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Resumo

No•›es Preliminares ............................................................................................... 2!


Foro Judicial e Extrajudicial .................................................................................................................... 4!
Peça Inaugural........................................................................................................................................ 4!
Custas ..................................................................................................................................................... 5!
Distribuição ............................................................................................................................................ 6!
Autonomia do Judiciário - Noções .......................................................................................................... 7!
Garantias dos membros do Judiciário .................................................................................................... 8!
Autuação ................................................................................................................................................ 9!
Pronunciamentos do Juiz ........................................................................................................................ 9!
Relação Jurídico-Processual ................................................................................................................. 10!
Citação e Intimação .............................................................................................................................. 10!
Recurso ................................................................................................................................................. 11!
Tomada de Decisões no segundo grau ................................................................................................. 13!
Dos Desembargadores ......................................................................................................................... 13!

Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a .............................................................................. 15!

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NO‚ÍES PRELIMINARES
Pela divis‹o constitucional de fun•›es, o Judici‡rio Ž institu’do para assegurar a defesa
social, tutelar e restaurar as rela•›es jur’dicas na —rbita da sua compet•ncia. Para isso,
deve ser um poder independente, no intento de proporcionar efetividade a diversos
princ’pios e garantias constitucionais.
PODER
ADMINISTRA
EXECUTIVO

ELABORA AS LEIS
PODERES DA PODER
REPòBLICA LEGISLATIVO
FISCALIZA O EXECUTIVO

PODER
FUN‚ÌO JURISDICIONAL
JUDICIçRIO

Em alguns pa’ses, certas matŽrias n‹o podem ser apreciadas pelo Judici‡rio. Na
Fran•a, por exemplo, as decis›es administrativas s‹o definitivas, ou seja, n‹o cabe a
reaprecia•‹o pelo Poder Judici‡rio das decis›es tomadas no ‰mbito da
Administra•‹o Pœblica. ƒ o que a doutrina denomina de contencioso administrativo.
Portanto, na Fran•a, n‹o temos apenas uma jurisdi•‹o, mas sim duas: a administrativa
(sistema de contencioso administrativo) e a judici‡ria (comum).
E, no Brasil, isso acontece? Negativo. De acordo com o que est‡ disposto na
Constitui•‹o Federal, todo e qualquer fato pode ser levado ao Poder Judici‡rio.

Art. 5.¼ (...)


XXXV Ð a lei n‹o excluir‡ da aprecia•‹o do Poder Judici‡rio les‹o ou amea•a a direito.

Se, no Brasil, a Jurisdi•‹o Ž œnica como supracitado, porque existem v‡rias justi•as no
pa’s? Na verdade, n‹o existem v‡rias justi•as. O que existe Ž o Poder Judici‡rio
NACIONAL, pois apresenta a mesma finalidade (resolver em definitividade).

Os —rg‹os que integram o Poder Judici‡rio NACIONAL est‹o enumerados no art. 92, da
Constitui•‹o. Graficamente, ter’amos o seguinte:

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Trata-se, portanto, de um œnico e mesmo poder, estruturado por meio de —rg‹os
federais e estaduais, resultado da divis‹o da compet•ncia.

Infere-se, portanto, que a jurisdi•‹o Ž compartilhada


entre esses diferentes —rg‹os.

Com essa divis‹o, surgem duas al•adas: a Justi•a Federal e a Justi•a Estadual.
As compet•ncias da Justi•a Federal s‹o dispostas expressamente na Constitui•‹o,
deixando ˆ Justi•a Estadual a compet•ncia residual Ð em termos simples, tudo o que
n‹o for da compet•ncia da Justi•a Federal, Ž de compet•ncia da Justi•a Estadual.
Enfim, esses par‰metros definem quem vai julgar cada conflito (demanda).
Quando falamos que um Juiz tem compet•ncia para julgar, falamos que ele tem
JURISDI‚ÌO! S‹o dois os tipos de jurisdi•‹o:
! Jurisdi•‹o Contenciosa - D‡-se o nome de jurisdi•‹o contenciosa quando existe
um conflito de interesses e o Estado-juiz resolve o conflito substituindo a vontade
entre as partes (a senten•a vai dizer quem est‡ certo e quem est‡ errado). ƒ a
forma tradicional de atua•‹o do judici‡rio.
! Jurisdi•‹o volunt‡ria - N‹o existe um conflito entre as partes, mas o neg—cio
jur’dico precisa ser resolvido com a presen•a de um Juiz (tambŽm chamado de
administra•‹o pœblica de interesses privados). O exemplo cl‡ssico Ž a mudan•a
do regime de casamento.

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Portanto, jurisdi•‹o pode ser entendida como o poder do estado em resolver com
definitividade assuntos levados a sua aprecia•‹o.

FORO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL

Outro conceito que me parece caro Ž sobre o que chamamos de FORO JUDICIAL!
FORO JUDICIAL Ž a denomina•‹o dada a todos os servi•os prestados pelo Poder
Judici‡rio, englobando as varas e of’cios judiciais e toda a estrutura destinada ao
funcionamento do Poder Judici‡rio. Aos of’cios de justi•a incumbem a execu•‹o dos
servi•os do foro judicial, sendo-lhes atribu’das as fun•›es auxiliares do ju’zo a que se
vinculam.
FORO EXTRAJUDICIAL Ž o local em que s‹o praticados os atos notariais e registrais. A
express‹o Ž utilizada para designar os servi•os prestados pelos Not‡rios e Registradores.
S‹o os cart—rios que est‹o espalhados pela cidade em que se reconhece firma, realiza-
se casamento, registram-se nascimentos e —bitos, fazem-se escrituras etc. A divis‹o Ž
essa:

Servi•os Registrais Servi•os Notariais

Registro Civil das Registro de T’tulos e


Tabelionato de Notas
Pessoas Naturais Documentos

Registro Civil das Tabelionato de


Registro de Im—veis
Pessoas Jur’dicas Protesto

PEÇA INAUGURAL

A pe•a inaugural Ž o pedido escrito que a parte apresenta seu pedido ao Poder
Judici‡rio.
ƒ por meio da pe•a inaugural que o Juiz Ž instado a se manifestar, ou seja, Ž o meio
que o indiv’duo provoca o Poder Judici‡rio e d‡ in’cio ao processo judicial.
Aqui j‡ Ž necess‡rio que voc• saiba sobre o princ’pio da inŽrcia!
A inŽrcia da jurisdi•‹o Ž um princ’pio basilar do judici‡rio brasileiro. Em apertada
s’ntese, quer dizer que o Juiz n‹o pode come•ar um processo de of’cio, cabendo ˆ
parte interessada provoc‡-lo (n‹o, n‹o Ž aquilo que seu irm‹o mais novo faz com
voc•).

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O juiz, ao presenciar um ato que infringe a lei, n‹o pode processar o infrator ou tomar
alguma decis‹o judicial. Para que ele julgue qualquer que seja o caso, Ž necess‡rio
que haja uma demanda (alguŽm pe•a ao Judici‡rio, isso Ž provocar). Esse alguŽm
pode ser o particular ou, ent‹o, o MinistŽrio Pœblico por exemplo.
Assim, o Poder Judici‡rio s— intervir‡ em espŽcie por provoca•‹o da parte (regra geral).
Ap—s iniciado, n‹o h‡ mais inŽrcia.

CUSTAS

Diferentemente de outros —rg‹os ou Poderes que s‹o custeados pelos impostos, o


Judici‡rio Ž custeado pela demanda.
Por isso, fundamentado na autonomia financeira, cabe ao Poder Judici‡rios criar
mecanismos para o custeio de suas atividades.
[CONSTITUI‚ÌO FEDERAL]
Art. 98. ¤ 2¼ As custas e emolumentos ser‹o destinados exclusivamente ao custeio dos servi•os
afetos ˆs atividades espec’ficas da Justi•a.

Para tanto, como regra geral, a presta•‹o jurisdicional se d‡ por meio da


contrapartida pecuni‡ria do requerente, ou seja, quando as partes solicitarem um ato
judicial, devem pagar pelo mesmo.
Nesse sentido, as custas t•m como finalidade a remunera•‹o dos servi•os forenses
(termo relativo aos servi•os judiciais).
Custas Ž g•nero e tem como espŽcies as custas judiciais, emolumentos (custas
extrajudiciais) e a taxa judici‡ria. Tendo natureza tribut‡ria, s‹o fundamentadas no
princ’pio da legalidade, ou seja, deve haver previs‹o em lei para que seja poss’vel a
cobran•a.

S‹o custas judiciais os encargos monet‡rios devidos pelas partes como


CUSTAS
contrapresta•‹o dos servi•os das escrivanias judiciais fixados segundo
JUDICIAIS
a natureza do processo e a espŽcie do recurso.
As taxas s‹o os valores devidos pela presta•‹o de servi•os de natureza
judici‡ria, pelos —rg‹os do Poder Judici‡rio do Estado e ela incide sobre
TAXAS
a a•‹o, a reconven•‹o ou o processo judicial, ordin‡rio, especial ou
acess—rio, ajuizado perante qualquer ju’zo ou tribunal.
S‹o emolumentos os encargos monet‡rios devidos pela pr‡tica dos
atos jur’dicos dos not‡rios e registradores pœblicos, dotados de fŽ
EMOLUMENTOS
pœblica, destinados a garantir-lhes a publicidade, autenticidade,
seguran•a e efic‡cia.

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DISTRIBUIÇÃO

Toda vez que uma matŽria/feito/processo esteja sujeita ˆ jurisdi•‹o de mais de um


—rg‹o julgado, Ž necess‡rio que seja distribu’da. Para isso, existe o Òcart—rio distribuidorÓ
que vai proceder ˆ distribui•‹o equitativa pelos servi•os da mesma natureza,
registrando os atos praticados.
A distribui•‹o visa dividir, por sorteio, equitativamente os processos dentre os Ju’zes
mediante critŽrio prŽ-definidos. AlŽm disso, preserva o PRINCêPIO DO JUIZ NATURAL. O
princ’pio do Juiz natural, previsto na Constitui•‹o Federal, quer dizer que ninguŽm ser‡
processado se n‹o pela autoridade competente.

Art. 5¼ [...]
LIII - ninguŽm ser‡ processado nem sentenciado sen‹o pela autoridade competente;

Em outras palavras, quer dizer que a parte n‹o disp›e da livre escolha sobre o juiz que
julgar‡ sua causa.
Para tanto, os processos s‹o distribu’dos de forma aleat—ria e por sorteio. Existem regras
estabelecidas previamente e direcionam os processos ˆs varas espec’ficas.

A atua•‹o dos magistrados Ž regida pelo princ’pio da INDEPENDæNCIA


FUNCIONAL. Em apertada s’ntese, quer dizer que:
¥! Cada membro do Judici‡rio pode agir conforme a sua livre convic•‹o;
¥! Os membros (ou —rg‹os) s‹o INDEPENDENTES no exerc’cio de suas
fun•›es;
¥! NÌO se submetem a nenhuma hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica.
¥! O membro (magistrado) tem liberdade total para atuar conforme as suas
ideias jur’dicas.
¥! A independ•ncia funcional diz respeito apenas ˆ atividade jur’dica
(final’stica);
¥! No que se refere ˆ organiza•‹o administrativa, Hç HIERARQUIA;

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AUTONOMIA DO JUDICIÁRIO - NOÇÕES

Vejamos alguns dos principais aspectos de cada autonomia:


AUTONOMIA FUNCIONAL Ð A autonomia funcional significa que o Judici‡rio est‡ isento
de qualquer influ•ncia externa no exerc’cio de sua atividade-fim. Ou seja, n‹o
obedece ao Poder Executivo e nem ao Poder Legislativo ou qualquer outro —rg‹o.

! Autonomia FUNCIONAL Relativa ˆ agente externo (poder, —rg‹o etc.);


! Independ•ncia FUNCIONAL Diz respeito ˆ livre atua•‹o dos membros (liberdade
de convic•‹o).

AUTONOMIA ADMINSITRATIVA Ð A autonomia administrativa assegura a prerrogativa de


se AUTOGOVERNAR.
! Praticar atos pr—prios de gest‹o e elaborar normas internas;
! Fazer licita•›es (n‹o precisa de autoriza•‹o do Executivo); Segue a 8.666!
! Elaborar e gerir contratos;
! Atos possuem autoexecutoriedade (administrativos);
! Propor cria•‹o/extin•‹o de cargos (mesmo tendo autonomia, o Judici‡rio deve
seguir o rito para aprovar uma lei. Assim, o Judici‡rio prop›e, o Legislativo vota e
o Executivo promulga);
! Prover os cargos pœblicos. N‹o precisa de autoriza•‹o do Governador para
nomear os aprovados em concurso;

AUTONOMIA FINANCEIRA Ð Refere-se ao fato de que cabe ao pr—prio Tribunal gerir,


executar, aplicar recursos e:
! Elaborar sua proposta or•ament‡ria dentro dos limites da LDO;
! Est‡ sujeita ˆ fiscaliza•‹o externa pelo Tribunal de Contas (ou Poder Legislativo);
! O Executivo NÌO elabora a proposta do TJ e NÌO pode cortar or•amento. O
Executivo apenas consolida e ajusta a proposta.
! N‹o poder‡ haver a realiza•‹o de despesas ou a assun•‹o de obriga•›es que
extrapolem os limites, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura
de crŽditos suplementares ou especiais.

Assim, a atua•‹o do Judici‡rio e, consequentemente, de seus membros, n‹o est‡


subordinada a ninguŽm! Ali‡s, a ninguŽm n‹o, est‡ subordinado ˆs leis, ˆ Constitui•‹o
Estadual e ˆ Constitui•‹o Federal.

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GARANTIAS DOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO

Essas autonomias s‹o necess‡rias para que o Poder Judici‡rio seja independente. Mas,
tais autonomias, por si s—, n‹o bastam. ƒ necess‡rio, tambŽm, garantir a atua•‹o de
seus membros de forma livre. Para isso, existem algumas garantias constitucionais
asseguradas aos magistrados:

Art. 95. Os ju’zes gozam das seguintes garantias:


I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s— ser‡ adquirida ap—s dois anos de exerc’cio,
dependendo a perda do cargo, nesse per’odo, de delibera•‹o do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de senten•a judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pœblico, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subs’dio, ressalvado o disposto nos arts.

Vejamos uma a uma:


VITALICIEDADE - Garantia de que disp›em os membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o
de s— perderem o cargo em raz‹o de senten•a judicial transitada em julgado.

! ƒ adquirida no cargo inicial de cada carreira;


! Confere aos membros do Judici‡rio maior seguran•a e liberdade no exerc’cio
de suas fun•›es;
! N‹o Ž considerado um privilŽgio e nem fere a isonomia com os demais servidores
pœblicos;

INAMOVIBILIDADE - Impede que o magistrado seja removido compulsoriamente do seu


local de atua•‹o para outro.
! Os membros podem ser removidos por iniciativa pr—pria;
! N‹o Ž uma garantia absoluta;
! ƒ permitida por interesse pœblico, assegurada a ampla defesa:

IRREDUTIBILIDADE DE SUBSêDIOS Ð Subs’dio Ž contrapresta•‹o pecuni‡ria em parcela


œnica. ƒ uma garantia conferida aos membros do Judici‡rio de n‹o terem seus
subs’dios reduzidos por outro Poder.

! A irredutibilidade n‹o Ž real, mas apenas nominal, n‹o garante reajuste


peri—dico (entendimento do STF)!
! H‡ redu•‹o pelo Teto do subs’dio dos Ministros do STF e dedu•›es legais (IRRF e
Contribui•›es Previdenci‡rias)
! Valores recebidos a t’tulo de INDENIZA‚ÌO n‹o se submetem ao teto do servi•o
pœblico.

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AUTUAÇÃO

Vara Judicial (tambŽm chamada de cart—rio, of’cio de justi•a ou unidade judicial) Ž o


nome dado a determinada ‡rea (foro) em que o juiz atua e exerce sua jurisdi•‹o.
Podemos entender que Ž um CARTîRIO/VARA com toda a sua estrutura (Juiz,
servidores etc.).
Recebidos na unidade judicial um processo novo, os autos precisam ser autuados.
Autuar nada mais Ž que preparar o processo para tramita•‹o interna.

ƒ pegar isto... e Transformar nisto:

PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ

Alguns atos podem ser praticados pela pr—pria serventia judicial, outros precisam ser
realizados pelo magistrado.
Aqueles que podem ser feitos pelos servidores s‹o chamados de ATOS ORDINATîRIOS.
Para que o Juiz de Direito possa se manifestar, n—s devemos mandar os autos para eles.
O termo CONCLUSO Ž utilizado quando o processo Ž encaminhado ao magistrado
para que se pronuncie. Basicamente, existem tr•s tipos de concluso:
¥! Concluso para Despacho Ð Trata-se de movimenta•›es administrativas. Quer
dizer que o Juiz vai determinar a pr—xima movimenta•‹o processual. Os
despachos n‹o t•m natureza decis—ria.
¥! Concluso para Decis‹o Ð A decis‹o Interlocut—ria Ž uma simples decis‹o sobre
algo importante no processo, n‹o sendo a decis‹o final.
¥! Concluso para Senten•a Ð Essa Ž a decis‹o em primeiro grau sobre o que foi
pedido pelo autor.

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RELAÇÃO JURÍDICO-PROCESSUAL

Note que nessa etapa, j‡ existe um processo e tambŽm uma rela•‹o jur’dica
processual. Em que pese, excepcionalmente, existir processo sem autor ou rŽu (a•›es
abstratas), a regra Ž que a rela•‹o processual Ž tr’plice.

OBS: A doutrina entende que na jurisdi•‹o volunt‡ria n‹o h‡ partes, mas meros
interessados.
Ainda, existe a possibilidade de litiscons—rcio e interven•‹o de terceiros.
¥! Litiscons—rcio Ð Ž quando duas ou mais pessoas est‹o no mesmo processo,
passiva ou ativamente (ex. tr•s rŽus, cinco autores etc.);
¥! Interven•‹o de Terceiros Ð Ž ato processual pelo qual uma parte estranha ao
processo (terceiro) ingressa, por autoriza•‹o legal, na rela•‹o processual.

CITAÇÃO E INTIMAÇÃO

Eu quero que voc• anote a’:


! Cita•‹o Ð ƒ o chamamento para o processo. ƒ quando o interessado n‹o tem
conhecimento do processo, por isso s‹o convocados a participar dela, seja na
condi•‹o de rŽu, de executado ou de interessado. Veja a defini•‹o do CPC:
CPC - Art. 238. Cita•‹o Ž o ato pelo qual s‹o convocados o rŽu, o executado ou o
interessado para integrar a rela•‹o processual.

Veja que, no caso da cita•‹o, o requerido n‹o tem conhecimento do processo,


por isso, pense no seguinte: o Autor da a•‹o precisa ser citado? Claro que n‹o,
ele j‡ tem ci•ncia/conhecimento do processo.

! Intima•‹o Ð Agora que o requerido j‡ foi chamado ao processo, ele deve ser
comunicado dos atos e termos do processo. Isso se faz por meio da intima•‹o.
CPC - Art. 269. Intima•‹o Ž o ato pelo qual se d‡ ci•ncia a alguŽm dos atos e dos
termos do processo.

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GRAUS DE JURISDIÇÃO

Os graus de jurisdi•‹o s‹o chamados de inst‰ncias. Em cada uma delas Ž proferida


uma decis‹o. Quando uma das partes n‹o concorda com a senten•a proferida nessa
inst‰ncia, ele recorre. O processo, ent‹o, Ž distribu’do ˆ inst‰ncia superior para ÒnovoÓ
julgamento.
As inst‰ncias s‹o as seguintes:

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTI‚A


(STJ)

VARA JUDICIAL TRIBUNAL DE JUSTI‚A


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
1» INSTåNCIA 2» INSTåNCIA (STF)

INSTåNCIA EXTRAORDINçRIA

Em regra, os processos iniciam no primeiro grau e tramitam em uma vara Judicial. Ap—s
a senten•a, o interessado pode interpor recurso para o segundo grau e, ent‹o, o feito
tramitar‡ no segundo grau.
No primeiro grau de jurisdi•‹o, o processo Ž conduzido por um Juiz de Direito. As
decis›es durante o processo e a senten•a s‹o tomadas somente por ele.

RECURSO

Quando o Juiz profere a senten•a, o processo finaliza no primeiro grau de jurisdi•‹o. O


ÒsucumbidoÓ, se assim desejar, ter‡ prazo para que possa interpor recurso. Recurso,
embora existam hip—teses de remessa necess‡ria (recurso obrigat—rio), Ž REMƒDIO
VOLUNTçRIO que pleiteia, dentro do mesmo processo, a reforma ou a invalida•‹o da
decis‹o que se impugna.

Doutrinariamente, recurso Ž ato de natureza jur’dica que prorroga ou


desdobra o direito de defesa, ou seja, n‹o Ž um outro processo judicial (a•‹o
aut™noma), mas sim o mesmo processo que ser‡ discutido em inst‰ncia
superior.

O recurso Ž feito para que os Desembargadores (magistrados de segundo grau)


possam atacar as decis›es dos magistrados de primeiro grau.

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Existem duas formas de o processo chegar ao segundo grau. A primeira e mais
tradicional Ž via recurso. Recurso nada mais Ž que a contesta•‹o da senten•a do juiz
de primeiro grau. A segunda Ž quando algum —rg‹o do Tribunal tem compet•ncia
origin‡ria para processar e julgar aquela matŽria.

Compet•ncia origin‡ria Ž a compet•ncia para conhecer e julgar pela


primeira vez um feito.

Portanto, tanto o juiz que profere uma senten•a singular no primeiro grau tem
compet•ncia origin‡ria, quanto os Desembargadores que conhecem e julgam
diretamente no segundo grau. As hip—teses de compet•ncia origin‡ria dos
Desembargadores est‹o expressas no Regimento Interno de cada Tribunal.
Ao receber o recurso, pode-se decidir pelo tipo de efeito deste:
! Efeito Devolutivo Ð ÒDevolveÓ toda a matŽria para ser reexaminada na inst‰ncia
superior, para que a senten•a seja mantida ou anulada em todas as suas etapas
anteriores. Os efeitos da decis‹o em primeiro grau devem ser cumpridos;

! Efeito Suspensivo Ð Suspende a efic‡cia da decis‹o em inst‰ncia inferior atŽ a


conclus‹o do julgamento do recurso (provoca o impedimento dos efeitos
imediatos da decis‹o).

Existem outros, mas esses dois s‹o importantes para o nosso curso. Se o interessado n‹o
interpor recurso, o processo transitar‡ em julgado e ser‡ encerrado. Quando falamos
em tr‰nsito em julgado, estamos nos referindo ˆ coisa julgada, ou seja, Ž a efic‡cia
que torna imut‡vel a senten•a, seja definitiva ou terminativa, n‹o mais sujeita a recurso
de qualquer espŽcie.
Recebido o RECURSO, o processo vai para o —rg‹o de segunda inst‰ncia competente
e l‡ Ž distribu’do para um dos membros. Sim, no segundo grau os processos tambŽm
devem ser distribu’dos.
Na pr‡tica, todos os processos e atos de compet•ncia cumulativa de 2 (dois) ou mais
ju’zes ESTÌO SUJEITOS Ë DISTRIBUI‚ÌO ALTERNADA E OBRIGATîRIA, obedecidos os
preceitos da legisla•‹o processual.
O Desembargador sorteado ser‡ o RELATOR do processo a quem cabe ordenar e dirigir
o processo. Na pr‡tica, o Relator ir‡ resumir o processo para que os demais membros
do —rg‹o possam votar.
Lembrando que o relator ir‡ produzir o relat—rio e proferir‡ seu voto. Os demais
membros podem acompanhar o voto do Relator como podem discordar (o voto do
relator n‹o vincula os demais membros).

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TOMADA DE DECISÕES NO SEGUNDO GRAU

No segundo grau, as decis›es s‹o tomadas de forma diferente do primeiro grau:

DECISÌO MONOCRçTICA
1¼ GRAU SENTEN‚A
PROFERIDA POR JUIZ DE 1¼ GRAU
INTåNCIA
DECISÌO COLEGIADA TOMADA POR
2¼ GRAU ACîRDÌO
MEMBROS DO TRIBUNAL

Nos ac—rd‹os, frequentemente, voc• encontrar‡ os seguintes termos:


! Acompanhou o voto do Relator Ð Quando o magistrado vota de acordo com o
voto do Relator.
! Voto Vencido Ð Voto minorit‡rio que n‹o acompanha a maioria do Tribunal.
! Voto Divergente Ð Acompanha a maioria, mas por motivos diferentes.

Ap—s a decis‹o final do Tribunal (ac—rd‹o), havendo a possibilidade de recorrer, o


interessado o far‡ ˆ inst‰ncia extraordin‡ria. Se alegar ofensa ˆ lei federal, o recurso Ž
direcionado ao STJ. Se a alega•‹o for contra ato contr‡rio ˆ Constitui•‹o Federal, o
recurso ser‡ direcionado ao STF.

DOS DESEMBARGADORES

Primeiramente, voc• deve entender que os magistrados ingressam na carreira como


juiz substituto e atuam no primeiro grau de jurisdi•‹o. Ap—s dois anos de efetivo
exerc’cio, o magistrado torna-se VITALêCIO no cargo.

Ap—s anos de trabalho ‡rduo, eles chegam ao topo da carreira e podem se tornar
Desembargadores. S— tem um probleminha. Os Desembargadores s— atuam no
segundo grau de jurisdi•‹o, que chamamos de Tribunal de Justi•a, com iniciais em
letra maiœscula. Eis, ent‹o, que voc• deve diferenciar o ingresso na carreira do acesso
ao Tribunal de Justi•a.

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O acesso ao Tribunal de Justi•a far-se-‡ por antiguidade E merecimento,
alternadamente, apurados na œltima entr‰ncia.
! Antiguidade - Ž uma lista que faz o que o nome diz. Enumera, do mais antigo
para o mais novo, a rela•‹o de magistrados.
! Merecimento - ƒ apurado mediante critŽrios objetivos (quantidade de
senten•as, aprimoramento etc.), fixados em regulamento pelo Tribunal de
Justi•a.

Assim, as vagas de desembargador ser‹o preenchidas por ju’zes de carreira, mediante


promo•‹o, por antiguidade e por merecimento, alternadamente, por escolha do
Tribunal Pleno. Mas, temos uma ressalva.
A composi•‹o dos Tribunais deve obedecer ˆ regra Constitucional e prover 1/5 de seus
membros, ou seja, 20%, com integrantes provenientes do MinistŽrio Pœblico e da classe
dos advogados.
! Membros do MinistŽrio Pœblico è com mais de 10 anos de carreira;
! Advogados è de not—rio saber jur’dico e de reputa•‹o ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional.

Sendo ’mpar o nœmero de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas ser‡,
alternada e sucessivamente, preenchida por membro do MinistŽrio Pœblico e por
advogados, de tal forma que, tambŽm sucessiva e alternadamente, os representantes
de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade.
Ambos s‹o indicados em lista s•xtupla pelos —rg‹os de representa•‹o das respectivas
classes (MP ou OAB). Recebidas as indica•›es, o Tribunal formar‡ lista tr’plice,
enviando-a ao Poder Executivo que, nos dias subsequentes, escolher‡ um de seus
integrantes para nomea•‹o.

MAGISTRADOS DE CARREIRA
COMPÍE-SE DE
TRIBUNAL DE JUSTI‚A
DESEMBARGADORES
MEMBROS ORIUNDOS DO
QUINTO CONSTITUCIONAL

GOVERNADOR TRIBUNAL TRANSFORMA EM LISTA MP E OAB ELABORAM LISTA


ESCOLHE E NOMEIA TRêPLICE SæXTUPLA

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FUN‚ÍES ESSENCIAIS Ë JUSTI‚A
O MinistŽrio Pœblico, juntamente com a Defensoria Pœblica, a Advocacia Pœblica e a
Advocacia Privada, integra o que a Constitui•‹o Federal chama de Òfun•›es
essenciais ˆ justi•aÓ.
Ser Òessencial ˆ justi•aÓ Ž auxiliar o exerc’cio da Jurisdi•‹o pelo Poder Judici‡rio. Isso
n‹o quer dizer que tais entidades perten•am a estrutura do Judici‡rio. Vamos falar um
pouco dessas fun•›es antes de come•ar a estudar a estrutura do MP.

A ADVOCACIA PRIVADA
Cabe ˆ advocacia privada a defesa dos particulares, postulando em qualquer —rg‹o
do Poder Judici‡rio e aos juizados especiais (advocacia contenciosa), bem como as
atividades de consultoria, assessoria e dire•‹o jur’dica.

A DEFENSORIA PòBLICA
Vivemos em um Estado democr‡tico de Direito, o qual deve assegurar o exerc’cio de
Direitos pelos indiv’duos. Para tanto, deve contar com um sistema jur’dico eficiente e
atuar positivamente por meio de mecanismos que garantam o acesso a esse sistema.
Como vimos acima no nosso ÒcausoÓ, a regra para postular em ju’zo Ž por meio de um
advogado. Entretanto, como voc• bem sabe, a desigualdade social no Brasil Ž
tamanha que algumas pessoas n‹o t•m condi•›es de pagar por um advogado. E isso
nos leva a seguinte quest‹o: a natureza do sistema jur’dico pode criar barreiras ao
acesso ˆ justi•a (o que torna o exerc’cio do direito de acesso ˆ justi•a n‹o t‹o f‡cil
assim).
Ocorre que o acesso ˆ justi•a Ž um dos requisitos mais basilares do estado democr‡tico
de direito e de um sistema jur’dico eficiente.
Nesse sentido, nossa Constitui•‹o cidad‹ prev• o seguinte:

Art. 5¼ [...]
LXXIV - o Estado prestar‡ assist•ncia jur’dica integral e gratuita aos que comprovarem
insufici•ncia de recursos;

A assist•ncia jur’dica, nesse contexto, envolve o amparo estatal como atividade


assistencial aos hipossuficientes.
Segundo o ordenamento jur’dico vigente, essa assist•ncia deve ser prestada pela
Defensoria Pœblica.
Art. 134. A Defensoria Pœblica Ž institui•‹o permanente, essencial ˆ fun•‹o jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe, como express‹o e instrumento do regime democr‡tico,

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fundamentalmente, a orienta•‹o jur’dica, a promo•‹o dos direitos humanos e a defesa, em
todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e
gratuita, AOS NECESSITADOS, na forma do inciso LXXIV do art. 5¼ desta Constitui•‹o Federal.

A Defensoria Pœblica, portanto, se revela como instrumento de democratiza•‹o do


acesso ˆ justi•a, de modo a efetivar o valor constitucional da universaliza•‹o da justi•a
(STF).

A ADVOCACIA PòBLICA
Cabe ˆ advocacia pœblica a defesa, em ju’zo, do Poder Executivo, Poder Legislativo e
o Poder Judici‡rio. A advocacia tambŽm presta a consultoria jur’dica, mas somente
ao Poder Executivo.
Art. 131. A Advocacia-Geral da Uni‹o Ž a institui•‹o que, diretamente ou atravŽs de —rg‹o
vinculado, representa a Uni‹o, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organiza•‹o e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jur’dico do Poder Executivo.

O MINISTƒRIO PòBLICO

O MinistŽrio Pœblico n‹o Ž um 4¼ Poder (Legislativo, Judici‡rio e Executivo) e tambŽm


n‹o Ž um ente (Uni‹o, Estados, DF e Munic’pios). ƒ o que, ent‹o? ƒ uma institui•‹o
INDEPENDENTE, essencial ˆ fun•‹o Jurisdicional do Estado, ou seja, Ž essencial ˆ
execu•‹o do poder jurisdicional. Estudaremos isso em seguida.
O MP Ž a institui•‹o incumbida da defesa da ordem jur’dica, do regime democr‡tico
e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.
Um erro comum sobre a natureza do MinistŽrio Pœblico Ž associa-lo ao Poder Judici‡rio.
Esse Ž um erro grave, inclusive.
Para identificarmos sua estrutura, o ponto de partida Ž o Art. 128 da Constitui•‹o
Federal:

MINISTƒRIO PòBLICO

MPU MINISTƒRIO PòBLICO


MINISTƒRIO PòBLICO DA UNIÌO ESTADUAL

MPF MPT MPM MPDFT


26 MINISTƒRIOS
MINISTƒRIO PòBLICO MINISTƒRIO PòBLICO MINISTƒRIO PòBLICO MINISTƒRIO PòBLICO
PòBLICOS ESTADUAIS
FEDERAL DO TRABALHO MILITAR DO DF E TERRITîRIOS

RAMOS DO MPU

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Quando falamos ÒMinistŽrio PœblicoÓ, em regra, estamos nos referindo a toda a
estrutura do MP, ou seja, MPU + MP Estaduais. Algumas bancas costumam se referir a
essa estrutura como MinistŽrio Pœblico brasileiro, MinistŽrio Pœblico comum ou MinistŽrio
Pœblico nacional.
Por sua vez, algumas vezes voc• encontrar‡ o termo ÒMinistŽrio Pœblico especialÓ. Essa
men•‹o refere-se aos MinistŽrios Pœblicos que atuam perante os Tribunais de Contas
que, como veremos a frente, n‹o pertencem a estrutura do MinistŽrio Pœblico.

A estrutura do MP merece aten•‹o em v‡rios aspectos:

O MINISTƒRIO PòBLICO DA UNIÌO


O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž regido pela Lei Complementar n.¼ 75/1993. A
estrutura•‹o e funcionamento Ž detalhada nesse normativo e ser‡ objeto de nossos
estudos nas pr—ximas aulas.
O MPU atua em todo o territ—rio nacional. A atua•‹o de cada um dos ramos est‡
ligada ˆs ÒespecialidadesÓ do Poder Judici‡rio.
ÒCoincidentementeÓ, n—s temos quase que as mesmas op•›es no MinistŽrio Pœblico. ƒ
isso a’ mesmo que voc• est‡ pensando: cada ramo do MPU atua perante a uma
especialidade da justi•a brasileira e os MinistŽrios Pœblicos Estaduais perante o Poder
Judici‡rio dos Estados.

JUSTI‚A MINISTƒRIO PòBLICO


Justi•a Estadual MinistŽrio Pœblico dos Estados
Justi•a Federal MPF Ð MinistŽrio Pœblico Federal
Justi•a Militar da Uni‹o MPM Ð MinistŽrio Pœblico Militar
Justi•a do Trabalho MPT Ð MinistŽrio Pœblico do Trabalho
Justi•a Eleitoral MPF Ð MinistŽrio Pœblico Federal

MINISTƒRIO PòBLICO DOS ESTADOS


Se voc• observar bem, o MPU e os MinistŽrios Pœblicos Estaduais est‹o no mesmo plano,
portanto, NÌO Hç HIERARQUIA ENTRE ELES.
O MinistŽrio Pœblico dos Estados Ž regulado pela Lei n. 8.625/93. Esse diploma, intitulado
de Lei Org‰nica Nacional do MinistŽrio Pœblico (LONMP para os mais ’ntimos), disp›e
sobre normas gerais para a organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico dos Estados.
Um aspecto que me parece muito importante ressaltar Ž o fato de que pode existir, em
cada estado, uma Lei Org‰nica do MinistŽrio Pœblico. Essa, de iniciativa FACULTATIVA

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dos chefes dos respectivos MPs, trata de normas espec’ficas do MinistŽrio Pœblico local
(quando voc• ouvir MinistŽrio Pœblico local, estamos falando do MinistŽrio Pœblico do
estado).
[LEI N. 8.625/1993]
Art. 2¼ Lei complementar, denominada Lei Org‰nica do MinistŽrio Pœblico, cuja iniciativa Ž
facultada aos Procuradores-Gerais de Justi•a dos Estados, estabelecer‡, no ‰mbito de cada
uma dessas unidades federativas, normas espec’ficas de organiza•‹o, atribui•›es e estatuto
do respectivo MinistŽrio Pœblico.

Veja que aos Procuradores-Gerais de Justi•a dos Estados (chefes dos respectivos MPs
Estaduais) tem a iniciativa de lei, ou seja, os chefes fazem a PROPOSTA de lei para a
Assembleia Legislativa respectiva (mesmo o MP tendo autonomia, tudo o que
depender de lei precisa ser aprovada pelo Poder Legislativo local).
Vamos deixar bem claro essa diferen•a:

NORMATIVO ABRANGæNCIA DO QUE TRATA

Constitui•‹o Organiza•‹o do MinistŽrio Pœblico (MPU + MP dos


Nacional
Federal Estados)
LC n. 75/93 Nacional Organiza•‹o, as atribui•›es e o estatuto do MPU
Lei n.
Nacional Normas gerais dos MinistŽrios Pœblicos Estaduais
8.625/93
Lei Estadual Local Normas espec’ficas do MP local

Ah! Acredito eu voc• j‡ saiba, mas a LONMP ressalta que a organiza•‹o do MPDFT,
por pertencer ˆ estrutura do MPU, NÌO Ž abrangido por essas leis.

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