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PPAPMA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA, PROJETO E MEIO AMBIENTE - UFRN

Disciplina: TECNOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO

Professora: Solange Goulart

MADEIRA

Discentes: Adriano Pierre | Diana Paula | Tácio Fernandes


Histórico do Uso da Madeira
Pré-história: Usava uma armação de ramos ou
de pequenos troncos, coberta com folhas ou
cascas de árvores, para criar um habitáculo,
para se proteger do sol, da chuva e do frio.

Idade Antiga: Surgimento das primeiras


civilizações. Na mesopotâmia, no egito os
principais recursos era terra e pedras. A
madeira era escassa nesses locais e era
mais usado em áreas externas como
terraços.
Histórico do Uso da Madeira
Idade Média: Grandes pranchas cortadas com
formato quadrangular não estavam ao alcance
devido à inexistência de ferramentas necessárias
para a sua elaboração. O sistema de troncos foi o
adotado.

Idade Moderna: Nos finais da Idade Média, já havia


carpinteiros e artífices permitia construir edifícios
até 5 e 6 pisos.
Muitos edifícios da Idade Média e Renascimento
foram construídos em madeira e resistiram tanto
ou mais que os construídos em pedra e tijolos.

Casas Tradicionais na Indonésia


Madeira no XXI
Características Físicas e Mecânica da Madeira
Composição da Madeira
● 60% de celulose
● 25% de lignina (resina natural
que reveste as árvores)
● 15% de outros: óleos, resina,
amidos, taninos e açúcares.
Fatores anatômicos que afetam as características
físicas da madeira:
Anéis de crescimento: Cerne/ Alburno:
Fatores anatômicos que afetam as características
físicas da madeira:
Nós: Inclinação das fibras:
Benefícios de secar a madeira:

● Maior controle na variação dimensional;


● Para empregar o material de forma correta;
● Aumentar a eficácia de produtos preservativos;
● Diminuir ataque de fungos;
● Menor custo com transporte;
● Aumentar resistência (~30%).
Defeitos decorrentes da Secagem:
Características Físicas e Mecânica da Madeira
Vantagens:
● Resistência à compressão e flexão;
○ (Pilares, Vigas) - Superior ao concreto na relação resistência/peso.
● Resistência a impactos;
● Bom Isolamento térmico e acústico;
● Facilidade de ligações;
● Custo reduzido (tipo renovável);
● Vida útil prolongada (nas condições ideais);
Características Físicas e Mecânica da Madeira
Desvantagens:
● Anisotropia; (Fibrosa)
○ Propriedades diferentes nas 3 direções relativos às fibras (Paralelo,
perpendicular e tangencial)
● Limitações de dimensões;
● variação de propriedades pela umidade;
● Deterioração
○ quando em contato com predadores
● Custo reduzido (tipo renovável);
Madeira serrada:
● NBR 7190/1997

Dimensões comerciais da Madeira:


Madeira serrada:
Madeira serrada:
Madeira serrada:
Tesouras:
Tesouras:
Tesouras:
Tesouras:
Tesouras:
Simples: formadas a partir de três barras ligadas em triângulo, juntando-se a estas duas
novas barras para cada novo nó rotulado.

Compostas: formadas pela ligação de duas ou mais treliças simples por meio de rótulas ou
barras birrtuladas;
Tesouras:
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME

▪ Sistema que utiliza inteiramente troncos de árvores, que não


transformados em tábuas ou réguas de madeira e que portanto
preservam seu aspecto original de tronco e uma aparência
mais homogênea.

▪ Sistema autoportante que se ergue através do encaixes dos


seus elementos de madeira maciça (toras).

▪ As toras podem ser empregadas na construção, tal como as


árvores se apresentam ou podem ser moldadas em um
processo que converte os troncos em peças homogêneas em
aparência e tamanho.

▪ Ao erguer-se uma parede com este sistema não são precisos


acabamentos ou isolamentos pois a madeira é um produto
completo que inclui estas características.
Toras de eucalipto tratado
▪ Madeira Renovável de Florestas Plantadas.
▪ Menor custo se comparando com as madeiras de
florestas nativas.
▪ Madeira de alta resistência (principalmente espécies
como Cloeziana e Citriodora).
▪ Madeira para qualquer setor, desde construção civil a
industrial.
▪ Resistente a pragas como cupim e fungos de
apodrecimento.
▪ Madeira aceita qualquer tipo de acabamento.
▪ Madeira não produz odores.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME
▪ A construção de cabanas de troncos teve a sua
origem na Escandinávia e Europa Oriental.
Provavelmente, construídas no norte da Europa, na
Idade do Bronze (cerca de 3.500 aC).

▪ Quando os europeus se começaram a estabelecer


na América do Norte levaram consigo a tradição de
usar os troncos para construir casas, celeiros e
outras dependências que usavam nos países
escandinavos.

▪ No Brasil, devido a razões culturais e


desconhecimento de suas vantagens, apenas 15%
das construções utilizam a madeira.

▪ Esta técnica construtiva continua sendo bastante


empregada em países como Noruega, Finlândia,
Suécia, Rússia e em regiões onde há coníferas
altas, como pinheiros e abetos, disponíveis em
abundância.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG

Sistema Artesanal – log cabin

Nesse sistema, os troncos são descascados manualmente,


de forma a preservar suas características naturais, além
de todas as medidas e cortes para encaixe serem feitos
individualmente.

Sistema Manufaturado - log home

os troncos são trabalhados antes de sua instalação,


desde a simples remoção das cascas, até processos em
que os troncos são trabalhados até obterem uma mesma
forma, com dimensões semelhantes.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME

Fases da construção

▪ 1ª etapa: Fundação.

▪ 2ª etapa: Encaixe dos troncos

▪ 3ª etapa: Cobertura

▪ 4ª etapa: Instalação elétrica, hidráulica e finalização do forro.

▪ 5ª etapa: Finalização de acabamentos, entre eles piso e


revestimentos.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME
ALICERCE
▪ Escolha do terreno adequado, de preferência plano.

▪ Alicerce deve ser melhor e maior do que o necessário para uma casa convencional, porque
normalmente, tem um peso quatro vezes superior a uma parede de tijolos.

▪ O alicerce para uma casa de troncos necessita estar a no mínimo 0,70m de profundidade, com uma
largura de 0,30m. E devem ser elevadas a 0,30m do piso.

▪ A base servirá de apoio para os troncos, além de evitar que a umidade natural do solo suba para os
troncos.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME

Alicerce em concreto
Alicerce em pedra Alicerce em madeira
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME:
Montagem dos Troncos

▪ Para o início da colocação, os dois primeiros deverão ser cortados ao meio,


para que a base tenha uma altura uniforme. Os demais serão inteiros.

▪ As duas primeiras rodadas serão colocadas manualmente, mas


considerando-se que estes troncos pesam mais de 200 quilos cada um, o
trabalho manual a cada rodada vai-se tornado mais difícil. Então você pode
colocar o restante dos troncos com a ajuda de um guindaste.

▪ Nos tipos mais comuns de log home é construído com um sistema de


encaixe tipo macho-fêmea, que ajuda a manter a estanqueidade do sistema
e evita a penetração de umidade e da água de chuva.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME
MONTAGEM DOS TRONCOS
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME
MONTAGEM DOS TRONCOS

▪ Irregularidades podem ser preenchidas com reboco (mistura com serragem


fina com cola branca e um pouco de cimento).
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME

MONTAGEM DOS TRONCOS


MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME:
Montagem dos Troncos

▪ Possibilidade de montagem da
estrutura (encaixes e furos) em fábrica,
antes de enviá-la ao cliente.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME
COBERTURA
MADEIRA EM TORAS: OUTRAS APLICAÇÕES
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME
INSTALAÇÕES

Devido à movimentação natural das paredes, o encanamento de águas e tubulações elétricas


devem ser externas, sem passar por dentro dos troncos. Os tubos podem ser presos por ganchos.
MADEIRA EM TORAS - SISTEMA LOG HOME
VANTAGENS E DESVANTAGENS
.
VANTAGENS DESVANTAGENS

Aconchego Manutenção (madeira e do solo)

Excelente isolamento térmico, Riscos (locais com riscos de desastres naturais)

Baixo custo Ruídos

Tempo de construção

Isolamento térmico

Durabilidade
NORMATIZAÇÃO:

Já, no Brasil, pesquisas com madeira roliça, são estudos ainda recentes, não existindo uma norma
específica para projetos e construções com peças roliças de madeira de reflorestamento. No entanto, as
referências normativas existentes para madeira roliça, publicadas na ABNT, Associação Brasileira de
Normas Técnicas, são:

- ABNT, NBR 6231:1980 - Postes de madeira - Resistência à flexão – Método de ensaio;


- ABNT, NBR 6232:1973 - Penetração e retenção de preservativo em postes de madeira;
- ABNT, NBR 8456:1984 - Postes de eucalipto preservado para redes de distribuição de energia
elétrica – Especificação;
- ABNT, NBR 8457:1984 - Postes de eucalipto preservado para redes de distribuição de energia
elétrica – Dimensões; -
- ABNT, NBR 7190:1997 - Projeto de estruturas de madeira. Esta norma está fundamentada
essencialmente às madeiras serradas em geral. Porém é válida para o dimensionamento das peças
roliças de madeira de seção variável, com indicativos especiais, no item 7.2.8 para o critério de
cálculo do diâmetro equivalente (deq).
WOOD FRAME
Armações/quadros/moldura de madeira

▪ Montantes e travessas em madeira revestidos


por chapas igualmente feitas de madeira.

▪ Sistema construtivo industrializado.

▪ Utiliza madeiras tratadas em estufas onde é


retirado o ar existente no interior e
preenchido por preservativos contra insetos e
fungos.

▪ Utiliza madeira seca (< 15% de umidade) e


sem imperfeições como nós ou desníveis.

▪ Sistema construtivo sustentável - produzido a


partir de madeira de reflorestamento, como
pinus.

▪ O comportamento estrutural do wood frame


assemelha-se ao da alvenaria estrutural.
WOOD FRAME
▪ Surgiu nos Estados Unidos – Sec. XIX.

▪ Aperfeiçoado na Alemanha – adicionando o


processo de industrialização.

▪ Bastante utilizados em países como: Japão,


Canadá, Chile e Estados Unidos, para casas e
edifícios de até 8* pavimentos.

▪ No Brasil, desde 2009, inicialmente para


RESIDENCIAL VANCOUVER
construção de casas e em 2016 foi realizada a
Construção do 1º Prédio Multifamiliar, no
▪ Localização: Araucária, PR Paraná.
▪ Unidades: 24 apartamentos
▪ Tipo de Empreendimento: Minha Casa Minha Vida ▪ Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
▪ Parceiros: CRM Construções Civis
▪ Conclusão da Obra: Outubro, 2016
WOOD FRAME – Etapas de produção

Definição dos planos de Recebimento dos perfis Corte dos perfis de Montagem dos quadros
cortes dos perfis, com de pinos, previamente pinos e das chapas estruturais.
base no projeto tratados em que devem
executivo. autoclaves, e preferencialmente
conferência ou controle ser adquiridas já nas
visual das peças dimensões a serem
estruturais. empregadas na obra.
WOOD FRAME – Fundações
A fundação deve ser definida para
cada local específico de implantação
da obra. Todavia, de acordo com a
LP Brasil, a fundação utilizada
normalmente para edificações de
pequeno porte, casas ou sobrados,
no sistema wood frame tem sido em
laje tipo radier ou sapatas corridas.
www.atosarquitetura.com.br
A impermeabilização da fundação
deve estar previamente concluída.
WOOD FRAME – Quadros Estruturais
▪ Montagem dos quadros estruturais na obra, sobre a fundação.

▪ Ancoragem dos quadros à fundação com chumbadores de aço


galvanizado ou inox.

▪ O conceito é de que a plataforma trava os apoios e faz o


contraventamento horizontal da estrutura. A partir daí novos
painéis de paredes portantes são levantados sobre a plataforma e,
assim sucessivamente, até o telhado.

▪ Esses montantes estão dispostos com espaçamentos entre si que


podem ser de 40 cm ou 60 cm, modulação essa em consonância
com os tamanhos das placas de drywall e de OSB. Cada painel é
fechado com duas guias de madeira de mesma seção, uma superior
e outra inferior.

www.atosarquitetura.com.br
WOOD FRAME – Instalações Elétricas e Hidráulicas
▪ As instalações hidrossanitárias são executadas
entre montantes das paredes e entre o forro e
barrotes do entrepiso.

▪ O sistema pode ser com tubos de PVC comuns


ou em PEX. Devido ao diâmetro, não é
possível embutir tubulações de esgoto nas
paredes, sendo necessário o uso de shafts.

▪ A fiação corre por dentro de conduítes embutidos na


parede e sobre o forro. Parte desses conduítes é
instalada em fábrica dentro dos painéis de parede.

▪ Após a montagem dos painéis no canteiro de obra


são fixados os conduítes sobre o forro e então
passados os fios de energia, telefone, TV a cabo,
internet, etc.
WOOD FRAME – Isolamento térmico acústico

Materiais:

▪ A lã de vidro é a que proporciona o melhor isolamento térmico.


▪ A lã de rocha é a que proporciona o melhor isolamento acústico.
▪ A lã de PET é uma opção com desempenho razoável entre o térmico e o acústico, mas
com o preço mais atrativo.
WOOD FRAME – Fixação dos painéis OSB
▪ OSB é a sigla para Oriented Strand Board (Painel de Tiras de
Madeira Orientada, em tradução livre).

▪ Como o nome explica, o OSB é uma placa composta por tiras de


madeira de reflorestamento organizadas na mesma direção. É um
produto resistente, estável e versátil, que pode ser aplicado de
diversas maneiras.
https://www.hometeka.com.br/aprenda/osb-tudo-que-voce-
precisa-saber-sobre-o-material/

▪ Possui tratamento anti-cupim e atua no contraventamento da


estrutura do painel.

▪ Painéis fixados uns aos outros, através de pregos anelados ou do


tipo "ardox" galvanizados.

http://woodframe.santosmadeiras.com.br/chapa-estrutural-
osb/
https://arqted.blogspot.com/2015/09/wood-frame-
www.atosarquitetura.com.br construcao-pratica-rapida.html
WOOD FRAME – Membrana Hidrófuga

▪ Tem como objetivo formar uma barreira contra a água nas paredes e revestimentos,
protegendo contra a umidade externa e permitindo o respiro interno das mesmas.

▪ As membranas devem ser colocadas cobrindo totalmente as placas OSB, passando por cima
também de cerca de 30 cm da membrana da parte inferior.
WOOD FRAME – acabamento externo
WOOD FRAME – acabamento interno
WOOD FRAME – Lajes (entrepiso)
(1) Viga de madeira do
entrepiso;
(2) Isolante térmico acústico;
(3) OSB 18,3mm;
(4) Manta anti-ruído;
(5) Contrapiso;
(6) Piso acabado;
(7) Paredes do pavimento
térreo e superior;
(8) Forro de gesso rebaixo.

Instalação dos painéis de entrepiso


WOOD FRAME –Cobertura

Cobertura em estrutura de Wood Frame.

Dependendo do tipo de cobertura Podem ser utilizados telhados contidos, Onde é possível, a
que será utilizado, pode ser feita lajes impermeabilizadas com cobertura cobertura é montada no
em painéis ou também de forma verde (maior custo) e telhados aparentes chão e içada, aumentando
convencional, utilizando treliças de comuns. o controle de qualidade e a
madeira pré-fabricadas, montadas segurança em obra.
na obra.
WOOD FRAME
VANTAGENS DESVANTAGENS

Produtividade / obra rápida Não se elimina a necessidade


de concreto armado
Construção leve; Limitação quanto a vãos e gabaritos

Renovável e de menor impacto ambiental Mão-de-obra adequada para execução


e material
Durabilidade Custo mais elevado

Menor perda de material

Bom desempenho termoacústico

Estética
WOOD FRAME
Curitiba/PR

Suzano, SP Sapucaia/RS
NORMATIZAÇÃO:

▪ ABNT, NBR 7190:1997 - Projeto de estruturas de madeira. Esta norma está fundamentada
essencialmente às madeiras serradas em geral.

▪ A Comissão de Estudos ABNT/CE-002:126.011 – que desenvolve a norma técnica do sistema


construtivo wood frame.
MADEIRA LAMINADA
COLADA - MLC
▪ Material formado a partir de lâminas de
madeira coladas entre si por um adesivo
certificado para uso estrutural, à prova
d’água.

▪ A MLC tem seus usos mais frequentes em


estruturas de cobertura, elementos
estruturais principais para pontes, torres
de transmissão, edifícios, embarcações,
escadas e corrimão, equipamentos
decorativos planos ou em relevos,
esquadrias e móveis.

▪ Com o avanço da tecnologia de produção,


controle tecnológico, processamento e
técnicas construtivas, a MLC tornou-se
muito indicada para concepção de
estruturas curvas e peças de alta
repetibilidade.
MADEIRA LAMINADA COLADA - MLC
▪ A MLC surgiu há mais de 100 anos como
produto industrial na Alemanha e, desde
então, vem sendo utilizada em todos os
tipos de estruturas, de pontes a
residências; de estádios a edifícios.

▪ Empregada desde o século XIX na


construção civil, quando as lamelas ainda
eram unidas por ligações mecânicas, a
MLC só progrediu em seu campo de
aplicação na década de 1940, com o
surgimento das colas sintéticas.

▪ Embora venha crescendo a cada ano, o


uso da MLC no Brasil ainda é considerado
baixo em comparação a países do
hemisfério norte, que contam com
madeira de fácil trabalhabilidade em
abundância.
MADEIRA LAMINADA COLADA - MLC
Processo de Produção – primeira fase
▪ CHECAGEM DIMENSIONAL: Garante as
dimensões básicas do elemento estrutural
a ser fabricado.

▪ CHECAGEM DE UMIDADE: Detecta


alterações desde a medição feita pelo
fornecedor. Os dados são registrados com
precisão para controle da certificação de
qualidade.

▪ CHECAGEM DE RESISTÊNCIA: As lâminas


podem pertencer a diferentes classes de
resistência, e esta etapa permite a escolha
das peças mais adequadas a cada tipo de
aplicação.

▪ As espécies de madeira mais recomendadas para MLC são as das coníferas e algumas folhosas,
como Pinus e Eucalipto.
MADEIRA LAMINADA COLADA - MLC
Processo de Produção – segunda fase
▪ FINGER JOINT : Sistema que fornece uma emenda precisa, resistente, rápida e que garante excelente
qualidade final do produto.

▪ PRENSAGEM DAS TÁBUAS COM FINGER JOINT : As placas vão para uma
prensa hidráulica de alto desempenho, com pressão adequada ao tipo
da madeira.

▪ ESTOCAGEM : A fim de assegurar uma junta padrão, as lâminas são


armazenados por pelo menos seis horas em uma área especial da
planta.
MADEIRA LAMINADA COLADA - MLC
Processo de Produção – terceira fase
• COLAGEM : etapa chave do ciclo de produção, com claro impacto na
qualidade final do produto. A coladeira despeja linhas de cola do tipo
poliuretano. A cola deve ser certificada para uso estrutural, com
propriedades físicas monitoradas.

• ESTRATIFICAÇÃO DAS LÂMINAS : As lâminas vão para a “cama de


prensa”, uma superfície para fixação dos gabaritos.

• PLAINAMENTO DAS VIGAS : No passo seguinte utilizamos a máquina de


plaina, onde são removidas quaisquer irregularidades das superfícies
das vigas.

• ACABAMENTO E IMPREGNAÇÃO : As vigas seguem para o setor de


acabamento, onde é feito o tratamento de superfície através de pistola
– o produto é um impregnante com função hidrorepelente, fungicida e
bactericida.
Fortaleza/CE. Califórnia/EUA

Araguaia/TO Foz do Iguaçu/PR


NORMATIZAÇÃO:

▪ ABNT, NBR 7190:1997: norma específica de recomendações para projetos de estrutura de


madeira no Brasil. Prevista a uma versão que contemplará a norma de fabricação de MLC no
Brasil.

▪ Outro documento que serve como referência para fabricação da MLC é a norma americana
AITC 115-2009, para controle de qualidade. Com base nesse programa, é necessária a
realização de ensaios diários, sistemas de avaliação em pontos estratégicos da produção e
inspeção constante durante o processo de produção com inspetores credenciados
BAMBU
O bambu possui cerca de 50 gêneros e 1250 espécies que se distribuem naturalmente dos trópicos às regiões
temperadas, tendo maior ocorrência nas zonas quentes e com chuvas abundantes das regiões tropicais e sub-
tropicais da Ásia, África e América do Sul. Considera-se que cerca de 75% das espécies de bambu tenham algum uso
local nos vários países em que existem, e que cerca de 50% delas sejam efetivamente utilizadas e exploradas.

Distribuição geográfica do bambu .Fonte: LOPEZ(2003)


Botanicamente o bambu está classificado como Bambusae, uma ramificação da família Graminae, ou seja, o bambu é um gramíneo
gigante. Mas, assim como as árvores, o bambu é constituído por duas partes, uma aérea e outra subterrânea.

A parte aérea é chamada de colmo, sendo normalmente oca. A parte subterrânea é formada por rizomas e raízes.
Os colmos de bambu apresentam uma forma cilíndrica, são divididos internamente por nós transversais, que correspondem a nós
externos, de onde brotam ramos, folhas e em algumas espécies, espinhos. Estes diafragmas internos conferem ao colmo maior rigidez,
flexibilidade e resistência .
Entouceirante Alastrante

Fonte: Hidalgo (2003).


O colmo do bambu em qualquer espécie completa seu crescimento poucos meses após o surgimento do broto, alcançando
sua altura máxima em torno de 30 dias para as espécies pequenas e no máximo de 180 dias para as espécies gigantes. Eles
brotam anualmente na estação chuvosa. A partir de então, crescem cerca de 20 centímetros a 1 metro por dia (GHAVAMI, 1990),
dependendo da espécie. Os colmos das espécies alastrantes crescem mais rapidamente que os colmos das espécies
entouceirantes.

Fonte: Greco e Cromberg (2011).


cura
Cura pela água: este tratamento consiste em deixar os colmos armazenados por vários meses em um tanque com água, isto
diminui a quantidade de seiva e melhora sua resistência contra fungos e insetos. Depois disto, as varas precisam ser colocadas
para secar.
Normalmente uma plantação de bambu começa a ser explorada economicamente a partir do sexto ano após o plantio, quando os colmos
devem ter atingido as dimensões características de sua espécie.Os métodos de manejo são os mesmos tanto para os bambus
alastrantes quanto para os entouceirantes. O ciclo de corte pode ser de 3 a 4 anos, quando 70% das varas da plantação, devem ser
colhidas (principalmente as maduras). Deve-se deixar os 30% restantes para garantir a sustentabilidade da produção.
Se comparado ao concreto e ao aço, estudos mostram que a resistência à tração do bambu é elevada, podendo atingir até 370
Mpa, e onde a razão entre a resistência à tração do bambu e sua massa específica (s/g) é, mais do que 2,34 vezes aquela obtida
para o aço CA 50. Portanto, como elemento de tração, pode substituir o ferro, em certas ocasiões, e também a madeira como
estrutura de telhado ou em mobílias, além de possuir um processo de renovação mais rápido no meio ambiente e uma ótima
captura de CO2.(VITOR, Hugo S. M, 2008)
cura:
Cura na mata: Depois de cortado, o bambu é deixado na moita na posição vertical por 30 dias, longe do solo para diminuir a
quantidade de seiva. Este método aumenta a resistência dos colmos a brocas, mas não contra fungos e cupins.
cura
Cura pelo fogo: pode ser feita uma escavação de 30 a 40 centímetros no solo, colocando-se brasas no interior da vala. Depois,
deita-se as varas sobre a cavidade, apoiando-se as extremidades das varas para que elas fiquem na horizontal e não sejam
atingidas pelas chamas . Da mesma forma também pode-se usar um maçarico a gás, para aquecer as varas manualmente,
retirando-se assim a seiva.
Tratamentos:

As soluções podem ser, segundo Ghavami (1992, p.27):

• Solução de cobre – cromo – arsênico:

• Solução de ácido acético – cromo – cobre;

• Solução oleosolúvel (a base de combustível fóssil,


recomendada para caso de enterrar colmos no solo);

• Resinas sintéticas (recomendadas como impermeabilizantes


contra fungos).

Para estes produtos, os tratamentos podem ser:

• Por imersão: consiste em mergulhar as varas secas


desprovidas de galhos e folhas em solução oleosa e Método Boucherie – tratamento químico.
hidrossolúvel, quentes ou frias, por período de 12 horas;
Boucherie: atualmente considerado o método mais eficiente
• Por aplicação externa: consiste em aplicar a solução com para tratamento de bambu. Consiste na penetração da
pincel na superfície do bambu, em 2 ou 3 demãos; substância química com auxílio de dispositivo pneumático.
Assim a seiva é expulsa dos colmos por pressão e em seu
• Por capilaridade: consiste em acondicionar as varas em tambor lugar é inserido o produto preservativo.
com o preservativo. O produto químico penetra na vara por
capilaridade.
Dendrocalamus giganteus (Bambusa gigantea)

Descrição: Espécie de bambu gigante, verde com verde azulado


escuro.
Métodos de propagação vegetativa: corte do colmo, plantio do
rizoma, corte do ramo e macroproliferação das mudas .
Altura das varas: 24 a 60 m
Guadua angustifolia kunt
É o mais usado para a construção, é um bambu gigante (tem mais de 9m de altura) entouceirante que apresenta espinhos. Tem um
diâmetro que varia entre 9 e 20cm, a espessura média da parede do colmo é 1,8cm.
É encontrado geralmente em climas tropicais úmidos, seucrescimento diário pode ser de 12 cm e aos três meses de idade pode
atingir 80 ou 90% da sua altura definitiva, que pode ser entre 18-24m.
TIPOS DE CORTES DAS PEÇAS DE BAMBU

Fonte:LOPEZ(1981)
TIPOS DE CORTES DAS PEÇAS DE BAMBU

Fonte:LOPEZ(1981)
TIPOS DE AMARRAÇÕES E ENCAIXES

Fonte:LOPEZ(1981)
TIPOS DE CONEXÕES DAS PEÇAS DE BAMBU

Fonte:LOPEZ(1981)
Produção da “Esterilha e Bahareque.LOPEZ(1981)

TRANÇADOS DE BAMBU

Painel com“quincha”, respectivamente com tiras verticais e tiras


horizontais.Fonte:LOPEZ(1981)
BAMBOO SPORTS HALL

arquitetos:Markus Roselieb, Tosapon Sittiwong

Chiangmai Life Construction 2008

Tailândia
BRAÇADEIRAS
CONCURSO BAMBO
Internacional indireto
Sistema costrutuivo( grid shell)
Arquitetos: Roberto Bologna,
Fernando Barth, Chiara Moretti
e Denny Pagliai
Localização: Freedom Park, Phnom
Penh, Camboja
Materiais: Bambu local / Tela de
sombreamento, fornecedor local
Ano: 2017
Área Construída Bruta: 2400 m
Templo sem religião
Simon Velez- 2010
Colômbia
Pavilhão para o CAMBOO
Arquitetura paramétrica com
uso de logaritmo
Arquiteto :Luca Poian Forms
2017- Camboja
Green School
Location: Sibang Kaja,Bali
Client: Green School
Site Area: 45.000 sqm
Floor Area: 140 sqm
Bamboo Material Use
(structure): 7000 m’
Build Time: 4 months
Completion: May 2012
Arquiteto constrói casas de bambu em
Sergipe

http://g1.globo.com/se/serg
ipe/estacao-
agricola/videos/v/arquiteto-
constroi-casas-de-bambu-
em-sergipe/2609620 /
Casa del Arbol | Arq. Jaime Peña | Buga, CO
EMPRESAS ESPECIALIZADAS
EMPRESAS ESPECIALIZADAS

Brasília

SP

RJ
VANTAGENS
O cultivo e manejo de Guadua geram fontes de emprego permanentes no campo e permite construir também edificações
comunitárias a baixo custo.
− O desperdício de materiais é reduzido em comparação com a construção convencional.
− A tecnologia de construção com bambu existe e tem se desenvolvido intensivamente em países como a Colômbia, a
Costa Rica o Brasil e o Equador.
− O custo de uma construção com bambu é 30 a 40% menor do que uma realizada com materiais convencionais.
− Os estudos de resistência, preservação e secagem de Guadua para prolongar sua durabilidade estão respaldados por universidades
europeias e latino-americanas.
− A mão de obra para as construções com Guadua não precisa ser especializada, sendo necessário apenas um rápido treinamento. Só
15% da mão de obra precisa ser especializada: pedreiro, carpinteiro, etc.
− Não se utiliza equipamentos especiais de construção, como betoneiras.
− Os custos de corte e transporte do bambu são relativamente baixos.

VANTAGENS
− O bambu é um material de construção leve, que pode formar estruturas igualmente leves e flexíveis.
− A camada externa do córtex do bambu tem uma altíssima resistência à tração, que pode ser equiparada ao aço.
− − As paredes projetadas com bambu teriam menor condutividade térmica, melhorando o conforto no interior da habitação.
− Construções com bambu consomem menor quantidade de materiais cuja produção representa altos índices de energia como
o concreto e aço.
− O bambu é um produto vegetal endêmico da América do Sul, e de grande importância ambiental porque seu cultivo ajuda na
recuperação de terras degradadas, regula caudais hídricos, produz oxigênio e seqüestra CO2. Segundo Riaño et al. (2002, p.49) o
Guadua Angustifolia Kunth capta nos primeiros seis anos de crescimento 54 toneladas de CO2 por hectare (9 ton/ha /ano).
− O Guadua é um material que pode ser industrializado, substituindo com êxito as madeiras na construção, posto que o
desmatamento contínuo tem encarecido esse material.
O tempo de espera desde o plantio até o aproveitamento do bambu Guadua é de 5 anos, e não precisa ser plantado novamente.
DESVANTAGENS
−O comportamento estrutural do bambu pode variar muito dependendo da espécie, o lugar de plantio, a idade, o teor de
umidade, e a parte do colmo utilizada.
− A vulnerabilidade do material à exposição aos raios ultravioletas e à água, precisando de proteção durante todo o
processo de manejo, execução e manutenção do projeto.
− Sensibilidade do bambu ao ataque de fungos e insetos. Precisando de tratamento contra eles.
− A seção circular do colmo e facilidade com que pode rachar-se dificulta a execução de uniões, porque, ao contrário da
madeira não possui fibras transversais, logo possui pouca resistência a
esforços perpendiculares ao eixo longitudinal.
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