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Sumário
LEI DE TORTURA ................................................................................................................... 4
4. TORTURA ............................................................................................................................. 7
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4.2 Elemento Teleológico ......................................................................................................18
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LEI DE TORTURA
1. PONTOS HISTÓRICOS
Até a 2ª Guerra Mundial, a tortura não mereceu atenção dos países em geral. Foi só após
1945 que ela passou a ser vista pelo mundo, por ter sido muito utilizada durante a guerra. Assim,
surgiram inúmeros tratados visando coibir a tortura.
No Brasil, segundo historiadores, a ditadura se valeu deste “instrumento/subterfúgio”, pois
o crime de tortura não era tipificado.
• Na Constituição Federal
Art. 5º
III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante.
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• Estatuto da Criança e do Adolescente
Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 233, tipificou o crime de tortura, mas
somente em relação a criança (menor de 12 anos) e ao adolescente (12 a 18 anos), in verbis:
• Crimes Hediondos
O art. 2º da Lei nº 8.072/90 dispõe que os crimes hediondos e a prática de tortura são
insuscetíveis de anistia, graça ou indulto, bem como de fiança. Determinou, ainda, que o regime
inicial para esses crimes será o fechado.
A prisão temporária, nesses casos, é de 30 dias, que podem ser prorrogados por igual
período (em caso de extrema e comprovada necessidade).
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• Lei de Tortura
• Art. 5 - Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou
degradante.
Convenção contra Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou
Degradantes - 1984
• Art. 2 - Cada Estado-Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou
de outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer parte do território sob
sua jurisdição.
• Art. 4 - Cada Estado-Parte assegurará que todos os atos de tortura sejam considerados crimes
segundo a sua legislação penal.
• Art. 1 - Os Estados-Parte obrigam-se a prevenir e a punir a tortura, nos termos desta Convenção.
Pacto de São José da Costa Rica - 1969 (ratificado pelo Brasil apenas em 25/09/1992)
• Art. 5, n. 2 - Ninguém deve ser submetido a tortura, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou
degradantes. Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito devido a dignidade
inerente ao ser humano.
A Ação Penal nos casos de crime de tortura será Pública Incondicionada, e seu titular será o
Ministério Público Estadual ou Federal. Não há necessidade de nenhuma autorização/condição para
que o parquet possa ingressar com a Ação Penal.
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Exceção: será permitida ação penal privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal (art. 5º, LIX, CF).
A respeito da competência, esta será da Justiça Comum Ordinária, pois trata-se o crime de
tortura de crime comum, ou seja, o julgamento se dará na Justiça Estadual ou Federal (art. 109 da
CF).
Cuidado! Com o advento da Lei nº 13.491/17 – que alterou o CPM – a JMU e a JME
passaram a julgar crimes de tortura.
4. TORTURA
A Lei nº 9.455/97 não trouxe o conceito de tortura, apenas a forma como se constitui o
crime. No entanto, podemos utilizar a definição de Plácido e Silva, em seu Vocabulário Jurídico, Vol.
IV:
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A Lei de Tortura pretende tutelar os seguintes bens:
1. Dignidade da pessoa humana – imediata (art. 1º, III, CF);
2. Vida, integridade corporal, mental e liberdade pessoal – mediata;
3. Secundariamente, protege-se também a Administração Pública, quando o crime for cometido
por um de seus agentes.
1. Violência (vis corporalis): aplicação de algum instrumento sobre a vítima (ex.: socos,
pontapés, choques elétricos, asfixia, etc.);
2. Grave Ameaça (vis compulsivo): consiste na promessa do agente em causar na vítima um
mal futuro, verossímil, inevitável, injusto e iminente. Cuidado: a promessa de um mal poderá
recair em pessoa com a qual a vítima tenha uma forte ligação;
3. Intensidade da Violência: nem toda violência é capaz de tipificar a Tortura, pois ela deve
ser de especial relevo. Caso não enseje a tipificação do delito em análise, poderá ser caso de
outros crimes, como constrangimento ilegal (art. 146, CP), por exemplo;
• A comprovação da violência, em especial a física, se dá através do exame pericial (Exame
de Corpo de Delito, seja direto ou indireto). Já a violência mental poderá ser comprovada
pela psicologia forense.
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A consumação do crime se dá com a prática de violência ou de grave ameaça, sendo
desnecessário o atingimento do resultado pretendido pelo agente. Neste caso, se tratará de mero
exaurimento, devendo apenas ser observado quando da aplicação penal (art. 59, CP).
Confissão:
responsabilizar
Declaração: constitui verbalmente alguém
no relato ou descrição pela prática de crime.
Informação: ato de de um fato que, por
informar dados acerca regra, está escrito.
de algo ou alguém.
• Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa (alínea b, art. 1º, inciso I)
Também chamada de Tortura Crime. Emprega-se a tortura na vítima para que cometa outro
crime. Ex.: constrange alguém, mediante violência ou grave ameaça, a cometer um crime de estupro.
Cuidado! O agente que provocou a tortura para que outra pessoa cometa o crime, responderá
pelo crime de tortura + o crime cometido pelo torturado. Isso porque a vítima da tortura agiu com
a excludente de culpabilidade prevista no art. 22, CP (coação moral irresistível).
Se a vítima da tortura for obrigada a praticar uma contravenção penal, não haverá, segundo
a doutrina majoritária, o crime de tortura efetivamente, pois o tipo penal refere-se a “natureza
criminosa”. O que ocorre, no caso, é a prática de constrangimento ilegal ou lesão corporal (a
depender do caso concreto). Se aceitássemos a prática de contravenção para tipificar o delito de
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tortura, estaríamos fazendo uma analogia in malam parten, o que é vedado em nosso
ordenamento.
“Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
medida de caráter preventivo.” Chama-se de Tortura Castigo e consuma-se com a conduta do agente
de expor pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade. Não se admite a tentativa nesses casos.
Trata-se de um crime bi-próprio (aquele que exige uma qualidade especial do sujeito ativo,
ou seja: pai, tutor, curador, enfermeiro, médico, policial, etc.). O sujeito passivo é a pessoa que se
encontra sob sua guarda ou autoridade.
Ocorrendo intenso sofrimento
físico ou mental, o crime será de
maus tratos (art. 136, CP).
Na mesma penalidade irá incorrer aquele que submete pessoa presa ou sujeita a medida de
segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal. A pessoa presa é qualquer uma que esteja cumprindo pena definitiva,
prisão temporária ou disciplinar (militares), incluindo, também, o menor infrator internado.
Nesse caso, há uma divergência doutrinária quanto ao sujeito ativo. Fernando Capez afirma
que se trata de crime próprio, ou seja, que somente pode ser praticado por algumas pessoas em
razão de sua função. Nucci e Rogério Sanches, no entanto, defendem que se trata de crime comum.
Art. 38, CP - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda
de liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua
Direitos do integridade física e moral.
Preso
Art. 5º, XLIX, CF - É assegurado aos presos o respeito à integridade
física e moral.
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5.3 Terceira Figurada Delituosa (art. 1º, § 1º)
Incorrerá nas penas do crime de tortura aquele que submeter pessoa presa ou sujeita a
medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto
em Lei ou não resultante de medida legal.
Exemplos:
• Deixar o preso em cela insalubre, escura;
• Menina de 14 anos, menor infratora, colocada em cela com homens adultos (como este caso
não tem finalidade específica, se enquadra aqui);
Por qual delito responde o agente que causa vexame ou constrangimento ao preso, sem
acarretar sofrimento físico ou mental?
a) Se a vítima for um adulto, o agente responderá pelo delito de abuso de autoridade, nos
termos do art. 4º, “b”, da Lei nº 4.898/65;
b) Se a vítima for uma criança, o crime será do art. 234 do ECA.
A pessoa que se omitir diante das condutas tipificadas na Lei de Tortura, quando tinha o
dever de evita-las (omissão imprópria) ou apura-las (omissão própria), incorre na pena de detenção
de 1 a 4 anos. Trata-se de um crime próprio.
Além disso, a Constituição Federal, em seu art. 5º, dispõe:
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Adota-se a Teoria Pluralista. Pelo Código Penal, em seu art. 29, os coautores e os partícipes
respondem pelas mesmas penas dos executores. Neste caso não, pois quis a Lei que aquele que
pode evitar e não evita, ou quem deva apurar e não apura, não irá responder pelo delito de tortura,
mas sim como no incurso do § 2º em estudo. Exemplo: policial que observa colegas torturarem para
obter confissão e nada faz, quando deveria fazer, responderá pelo § 2º, e não pelo crime de Tortura.
A consumação se dá, portanto, com a inação do superior em não evitar ou não apurar. Não
se admite, nesses casos, a tentativa.
• Omissão e Prevaricação
Pelo princípio da especialidade, o agente público que deixar de apurar a conduta de um
subordinado não incidirá nas penas do crime de prevaricação, mas sim por omissão em crime de
tortura.
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O resultado morte é preterdoloso (dolo no antecedente – tortura – e culpa no consequente
– morte).
Se o agente deseja o resultado morte e para isso lança mão da tortura, o crime será de
homicídio qualificado pela tortura.
Outra situação é quando o agente, após tortura a vítima, decide mata-la. Neste caso,
responderá ele por tortura em concurso material com o homicídio ( progressão criminosa).
• Sequestro
É o ato de privação da liberdade de locomoção da vítima, independentemente de sua
finalidade. Quando houver sofrimento físico ou mental, ou a submissão da vítima tiver sido para
obter confissão, declaração ou informação incidirá esta causa de aumento de pena.
Cuidado! Caso haja privação da liberdade com o objetivo de cobrar resgate (extorsão), neste
caso haverá concurso entre tortura e sequestro.
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6. CONDENAÇÃO E CUMPRIMENTO DE PENA
6.1 Efeitos da Condenação
Em regra, o condenado por crime previsto na Lei de Tortura, salvo a hipótese do § 2º,
iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
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§ 2º - Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de
evita-las ou apura-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha
sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou
encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
A regra da prisão temporária é que ela deve durar 5 dias, que poderão ser ou não
prorrogados. No entanto, a Lei nº 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos) estabelece que, nos casos
em que há o crime de tortura, a prisão temporária será de 30 dias, prorrogável por igual período,
em casos de extrema e comprovada necessidade.
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LEI ANTITERRORISMO
Lei 13.260/2016
1. DIREITO INTERNACIONAL
No âmbito doméstico não havia norma tipificando tais condutas. Poderia o ato de
terrorismo tipificar outras condutas (homicídio, lesão corporal etc).
2. CONCEITO DE TERRORISMO
• Existe um consenso na doutrina nacional e estrangeira quanto a dificuldade de conceituá-lo.
• Nossa legislação, porém, em seu art. 2 trouxe um conceito: (norma penal explicativa)
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Art. 2o. O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste
artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando
cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa,
patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
3. TERRORISTA SOLITÁRIO:
2) Elemento Teleológico
A doutrina apresenta
quatro elementos
caracterizadores: 3) Elemento Teatral
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4.2 Elemento Teleológico
• Finalidade que motiva o ataque terrorista;
• Religioso (impor uma religião), político (subversão da ordem constitucional constranger o
Estado (poder público) a fazer ou deixar de fazer alguma coisa), gerar pânico ou medo difuso
etc...
• Muitas vezes esse elemento não é todo claro.
autores e vítimas
nacionais;
6. CRIME HEDIONDO
O terrorismo é crime equiparado a hediondo e está sujeito as normas penais e processuais
da Lei 8.072/90.
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7. ATOS DE TERRORISMO
I - usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos,
conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover
destruição em massa;
• Crime comum;
• Sujeito ativo é a coletividade;
• Tipo misto alternativo (a prática de mais de uma conduta caracteriza crime único)
• Nos verbos guardar, portar ou trazer consigo ocorrem crimes permanentes;
• Crime de perigo concreto, pois o legislador inseriu no caput do art. 2 a expressão: expondo a perigo
pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. Dessa forma, para a consumação é
necessária a exposição a perigo.
IV - sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos
cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio de comunicação ou de
transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas,
estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais,
instalações de geração ou transmissão de energia, instalações militares, instalações de exploração, refino
e processamento de petróleo e gás e instituições bancárias e sua rede de atendimento;
• Crime comum;
• Sujeito ativo é a coletividade;
• Crime de perigo concreto, pois o legislador inseriu no caput do art. 2 a expressão: expondo a perigo
pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. Dessa forma, para a consumação é
necessária a exposição a perigo.
• Consuma-se com a pratica do atos, independente de qualquer resultado anterior.
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V - atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa:
8. CUMULAÇÃO DE PENAS
CUMULAÇÃO DE
PENAS
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9. CAUSA DE ATIPICIDADE FORMAL
Art. 2º, § 2o O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas
em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria
profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar,
protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem
prejuízo da tipificação penal contida em lei.
Atenção: poderá a conduta tipificar outro delito (crime de dano, por exemplo).
Art. 3o Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a
organização terrorista:
Número de agentes: com o a Lei não trouxe o número mínimo bastam duas pessoas.
Cuidado: no verbo prestar auxílio o agente não integra a organização, mas apenas pratica ato de auxílio a
mesma.
Quando pratica outros atos de terrorismo poderá haver concurso com o delito de organização terrorista.
§ lo Incorre nas mesmas penas o agente que, com o propósito de praticar atos de terrorismo:
I - recrutar, organizar, transportar ou municiar indivíduos que viajem para país distinto daquele de
sua residência ou nacionalidade; ou
II - fornecer ou receber treinamento em país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade.
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§ 2o Nas hipóteses do § 1o, quando a conduta não envolver treinamento ou viagem para país distinto
daquele de sua residência ou nacionalidade, a pena será a correspondente ao delito
consumado, diminuída de metade a dois terços.
Art. 6o. Receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter em depósito, solicitar, investir, de
qualquer modo, direta ou indiretamente, recursos, ativos, bens, direitos, valores ou serviços
de qualquer natureza, para o planejamento, a preparação ou a execução dos crimes previstos
nesta Lei.
Art. 6, Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem oferecer ou receber, obtiver, guardar,
mantiver em depósito, solicitar, investir ou de qualquer modo contribuir para a obtenção de
ativo, bem ou recurso financeiro, com a finalidade de financiar, total ou parcialmente,
pessoa, grupo de pessoas, associação, entidade, organização criminosa que tenha como atividade
principal ou secundária, mesmo em caráter eventual, a prática dos crimes previstos nesta Lei.
Art. 7o Salvo quando for elementar da prática de qualquer crime previsto nesta Lei, se de algum
deles resultar lesão corporal grave, aumenta-se a pena de um terço, se resultar morte, aumenta-
se a pena da metade.
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13. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Impossibilidade:
Art. 10. Mesmo antes de iniciada a execução do crime de terrorismo, na hipótese do art.
5o desta Lei, aplicam-se as disposições do art. 15 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de
1940 - Código Penal.
Absolutamente impossível sua aplicação, pois o art. 15 do CP exige que o agente desiste após
o INÍCIO da execução... Assim como aplicar o arrependimento.
Art. 11. Para todos os efeitos legais, considera-se que os crimes previstos nesta Lei são
praticados contra o interesse da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, em
sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento, nos termos
do inciso IV do art. 109 da Constituição Federal.
§ 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que
estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade
para sua manutenção.
§ 2o O juiz determinará a liberação, total ou parcial, dos bens, direitos e valores quando comprovada
a licitude de sua origem e destinação, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores
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necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas
e custas decorrentes da infração penal.
§ 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado
ou de interposta pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a prática
de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no § 1 o.
§ 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou valores para reparação
do dano decorrente da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para pagamento de
prestação pecuniária, multa e custas.
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17. APLICAÇÃO DE OUTRAS LEGISLAÇÕES
Art. 18. O inciso III do art. 1o da Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, passa a vigorar
acrescido da seguinte alínea p:
“Art. lo ......................................................................
...........................................................................................
III - .............................................................................
............................................................................................
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.” (NR)
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