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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ÁREA DE MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

APOSTILA

FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA E


MEDICINA DO TRABALHO

PROFESSOR: Ph.D. Miguel Ângelo Menezes


PROFESSOR: Dr. Wyser José Yamakami

ILHA SOLTEIRA / MARÇO / 2013

1
SUMÁRIO 

CAPÍTULO 1: ASPECTOS HUMANOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS DA ENGENHARIA


......................................................................................................................................... 4 
1.1) INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4 
1.2) PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS ............................................................. 6 
1.3) PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO ........................................................... 7 
1.4) SIGNIFICADO ECONÔMICO SOCIAL DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E
ACIDENTES NO TRABALHO ................................................................................................. 8 
1.5) DEFINIÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................................... 9 
1.6) HISTÓRICO ...................................................................................................................... 10 
CAPÍTULO 2: ACIDENTES DO TRABALHO ................................................................ 15 
2.1) ACIDENTE DO TRABALHO .......................................................................................... 15 
2.2) ORGANOGRAMA DO ACIDENTE DE TRABALHO ................................................... 15 
2.3) TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO ...................................................................... 16 
2.4) CAUSAS DE ACIDENTES .............................................................................................. 17 
2.4.1) Falta de equipamentos de segurança: .......................................................................... 18 
2.4.2) Recusa do trabalhador em usar o EPI: ........................................................................ 18 
2.4.3) Imprudência, imperícia ou negligência do trabalhador: .............................................. 19 
2.4.4) Defeito nos equipamentos e máquinas com os quais se trabalha: ............................... 19 
2.4.5) Falta de profissionais especializados em segurança e medicina do trabalho: ............. 20 
NR-4 - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT)................................................................................................................................ 20 
NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.............................................. 36 
2.4.6) Acidentes de Trânsito:................................................................................................. 72 
2.4.7) Força Maior, caso fortuito: .......................................................................................... 74 
2.4.8) Álcool, tabagismo e tóxicos: ....................................................................................... 74 
2.5) EFEITOS DO ACIDENTE SOBRE O HOMEM .............................................................. 77 
2.6) A SITUAÇÃO PREVIDENCIÁRIA E LEGAL DO ACIDENTADO .............................. 78 
2.7) RESPONSABILIDADE CIVIL PELO ACIDENTE ......................................................... 80 
2.8) LEGISLAÇÃO BÁSICA PREVENTIVA DE SEGURANÇA DO TRABALHO............ 82 
2.9) RESUMO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS (NR’s) ....................................... 86 
CAPÍTULO 3: MAPA DE RISCOS ................................................................................. 95 
3.1) MAPA DE RISCO ............................................................................................................. 95 
3.2) MAPAS DE RISCO IDEALIZADOS AO LONGO DO CURSO DE FUNDAMENTOS
DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ............................. 99 
3.2.1) MAPA DE RISCO DA OFICINA MECÂNICA ........................................................ 99 
CAPÍTULO 4: EVOLUÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO ................................ 107 
4.1) EVOLUÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO ........................................................... 107 
4.2) DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DO TRABALHO- PERFIL NACIONAL – 1985
................................................................................................................................................. 108 
4.3) ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRABALHO (1970-1999)............................... 113 
4.4) DADOS DE ACIDENTES DE TRABALHO NA UNESP - CAMPUS DE ILHA
SOLTEIRA .............................................................................................................................. 120 

2
CAPITULO 5 - ANÁLISE E COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO......... 121 
5.1 - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES: .......................................................................... 121 
5.2 - FICHA DE ANÁLISE: .................................................................................................. 122 
5.3 - RELATÓRIO DO ACIDENTE DE TRABALHO: ...................................................... 122 
5.4 - FICHA ANALÍTICA E QUADRO ESTATÍSTICO: ................................................... 123 
CAPITULO 6 - CADASTROS DE ACIDENTES........................................................... 124 
6.1 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS: ............................................................................ 124 
6.2 - COEFICIENTES DE FREQÜÊNCIA (CF): .................................................................. 124 
6.3 - COEFICIENTE DE GRAVIDADE (CG):...................................................................... 125 
6.4 - TABELA DE DIAS DEBITADOS:................................................................................ 126 
6.5. ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE (IAG): .................................................. 128 
6.6 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONVENCIONAL DE ANÁLISE DE ACIDENTES: 128 
CAPÍTULO 7: CUSTO DOS ACIDENTES ................................................................... 131 
A- INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 131 
B - CUSTO SOCIAL x CUSTO PRIVADO ........................................................................... 131 
C - A EMPRESA E O CUSTO DE ACIDENTES .................................................................. 133 
D - CUSTO DE ACIDENTES: COMPOSIÇÃO E IMPORTÂNCIA .................................... 134 
E - ESTIMATIVA DO CUSTO DE ACIDENTES EM UMA EMPRESA ........................... 141 
a) Método de Heinrich ......................................................................................................... 141 
b) MÉTODO N.Q.C. ........................................................................................................... 144 
F - CUSTO DE ACIDENTES E O SERVIÇO DE HIGIENE E MEDICINA DO TRABALHO:
................................................................................................................................................. 148 
G - Custo de acidentes fora do trabalho .................................................................................. 150 
H - Custo de Acidentes: uma motivação econômica: .............................................................. 150 
CAPÍTULO 8 - PREVÊNÇÃO DE INCÊNDIOS ........................................................... 161 
8.1 - INTRODUÇÃO: ............................................................................................................. 161 
8.2 - INCÊNDIO: .................................................................................................................... 161 
8.3 - CLASSES DE FOGO: .................................................................................................... 162 
8.4 - DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIOS: ....................................................... 162 
CAPÍTULO 9 - VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ............................................................... 166 
9.1 – DEFINIÇÃO ................................................................................................................. 166 
9.2 - TIPOS DE VENTILAÇÃO ........................................................................................... 166 
9.2.1 - Insuflação e Exaustão Naturais ......................................................................... 166 
9.2.2 - Insuflação Mecânica e Exaustão Natural ................................................................. 166 
9.2.3 – Insuflação Natural e Exaustão Mecânica................................................................. 167 
9.2.4 - Insuflação E Exaustão Mecânica.............................................................................. 167 
9.3 - PROPRIEDADES DO AR .......................................................................................... 168 
9.4- ALGUNS CONCEITOS DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE ........................... 168 
9.4.1- Pressão Estática: ................................................................................................... 168 
9.4.2 - Pressão de Velocidade: ...................................................................................... 169 
9.4.3 - Equação da Conservação de Energia .............................................................. 169 
9.4.4 - Duto Circular Versus Duto Retangular.............................................................. 170 
9.5 - VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA ......................................................................... 176 
9.6. EXERCÍCIOS: VENTILAÇÃO INDUSTRIAL .............................................................. 184 

3
FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO
TRABALHO

CAPÍTULO 1: ASPECTOS HUMANOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS DA


ENGENHARIA

1.1) INTRODUÇÃO 

Na América Latina observa-se que os governos utilizam como principal recurso


para sair da etapa de subdesenvolvimento um acelerado processo de industrialização
em curto prazo. Embora este processo de industrialização traga inegáveis benefícios
econômicos, traduzidos em progressivos aumentos da renda per capita e daí, melhores
níveis de vida para a população desses países, é necessário se considerar
conjuntamente com esses positivos benefícios econômicos, a agressão constante a que
está exposto o homem em seus meios de trabalho e sua comunidade. De outra forma,
deve entender-se que é antieconômico buscar o desenvolvimento industrial de um país,
sem resolver as conseqüências sanitárias e sociais que este traz consigo. Obtém-se um
resultado final negativo, quando se verifica que o custo das enfermidades e acidentes
superam os novos bens produzidos.
A engenharia de Segurança deve ter como responsabilidade primária à
prevenção de doenças ocupacionais (ou profissionais) e acidentes no trabalho. O
pessoal médico complementa a ação preventiva e de controle, nessas áreas
específicas.
É matéria fundamental estudar o binômio homem-ambiente de trabalho,
reconhecendo, avaliando e controlando os riscos que possam afetar a saúde dos
trabalhadores. Nesse sentido, ao considerar-se a prevenção e a redução de riscos para
a saúde dos trabalhadores se deve praticar o princípio estabelecido pela OIT ao
declarar que: “Segurança e Higiene no trabalho são conceitos individuais e deverão ser
tratados como dois aspectos de um mesmo problema, isto é, o da proteção dos
trabalhadores.

4
Indubitavelmente, os programas de proteção para a saúde dos trabalhadores
devem condicionar-se a serem planejados levando em conta não só a prevenção de
acidentes e doenças profissionais, mas também a proteção, fomento e conservação da
saúde no sentido mais amplo como definido pela OMS: “A saúde é um estado de
completo bem estar físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções ou
enfermidades”. Logo, a responsabilidade pela vida e saúde dos trabalhadores está
ligada ao trinômio Estado-Empresa-Trabalhador, já que os efeitos sobre a saúde se
manifestam nesses três componentes.

ASPECTO SOCIAL: Para ilustrar o efeito dos acidentes de trabalho sobre a sociedade,
um exemplo é dado a seguir. Supondo que um homem viva até os 60 anos, trabalhando
dos 15 aos 50 anos (35 anos de trabalho). Quando criança ou aposentado sua
produtividade é negativa, enquanto sua produção é de 10 unidades produtivas / ano no
período em que trabalha. O consumo durante toda sua vida é de 5 unidades produtivas
/ ano. Verificando-se o saldo de sua produção em toda sua vida tem-se:

S = 35 x 10 - 60 x 5 = + 50 unidades produtivas / ano

Supondo que este indivíduo sofresse um acidente de trabalho aos 30 anos


diminuindo sua produção para 5 unidades produtivas / ano, o saldo final seria:

S = (30 - 15) x 10 + (50 - 30) x 5 - 60 x 5 = - 50 unidades produtivas / ano

Destaca-se ainda outros problemas sociais decorrentes dos acidentes de


trabalho, tais como: desemprego, a delinqüência, a mendicância, etc.

ASPECTO HUMANO: Para avaliar os danos causados ao ser humano devido aos
acidentes de trabalho faz-se a seguinte pergunta: - Quanto vale a vida de um homem ?.
São muitos os acidentes que levam a morte ou deixam seqüelas que impossibilitam ou
dificultam o retorno do homem ao trabalho, tendo como conseqüência à

5
desestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios repercutem por tempo
indeterminado. Lembra-se aqui que o "homem é a maior riqueza de uma nação".

ASPECTO ECONÔMICO: O acidente de trabalho reduz significativamente a produção


de uma empresa, além de representar uma fonte de gastos como: remédios, transporte,
médico, etc. O prejuízo econômico decorre da paralisação do trabalho por tempo
indeterminado, devido à impossibilidade de substituição do acidentado por um elemento
treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que
atinge os demais trabalhadores e que interfere no ritmo normal do trabalho, levando
sempre a uma grande queda da produção. O trabalhador também sofre com este
prejuízo, apesar da assistência e indenizações recebidas através da Previdência Social,
pois isto não lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida mantido até a
então. Aqui se encontra um bom motivo para se investir na prevenção de acidentes de
trabalho.

1.2) PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS 

É fundamental prestar atenção apropriada à limpeza, higiene e demais fatores


que acondicionam os lugares de trabalho, para evitar as doenças profissionais. O
estudo das doenças ocupacionais, suas causas e efeitos, levam a desenvolver técnicas
de prevenção que junto podem produzir um maior bem-estar do trabalhador, e daí, um
aumento da produção.
O controle das doenças ocupacionais compete primariamente ao pessoal de
engenharia que, ao determinar a magnitude dos riscos, conhecer a toxicologia das
substâncias químicas e os efeitos sobre a saúde dos demais fatores que acondicionam
o ambiente de trabalho, está em posição adequada para aplicar os diversos métodos e
equipamentos de controle. O pessoal médico ajuda, para um melhor êxito, o controle
das ditas doenças por meio de exames médicos pré-admissionais, periódicos e de
diagnóstico precoce, pela seleção e colocação dos operários de acordo com suas
habilidades e adequação pessoal, pela educação e ensino de hábitos de higiene
pessoal. Além disso, é necessário contar com a cooperação das gerências e dos

6
trabalhadores para assegurar um contínuo interesse, supervisão, inspeção e
manutenção das práticas de controle.
Em geral, o controle dos riscos para a saúde dos trabalhadores obedece a uma
série de princípios básicos. Na maioria dos casos um eficiente controle se pode obter
ao aplicar uma combinação de medidas e em sua aplicação o denominador comum
vem a ser a educação sanitária; fica implícito considerar também a boa operação e
melhor manutenção dos componentes mecânicos selecionados.
Entre os princípios básicos utilizados na redução dos riscos industriais, tem-se:
ventilação geral, ventilação local exaustora, ventilação geral diluidora, substituição de
materiais, mudança de operações e/ou processos, término de operações, divisão de
operações, equipe de pessoal, manutenção, ordem e limpeza

1.3) PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO 

A prevenção de acidentes é o propósito primário de um programa de segurança,


permitindo a continuidade das operações e a redução dos custos de produção. Dessa
forma, a prevenção de acidentes industriais, não só é um imperativo social e humano,
como também um bom negócio. Como prevenir, significa impedir um evento, tomando
medidas antecipadas, a análise causal dos acidentes é o mais importante passo na
prevenção dos mesmos.
Está amplamente demonstrado, que os acidentes na indústria têm uma causa e
podem ser prevenidos. As causas gerais dos acidentes são:
a) As condições inseguras: equipamento defeituoso, falta de protetores, iluminação e
ventilação inadequada, desordem e sujeira, falta de espaço, falta de equipamento de
proteção individual e/ou coletiva adequado, etc.
b) Os atos inseguros: negligência, excesso de confiança, ignorância, preocupações
alheias ao trabalho, imprudência, imperícia, falta de supervisão, ordens mal entendidas
ou mal executadas, temor, falta de cooperação, etc.
c) As atitudes inseguras: indiferença à segurança, falta de interesse, etc.

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As formas universais de sua prevenção, uma vez conhecidas às causas
mediante a análise e investigação dos acidentes são:

a) Engenharia: esta supõe uma inspeção e revisão cuidadosa das condições inseguras.
Além disso, implica numa revisão dos processos e operações que contribuem ao
melhoramento da produção. Nesse aspecto é interessante notar a importância que tem
as sugestões do pessoal mais experimentado.
b) Treinamento e educação: isto implica o conhecimento das regras de segurança,
análise de função, o treinamento e desempenho da função, instruções sobre primeiros
socorros e prevenção de incêndios, conferências aos supervisores, a educação
profissional, a propaganda por meio de cartazes, sinais, avisos e quadros de
segurança, concursos e campanhas organizadas, publicações, etc.
c) Medidas disciplinares: constituem um último recurso e não são bem aceitos. O
problema não consiste em achar um culpado, mas modificar os atos inseguros e
atitudes inseguras do pessoal, por meio de treinamento e propaganda para evitar
acidentes. Em outras palavras, é fundamental criar a mentalidade de segurança entre o
pessoal.
Verifica-se que segurança não é somente um problema pessoal (humano), mas
que implica em engenharia, planejamento, produção, estatísticas, conhecimento das
leis de compensações e a habilidade de vender o programa à gerência e aos
trabalhadores.

1.4) SIGNIFICADO ECONÔMICO SOCIAL DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E 
ACIDENTES NO TRABALHO 

Os danos e custos que produzem os acidentes e doenças ocupacionais na


indústria brasileira são de tal magnitude que as próprias indústrias devem compreender
a necessidade de preveni-los. Antes dessa necessidade o governo estabelece a
obrigatoriedade para que as empresas disponham de serviços especializados em
segurança, higiene e medicina do trabalho, com o propósito de evitar os acidentes e
doenças ocupacionais e em conseqüência as perdas que ocasionam.
8
Sem dúvida alguma, as doenças gerais oferecem um sério obstáculo ao
desenvolvimento sócio-econômico de um país, porque debilitam o trabalhador e
restringem sua capacidade produtiva. Hoje, já se sabe que um bom número de
trabalhadores, por não disporem de adequadas condições de saneamento, precárias
habitações, com alimentação deficiente de proteínas e vitaminas, com baixíssima
renda, com pouquíssima ou nenhuma instrução em matéria de higiene e expostos a
doenças contagiosas, participam indubitavelmente do clássico círculo de Winslow, ou
seja: a pobreza gera a doença e essa produz a pobreza.
Outro aspecto fundamental que incide negativamente na economia do país é o
fato de que os acidentes e doenças ocupacionais reduzem a capacidade de produção
da força mais valiosa de uma nação que é a população economicamente ativa,
reduzindo-se a geração de riqueza por incapacidade e/ou morte de um jovem
trabalhador.
Alguns países criam leis dando aos trabalhadores compensações monetárias
pelo trabalho com tóxicos ou tarefas insalubres, ou lhes concedem jornadas reduzidas
de trabalho, aumento de dias de férias, ou diminuição dos anos necessários para a
aposentadoria. Todas essas medidas não contribuem para a solução dos problemas,
afetam profundamente os custos e a produtividade ao subtrair uma quantidade enorme
de jornadas de trabalho de pessoal experimentado. Prevenir ainda é o melhor remédio.

1.5) DEFINIÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 

Segurança no Trabalho: é a função que tem por objetivo o estudo e a


implementação de medidas que visam eliminar ou controlar os riscos existentes na
execução do trabalho, sejam eles relativos ao ambiente ou decorrentes de atitudes
humanas, propiciando, dessa forma a eliminação dos acidentes ou, pelo menos, a
redução de sua freqüência e gravidade e conseqüentemente a manutenção e o
aumento da “condição produtiva”.

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1.6) HISTÓRICO 

No Mundo

Século IV a.C. – Hipócrates reconheceu e descreveu o envenenamento por


chumbo.
Século I – Plínio e Galeno, em Roma, fizeram referência ao envenenamento
decorrente do trabalho com enxofre, zinco e vapores ácidos.
1473 – Ulrich Ellenbog, na Alemanha, escreveu sobre a doença de ourives
provocada pelos gases usados em seu trabalho.
Século XVI - George Bauer - levantamento sobre doenças e acidentes em
trabalhadores de minas de ouro e prata (1556).
1700 - Médico Bernardino Ramazzini - livro “De Morbis Artificum Diatriba” -
relaciona
Século XVI - George Bauer - levantamento sobre doenças e acidentes em
trabalhadores de minas de ouro e prata (1556).
1700 - Médico Bernardino Ramazzini - livro “De Morbis Artificum Diatriba” (Qual a
sua ocupação)- relaciona cerca de 50 atividades profissionais com doenças -
considerado o “Pai da Medicina do Trabalho”.
1760 - Início da Revolução Industrial (Inglaterra):
- mulheres e crianças trabalhando em ambiente sem condições sanitárias
(higiene em geral).
- máquinas inseguras, ruidosas, iluminação e ventilação deficientes, etc.
- inexistência de limites por horas de trabalho → acidentes.

Estas condições no início da revolução industrial causavam doenças até


contagiosas. Diante desse quadro dramático, cria-se no Parlamento Britânico uma
comissão de inquérito - Sir. Robert Peel.
1775 – Percival Pott, na Inglaterra, descreve o câncer desenvolvido pelos
limpadores de chaminés.

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1802 - “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”:
- 12 horas/dia,
- proibia trabalho noturno,
- lavar as paredes 2 vezes / ano,
- obrigava uso de ventilação.
1819 - Leis Complementares, poucos avanços devido à forte oposição dos
empregadores.
1830 - Médico Robert Bauer - aconselha industrial amigo a contratar 1 médico
para diariamente visitar a fábrica.

1833 - “Factory Act” - 1a lei efetiva no campo de proteção ao trabalhador.


- aplicava-se a todas as empresas têxteis movidas a vapor ou energia
hidráulica.
- proibia trabalho noturno aos menores de 18 anos.
- 12 horas / dia.
- 69 horas / semana.
- fabricas precisam ter escolas → freqüentadas por todos os trabalhadores
menores que 13 anos.
- idade mínima para o trabalho: 9 anos.
- um médico devia atestar se o desenvolvimento físico da criança
correspondia a sua idade cronológica.

1834 - Robert Bauer - nomeado Inspetor Médico da fabricas.


1842 - Industrial James Smith (Escócia) - contrata 1 médico para examinar os
menores trabalhadores antes de sua admissão ao serviço, examiná-los periodicamente,
orientá-los em relação a problemas de saúde prevenindo as doenças ocupacionais ou
não. Surgia a função específica do Médico de Fábrica.

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- No Brasil

Século XIX - engenhos de açúcar e café.


1889 - 630 fábricas e 54000 empregados.
1907 - 3200 fábricas - 150000 empregados. (1o Rio de Janeiro, 2 o São Paulo).
1907, 1912, 1917, 1920 - greves por melhores condições de trabalho.
1918 - 1 a lei sobre acidentes no trabalho. DL No 3724 de 15/01/1918.
1919 - marca a presença dos 1as indústrias Americanas. As greves culminam no
código sanitário de São Paulo. Lei 13.493 de 05/03/1919 - alterações no DL 3724
1923 - Inspetoria de higiene industrial e profissional - Ministério do Interior e
Justiça (DL. 16300).
1934 - Inspetoria de higiene e segurança do trabalho - MTIC (Ministério do
trabalho, indústria e comércio) - 2a lei de acidentes do trabalho. Lei 24.637 de
10/07/1934 - alterações no DL 3724.
1941 - surge a ABPA - Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes
1942 - Divisão de higiene e segurança do trabalho.
1943 - CLT - DL. 5452 de 01/05/43 - capítulo V - higiene e segurança do
trabalho.
- Guerra Mundial influencia na Industrialização (CSN, Petrobrás)
. 1944 - DL. 7036/ MT de 10/11/44 - lei de acidentes - SESI. Revoga a lei 3724
1949 -Standart Oil (fábrica) - cria 1o Serviço de Previdência de Acidentes.

Década de 50:
II Congresso Pan-americano de Medicina do Trabalho.
I Congresso Nacional de CIPAS.
1953 - Portaria 155 - regulamenta CIPAS - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes.

Década de 60:
CONPAT - Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes.

12
1963 - criada a Fundacentro – órgão subordinado a secretaria de segurança e
medicina do trabalho do MT.
1967 - nova lei de acidentes do trabalho. Lei 293 de 28/02/67 revoga o DL 7036
(1944). Lei 5316 de 14/09/67 - Seguro de acidentes não permanecerá só no campo
privado.
1968 - Portaria 32 - CIPA’s.

Década de 70:
1971 – Fundação da SOBES – Sociedade Brasileira de Engenharia de
Segurança.
1972 - Portaria 3237 - Segurança, higiene e medicina do trabalho.
1975 - Portaria 3460 - Segurança e medicina do trabalho.
1976 - Lei de Acidentes No 6367 de 19/10/76 (DL. 79037 de 24/12/76). Revoga a
lei 5316. O seguro é feito obrigatoriamente pelo INPS.
1977 - Lei 6514 - revisão do capítulo V, título II da CLT. (DL 5452)
1978 - Lei No 83080 - Substitui e cancela 79037 (24/12/76).
1978 - Regulamentada a Lei 6514 - Portaria 3214 / MT /78.

Década de 80:
1983 - Portaria No 6 de 09/03/83 SSMT - MT - Alterações da 3214. Alterações da
Nrs 1, 2, 3 e 6.
1984 - Criação da ANEST – Associação Nacional de Engenharia de Segurança.
1985 – Criação da ALAEST – Associação Latino-Americana de Engenharia de
Segurança do Trabalho.
1988 - Portaria No 3067 de 12/04/88 - MT - Aprovação das normas
regulamentadoras rurais - Segurança e Higiene do trabalho rural (art. 13 da lei 5889 de
08/06/73).

13
Década de 90:

1991 - Lei 8213 - determina que o INSS cobre de empresas culpadas por
acidentes de trabalho os benefícios pagos aos acidentados.
1992 – Criação da FENATEST – Federação Nacional dos Técnicos de
Segurança do Trabalho.

Anos 2000:

Criação de normas relativas ao uso das empresas do Perfil Profissiográfico


Previdenciário (PPP).

Obs: A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico


previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a
este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado,
cópia autêntica deste documento, sob pena da multa prevista no art. 283. Para fins de
concessão de benefícios por incapacidade, a partir de 01/11/2003, a Perícia Médica do
INSS poderá solicitar à empresa o PPP, com vista à fundamentação do reconhecimento
técnico do nexo causal e para avaliação de potencial laborativo objetivando processo
de reabilitação profissional.

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CAPÍTULO 2: ACIDENTES DO TRABALHO

2.1) ACIDENTE DO TRABALHO 

Acidente é um acontecimento infeliz, casual ou não, fortuito, imprevisto, que


resulta em ferimento, dano, ruína.

Acidente do Trabalho: é toda lesão corporal ou perturbação funcional que, no


exercício ou por motivo de trabalho, resultar de causa externa, súbita, imprevista ou
fortuita, determinando a morte do empregado ou a sua incapacidade para o trabalho,
total ou parcial, permanente ou temporária.

2.2) ORGANOGRAMA DO ACIDENTE DE TRABALHO 

Condições do
trabalho
Total ou
Lesão Parcial
corporal
Exógenos

Risco Direto ou Perturbação Incapacidade


Fatores Profissional Indiretos funcional ou Morte

Endógenos
Doenças
permanente
ou
temporária
Condições do
trabalhador

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2.3) TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO 

Três são as formas de acidentes:

1) Acidente típico,

2) Acidente "in itinere" ou de trajeto,

3) Doenças profissionais ou Ocupacionais.

2.3.1) Acidente Típico: é aquele que decorre diretamente do exercício do trabalho, a


serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que
cause a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.

2.3.2) Acidente "in itinere” ou de trajeto: é aquele que ocorre no trajeto do


empregado; é o que decorre não de sua prestação laboral, não enquanto trabalha, mas
no trajeto de e para o trabalho. É o acidente de trabalho indireto. Podem ser:

a) a viagem do empregado;

b) no período das refeições ou descanso;

c) a ação de terceiros, em certos casos.

a) A viagem pode ser:

- em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado,


inclusive veículo de propriedade do empregado,
16
- no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquele.

b) No intervalo para refeições podem ocorrer acidentes como intoxicação pela


alimentação fornecida pelo restaurante do local de trabalho, água contaminada no
refeitório, queda no refeitório, nas ocasiões de satisfação das necessidades fisiológicas
no local de trabalho, etc. Além de desabamento, inundação ou incêndio.

c) Nesta categoria incluem-se:

- Sabotagem e terrorismo praticado por terceiros, inclusive companheiros de


trabalho,

- Ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa


relacionada com o trabalho,

- Ato de imprudência ou negligência de terceiros, inclusive companheiro de


trabalho,
- Ato de pessoa privada da razão.

2.3.3) Doenças Profissionais: são as decorrentes das condições especiais ou


excepcionais em que o trabalho seja executado, desde que, diretamente relacionada
com a atividade exercida, cause redução da capacidade para o trabalho.

2.4) CAUSAS DE ACIDENTES 

1) Falta de equipamentos de segurança,

2) Recusa do trabalhador em usar o equipamento,

17
3) Imprudência, imperícia ou negligência do trabalhador,

4) Defeito nos equipamentos e máquinas com os quais se trabalha,

5) Falta de profissionais especializados em segurança e medicina do trabalho,

6) Acidentes de trânsito,

7) Força maior, caso fortuito,

8) Álcool, tabagismo e tóxicos

2.4.1) Falta de equipamentos de segurança: 
De alto custo aquisitivo, nem todos os empregadores sondados mostram
simpatia pelos equipamentos de proteção (preço e conscientização). Na filosofia
destes, somente os empregados sob maior risco, eventualmente poderia utilizar
reduzido número de equipamentos.

Nos trabalhadores que labutam a curta distância de uma fonte qualquer de risco,
não é observada a disponibilidade de equipamentos de segurança, apesar de
receberem fagulhas, forte calor, odores causadores de mal estar, poeiras, etc. O
argumento mais freqüente para não usarem os equipamentos, é de que estes
trabalhadores não estariam expostos a perigo.

2.4.2) Recusa do trabalhador em usar o EPI: 
Óculos pesados, máscaras, capacetes, roupas mais espessas que os de uso
habitual, calçados com reforços, luvas, etc, constituem o equipamento de segurança do
trabalhador. No corpo seu peso é bem superior ao da indumentária habitual. Alegando
desconforto ou mesmo perda da agilidade para a execução das tarefas, os
trabalhadores se mostram pouco interessados no uso de EPI (conscientização).

18
2.4.3) Imprudência, imperícia ou negligência do trabalhador: 
O simples uso de equipamentos de segurança não resolve o problema, se não
forem tomados certos cuidados no ambiente de trabalho. O comportamento do
trabalhador é fator determinante de grande número de acidentes.

A imprudência, a negligência e a imperícia, expõem o prestador de serviços a


mais de um risco de acidente diário.

Imprudência é a prática de um ato perigoso, realiza-se uma conduta que a


cautela indica que não deve ser realizada. A imprudência é positiva, ou seja, o sujeito
pratica uma ação.

Negligência é a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato


realizado. A negligência é negativa, ou seja: o sujeito deixa de fazer algo, opondo-se à
imprudência. A imprudência e a negligência são atitudes antônimas entre si.

Imperícia é a falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão. É possível


que, em face da ausência de conhecimento técnico ou prático, causem-se acidentes.

2.4.4) Defeito nos equipamentos e máquinas com os quais se trabalha: 
As instalações da empregadora, e os equipamentos (máquinas manuais e fixas,
ferramentas, etc) de limitada duração, podem apresentar defeitos no momento do uso,
simplesmente deixar de funcionar, como também apresentar rupturas em seu corpo.
Problemas que podem até mesmo, causar danos letais aos que estiverem trabalhando
com eles no momento.

19
A pouca perícia, a falta de correta manutenção, o desgaste e a má qualidade
podem ser fatores determinantes destes problemas.

2.4.5) Falta de profissionais especializados em segurança e medicina do 
trabalho: 
Empregados e empregadores, em seu maior número, são constituídos de
pessoas leigas em matéria de segurança e medicina do trabalho. Sensível ao problema,
estabeleceu o legislativo no artigo 200 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) -
DL. 5452 de 01/03/1943:

Art. 200: Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições


complementares às normas de que trata este capítulo, tendo em vista as peculiaridades
de cada setor de trabalho.

Atendendo ao disposto na citada norma legal, foi baixada a portaria 3214, de 08


de junho de 1978, que estabelece as NRs - Normas Regulamentadoras de segurança e
medicina do trabalho. São ao todo 38 NRs, sendo que cinco dessas são as NRRs
(Normas Regulamentadoras Rurais). A NR-4, alterada pela portaria No 33/83,
estabelece:

NR­4 ­ Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT). 

4.1 - As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos de administração


direta e indireta e dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados
regidos pela CLT, manterão obrigatoriamente, serviços especializados em Engenharia
de Segurança de em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e
proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

4.2 - O dimensionamento dos serviços especializados em engenharia de


segurança e em medicina do trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade
principal e ao número total de empregados do estabelecimento constantes dos quadros
I e II anexos, observadas as exceções previstas nesta NR.

20
4.2.1 - Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de
trabalho com menos de 1000 empregados e situados no mesmo estado, território ou
Distrito Federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes
da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá organizar os serviços
especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho.

4.2.1.1 - Neste caso, os Engenheiros de Segurança do Trabalho, os Médicos do


Trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados.

4.2.1.2 – Para os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de enfermagem


do trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de trabalho,
conforme o quadro II, anexo.

4.2.2 - As empresas que possuam mais de 50% de seus empregados em


estabelecimento ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao
da atividade principal deverão dimensionar os SESMT em função do maior grau de
risco, obedecido o disposto no quadro II desta NR.

4.2.3 - A empresa poderá constituir SESMT centralizado para atender a um


conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser
percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais
estabelecimentos não ultrapasse a 5000 m, dimensionando-o em função do total de
empregados e do risco, de acordo com o quadro II anexo e o sub-item 4.2.2.

4.2.5 – Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que,


isoladamente, não se enquadrem no quadro II anexo, o cumprimento desta NR será
feito através de SESMT’s centralizados em cada Estado, Território ou Distrito Federal,
desde que o total de empregados dos estabelecimentos no Estado, Território ou Distrito
Federal alcance os limites previstos no quadro II anexo, aplicado o disposto no sub-item
4.2.2.

21
4.2.5.1 – Para empresas enquadradas no grau de risco 1 o dimensionamento
dos serviços referidos no sub-item 4.2.5 obedecerá ao quadro II anexo, considerando-
se como número de empregados o somatório dos empregados existentes no
estabelecimento que possua o maior número e a média aritmética do número de
empregados dos demais estabelecimentos, devendo todos os profissionais integrantes
dos SESMT’s, assim constituídos cumprirem tempo integral.

4.2.5.2 – Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4 o


dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao quadro II
anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados de
todos os estabelecimentos.

4.3 – As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constituir


SESMT e que possuam outros SESMT’s poderão integrar estes SESMT’s constituindo
um serviço único de engenharia e medicina.

4.3.1 – As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina


ficam obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de Segurança e
Medicina do Trabalho - SSMT, até o dia 30 de março, um programa bienal de
segurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido.

o dia 30 de março de cada exercício poderão constituir o serviço único de que


trata o subitem 4.3.1 e elaborar o programa respectivo a ser submetido à SSMT no
prazo de 90 dias a contar de sua instalação.

4.3.1.2 – As empresas novas, integrantes de grupos empresariais que já


possuam serviço único poderão ser assistidas pelo referido serviço, após comunicação
à DRT.

4.3.2 – A SSMT fica reservado o direito de controlar a execução do programa e


aferir a sua eficácia.

22
4.3.3 - O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os profissionais
especializados previstos no quadro II anexo, sendo permitido aos demais engenheiros e
médicos exercerem engenharia de segurança e medicina do trabalho, desde que
habilitados e registrados conforme estabelece a NR-27.

4.3.4 – O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá


obedecer ao disposto no quadro II desta NR, no tocante aos profissionais
especializados.
4.4 - Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho deverão ser integrados por Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico
do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de
Enfermagem do Trabalho, obedecido o quadro II anexo.

4.4.1 - Para fins desta norma regulamentadora, as empresas obrigadas a


constituir SESMT’s deverão exigir dos profissionais que os integram, comprovação de
que satisfazem os seguintes requisitos:

a) Engenheiro de Segurança do Trabalho: engenheiro ou arquiteto portador de


certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho, em nível de pós-graduação;

b) Médico do Trabalho: médico portador de certificado de conclusão de curso de


especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de
certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou
denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica,
do MEC, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de
graduação em Medicina;

c) Enfermeiro do Trabalho: enfermeiro portador de certificado de conclusão de


curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação,
ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em
enfermagem;

23
d) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho: auxiliar de enfermagem ou técnico de
enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de Auxiliar
de Enfermagem do Trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e
autorizado pelo MEC;

e) Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de


Registro Profissional expedido pelo MEC.

4.4.1.1 – Em relação às categorias mencionadas nas alíneas “a” e “e”, observar-


se-á o disposto na Lei no 7.410, de 27 de novembro de 1985.

4.4.2 - Os profissionais integrantes dos SESMT’s deverão ser empregados da


empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15.

4.5 – A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em


estabelecimentos enquadrados no quadro II anexo deverá estender a assistência de
seus SESMT’s da(s) contratada(s), sempre que o número de empregados desta(s),
exercendo atividade naqueles estabelecimentos não alcançar os limites previstos no
quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no subitem 4.2.5.

4.5.1 – Quando a empresa contratante e as outras por ela contratada não se


enquadrarem no quadro II anexo, mas que pelo número total de empregados de ambas,
no estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro, deverá ser
constituído um SESMT comum, nos moldes do item 4.14.

4.5.2 - Quando a empresa contratada não se enquadrar no quadro II anexo,


mesmo considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante
deve estender aos empregados da contratada a assistência de seus SESMT’s, sejam
estes centralizados ou por estabelecimento.

4.6 – Os SESMT’s das empresas que operem em regime sazonal deverão ser
dimensionados, tomando-se por base a média aritmética do número de trabalhadores
do ano civil anterior e obedecidos os quadros I e II anexos.

24
4.7 – Os SESMT’s deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os
requisitos especificados no subitem 4.4.1 desta norma regulamentadora.

4.8 – O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho


deverão dedicar 8 horas por dia para as atividades dos SESMT’s, de acordo com o
estabelecido no quadro II anexo.

4.9 – O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o


enfermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 horas
(tempo integral) por dia para as atividades dos SESMT’s, de acordo com o estabelecido
no quadro II anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor.

4.10 – Ao profissional especializado em Segurança e Medicina do Trabalho é


vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação
nos SESMT’s.

4.11 – Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da


instalação e manutenção dos SESMT’s.

4.12 – Compete aos profissionais integrantes dos SESMT’s:

a) aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do


Trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali
existentes à saúde do trabalhador;

b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação


do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de
equipamento de proteção individual – EPI, de acordo com o que determina a
NR-6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente
assim o exija;

c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas


instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência
disposta na alínea “a”;
25
d) responsabilizar-se, tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do
disposto nas NR’s aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou
seus estabelecimentos;

e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de


suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a
NR-5;

f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e


orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, tanto através de campanhas, quanto de programas de
duração permanente;

g) esclarecer e conscientizar os empregados sobre acidentes do trabalho e


doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;

h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes


ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os
casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do
acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as
características do agente e as condições do(s) individuo(s) portador(es) de
doença ocupacional ou acidentado(s);

i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,


doenças ocupacionais e agentes de insalubridade preenchendo, no mínimo,
os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos quadros III, IV, V
e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo a avaliação anual
dos mesmos dados à Secretária de Segurança e Medicina do Trabalho –
SSMT até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTE;

26
j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos SESMT’s
ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da
empresa o método de arquivamento e recuperação desde que sejam
asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu
conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados
correspondentes às alíneas “h” e “i” por um período não inferior a 5 anos;

k) as atividades dos profissionais integrantes dos SESMT’s são essencialmente


prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência,
quando se torna necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle
de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate
a incêndios e ao salvamento e imediata atenção à vítima deste ou de
qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.

4.13 – Os SESMT’s deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela


valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e
solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no
subitem 5.14.1 da NR-5.

4.14 – As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrarem no quadro II,


anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do trabalho
a seus empregados através de SESMT’s comuns organizados pelo Sindicato ou
associação da categoria econômica correspondente ou pelas próprias empresas
interessadas.

4.14.1 – A manutenção desses SESMT’s deverá ser feita pelas empresas


usuárias que participarão das despesas em proporção ao número de empregados de
cada uma.

4.14.2 – Os SESMT’s previstos do item 4.14 deverão ser dimensionados em


função do somatório dos empregados das empresas participantes, obedecendo ao
disposto nos quadros I e II e no subitem 4.12 desta NR.

27
4.15 – As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos SESMT’s de
instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o
custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1.

4.16 – As empresas cujos SESMT’s não possuam médico e/ou engenheiro de


segurança do trabalho, de acordo com o quadro II desta NR, poderão se utilizar dos
serviços dos serviços destes profissionais existentes nos SESMT’s mencionados no
item 4.14 e subitem 4.14.1 ou no subitem 4.15 para atendimento do disposto nas NR’s.

4.16.1 – O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante.

4.17 – Os SESMT’s de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão


regional do MTE.

4.17.1 – O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional
do MTE e o requerimento deverá conter os seguintes dados:

a) nome dos profissionais integrantes dos SESMT’s;

b) número de registro dos profissionais na Secretária de Segurança e Medicina


do Trabalho, do MTE;

c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por


estabelecimento;

d) especificação dos turnos de trabalho por estabelecimento;

e) horário de trabalho dos profissionais dos SESMT’s.

4.18 – Os SESMT’s já constituídos deverão ser redimensionados nos termos


desta NR e a empresa terá 90 dias de prazo, a partir da publicação desta norma,
para efetuar o redimensionamento e o registro referido no item 4.17.

28
4.19 – A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar,
como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício
profissional dos componentes dos SESMT’s. O impedimento do referido exercício
profissional, mesmo que parcial, e o desvirtuamento ou desvio de função
constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas no grau 14,
se devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades
previstas na NR-28.

4.20 – Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços,


considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que
os seus empregados estiverem exercendo suas atividades.

29
QUADRO I – CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS

CÓDIGO ATIVIDADES GRAU DE RISCO

01.11-2 Cultivo de cereais 3

01.21-0 Cultivo de hortaliças, legumes e especiarias hortícolas 3

01.31-7 Cultivo de frutas cítricas 3

01.41-4 Criação de bovinos 3

01.50-3 Produção mista: lavoura e pecuária 3

01.61-9 Atividades de serviços relacionados com a agricultura 3

02.12-7 Exploração Florestal 3

05.11-8 Pesca 3

10.00-6 Extração de carvão mineral 4

11.10-0 Extração de petróleo e gás natural 4

13.10-2 Extração de minério de ferro 4

14.10-9 Extração de pedra, areia e argila 4

15.11-3 Abate de reses, preparação de produtos de carne 3

15.23-7 Produção de sucos de frutas e de legumes 3

15.32-6 Refino de óleos vegetais 3

15.41-5 Preparação de leite 3

15.51-2 Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do arroz 3

15.61-0 Usinas de Açúcar 3

15.72-5 Fabricação de Café Solúvel 3

15.82-2 Fabricação de biscoito e bolachas 3

15.92-0 Fabricação de vinho 3

17.21-6 Fiação de algodão 3

30
17.32-9 Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais 3

18.13-9 Confecção de roupas profissionais 2

19.10-0 Curtimento e outras preparações de couro 4

19.31-3 Fabricação de calçados de couro 3

19.10-0 Curtimento e outras preparações de couro 4

20.21-4 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira

compensada, prensada ou aglomerada 4

21.21-0 Fabricação de papel 3

22.11-0 Edição; edição e impressão de jornais 3

22.34-9 Reprodução de programas de informática em disquetes e fitas 2

23.30-2 Elaboração de combustíveis nucleares 4

23.40-0 Produção de álcool 3

24.31-7 Fabricação de resinas termoplásticas 3

24.61-9 Fabricação de inseticidas 3

24.81-3 Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas 3

24.92-9 Fabricação de Explosivos 4

25.19-4 Fabricação de artefatos diversos de borracha 3

25.29-1 Fabricação de artefatos diversos de plásticos 3

26.19-0 Fabricação de artigos de vidro 3

26.30-1 Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento,

gesso e estuque 4

26.42-5 Fabricação de produtos cerâmicos refratários 4

27.11-1 Produção de laminados planos de aço 4

28.11-8 Fabricação de estruturas metálicas para edifícios, pontes,

31
torres de transmissão, andaimes e outros fins 4

28.39-8 Têmpera, cementação e tratamento térmico do aço, serviços

de usinagem, galvanotécnica e solda 4

29.14-9 Fabricação de Compressores 3

29.21-1 Fabricação de fornos industriais, aparelhos e equipamentos não-

elétricos para instalações térmicas 3

29.40-8 Fabricação de máquinas-ferramentas 3

29.71-8 Fabricação de armas de fogo e munições 4

29.81-5 Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar

e secar para uso doméstico 3

30.21-0 Fabricação de computadores 3

31.15-5 Fabricação de motores elétricos 3

31.51-8 Fabricação de lâmpadas 3

32.10-7 Fabricação de material eletrônico básico 3

34.20-7 Fabricação de caminhões e ônibus 3

35.31-9 Construção e montagem de aeronaves 4

35.21-1 Construção e montagem de locomotivas, vagões e outros

Materiais rodantes 3

36.12-9 Fabricação de moveis com predominância de metal 3

37.10-9 Reciclagem de sucatas metálicas 3

40.10-0 Produção e distribuição de energia elétrica 3

41.00-9 Captação, tratamento e distribuição de água 3

45.11-0 Demolição e preparação de terreno 4

45.21-7 Edificações (residenciais, industriais, comerciais e de

serviços) - inclusive ampliação e reformas completas 4

32
45.25-0 Montagens industriais 4

45.41-0 Instalações elétricas 3

45.51-9 Alvenaria e reboco 3

50.20-2 Manutenção e reparação de veículos automotores 3

51.41-1 Comércio atacadista de fios têxteis, artefatos de tecidos e

de armarinho 2

51.51-9 Comércio atacadista de combustíveis 3

52.21-3 Comércio varejista de produtos de padaria, de laticínios,

frios e conservas 2

52.71-0 Reparação e manutenção de máquinas e de aparelhos

eletrodomésticos 3

55.11-5 Estabelecimentos hoteleiros, com restaurante 2

55.22-0 Lanchonetes e similares 2

60.23-2 Transporte rodoviário de passageiros, regular, urbano 3

6029-1 Transporte regular em bondes, funiculares, teleféricos ou trens

Próprios para exploração de pontos turísticos 3

61.11-5 Transporte marítimo de cabotagem 4

62.10-3 Transporte aéreo, regular 3

63.11-8 Carga e descarga 3

63.30-4 Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 1

64.20-3 Telecomunicações 2

65.21-8 Bancos comerciais 2

65.24-2 Cooperativas de crédito 1

66.11-7 Seguros de vida 1

70.20-3 Aluguel de imóveis 1

33
71.10-2 Aluguel de automóveis 2

72.30-3 Processamento de dados 2

74.11-0 Atividades jurídicas 1

74.40-3 Publicidade 2

74.91-8 Atividades fotográficas 2

75.25-6 Defesa civil 2

80.30-0 Educação superior 2

85.11-1 Atividades de atendimento hospitalar 3

90.00-0 Limpeza urbana e esgoto; atividades conexas 3

92.51-7 Atividades de bibliotecas e arquivos 2

92.61-4 Atividades desportivas 2

95.00-1 Serviços domésticos 2

34
QUADRO II - DIMENSIONAMENTO DOS SESMT

No de Empregados no Estabelecimento

Grau Técnicos 50 101 251 501 a 1001 2001 3501 > 5000 p/ cada grupo
de a a a 1000 a a a de 4000 ou fração
risco 100 250 500 2000 3500 5000 acima de 2000 **
Tec. Seg. 1 1 1 2 1
Trab.
Eng. Seg.
1 Trab. 1* 1 1*
Aux. Enf. Trab. 1 1 1
Enf. Trab. 1*
Médico Trab. 1* 1* 1 1*

Tec. Seg. 1 1 2 5 1
Trab.
Eng. Seg.
2 Trab. 1* 1 1 1*
Aux. Enf. Trab. 1 1 1 1
Enf. Trab. 1
Médico Trab. 1* 1 1 1

Tec. Seg. 1 2 3 4 6 8 3
Trab.
Eng. Seg.
3 Trab. 1* 1 1 2 1
Aux. Enf. Trab. 1 2 1 1
Enf. Trab. 1
Médico Trab. 1* 1 1 2 1

Tec. Seg. 1 2 3 4 5 8 10 3
Trab.
Eng. Seg.
4 Trab. 1* 1* 1 1 2 3 1
Aux. Enf. Trab. 1 1 2 1 1
Enf. Trab. 1
Médico Trab. 1* 1* 1 1 2 3 1
* Tempo parcial (mínimo de 3 horas).

35
** O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o
dimensionamento da faixa de 3501 a 5000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de
4000 ou fração de 2000.

OBS.: Hospitais, ambulatórios, maternidades, casas de saúde e repouso,


clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 empregados deverão contratar
um enfermeiro do trabalho em tempo integral.

Em seus itens, a NR-4 regulamenta o serviço destes profissionais, suas relações


com a empregadora e empregados. O objetivo desses profissionais é levar ao
trabalhador os conhecimentos necessários a prevenção de acidentes.

Nem sempre, porém estas empresas mantêm estes serviços especializados na


prevenção de acidentes, o que acaba redundando em total ignorância das normas de
segurança. A falta desses profissionais no mercado de trabalho, segundo alegam,
acarreta a inobservância destas normas e os benefícios.

É difícil o contato direto do engenheiro com todos os trabalhadores. Ciente disto,


o legislativo que editou a CLT e a portaria 3214/78, determina o seguinte:

  NR­5 ­ Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 

DO OBJETIVO

5.1 - A comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA- tem como objetivo


a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.

DA CONSTITUIÇÃO

5.2 - Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular


funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos
da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas,

36
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregado.

5.3 - As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos


trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as
disposições estabelecidas em NRs de setores econômicos específicos.

5.4 - A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais


estabelecimentos, deverá garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o
caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.

5.5 - As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão,


através de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo
de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes decorrentes do
ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da
administração do mesmo,.

DA ORGANIZAÇÃO

5.6 - A CIPA será composta de representantes do empregador e dos


empregados, de acordo com o dimensionamento prévio no Quadro I desta NR,
ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos
específicos.

5.6.1 - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles


designados.

5.6.2 - Os representantes do empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

5.6.3 - O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a


ordem decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no
Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de
setores econômicos específicos.
37
5.6.4 - Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa
designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser
adotados mecanismos de participação dos empregados, através de negociação
coletiva.

5.7 - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano,


permitida uma reeleição.

5.8 - É vedada a dispensa arbitraria ou sem justa causa do empregado eleito


para cargo de direção de CIPA’s desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato.

5.9 - Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não


descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência
para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos
primeiro e segundo do art. 469, da CLT.

5.10 - O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a


representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de
questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.

5.11 - O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA,


e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.

5.12 - Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no


primeiro dia útil após o término do mandato anterior.

5.13 - Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário


e seu substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso
necessária a concordância do empregador.

5.14 - Empossados os membros d CIPA, a empresa deverá protocolar, em até


dez dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de
eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.

38
5.15 - Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego, a CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como
não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus
membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no
caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

DAS ATRIBUIÇOES

5.16 - A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de risco, com


a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver (sobre mapa de risco, ver portaria nº 25, de 29-12-1994);

b) elaborar plano de trabalho que possibilita a ação preventiva na solução de


problema de segurança e saúde no trabalho;

c) participar da implantação e do controle das medidas de prevenção


necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de
trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho


visando a identificação de situações que venham a trazer risco para a
segurança e saúde dos trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu


plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no


trabalho;

g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo
de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

39
h) requerer ao SESMT, quando houver,ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere houver risco grave e iminente à segurança
e saúde dos trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de


outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das NR’s, bem como cláusulas de


acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde
no trabalho;

k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador


da análise das cousas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas
de solução dos problemas identificados;

l) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que


tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

m) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;

n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana


Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;

o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de


Prevenção da AIDS.

5.17 - Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios


necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a
realização das tarefas constantes do plano de trabalho.

5.18 - Cabe aos empregados:

a) participar da eleição de seus representantes.

b) colaborar com a gestão da CIPA;

40
c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de risco e apresentar
sugestões para melhoria das condições de trabalho;

d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a


prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

5.19 - Cabe ao Presidente da CIPA:

a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;

b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,


quando houver, as decisões da comissão;

c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;

5.20 - Cabe ao Vice-Presidente:

a) executar atribuições que lhe forem delegadas;

b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus


afastamentos temporários;

5.21 - O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as


seguintes atribuições:

a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o


desenvolvimento de seus trabalhos;

b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os


objetivos propostos sejam alcançados;

c) delegar atribuições aos membros da CIPA;

d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;


41
e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhos do estabelecimento;

f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;

g) constituir a comissão eleitoral.

5.22 - O Secretário da CIPA terá por atribuição:

a) acompanhar as reunidas da CIPA, e redigir as atas apresentando as para


aprovação e assinatura dos membros presente;

b) preparar as correspondências; e

c) outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO

5.23 - A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário


preestabelecido.

5.24 - As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expoente


normal da empresa e em local apropriado.

5.25 - As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com


encaminhamento de cópias para todos os membros.

5.26 – As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção


do Trabalho - AIT.

5.27- Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine


aplicação de medidas corretivas de emergência ;

b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;

c) houver solicitação expressa de uma das representações.

42
5.28 – As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

5.28.1 – Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta


ou com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na
ata da reunião.

5.29 – Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante


requerimento justificado.

5.29.1 – O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima


reunião ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente
efetivar os encaminhamentos necessários.

5.30 – O membro titular perderá o mandato,sendo substituído por suplente,


quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

5.31 – A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida


por suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de
eleição, devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho e Emprego as alterações e justificar os motivos.

5.31.1 – No caso de afastamento definitivo de Presidente, o empregador indicará


o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

5.31.2 – No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros


titulares da representação dos empregados escolherão o substituto, entre seus titulares,
em dois dias úteis.

DO TREINAMENTO

5.32 – A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA,


titulares e suplentes, antes da posse.

5.32.1 – O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo


máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.

43
5.32.2 – As empresas que não se enquadrem no Quadro I, proverão anualmente
treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta.

5.33 – O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes


itens:

a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos


originados do processo produtivo;

b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos


riscos existentes na empresa;

d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas


de prevenção;

e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança


e saúde no trabalho;

f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;

g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das


atribuições da Comissão

5.34 – O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no


máximo oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 – O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade


patronal, entidades de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos
sobre os temas ministrados.

5.36 – A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto
à entidade ou profissional que ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo
à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

44
5.37 – Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens
relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado
no prazo máximo de trinta dias, contados da data da ciência da empresa sobre a
decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL

5.38 – Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos


representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 dias antes do término
do mandato em curso.

5.38.1 – A empresa estabelecerá mecanismo para comunicar o início do


processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.

5.39 – O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão dentre seus


membros, no prazo mínimo de 55 dias antes do término do mandato em curso, a
Comissão Eleitoral - CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento
do processo eleitoral.

5.39.1 – Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.

5.40 – O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização,


no prazo mínimo de 45 dias antes do término do mandato em curso;

b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição


será de quinze dias;

c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,


independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;

45
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 dias antes do término do


mandato da CIPA, quando houver;

f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de


turnos e em horários que possibilite a participação da maioria dos
empregados,

g) voto secreto;

h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento


de representante do empregador e dos empregados, em número a ser
definido pela comissão eleitoral;

i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por


um período mínimo de cinco anos.

5.41 – Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na


votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar
outra votação que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.

5.42 – As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na


unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos
membros da CIPA.

5.42.1 – Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e


Emprego, confirmar irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou
proceder à anulação quando for o caso.

5.42.2 – Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de 5


dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.

46
5.42.3 – Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação
do processo eleitoral.

5.43 – Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos


mais votados.

5.44 – Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.

5.45 – Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição


e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em
caso de vacância de suplentes.

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS

5.46 – Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços,


considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.

5.47 – Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo


estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto
com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de
participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no
estabelecimento.

5.48 – A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento,


deverão implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível
de proteção em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do
estabelecimento.

5.49 – A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as


empresas contratadas, suas CIPA’s, os designados e os demais trabalhadores lotados

47
naquele estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos
ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.

5.50 – A empresa contratante adotará as providencias necessárias para


acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu
estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.

DISPOSIÇÕES FINAIS

5.52 – Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de
portaria especifica.

48
FICHA DE ANÁLISE DE ACIDENTES
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA

CIPA Nº_______

Endereço_____________________________________________________________________
________nº __________Bairro____________________Data___________Hora_____________
Nome do acidentado___________________________________________________________
Idade_________Ocupação_______________________________________________________
Departamento____________________________________Seção______________________
Descrição do acidente__________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Parte do corpo atingida_________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Informação do encarregado_____________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

_____________________________
Encarregado

49
Investigação do Acidente 

Como ocorreu_________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Causa apurada________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

_____________________________
Membro da comissão

Conclusões da Comissão 

Causa do acidente_____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Responsabilidade_________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Medidas propostas_____________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

______________________ ______________________
Secretário Presidente

50
QUADRO III

ACIDENTES COM VÍTIMAS 

Nome do envolvido:________________________________________________________________

Nº ABSOLUTO Nº ABSOLUTO ÍNDICE ÍNDICE DE


Nº ABSOLUTO DIAS/ TAXA DE
N° COM COM RELATIVO AVALIAÇÃO
SEM HOMEM FREQËNCIA ÓBTOS
ABOSOLUTO AFASTAMENTO AFASTAMENTO TOTAL DE DA
AFASTAMENTO PERDIDOS
< 15 DIAS > 15 DIAS EMPREGADOS GRAVIDADE

TOTAL DO
ESTABE
LECIMENTO

Responsável:___________________________________________Ass.: ____________________

51
QUADRO IV

DOENÇAS OCUPACIONAIS 

Nome do envolvido: ____________________________________________________________

TIPO DE Nº SETORES DE Nº RELATIVOS N º DE Nº DE N º DE


DOENÇA ABSOLUTO ATIVIDADE DE CASOS ÓBITOS TRABALHADORES TRABALHADORES
DE CASOS DOS (% TOTAL TRANSFERIDOS P/ DEFINITIVAMENTE
PORTADORES EMPREGADOS) OUTROS SETORES INCAPACITADOS

Responsável:__________________________________________Ass.: ____________________

QUADRO V

INSALUBRIDADE 

Nome do envolvido: _______________________________________________________

SETOR AGENTES INTENCIDADE OU N° DE


IDENTIFICADOS CONCENTRAÇÃO TRABALHADORES
EXPOSTOS

Responsável:_______________________________________Ass.: __________________

52
QUADRO VI

ACIDENTES SEM VÍTIMAS 

Nome do envolvido: _______________________________________________________

SETOR Nº DE PERDA ACID.S / VÍTIMA OBSERVAÇÕES


ACIDENTES MATERIAL
ACID.C / VÍTIMA
AVALIADA
(R$)

Responsável:____________________________________Ass.: _______________

53
Quadro I – Dimensionamento da CIPA

N° empregados 0 20 30 51 80 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 Acima de
GRUPOS

no estabeleci - a a a a a a a a a a a a a 10000 para


mento/ N° de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 cada grupo
membros da de 2500
CIPA acrescentar

C-1 Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
C-1a Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 6 9 12 15 2
Suplentes 1 1 3 3 3 3 4 5 8 9 12 2
C-2 Efetivos 1 1 4 4 5 6 7 10 11 2
Suplentes 1 1 3 4 4 5 6 7 9 1
C-3 Efetivos 1 1 3 4 5 6 7 10 10 2
Suplentes 1 1 3 4 4 5 6 8 8 2
C-3a Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
C-4 Efetivos 1 1 1 1 1 2 2 2 3 5 6 1
Suplentes 1 1 1 1 1 2 2 2 3 4 4 1
C-5 Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 4 6 9 9 11 2
Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 6 7 7 9 2
C-5a Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 6 7 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
C-6 Efetivos 1 1 2 3 3 4 5 5 6 8 10 12 2
Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 4 6 8 10 2
C-7 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 4 1
C-7a Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 8 9 10 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 8 2
C-8 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 1
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 5 6 8 1
C-9 Efetivos 1 1 1 2 2 2 3 5 6 7 1
Suplentes 1 1 1 2 2 2 3 4 4 5 1
C-10 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 9 10 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 6 7 8 2
C - 11 Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 6 9 10 12 2
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 4 7 8 10 2
C - 12 Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 7 8 9 10 2
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 6 6 7 8 2
C - 13 Efetivos 1 1 3 3 3 3 4 5 6 9 11 13 2
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 7 8 10 2
C - 14 Efetivos 1 1 2 2 3 4 4 5 6 9 11 11 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 7 9 9 2
C-14a Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 1
C - 15 Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 5 6 8 10 12 2

54
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 4 6 8 10 2

N° empregados 0 20 30 51 80 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 Acima de
GRUPOS

no estabeleci - a a a a a a a a a a a a a 10000 para


mento/ N° de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 cada grupo
membros da de 2500
CIPA acrescentar
C-16 Efetivos 1 1 2 3 3 3 4 5 6 8 10 12 2
Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 4 6 7 9 2
C-17 Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2
C-18* Efetivos 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
Suplentes 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2
C-18a* Efetivos 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
Suplentes 3 3 3 3 3 4 5 7 9 12 2
C-19 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 1
C-20 Efetivos 1 1 3 3 3 3 4 5 5 6 8 2
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 4 5 6 1
C-21 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
C-22 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 4 6 8 10 12 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 3 5 6 8 9 2
C-23 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1
C-24* Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 7 8 10 2
C-24a* Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 4 1
C-24b* Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2
Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2
C-24c** Efetivos 1 1 2 2 2 2 4 5 7 7 1
Suplentes 1 1 1 1 2 2 4 5 7 7 1
C- Efetivos 1 1 2 2 2 3 4 5 7 9 1
24d** Suplentes 1 1 1 1 2 2 4 5 7 9 1
C-25 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1
C-26 Efetivos 1 2 3 4 5 1
Suplentes 1 2 3 3 4 1
C-27 Efetivos 1 1 2 3 4 5 6 6 1
Suplentes 1 1 2 3 3 4 5 5 1
C-28 Efetivos 1 1 2 3 4 5 6 6 1
Suplentes 1 1 2 3 4 5 5 5 1
C-29 Efetivos 1 2 3 4 5 1

55
Suplentes 1 2 3 3 4 1
C-30 Efetivos 1 1 1 2 4 4 4 5 7 8 9 10 2
Suplentes 1 1 1 2 3 3 4 4 6 7 8 9 1
QUADRO I – Dimensionamento da CIPA

QUADRO I – Dimensionamento da CIPA

N° empregados 0 20 30 51 80 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 Acima de
GRUPOS

no estabeleci - a a a a a a a a a a a a a 10000 para


mento/ N° de 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10000 cada grupo
membros da de 2500
CIPA acrescentar

C-31 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
C-32 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1
C-33 Efetivos 1 1 1 1 2 3 4 5 1
Suplentes 1 1 1 1 2 3 3 4 1
C-34 Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2
Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 9 2
C-35 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1
Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1

QUADRO II

Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades


Econômicas - CNAE, para dimensionamento de CIPA

GRUPO C-1 Minerais

1000.6 1110.0 1120.7 1310.2 1321.8 1322.6 1323.4 1324.2 1325.0 1329.3
1410.9 1421.4 1422.2 1429.0 2310.8 2330.2 2620.4 2691.3 2692.1

GRUPO C-1a Minerais '

2320.5 2340.0

56
GRUPO C-2 Alimentos

1511.3 1512.1 1513.0 1514.8 1521.0 1522.9 1523.7 1531.8 1532.6 1533.4
1541.5 1542.3 1543.1 1551.2 1552.0 1553.9 1554.7 1555.5 1556.3 1559.8
1561.0 1562.8 1571.7 1572.5 1581.4 1582.2 1583.0 1584.9 1585.7 1586.5
1589.0 1591.1 1592.0 1593.8 1594.6 1595.4 1600.4

GRUPO C-3 Têxteis

1711.6 1719.1 1721.6 1722.1 1723.0 1724.8 1731.0 1732.9 1733.7 1741.8
1749.3 1750.7

GRUPO C-3a Têxteis

1761.2 1762.0 1763.9 1764.7 1769.8 1771.0 1772.8 1779.5

GRUPO C-4 Confecção

1811.2 1812.0 1813.9 1821.0 1822.8

GRUPO C-5 Calçados e Similares

1910.0 1931.3 1932.1 1933.0 1939.9 5272.8

GRUPO C-5a Calçados e Similares

1921.6 1929.1

GRUPO C-6 Madeira


57
2010.9 2021.4 2022.2 2023.0 2029.0 3611.0

GRUPO C-7 Papel

2131.8 2132.6 2141.5 2142.3 2149.0

GRUPO C-7a Papel

2110.5 2121.0 2122.9

GRUPO C-8 Gráficos

2211.0 2212.8 2213.6 2214.4 2219.5 2221.7 2222.5 2229.2 9240.1

GRUPO C-9 Som e Imagem

2231.4 2232.2 2233.0 2234.9 7491.8 9211.8 9212.6 9213.4 9221.5 9222.3
9231.2 9232.0 9239.8

GRUPO C-10 Químicos

2411.2 2412.0 2413.9 2414.7 2419.8 2421.0 2422.8 2429.5 2431.7 2432.5
2433.3 2441.4 2442.2 2451.1 2452.0 2453.8 2454.6 2461.9 2462.7 2463.5
2469.4 2471.6 2472.4 2473.2 2481.3 2482.1 2483.0 2491.0 2493.7 2494.5
2495.3 2496.1 2499.6 2521.6 2522.4 2529.1 3141.0 3142.9 3614.5

GRUPO C-11 Borracha

58
2511.9 2512.7 2519.4

GRUPO C-12 Não Metálicos

2611.5 2612.3 2619.0 2630.1 2641.7 2642.5 2649.2 2699.9 3691.9 3720.6

GRUPO C-13 Metálicos

2711.1 2712.0 2721.9 2722.7 2729.4 2731.6 2739.1 2741.3 2742.1 2749.9
2751.0 2752.9 2811.8 2813.4 2831.2 2832.0 2833.9 2834.7 2839.8 2892.4

GRUPO C-14 Equipamentos/Máquinas e Ferramentas

2812.6 2821.5 2822.3 2841.0 2842.8 2843.6 2891.6 2893.2 2899.1 2911.4
2912.2 2913.0 2914.9 2915.7 2921.1 2922.0 2923.8 2924.6 2925.4 2929.7
2931.9 2940.8 2951.3 2952.1 2961.0 2962.9 2963.7 2964.5 2965.3 2969.6
2981.5 2989.0 3011.2 3012.0 3021.0 3022.8 3111.9 3112.7 3113.5 3121.6
3122.4 3130.5 3151.8 3152.6 3160.7 3191.7 3192.5 3199.2 3210.7 3221.2
3222.0 3230.1 3310.3 3320.0 3330.8 3340.5 3350.2 3612.9 3613.7 3693.5
3694.3 3695.1 3696.0 3710.9 5271.0

GRUPO C-14a Equipamentos/Máquinas e Ferramentas '

3692.7 3697.8 3699.4 7250.8

GRUPO C-15 Explosivos e Armas

2492.9 2971.8 2972.6

59
GRUPO C-16 Veículos

2932.7 2953.0 2954.8 3410.0 3420.7 3431.2 3432.0 3439.8 3441.0 3442.8
3443.6 3444.4 3449.5 3450.9 3511.4 3512.2 3521.1 3522.0 3523.8 3531.9
3532.7 3591.2 3592.0 3599.8 5020.2 5042.3

GRUPO C-17 Água e Energia

4010.0 4020.7 4030.4 4100.9 9000.0

GRUPO C-18 Construção

4524.1 4529.2 4534.9 4541.1 4542.0 4543.8 4549.7 4551.9 4552.7 4559.4

GRUPO C-18a Construção '

4511.0 4512.8 4513.6 4521.7 4522.5 4523.3 4525.0 4531.4 4532.2 4533.0
4560.8

GRUPO C-19 Intermediários do Comércio

5111.0 5114.4 5115.2 5116.0 5117.9 5118.7 5119.5

GRUPO C-20 Comércio Atacadista

5113.6 5121.7 5122.5 5131.4 5132.2 5133.0 5134.9 5135.7 5136.5 5137.3
5139.0 5141.1 5142.0 5143.8 5144.6 5145.4 5147.0 5149.7 5153.5 5159.4
5161.6 5162.4 5163.2 5169.1 5191.8 5192.6

60
GRUPO C-21 Comércio Varejista

5010.5 5030.0 5041.5 5211.6 5212.4 5213.2 5214.0 5215.9 5221.3 5222.1
5223.0 5224.8 5229.9 5231.0 5232.9 5233.7 5241.8 5242.6 5243.4 5244.2
5245.0 5246.9 5249.3 5250.7 5261.2 5269.8

GRUPO C-22 Comércio de Produtos Perigosos

5050.4 5112.8 5146.2 5151.9 5152.7 5154.3 5155.1 5247.7

GRUPO C-23 Alojamento e Alimentação

5511.5 5512.3 5519.0 5521.2 5522.0 5523.9 5524.7 5529.8 8531.6 8532.4

GRUPO C-24 Transporte

6010.0 6021.6 6022.4 6023.2 6024.0 6025.9 6026.7 6028.3 6029.1 6030.5
6121.2 6123.9 6210.3 6220.0 6311.8 6312.6 6323.1

GRUPO C-24a Transporte '

6321.5 6322.3 6340.1

GRUPO C-24b Transporte ''

61
6027.5 6111.5 6112.3 6122.0 6230.8

GRUPO C-25 Correio e Telecomunicações

6411.4 6412.2 6420.3

GRUPO C-26 Seguro

6611.7 6612.5 6613.3 6621.4 6622.2 6630.3

GRUPO C-27 Administração de Mercados Financeiros

6711.3 6712.1 6719.9 6720.2

GRUPO C-28 Bancos

6510.2 6521.8 6522.6 6523.4 6524.2 6531.5 6532.3 6533.1 6534.0 6535.8
6540.4 6551.0 6559.5 6591.9 6592.7

GRUPO C-29 Serviços

6330.4 7010.6 7020.3 7031.9 7032.7 7140.4 7210.9 7411.0 7412.8 7413.6
7414.4 7415.2 7416.0 9111.1 9112.0 9120.0 9191.0 9192.8 9199.5

GRUPO C-30 Locação de Mão de Obra e Limpeza

7230.3 7460.8 7470.5 9301.7

62
GRUPO C-31 Ensino

8011.0 8012.8 8021.7 8022.5 8030.6 8091.8 8092.6 8093.4 8094.2 8095.0
9251.7 9252.5 9253.3 9261.4 9304.1

GRUPO C-32 Pesquisas

7310.5 7320.2 7430.6

GRUPO C-33 Administração Pública

7511.6 7512.4 7513.2 7514.0 7521.3 7522.1 7523.0 7524.8 7525.6 7530.2
9900.7

GRUPO C-34 Saúde

8511.1 8512.0 8513.8 8514.6 8515.4 8516.2 8520.0 9303.3

GRUPO C-35 Outros Serviços

5279.5 7040.8 7110.2 7121.8 7122.6 7123.4 7131.5 7132.3 7133.1 7139.0
7220.6 7240.0 7290.7 7420.9 7440.3 7492.6 7450.0 7499.3 9262.2 9302.5
9309.2 9500.1

63
QUADRO III
Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE,
com correspondente agrupamento para dimensionamento de CIPA

CNAE Descrição da Atividade Grupo


10.00-6 Extração de carvão mineral C-1 Fabricação de Conservas de Peixes,Crustáceos e
11.10-0 Extração de Petróleo e Gás Natural C-1 Moluscos C-2
11.20-7 Serviços Relacionados com a Extração de 15.21-0 Processamento, Preservação e Produção
Petróleo e Gás - Exceto a Prospecção Realizada de Conservas de Frutas C-2
por Terceiros C-1 15.22-9 Processamento, Preservação e Produtos
13.10-2 Extração de minério de ferro C-1 de Conservas de Legumes e Outros Vegetais
13.21-8 Extração de minério de alumínio C-1 C-2
13.22-6 extração de minério de estanho C-1 15.23-7 Produção de Sucos de Frutas e de
13.23-4 extração de minério de manganês C-1 Legumes C-2
13.24-2 extração de minério de metais preciosos 15.31-8 Produção de Óleos Vegetais em Bruto C-2
C-1 15.32-6 Refino de Óleos Vegetais C-2
13.25-0 extração de minerais radioativos C-1 15.33-4 Preparação de Margarina e Outras
13.29-3 extração de outros minerais metálicos não- Gorduras Vegetais e de Óleos de Origem Animal
ferrosos C-1 Não-Comestíveis C-2
14.10-9 extração de pedra, areia e argila C-1 15.41-5 Preparação do Leite C-2
14.21-4 extração de minerais para fabricação de 15.42-3 Fabricação de Produtos do Laticínio C-2
adubos, fertilizantes e produtos químicos C-1 15.43-1 Fabricação de Sorvetes C-2
14.22-2 extração e refino de sal marinho e sal- 15.51-2 Beneficiamento de Arroz e Fabricação de
gema C-1 Produtos do Arroz C-2
14.29-0 extração de outros minerais não-metálicos 15.52-0 Moagem de Trigo e Fabricação de
C-1 Derivados C-2
15.11-3 Abate de Reses, Preparação de Produtos 15.53-9 Fabricação de Farinha de Mandioca e
de Carne C-2 Derivados C-2
15.12-1 Abate de Aves e Outros Pequenos 15.54-7 Fabricação de Fubá e Farinha de Milho
Animais e Preparação de Produtos de Carne C-2
C-2 15.55-5 Fabricação de Amidos e Féculas de
15.13-0 Preparação de Carne, Banha e Produtos Vegetais e Fabricação de Óleos de Milho C-2
de Salsicharias Não - Associadas ao Abate C- 15.56-3 Fabricação de Rações Balanceadas para
215.14-8 Preparação e Preservação do Pescado e Animais C-2
15.59-8 Beneficiamento, Moagem e Preparação de 15.86-5 Preparação de Produtos Dietéticos,
Outros Alimentos de Origem Vegetal C-2 Alimentos para Crianças e Outros Alimentos
15.61-0 Usinas de Açúcar C-2 Conservados C-2
15.62-8 Refino e Moagem de Açúcar C-2 15.89-0 Fabricação de Outros Produtos
15.71-7 Torrefação e Moagem de Café C-2 Alimentícios C-2
15.72-5 Fabricação de Café Solúvel C-2 15.91-1 Fabricação, Retificação, Homologação e
15.81-4 Fabricação de Produtos de Padaria, Mistura de Aguardentes e Outras Bebidas
Confeitaria e Pastelaria C-2 Destiladas C-2
15.82-2 Fabricação de Biscoitos e Bolachas C-2 15.92-0 Fabricação de Vinho C-2
15.83-0 Produção de Derivados do Cacau e 15.93-8 Fabricação de Malte, Cervejas e Chopes
Elaboração de Chocolates, C-2
Balas, Gomas de Mascar C-2 15.94-6 Engarrafamento e Gaseificação de Águas
15.84-9 Fabricação de Massas Alimentícias C-2 Minerais C-2
15.85-7 Preparação de Especiarias, Molhos, 15.95-4 Fabricação de Refrigerantes e Refrescos
Temperos e Condimentos C-2 C-2
16.00-4 Fabricação de Produtos do Fumo C-2

64
17.11-6 Beneficiamento de Algodão C-3 17.31-0 Tecelagem de Algodão C-3
17.19-1 Beneficiamento de Outras Fibras Têxteis 17.32-9 Tecelagem de Fios de Fibras Têxteis
Naturais C-3 Naturais C-3
17.21-6 Fiação de Algodão C-3 17.33-7 Tecelagem de Fios e Filamentos
17.22-1 Fiação de Outras Fibras Têxteis Naturais Contínuos Artificiais ou Sintéticos C-3
C-3 17.41-8 Fabricação de Artigos de Tecido de Uso
17.23-0 Fiação de Artificiais ou Sintéticas C-3 Doméstico Incluindo Tecelagem C-3
17.24-8 Fabricação de Linhas e Fios para Coser e
Bordar C-3
17.49-3 Fabricação de Outros Artefatos Têxteis 20.29-0 Fabricação de Artefatos Diversos de
Incluindo Tecelagem C-3 Madeira, Palha, Cortiça e Materiais Trançados -
17.50-7 Serviços de Acabamento em Fios, Tecidos Exclusive Móveis C-6
e Artigos Têxteis Produzidos por Terceiros C-3 21.10-5 Fabricação de Celulose e Outras Pastas
17.61-2 Fabricação de Artefatos Têxteis a Partir de para a Fabricação de Papel C-7 a
Tecidos C-3 a 21.21-0 Fabricação de Papel C-7 a
17.62-0 Fabricação de Artefatos de Tapeçaria 21.22-9 Fabricação de Papelão Liso, Cartolina e
C-3 a Cartão C-7 a
17.63-9 Fabricação de Artefatos de Cordoaria 21.31-8 Fabricação de Embalagens de Papel C-7
C-3 a 21.32-6 Fabricação de Embalagens de Papelão -
17.64-7 Fabricação de Tecidos Especiais - Inclusive a Fabricação de Papelão Corrugado C-7
Inclusive Artefatos C-3 a 21.41-5 Fabricação de Artefatos de Papel,
17.69-8 Fabricação de Outros Artigos Têxteis - papelão, Cartolina e Cartão para Escritório C-7
Exclusive Vestuário C-3 a 21.42-3 Fabricação de Fitas e Formulários
17.71-0 Fabricação de Tecidos de Malha C-3 a Contínuos - Impressos ou não C-7
17.72-8 Fabricação de Meias C-3 a 21.49-0 Fabricação de outros Artefatos de Pastas,
17.79-5 Fabricação de Outros Artigos de Vestuário papel, papelão, cartolina e Cartão C-7
Produzidos em Malharias (Tricotagens) C-3 a 22.11-0 Edição; Edição e Impressão de Jornais
18.11-2 Confecção de Peças Interiores do C-8
Vestuário C-4 22.12-8 Edição; Edição e Impressão de Revistas
18.12-0 Confecção de Outras Peças do Vestuário C-8
C-4 22.13-6 Edição; Edição e Impressão de Livros C-8
18.13-9 Confecção de Roupas Profissionais C-4 22.14-4 Edição de Discos, Fitas e Outros Materiais
18.21-0 Fabricação de Acessórios do Vestuário Gravados C-8
C-4 22.19-5 Edição; Edição e Impressão de Outros
18.22-8 Fabricação de Acessórios para Segurança Produtos Gráficos C-8
Industrial e Pessoal C-4 22.21-7 Impressão de Jornais, Revistas, e Livros
19.10-0 Curtimento e Outras Preparações de C-8
Couro C-5 22.22-5 Serviço de Impressão de Material Escolar
19.21-6 Fabricação de Malas, Bolsas, Valises e e de Material para Uso Industrial e Comercial C-8
Outros Artefatos para Viagem, de Qualquer 22.29-2 Execução de Outros Serviços Gráficos C-8
Material C-5 a 22.31-4 Reprodução de Discos e Fitas C-9
19.29-1 Fabricação de Outros Artefatos de Couro 22.32-2 Reprodução de Fitas de Vídeos C-9
C-5 a 22.33-0 Reprodução de Filmes C-9
19.31-3 Fabricação de Calçados de Couro C-5 22.34-9 Reprodução de Programas de Informática
19.32-1 Fabricação de Tênis de Qualquer Material em Disquetes e Fitas C-9
C-5 23.10-8 Coquerias C-10
19.33-0 fabricação de calçados de plásticos C-5 23.20-5 Refino de Petróleo C-10 a
19.39-9 fabricação de calçados de outros materiais 23.30-2 Elaboração de Combustíveis Nucleares C-
C-5 10
20.10-9 desdobramento de madeira C-6 23.40-0 Produção de Álcool C-10 a
20.21-4 Fabricação de Madeira Laminada e de 24.11-2 Fabricação de Cloro e Álcalis C-10
Chapa de Madeira Compensada, Prensada ou 24.12-0 Fabricação de Intermediários para
Aglomerada C-6 Fertilizantes C-10
20.22-2 Fabricação de Esquadrias de Madeira, de 24.13-9 Fabricação de Fertilizantes Fosforados,
Casa de Madeira Pré Fabricadas, de Estruturas de Nitrogenados e Potássicos C-10
Madeira e Artigo de Carpintaria C-6 24.14-7 Fabricação de Gases Industriais C-10
20.23-0 Fabricação de Artefatos de Tanoaria e 24.19-8 Fabricação de outros Produtos Inorgânicos
Embalagens de Madeira C-6 C-10

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24.21-0 Fabricação de Produtos Petroquímicos 26.11-5 Fabricação de Vidro Plano e de Segurança
Básicos C-10 C-12
24.22-8 Fabricação de Intermediários para Resina 26.12-3 Fabricação de Vasilhames de Vidro C-12
e Fibras C-10 26.19-0 Fabricação de Artigos de Vidro C-12
24.29-5 Fabricação de Outros Produtos Químicos 26.20-4 Fabricação de Cimento C-12
Orgânicos C-10 26.30-1 Fabricação de Artefatos de Concreto,
24.31-7 Fabricação de Resina Termoplástica C-10 Cimento, Fibrocimento,Gesso e Estuque C-12
24.32-5 Fabricação de Resina Termofixas C-10 26.41-7 Fabricação de Produtos Cerâmicos Não-
24.33-3 Fabricação de Elastômeros C-10 Refratários para Uso Estrutural na Construção Civil
24.41-4 Fabricação de Fibras, Fios, Cabos, e C-12
Filamentos Contínuos Artificiais C-10 26.42-5 Fabricação de Produtos Cerâmicos
24.42-2 Fabricação de Fibras, Fios, Cabos e Refratários C-12
Filamentos Contínuos SintéticosC-10 26.49-2 Fabricação de Produtos Cerâmicos Não-
24.51-1 Fabricação de Produtos Farmoquímicos C- Refratários para Uso Diversos C-12
10 26.91-3 Britamento, Aparelhamento e outros
24.52-0 Fabricação de Medicamentos para Uso Trabalhos em Pedras (não associado à Extração)
Humano C-10 C-12
24.53-8 Fabricação de Medicamentos para Uso 26.92-1 Fabricação de cal Virgem, cal Hidratada e
Veterinário C-10 Gesso C-12
24.54-6 Fabricação de Materiais para Uso 26.99-9 Fabricação de outros Produtos de Minerais
Médicos, Hospitalares e Odontológicos C-10 não Metálicos C -12
24.61-9 Fabricação de Inseticidas C-10 27.11-1 Produção de Laminados Planos de Aço C-
24.62-7 Fabricação de Fungicidas C-10 13
24.63-5 Fabricação de Herbicidas C-10 27.12-0 Produção de Laminados Não-Planos de
24.69-4 Fabricação de Outros Defensivos Aço C-13
Agrícolas C-10 27.21-9 Produção de Gusa C-13
24.71-6 Fabricação de Sabões, Sabonetes e 27.22-7 Produção de Ferro, Aço e Ferro-Ligas em
Detergentes Sintéticos C-10 Formas Primárias e Semi-Acabados C-13
24.72-4 Fabricação de Produtos de Limpeza e 27.29-4 Produção de Relaminados, Trefilados e
Polimento C-10 Retificados de Aço - Exclusive Tubos C-13
24.73-2 Fabricação de Artigos de Perfumaria e 27.31-6 Fabricação de Tubos de Aço com Costura
Cosméticos C-10 C-13
24.81-3 Fabricação de Tintas, Vernizes, Esmaltes 27.39-1 Fabricação de Outros Tubos de Ferro e
e Lacas C-10 Aço C-13
24.82-1 Fabricação de Tintas de Impressão C-10 27.41-3 Metalurgia do Alumínio e suas Ligas C-13
24.83-0 Fabricação de Impermeabilizantes, 27.42-1 Fabricação dos Metais Preciosos C-13
Solventes e Produtos Afins C-10 27.49-9 Metalurgia de Outros Materiais Não-
24.91-0 Fabricação de Adesivos e Selantes C-10 Ferrosos e suas Ligas C-13
24.92-9 Fabricação de Explosivos C-15 27.51-0 Fabricação de Peças Fundidas de Ferro e
24.93-7 Fabricação de Catalisadores C-10 Aço C-13
24.94-5 Fabricação de Aditivos de Uso Industrial 27.52-9 Fabricação de Peças Fundidas de Metais
C-10 Não-Ferrosos e suas Ligas C-13
24.95-3 Fabricação de Chapas, Filmes, Papéis e 28.11-8 Fabricação de Estruturas Metálicas para
Outros Materiais e Produtos Químicos para Edifícios, Pontes, Torres de Transmissão,
Fotografia C-10 Andaimes e outros Fins C-13
24.96-1 Fabricação de Discos e Fitas Virgens C-10 28.12-6 Fabricação de Esquadrias de Metal C-14
24.99-6 Fabricação de Outros Produtos Químicos 28.13-4 Fabricação de Obras de Caldeiraria
Não - Especificados ou Não-Classificados C-10 Pesada C-13
25.11-9 Fabricação de Pneumáticos e de Câmara- 28.21-5 Fabricação de Tanques, Reservatórios
de-ar C-11 Metálicos e Caldeiras para Aquecimento Central
25.12-7 Recondicionamento de Pneumáticos C-11 C-14
25.19-4 Fabricação de Artefatos Diversos de 28.22-3 Fabricação de Caldeiras Geradoras de
Borracha C-11 Vapor - Exclusive para Aquecimento Central e para
25.21-6 Fabricação de Laminados Planos e Veículos C-14
Tubulares Plástico C-10 28.31-2 Produção de Forjaria de Aço C-13
25.22-4 Fabricação de Embalagem de Plástico 28.32-0 Produção de Forjados de Metais Não-
C-10 Ferrosos e Suas Ligas C-13
25.29-1 Fabricação de Artefatos Diversos de 28.33-9 Fabricação de Artefatos Estampados de
Plástico C-10 Metal C-13

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28.34-7 Metalúrgica em Pó C-13 29.62-9 Fabricação de Máquinas e Equipamentos
28.39-8 Têmpera, Cementação e Tratamento para as Indústrias Alimentar, de Bebida e Fumo C-
Térmico do Aço, Serviços Usinagem, 14
Galvanotécnica e Solda C-13 29.63-7 Fabricação de Máquinas e Equipamentos
28.41-0 Fabricação de Artigos de Cutelaria C-14 para a Indústria Têxtil C-14
28.42-8 Fabricação de Artigos de Serralheria - 29.64-5 Fabricação de Máquinas e Equipamentos
Exclusive Esquadrias C-14 para as Indústrias de Vestuário e de Couro e
28.43-6 Fabricação de Ferramentas Manuais C-14 Calçados C-14
28.91-6 Fabricação de Embalagens Metálicas C-14 29.65-3 Fabricação de Máquinas e Equipamentos
28.92-4 Fabricação de Artefatos de Trefilados C-13 para as Indústrias de Celulose, Papel e Papelão e
28.93-2 Fabricação de Artigos de Funilaria e de Artefatos C-14
Artigos de Metal para Uso Doméstico e Pessoal C- 29.69-6 Fabricação de Outras Máquinas e Outros
14 Equipamentos de Uso Específico C-14
28.99-1 Fabricação de Outros Produtos 29.71-8 Fabricação de Armas de Fogo e Munições
Elaborados de Metal C -14 C-15
29.11-4 Fabricação de Motores Estacionários de 29.72-6 Fabricação de Equipamento Bélico Pesado
Combustão Interna,Turbinas e Outras Máquinas C-15
Motrizes Não-Elétrica - Exclusive para Aviões e 29.81-5 Fabricação de Fogões, Refrigeradores e
Veículos Rodoviários C-14 Máquinas de Lavar e Secar para Uso Doméstico
29.12-2 Fabricação de Bombas e Carneiros C-14
Hidráulicos C-14 29.89-0 Fabricação de Outros Aparelhos
29.13-0 Fabricação de Válvulas, Torneiras e Eletrodomésticos C-1 4
Registros C-14 30.11-2 Fabricação de Máquinas de Escrever e
29.14-9 Fabricação de Compressores C-14 Calcular, Copiadoras e Outros Equipamentos Não -
29.15-7 Fabricação de Equipamentos de Eletrônicos para Escritório C-14
Transmissão para Fins Industriais - Inclusive 30.12-0 Fabricação de Máquinas de Escrever e
Rolamentos C-14 Calcular, Copiadoras e Outros Equipamentos
29.21-1 Fabricação de Fornos Industriais, Eletrônicos Destinados à Automação Gerencial e
Aparelhos e Equipamentos Não-Elétricos para Comercial C-14
Instalações Térmicas C-14 30.21-0 Fabricação de Computadores C-1 4
29.22-0 Fabricação de Estufas e Fornos Elétricos 30.22-8 Fabricação de Equipamentos Periféricos
para Fins Industriais C-14 para Máquinas Eletrônicas para Tratamento de
29.23-8 Fabricação de Máquinas, Equipamentos e InformaçõesC-14
Aparelhos para Transporte e Elevação de Cargas e 31.11-9 Fabricação de Geradores de Corrente
Pessoas C-14 Contínua ou Alternada C-14
29.24-6 Fabricação de Máquinas e Aparelhos de 31.12-7 Fabricação de Transformadores,
Refrigeração e Ventilação de uso Industrial C-14 Indutores, Conversores, Sincronizadores e
29.25-4 Fabricação de Aparelhos de Ar- Semelhantes C-14
Condicionado C-14 31.13-5 Fabricação de Motores Elétricos C-14
29.29-7 Fabricação de Outras Máquinas e 31.21-6 Fabricação de Subestações, Quadros de
Equipamentos de Uso Geral C-14 Comando, Reguladores de Voltagem e Outros
29.31-9 Fabricação de Máquinas e Equipamentos Aparelhos e Equipamentos para Distribuição e
para Agricultura,Avicultura e Obtenção de Produtos Controle de Energia C-14
Animais C-14 31.22-4 Fabricação de Material Elétrico para
29.32-7 Fabricação de Tratores Agrícolas C-16 Instalações em Circuito de Consumo C-14
29.40-8 Fabricação de Máquina-Ferramenta C-14 31.30-5 Fabricação de Fios, Cabos Condutores
29.51-3 Fabricação de Máquinas e Equipamentos Elétricos Isolados C-14
para a Indústria de Prospecção e Extração de 31.41-0 Fabricação de Pilhas, Bateria e
Petróleo C-14 Acumuladores Elétricos - Exclusive para Veículos
29.52-1 Fabricação de Outras Máquinas e C-10
Equipamentos para a Extração de Minérios e 31.42-9 Fabricação de Baterias e Acumuladores
Indústria da Construção C-14 para Veículos C-10
29.53-0 Fabricação de Tratores de Esteira e 31.51-8 Fabricação de Lâmpadas C-14
Tratores de Uso na Construção e Mineração C-16 31.52-6 Fabricação de Luminárias e Equipamentos
29.54-8 Fabricação de Máquinas e Equipamentos de lluminação Exclusive para Veículos C-14
de Terraplanagem e Pavimentação C-16 31.60-7 Fabricação de Material Elétrico para
29.61-0 Fabricação de Máquinas para a Indústria Veículo - Exclusive Bateria C-14
Metalúrgica – Exclusive Máquinas - Ferramenta
C-14

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31.91-7 Fabricação de Eletrodos, Contatos e 35.12-2 Construção e Reparação de Embarcações
Outros Artigos de Carvão e Grafia para Uso para Esporte e Lazer C-16
Elétrico, Eletroimãs e Isoladores C-14 35.21-1 Construção e Montagem de Locomotivas,
31.92-5 Fabricação de Aparelhos e Utensílios para Vagões e Outros Materiais Rodantes C-16
Sinalização e Alarme C-14 35.22-0 Fabricação de Peças e Acessórios para
31.99-2 Fabricação de Outros Aparelhos ou Veículos Ferroviários C-16
Equipamentos Elétricos C-14 35.23-8 Reparação de Veículos Ferroviários C-16
32.10-7 Fabricação de Material Eletrônico Básico 35.31-9 Construção e Montagem de Aeronaves
C-14 C-16
32.21-2 Fabricação de Equipamentos 35.32-7 Reparação de Aeronaves C-16
Transmissores de Rádio e Televisão e de 35.91-2 Fabricação de Motocicletas C-16
Equipamentos para Estações Telefônicas, para 35.92-0 Fabricação de Bicicletas e Triciclos Não-
Radiotelefonia e Radiotelegrafia - Inclusive de Motorizados C-16
Microondas e Repetidoras C-14 35.99-8 Fabricação de Outros Equipamentos de
32.22-0 Fabricação de Aparelhos Telefônicos, Transporte C-16
Sistema de Intercomunicação e Semelhantes C-14 36.11-0 Fabricação de Móveis com Predominância
32.30-1 Fabricação de Aparelhos Receptores de de Madeira C-16
Rádio e Televisão e de Reprodução, Gravação ou 36.12-9 Fabricação de Móveis com Predominância
Amplificação de Som e Vídeo C-14 de Metal C-14
33.10-3 Fabricação de Aparelhos e Instrumentos 36.13-7 Fabricação de Móveis de Outros Materiais
para usos Médicos Hospitalares, Odontológicos e C-14
de Laboratórios e Aparelhos Ortopédicos C-14 36.14-5 Fabricação de Colchões C-10
33.20-0 Fabricação de Aparelhos e Instrumentos 36.91-9 Lapidação de Pedras Preciosas e
de Medida, Teste e Controle - Exclusive Semipreciosas, Fabricação de Artefatos de
Equipamento para Controle de Processos Ourivesaria e Joalheria C-12
Industriais C-14 36.92-7 Fabricação de Instrumentos Musicias
33.30-8 Fabricação de Máquinas, Aparelhos e C-14 a
Equipamentos de Sistemas Eletrônicos Dedicados 36.93-5 Fabricação de Artefatos para Caça, Pesca
à Automação Industrial e Controle do Processo e Esporte C-14
Produtivo C-14 36.94-3 Fabricação de Brinquedos e de Jogos
33.40-5 Fabricação de Aparelhos, Instrumentos e Recreativos C-14
Materiais Óticos, Fotográficos e Cinematográficos 36.95-1 Fabricação de Canetas, Lápis, Fitas
C-14 Impressoras para Máquinas e Outros Artigos para
33.50-2 Fabricação de Cronômetros e Relógios C- Escritório C-14
14 36.96-0 Fabricação de Aviamentos para Costura
34.10-0 Fabricação de Automóveis, Camionetas e C-14
Utilitários C-16 36.97-8 Fabricação de Escovas, Pincéis e
34.20-7 Fabricação de Caminhões e Ônibus C-16 Vassouras C-14 a
34.31-2 Fabricação de Cabines, Carrocerias e 36.99-4 Fabricação de Produtos Diversos C-14 a
Reboques para Caminhão C-16 37.10-9 Reciclagem de Sucatas Metálicas C-14
34.32-0 Fabricação de Carrocerias para Ônibus 37.20-6 Reciclagem de Sucatas Não-Metálicas
C-16 C-12
34.39-8 Fabricação de Cabines, Carrocerias e 40.10-0 Produção e Distribuição de Energia
Reboques para Outros Veículos C-16 Elétrica C-17
34.41-0 Fabricação de Peças e Acessórios para o 40.20-7 Produção e Distribuição de Gás Através de
Sistema Motor C-16 Tubulações C-17
34.42-8 Fabricação de Peças e Acessórios para os 40.30-4 Produção e Distribuição de Vapor e Água
Sistemas de Marcha e Transmissão C-16 Quente C-17
34.43-6 Fabricação de Peças e Acessórios para o 41.00-9 captação, tratamento e distribuição de
Sistema de Freios C-16 água C-17
34.44-4 Fabricação de Peças e Acessórios para o 45.11-0 Demolição e Preparação do Terreno
Sistema de Direção e Suspensão C-16 C-18 a
34.49-5 Fabricação de Peças e Acessórios de 45.12-8 Perfurações e Execução de Fundações
Metal para Veículos Automotores Não- Destinadas à Construção Civil C-18 a
Classificados em Outra Classe C-16 45.13-6 Grandes Movimentações de Terra C-18 a
34.50-9 Recondicionamento ou Recuperação de 45.21-7 Edificações (Residenciais, Industrias,
Motores para Veículos Automotores C-1 6 Comerciais e de Serviços) Inclusive Ampliação e
35.11-4 Construção e Reparação de Embarcações Reformas Completas C-18 a
e Estruturas Flutuantes C-16 45.22-5 Obras Viárias - Inclusive Manutenção

68
C-18 a C-19
45.23-3 Grandes Estruturas e Obras de Arte 51.19-5 Intermediários do Comércio de
C-18 a Mercadorias em Geral (Não Especializados)
45.24-1 Obras de Urbanização e Paisagismo C-1 8 C-19
45.25-0 Montagens Industriais C-18 a 51.21-7 Comércio Atacadista de Produtos
45.29-2 Obras de Outros Tipos C-18 Agrícolas IN NATURA, Produtos Alimentícios para
45.31-4 Construção de Barragens e Represas para animais C-20
Geração de Energia Elétrica C-18 a 51.22-5 Comércio Atacadista de Animais Vivos
45.32-2 Construção de Estações e Redes de C-20
Distribuição de Energia Elétrica C-18 a 51.31-4 Comércio Atacadista de Leite e Produtos
45.33-0 Construção de Estações e Redes de do Leite C-20
Telefonia e Comunicação C-18 a 51.32-2 Comércio Atacadista de Cereais
45.34-9 Construção de Obras de Prevenção e Beneficiados, Farinhas, Amidos e Féculas C-20
Recuperação do Meio Ambiente C-18 51.33-0 Comércio Atacadista de Hortifrutigranjeiros
45.41-1 Instalações Elétricas C-18 C-20
45.42-0 Instalações de Sistemas de Ar- 51.34-9 Comércio Atacadista de Carnes e
Condicionado, de Ventilação e Refrigeração C-18 Produtos da Carne C-20
45.43-8 Instalações Hidráulicas, Sanitárias, de 51.35-7 Comércio Atacadista de Pescados C-20
Gás, de Sistema de Prevenção Contra Incêndio, de 51.36-5 Comércio de Atacadista de Bebidas C-20
Pára - raios, de Segurança e Alarme C-18 51.37-3 Comércio Atacadista de Produtos de Fumo
45.49-7 Outras Obras e Instalações C-18 C-20
45.51-9 Alvenaria e Reboco C-18 51.39-0 Comércio Atacadista de Outros Produtos
45.52-7 Impermeabilização e Serviços de Pintura Alimentícios, Não Especificados Anteriormente
em Geral C-18 C-20
45.59-4 Outros Serviços Auxiliares da Construção 51.41-1 comércio atacadista de fios têxteis,
C-18 tecidos, artefatos de tecidos e de armarinho C-20
45.60-8 Aluguel de Equipamentos de Construção e 51.42-0 comércio atacadista de Artigos de
Demolição com Operários C-18 a Vestuário e Complementos C-20
50.10-5 Comércio a Varejo e Por Atacado de 51.43-8 Comercio Atacadista de Calçados C-20
Veículos Automotores C-21 51.44-6 comércio atacadista de eletrodomésticos e
50.20-2 Manutenção e Reparação de Veículos outros equipamentos de uso pessoal e doméstico
Automotores C-16 C-20
50.30-0 Comércio a Varejo e Por Atacado de 51.45-4 comércio atacadista de produtos
Peças e Acessórios para Veículos Automotores C- farmacêuticos, médicos ortopédicos e
21 odontológicos C-20
50.41-5 Comércio a Varejo e Por Atacado de 51.46-2 comércio atacadista de cosméticos e
Motocicletas, Partes, Peças e Acessórios C-21 produtos de perfumaria C-22
50.42-3 Manutenção e Reparação de Motocicletas 51.47-0 comércio atacadista de artigos de
C-16 escritório e de papelaria; papel,
50.50-4 Comércio a Varejo de Combustíveis C-22 papelão e seus artefatos; livros, jornais e outras
51.11-0 Intermediários do Comércio de Matérias- publicações C-20
Primas Agrícolas, Animais Vivos, Matérias-Primas 51.49-7 comércio atacadista de outros artigos de
Têxteis e Produtos Semi Acabados C-19 usos pessoal e domésticos, não-especificados
51.12-8 Intermediários do Comércio de anteriormente
Combustíveis, Minerais, Metais e Produtos C-20
Químicos Industriais C-22 51.51-9 comércio atacadista de combustíveis C-22
51.13-6 Intermediários do Comércio de Madeira 51.52-7 comércio atacadista de produtos extrativos
Material de Construção e Ferragens C-20 de origem mineral C-22
51.14-4 Intermediários do Comércio de Máquinas, 51.53-5 comércio atacadista de madeira, material
Equipamentos Industriais, Embarcações e de construção,ferragens e ferramentas C-20
Aeronaves C-1 9 51.54-3 comércio atacadista de produtos químicos
51.15-2 Intermediários do Comércio de Móveis e C-22
Artigos de Uso Doméstico C-19 51.55-1 comércio atacadista de resíduos e sucatas
51.16-0 Intermediários do Comércio de Têxteis, C-22
Vestuários, Calçados e Artigos de Couro C-19 51.59-4 comércio atacadista de outros produtos
51.17-9 Intermediários do Comércio de Produtos intermediários não agropecuários, não-
Alimentícios, Bebidas e Fumo C-19 especificados anteriormente C-20
51.18-7 Intermediários do Comércio Especializado
em Produtos Não Especificados Anteriormente

69
51.61-6 comércio atacadista de máquinas, 52.44-2 comércio varejista de material de
aparelhos e equipamentos para uso agropecuário construção, ferragens,ferramentas manuais e
C-20 produtos metalúrgicos; vidros, espelhos e vitrais;
51.62-4 comércio atacadista de máquinas e tintas e madeiras C-21
equipamentos para comércio C-20 52.45-0 comércio varejista de equipamentos e
51.63-2 comércio atacadista de máquinas e materiais para escritório; informática e omunicação
equipamentos para o comércio C-20 C-21
51.69-1 comércio atacadista de máquinas, 52.46-9 comércio varejista de livros, jornais,
aparelhos e equipamentos para uso industrial, revistas e papelaria C-21
técnico e profissional e outros usos, não 52.47-7 comércio varejista de gás liqüefeito de
especificados anteriormente petróleo (G.L.P.) C-22
C-20 52.49-3 comércio varejista de outros produtos não-
51.91-8 comércio atacadista de mercadorias em especificados anteriormente C-21
geral (não-especializado) C-20 52.50-7 comércio varejista de artigos usados, em
51.92-6 comércio atacadista especializado em lojas C-21
mercadorias não especificadas anteriormente 52.61-2 comércio varejista de artigos em geral por
C-20 catálogo ou perdido pelos correios C-21
52.11-6 comércio varejista de mercadorias em 52.69-8 comércio varejista realizado em vias
geral, com predominância de produtos públicas, postos móveis, através de máquinas
alimentícios, com área de venda superior a 5.000 automáticas e a domicílio C-21
metros quadrados-hipermercados C-21 52.71-0 reparação e manutenção de máquinas e
52.12-4 comércio varejista de mercadorias em de aparelhos eletrodomésticos C-14
geral, com predominância de produtos 52.72-8 reparação de calçados C-5
alimentícios, com área de venda inferior a 300 e 52.79-5 reparação de outros objetos pessoais e
5.000 metros quadrados – supermercados C-21 domésticos C-35
52.13-2 comércio varejista de mercadorias em 55.11-5 estabelecimentos hoteleiros, com
geral, com predominância de produtos alimentícios restaurante C-23
industrializados - Exclusive lojas de conveniências 55.12-3 estabelecimentos hoteleiros, sem
C-21 restaurantes C-23
52.14-0 comércio varejista de mercadorias em 55.19-0 outros tipos de alojamento C-23
geral, com predominância de produtos alimentícios 55.21-2 restaurantes e estabelecimentos de
industrializados - lojas de conveniência C-21 bebidas, com serviço completo C-23
52.15-9 comércios varejistas não-especializados, 55.22-0 lanchonetes e similares C-23
sem predominância de produtos alimentícios 55.23-9 cantinas (serviços de alimentação
C-21 privativos) C-23
52.21-3 comércio varejista de produtos de padaria, 55.24-7 fornecimento de comida preparada C-23
de laticínio, frios e conservas C-21 55.29-8 outros serviços de alimentação C-23
52.22-1 comércio varejista de doces, balas, 60.10-0 transporte ferroviário interurbano C-24
bombons, confeitos e semelhantes C-21 60.21-6 transporte ferroviário de passageiros,
52.23-0 comércio varejista de carnes - açougues urbano C-24
C-21 60.22-4 transporte metroviário C-24
52.24-8 comércio varejista de bebidas C-21 60.23-2 transporte rodoviário de passageiros,
52.29-9 comércio varejista de outros produtos regular, urbano C-24
alimentícios não especificados anteriormente e de 60.24-0 transporte rodoviário de passageiros,
produtos do fumo C-21 regular, não-urbano C-24
52.31-0 comércio varejista de tecidos de artigos de 60.25-9 transporte rodoviário de passageiros, não-
armarinho C-21 regulares C-24
52.32-9 comércio varejista de artigos de vestuário 60.26-7 transporte rodoviário de cargas, em geral
e complementos C-21 C-24
52.33-7 comércio varejista de calçados, artigos de 60.27-5 transporte rodoviário de produtos
couro e viagem C-21 perigosos C-24b
52.41-8 comércio varejista de produtos 60.28-3 transporte rodoviário de mudanças C-2 4
farmacêuticos, artigos médicos e ortopédicos, de 60.29-1 transporte regular em bondes, funiculares,
perfumaria e cosméticos C-21 teleféricos ou trens próprios para a exploração de
52.42-6 comércio varejista de máquinas e pontos turísticos C-24
aparelhos de usos domésticos e pessoal, discos e 60.30-5 transporte dutoviário C-24
instrumentos musicais C-21 61.11-5 transporte marítimo de cabotagem C-24b
52.43-4 comércio varejista de móveis, artigos e 61.12-3 transporte marítimo de longo curso C-24b
iluminação e outros artigos para residência C-21

70
61.21-2 transporte por navegação interior de 67.20-2 atividades auxiliares dos seguros e da
passageiros C-24 previdência privada C-27
61.22-0 transporte por navegação interior de carga 70.10-6 incorporação de imóveis por conta própria
C-24b C-29
61.23-9 transporte aquaviário urbano C-24 70.20-3 aluguel de imóveis C-29
62.10-3 transporte aéreo, regular C-24 70.31-9 incorporação de imóveis por conta de
62.20-0 transporte aéreo, não regular C-24 terceiros C-29
62.30-8 transporte espacial C-24b 70.32-7 administração de imóveis por conta de
63.11-8 carga e descarga C-24 terceiros C-29
63.12-6 armazenamento e depósito de cargas 70.40-8 condomínios prediais C-35
C-24 71.10-2 aluguel de automóveis C-35
63.21-5 atividades auxiliares aos transportes 71.21-8 aluguel de outros meios de transporte
terrestres C-24 a terrestre C-35
63.22-3 atividades auxiliares aos transportes 71.22-6 aluguel de embarcações C-35
aquaviários C-24 a 71.23-4 aluguel de aeronaves C-35
63.23-1 atividades auxiliares aos transportes 71.31-5 aluguel de máquinas e equipamentos
aéreos C-24 agrícolas C-35
63.30-4 atividades de agências de viagens e 71.32-3 aluguel de máquinas e equipamentos para
organizadores de viagem C-29 construção e engenharia civil C-35
63.40-1 atividades relacionadas à organização do 71.33-1 aluguel de máquinas e equipamentos para
transporte de cargas C-24 a escritórios C-35
64.11-4 atividades de correio nacional C-25 71.39-0 aluguel de máquinas e equipamentos de
64.12-2 outras atividades de correio C-25 outros tipos, não especificados anteriormente
64.20-3 telecomunicações C-25 C-35
65.10-2 banco central C-28 71.40-4 aluguel de objetos pessoais e domésticos
65.21-8 bancos comerciais C-28 C-29
65.22-6 bancos múltiplos (com carteira comercial) 72.10-9 consultoria em sistemas de informática
C-28 C-29
65.23-4 caixas econômicas C-28 72.20-6 desenvolvimento de programas de
65.24-2 cooperativas de crédito C-28 informática C-35
65.31-5 bancos múltiplos (sem carteira comercial) 72.30-3 processamento de dados C-30
C-28 72.40-0 atividades de banco de dados C-35
65.32-3 banco de investimento C-28 72.50-8 manutenção e reparação de máquinas de
65.33-1 bancos de desenvolvimento C-28 escritório e de informática C-14 a
65.34-0 crédito imobiliário C-28 72.90-7 outras atividades de informática, não-
65.35-8 sociedades de crédito, financiamento e especificadas anteriormente C-35
investimento C-28 73.10-5 pesquisa e desenvolvimento das ciências
65.40-4 arrendamento mercantil C-28 físicas e naturais C-32
65.51-0 agências de desenvolvimento C-28 73.20-2 pesquisa e desenvolvimento das ciências
65.59-5 outras atividades de concessão de crédito sociais e humanas C-32
C-28 74.11-0 atividades jurídicas C-29
65.91-9 fundos mútuos de investimento C-28 74.12-8 atividades de contabilidade e auditoria
65.92-7 sociedades de capitalização C-28 C-29
65.99-4 outras atividades de intermediação 74.13-6 pesquisa de mercado e de opinião pública
financeira, não-especificadas anteriormente C-29
C-28 74.14-4 gestão de participações societárias
66.11-7 seguros de vida C-26 (holdings) C-29
66.12-5 seguro não-vida C-26 74.15-2 sedes de empresas e unidades
66.13-3 resseguros C-26 administrativas locais C-29
66.21-4 previdência privada fechada C-26 74.16-0 atividades de assessoria em gestão
66.22-2 previdência privada aberta C-26 empresarial C-29
66.30-3 planos de saúde C-26 74.20-9 serviços de arquitetura e engenharia e de
67.11-3 administração de mercado bursáteis C-27 assessoramento técnico especializado C-3 5
67.12-1 atividades de intermediários em 74.30-6 ensaios de materiais e de produtos;
transações de títulos e valores Mobiliários C-27 análise de qualidade C-32
67.19-9 outras atividades auxiliares da 74.40-3 publicidade C-35
intermediação financeira, não especificadas 74.50-0 seleção, agenciamento e locação de mão -
anteriormente C-27 de - obra para serviços temporários C-35

71
74.60-8 atividades de investigação, vigilância e 80.94-2 ensino a distância C-31
segurança C-30 80.95-0 educação especial C-31
74.70-5 atividades de limpeza em prédios e 85.11-1 Atividades de Atendimento Hospitalar
domicílios C-30 C-34
74.91-8 atividades fotográficas C-9 85.12-0 Atividades de Atendimento a Urgências e
74.92-6 atividades de envasamento e Emergências C-34
empacotamento, por conta de terceiros 85.13-8 atividades de atenção ambulatorial C-34
C-35 85.14-6 atividades de serviços de complementação
74.99-3 outras atividades de serviços prestados diagnóstica ou terapêutica C-34
principalmente às empresas, não especificadas 85.15-4 atividades de outros profissionais da área
anteriormente C-35 de saúde C-34
75.11-6 administração pública em geral C-33 85.16-2 outras atividades relacionadas com a
75.12-4 regulação das atividades sociais e atenção à saúde C-3 4
culturais C-33 85.20-0 serviços veterinários C-34
75.13-2 regulação das atividades econômicas 85.31-6 serviços sociais com alojamento C-23
C-33 85.32-4 serviços sociais sem alojamento C-23
75.14-0 atividades de apoio à administração púbica 90.00-0 limpeza urbana e esgoto; e atividades
C-3 3 conexas C-17
75.21-3 relações exteriores C-33 91.11-1 atividades de organizações empresariais e
75.22-1 defesa C-33 patronais C-29
75.23-0 justiça C-33 91.12-0 atividades de organizações profissionais
75.24-8 segurança e ordem pública C-33 C-29
75.25-6 defesa civil C-33 91.20-0 atividades de organizações sindicais C-29
75.30-2 seguridade social C-33 91.91-0 atividades de organizações religiosas
80.11-0 educação pré-escolar C-31 C-29
80.12-8 educação fundamental C-31 91.92-8 atividades de organizações políticas C-29
80.21-7 educação média de formação geral C-31 91.99-5 outras atividades associativas, não-
80.22-5 educação média de formação técnica e especificadas anteriormente C-29
profissional C-31 92.11-8 produção de filmes cinematográficos e
80.30-6 educação superior C-31 fitas de vídeo C-9
80.91-8 ensino em auto-escolas e cursos de 92.12-6 distribuição de filmes e de vídeos C-9
pilotagem C-31 92.13-4 projeção de filmes e de vídeos C-9
80.92-6 educação supletiva C-31 92.21-5 atividades de rádio C-9
80.93-4 educação continuada ou permanente e 92.22-3 atividades de televisão C-9
aprendizagem profissional C-31

2.4.6) Acidentes de Trânsito: 
Os acidentes ocorridos com veículos automotivos podem ser colocados entre os
de maior número de acidentes de trajeto.

No Brasil, os dados são alarmantes com relação aos acidentes de trânsito, que
hoje representam 1,5 milhão de ocorrências, com 34 mil mortes e 400 mil feridos
anualmente, fatos que implicam em um custo social estimado em R$ 10 bilhões.

Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos e suas cargas, geram


lesões nas pessoas, como são danosos ao próprio país. Isto, porque determinam:
72
⇒ o sofrimento de muitas pessoas, causado por mortes e ferimentos, inclusive
seqüelas físicas e/ou mentais, muitas vezes irreparáveis;

⇒ prejuízos financeiros, por perda de renda e afastamento do trabalho;

⇒ Constrangimentos legais, por inquéritos policiais e processos judiciais, que


podem exigir o pagamento de indenizações e até mesmo prisão dos responsáveis.

Os riscos e os perigos no trânsito podem estar relacionados à:

• os veículos;

• os condutores;

• as vias de trânsito;

• o ambiente;

• ao tempo;

• e ao comportamento das pessoas.


Tais riscos e perigos podem ser eliminados com o aperfeiçoamento profissional
do motorista, através de um curso de direção defensivo, hoje obrigatório a todos os
motoristas, sobretudo na renovação de suas respectivas habilitações.

Direção Defensiva: é dirigir de modo que se evitem acidentes, apesar das


ações incorretas de terceiros e condições adversas.

Curso de direção defensiva:

- foi desenvolvido nos EUA pelo Conselho de Segurança Nacional “National


Safety Council”

- foi trazido para o Brasil em 1971 pelo Serviço Nacional de Aprendizagem


Industrial - SENAI.

- objetiva o aperfeiçoamento profissional do motorista

73
Direção Defensiva: é dirigir de modo que se evitem acidentes, apesar das ações
incorretas de terceiros e condições adversas.

2.4.7) Força Maior, caso fortuito: 
Força maior: é o fato que não provém da essência da exploração, mas se forma
fora dela; é um agente material ou humano irrompendo de fora para provocar o
acidente.

Caso fortuito: é fator proveniente das próprias condições da exploração, ao que


acrescentaremos o fator humano, não intelectual, quer por parte do patrão, quer dos
operários.

São fatores externos ao trabalhador com os quais ele não contribui, mas acaba
vítima no acidente.

2.4.8) Álcool, tabagismo e tóxicos: 
Embriaguez: é a intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool, cujos
efeitos podem progredir de uma ligeira excitação inicial, até ao estado de paralisia e
coma.

Fases da embriaguez:

a) excitação (euforia, loquacidade, diminuição da capacidade de autocrítica),

b) depressão (confusão mental, falta de coordenação motora, irritabilidade, disartria -


dificuldade de articulação das palavras devido à perturbação do sistema nervoso central
(centro nervoso)),

c) sono (o ébrio cai e dorme, havendo anestesia e relaxamento dos esfíncteres,


culminando com o estado de coma).

74
A embriaguez pode ser:

a) completa: correspondente a segunda e terceira fase,

b) incompleta: correspondente a 1a fase.

Tendo em vista o elemento subjetivo do agente em relação à embriaguez, esta


pode ser:

a) caso fortuito,

b) força maior.

EMBRIAGUEZ

Completa
Voluntária
Incompleta

Não Acidental

Completa
Culposa
Incompleta

Completa
Caso Fortuito
Incompleta

Acidental

Completa
Força Maior
Incompleta

75
Despojado da plenitude de sua capacidade de raciocínio, o embriagado expõe-se
aos riscos com menos responsabilidade que o habitual. De reflexos mais acelerados,
porém menos sensível, o etilizado nem sempre reage com as devidas cautelas.

Não só a embriaguez no serviço é prejudicial, a habitual pode levar o ébrio à


gradativa perturbação de seu equilíbrio físico e mental, de forma a expô-lo aos perigos
de seu ambiente de trabalho, mesmo que jamais tenha se apresentado embriagado em
serviço.

Sensível aos problemas do álcool no organismo humano, a legislação trabalhista


cuidou do ébrio através da CLT:

Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:

f) embriaguez habitual ou em serviço.

Além dos problemas no trabalho e da dependência, o álcool afeta o fígado e o


cérebro.

Tabagismo(fumo): o tabagismo, pouco atacado, proibido em coletivos


interurbanos no Estado de São Paulo (lei Estadual 110), porém pouco praticada,
merece mais atenção.

Além da dependência, o tabaco no pulmão do trabalhador contribui para


acentuar os problemas oriundos de poeiras e outros agentes que atacam os pulmões,
contribuindo para a evolução da doença, antecipando os seus efeitos maléficos sobre o
trabalhador.

Tóxicos: os entorpecentes, de comércio e consumo proibidos por lei, atuando de


forma nociva sobre o organismo e mente do homem, além da dependência, podem
levá-lo a expor-se a acidentes, de forma ainda mais perigosa que o álcool.

76
2.5) EFEITOS DO ACIDENTE SOBRE O HOMEM 

Morte: é o fim da vida animal ou vegetal. Logo, a morte do empregado constitui a


inutilização mais completa que pode sofrer a máquina humana de trabalho. Morte, é
assim, o momento em que cessam todos as funções vitais do corpo, e este deixa de
existir, entrando em processo de decomposição. Extinto o homem, extingue-se o seu
trabalho e o seu emprego.

Incapacidade: é a impossibilidade para se realizar determinada tarefa. Ela pode


ser:

a) Incapacidade temporária total: é a impossibilidade do trabalhador realizar, por certo


espaço de tempo, quaisquer trabalho.

b) Incapacidade temporária parcial: é a redução, por certo espaço de tempo, da


capacidade de trabalho.

c) Incapacidade permanente total: é a incapacitação, por toda a vida, para o trabalho.

d) Incapacidade permanente parcial: é a redução, por toda a vida, da capacidade de


trabalho.

77
1) Morte Total
EFEITOS a) Temporária
Parcial
2) Incapacidade
Total
b) Permanente
Parcial

Acidente Fatal: quando provoca a morte do trabalhador.


Acidente grave: quando provoca lesões incapacitantes no trabalhador.

OBS.: Não se deve esquecer que, por menor que seja a lesão que sofra o trabalhador,
nada paga as dores, o sofrimento e angústia, até o diagnóstico da lesão. Ansiedades e
incertezas acompanham o trabalhador até a sua volta ao serviço, pois a aposentadoria
por incapacidade nunca é de interesse.

2.6) A SITUAÇÃO PREVIDENCIÁRIA E LEGAL DO ACIDENTADO 

Inicialmente, não cabia ao trabalhador acidentado, qualquer assistência e/ou


indenização, o que o deixava ao completo desamparo, caso não tivesse formado
patrimônio antes do acidente, salvo se provasse culpa ou dolo do empregador, o que
além de oneroso, era praticamente impossível, pois acidentes ocorridos no ambiente de

78
trabalho, tinham por testemunhas os empregados deste mesmo empregador, os quais
tinham os seus empregos a zelar.

NO MUNDO:
Leis mais humanas que davam soluções mais práticas ao problema foram
aparecendo. Em 1884, na Alemanha, instituiu-se a assistência médica às vítimas de
acidentes de trabalho. Após a guerra de 1914, surgiu a idéia da readaptação. Mais
tarde, apareceram às instituições previdenciárias.

NO BRASIL:
A primeira lei sobre o assunto, foi a de 1919, e cuidava apenas da assistência
médica e da indenização. O DL. 7036 de 1944, foi a primeira norma legal a atender o
acidentado em seus três aspectos: assistência, indenização e reabilitação.
O DL. 293/67 cuidou apenas da assistência médica, deixando para a CLT, a
reabilitação e prevenção do acidente de trabalho, com as alterações previstas no DL.
229/67.

A lei 5316/67 restabeleceu em parte as conquistas, atendendo inclusive a


prevenção de acidentes e a reabilitação profissional dos acidentados.

SITUAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ATUAL:

A atual Consolidação das Leis da Previdência Social, instituída pelo Decreto


89312 de 23 de janeiro de 1984, que a reeditou, a partir do artigo 160 estabelece os
benefícios ao acidentado.

Ao assumir integral responsabilidade pelos benefícios ao acidentado, esta


legislação exclui o empregador de qualquer responsabilidade pelo acidente de trabalho,
tornando-o imune a encargos de qualquer natureza, salvo em manter o emprego e as
contribuições à previdência, e depósito do FGTS.

79
Aqui começam os problemas. Isento de ônus quanto ao acidentado, o
empregador não se preocupa com a integridade física e/ou psíquica de seus
empregados.

Ocorrido o acidente, basta comunicá-lo à previdência social, que a partir de


então, é responsável pela vítima.

A estabilidade provisória cessa com a reabilitação do empregado e seu retorno


ao serviço, o qual poderá ter seu contrato de trabalho unilateralmente rescindido, ainda
que sem justa causa, uma vez que atualmente, com o advento do FGTS, instituído pela
lei 5107, substitui a estabilidade do artigo 492 da CLT (Decreto Lei 5452, de
01/05/1943), pagando-lhe o pouco a que tem direito.

OBS.: Cobrança é prevista na lei 8213 de 1991. Ela determina que o INSS cobre
de empresas culpadas por acidentes de trabalho os benefícios pagos a acidentados.

2.7) RESPONSABILIDADE CIVIL PELO ACIDENTE 
A) PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO:

O código civil estabelece alguns casos em que o responsável por acidentes é


civilmente responsável por indenização. Tais casos não se aplicam ao acidente do
trabalho que está coberto pela Previdência Social.

A legislação civil prevê - Cód. civil art. 1518: "Os bens do responsável pela
ofensa ou violação dos direitos de outrem, ficam sujeitos à reparação do dano
causado".

No artigo 1521 são também responsáveis pela reparação civil:

I)

II)

80
III) O patrão...... por empregados..... no exercício do trabalho que lhes competir,
ou por ocasião dele (art. 1522).

Art. 1522 - A responsabilidade estabelecida no artigo antecedente, No III,


abrange as pessoas jurídicas que exerçam exploração industrial.

Não é difícil perceber que as indenizações acima estabelecidas referem-se


somente a terceiros, e não ao empregado, conclusão que se pode tirar do artigo 1521,
III, pois o patrão é responsabilizado pelo ato de seus empregados.

O direito de terceiros poderá ser violado no caso de acidentes de trabalho. Neste


caso, o empregador é responsável pelos danos que os seus empregados causarem a
terceiros; quanto ao empregado, este é encaminhado aos cuidados do órgão
previdenciário a que pertence.

B) PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO:

O Poder Público não está isento de responsabilidades, em caso de acidentes de


trabalho, quanto à indenização a terceiros.

Cód. Civil art. 15: As pessoas jurídicas de direito público são civilmente
responsáveis por atos de seus representantes que nessa qualidade causem danos a
terceiros....
Desta forma, se o acidente ocorrer com empregado do serviço público, no
exercício de suas atividades, aquele também é responsável em relação a terceiros. Não
importa o regime jurídico do servidor, nem tão pouco a forma de sua investidura, basta
que seja agente do serviço público. Os empregados são encaminhados ao órgão
previdenciário próprio.
Logo, os danos decorrentes de acidentes de trabalho que atingir terceiros,
obrigam os empregadores à indenização, na forma prescrita pelo Código Civil, seja o
empregador: pessoa física, pessoa jurídica de direito privado ou de direito público.
Quanto aos empregados, estes devem ser encaminhados à previdência social.

81
2.8) LEGISLAÇÃO BÁSICA PREVENTIVA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 

A) CLT - CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO:

A legislação básica preventiva em matéria de Segurança e Medicina do


Trabalho, é a própria CLT, que em seu capítulo V, com redação que lhe deu a lei
6514/77, regula o assunto da seguinte forma:

a) os códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados e Municípios, e as


convenções coletivas de trabalho, podem complementar a legislação existente, uma
vez que a aplicação dessa não desobriga aqueles (art. 154);

b) competência dos órgãos de âmbito nacional e dos DRT (art. 155/156);

c) incumbência dos empregadores e empregados (art. 157/158);

d) delegação de competência no tocante à fiscalização e orientação das disposições


relativas a este assunto (art. 159);

e) obrigatoriedade de inspeção prévia dos estabelecimentos empregadores, com


faculdade de o delegado Regional do Trabalho interditar ou embargar obras desses
estabelecimentos (art. 160/161);

f) obrigatoriedade de manutenção de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -


CIPA (art. 162/165);

82
g) obrigatoriedade de fornecimento, por parte do empregador, gratuito ao empregado,
de equipamento aprovado pelo Ministério do Trabalho (art. 166/167);

h) obrigatoriedade de exame médico gratuito por ocasião da admissão do empregado,


bem como notificação compulsória das doenças profissionais (art. 168/169);

i) as condições de segurança e higiene dos edifícios (art. 170/174);

j) as condições de iluminação e conforto térmico destes (art. 175/178);

k) as condições elétricas e proibição de manuseio desta por quem não for qualificado
(art. 179/181);

l) as condições de movimentação, armazenagem e manuseio de materiais (art.


182/183);

m) a instalação de dispositivos de segurança em máquinas e equipamentos, bem como


a proibição de manutenção de máquinas em movimento (art. 184/185);

n) segurança em caldeiras, com obrigatoriedade de inspeção periódica (art. 187/188);

o) regula as atividades insalubres e perigosas, obriga ao pagamento de adicionais


nestas categorias e advertência aos empregados de que trabalham nestas condições
(art. 189/197);

o) estabelece o limite de carga a ser transportado pelo homem, e a colocação de


assentos quando necessário (art. 198/199);

p) estabelece outras medidas especiais de proteção (art. 200);

q) estabelece as penalidades (art. 201).

B) NORMAS REGULAMENTADORAS:

83
O artigo 200 da CLT estabelece algumas normas sobre a segurança em geral,
mas seu capítulo determina a regulamentação de toda a matéria, o que foi feito pela
Portaria 3214, que estabelece as 38 NR’s (urbanas e rurais), as quais, resumidamente,
estabelecem o seguinte:

1) Normas Regulamentadoras Urbanas:

NR-1 - Disposições gerais;

NR-2 - Inspeção prévia;

NR-3 - Embargo e interdição;

NR-4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho

NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

NR-6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI

NR-7 - Exames Médicos

NR-8 - Edificações

NR-9 - Riscos Ambientais

NR-10 - Instalações e Serviços de Eletricidade

NR-11 - Transporte, movimento, armazenagem e manuseio de materiais

NR-12 - Máquinas e equipamentos

NR-13 - Vasos sobre pressão

NR-14 - Fornos

NR-15 - Atividades e operações insalubres

NR-16 - Atividades e operações perigosas

84
NR-17 - Ergonomia

NR-18 - Obras de construção, demolição e reparos

NR-19 - Explosivos

NR-20 - Combustíveis líquidos e inflamáveis

NR-21 - Trabalhos a céu aberto

NR-22 - Trabalhos subterrâneos

NR-23 - Proteção contra incêndios

NR-24 - Condições sanitárias dos locais de trabalho

NR-25 - Resíduos industriais

NR-26 - Sinalização de segurança

NR-27 - Registro de profissionais no MTb

NR-28 - Fiscalização e penalidades

NR-29 - Segurança e saúde no trabalho portuário

NR - 30 - Segurança e saúde no trabalho aquaviário

NR - 31 - Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura,


exploração florestal e aqüicultura

NR - 32 - Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde

NR - 33 - Segurança e saúde em espaços confinados

2) Normas Regulamentadoras Rurais – NRR’s:

NRR1 – Disposições gerais

85
NRR2 - Serviço especializado em prevenção de acidentes do trabalho rural - SEPATR

NRR3 - Comissão interna de prevenção de acidentes do trabalho rural – CIPATR

NRR4 - Equipamentos de proteção individual - EPI

NRR5 - Produtos químicos

2.9) RESUMO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS (NR’s) 
Uma descrição resumida das Normas Regulamentadoras (NR’s), urbanas e rurais, é
apresentada abaixo, obtida do texto original das Normas do site do Ministério do
Trabalho e Emprego – MTE (www.sobes.org.br/nrs):

NR1 - Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas


Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem
como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no
tocante a este tema específico. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT.

NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar


ao MTE a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma
de sua realização. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo 160 da CLT.

NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se


sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como
os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais
medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. A fundamentação

86
legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o
artigo 161 da CLT.

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho - SESMT: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas,
que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em
funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.

NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a


obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em
funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por
empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação
de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de
trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT.

NR6- Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI's


a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as
condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos
trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT.

NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a


obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação
da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 168 e
169 da CLT.

87
NR8 - Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser
observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas
trabalham. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico
à existência desta NR, são os artigos 170 a 174 da CLT.

NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de


elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, são os artigos 175 a 178 da CLT.

NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade: Estabelece as condições mínimas


exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações
elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração de projetos, execução,
operação, manutenção, reforma e ampliação, assim como a segurança de usuários e
de terceiros, em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo
de energia elétrica, observando-se, para tanto, as normas técnicas oficiais vigentes e,
na falta destas, as normas técnicas internacionais. A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 179 a
181 da CLT.

NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: Estabelece


os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere
ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de
forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. A
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência
desta NR, são os artigos 182 e 183 da CLT.

88
NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de
segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à
instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção
de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 184 e 186 da CLT.

NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos os requisitos técnicos-legais


relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de
modo a se prevenir à ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os
artigos 187 e 188 da CLT.

NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnicos-legais pertinentes à construção,


operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. A
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência
desta NR, é o artigo 187 da CLT.

NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e


agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações
que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a
caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores
de tais exposições nocivas à sua saúde. A fundamentação legal, ordinária e específica,
que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da CLT.

NR16- Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações


legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas
correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao Anexo n° 01: Atividades e
Operações Perigosas com Explosivos, e ao anexo n° 02: Atividades e Operações
Perigosas com Inflamáveis, tem a sua existência jurídica assegurada através dos
artigos 193 a 197 da CLT. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente
periculoso é a Lei n° 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de
periculosidade para os profissionais da área de eletricidade. A portaria MTE n° 3.393 de

89
17 de dezembro de 1987, numa atitude casuística e decorrente do famoso acidente
com o Césio 137 em Goiânia, veio a enquadrar as radiações ionizantes, que já eram
insalubres de grau máximo, como o 4° agente periculoso, sendo controvertido
legalmente tal enquadramento, na medida em que não existe lei autorizadora para tal.

NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das


condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência
desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT.

NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção:


Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que
objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de
segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na industria
da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso I da CLT.

NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito,


manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade
física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo
200 inciso II da CLT.

NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as disposições


regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos
combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos
trabalhadores m seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II
da CLT.

90
NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a
prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em
minas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.

NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece métodos de


segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos
subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de
Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que
dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 293 a 301 e o artigo 200
inciso III, todos da CLT.

NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra


Incêndios, estabelece as medidas de proteção contra incêndio que devem dispor os
locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos
trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.

NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os


preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho,
especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas,
alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à
saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT.

NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas,


pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos
ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade física dos
trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT.

NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das cores a serem


utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a

91
proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo
200 inciso VIII da CLT.

NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do


Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar
exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz
respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministério do Trabalho. A
fundamentação legal, ordinária e específica, tem seu embasamento jurídico assegurado
través do artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro de 1985, regulamentado pelo
artigo 7° do Decreto n° 92.530 de 9 de abril de 1986.

NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados


pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz
respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades
técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às
Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação
legal, ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de
legislação ordinária, através do artigo 201 da CLT, com as alterações que lhe foram
dadas pelo artigo 2° da Lei n° 7.855 de 24 de outubro de 1989, que institui o Bônus do
Tesouro Nacional - BTN, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas, e
posteriormente, pelo artigo 1° da Lei n° 8.383 de 30 de dezembro de 1991,
especificamente no tocante à instituição da Unidade Fiscal de Referência -UFIR, como
valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas em substituição ao BTN.

NR29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem


por objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais,
facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis
de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nesta NR
aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra,
assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados
e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da
área do porto organizado. A sua existência jurídica está assegurada em nível de
92
legislação ordinária, através da Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/97, do artigo
200 da CLT, o Decreto n° 99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da
OIT.

NR30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário:


Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de
mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem,
na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas
marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e
portuário. A observância desta Norma Regulamentadora não desobriga as empresas do
cumprimento de outras disposições legais com relação à matéria e outras oriundas de
convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho.

NR31 - Norma Regulamentadora De Segurança E Saúde No Trabalho Na Agricultura,


Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal E Aqüicultura: Estabelece os preceitos a
serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar
compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio
ambiente do trabalho. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da
Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.

NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde: Tem por


finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

NR33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Tem como objetivo


estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o
reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a
garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta
ou indiretamente nestes espaços.

NORMAS REGULAMENTORAS RURAIS

93
NRR1 - Disposições Gerais: Estabelece os deveres dos empregados e empregadores
rurais no tocante à prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A sua
existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho
de 1973.

NRR2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural -


SEPATR: Estabelece a obrigatoriedade para que as empresas rurais, em função do
número de empregados que possuam, organizem e mantenham em funcionamento
serviços especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, visando à prevenção
de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais no meio rural. A sua existência
jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.

NRR3 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR:


Estabelece para o empregador rural, a obrigatoriedade de organizar e manter em
funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. A sua existência
jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.

NRR4 - Equipamento de Proteção Individual - EPI: Estabelece a obrigatoriedade para


que os empregadores rurais forneçam, gratuitamente, a seus empregados
Equipamentos de Proteção Individual adequados ao risco e em perfeito estado de
conservação, a fim de protege-los dos infortúnios laborais. A sua existência jurídica é
assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.

NRR5 - Produtos Químicos: Estabelece os preceitos de Segurança e Medicina do


Trabalho rural a serem observados no manuseio de produtos químicos, visando à
prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A sua existência jurídica é
assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.

94
CAPÍTULO 3: MAPA DE RISCOS

3.1) MAPA DE RISCO 

Mapa de Risco: é uma representação gráfica de um conjunto de fatores


presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos
trabalhadores: acidentes e doenças ocupacionais. Tais fatores têm origem nos diversos
elementos do processo de trabalho (materiais, máquinas, ferramentas, instalações,
suprimentos, e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo
físico, ritmo de trabalho, gestão e planejamento de trabalho, postura de trabalho,
jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)

O mapa de risco é estabelecido na Portaria 3214 de 08 de Julho de 1978,


através do ANEXO IV da NR – 5 - MAPA DE RISCOS.

1) O mapa de riscos tem como objetivos:

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação


de segurança e saúde no trabalho da empresa.

b) possibilitar, durante a sua elaboração a troca e divulgação de informações


entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de
prevenção.

2) Etapas de elaboração do mapa de risco:

a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado:

95
- os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de
segurança e saúde, jornada;

- os instrumentos e materiais de trabalho;

- as atividades exercidas;

- o ambiente.

b) Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da


tabela I;

c) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

- medidas de proteção coletiva;

- medidas de organização do trabalho;

- medidas de proteção individual;

- medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,


bebedouro, refeitório, área de lazer.

d) Identificar os indicadores de saúde:

- queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos


mesmos riscos;

- acidentes de trabalho ocorridos;

- doenças profissionais diagnosticadas;

- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.

e) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de


círculo:

96
- o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na
tabela I;

- o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado


dentro do círculo;

- a especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido


clorídrico; ou ergonômico - repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada
também dento do círculo;

- a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores,


que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

3) Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou


setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de
fácil acesso para os trabalhadores.

4) No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Risco do


estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser
revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situação de riscos
estabelecida.

97
TABELA I - CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul

Riscos Riscos Riscos Riscos Riscos de


Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos acidentes

Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico Arranjo físico


intenso inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento e Máquinas e
Radiações Névoas Protozoários transporte manual equipamentos
ionizantes de peso sem proteção
Neblinas Fungos
Radiações Exigência de Ferramentas
não Gases Parasitas postura inadequada inadequadas
ionizantes ou defeituosas
Vapores Bacilos Controle rígido de
Frio produtividade Iluminação
Substâncias, inadequada
Calor compostos ou Imposição de ritmos
produtos excessivos Eletricidade
Pressões químicos em
anormais geral Trabalho em turno Probabilidade
e noturno de incêndio ou
Umidade explosão
Jornadas de
trabalho Armazenament
prolongadas o inadequado

Monotonia e Animais
repetitividade peçonhentos

Outras situações Outras


causadoras de situações de
"Stress" físico e/ou risco que

98
psíquico poderão
contribuir para
a ocorrência de
acidentes

3.2) MAPAS DE RISCO IDEALIZADOS AO LONGO DO CURSO DE 
FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO 
TRABALHO 

Na seqüência são apresentados alguns exemplos de mapas de risco,


confeccionados pelos alunos do curso de engenharia de segurança e medicina do
trabalho, ao longo do curso ministrado na Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira,
disciplina obrigatória do curso de engenharia mecânica. Em particular, é apresentado o
mapa de risco da Oficina Mecânica, englobando também a área de Soldagem, o
Almoxarifado e a sala dos técnicos, todos estes setores instalados no bloco M-1, do
Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira –
FEIS.

3.2.1) MAPA DE RISCO DA OFICINA MECÂNICA 

Objetivos

O presente trabalho tem por objetivo o levantamento de um mapa de riscos da


Oficina Mecânica, englobando também a área de Soldagem, o Almoxarifado e a sala
dos técnicos, todos estes instalados no bloco M-1 do Departamento de Engenharia
Mecânica da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – FEIS.

Descrição das atividades

No local citado acima são desenvolvidas atividades de ensino, bem como


serviços de usinagem, montagem de equipamentos, soldagem, entre outras.

99
Área da Oficina

Descrição dos riscos:

Riscos Físicos

• Ruídos: Lixadeiras, Tornos, Retificadora manual, Guilhotina, Furadeiras, Plainas,


Fresadoras.

• Calor: Devido ao ambiente possuir pouca ventilação natural.

• Radiações não ionizantes: Solda elétrica, fornos, soldas de oxiacetileno.

Riscos Químicos

• Em solventes: Hidrocarbonetos alifáticos e destilados de petróleo;

• Em Thinner: Ésteres, cetona, hidrocarbonetos, glicoéteres;

• Em graxas: Óleos minerais, sabão de lítio;

• Em aditivos: Antiferrugem, anticorrosivo, antioxidante;

• Gasolina, álcool, Diesel, óleo lubrificante.

Riscos Ergonômicos

• Levantamento de peso (eventualmente);

• Serviços com postura inadequada (eventualmente).

Riscos de acidentes

• Arranjo físico inadequado (na área de Soldagem);

• Iluminação inadequada;

• Manuseio de produtos químicos e trabalhos com soldagem.

100
Profissionais que atuam na seção

Darci Alves Ribeiro


Edvaldo Silva de Araújo
Ronaldo Mascoli

Equipamentos de proteção utilizados

A seguir são listados os equipamentos de proteção (individual e coletiva) que


devem ser utilizados por questão de segurança:

• Óculos;
• Aventais de amianto;
• Luvas de amianto;
• Perneiras;
• Mangotes;
• Protetor auricular;
• Máscara respiratória;
• Ventiladores.

Características do ambiente

• Janelas com pouca ventilação natural;


• Ventiladores suficientes;
• Iluminação Insuficiente;
• Mobiliário e equipamentos em bom estado de conservação.

Área de Soldagem
 
Instrumentos e materiais utilizados 

• Máquinas de solda convencional, Tig e Oxiacetileno;


• Equipamento poli-corte e esmeril;
• Armário para guardar os EPIs;
• Equipamentos de proteção coletiva (ventiladores e exaustores).

 
 
Atividades exercidas 

• Soldagem;

101
• Pinturas.

Características do ambiente 

• Exaustores;
• Ventiladores;
• Iluminação insuficiente;
• Janelas;
• Arranjo físico inadequado.

Riscos Físicos 

• Radiações não-ionizantes (solda elétrica, solda de oxiacetileno).

Riscos Químicos 

• Solventes;
• Thinner;
• Graxas;
• Aditivos.

Riscos Ergonômicos 

• Levantamento e transporte de peso.

Equipamentos de proteção individual fornecidos

• Máscaras para soldagem;


• Óculos;
• Protetor auricular;
• Luvas:
• Aventais;
• Máscaras respiratórias.

Almoxarifado

Atividades exercidas 
102
• Armazenagem de materiais (metálicos e não metálicos), caixas de eletrodos,
varetas de solda, latas de graxa, compressores, entre outros.

Características do Ambiente 

• Iluminação inadequada;
• Ventilação precária;
• Arranjo físico inadequado;
• Entrada inadequada para a matéria-prima;
• Limpeza precária;
• Mobiliário precário.
 
Riscos Físicos 

• Calor;
• Ruído proveniente da sala ao lado (oficina).

Riscos Químicos 

• Tintas;
• Solventes;
• Gasolina;
• Óleos;
• Poeira;
• Graxa.

 
Riscos Ergonômicos 

• Manuseio de materiais pesados (barras, chapas e trilhos de aço, entre outros).

Riscos de Acidentes 

• Materiais cortantes;
• Iluminação inadequada.

Equipamentos de proteção individual fornecidos 

• Luvas;
• Aventais;
103
• Máscara respiratória.

Sala dos Técnicos

Instrumentos e materiais utilizados 

• Régua;
• Esquadro;
• Paquímetro.

 
Atividades exercidas 

• Preparo das aulas;


• Projetos;
• Controle da saída e entrada de materiais.
• Uso de computador

Características do Ambiente 

• Janelas com pouca ventilação;


• Iluminação insuficiente;
• Ar condicionado.

Riscos Ergonômicos 

• Iluminação insuficiente.

Sugestões de melhora do prédio M-1 (oficina mecânica)

• Melhorar a iluminação em geral, tanto do setor de trabalho, bem como


iluminação localizada;

104
• Melhoria da ventilação: ventiladores, exaustores e natural;
• Construir um banheiro para os funcionários no local de trabalho, pois o que é
utilizado fica localizado fora do setor;
• Colocar em local visível uma caixa de primeiros socorros.

105
106
CAPÍTULO 4: EVOLUÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO

4.1) EVOLUÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO 

Não há notícias sobre a ocorrência de acidentes do trabalho na época em que o


trabalho era meramente artesanal. De maneira análogas poucas informações se tem
sobre acidentes ocorridos atualmente nas indústrias de artesanato. Isso se verifica pelo
fato do artesão pouco manusear máquinas, trabalhando basicamente com ferramentas
e equipamentos de pequeno porte.

O mesmo não acontece no sistema industrial, onde predomina a máquina e


ferramentas de maior porte, onde os acidentes avolumam-se de maneira a preocupar
trabalhadores, sindicatos e autoridades ligados ao setor trabalhista e previdenciário, e
vários segmentos da sociedade.

Com o crescimento industrial, a proliferação de estabelecimentos empregatícios


trouxe o conseqüente aumento dos acidentes. Nos EUA, em 1953, a previsão de
acidentes de trabalho por dia (média de 18 dias), assim se apresentava:

- Operários mortos 62
- Incapacitados permanentemente 350
- Incapacitados temporariamente 7600

Na Itália, só na indústria, ocorria anualmente, em 1976:

- Acidentes (inclusive doenças profissionais) 930000

- Incapacidade permanente 40000

107
No Brasil, em 1972, a situação não foi melhor:

- Acidentes típicos 1479318

- Doenças do trabalho 2389

- Acidentes de trajeto 23016

- Total 1504000

Em 1976, somente no município de Osasco, na grande São Paulo, a situação


era a seguinte:

- Empregados 150000

- Acidentes 19732

- Mortes 55

4.2) DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DO TRABALHO­ PERFIL NACIONAL – 
1985 

Dados da Revista CIPA No 106 / 1988

Brasil:

Acidentes típicos: 1007864

Doença profissional: 3981

Acidentes no trajeto 63320

108
Em São Paulo:

Acidentes típicos: 476902

Doença profissional: 1822

Acidentes no trajeto 24925

4.2.1) DISTRIBUIÇÃO DAS CONSEQÜÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO


PERFIL NACIONAL – 1985

Brasil:

Simples assistência médica: 152534

Incapacidade temporária: 904804

Incapacidade permanente: 27283

Óbitos 4360

São Paulo:

Simples assistência médica: 86798

Incapacidade temporária: 405384

Incapacidade permanente: 9429

Óbitos 1234

109
No Brasil, em 1980, a situação foi (dados obtidos do Boletim Estatístico de
Acidentes do Trabalho - BEAT):

Acidentes típicos: 1404531 (95,9%)

Doença profissional: 3713 (0,3%)

Acidentes no trajeto 55967 (3,8%)

Somente em São Paulo:

Acidentes típicos: 629182

Doença profissional: 1899

Acidentes no trajeto 23334

Acidentes segundo a conseqüência para São Paulo:

Simples assistência médica: 126143

Incapacidade temporária: 538043

Incapacidade permanente: 9146

Óbitos 1231

110
Evolução dos acidentes do trabalho no Brasil - Acidentes liquidados segundo a
conseqüência.

Tipos 1981 1982 1983 1984 1985

Assist. médica 166.613 140.123 124.134 131.179 152.534

Incapacid. temp. 1.108.193 1.042.487 891.963 845.206 904.804

Incapacid. perm. 29.921 31.816 30.166 28.628 27.283

óbitos 4.808 4.496 4.214 4.508 4.360

Total 1.309.535 1.218.922 1.050.477 1.009.516 1.088.981

Acidentes registrados segundo a classificação:

Tipos 1981 1982 1983 1984 1985

Acidente típico 1.215.539 1.117.832 943.110 901.238 1.007.86


4

Doença 3.204 2.766 3.016 3.283 3.981


profissional

Acidente de 51.722 57.874 56.989 57.074 63.320


trajeto

Total 1.270.465 1.178.472 1.003.115 961.575 1.075.16


5

111
Massa segurada, percentagem de acidentes e custos por acidente:

Ano Massa Acidentes do % Custo por


segurada * trabalho acidente
(CZ$)

1981 19.761.054 1.270.465 6,43 27,25

1982 20.057.468 1.178.472 5,88 64,49

1983 20.258.045 1.003.115 4,95 174,40

1984 20.260.438 961.575 4,74 694,13

1985 20.452.109 1.075.165 5,25 1.763,70

• Somente segurados cobertos pela Legislação acidentária urbana.

112
4.3) ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRABALHO (1970­1999) 

Ano Trabalhadores Típico Trajeto Doenças Óbitos Total


1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 2.232 1.220.111
1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 2.587 1.330.523
1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 2.854 1.504.723
1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 3.173 1.632.696
1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 3.833 1.796.761
1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 4.001 1.916.187
1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 3.900 1.743.825
1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 4.445 1.614.750
1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 4.342 1.551.461
1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 4.673 1.444.627
1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 4.824 1.464.211
1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 4.808 1.270.465
1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 4.496 1.178.472
1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 4.214 1.003.115
1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 4.508 961.525
1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 4.384 1.077.861
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 4.578 1.207.859
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 5.738 1.137.124
1988 23.661.579 926.356 60.202 5.025 4.616 991.583
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 4.554 888.443
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 5.355 693.572
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 4.527 632.322
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 3.516 532.514
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 3.110 412.293
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 3.129 388.304
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 3.967 424.137
1996 23.838.312 325.870 34.696 34.889 4.488 395.455
1997 24.140.428 347.482 37.213 36.648 3.469 421.343
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 3.793 414.341
1999 - 319.617 36.716 22.032 3.605 378.365
Total 546.600.455 30.039.594 1.319.722 269.652 121.719 31.628.968

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV.

113
4.3.1) GRÁFICOS DOS ACIDENTES DE TRABALHO (1970-1999)

114
115
Obs: Enquanto o número de acidentes diminui, o número de mortes se mantém
constante. Possivelmente, esse fato seja devido à possibilidade de não haver registro
sobre a ocorrência de todos os acidentes, enquanto que a totalidade de mortes,
obrigatoriamente, deve ser registrada.

4.3.2) DADOS DE ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2000 E 2001

Quantidade de Acidentes Registrados no Brasil

Ano Típico Trajeto Doença Óbitos Total

2000 304.963 39.300 19.605 3.094 363.868

2001 283.193 38.982 17.470 2.557 339.645

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV.

4.3.3) ACIDENTES DE TRABALHO POR REGIÃO NO BRASIL

Ano 2000

Local Típico Trajeto Doença Total


Norte 8.147 1.215 531 9.893
Nordeste 22.017 3.617 2.417 28.051
Sudeste 183.100 23.148 11.927 218.175
Sul 76.541 8.496 3.992 89.029
Centro-oeste 15.158 2.824 738 18.720

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV.

116
Ano 2001

Local Típico Trajeto Doença Total


NORTE 8.984 1.322 592 10.898
NORDESTE 20.751 3.612 2.491 26.854
SUDESTE 163.843 23.286 10.495 197.624
SUL 73.298 8.052 3.161 84.511
CENTRO-
16.317 2.710 731 19.758
OESTE

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV.

4.3.4) TAXA DE ACIDENTES FATAIS POR 100 MIL TRABALHADORES*

a) NACIONAL:

Fonte: OIT/MPAS

117
b) INTERNACIONAL:

Fonte: OIT/MPAS

4.3.4.1) COMPARAÇÃO DE TAXAS DE ACIDENTES FATAIS ENTRE PAISES

Os dados sobre a classificação de países pela taxa acidentes de trabalho fatais


não são muito confiáveis, pois os dados não são completos. Não se dispõe de dados de
países potenciais como, por exemplo, a China. Outros tantos, como Índia e Paquistão,
possuem dados parciais e ou referentes a apenas um tipo de atividade. Comparando-se
as tabelas do MPAS com as da ILO, nota-se que alguns dados não tem o mesmo valor
(Observação retirada do site: www.areaseg.com.br).
ILO - International Labour Organization (OIT, em Inglês)
MPAS – Ministério da Previdência e Assistência Social

118
País Taxa Ano

Paquistão 86,00 1996

Índia 34,00 1997

El Salvador 33,00 1998

Turquia 29,00 1997

Peru 18,60 1996

Brasil 17,20 2000

Equador 16,80 1994

Tailândia 15,40 1998

Malásia 15,00 1998

Singapura 14,20 1998

México 12,00 1997

Fonte: OIT/MPAS

Pontos a considerar:
* India - dados relativos à mineração e exploração de pedreiras.
* Paquistão - dados relativos à mineração e exploração de pedreiras.
* El Salvador - segundo o site da ILO a taxa é de 36,6 em 1998.
* Singapura - o site da ILO, não mostra dados de 1998. Mostra 15,6 para 1997.
* Malasia - o site da ILO, mostra 15,1 para a Malásia em 1998.

Obs: Para dados mais completos veja http://laborsta.ilo.org, site de estatísticas


da International Labor Organization (Organização Internacional do Trabalho), tabela 8B.

119
4.4)) DADOS D
DE ACIDE
ENTES DE
E TRABAL
LHO NA U
UNESP ­ CA
AMPUS D
DE ILHA 
SOLLTEIRA 

Alguns dados
d de acidentes
a d trabalho
de o ocorridoss na faculd
dade de enngenharia,
Unesp - Cammpus de Ilha Solteira
a são tamb
bém aprese entados, oos quais forram obtido
os
os últimos 16 anos, no
no n períodoo entre 198
87 a 2003:

Total d
de Lesões qu
ue Requerera
am Assistênc
cia Médica ou
u 1º Socorros

1º Socorros

9,49% Assistência Mé
édica

Sem Informaçõ
ões
27,,58%

62,93
3%

Acidentes
s Anuais

100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00% Ac. Típico
40,00% Ac. Trajjeto
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
1987 1988 1989 1990
1 1991 1992 1993 19
994 1995 199
96 1997 199
98 1999 2000
0
Período
o

120
CAPITULO 5 - ANÁLISE E COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE
TRABALHO

Os acidentes podem ser classificados em 3 grandes grupos, quanto as lesões


produzidas:
1) Sem lesões: acidentes sem vítimas (com danos à propriedade)
2) Pequenas lesões: curáveis em 1 dia (acidentes sem perda de tempo)
3) Lesões curáveis em 1 ano, ou que causem incapacidade permanente (acidentes com
perda de tempo).
De acordo com uma investigação H. W. Heinrich, tal classificação acontece com
o seguinte perfil:

Figura 1 - Grupo de lesões

Ou seja, para cada Lesão incapacitante, acontecem 29 lesões menores e 300


acidentes sem lesões.

5.1 - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES:

Quando ocorre um acidente, diversas providências precisam ser tomadas:


- Socorro das vítimas: as vítimas precisam ser removidas e encaminhadas
a um posto de atendimento médico.
- Desimpedimento do local: é necessário restabelecer-se a ordem
preexistente no local a fim de que o trabalho retorne o seu curso.
- Remoção das causas: o acidente deve ser investigado, a fim de que suas
causas sejam identificadas e removidas.
- Atendimento a exigência da Legislação Previdenciária.
- Atendimento a exigência da Legislação Trabalhista.

121
- Coleta de dados para o cálculo do custo do acidente.
- Coleta de dados para formulação de política prevencionista.
A primeira comunicação feita a partir do acidente de trabalho é da própria vítima,
ou de testemunha, ao chefe imediato, ou a outro qualquer representante da empresa
(art. 7o)
A segunda comunicação é ao INPS, deve ser feita em impresso apropriado.
"Tendo conhecimento do acidente, a empresa deverá comunicá-lo ao INPS
dentro de 24 horas, sob pena de multa variável de 1 a 10 vezes o maior salário mínimo,
aplicável pelo INPS" (art. 8o seção III do Decreto 61784 de 28/11/67).
"O INPS, exige que haja na comunicação do acidente de trabalho, o nome de
duas testemunhas".
Paralelamente à segunda comunicação, o chefe imediato da vítima, ou a pessoa
que tomou as primeiras providências, deve imediatamente avisar o departamento de
segurança.

5.2 - FICHA DE ANÁLISE:

Tão logo tome conhecimento da ocorrência, o departamento de segurança inicia


suas investigações, visando apenas a forma exata, detalhes que ocorreu o acidente.
Oitiva de testemunhas e do chefe imediato.
O trabalho do inspetor de segurança é consubstanciado numa ficha de a análise
de acidente, a qual deve ser feita no mínimo em duas cópias (para arquivo do
departamento de segurança e para a CIPA).

5.3 - RELATÓRIO DO ACIDENTE DE TRABALHO:

O departamento de segurança, de posse da Ficha de Análise de Acidente,


aguardará o recebimento do relatório médico, da previdência social. A posse dos
elementos constantes nesses documentos e de outros que eventualmente possua em
seus arquivos (acidentes anteriores sofridos pela vítima, suas licenças médicas e faltas,
acidentes semelhantes acorridos, etc) o departamento de segurança, pelo seu

122
responsável, elaborará o relatório do acidente do trabalho, que deverá ser encaminhado
à diretoria com o propósito de medidas que evitem a repetição do acidente.

5.4 - FICHA ANALÍTICA E QUADRO ESTATÍSTICO:

Por seu lado, a CIPA como os elementos recebidos do departamento de


segurança, deverá proceder à elaboração da ficha de análise de acidente e do quadro
de estatística de acidentes e os encaminhará ao órgão local do MTb - DRT (art. 8o, port.
32 de 29/11/68).
OBS.: Quando o acidente de trabalho for fatal, deverá haver comunicação do fato
a autoridade policial para a instauração do respectivo inquérito.

Figura 2 - Comunicação de um acidente

123
CAPITULO 6 - CADASTROS DE ACIDENTES

Para se poder aplicar alguma medida com relação às lesões ocorridas em


qualquer indústria, com a finalidade de se determinar o grau de segurança, torna-se
necessário saber com que freqüência essas lesões ocorrem e a gravidade das
mesmas.

6.1 ­ AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS: 

A maneira usual para a verificação das condições de nossas indústrias em


relação a prevenção de acidentes é através do cadastro de acidentes. Além do que o
cadastro serve para:
- Avaliar se o programa de segurança está sendo bem orientado e conduzido,
- Avaliar se os gastos feitos com o programa estão sendo compensados,
- Criar interesse na prevenção de acidentes,
- Determinar as fontes principais dos acidentes,
- Fornecer informações sobre os atos e condições inseguras.

6.2 ­ COEFICIENTES DE FREQÜÊNCIA (CF): 

O coeficiente de freqüência expressa o número de acidentes com perda de


tempo ocorrida em um milhão de horas- homens trabalhados. Este é o número padrão
adotado para possibilitar comparação entre coeficientes de empresas que possuam
diferentes números de empregados.
Nx106
CF =
H
Onde:
N = número de acidentados com perda de tempo.
H = Horas-homem trabalhadas (de exposição ao risco).

124
Ex.: Se uma determinada fábrica "A", no ano que passou ocorreram 10 acidentes
com perda de tempo, sendo que foram trabalhadas 200.000 horas-homens durante o
ano, aplicando a fórmula tem-se:

10 x106
CF = = 50,00
2 x105

OBS.: O CF deve ser computado até a segunda casa decimal.


Significa que durante o ano os trabalhadores da fábrica "A" sofreram lesões que
provocam perda de tempo à razão de 50, por cada milhão de horas trabalhadas. O CF
indica a freqüência (quantidade de acidentes), mas não a gravidade.

6.3 ­ COEFICIENTE DE GRAVIDADE (CG): 

O coeficiente de gravidade representa a perda de tempo resultante dos acidentes


em número de dias, ocorridos em um milhão de horas-homens trabalhadas. A
gravidade das lesões é, dessa forma, medida pelos dias de trabalho perdidos pelos
trabalhadores, em decorrência de acidentes.
Dias Perdidos (DP): dias em que o acidentado não tem condições de trabalho,
por ter sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade temporária. São contados
de forma corrida, incluindo sábados e domingos, a partir do dia seguinte ao acidente até
o dia da alta médica, inclusive.
Aos dias efetivamente perdidos, pelo acidentado que sofreu lesão, incapacitado
permanentemente, somam-se os dias debitados correspondentes. O CG é dado por:

Tx106
CG =
H
Onde
T = tempo computado, onde T = DP + DD
DP = dias perdidos
DD = dias debitados

125
Se no caso a fábrica "Ä", as 10 lesões provocaram um total de 200 dias perdidos,
pela expressão de CG, tem-se:

200 x106
CG = = 1000
2 x105

OBS.: - CG dever ser aproximado para um no inteiro.


- Semana de 40 horas e ano de 50 semanas de trabalho (2000 horas / ano)

Isto significa que o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica "A",
no ano passado, foi de 1000 dias para cada 1.000.000 horas trabalhadas. Supondo que
cada trabalhador, trabalhou 2000 horas por ano, a média de tempo perdido foi de 2 dias
por homem por ano.
É óbvio, que quando figura uma incapacidade permanente, como por exemplo,
perda de um dedo, perda de um olho, a perda real de tempo enquanto a lesão cicatriza,
não constitui uma medida exata da gravidade. Para acurar tal problema adota-se a
chamada tabela de dias debitados.

6.4 ­ TABELA DE DIAS DEBITADOS: 

A tabela de dias debitados permite a comparação de redução de capacidade


devido ao acidente. Representa uma perda econômica, tendo a vida média do
trabalhador sido estimada em 20 anos ativos, ou 6000 dias. É usada internacionalmente
e foi organizada pela: International Association of Industrial Accident Board and
Comissions.
Se em nosso exemplo, incluíssemos uma lesão da qual resultou a perda de 2
dedos da mão, a carga correspondente de 750 dias, os quais acrescidos à perda de
tempo proveniente das 9 lesões restantes, que equivalem a 180 dias, nos dá um total
de 930 dias, sendo o CG dado como:
(180 + 750) x106
CG = = 4650
2 x105

126
EXEMPLOS PRÁTICOS DOS CÁLCULOS DO COEFICIENTE DE GRAVIDADE
E DE FREQÜÊNCIA:

Em um mês de 21 dias de trabalho, de 8 horas cada um, o registro de acidentes


de uma determinada indústria, mostrou que um trabalhador sofreu uma lesão
incapacitante durante a jornada de trabalho.

A contabilidade para o mesmo período indicou:


- 182 trabalhadores cumpriram no mês, integralmente, sua jornada de trabalho.
- 7 trabalhadores, cumpriram, no mesmo período, 6 horas extras cada um.
- 1 trabalhador pediu demissão quando faltavam 5 dias para o final do mês.
- Um novo trabalhador foi contratado, e trabalhou 6 dias.
- 1 trabalhador que se acidentou permaneceu afastado 6 dias, mas 2 (dois)
desses dias não eram dias de trabalho regular.

Cálculo do Coeficiente de Freqüência:


Se 182 trabalhadores trabalharam seu turno completo todos os dias, acumularam
21 x 8 = 168 horas cada um. O total de horas de exposição para estes trabalhadores,
foi portanto, 182 x 168 = 30.576 horas.
O total de horas-extras dos 7 trabalhadores foi 7 x 6 = 42 horas.
Como o mês tem 21 dias de trabalho, o empregado que pediu demissão e deixou
de trabalhar 5, restaram 16 dias; suas horas de exposição foram portanto: 16 x 8 = 128
horas.
As horas de exposição do novo operário foram 6 x 8 = 48 horas.
O trabalhador acidentado esteve ausente do trabalho na realidade 4 dias e
efetivamente trabalhou 17 dias: 17 x 8 = 136 horas.

OBS.: ao computar-se os dias perdidos ou debitados para efeito de cálculo do


CG deve-se incluir todos os 6 dias de afastamento. No cálculo das horas de exposição,
contudo devem-se considerar somente as horas efetivamente trabalhadas.

127
As horas efetivamente trabalhadas por todos os trabalhadores no mês (H),
foram:
H = 30.930 horas-homens trabalhadas.

1x1.000.000
CF = = 32,33
30.930

32,33 lesões para cada milhão de horas-homens trabalhadas no mês.

6.5. ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE (IAG): 

É um índice não normalizado, que estabelece as prioridades quanto as ações de


controle dos acidentes de trabalho em uma indústria, considerando diferentes setores,
sendo dado como:

CG T
IAG = =
CF N
Onde:
T = Tempo computado por acidentado
N = Numero de acidentados com perda de tempo

6.6 ­ AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONVENCIONAL DE ANÁLISE DE ACIDENTES: 

Através de um exemplo ilustrativo, analisamos aspectos básicos do sistema


convencional de análise de acidentes, dando maior atenção à real representatividade
dos índices considerados até aqui, ao desejarmos quadros reflexivos das situações
potenciais de risco dos ambientes de trabalho, e como, em contra partida pode
contribuir para o engenheiro de segurança como uma metodologia global de análise.
Supondo que uma empresa seja dividida num determinado número de setores, a
fim de que o SESMT possa estabelecer prioridades de ação, após a análise quantitativa
dos acidentes ocorridos num certo período.
Admitindo que esta empresa possua 200 empregados distribuídos em 5 setores,
obtém-se o seguinte quadro:

128
No de
No de CG
Acidentes
Setor Empreg H N Dp Dd T CF (X104) IAG Prioridade
S/ Lesões
____________ ___
1 20 9600 1 900 900 104 9,4 900 1o
2 50 24000 9 5 50 180 185 208 7,7 370 3o
0 0
___
3 50 24000 1 1 500 500 42 2,1 500 2o
4 40 19200 26 2 15 ____ 15 104 0,08 8 5o
5 40 19200 24 3 20 100 120 156 0,6 40 4o
Total 200 96000 60 12 85 330 338
0 5
Período: 60 dias de trabalho.
Jornada de trabalho: 8 horas
Horas trabalhadas no período: 480 horas

Uma vez obtido o quadro, analisando criticamente as prioridades determinadas,


verifica-se aparentes distorções:
- O setor 2, onde há maior No de acidentados e horas-homem de exposição ao
risco comparece em 3 o lugar na escala de prioridades. Por outro lado, o setor 1, com
o
um único acidentado e o menor N de horas-homem de exposição ao risco, seria o
indicado para a concentração de esforços (setor apresenta 10% H).
- Observando-se o N o de acidentes sem lesões, bastante significativo (5 vezes
maior que o N0 de acidentados), constatamos que no setor referente a 1 a
prioridade
(setor 1), não ocorrem nenhum acidente sem lesão, e que o setor que apresentou o
maior deles (setor 4), está em último lugar na escala de prioridades.
a
- Ainda, conforme as considerações anteriores, o setor 3 comparece como 2
prioridade, apresentando um único acidentado e o mesmo número de H que o setor 2
(3 a prioridade), onde há o maior número de acidentados com lesão.
Sem muita dificuldade, observamos que o serviço especializado, encontrar-se-ia
com as suas duas primeiras prioridades concentradas em setores que na realidade
poderiam ser de importância relativa.

129
Conclusões:
1) O sistema convencional de análise tem um caráter puramente estatístico e
está baseado em fatos ocorridos (acidentes), sendo os índices daí retirados, de
discutível representatividade para o estabelecimento de ações de controle que reflitam
coerentemente a potencialidade dos riscos presentes em cada ambiente de trabalho.
2) Esta baixa representatividade reside no procedimento convencional, que
"mistura" o fato (acidente) e seu efeito (lesão), atribuindo índices básicos (coeficiente de
freqüência e gravidade) que refletem claramente essa mistura, pecando igualmente
nesse aspecto qualquer combinação dos mesmos.
Ressalta-se, imediatamente que, uma vez que essa consciência é assumida, não
devemos simplesmente nos despojar do sistema convencional e de seus índices.
Apenas, tenha-se em mente suas limitações.
Baseado neste fato que se introduziu a Engenharia de Segurança de Sistemas,
onde se detectam riscos potenciais e se promovem ações antes que ocorra o acidente
(evento catastrófico).

130
CAPÍTULO 7: CUSTO DOS ACIDENTES
Leonidio F. Ribeiro Filho (*)

A­ INTRODUÇÃO 

É muito comum ouvir, durante os anos que passamos nas universidades, que o
engenheiro deve proporcionar a sua empresa as maiores vantagens econômicas
possíveis. No dia-a-dia, os engenheiros procuram resolver os problemas de sua
empresa enfoque econômico e costuma-se mesmo dizer que a empresa vive em função
do lucro. Embora o lado humano da questão de prevenção de acidentes deva ser em
uma análise, a nossa principal meta, o aspecto do custo do acidente é importante para
vendermos a idéia de prevenção diante dos empresários.

B ­ CUSTO SOCIAL x CUSTO PRIVADO 

Os problemas econômicos derivados dos acidentes do trabalho atingem: os


acidentados, a sociedade, a nação e, também, a empresa. Assim, o acidente do
trabalho representa um custo social e privado.
Para exemplificar esta diferença entre custo social e custo privado, é
interessante tomarmos um exemplo: o do corte de uma floresta. Em si, ela apresenta
um custo privado e um custo social. Por que razão tem o governo os seus programas
de reflorestamento? Este é um exemplo clássico, em que existe um custo social muito
superior ao custo privado. Às vezes, quando um fazendeiro corta a floresta de sua
propriedade, esta criando problemas de falta de água para outros fazendeiros de toda
região, por esse motivo, o governo impede cortes indiscriminados, obrigando programas
de reflorestamento, uma vez que o custo do corte da madeira não é todo privado, é em
parte social.
A acusação de um custo social do acidente é muito importante! Mas, por que o
acidente do trabalho representa um ônus pesado à sociedade?
Vamos imaginar uma criança que nasce e abrir uma contabilidade para ela: no
ativo, acusaremos aquilo que produz e, no passivo, o que consome. Para melhor
compreensão, admitiremos que a pessoa consuma uma unidade por ano daquilo que a
comunidade produziu. Ate os quinze anos,esta criatura só consumirá, possuindo, nessa
ocasião um saldo negativo em relação a sociedade, de quinze unidades. A partir desse
momento, consumirá até os vinte anos todas as unidades que produzir.
Admitindo esta hipótese como verdadeira, somente aos trinta e cinco anos de
idade o déficit será anulado. Mas, se houver morte antes dessa ocasião, o saldo
desfavorável permanecerá e, no caso de incapacidade, o prazo poderá prolongar-se
indefinidamente.
Analisando-se, apenas sob o aspecto social, a perda poderá ser major se tal
indivíduo tiver sido qualificado pela sociedade através de estudos, estágios, e a longa
carreira até que este atinja a maturidade na execução do seu serviço.

131
Sob o aspecto humano, poderemos afirmar que a preservação da integridade da
vida e do gosto pelo trabalho são dádivas para o trabalhador e sua família. Mais do que
isto, é o seu próprio direito!
É insofismável que o trabalhador é aquele que mais sofre e perde. Esse fato
firma-se ao analisarmos os danos, conforme faremos, através da Lei Brasileira.
De acordo com a legislação acidentária brasileira, um acidente poderá causar a
morte; incapacidade parcial e permanente; ou a incapacidade temporária.
Com a morte do trabalhador, teremos a perda irreparável, porque a vida é
insubstituível e destrói, em muitos casos, uma família: um chefe de família morto
desampara um grupo de pessoas sob o aspecto psicológico, afetivo e econômico.
Outra possibilidade é a incapacidade permanente para o trabalho, com a perda
dos braços, doenças incuráveis etc. Um homem produtivo passa ser um inválido
amparado por uma aposentadoria e pela família que compartilha de sua infelicidade.
Tal doença poderá ser agravada se houver necessidade de tratamento medico
permanente. Pode acontecer que haja incapacidade parcial permanente e, nesse caso,
após o tratamento, o acidentado volta ao trabalho com capacidade reduzida para a sua
tarefa. Exemplo: perda de um dedo, de uma vista, de movimento em qualquer membro
etc.
A redução da capacidade de trabalho traz junto consigo uma redução da
produção diária do funcionário que vai cercear as suas possibilidades de progresso na
firma: limita-se o aumento salarial e a motivação que uma futura promoção pode
oferecer. Por outro lado, urn afastamento demorado poderá trazer problemas junto a
empresa onde trabalha.
Outros gastos suplementares, não previstos, poderão acarretar um desequilíbrio
no orçamento familiar. Por exemplo: um regime alimentar mais caro. Nove Centros de
Reabilitação profissional são mantidos pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social
no Pais, através do INPS e vem prestando aos segurados a assistência de que
necessitam, no sentido de serem recuperados para o exercício de suas profissões,
após o acidente de trabalho ou doenças do trabalho que dão origem a incapacidade
temporária para o trabalho.
O número de clientes registrados nos Centros cresce de ano para ano, conforme
se infere da discriminação abaixo:

1969....................... 7.890
1970....................... 8.926
1971.......................13.490

Tem-se verificado que o n° de clientes, oriundos da perícia médica tende a


diminuir, enquanto que o de acidentados no trabalho tem escala ascendente, atingindo
a 75%, do total dos atendimentos.

132
1970 1971 1972 %
Pericia médica 3931 3295 2954 25,4
Acidentes do trabalho 4950 5937 8723 75,6

Quanto ao custo desses acidentes para a nação, eles poderão ser avaliados
através da tabela abaixo (*):

ANO EMPREGADOS ACIDENTES %


SEGUROS OCORRIDOS EMPREGADOS
ACIDENTADOS
1968 3.603.489 454.097 12,6
1969 7.268.449 1.059.296 14,57
1970 7.284.022 1.220.111 16,75
1971 7.553.472 1.330.523 17,61
1972 7.773.374 1.504.723 19,36
*estimativa do INPS

Média de acidente por dia útil de trabalho: 4 966

Custo Direto a cargo do INPS (estimativa: CrS 523,67 por acidente):


CrS 787.978.293,41(setecentos e oitenta e sete milhões, novecentos e setenta e
oito mil, duzentos e noventa e três Cruzeiros e quarenta e um centavos).

Custo indireto a nação (método de Heinrich: 4 vezes o custo direto):


Cr$ 3.151.913.173,64 (três bilhões cento e cinquenta e um milhões, novecentos
e treze mil e cento e setenta e três cruzeiros e sessenta e quatro centavos).
NOTA: - U custo de acidentes para o Estado de São Paulo poderá ser visto no
anexo I.

C ­ A EMPRESA E O CUSTO DE ACIDENTES 

A empresa é a mais fortemente atingida pelas consequências antieconômicas


dos acidentes do trabalho, apesar de nem sempre perceber. Podemos dizer mesmo
que, via de regra as empresas desconhecem os prejuízos que tem com os acidentes e
às vezes os seus dirigentes nem imaginam em quanto os acidentes oneram o custo dos
trabalhos ou produtos.
Nós falamos muito sobre o custo de acidentes, porém, não mostramos
exatamente quanto eles custam, ou melhor, quanto eles incidem no custo do produto.
Vamos rapidamente analisar um acidente real e nesse acidente teremos oportunidade
de constatar que. "todo e qualquer acidente custa dinheiro".
Numa determinada data, às 10 horas, na Seção X, máquina 100, um ajudante
maquinista, ao tirar material aderido à correia da máquina ficou com um dos braços

133
presos entre a correia e um rolete. A Seção X trabalha em duas turmas, num período
das 6 às 14 horas e outro período das 14 as 22 horas. Devido ao acidente, toda a
equipe da primeira turma parou até o término do período, portanto das 10 até as 14
horas, aguardando o conserto da correia. Logo, não se produziu o que estava
programado. Não se produzindo o que estava programado, faltou material para outra
fase da fabricação. Consequência: perda de 75 unidades de produção naquele dia de
trabalho, e a mão-de-obra sem produzir. Além disso, foi preciso deslocar os operários
da 2ª turma para a 3ª; isto perturbou não só a vida da empresa como a dos próprios
empregados. E, além disso, aumentou ainda mais o custo, porque o trabalho noturno
custa mais. O aumento da despesa ticou evidenciado pela despesa em avisar os
operários da 2ª turma em suas residências; despesa devida à perda de produção: 7
unidades; despesa devida ao aumento da remuneração por trabalho noturno: a 3ª turma
teve de parar a máquina uma hora para deixá-la preparada para a 1ª turma seguinte,
com consequente perda produção. A matéria-prima não se perdeu, mas a mão de obra
custou mais. Muito bem, o que e que isso representa como custo de acidente?

D ­ CUSTO DE ACIDENTES: COMPOSIÇÃO E IMPORTÂNCIA 

No Brasil, uma parcela do custo é de responsabilidade da empresa seguradora,


pois as empresas, por imposição legal, são obrigadas a manter seus empregados
segurados contra acidentes de trabalho (*). Tal parcela constitui o que se denomina
custo direto, ou mais propriamente custo segurado dos acidentes (C.S.). Há porem a
outra parcela, não rara, maior que a anterior, que e de responsabilidade exclusiva do
empregador, chamada auto Indireto ou custo não segurado do acidente (C.N.S.). O
custo segurado é também de responsabilidade do empregador, pois é esse quem paga,
embora por imposição legal.
* A lei n° 5316 de 14 de setembro de 1967 integrou o seguro de acidentes do trabalho
na previdência social. Dec. N° 61784 de 28/11/67 aprova o regulamento do seguro do
acidente do trabalho.

- Composição do custo de acidentes.

Custo direto ou segurado: Diz respeito a todas as despesas ligadas diretamente


ao atendimento do acidentado, que são de responsabilidade do INPS. O custo
segurado representa saída definida de dinheiro, sendo os dados retirados diretamente
da Contabilidade ou setor responsável pelo cálculo de custos da empresa. Esta parcela
do custo de acidentes e tanto maior quanto pior forem as condições de segurança,
como poderemos constatar no item a seguir. Este custo cobre:
Despesas - médicas, hospitalares e farmacêuticas necessárias na recuperação
do acidentado. Pagamento de diárias e indenizações enquanto afastado do serviço por
motivos de acidente, o acidentado receberá diárias pagas pelo INPS, a partir do dia
imediato ao do acidente. U acidentado com lesão- permanente fará jus ao pagamento
da indenização, que será calculado em função da natureza e extensão da lesão, da
idade e profissão do acidentado.

134
- Transporte do acidentado - do local do trabalho ao local de atendimento, ou de
sua residência a este ultimo (ida e volta) durante o tratamento.
Contribuições: as contribuições são constituídas de duas parcelas: Taxa Básica e a
Taxa Adicional.
A taxa básica para empresa de risco leve é de 0,4% da folha de salários de
contribuição dos empregados, quando a empresa responsabiliza-se pelos 15 primeiros
dias após o acidente (Tarifa 2) e O,5% quando se responsabiliza pelo salário integral
apenas do 1° dia (Tarifa 1).
Para empresas industriais, de transporte, de construção civil, concessionária de
serviços públicos, a taxa básica será de 0,8% (tarifa 2) e 1,0% (tarifa 1). Serão
consideradas de risco leve (primeiro caso) as empresas de:
• Comércio varejista;
• Seguros e créditos;
• Comunicação, publicidade, radiodifusão;
• Saúde, Educação e Cultura;
• Turismo, Hospitalidade e Diversões;
• Serviços Pessoais;
• Consultórios e Escritório de Profissionais liberais;
• Escritórios Comerciais, exceto de Profissionais liberais;
• Serviços de Administração e conservação de edifícios.

Para o segundo tipo de atividade serão consideradas;

• Agricultura, Silvicultura, Criação, Caça e Pesca;


• Indústrias;
• Comercio e Atacadista;
• Comércio Armazenador;
• Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos;
• Transportes Terrestres;
• Serviços Públicos;
• Serviços Diversos;
• Trabalhos Avulsos;
• Diversão não Classificada.

A contribuição adicional varia conforme á atividade desenvolvida e de acordo


com os produtos e os meios de produção utilizados nessa atividade. Um exemplo típico
na industria da construção civil:
- O desmonte de barreiras sem o emprego de explosivos recebeu designação de
risco L.
- O desmonte de barreiras com o emprego de explosivos recebeu designação de
risco N.
No segundo caso, a atividade recebeu uma designação mais severa (N mais
severa do que L) e, logicamente, tem uma taxa de contribuição adicional maior. Isso
pode ser melhor visualizado, por exemplo, através do Anexo I da Portaria n° 21, de 25

135
de outubro de 1968, que aprova tarifa oficial de contribuições de Seguro de Acidentes e
Código de Atividades.

O anexo I trata da Relação de Taxas por Atividade que, parcialmente, nós


reproduzimos abaixo:
CÓDIGO ATIVIDADE RISCO TARIFA 1 TARIFA 2
DA
ATIVIDADE
120 INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO E
REPARAÇÃO DE
VEÍCULOS
12 001 Automobilística,
Fabricação e Montagem:
1) Fabricação e montagem G 3,33 2,67
de veículos automotores e
gasolina ou diesel, sem
fundição
2) Montagem de veículos H 4,7 3,26
com experiência.
12 002 Automobilística,
Reparação
1) Oficina de capoteiro e G 3,33 2,67
estofamento de automóvel
2) .......

Nota-se que cada atividade recebe urna número-código e em casos específicos


a atividade é melhor caracterizada, recebendo uma designação de risco e para essa
designação é estabelecida uma taxa conforme seja Tarifas 1 ou 2.
No caso de haver dificuldades de se localizar alguma atividade, pode-se utilizar o
Anexo IV da referida portaria onde se encontram atividades, em ordem alfabética e o
respectivo código.
Tarifação Individual: as Superintendências Regionais do INPS, através do seu
Grupamento de Acidentes do Trabalho (GAT) mantém um controle dos acidentes
graves , através do Registro dos Acidentes Graves, que abrange : doenças do trabalho,
perdas anatômicas e morte.
Quando dá ocorrência de uma destas graves consequências, o GAT pode
proceder à investigação do acidente, indicando medidas necessárias para a eliminação
das causas. Conforme o atendimento ou não destas indicações, a empresa em questão
entrará com os seguintes regimes:
- de atendimento
- de observação.
Sob o regime de atendimento, a empresa recebe a assistência técnica, enquanto
que, no regime de observação, a empresa fica sujeita a investigação sistemática dos

136
acidentes graves e, após o decurso de um período não superior a um ano, pode
ocorrer:
- o aumento da taxa de contribuição do seguro, por tarifação individual.
- a indicação de seu caso ao órgão de inspeção do trabalho, acompanhada de
histórico da situação.
Como vimos, a taxa de contribuição da empresa pode ser aumentada, quando
for constatado um funcionamento irregular. A reavaliação de uma taxação de seguro é
denominada tarifação individual.
Certamente, o empresário brasileiro de mentalidade antiga deixaria, sob estas
perspectivas, que haja o fato consumado para tomar as providências. Não obstante,
devemos lembrar que, a pedido da empresa, quando suas condições de segurança são
boas, poderá haver uma Tarifação Individual que reduza as taxas. Este seria mais um
fator de redução do custo da empresa, que viral a ser adicionado a outras vantagens
que Prevenção de Acidentes oferece: a produtividade.
O custo dc seguros de acidentes ocupa uma parcela importante, como veremos
a seguir, através dos dados de uma empresa comum, abaixo mencionados:

Encargos Sociais e Incidências

1° grupo
1 – INPS 8,0%
2 - Sesi/Sesc 1,5%
3 – Serial 1,0%
4 – Incora 2,6%
5 - INPS (13° Salário) 0,6%
6 – Salário família 4,3%
7 – Salário educação 1,4%
8 - Seguro de acidentes 4,4%
9 – FGTS 8,0%
2° grupo
10 - Repouso semanal 18,4%
11 – Férias 7,1%
12 – Feriados 3,5%
13 - Auxílio enfermidade 1,9%
14 - Aviso prévio 2,2%
3° grupo
15 – 13° salário 10,6%
16 - Gastos: Rescisões de contrato 1,0%
4° grupo
17 - Incidências acumulativas
Total- 87%

Desta maneira, vimos que o Seguro de Acidentes de Trabalho pode atingir 4,4%
dos encargos de uma firma. Em alguns casos, conforme o risco da atividade da
empresa, esta taxa pode ser aumentada. A tarifação individual pode reduzir a taxa
anterior em até 20% e para tanto, a empresa deve providenciar:

137
a)- requerimento solicitando Tarifação Individual (dar entrada no protocolo geral
da Superintendência, na Avenida 9 de Julho, 611);
b)- relação, em duas vias, mês a mês, do número de empregados, salários de
contribuição e prêmios recolhidos para o seguro de acidentes do trabalho no último
triênio (anexo A);
c)- relação, em duas vias, de todos os locais de risco e respectivos endereços
(endereço da matriz e filiais);
d)- xerox do CTCS e do ATCS (*);
e)- ter a empresa no mínimo 100 empregados.

Observações:

a)- A Tarifação Individual poderá ser reduzida ou majorada em 20%.Portanto, o


empresário deve, realmente, reunir em sua empresa boas condições de segurança e
um baixo índice de acidentes;
b)- Se a empresa já gozar de Tarifação Individual, deverá, 120 dias antes de
expirar o prazo, requerer a prorrogação ou a redução da Taxa, se for o caso;
(*) CTCS Certificado de taxa de Contribuição de Seguro.
ATCS - Aviso de taxa de contribuição de Seguro.
c)- se a Tarifação Individual for concedida efeito retroativo, as importâncias
recolhidas a mais e o requerimento da empresa serão devolvidos;
d)- em nenhum caso, a empresa pagará uma taxa inferior a taxa básica.

4 .1 . 3. Convênio com Entidades Médicas: Empresas que possuírem no


mínimo 50 empregados poderão firmar convênio com entidades médicas para o
processamento e pagamentos de auxílio doença e acidentados do trabalho e prestação
de assistência médica, prevista no artigo 29 do Decreto n9 61 784/67, abaixo transcrito:
"A assistência médica, aí compreendida a ambulatorial, a cirúrgica, inclusive
recomposição estética, a hospitalar, a farmacêutica e a odontológica, bem como a
remoção do acidentado, quando indispensável, será devida a este em caráter
obrigatório, para tratamento das consequências do acidente, a partir de sua ocorrência".
Para o custeio delta atividade, o INPS concedera um desconto a empresa, de
20,0% (tarifa 1) ou 25% (tarifa 2) em sua contribuição mensal pare o seguro de
acidentes do trabalho.
Os documentos exigidos
- Proposta e minuta-padrão (modelo anexo).
-Certidão de Regularidade de situação.
- Aviso de taxa de contribuição de Seguro (ATCS) ou Certificado de taxa de
contribuição de Seguro (CTCS)
Contrato firmado entre a empresa e a entidade médica,que se responsabiliza
pela prestacão da assistência médica ao acidentado do trabalho.

Custo indireto ou não segundo (C.NS.) esta parcela engloba todas as


despesas, geralmente não atribuíveis aos acidentes, mas que se manifestam como
conseqüência indireta dos mesmos. Não é de responsabilidade do INPS. Os principais
itens deste custo são

138
Salários pagos durante o tempo Perdido por outros trabalhadores que não
o acidentado: Em geral após o acidente, por menor que seja, companheiros do
acidentado deixam de produzir durante um tempo, seja para socorrê-lo, seja para
comentar o ocorrido, seja por curiosidade, ou porque necessitam da ajuda do
acidentado para a execução de sua tarefa, ou a máquina em que operavam ficou
danificada no acidente.
Salários pagos ao trabalhador acidentado coberto pelo INPS: o salário
correspondente ao dia em que ocorreu o acidente e pago integralmente pelo
empregador, não importando a hora da ocorrência.
- No caso de o acidentado receber tratamento médico na própria empresa
(lesões leves), o salário e pago pela mesma, enquanto o acidentado se mantiver
afastado do serviço (tempo de ida e volta ao ambulatório medico, tempo de espera para
o atendimento, tempo gasto em curativos etc.), no dia do acidente e nos dias
subsequentes, até o recebimento de alta médica.

NOTA:
estudos realizados dentro e fora do Brasil tem revelado que o custo de acidentes
leves é igual ao dos acidentes sob encargo da entidade seguradora, em virtude de
aqueles serem muito mais numerosos que estes.

Salários adicionais pagos por trabalho em horas extras: Em virtudes do


acidente, atrasos na produção ou serviços urgentes de reparação ou substituição de
equipamento envolvido no acidente, podem exigir trabalho em horas extraordinárias;
este trabalho é pago mediante um adicional de 20% sobre o salário correspondente ao
horário normal de trabalho.
A diferença de salários, correspondente ao adicional, deve ser computada neste
item, além do custo extra, relativo à supervisão, luz, aquecimento, limpeza e outros
serviços requeridos pelo trabalho em horas extras.

Salários pagos a supervisores durante o tempo despendido em atividades


decorrentes do acidente:
Embora uma empresa não pague salário adicional a um elemento da supervisão
enquanto está tomando providências para normalizar o trabalho após um acidente
(substituição do acidentado, reparação do equipamento, pedido de reposição de
matéria prima inutilizada, etc.), o tempo gasto nessas atividades deixa de ser
empregado produtivamente em planejamento, no treinamento de trabalhadores sob sua
jurisdição, ou em muitas outras atividades que constituem a maior parte do trabalho de
um supervisor.

Salários pagos a funcionários, durante o tempo gasto na investigação do


acidente:
Diminuição da eficiência do acidentado ao retornar ao trabalho: Mesmo nos
casos em que não ocorrem lesões que produzem incapacidade parcial e permanente
para o trabalho, o acidentado, ao retornar ao serviço, produz geralmente menos (por
receio de sofrer novo acidente, por desambientação, por falta de treinamento muscular
etc.). Em qualquer dos casos, a empresa pagará o mesmo salário para um trabalhador
produzindo menos, o que no fundo representará um custo adicional de salário.
139
Despesas com o treinamento do substituto do acidentado: Geralmente, no
período de treinamento, o substituto produz menos que o normal na execução da
tarefa: o pagamento salarial, correspondente a essa menor produtividade durante o
treinamento, será computado como custo do acidente e, além disso, os salários pagos
a supervisores ou outras pessoas no treinamento do substituto do acidentado também
entram neste item.

Custo de Material ou equipamento danificado no acidente: Material (matéria


prima, bens em processamento, ou produtos acabados). Equipamentos (maquinaria,
ferramentas, edifícios, instalações industriais etc.). Assim, o custo da reposição ou
substituição deve ser computado neste item.

Despesas médicas, não cobertas pela entidade seguradora (nos ambulatório


da própria empresa; despesa com pessoal médico, enfermeiras etc.; medicamentos e
instrumental; deixa-se de fazer medicina preventiva).
Aluguel de equipamento, multas contratuais, custo de admissão de novos
empregados, perda de material por pane de novos empregados, dificuldades com as
autoridades e má fama para a empresa.

Riscos Inevitáveis: Constitui uma compensação que pode ser mensurada


quando a empresa tem um sistema de avaliação de cargos. Sabemos que,na avaliação
de cargos, decompomos o salário que é pago ao empregado em seus diversos
componentes, isto é, em porcentagens correspondentes aos vários fatores. Sabemos
quanto cada empregado está recebendo, devido à experiência, a sua responsabilidade
por máquinas, materiais, produtos, pela sua necessidade de supervisão, etc. Entre
esses fatores, para nós interessa especialmente um, que são os riscos inevitáveis, que
variam de firma para firma, frequentemente atingindo 5% dentro do peso total dos
fatores na avaliação de cargos.
Isso significa, aproximadamente, que 5% da folha de pagamento é uma
remuneração, mas uma remuneração especial, uma compensação devida ao
trabalhador por estar se expondo a riscos. Esses 5% não são uniformes; variam de
empresa para empresa, de cargo para cargo.
O plano de avaliação de cargos procedido da análise de cargos verifica o nível
do fator riscos inevitável em cada cargo, atribuindo remuneração adicional conforme o
nível for I, I, 3, 4, ou 5. Então esse fator, "riscos inevitáveis", será uma compensação
adicional,que estamos dando para aqueles cargos que são mais expostos a riscos do
que outros. Se os riscos fossem eliminados, não precisaríamos dar essa compensação,
pois esta remuneração adicional é simplesmente para pagar aqueles empregados que
estão mais expostos a riscos, deixando-os iguais aos demais. Nessas condições, numa
empresa em que os riscos inevitáveis mantêm a 5% da folha de pagamento, um
programa de prevenção de acidentes pode reduzir o custo de mão de obra.

140
E ­  ESTIMATIVA DO CUSTO DE ACIDENTES EM UMA EMPRESA 

O custo não segurado dos acidentes varia de empresa para empresa e, com
grande frequência são difíceis de serem determinados. Para o cálculo do custo não
segurado, existem vários métodos que podem ser aplicados:

a) Método de Heinrich 
Consiste em se considerar o custo indireto como sendo quatro vezes o custo
direto. Esta relação de 4 por 1, aceita pelos especialistas, foi encontrada por H.W.
Heinrich em 1930, e é baseada no fato de que, para cada dólar gasto com indenização
e assistência as vítimas (custo segurado) do acidente, correspondem a 4 dólares de
custo não segurado. Esta relação, que a 1ª vista pode provocar incredulidade,
aparecerá mais vezes na prática se realizada análise cuidadosa de vários casos típicos.
Estudos mais recentes nos dizem que esta relação pode ser 8 ou 10 para 1.
Este método deve ser aplicado, na prática, quando se deseja obter uma ordem
de grandeza genérica do custo indireto, devendo-se ter o cuidado quando houver
necessidade de se conhecer o custo real. Assim, por exemplo, segundo estimativa do
INPS, o custo médio por acidente no ano de 1972 foi de cerca de Cr$ 523,67.
A soma dos custo direto e indireto de cada acidente atinge Cr$ 2094,68. Como o
número de acidentados no ano de 1972, no Estado de São Paulo foi de 679367 (anexo
n° 1), se o multiplicarmos pelo custo médio para acidente (Cr$ 2094,68), dá a
astronômica importância de Cr$ 1.778.820.484,45 anuais, como provável despesa
anual do Estado de São Paulo com os infortúnios do trabalho, calculada sobre dados de
1972.

Levantamento do custo de acidentes em uma empresa:


Se para casa acidente ocorrido, a empresa procurar coletar todos os dados
necessários para o cálculo real do mesmo, na maioria dos casos haverá necessidade
de um departamento ou setor que se encarregasse desse tipo de atividade, o que viria
trazer um aumento ainda maior nos custos indústrias. Para obtermos, então, o custo
real dos acidentes, poderemos seguir a orientação indicada pelo National Safety Coucil,
onde se procede a um estudo básico, levando-se em conta os preços correntes e um
número razoável de acidentes típicos, para se ter uma média aproximada dos custos.
Para esse estudo, são registrados os custos não segurados das seguintes
classes de casos de acidentes:
Classe A1 - Acidentes com perda de tempo e com incapacidade parcial e permanente
ou incapacidade total temporária.
Classe A2 - Acidentes com perda de tempo, com incapacidade parcial e temporária e
casos de tratamento que requerem a atenção de um médico fora da empresa.
Classe A3 - Acidentes sem perda de tempo, isto é, casos de tratamento que requerem
só pronto socorro ou tratamento do ambulatório da empresa.
Classe A4 - Acidentes sem lesões, com perdas materiais de menos de uma
determinada quantia (nos U.S.A. 20 dólares) ou perda de menos de 8 horas de
trabalho.

141
Classe AS - Acidentes sem lesões e com perdas materiais de 20 dólares ou mais, ou
perda de 8 ou mais horas de trabalho de um homem.
Recomenda-se o mínimo de 20 dólares para acidentes sem lesão por causa do
custo da obtenção de informações certas sobre um numero elevado de acidentes.
Analisando os acidentes da Classe A3, verificamos que, na maioria das vezes
são casos comuns de pronto-socorro, dos quais não resultam, danos da propriedade.
São os mais difíceis de serem analisados, do ponto de vista de custo, porque tal perda
de tempo pode acontecer repentinamente e por períodos curtos e os ferimentos podem
ocorrer tão frequentemente que sobrecarregaria inutilmente o supervisor e o chefe da
segurança.
Informações essenciais para esses casos são:
-sobre o tempo de trabalho perdido para it ao ambulatório
-Custo médio do ambulatório
-Numero médio de visitas por caso
-Tempo médio do inspetor de segurança perdido para cada caso cada acidente
incluído no estudo-piloto, faz-se o levantamento do custo não segurado,
compreendendo os itens apresentados em 4.
Imaginemos que tenham sido obtidos os seguintes resultados nesse estudo:

Categoria N° de acidentes Custo não Custo médio


dos acidentes estudados segurado total Cr$

A1 10 10000,00 1000,00
A2 30 15000,00 500,00
A3 120 1200,00 10,00
A4 50 2500,00 50,00
A5 20 2000,00 100,00

Uma vez estabelecido o custo médio para cada categoria de acidentes (A1 a A5),
esse valor pode ser utilizado na empresa onde foi efetuado o estudo-piloto, desde que
na mesma não ocorram grandes modificações (nas instalações e na composição da
mão de obra); quando ocorrem alterações salariais na empresa, os valores de custo
médio obtidos no estudo devem ser reajustados.
Para a estimativa do custo de acidentes nessa empresa, dai para frente e desde
que não ocorram as alterações mencionadas em 4, basta simplesmente multiplicar o
número de acidentes de cada categoria pelos respectivo custo médio. A soma desses
produtos dará o custo não segurado total, nessa empresa, para o período de tempo em
que está efetuando a estimativa. O custo total dos acidentes será a soma dessa parcela
(custo não segurado total) com a do custo segurado, facilmente obtida dos dados de
contabilidade da empresa.
Os dados de custo médio são válidos apenas para a empresa onde foram
calculados; assim sendo, não se pode utilizar os dados obtidos em uma empresa como
o cálculo de custo em outra.
A empresa em estudo apresentou os seguintes acidentes durante um ano: 20
acidentes classe A1, 100 de classe A2, 2000 de classe A3, 30 de classe A4 e 10 de

142
classe A5. Aplicando-se o custo médio de cada classe de acidentes, obteremos os
seguintes resultados:

Estimativa do Custo Anual dos Acidentes


Categoria N° de acidentes Custo médio Custo médio
dos acidentes estudados (Est. piloto) não segurado

A1 20 Cr$ 1000,00 Cr$ 20000,00


A2 100 Cr$ 500,00 Cr$ 50000,00
A3 2000 Cr$ 10,00 Cr$ 20000,00
A4 30 Cr$ 50,00 Cr$ 1500,00
A5 10 Cr$ 100,00 Cr$ 1000,00

Total do custo Cr$


indireto 92500,00
Prêmio de seguro Cr$
130500,00

Assim o analista se reporta à Gerência da empresa: “Durante o ano passado os


acidentes custaram a está Companhia cerca de CI 130.500,00 em indenizações, gastos
médicos, tempo perdidos e dano a propriedade".

EXEMPLO DE CÁLCULO DE CUSTO NAO SEGURADO:

Numa indústria, ocorreu um acidente durante o período normal de trabalho. No


instante do acontecimento, cerca de 50 homens deixaram de trabalhar.
Aproximadamente 10 operários correram para ver o ocorrido. Seis homens
acudiram o acidentado, pagando uma maca, chamando o médico e tomando outras
providências. Por fim, o paciente foi levado ao hospital e o pessoal voltou ao trabalho,
porém passaram-se três quartos de hora antes que voltasse novamente ao ritmo normal
de produção. Na verdade, no restante do dia, a produção não atingiu a metade do que
deveria, devido a emotividade de todos e os consequentes comentários envolvidos
nesse acidente. De tal modo que, durante os quarenta e cinco minutos seguintes, nada
se produziu e, durante as três horas seguintes, produziu-se somente 50% do habitual.
Suponhamos que o pessoal seja do mesmo nível e ganhe Cr$ 4,00 por hora.
Assim:
50 homens x Cr$ 4,00 = Cr$ 200,00
Mas,
3/4 horas x Cr$ 200,00 = Cr$ 150,00
E, pelas três horas restantes, teríamos a metade de Cr$ 600,00, ou seja,
Cr$300,00. Isso nos dará um total de Cr$ 450,00.
Os quinze dias seguintes, a empresa teve de pagar o salário ao acidentado.
Digamos que o operário tenha recebido apenas a metade:
15 dias = 120 h x Cr$ 2,00 = Cr$ 240,00
143
O dia do acidentado foi pago integralmente: 8 horas + Cr$ 4,00 = Cr$ 320,00
Portanto foram pagos Cr$ 272,00 de compensações por um tempo em que não
se obteve produção alguma.
A máquina esteve parada durante dois dias antes que se conseguisse um
substituto. Houve necessidade de 24 horas extras para se normalizar a produção, não
levando em conta o tempo que a máquina esteve sem funcionar, somaremos cerca de
Cr$ 150,00 pelo tempo extraordinário.
Deveríamos computar o custo de tempo que o supervisor dispendeu
investigando o acidente, mas podemos absorvê-lo. Também absorveremos o tempo
que perderam o chefe, o departamento pessoal etc.

Finalmente, teremos: Cr$ 450,00


272,00
150,00
Cr$ 872,00

De modo que, absorvendo uma série de custos, a seção onde o trabalhador está
lotado tem um total de Cr$ 872,00 não estando incluído o que o seguro pagará por
médico, operação, hospitalização etc.

b) MÉTODO N.Q.C. 

O método elaborado pelo N.S.C. National Safety Council consta basicamente de


dois relatórios. O primeiro deve ser preenchido pelo Supervisor do local onde ocorreu o
acidente, e enviado ao Serviço de Segurança do Trabalho, dentro de um dia, após o
acidente. O segundo relatório onde constam todas as parcelas do custo não segurado
deve ser preenchido pelo Serviço de Segurança.

144
CUSTO DE ACIDENTES:
Relatório Supervisor
Acidente com lesão ( )
DATA: ____/____ / ____ Acidente sem lesão ( )
NOME DO
ACIDENTADO:_________________________________________________________
1 - Quantos trabalhadores (não o acidentado) perderam tempo por estarem
conversando, observando ou ajudando no acidente?___________________________
Quanto tempo perdeu a maior parte deles? ______horas e ______ min.
2 - Quantos trabalhadores (não acidentados) perderam por falta de equipamentos
danificados no acidente ou por terem necessitado substituir ou assistir o trabalhador
acidentado? _______
Quanto tempo perdeu a maioria deles? _______ minutos.
3 - Descrever o dano sofrido pelo equipamento ou material: -
___________________________
______________________________________________________________________
_______
Avaliar o custo para reparar ou substituir o equipamento ou material:-
Cr$_________________
______________________________________________________________________
_______
4 - Quanto tempo, pago pela Companhia, foi perdido pelo trabalhador no dia do
acidente? ________ horas.
5 - Se o serviço ou máquinas ficaram inativos, será necessário trabalho extraordinário
para compensar a perda na produção
sim ( ) não ( )
Será impossível recuperar a perda de máquinas ou equipamentos?
sim ( ) não ( )
Atraso ou outros custos, não relacionados com salários, resultantes da
interrupção de algum serviço:- Cr$
___________________________________________________________
6 - Quanto tempo foi gasto pelo supervisor em auxiliar, investigar, informar, distribuir
trabalho, treinar e instruir o substituto ou fazer outras adaptações? ______ horas e
_______ minutos.
_______________________________________________
- Supervisor -

5.3.2. Custo de Acidentes:


Relatório do Serviço de Segurança do Trabalho
Classe I -
_____________________________________________________________________

(Incapacidade parcial permanente ou total temporária).

145
Classe 2 -
_____________________________________________________________________

(Incapacidade parcial temporária ou caso de tratamento médico, necessitando de


cuidados externos).
Classe 3 -
_____________________________________________________________________

(Caso de tratamento médico, necessitando de cuidados do ambulatório da


empresa).
Classe 4 -
_____________________________________________________________________

(Sem danos físicos).

Nome do Acidentado:
___________________________________________________________

Data ______/ ______/ _______ Parte atingida:


________________________________

Departamento: ______________________ Seção: _____________ Salário/h:


_________

Salário por hora do Supervisor: _____________________________________________

Salário médio p/hora dos trabalhadores do Departamento, onde ocorreu o acidente

1° - Custo Salarial do tempo perdido pelos trabalhadores que não se acidentaram, se


pagos pela Companhia: Cr$
____________________________________________________________
a) Número de trabalhadores que perderam tempo porque conversaram, observaram,
ajudaram:
Tempo médio perdido por trabalhador: ______ horas e ______ _ min.
b) Número de trabalhadores que perderam tempo porque houve falta de equipamento,
que se quebrou durante o acidente, ou porque precisavam da produção ou do auxílio do
trabalhador acidentado:
Tempo médio perdido por trabalhador: ______ horas e _______ min.

2° - Natureza do dano sofrido pelo material ou equipamento:


___________________________
______________________________________________________________________

Custo líquido para reparar, repor ou colocar em ordem o material ou equipamento: Cr$
________________

146
3° - Custo do salário por tempo perdido pelo trabalhador acidentado pago pela
Companhia (Não indenização por seguro):
Cr$___________________________________________________________________

a) Tempo perdido no dia do acidente e pelo qual o trabalhador foi pago: _______
horas e _______ minutos.
b) Número de dias de ausência subsequentes pagos ao trabalhador: ________ dias
(que não seja indenizado por seguro) ________ horas por dia.
c) Número de visitas adicionais ao medico, depois da volta ao trabalho:
____________
Tempo médio por visita: _______ horas e _______ minutos.
Tempo total de visitas: _______ horas e _______ minutos.
d) Tempo adicional perdido e pago pela Companhia: _______ horas e _______
minutos.

4° - Se a perda de produção foi compensada, com trabalho extraordinário, quanto


custou a mais este trabalho se tivesse sido feito nas horas regulares? (Detalhes de
custo de diferença de salário, supervisão extraordinária, luz, aquecimento, limpeza para
o tempo extraordinário etc.): Cr$
_________________________________________________________________

5° - Custo do tempo gasto pelo supervisor em relação ao acidente: Cr$ _____________

a) Tempo do Supervisor que consta no relatório do Supervisor do Departamento:


_______ horas e _______ minutos.
b) Tempo adicional gasto pelo Supervisor, posteriormente: _______ horas e
______ minutos.

6° - Custo do salário devido à redução da produção do trabalhador, depois do acidente,


se o antigo salário for pago: Cr$ ____________________________________________

a) Tempo total, fazendo o trabalho leve ou com produção reduzida: _______ dias
_______horas por dia.
b) Porcentagem media do rendimento normal do trabalhador, durante esse
período, se o antigo salário for pago: ___________________________________

7° - Se o trabalhador acidentado for substituído por um trabalhador novo, qual o custo


do salário no período de treinamento? Cr$ ____________________________________

a) Tempo durante o qual a produção do novo trabalhador foi abaixo da normal para
seu salário: _______ dias _______ horas por dia.

147
Porcentagem media de seu rendimento normal durante esse período:
_________%
Seu salário por hora: Cr$ _________________________________
b) Tempo do Supervisor, ou de outros, para treinamento: _______ h.
Custo por hora: Cr$__________________

8° - Custo de atenção médica, pago pela companhia, (não coberto pelo seguro do
trabalhador): Cr$ _______________________________

9° - Custo do tempo gasto pela alta supervisão na investigação, incluindo trâmites de


formulários para o seguro (não se deve incluir tempo gasto nas atividades de
segurança ou prevenção): Cr$ __________________________________________

10° - Outros gastos não incluídos Ex.: reivindicações de responsabilidade civil, custo do
aluguel de equipamento de substituição, perda de lucro sobre contratos cancelados ou
encomendas perdidas, se o acidente causou nítida redução nas vendas totais, perda de
prêmio pela companhia, custo de contrato do novo trabalhador se as despesas
adicionais são consideráveis, custo de perdas excessivas causadas pelo novo
trabalhador, atrasos etc:

Cr$___________________________________________________________________
______
Explicar
detalhadamente:________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______
Custo total não assegurado: Cr$
___________________________________________________
Companhia:
___________________________________________________________________

F ­ CUSTO DE ACIDENTES E O SERVIÇO DE HIGIENE E MEDICINA DO 
TRABALHO: 

O Serviço de Higiene e Medicina do Trabalho nos estabelecimentos que se


enquadram nas condições da Portaria n° 3.237, de 27/7/72, deve funcionar em caráter
permanente.
Parece, então, a primeira vista, que, que por essa obrigatoriedade, o custo médio
não deverá ser computado no custo total dos acidentes, mas isto não tem razão de ser
porque o tempo dispendido pelo medico do trabalho e auxiliar de enfermagem do
trabalho em atender a um grande número dc trabalhadores para consultas e curativos
poderia ser utilizado no maior rigor dos exames pré-admissionais e periódicos, para
estudar o fator humano no acidente e em outros problemas de medicina do trabalho.

148
Não é para desprezar-se o tempo perdido pelo operário em dirigir ao ambulatório
e lá receber a visita ou o curativo e voltar ao serviço. Para fazer todo esse caminho tem
de inicio parar a máquina ou entregá-la, provisoriamente, a um companheiro para
substituí-lo. O supervisor, por sua vez, perde tempo em fornecer a gula para o
ambulatório. De posse desta guia dirige-se o acidentado, sem se apressar, ao
ambulatório, e espera um tempo variável para ser atendido.
Para uma estimativa do custo do ambulatório deve-se conhecer, além da
despesa do medico e enfermeiro, o seguinte:
- media do tempo ausente do trabalho para it ao ambulatório
- custo médio por curativo.
- tempo médio gasto pelo supervisor para atender cada caso.
Em uma fábrica de tecidos, com uma media mensal de 1.300 operários, houve
118 acidentes pessoais, em 2.867.745 horas de exposição ao risco. Em consequência
desses acidentes foram perdidas 5.090 horas de serviço. Esses acidentes referem-se a
lesões, cuja gravidade obrigou um tratamento fora do ambulatório da fábrica.
No período de 1 ano de trabalho registraram-se, nessa mesma fábrica, cerca de
10.725 curativos, em consequência de pequenos acidentes que não obrigaram o
afastamento do trabalho, mas que necessitaram de cuidados de enfermagem. Em uma
fábrica de Rayon, no mesmo período de tempo, houve 99.115 curativos.
Para se conhecer o custo desses curativos, deve-se conhecer a média do tempo
perdido pelo operário; o cálculo torna-se muito complexo porque deve ser anotado o
tempo de saída e entrada do serviço. Para se conhecer a média do tempo perdido,
deve-se somar todo o tempo ausente do trabalho, do ambulatório, e dividir pelo número
de visitas.
Tempo perdido = soma de horas ausentes
número de visitas
Não sendo possível obter dados certos, podemos tomar uma base média fixa em
minutes perdidos. Uma vez calculada essa base, multiplica-se pelo número de visitas.
Nas duas indústrias citadas, a média pode ser fixada em 15 minutos. Então teremos:
Tempo perdido = 15 minutos x número de visitas.
Assim no caso da Fábrica de tecidos, o cálculo resume-se no seguinte:
Tempo perdido = 10.725 x 15 = 160.875 minutos, ou seja, teremos uma perda de
2.681 horas de trabalho.
Na fábrica de Rayon, por ser uma fábrica de natureza insalubre, devido à
emanação de gases tóxicos, que atacam de preferência a vista e o sistema nervoso, o
número de acidentes foi alto: cerca de 1.134 c 99.115 curativos.
Contando somente a perda de tempo de trabalho pelo número de curativos,
teremos:
Tempo perdido = 99.115 x 15 minutos = 1.486.825 minutos.
Dividindo-se este número por 60, teremos o número de horas perdidas, isto é,
24.780 horas.
Para saber o custo médio não segurado dos casos de acidentes, que
continuaram no serviço mas que necessitaram de assistência médica, deve-se
multiplicar a média do salário-hora pelas horas perdidas: ao produto dessa
multiplicação, somam-se os custos dos cuidados médicos e do tempo perdido.
Baseando-se a média do salário-hora em Cr$ 2,50 e em Cr$ 10,00, o preço dos
materiais de curativos, teremos, para essa Fábrica de Rayon, o seguinte resultado:
149
Custo: Cr$ 2,50 +.10,00) x 24.780 = 309.750,00.
Assim, o prejuízo causado só pelos curativos foi de Cr$ 309.750,00, devendo-se
ainda, acrescentar a esse resultado o tempo perdido pelo supervisor. Esse valor não de
se desprezar, porque o custo direto com os acidentes atingiu a cerca de Cr$ 950.000,00
e só o de curativos atingiu a mais de 1/3 desse valor.

G ­ Custo de acidentes fora do trabalho 
O principal objetivo da segurança do trabalho é prevenir acidentes, tanto no
trabalho quanto fora dele. O problema "fora do trabalho" é complexo. Em um ano
recente, nos Estados Unidos, "acidentes fora do trabalho" totalizaram acima de 700 de
todos os acidentes fatais e acima de 55% de todos os acidentes de trabalho.
Quando o empregado deixa seu trabalho para ir para casa ele deixa para trás a
segurança do trabalho, construída cuidadosamente. Ele é agora parte do "público em
geral" e como tal, enfrenta os perigos gerais a esse público: nas ruas, nas estradas, em
Casa, nas diversões. He é agora seu próprio supervisor. Sua experiência é agora a
medida de sua habilidade de dirigir a si próprio e sua família, inteligentemente. As
empresas devem educar, motivar e desenvolver constantemente em seus empregados
a importância de seguir as regras de segurança fora do trabalho, como no trabalho.
Este é um trabalho para o supervisor. É outro lugar onde deve dar exemplo.
O interesse em A.F.T. ("Acidentes fora do trabalho") é um bom investimento.
Empresas que atacam o problema de prevenção de acidentes atestam que a segurança
A.F.T. é lucrativa pela redução de acidentes tanto no trabalho, quanto fora dele.

H ­ Custo de Acidentes: uma motivação econômica: 

Agora temos condições para entender a resposta a pergunta " o que isso
representa como custo de acidente"? Formulada no item 3.
Analisando o gráfico n° 1, vemos que a perda de mão-de-obra devido à parada
das 10 h, até o término do período e a uma série de outras razões consequentes desse
acidente aumentou em mais de Cr$ 10.000,00. Houve um aumento de custo devido ao
trabalho noturno de pouco mais de Cr$ 2.500,00.

150
Gráfico n°1: Custo de Acidente

A perda de produção, 75 unidades, representou mais uma majoração de cerca


de Cr$ 7.000,00. As horas paradas também contribuíram para aumentar as despesas.
O custo das horas da oficina, as despesas de ambulatório, as despesas de
enfermagem, por esse acidente analisado, representam muito pouco em relação a
todos os demais.
Temos aqui Cr$ 30.000,00 de aumento no custo da mão-de-obra naquele dia de
trabalho, somente por causa de um acidente que foi causado. Um só acidente!
A consequência no custo da produção está no gráfico n° 2. Temos na primeira
coluna a matéria prima, antes do acidente a coluna branca, depois do acidente a coluna
escura. Antes do acidente valia 100, depois do acidente continua valendo 100, pois a
matéria prima nada sofreu e não houve perda da mesma.
A 2ª coluna representa a mão-de-obra, em branco se não houvesse acidente
100; havendo acidente houve um aumento do custo de mão de obra em 2%, passou a
102; a produtividade, que deveria ser 100, baixou para 97% porque houve uma queda
de 75 unidades. A queda da produtividade e o aumento do custo da mão-de-obra
representaram nesse dia um aumento geral dos custos de 4%. Se nós tivéssemos
acidentes dessa natureza todos os dias, no fim de um mês o aumento total do custo da
produção seria de 4% e como todos sabem, representa muito custo do produto.

151
Gráfico n° 2: Incidência do Acidentes nos Custos

Com esse simples exemplo vemos que a motivação econômica é um fator


preponderante na prevenção de acidentes. A motivação econômica representa
aplicação de verbas na prevenção de acidentes, verbas essas que representam
realmente um investimento para a empresa, porque vão contribuir para maior
produtividade. Vão contribuir para que a eficiência de todo setor de fabricação seja
realmente boa.
Devemos, portanto, cuidar das causas do acidente para evitar aumento dos
custos segurados e não segurados. Porque aumento de custo dessa natureza atinge a
empresa e atinge o homem. Atinge o homem no sentido amplo, homem como povo,
homem como empresa. A empresa tem seus custos aumentados e o homem tem o seu
nível de vida estacionado por causa de altos custos de produção. Porque major índice
de produtividade representa maior nível de vida (Fig. n°1).

152
Fig. n°1: Produtividade = maior nível de vida Fig. n°2: Corrente da Segurança

A Prevenção de acidentes é um fator fundamental que deve ser


considerado por todos: todos nós lutamos para aumentar o nível de vida, todos nós
lutamos para aumentar o índice de produtividade. Daí, a grande importância em
considerarmos, devidamente, todas as motivações que levam a causa de acidentes
motivação psicológica, motivação técnica e motivação econômica. (Figura n°2).
A "corrente da segurança" é resultante da regra E D E; se um dos elos desta
corrente não existe, ela não se forma; consequentemente, todos os três elos tem uma
grande importância na prevenção de acidentes.

Conclusão: Custo de Acidentes, uma luta em várias frentes:


Diremos, ao terminar, que os técnicos de segurança do trabalho nunca deverão
olvidar que o desenvolvimento industrial é uma luta empolgante que deverá ser vencida
em várias frentes; na melhoria da qualidade do produto, na redução do custo, no
aumento da produtividade. Estas várias frentes deverão ser enfrentadas se quisermos
obter o desenvolvimento do país.
Os custos privados não são facilmente avaliados, mas e notório que a prevenção
de acidentes concorrerá para diminuir tanto os custos contabilizáveis como aqueles fora
de controle. O relacionamento funcionário-empresa é um item importante de
produtividade, que não pode ser contabilizado e que pode ser substancialmente
melhorado através das boas condições de trabalho que um serviço de segurança pode
providenciar.

153
BIBLIOGRAFIA

CONVENÇÃO DE PRESIDENTES DE CIPA, 28° 1967 - Asis.

FUNDACENTRO - Acidentes, segurança, e a medicina do trabalho: coletânea de


leis, decretos e portarias, comp. por Eduardo Gabriel Saad. 2ª ed. São Paulo, 1972. 520
p. (FUNDACENTRO. Série legislação, L 1).

GILMORE, C. - Accident prevention and loss control; New York, American


Management Association, 1970. 175 p.
LEI N° 58.090, de 8/6/73 (D.O.U. 11/6/73) que altera a legislação de Previdência Social
e de outras providências. FIESP-CIESP not (297): 1-8, 1973.

NATIONAL SAFETY COUNCIL - Accident prevention manual for industrial


operations. 6ª ed. Chicago, 1969. 1.654 p.

REDONDO, Silas Fonseca - Higiene e segurança do trabalho São Paulo, EPUSP,


1969. 145 p.

RIBEIRO FILHO, Leonídio Francisco - Apontamento de segurança e higiene do


trabalho. Campinas, UNICAMP, 1972. lv.

154
155
ANEXO B
INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA Órgão:-
SOCIAL
PROPOSTA DE CONVÊNIO Data:-

1 – A Empresa ...................................................................................................................
(razão social)
sediada na .........................................................................................................................
(endereço)
cidade de .................................................................... Estado de .....................................
matriculada no INPS sob o n° .................. por seu representante legal abaixo assinado,
propõe ao Instituto Nacional de Previdência Social a celebração de CONVÊNIO para a
execução dos serviços abaixo assinalados:
a) Processamento e pagamento de benefícios.........................................................

b) Realização de exames médicos perícias para concessão


de auxílio doença...................................................................................................

c) Prestação de assistência médica aos seus empregados e seus


dependentes..........................................................................................................

d) Processamento e pagamento do auxílio doença a acidentados


do trabalho e prestação de assistência médica prevista no
artigo 29 do Decreto N°61.784/67 ........................................................................

_________________________________________________________________

2 – O convênio deve abranger as dependências da empresa abaixo indicadas –


Ordem Endereço Cidade Estado
I
II
III
IV
V
Informações –

156
Dep - N° de N° de total N° de N° de faltas
empregados dependentes empregados abonadas p/
em gozo do médicos no
BI semestres.
I
II
III
IV
V
local e data representante da empresa

ANEXO (C)

INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA


SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE SÃO PAULO
CONVÊNIO DE ACIDENTES DO TRABALHO

O INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, entidade autárquica


criada pelo Decreto lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, com Administração no Rio
de Janeiro, Estado da Guanabara, na rua México, 128, doravante designado pela sigla
INPS, nesta ato representado por seu . . . . (cargo) ........................... (nome)
.................................................. de um lado, e de outro,.......(empresa)
.........................................................com sede na ....................................... (endereço)
....................................................... (cidade)................................................................
(estado) .............................................doravante denominada EMPRESA, representada
neste ato por seu . . . (cargo)........... (nome) .............................................................. na
forma do disposto na Resolução n° INPS-900.6, de 14 de julho de 1.971, estabelecem
CONVÊNIO para execução de serviços na localidade de .............................................ou
no (s) Estado (s) de .................... de acordo com as cláusulas e condições seguintes:-

I - A EMPRESA se compromete a processar e pagar os auxílios-doença devidos a seus


empregados acidentados do trabalho, da conformidade com as instruções baixadas
pelo INPS.

II - Mediante apresentação de fatura própria, acompanhada dos respectivos


comprovantes, a EMPRESA receberá do INPS, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, de
acordo com os atos próprios de movimentação de fundos, a importância
correspondente aos valores dos auxílios - doença pagos aos acidentados do trabalho,
no mês.

III - Quaisquer diferenças porventura verificadas nos pagamentos efetuados à Empresa


serão atendidas por esta ou pelo INPS, conforme o caso, no prazo máximo de 10 (dez)
dias úteis, após comunicação.

IV - A EMPRESA prestará aos acidentados do trabalho toda a assistência médica


compreendendo a ambulatorial, a cirúrgica, inclusive de recomposição estética, a

157
hospitalar, a farmacêutica e a odontológica, prevista no artigo 29 do Regulamento
aprovado pelo Decreto número 61.784/67.

V - Para custeio da assistência médica prevista na cláusula IV, o INPS concederá a


EMPRESA 20% (vinte por cento) ou 26,7% (vinte e seis e sete décimos por cento) de
desconto em sua contribuição mensal para o seguro de acidentes do trabalho, de
acordo com a base para o cálculo dessa contribuição (item 5 da RS n° INPS - 900.6, de
14 de Julho de 1971).

VI - A importância correspondente ao desconto previsto na cláusula V será cobrada


pela EMPRESA mediante apresentação de fatura própria acompanhada da
comprovação do recolhimento das contribuições relativas ao mês de competência,
efetuando-se o pagamento pelo INPS no prazo máximo de 30 (trinta) dias, de acordo
com os atos próprios de movimentação de fundos.

VII - O INPS se compromete a realizar o treinamento do pessoal designado pela


EMPRESA para a execução dos serviços convencionados, objetivando o máximo de
entrosamento técnico e administrativo entre as panes convenentes.

VIII - A EMPRESA se obriga a respeitar e a cumprir as normas técnicas e instruções do


INPS, bem como a fazer com que sejam observadas pelos setores responsáveis e
serviços médico-hospitalares próprios ou que houver contratado, ficando asseguradas
ao INPS todas as facilidades para o acompanhamento e fiscalização dos serviços
mencionados, inclusive para promover, por comissão especial, eventual consulta aos
empregados da EMPRESA sobre a conveniência da manutenção do convenio.

IX - O presente convênio vigorará por prazo indeterminado, a contar do primeiro dia do


segundo mês seguinte ao de sua assinatura, observado o disposto na clausula X.
Alternativa da clausula IX para o caso do convenio de âmbito nacional ou regional - A
entrada em vigor do presente CONVÊNIO, nas localidades abrangidas sera fixada
pelas autoridades do Instituto a que estejam jurisdicionadas, de acordo com o disposto
no sub item da RS n" INPS-900.6, de 14 de julho de 1971.

X - A qualquer tempo, um ou outro dos signatários do presente CONVÊNIO poderá


rescindi-lo em relação a todos os seus encargos ou parte deles, desde que ocorra
infringência da cláusula contratual, caso em que a rescisão será imediata, ou haja
denúncia expressa com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Alternativa da Cláusula X para o caso de convênio de âmbito nacional ou
regional - A qualquer tempo, um ou outro dos signatários do presente CONVÊNIO
poderá rescindi-lo em relação a todos os seus encargos ou pane deles, desde que
ocorra infringência de cláusula contratual, caso em que a rescisão será imediata, ou
haja denúncia expressa, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias incidindo a
faculdade rescisória sobre a totalidade do convênio ou sobre o seu funcionamento
numa ou mais localidades abrangidas.

158
XI - A partir do início de vigência do CONVÊNIO o INPS se desobrigará do atendimento
dos segurados vinculados a EMPRESA. Os atendimentos médicos eventualmente
realizados pelo INPS na vigência do CONVÊNIO serão cobrados da EMPRESA.

Local e data
___________________________________________________________________

___________________________________________________
Representante do INPS

___________________________________________________
Representante da Empresa
TESTEMUNHAS:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

INSTRUÇÕES

1 - O convênio poderá abranger a totalidade parte dos encargos mencionados no item 1


do anverso, ficando, entretanto, esclarecido que, quando o processamento e
pagamento de benefícios (alínea a ) incluir a concessão de auxílio-doença, deverá
abranger também a realização de exames médicos-periciais (alínea b).

2 - O processamento de benefícios compreende o preparo e a instrução dos pedidos,


não incluindo a fase decisória, que é da competência exclusiva do INPS.

3 - A proposta deverá ser instruída com os seguintes elementos:

a) Certificado de Regularidade de Situação;


b) Relação, com nome e endereço, dos profissionais, entidades médicas e
estabelecimentos hospitalares que se encarregarão dos exames periciais e da
prestação de assistência médica nas diversas modalidades previstas;
c) Documentos comprovatório de que os profissionais, entidades e
estabelecimentos relacionados concordam em prestar o atendimento objeto do
convênio;
d) Cópia do inteiro teor do contrato firmado pela empresa com organização médica,
quando for o caso;
e) Outros elementos de informação julgados necessários.

4 - Quando a proposta for exclusivamente para execução de serviços de acidentes do


trabalho (alínea d do item 1) serão dispensadas as informações constantes do item 3 do
anverso, salvo quanto ao número de empregados.

159
ACIDENTES DE TRABALHO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Acidentes liquidados segundo a Conseqüência:-


ANO Simples Incapacidade Incapacidade Morte Acidentes
assistência temporária Permanente liquidados
médica
1970 64.470 428.776 13.035 754 507.035
1971 86.695 520.025 15.390 812 614.922
1972 120.572 552.614 17.833 864 691.833

Acidentes registrados no estado de São Paulo


ANO Típico Trajeto Doenças N° de Total de Medida de
do trabalho dias Atendimento atendimentos
perdidos por dia útil de
trabalho
70 494.332 5.756 1794 6.638.475 501.882 1.651
71 587.601 7.406 1128 7.864.554 596.135 1.974
72 669.792 8.953 622 8.707.360 679.367 2.264

DESPESAS DE SINISTROS – LEI N° 5316/67


ESPÉCIE 1970 1971 1972
Auxílio doença 70.763.405,00 89.191.416,00 111.557.293,00
*Aposentadoria 964.390,00 3.909.060,00 6.298.333,0
por invalidez
*Pensões 4.962.309,00 11.007.197,00 20.404.174,00
Auxílio acidente 2.347.379,00 5.962.767,00 3.911.915,00
Pecúlio por Red. 10.817.253,00 15.499.383,00 18.501.250,00
Cap.
Pecúlio por 192.544,00 145.728,00 155.328,00
Invalidez
Pecúlio por Morte 2.276.467,00 2.900.178,00 3.046.650,00
Abono especial 122.569,00 145.325,00 694.027,00
TOTAL GERAL 92.446.316,00 128.761.054,00 164.528.970,00
Valores acumulados

(Fonte INPS – SP – Grupamento de Acidentes do Trabalho)

160
CAPÍTULO 8 - PREVÊNÇÃO DE INCÊNDIOS

8.1 ­ INTRODUÇÃO: 

Para que haja fogo deve haver a união de três elementos: calor, oxigênio e
combustível. Se anularmos qualquer destes elementos o fogo deixará de existir.
Calor é traduzido pela temperatura elevada de um corpo. Três são os processos
de transmissão do calor.
a) Irradiação: é o processo que ocorre através de raios caloríferos.
b) Condução: é o processo de transmissão de calor de átomo para átomo, de
moléculas a moléculas, num mesmo corpo ou de corpo a corpo se juntos um
ao outro.
c) Convecção: é o processo de transmissão de calor por intermédio de massas
gasosas ou líquidos aquecidos.

8.2 ­ INCÊNDIO: 

Incêndio pode ser definido como sendo um fogo intenso que se propaga
produzindo destruição.

8.2.1 - Causas dos Incêndios

As causas dos incêndio podem ser:


a) Causas naturais: são aqueles que ocorrem sem a interferência do homem.
Os incêndios que se seguiram ao terremoto de 1765 em Lisboa, matando
mais de 40.000 pessoas e os que juntamente com as lavas do Vesúvio
exterminaram Pompéia e Herculano.
b) Causas acidentais: são aquelas que originam incêndios por razões fortuitas,
como: iluminação, vícios de construção, chaminés, balões, fogos de artifícios,
graxas, líquidos inflamáveis, etc.

161
c) Causas propositais: são aquelas associadas aos incêndios provocados
criminosamente, através de velas, campainhas elétricas, material
combustível, etc.
O código penal brasileiro, em seu artigo 278 estabelece: “Causar incêndio,
expondo a perigo a vida, a integridade física ou patrimônio, de outrem:
Pena - Reclusão de três a oito anos, e pagamento de cinco a trinta dias de multa.

8.2.2 - Como Apagar um Incêndio

Há três maneiras possíveis para apagar-se um incêndio:


a) Retirada do combustível: madeira, papel, tecido, etc.;
b) Por abafamento: quando elimina-se o oxigênio;
c) Por resfriamento: quando elimina-se o calor.

8.3 ­ CLASSES DE FOGO: 

Classe A: são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em


sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel,
fibra, algodão, etc.
Classe B: são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em
sua superfície, não deixando resíduos, como: óleos, graxas, vernizes, tintas gasolina,
benzina, etc.
Classe C: quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como
motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Classe D: elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

8.4 ­ DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIOS: 
8.4.1 - Sistema de alarme:

Pode ser manual ou automático.


Manual: pode ser um sino, sirene ou apitos de chaminé e destina-se a
transmitir sinais indicativos de incêndios.

162
Automático: é acionado por fonte de energia elétrica independente,
através de um sensor de fumaça, calor ou luz.

8.4.2 - Rede de hidrantes:

A rede de hidrantes internos está equipada com mangueiras, esguichos e fechos


de abertura rápida, sendo abastecidos por um reservatório construído sobre o último
pavimento do edifício e abastecido por uma bomba de recalque. A rede deve ser
inspecionada periodicamente a fim de evitar obstrução e emperramentos. As
mangueiras não devem ser utilizadas para lavar escadarias e corredores, e quando
usadas devem ser secadas à sombra.

8.4.3 - Sistemas de Sprinklers:

É um sistema de chuveiros automáticos associado a uma instalação de água sob


pressão. Funciona através de um sensor de temperatura (≅ 68 °C).

8.4.4 - Extintores (dispositivos portáteis):

Com base nos princípios de extinção do fogo foram inventados os extintores de


incêndios. Os tipos mais comuns são:
a) Extintor de Dióxido de Carbono ou CO2 : é para ser usado,
preferencialmente, nos fogos das classes B e C, embora possa ser usado também nos
fogos de classe A em seu início. Age pelo princípio de resfriamento e abafamento. Suas
vantagens são:
- Extinção imediata do fogo;
- Não é condutor de energia elétrica;
- É inofensivo para o corpo humano;
- Não danifica os equipamentos (indicado para materiais eletrônicos,
computadores, plotters, printers, etc.;
- Não deixa resíduos.

163
b) Extintor de Pó Químico : é para ser usado nos fogos das classes B e C.
Nos incêndios classe D será utilizado o extintor tipo “Químico seco”, porém o pó
químico será especial para cada material.
Usa-se nas mesmas condições do extintor de CO2 , não devendo ser aplicado
em instalações elétricas se as mesmas forem sensíveis (material eletrônico). Seu uso é
indicado em automóveis.

c) Extintor Tipo “Espuma” (soda - ácido) : é para ser usado nos fogos de
classes A e B. É condutor de eletricidade e atua por resfriamento e abafamento.

OBS: O extintor de “espuma” deverá ser recarregado anualmente.

O extintor de espuma é normalmente associado a espuma química: - essa é


produzida através da reação de dois produtos a saber, sulfato de alumínio e
bicarbonato de sódio e gás carbônico nas bolhas.

d) Extintor de Água - gás ou de Água Pressurizada : é para ser usado em


fogos classe A. Age pelo princípio de resfriamento. Ë condutor de eletricidade, e a água
é sem agente extintor.
O extintor de água pressurizada, é normalmente associado a espuma mecânica:
LGE + Água + Ar. O LGE entra de 3% a 6% em razão das características de fabricação
e do tipo de líquido onde será aplicado. O ar, em razão da quantidade, produz espuma
de baixa expansão (10: 1 - dez partes de ar, uma parte de LGE + água), de média
expansão (200: 1), de alta expansão (1000 : 1). A espuma de aeroporto é a de baixa
expansão.
e) Outros :
- O método de abafamento por meio de areia (balde de areia) poderá ser
usada como variante nos fogos das classes “B” e “D”.
- O método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá
ser usado como variante nos fogos classe D.
- Água, poderá ser usada para extinguir os começos de fogo de classe A.

164
A água nunca será empregada:
a) Nos fogos de classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina;
b) Nos fogos de classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada;
c) Nos fogos de classe D;
d) Chuveiros automáticos (“sprinklers”).

OBS: Só devem ser usados extintores que obedeçam as normas brasileiras ou


regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial - INMETRO.

165
CAPÍTULO 9 - VENTILAÇÃO INDUSTRIAL

9.1 – DEFINIÇÃO

É o processo de retirar ou fornecer ar por meios naturais ou mecânicos de ou


para um recinto. O fim fundamental da ventilação é controlar a pureza do ar num recinto
fechado.
A ventilação industrial é uma operação realizada por meios mecânicos que visem
a controlar a temperatura, a distribuição do ar, a umidade e a eliminar agentes
poluidores do ambiente, tais como gases, vapores, poeiras, fumos, névoas,
microorganismos e odores, designados por "contaminantes" ou "poluentes".

9.2 - TIPOS DE VENTILAÇÃO


9.2.1 - Insuflação e Exaustão Naturais

O fluxo de ar que sai ou entra de um recinto por infiltração ou ventilação natural


depende da diferença de pressão entre as partes interior deste recinto e da resistência
ao fluxo exterior de ar oferecida pelas aberturas e frestas do recinto.

9.2.2 ­ Insuflação Mecânica e Exaustão Natural 

Ventilador Ar viciado

SALA
Pe
Ps

Ps > Pe
  Filtros de
Ar
 
Figura 9.1 - Sistema de insuflação natural

166
9.2.3 – Insuflação Natural e Exaustão Mecânica 

 
Ventilador
SALA Pe
Ar externo Ar viciado
Ps
Ps <Pe

Figura 3.2 - insuflação natural e exaustão mecânica


9.2.4 ­ Insuflação E Exaustão Mecânica 

Ventilado Ventilado
SAL Pe
Ar externo A
Ar viciado
P

Filtros de
Ar

Figura 9.3 - insuflação e exaustão mecânica

O fluxo de ar mais comum é: Vexaustão = 0,8 Vinsuflação


Os contaminantes podem ter origem em processos de manufatura (solda,
fundição), nos tratamentos superficiais (limpeza com solventes, pintura, jateamento,
polimento, etc), no transporte e transferência de materiais particulados (correias
transportadoras, enchimento de recipientes, etc)

Tabela 1: Tipos de ventilação


RESUMO
ELEMENTO INSUFLAMENTO EXAUSTÃO
Pressão interna Mais fácil controle Menos difícil controle
Pureza do ar que entra Existe Não existe
Efeito direcional do ar O ar é lançado O ar é aspirado
Custo Geralmente maior Geralmente menor

167
9.3 - PROPRIEDADES DO AR

Os constituintes normais do ar atmosférico terrestre são: oxigênio, vapor de


água, gases inertes, dióxido de carbono e pequenas quantidades de matéria sólida
microscópica, às vezes chamada de impurezas atmosféricas permanentes. O ar seco e
puro tem a seguinte composição (% em peso): nitrogênio, gases raros, hidrogênio -
(76,80%); oxigênio (23,16%); dióxido de carbono (0,04%).
Sob o ponto de vista do condicionamento de ar, qualquer outra substância no ar
pode ser chamada de contaminante.
A ventilação para conforto térmico é conseguida:
• Restabelecendo-se as condições atmosféricas alteradas pela presença do
homem.
• Refrigerando-se o ar ambiente no verão.
• Aquecendo-se o ar ambiente no inverno.

A ventilação para manutenção da saúde e segurança do homem é conseguida:


• Reduzindo-se a concentração de aerodispersóides nocivos, até que baixe a
valores permissíveis.
• Mantendo-se a concentração de gases, vapores e poeiras, inflamáveis e
explosivos, fora das faixas de inflamabilidade ou de explosão.

9.4- ALGUNS CONCEITOS DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE


9.4.1- Pressão Estática:

Para corpos gasosos, o esforço externo de compressão define a proximidade


entre as moléculas do gás. Quanto maior o esforço de compressão, menor será o
volume ocupado. Uma vez que um corpo gasoso está submetido sempre a um esforço
de compressão, ele reage sobre todos os demais corpos que estão em contato com ele
em todas as direções. Essa reação é denominada "pressão estática". Assim, a pressão
estática é a força por unidade de área exercida por um gás sobre um corpo qualquer
em contato com esse gás.

168
Unidades: mm c.a , pol. H2O 1 Kg / m2 = 1 mm ca

9.4.2 - Pressão de Velocidade:

Quando certa massa de um fluido esta em movimento com uma certa velocidade
v, ela possui além da energia potencial Epot., referente a uma pressão estática, uma
parcela de energia cinética Ecinet.
A energia cinética por unidade de massa é dada por:
V2
Ecinet =
2g
V2
Pc =
2g

Ao contrário da pressão estática que se manifesta em todos os sentidos a


pressão cinética manifesta-se no sentido do movimento.
A pressão total é dada por:

Ptotal = PE + PC

9.4.3 - Equação da Conservação de Energia


Para um fluido real existem perdas de energia, quando o fluido escoa entre duas
seções quaisquer:

p1 V12 p V22
Z1+ Z2 + 2
PE 2g PE 2g
+ = + + ΔP
PE1 PC1 PE 2 PC 2

Onde:
Pe = peso específico
Essa perda de energia é decorrente de uma soma de perdas, ou seja:
- Perda por atrito (entre o fluido e as paredes e, entre as camadas do fluido)

169
- Perda devido a singularidade (cotovelos, contrações, expansões, trechos retos,
etc).

A fim de se vencer as resistências num sistema de dutos é necessário fornecer


energia de modo a manter uma pressão diferencial entre os pontos inicial e final do
sistema.
O VENTILADOR fornece ao ar uma pressão estática suficiente para superar a
resistência do sistema.

f .L.ρ .V 2
ΔP = [ N / m2 ]
DH 2
Ou:
f .L.ρ .V 2
ΔP = [m.c.a ]
DH 2 g
Onde:
f = fator de atrito adimensional
L = comprimento de trecho reto (m)
DH = diâmetro hidráulico (m) DH = (4.A/P)
A = área da seção e, P = perímetros
ρ = densidade do fluido (Kg / m3 )
V = velocidade do fluido (m/s)
g = aceleração da gravidade
Δ P = perda de carga (N/m2 ou m.c.a)

9.4.4 - Duto Circular Versus Duto Retangular

Com referência a dutos para remoção de partículas, os dutos com seção circular
são os mais recomendados, enquanto os de seção retangular são indicados para
sistemas de ar condicionado.

170
Vantagens do duto circular:
- Menor possibilidade de depósito de partículas, pois não há cantos vivos.
- Menor perímetro para uma dada área transversal (menos material, menor
custo).
- Menor perda de carga devido ao menor fator de atrito, decorrente da menor
superfície interna de contato.
- Inexistência de transições

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO:

Exemplo 6.1

Qual devera ser 0 suprimento de ar para dilui •• ao de odores corporais em


uma sala onde se encontram 15 pessoas adultas sentadas, trabalhando? A sala
mede 5 m x 8,4 m x 3 m.
Solução:
Volume da sala: 5 x 8,4 x 3=126m3
Taxa de ocupação: 126/15=8,4 m3/pessoa
Exigência de suprimento: aproximadamente 0,34m3/min/pessoa x 15 pessoas =
5,1 m3/min=180 cfm

Exemplo 6.2

Um recinto mede 5m x12m x 3m e nele trabalham, em regime de atividade


moderada, 12 pessoas. Calcular o suprimento de ar para remover odores e eventuais
fumaças de cigarro.
Solução:
Usaremos a curva D do gráfico da fig. 6.9
Volume do ar no recinto : V= 5x12x3=180m3 = 6,354 cfm
Volume de recinto por pessoa: 6,354/12=525 cfm

171
Com este valor, vemos pela curva D da fig 6.9 que serão necessários 10 cfm por
pessoa, portanto, um total de 10 x (12 pessoas) =120 cfm de ar exterior.

Exemplo 6.3

Para o caso do exemplo 6.2, admitamos que se trata de trabalho moderado e o


local seja uma oficina. Suponhamos 10 renovações por hora (oficina), portanto com
duração de 6min cada:
6,354 cf x 10 = 63,540 cf/hora
Ou 63,540/60=1.059 cfm=30m3/min

Exemplo 6.4

Deseja-se realizar uma instalação de ventilação com exaustão mecânica


(ventilação induzida) em uma sala de uma indústria onde trabalham 22
funcionários (escritório, sala de contabilidade, por exemplo).
A sala mede 20 m x 8 m x 3,50 m (pé direito = 3,50 m).

Figura 9.4 - Esquema do sistema de


ventilação

172
A entrada do ar se faz por janelas amplas em uma das extremidades. A
remoção do ar se fará com dois ventiladores axiais na parede oposta.
Determinar a vazão necessária à obtenção de um razoável nível de conforto.
Suponhamos que 40% das pessoas fumem.
1° Processo: Baseado no número de renovações por hora Volume do
recinto: V = 20 x 8 x 3,50 = 560 m3 Pelas Tabelas 2 e 3, encontramos, para
escritórios, 6 a 20 renovações por hora. Adotei
Volume de ar necessário em cada hora:
Q - 560 x H) = 5.600 m3/h
A secção livre de passagem do ar na sala, considerando vigas de 30 cm
de altura, será:
S = 8 m x 3,20 - 25,6 m 3
A velocidade media aproximada de escoamento ao longo da sala será:

Como a velocidade ambiente esta compreendida entre os


valores entre 1,5 e 10 m/min, podemos considerar a vazão
aceitável.
A vazão em m3/min será:
5.600 - 60 = 93,3 m 3 /min
Usando dois ventiladores, cada um deverá ler capacidade de ordem de 50
m3/min. O catálogo da Metalúrgica Venti Silva Ltda., por exemplo, indica ventilador
axial Mod. E 40 T6P, com Q = 55 m3 /min, pressão estática: 7 mmH2O, diám. 400
mm, motor trifãsico 220/380 V ou monofásico 110/220 V, N = 1/4 HP.

Com a vazão obtida pelo 2º processo, teríamos uma velocidade de ar


muito reduzida no recinto. Podemos usar as recomendações da NB-10/1978
da ABNT indicadas na Tabela 6.6, para determinação vazão de ar necessária
para a ventilação.

173
Tabela 2 - Renovações de ar recomendadas 

Tabela 3 - Renovações de ar recomendadas (American Society of heating and air


conditioning engineering, Guide and date book) 

174
Tabela 4 – Vazão de ar necessário 

M3/pessoa/hora Porcentagem de
Local
pessoas fumando
Recomendável Mínima
Escritórios 25 17 Baixa
Escritórios 50 25 Grande
Sala de diretores 85 50 Muito grande
Restaurantes 25-35 20 Considerável
Salas de reunião 85 50 Muito grande
Salas de reunião 35 25 Baixa
Salas de aula 50 40 Nenhuma

Quando se faz insuflamento de ar díretamente sobre os operários a fim


de dissipar calor pelo aumento da evaporação e da convecção, pode-se
chegar a temperaturas ambientes relativamente elevadas, como de 35"C e até
36"C, desde que a temperatura do termómetro de bulbo úmido nâo seja
elevada. Recomenda-se, todavia, procurar que a temperatura do termómetro
de bulbo seco no ambiente não seja maior que 27"C (80°F), o que entretanlo,
para determinados processos industriais, é inviável. Haverá portanto
necessidade de insuflar ar em temperaturas de 26°C a 28°C para que haja um
alívio térmico considerável.
A Tabela 5 apresenta valores da velocidade de ar aceitável conforme a
natureza do trabalho realizado pelo operário.

Tabela 5 - Movimentação de ar aceitável sobre o trabalhador 

175
9.5 - VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA

OBJETIVO: diluir uma certa massa de ar contaminado através do fornecimento


de ar não-contaminado, até que a concentração ambiente seja reduzida a níveis
inferiores que passam a causar riscos à saúde e/ou riscos de explosão e
inflamabilidade.
DESVANTAGEM: Esse método de ventilação não impede a emissão de
poluentes para o ambiente para o ambiente de trabalho, mas simplesmente dilui esses
poluentes.
• Proteção da saúde do trabalhador: A concentração dos poluentes deve ser
inferior ao TLV (Threshold Limit Value) - Limite Inferior de Concentração.
• Segurança do trabalhador: Concentração dos poluentes deve ser inferior ao LEL
(Lower Explosive Limit) - Limite Inferior de Explosividade.

TAXA DE VENTILAÇÃO:

387 106
Q = G. .
Pmol VDC

Ou:
387 106
Q = G. . .k
Pmol TLV

Onde: Q = taxa de ventilação (pés3 / min.)


G = taxa de geração da substância que se quer diluir (lb./min)
387 =volume de 1 lb. mol de qualquer gás a 700 F a 1 atm (cf/lb)
Pmol = peso molecular da substância (lb.)
VDC = Ventilation Design Concentration = concentração permitida no ambiente
em (ppm) (tabela 8.4).
TLV (Threshold Limit Value) - Limite Inferior de Concentração - (tabela 8.8).
k = fator de segurança compreendido entre 3 e 10 (tabela 8.5).

176
EXEMPLO 8.3

Num processo, libera-se 0,045lb/min de um solvente para o qual o VDC=150


ppm e cujo Pmol =58,4 lb. Qual a taxa de ventilação para que se obedeça ao valor da
VDC(Ventilation Design Concentration)?
Solução:

Pmol=58,4 lb(acetona)
VDC(valor tabelado)=150 ppm
G = 0,045 lib/min (taxa de geração da substancia)
Aplicando a formula:
Q = G*[(387/Pmol)*(106/VDC)]
Vazão de ar a ser insuflado:
Q = 0,045*[(387/58,4)*(106/250)]=150 cfm.

FATORES IMPORTANTES:

1) O poluente gerado não dever estar presente em quantidade que exceda a que
pode ser diluída com um adequado volume de ar.
2) A distância entre o trabalhador e a fonte emissora do poluente deve garantir
que as concentrações médias não sejam superiores ao TLV.

3) A toxidade do poluente deve ser baixa. TLV ≤ 100 PPM (substância altamente
tóxica), 100 < TLV ≤ 500 PPM (substância moderadamente tóxica), TLV > 500 PPM
(substância levemente tóxica).
4) A taxa de geração (emissão) do poluente deve ser uniforme.

FATORES LIMITANTES PARA POEIRAS E FUMOS

1) Altas toxidades geralmente encontradas requerem uma excessiva quantidade


de ar de diluição.

177
2) A velocidade e a taxa de material gerado muito altas.
3) Não há dados seguros sobre a quantidade de fumos e produção de poeiras.
OBS.: A ventilação geral diluidora é mais frequentemente usada para controlar vapores
de solvente orgânicos moderados ou levemente tóxicos.

PRINCIPAIS PRÍNCÍPIOS A SEREM APLICADOS NUM PROJETO DE VENTILAÇÃO


GERAL DILUIDORA

1) Escolher a saída de exaustão o mais próxima possível das fontes


contaminantes, a fim de se obter o benefício da ventilação local.
2) A fim de tornar eficiente a diluição, a saída exaustora e o suprimento de ar
devem ser locados de tal modo que o ar empregado na ventilação passe através da
zona de contaminação.
3) A movimentação geral do ar no recinto deverá manter a fonte poluente entre o
operador e a saída de exaustão.
4) Num sistema contaminado (insuflamento de ar mais exaustão) é preferido com
um moderado excesso de exaustão se houver áreas contíguas ocupadas, e com um
moderado excesso de insuflamento se não houver tais áreas.
5) Evitar-se a recirculação do ar exaurido. Descarga de ar sempre acima do
telhado. Ausência de janelas ou outras entradas próximas à saída de descarga.

VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA PARA MISTURA DE SUBSTÂNCIAS

Quando duas ou mais substâncias estão presentes, o efeito combinado deve ser
levado em considerado. Assim, na ausência de informação contrária, os efeitos de
diferentes riscos devem ser considerados aditivos, isto é:

C1 C C C
+ 2 + 3 + .... + n ≥ 1,0
TLV1 TLV2 TLV3 TLVn

Significa que o TLV da mistura foi excedido

178
Se for menor
m que 1,0 - signiffica que o TLV da mistura não foi excedid
do.

XA DE DILU
TAX UIÇÃO PA
ARA A MIS
STURA (Q
Q):

3 x (densidade do líquido) x 106 x k x (pin


Q = 403 nts / h)
(P
Peso mole
ecular do Liq.)
L x (TLV
V) x 60

Onde:
k = fatorr de segura
ança
peso mo
olecular em
m lb.
TLV em
m ppm.
1 pint = 0,473 litro
os
1 pé 3 = 0,02832 m 3

179
180
XA DE AL
TAX LTERAÇÃO
O DA CO
ONCENTR
RAÇÃO DE
E UMA SUBSTÂNC
CIA EM UM
AMB
BIENTE VE
ENTILADO
O

181
.
Q
Em um ambiente ventilado com uma taxa de ventilação , onde uma substância
está à razão de G (lb./min) ou pints/h, a concentração dessa substância no ambiente irá
.
variar com o tempo, tendo em vista a taxa de geração G e a taxa de ventilação Q .
Assim, num certo intervalo de tempo será introduzida no ambiente uma certa massa de
ar limpo, fazendo com que a concentração dessa substância mude com o tempo nesse
ambiente.
Se admitirmos que a substância ao ser gerada é misturada instantaneamente
com o volume total de ar do espaço, temos que a variação da concentração com o
tempo pode ser dada por:

Taxa de Volume de ar
Geração Concentração de diluição

. .
Variação da dK G K. Q G − K. Q
concentração = − =
como o tempo dt V V V
Volume do
ambiente

∫ G − K.Q ∫
K
G
[1 − e − Q( t −t 0 )/ V ] + K 0 . e − Q ( t −t0 )/ v
t
dK dt
. = =0 K= .
t0 V Q
K0

⎡ . ⎤
V G − Q .K0 ⎥
t = . ln⎢
Q ⎢⎣ G − Q. K ⎥⎦
.

1o Caso: Para o instante inicial t0 = 0 , onde a concentração inicial K0 = 0,

G
K= . [1 − e −Q.t / V ]
Q

182
⎡ ⎤
V ⎢ G ⎥
t= ln
Q ⎢⎣ G − Q. K ⎥⎦
. .

Isto é, pelo gráfico, se num ambiente cuja


concentração de uma substância é zero (K0 = 0),
começarmos a emitir essa substância a uma taxa de
geração G, por exemplo, em lb./min e se esse ambiente
.
for ventilado a uma taxa de ventilação Q , por exemplo, em pés3/min, a concentração
irá crescer com o tempo de acordo com a expressão anterior, tendendo a atingir o valor
.
máximo G/ Q para um tempo infinito.

2o Caso: É o caso onde existe uma concentração inicial no ambiente (K0 ≠ 0) e não
.
existe mais geração de poluentes ( G = 0).
.
K = K 0 . e − Q.t / V

V K0
t= . ln
Q K

Isto é, quando em um ambiente cuja concentração inicial é diferente de zero, e a


taxa de geração da substância é zero (desliga-se a operação, por exemplo), sendo
esse ambiente ventilado com uma taxa de ventilação, a concentração irá decrescer com
o tempo, tendendo a zero, para um tempo infinito.

3o Caso: É aquele em que a geração da substância poluente ocorre intermitentemente.


Assim no primeiro intervalo de tempo G ≠ 0, no segundo G = 0, no terceiro G ≠ 0, e assim
.
sucessivamente. Se o ambiente for ventilado com uma taxa de ventilação Q , irá ocorrer
uma sucessão dos dois primeiros casos.
183
A concentração num ciclo do tipo mencionado irá variar com o tempo, porém
depois de um número não muito grande de ciclos ela terá um valor máximo dado pela
expressão:

⎡ Q .t / V ⎤
.

G ⎢⎣1 − e ⎥⎦
K max = . .
Q ⎡ e − Q.t / V − e Q.t / V ⎤
.

⎢⎣ ⎥⎦

Onde:
t = tempo de geração
t’ = tempo de ventilação sem geração

Para valores de Q.t/V a partir de 4 ou 5, a expressão anterior fica:

G
K max = .
Q

Obs.: Em todos esses casos, estamos admitindo que o ar que entra no ambiente
é limpo no que se refere à substância que está sendo gerada, ou seja, K da substância
no ar de entrada é zero.

9.6. EXERCÍCIOS: VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 

9.6.1. CONDIÇÕES A SEREM ATENDIDAS

Na ventilação de ambientes normais ou onde se possam concentrar muitas


pessoas (auditórios, salas de reunião, salas de projeto, de contabilidade etc.) devem-se
considerar os contaminantes produzidos pelo homem e as exigências de conforto
impostas pelo mesmo. Os contaminantes humanos se reduzem a:
— odores;
— fumaça de cigarros;
— CO2, exalado dos pulmões pela respiração (cerca de 0,02 m³/h por pessoa).

184
Figura 6.9.: Volume de ar exterior/ min/ pessoa em função da quota de volume
de recinto por pessoa

Por outro lado, para a realização do metabolismo, o homem tem necessidade de


consumir, pela respiração, cerca de 0,025 m³ de oxigênio por hora, o qual é fornecido
pelo ar que se faz passar pelo interior do recinto. O gráfico da Fig. 9.1, publicado no
Industrial Ventilation, 13' edição, 1974, apresenta as demandas de ar de diluição, isto é,
o volume do recinto correspondente a cada pessoa (pé³/pessoa). — A curva A indica o
volume de ar de que cada pessoa necessita para obter o oxigênio indispensável.
— A curva B mostra o ar necessário para evitar que a concentração de CO2 no
ambiente ultrapasse 0,06%.
— A curva C revela o ar necessário para remover odores do corpo de adultos
sedentários.
— A curva D representa os mesmos dados da curva C aumentados de 50% para
prever.

Tabela 6.1: Necessidade de ar externo para diluição de odores corporais


Suprimento de ar exterior m³/min/pessoa

185
EXEMPLO 6.1
Qual deverá ser o suprimento de ar para diluição de odores corporais em uma
sala onde se encontram 15 pessoas adultas sentadas, trabalhando? A sala mede 5 m x
8,4 m x 3 m. Usar a Tabela 6.1.

Solução:
Volume da sala: 5 x 8,4 x 3 = 126 m³
Taxa de ocupação: 126 ± 15 = 8,4 m³/pessoa
Exigência de suprimento: aproximadamente 0,34 m³/min/pessoa x 15 pessoas =
5,1 m³/min = 180 cfm

EXEMPLO 6.2
Um recinto mede 5 m x 12 m x 3m e nele trabalham, em regime de atividade
moderada, 12 pessoas. Calcular o suprimento de ar para remover odores e eventuais
fumaças de cigarro.

Solução:
Usaremos a curva D do gráfico da Fig. 6.9.
Volume de ar do recinto: V = 5 x 12 x 3 = 180 m³ = 6.354 cf.
Volume de recinto por pessoa: 6.354 ± 12 = 525 cf / pessoa
Com este valor, vemos pela curva D da Fig. 9.1 que serão necessários 10 cfm
por pessoa, portanto, um total de 10 x (12 pessoas) = 120 cfm de ar exterior.

9.6.2. VENTILAÇÃO DE AMBIENTES NORMAIS, COM POUCAS PESSOAS

No caso de ambientes normais, com poucas pessoas no recinto, onde a


ventilação visa apenas ao conforto, podemos, além do emprego dos gráficos da Fig. 9.1
e da Tabela 6, valer-nos dos seguintes critérios:
a) usar tabelas que indiquem o número de renovações completas de ar do
recinto por hora (Tabelas 7 e 8);
b) usar uma tabela que forneça o número de m3/h ou cfm por pessoa, de modo a
remover odores e fumaça (Tabelas 9 e 10). As tabelas se referem a vazões tais que a
velocidade de escoamento no recinto não seja muito pequena (deve ser > 1,5 m/min),
nem excessiva (deve ser < 10 m/min) a fim de não provocar desconforto nos ocupantes
do local.

EXEMPLO 6.3
Para o caso do Exemplo 6.2, admitamos que se trata de trabalho moderado e o
local seja uma oficina. Suponhamos 10 renovações por hora (oficina), portanto com
duração de 6 minutos cada (Tabela 6.2):
6.354 cf x 10 = 63.540 cf/hora ou 63.540 ± 60 = 1.059 cfm = 30 m³/min.

186
Tabela 6.2 Renovações de ar recomendadas

Observação: Os valores mais elevados constantes desta tabela aplicam-se a


casos em climas quentes e onde haja fumaça de cigarros

Tabela 6.3: Renovações de ar recomendadas (American Society of Heating and Air


Conditioning Engineering, Guide and Date Book)

Tabela 6.5: Ar externo necessário segundo o ASHRAE Handbook of Fundamentals 1972

187
Vê-se que o valor obtido usando a curva D da Fig. 6.9 é muito menor que o
obtido com a Tabela 7, que especifica a finalidade do recinto. Na dúvida sobre as
porcentagens de fumantes e não-fumantes, costuma-se adotar 50 m³/h por pessoa no
caso de auditório e salões de conferência.

EXEMPLO 6.4
Deseja-se realizar uma instalação de ventilação com exaustão mecânica
(ventilação induzida) em uma sala de uma indústria onde trabalham 22 funcionários
(escritório, sala de contabilidade, por exemplo). A sala mede 20 m x8m x 3,50 m (pé
direito = 3,50 m). A entrada do ar se faz por janelas amplas em uma das extremidades.
A remoção do ar se fará com dois ventiladores axiais na parede oposta.
Determinar a vazão necessária à obtenção de um razoável nível de conforto.
Suponhamos que 40% das pessoas fumem.

1º Processo: Baseado no número de renovações por hora


Volume do recinto: V = 20 x 8 x 3,50 = 560 m³
Pelas Tabelas 7 e 8, encontramos, para escritórios, 6 a 20 renovações por hora.
Adotemos o valor 10.
Volume de ar necessário em cada hora: Q = 560 x 10 = 5.600 m³/h.
A seção livre de passagem do ar na sala, considerando vigas de 30 cm de
altura, será: S = 8 m x 3,20 = 25,6 m².
A velocidade média aproximada de escoamento ao longo da sala será:
5600
  218,7    3,64  /
25,6
Como a velocidade ambiente está compreendida entre os valores 1,5 e 10
m/min, podemos considerar a vazão aceitável.
A vazão em m³/min será:
5.600 ± 60 = 93,3 m3/min
Usando dois ventiladores, cada um deverá ter capacidade de ordem de 50
m³/min. O catálogo da Metalúrgica Venti Silva Ltda., por exemplo, indica ventilador axial
Mod. E 40 T6P, com Q = 55 m³/min, pressão estática 7 mm H2O, diâm. 400 mm, motor
trifásico 220/380 V ou monofásico 110/220 V, N = 1/4 HP. 2º
188
Figura 9.6: Sala com ventilação por exaustão mecânica

2º Processo: baseado no número de m³ por pessoa


Não-fumantes: 0,60 x 22 pessoas x 13 m3/h = 171,6 m³/h
Fumantes: 0,40 x 22 pessoas x 68111 m3/h = 598,4 m³/h
TOTAL = 770,0 m³/h

Velocidade de escoamento ao longo da sala

770
  30  0,5  /
25,6  ²
Com a vazão obtida pelo 2° processo, teríamos uma velocidade de ar
muitoreduzida no recinto. Podemos usar as recomendações da NB-10/1978 da

189
ABNT indicadas na Tabela 10, para determinação da vazão de ar necessária para a
ventilação.

Tabela 10: Vazão de ar necessária para a ventilação

Quando se faz insuflamento de ar diretamente sobre os operários a fim de


dissipar calor pelo aumento da evaporação e da convecção, pode-se chegar a
temperaturas ambientes relativamente elevadas, como de 35°C e até 36°C,
desde que a temperatura do termômetro de bulbo úmido não seja elevada.
Recomenda-se, todavia, procurar que a temperatura do termômetro de bulbo
seco no ambiente não seja maior que 27°C (80°F), o que entretanto, para
determinados processos industriais, é inviável. Haverá portanto necessidade de
insuflar ar em temperaturas de 26°C a 28°C para que haja um alívio térmico
considerável.

A Tabela 13 apresenta valores da velocidade de ar aceitável conforme a


natureza do trabalho realizado pelo operário.

190
Tabela 11: Vazão de ventilação geral por área do piso

Tabela 12: Trocas de ar para ventilação do ambiente

191
Tabela 13: Movimentação de ar aceitável sob o trabalhador (ACGIH, Industrial
ventilation)

9.6.3. AMBIENTES NORMAIS, COM ELEVADO NÚMERO DE PESSOAS


Algumas indústrias possuem auditórios, salas de conferências, salas de
aula para seus empregados, de modo que, quando por motivos de ordem
econômica não for viável uma instalação de ar condicionado, deve-se ao menos
dotar o recinto de uma instalação de ventilação, de modo a ser obtido um
razoável grau de conforto. Uma instalação desta natureza deverá resolver as questões
referentes a:
a)eliminação da fumaça de cigarro, cujos inconvenientes são reconhecidos pelos
próprios fumantes;
b) odores do corpo devidos ao suor provocado pelo calor num ambiente de
elevada temperatura e cujo elevado teor de umidade relativa dificulta a
evaporação do suor da epiderme;
c) Calor sensível liberado pelas pessoas. Este calor sensível eleva a
temperatura do ar ambiente. Quanto ao calor sensível devido ao calor solar,
a equipamentos, motores, lâmpadas etc., trataremos mais adiante;
d) calor latente liberado pelas pessoas com a evaporação do suor e que é
responsável pela elevação da umidade do ambiente.
Os itens a e b são atendidos pelo método descrito no item 9.6.2. Vejamos
como se calcula a vazão de ar necessária para manter a elevação da
temperatura provocada pelo calor sensível conseqüente ao metabolismo do corpo

192
humano, dentro de limites aceitáveis, e como atenuar o efeito do calor latente.
O corpo humano libera calor para o ambiente. Essa quantidade de calor
dissipado é expressa em Btu/h ou kcal/h. Devem-se procurar em tabelas
apropriadas (p. ex., a Tabela 14) os valores do calor sensível e do calor latente,
correspondentes à temperatura do recinto em consideração.

Tabela 14: Calor liberado por pessoa (Btu/h). (Handbook of Air Conditioning
System Design, Carrier Air Conditioning Company)

Observação: 1 Btu/h -= 0,252 kcal/h


Cs= calor sensível
Cl = calor latente

Usando uma conceituação simplificada e parcial, podemos caracterizar o


metabolismo pelo teor de produção de calor pelo corpo. Para que haja equilíbrio
térmico, é necessário que o corpo perca calor, exatamente, segundo o teor com o
qual o vai produzindo.
Chamemos de C, a quantidade de calor sensível e de C l a quantidade de
calor latente, liberados pelas pessoas.
A quantidade de calor a extrair do recinto corresponde à que foi
proporcionada pelo calor sensível liberado. Se n é o número de pessoas
presentes no recinto, a quantidade total de calor sensível a extrair será:

193

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