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TEMA: LINHAS DE INFLUENCIA

1 Introdução
O engenheiro raramente lida com estruturas que suportam apenas cargas fixas. Quase todas as
estruturas estão sujeitas a cargas que se movem alternadamente, de um lado para outro, ao
longo de seus vãos. Talvez as pontes com seu tráfego de veículos sejam os exemplos mais
nítidos, mas edifícios industriais com pontes rolantes podem pertencer à esta mesma categoria.

Cada elemento de uma estrutura deve ser dimensionado para as condições mais severas que
provavelmente a ele possam ser impostas. O engenheiro projetista coloca as cargas variáveis
nas posições onde produzirão essas condições. As posições críticas para a colocação das cargas
variáveis não serão as mesmas para todos os elementos. Em algumas ocasiões, pode-se
determinar por inspeção onde colocar as cargas variáveis de modo a se obter as forças mais
cruciais. Entretanto, em muitas outras ocasiões, será necessário usar determinados critérios ou
diagramas para encontrar os locais críticos. O instrumento mais útil para isso é a linha de
influência.

2 Definição de Linha de influência


Uma linha de influência pode ser definida como um diagrama cujas ordenadas mostram a
grandeza e a característica de algum efeito elástico (deslocamento, reação ou esforço seccional)
ou função da estrutura quando uma carga unitária se move ao longo dela. Cada ordenada do
diagrama fornece o valor do efeito elástico quando a carga ali estiver.

3 Linhas de influência de reações de vigas biapoiadas


As linhas de influência das reações de uma viga biapoiada são apresentadas na Figura 1. Em
primeiro lugar, considere a variação da reação do lado esquerdo, VL, quando a carga unitária se
move da esquerda para direita ao longo da viga. Quando a carga estiver aplicada diretamente
sobre o apoio esquerdo, VL = 1. Quando a carga estiver 0,60 m à direita do apoio esquerdo, VL
= 54/60, ou 0,9. Quando a carga estiver 1,20 m à direita do apoio esquerdo, VL = 48/60, ou 0,8
e assim por diante.

Os valores de VL são mostrados em intervalos de 0,60 m quando a carga unitária se move ao


longo do vão. Esses valores se situam em uma linha reta porque eles variam uniformemente
para intervalos idênticos de carga. Para cada intervalo de 0,60 m, a ordenada varia de 0,1.
4 Linhas de influência de esforços cortantes em vigas biapoiadas
Na Figura 2 são desenhadas em um gráfico as linhas de influência dos esforços cortantes de uma
viga biapoiada. É utilizada a seguinte convenção de sinais para o esforço cortante:

O esforço cortante positivo ocorre quando a soma das forças transversais à esquerda da seção
aponta para cima ou quando a soma das forças à direita da seção aponta para baixo.

Análogo à o que foi feito antes, calculou-se o esforço cortante a partir da posição sobre o apoio
VL. Quando a carga estiver à direita do apoio esquerdo e a uma distância infinitesimal à esquerda
da seção 1-1, o esforço cortante à esquerda é +0,8 – 1,0 = – 0,2. Se a carga se mover para uma
distância muito pequena à direita da seção 1-1, a soma das forças à esquerda da seção se tornará
0,8 apontando para cima; o esforço cortante é +0,8. Continuando a mover a carga ao longo do
vão em direção ao apoio da direita obtêm-se valores menores do que o valor do esforço cortante
na seção 1-1. A linha de influência do esforço cortante na seção 2-2 é desenvolvida da mesma
maneira.

Observe que a inclinação da linha de influência do esforço cortante à esquerda da seção em


questão é igual à inclinação da linha de influência à direita da seção. Essa informação é muito
útil para o desenho de outras linhas de influência de esforço cortante.

5 Linhas de influência de momentos fletores de vigas biapoiadas


As linhas de influência dos momentos fletores são apresentadas na Figura 3. Para relembrar, um
momento fletor positivo causa tração nas fibras inferiores da viga. Ele ocorre em uma
determinada seção quando a soma dos momentos externos de todas as forças à esquerda
estiver no sentido dos ponteiros do relógio ou quando a soma dos momentos à direita estiver
no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
Se a carga unitária estiver a 0,60 m do apoio esquerdo da viga, reação da esquerda será +0,9 e
a reação da direita será +0,1. O momento fletor na seção 1-1 pode ser encontrado calculando-
se os momentos à esquerda ou à direita da seção, conforme se segue:

Se a carga estiver na seção 1-1, a reação da esquerda será +0,8 e a da direita será +0,2. Assim,
os momentos fletores serão:

A principal diferença que os diagramas de esforços cortantes e de momentos fletores guardam


em relação às linhas de influência deve estar clara. Um diagrama de esforços cortantes ou de
momentos fletores mostra a variação do esforço cortante ou do momento fletor ao longo de
toda a estrutura para cargas fixas em uma posição. Uma linha de influência de esforço cortante
ou momento fletor, por outro lado, mostra a variação daquele esforço interno em uma seção
da estrutura causada pelo movimento de uma carga unitária de uma extremidade a outra da
estrutura.

6 Obtenção das linhas de influência por expressões analíticas


A determinação das expressões analíticas de linhas de influência é relativamente simples para o
caso de estruturas isostáticas. Neste caso, um enfoque baseado no equilíbrio explícito da
estrutura submetida a uma carga concentrada unitária pode ser utilizado para determinar as
linhas de influência. Tome por exemplo a viga biapoiada mostrada na figura:
Estas equações nada mais são do que as próprias expressões analíticas das linhas de influência
das reações de apoio, pois expressam a variação de VA e VB em função da posição z da carga
concentrada unitária.

A imposição direta do equilíbrio também pode ser utilizada para determinar as linhas de
influência do esforço cortante e do momento fletor em uma seção genérica S da viga biapoiada,
tal como mostrado na figura abaixo. Para isso, duas situações são consideradas, uma quando a
carga concentrada unitária está à esquerda da seção S e outra quando a carga está à direita:
7 Método cinemático para o traçado de LI (método qualitativo)
Nesse método, o traçado da linha de influência baseia-se no princípio apresentado por Müller-
Breslau. O princípio é o seguinte: O formato deformado de uma estrutura representa em alguma
escala a linha de influência de um esforço elástico como reação, esforço cortante ou momento
fletor se for possível que o esforço elástico em questão surja por meio de um deslocamento
unitário. Em outras palavras, a estrutura desenha sua própria linha de influência quando o
deslocamento adequado é aplicado.

Como exemplo, é analisada a linha de influência qualitativa para a reação da esquerda da viga
da Figura abaixo. A restrição do apoio da esquerda é removida e é introduzido ali um
deslocamento na direção da reação mostrada na parte (b) da figura. Quando a extremidade
esquerda da viga é levantada, a área entre a posição original e a posição final é a linha de
influência de VL segundo alguma escala.

As linhas de influência das reações da esquerda e da direita da viga da Figura 9.6 são desenhadas
de modo semelhante.

Como terceiro exemplo, é analisada a linha de influência do momento fletor na seção 1-1 da
viga da Figura abaixo. Esse diagrama pode ser obtido cortando-se a viga no ponto em questão e
aplicando-se momentos imediatamente à esquerda e imediatamente à direita da seção de corte,
conforme mostrado na ilustração. Na figura, o momento em cada lado da seção é positivo em
relação ao segmento de viga naquele lado da seção.
Para desenhar uma linha de influência qualitativa para o esforço cortante, a viga é cortada no
ponto em questão. É aplicada uma força vertical em cada lado do corte de modo que seja
aplicado um esforço cortante positivo, conforme mostra a Figura:

Resumindo, o procedimento para aplicar o princípio de Muller-Breslau é o seguinte:

1. Remova a restrição no ponto de interesse para a função de interesse. Isso significa que se a
linha de influência de uma reação for solicitada, simplesmente comece fingindo que o elemento
estrutural não está mais preso à reação em questão e esteja livre para girar em torno do outro
suporte. Se desejar a linha de influência de um momento, finja que o ponto em questão é uma
dobradiça e os dois lados subseqüentes podem girar em torno de seus suportes. Se a linha de
influência para cisalhamento é desejada, novamente finja que o ponto em questão é uma
liberação de cisalhamento, novamente onde ambos os lados podem girar em torno de seus
suportes.

2. Considere que a parte restante do elemento possui rigidez infinita, por isso é uma linha reta
livre para girar sobre o suporte.

3. Por fim, gire o que estiver livre para girar em sua direção positiva, mas apenas o suficiente
para criar uma deflexão de 1 unidade total. Isto significa que se a LI de momento estiver em
questão e uma dobradiça imaginária estiver dividindo o feixe em duas partes, os dois ângulos
criados entre cada lado rotacionado e o elemento original devem se somar a igual 1. Da mesma
forma, para LI de cortante, os dois lados terão direções opostas de rotação. Portanto, na
liberação de cisalhamento, o lado direito normalmente será girado para cima e o lado esquerdo
será girado para baixo, já que essa é a convenção de sinal para cisalhamento. O deslocamento
total deve ser igual a 1.
Na literatura, alguns autores (como Sussekind) consideram que a direção do deslocamento (ou
rotação) unitário inserido no elemento deve ter sentido oposto ao sentido positivo da reação
ou esforço analisado. A linha de influência é a mesma alterando-se apenas a posição da região
positiva e negativa da LI, isto é, LI positiva e negativa são representadas, respectivamente, nas
regiões inferior e superior da LI.

8 Uso das linhas de influência


Ter uma linha de influência de um esforço elástico em particular de uma estrutura torna
imediatamente disponível o valor do efeito elástico para uma carga concentrada em qualquer
posição da estrutura.

8.1 Cargas concentradas


Seja um conjunto de cargas constituído pelas cargas concentradas P1, ...,Pn e seja a linha de
influência da figura abaixo:

O valor do efeito produzido por uma das cargas concentradas Pi, a partir da definição definição
de linha de influência é Piηi. Pelo princípio de superposição dos efeitos, quando atuarem todas
as cargas, teremos , Es=∑ 𝑃𝑖𝜂𝑖. A viga da Figura 1 e a linha de influência da reação da esquerda
são usadas para ilustrar essa afirmação.

Uma carga concentrada de 1 kN colocada 1,2m à direita do apoio esquerdo faria com que VL
fosse igual a 0,8. No caso de uma carga concentrada de 175 kN ser colocada na mesma posição,
VL seria de 175 vezes maior, ou 140 kN.

O valor de um efeito elástico devido a uma série de cargas concentradas é obtido rapidamente
multiplicando-se cada carga concentrada pela ordenada correspondente da linha de influência
daquele efeito. Uma carga de 20 kN colocada 1,2m à direita do apoio esquerdo na Figura 1 e
também duas cargas de 30 kN colocadas, respectivamente, a 2,4 m e 0,6m à esquerda do apoio
direito faria com que VL fosse igual a (20)(0,8) + (30)(0,42) + (30)(0,6), ou 31kN.
8.2 Cargas uniformemente distribuídas
Seja, agora, o caso de uma carga uniformemente distribuída q, confirma indica a figura abaixo,
teremos:

Sendo Ώ a área, na linha de influência, sob a região ocupada pela carga (a esta área chamamos,
área de influência).

Quando atuarem cargas concentradas e distribuídas podemos escrever, adotando o princípio de


superposição de efeitos:

8.3 Determinação dos efeitos máximos de carregamento utilizando linhas de


influência

9 Conclusão

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