos magistrados:
8
18
PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ
Alguns atos podem ser praticados pela pr—pria serventia judicial, outros precisam ser
realizados pelo magistrado.
Aqueles que podem ser feitos pelos servidores s‹o chamados de ATOS ORDINATîRIOS.
Para que o Juiz de Direito possa se manifestar, n—s devemos mandar os autos para eles.
O termo CONCLUSO Ž utilizado quando o processo Ž encaminhado ao magistrado
para que se pronuncie. Basicamente, existem tr•s tipos de concluso:
¥! Concluso para Despacho Ð Trata-se de movimenta•›es administrativas. Quer
dizer que o Juiz vai determinar a pr—xima movimenta•‹o processual. Os
despachos n‹o t•m natureza decis—ria.
¥! Concluso para Decis‹o Ð A decis‹o Interlocut—ria Ž uma simples decis‹o sobre
algo importante no processo, n‹o sendo a decis‹o final.
¥! Concluso para Senten•a Ð Essa Ž a decis‹o em primeiro grau sobre o que foi
pedido pelo autor.
9
18
Note que nessa etapa, j‡ existe um processo e tambŽm uma rela•‹o jur’dica
processual. Em que pese, excepcionalmente, existir processo sem autor ou rŽu (a•›es
abstratas), a regra Ž que a rela•‹o processual Ž tr’plice.
OBS: A doutrina entende que na jurisdi•‹o volunt‡ria n‹o h‡ partes, mas meros
interessados.
Ainda, existe a possibilidade de litiscons—rcio e interven•‹o de terceiros.
¥! Litiscons—rcio Ð Ž quando duas ou mais pessoas est‹o no mesmo processo,
passiva ou ativamente (ex. tr•s rŽus, cinco autores etc.);
¥! Interven•‹o de Terceiros Ð Ž ato processual pelo qual uma parte estranha ao
processo (terceiro) ingressa, por autoriza•‹o legal, na rela•‹o processual.
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
! Intima•‹o Ð Agora que o requerido j‡ foi chamado ao processo, ele deve ser
comunicado dos atos e termos do processo. Isso se faz por meio da intima•‹o.
CPC - Art. 269. Intima•‹o Ž o ato pelo qual se d‡ ci•ncia a alguŽm dos atos e dos
termos do processo.
10
18
INSTåNCIA EXTRAORDINçRIA
Em regra, os processos iniciam no primeiro grau e tramitam em uma vara Judicial. Ap—s
a senten•a, o interessado pode interpor recurso para o segundo grau e, ent‹o, o feito
tramitar‡ no segundo grau.
No primeiro grau de jurisdi•‹o, o processo Ž conduzido por um Juiz de Direito. As
decis›es durante o processo e a senten•a s‹o tomadas somente por ele.
RECURSO
11
18
Portanto, tanto o juiz que profere uma senten•a singular no primeiro grau tem
compet•ncia origin‡ria, quanto os Desembargadores que conhecem e julgam
diretamente no segundo grau. As hip—teses de compet•ncia origin‡ria dos
Desembargadores est‹o expressas no Regimento Interno de cada Tribunal.
Ao receber o recurso, pode-se decidir pelo tipo de efeito deste:
! Efeito Devolutivo Ð ÒDevolveÓ toda a matŽria para ser reexaminada na inst‰ncia
superior, para que a senten•a seja mantida ou anulada em todas as suas etapas
anteriores. Os efeitos da decis‹o em primeiro grau devem ser cumpridos;
Existem outros, mas esses dois s‹o importantes para o nosso curso. Se o interessado n‹o
interpor recurso, o processo transitar‡ em julgado e ser‡ encerrado. Quando falamos
em tr‰nsito em julgado, estamos nos referindo ˆ coisa julgada, ou seja, Ž a efic‡cia
que torna imut‡vel a senten•a, seja definitiva ou terminativa, n‹o mais sujeita a recurso
de qualquer espŽcie.
Recebido o RECURSO, o processo vai para o —rg‹o de segunda inst‰ncia competente
e l‡ Ž distribu’do para um dos membros. Sim, no segundo grau os processos tambŽm
devem ser distribu’dos.
Na pr‡tica, todos os processos e atos de compet•ncia cumulativa de 2 (dois) ou mais
ju’zes ESTÌO SUJEITOS Ë DISTRIBUI‚ÌO ALTERNADA E OBRIGATîRIA, obedecidos os
preceitos da legisla•‹o processual.
O Desembargador sorteado ser‡ o RELATOR do processo a quem cabe ordenar e dirigir
o processo. Na pr‡tica, o Relator ir‡ resumir o processo para que os demais membros
do —rg‹o possam votar.
Lembrando que o relator ir‡ produzir o relat—rio e proferir‡ seu voto. Os demais
membros podem acompanhar o voto do Relator como podem discordar (o voto do
relator n‹o vincula os demais membros).
12
18
DECISÌO MONOCRçTICA
1¼ GRAU SENTEN‚A
PROFERIDA POR JUIZ DE 1¼ GRAU
INTåNCIA
DECISÌO COLEGIADA TOMADA POR
2¼ GRAU ACîRDÌO
MEMBROS DO TRIBUNAL
DOS DESEMBARGADORES
Ap—s anos de trabalho ‡rduo, eles chegam ao topo da carreira e podem se tornar
Desembargadores. S— tem um probleminha. Os Desembargadores s— atuam no
segundo grau de jurisdi•‹o, que chamamos de Tribunal de Justi•a, com iniciais em
letra maiœscula. Eis, ent‹o, que voc• deve diferenciar o ingresso na carreira do acesso
ao Tribunal de Justi•a.
13
18
Sendo ’mpar o nœmero de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas ser‡,
alternada e sucessivamente, preenchida por membro do MinistŽrio Pœblico e por
advogados, de tal forma que, tambŽm sucessiva e alternadamente, os representantes
de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade.
Ambos s‹o indicados em lista s•xtupla pelos —rg‹os de representa•‹o das respectivas
classes (MP ou OAB). Recebidas as indica•›es, o Tribunal formar‡ lista tr’plice,
enviando-a ao Poder Executivo que, nos dias subsequentes, escolher‡ um de seus
integrantes para nomea•‹o.
MAGISTRADOS DE CARREIRA
COMPÍE-SE DE
TRIBUNAL DE JUSTI‚A
DESEMBARGADORES
MEMBROS ORIUNDOS DO
QUINTO CONSTITUCIONAL
14
18
A ADVOCACIA PRIVADA
Cabe ˆ advocacia privada a defesa dos particulares, postulando em qualquer —rg‹o
do Poder Judici‡rio e aos juizados especiais (advocacia contenciosa), bem como as
atividades de consultoria, assessoria e dire•‹o jur’dica.
A DEFENSORIA PòBLICA
Vivemos em um Estado democr‡tico de Direito, o qual deve assegurar o exerc’cio de
Direitos pelos indiv’duos. Para tanto, deve contar com um sistema jur’dico eficiente e
atuar positivamente por meio de mecanismos que garantam o acesso a esse sistema.
Como vimos acima no nosso ÒcausoÓ, a regra para postular em ju’zo Ž por meio de um
advogado. Entretanto, como voc• bem sabe, a desigualdade social no Brasil Ž
tamanha que algumas pessoas n‹o t•m condi•›es de pagar por um advogado. E isso
nos leva a seguinte quest‹o: a natureza do sistema jur’dico pode criar barreiras ao
acesso ˆ justi•a (o que torna o exerc’cio do direito de acesso ˆ justi•a n‹o t‹o f‡cil
assim).
Ocorre que o acesso ˆ justi•a Ž um dos requisitos mais basilares do estado democr‡tico
de direito e de um sistema jur’dico eficiente.
Nesse sentido, nossa Constitui•‹o cidad‹ prev• o seguinte:
Art. 5¼ [...]
LXXIV - o Estado prestar‡ assist•ncia jur’dica integral e gratuita aos que comprovarem
insufici•ncia de recursos;
15
18
A ADVOCACIA PòBLICA
Cabe ˆ advocacia pœblica a defesa, em ju’zo, do Poder Executivo, Poder Legislativo e
o Poder Judici‡rio. A advocacia tambŽm presta a consultoria jur’dica, mas somente
ao Poder Executivo.
Art. 131. A Advocacia-Geral da Uni‹o Ž a institui•‹o que, diretamente ou atravŽs de —rg‹o
vinculado, representa a Uni‹o, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organiza•‹o e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jur’dico do Poder Executivo.
O MINISTƒRIO PòBLICO
MINISTƒRIO PòBLICO
RAMOS DO MPU
16
18
17
18
Veja que aos Procuradores-Gerais de Justi•a dos Estados (chefes dos respectivos MPs
Estaduais) tem a iniciativa de lei, ou seja, os chefes fazem a PROPOSTA de lei para a
Assembleia Legislativa respectiva (mesmo o MP tendo autonomia, tudo o que
depender de lei precisa ser aprovada pelo Poder Legislativo local).
Vamos deixar bem claro essa diferen•a:
Ah! Acredito eu voc• j‡ saiba, mas a LONMP ressalta que a organiza•‹o do MPDFT,
por pertencer ˆ estrutura do MPU, NÌO Ž abrangido por essas leis.
18
18