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Imagem de Andrew Solomon no vídeo “Como os piores momentos das nossas vidas nos tornam
quem somos”
“Estudioso de adversidades”, é como Andrew Solomon se apresenta no início do vídeo sobre a
relação entre as di culdades e os sofrimentos que vivemos e as identidades que criamos e podemos
criar para nós mesmos(as). Trazendo exemplos de experiências de pessoas que entrevistou e de
momentos que viveu, ressalta que falamos muito sobre a busca por “encontrar um signi cado”, mas,
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23/06/2019 Sobre as identidades e o prazer de inventá-las (não apesar das adversidades, mas a partir delas)
para expressar os processos transformadores que tantas pessoas vivem quando se fortalecem, a
de nição mais apropriada seria a de “criar signi cados”.
Desde criança, Andrew Solomon passou por experiências de discriminação, como apelidos,
ofensas, situações de rejeição.
Na adolescência, procurou algo que na época foi oferecido como “assistência sexual”: pessoas
que propunham como “tratamento” para a homossexualidade que os homens fossem “atendidos” por
mulheres a quem pagariam para que “aprendessem” a sentir prazer sexualmente da forma “correta”.
Naquele momento, parecia distante que a homossexualidade pudesse ser compreendida como
desassociada da culpa, da vergonha, do preconceito, da exclusão.
Andrew Solomon comenta como, no árduo processo de aceitação, parecia que a atitude mais
adequada, mais racional, mais madura, seria a de ver a homossexualidade como uma característica
neutra, que não precisaria ser negada, como nos esforços extremos por negá-la que passou, mas
também não precisaria receber ênfase, não precisaria ser exaltada. No entanto, com o tempo seu
pensamento mudou: no contexto atual, em que as formas de violência são tão incisivas e tão
presentes, a a rmação da homossexualidade como uma identidade, com o correspondente processo
criativo de receber força e transmitir força entre outras pessoas que se identi cam como
homossexuais, de ouvir histórias e compartilhar histórias, é muito importante, muito necessário e
muito inspirador.
Para tantas pessoas que, nos primeiros momentos em que reconhecem desejos e afetos hoje
estigmatizados, ouvir como há possibilidades alegres, prazerosas, de realização entre pessoas que
experimentam também esses desejos e afetos é um primeiro passo para imaginar um futuro em que
as múltiplas formas de se relacionar sejam valorizadas, não silenciadas ou impedidas.
Falar sobre a construção das identidades é falar sobre as possibilidades de vidas felizes que se
abrem não apesar do que sofremos, mas sim, pelos signi cados tão singulares que criamos que
criamos a partir do que sofremos, através do que sofremos.
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23/06/2019 Sobre as identidades e o prazer de inventá-las (não apesar das adversidades, mas a partir delas)
paciente, desde seus primeiros desejos, e experiências até a concepção que ele tem atualmente. (...)
O objetivo em uma tal terapia não será o de separar o paciente de sua homossexualidade, mas, ao
contrário, ajudá-lo a integrar essa em uma identidade completa e não mais fragmentada”
(Castañeda, 2007, p. 88).
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