Sie sind auf Seite 1von 10

204 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 13, NO. 1, JAN.

2015

A Method for SOA Maturity Assessment and


Improvement
C. F. Mazzarolo, V. A. Martins, A. A. Toffanello and R. S. Puttini

1Abstract— This work presents a model for corporate partir de uma revisão em 2005 que SOA obteve coerência
maturity assessment to evaluate and improve Service Oriented estrutural quando Erl [9] fundamentou sua aplicação por
Architecture (SOA) adoption. The model is designed by meio de princípios que estabelecem o entendimento de
parameterization of a best practices knowledge base in survey´s "orientação a serviços".
questions to support evaluation, planning and monitoring the
evolution of organizational maturity in SOA. The proposed Esses princípios alinham os objetivos estratégicos do
model is divided into several domains and is carried out inside
each domain qualitatively based on quantitative methods. Its
negócio com a contínua aplicação de tecnologia e suas
concept significantly extends the model The Open Group Service melhorias, estimulado pela existência de unidades
Integration Maturity Model (OSIMM), by allowing the direct individuais autônomas que realizam contextos funcionais
monitoring of all strategic goals and their fundamental practices únicos e podem ser agrupadas na forma de composições para
(service lifecycle and design principles). The application of the a realização de tarefas complexas, até a execução de todos os
model is supported by a software system that provides electronic processos de negócio.
questionnaires, described in a knowledge base and performs Assim, o nível de sucesso na adoção e uso de SOA está
classification of maturity through a heuristic method itself. The relacionado à transferência das capacidades de TI para os
analysis results provide information to managers, consultants processos de negócio. Porém, para que essa transferência
and IT professionals, to perform systematically adjustments of
SOA adoption and generate proposed tasks to obtain a desired
seja assertiva é necessário acompanhar e mensurar a
maturity stage. Therefore, this model proposes activities to melhoria de desempenho dos processos que seus serviços
stabilize a current state in SOA adoption, or even actions for atendem [16]. Nesse sentido, a adoção dessa arquitetura deve
achieving a higher level of SOA maturity through reference ser conduzida por meio de atividades governadas e
roadmaps. mensuradas, ([16], [17], [20]) com o propósito claro de se
obter o máximo retorno dos investimentos.
Keywords— SOA, Maturity Model, Quantitative Como resultado, este trabalho propõe um modelo para
Assessment. avaliação do nível de maturidade da aplicação de SOA nas
organizações, a partir da quantificação do grau de
I. INTRODUÇÃO transferência entre a TI e o negócio, na forma de um
framework que pode ser aplicado em ciclos sucessivos de

A RQUITETURA Orientada a Serviço - SOA (Service


Oriented Architecture) é entendida como um modelo
que busca maximizar a integração dos processos de
avaliação. O que se propõem nesse modelo é a mensuração
dos níveis de aplicação, da transferência entre a TI e o
negócio, e que a integração dos elementos - que suportam os
negócios com a infraestrutura de recursos de Tecnologia da princípios de orientação a serviços - sejam quantificados na
Informação (TI), na forma de componentes seguros e forma de controles, análogo ao que é aplicado junto ao
padronizados - usualmente webservices - que podem ser framework COBIT [14].
reutilizados e combinados para dar agilidade às rápidas Entende-se que o desafio enfrentado, em propor um
mudanças de prioridades do negócio [4]. modelo de maturidade para SOA baseado em controles, está
Como consequência, SOA transfere para o negócio essa em identifica-los e sistematizar a avaliação desses controles
capacidade de escalabilidade e evolução, oferecendo suporte de forma a atender as numerosas relações de
para as constantes necessidades de mudança nos processos interdependência ou de subordinação que esses têm entre si,
de negócio. Porém, para aplicação correta de SOA, é que é característico da correta aplicação dessa arquitetura.
necessária uma revisão dos princípios de gestão por Como resultado, entende-se que realizar atividades
processos, que implica não só no envolvimento das pessoas, visando a sintonia de cada requisito estabelecido como
mas em estabelecer uma boa comunicação e oferecer suporte controle junto aos seus correlatos ou dependentes é que
necessário para que todos os envolvidos possam lidar com as permite governar de forma eficaz o processo de adoção ou de
mudanças nos processos de negócio pelo uso de boas uso de SOA.
práticas na execução de seus serviços. Assim, as principais contribuições do modelo proposto
Presente nas discussões de TI desde os anos 80, foi a neste trabalho são de propor um arquétipo que permita
estruturar os controles em estratégias de análise em cada
1
C. F. Mazzarolo, Instituto Brasília de Tecnologia e Inovação (IBTI/UnB), domínio organizacional; rever a visão de avaliação do
Brasília, DF, Brasil, claynor.mazzarolo@ibti.net.br controle para assuntos afetos à competências distintas
V. A. Martins, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil, existentes na organização; e, oferecer revisão aos objetos de
valeriomartins@unb.br controle da maturidade em SOA já apresentados em outros
A. A. Toffanello, Instituto Brasília de Tecnologia e Inovação (IBTI/UnB),
Brasília, DF, Brasil, andre.toffanello@ibti.net.br modelos de maturidade para essa arquitetura ([1], [2], [4],
R. S. Puttini, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil, [5], [19], [22], [25], [32], [33], [35]).
puttini@unb.br
MAZZAROLO et al.: A METHOD FOR SOA MATURITY 205

Neste trabalho, o modelo proposto foi testado em uma Em geral, um modelo de maturidade é composto por uma
instituição de grande porte, em avaliações periódicas (2011, sequência de níveis, e representa um caminho de evolução
2012 e 2014). A aplicação do modelo permitiu avaliar a esperado, desejado, ou mesmo caminhos típicos em forma de
evolução do nível de maturidade em cada ciclos de adoção e estágios discretos.
uso da Arquitetura Orientada a Serviços, bem como identificar Ao longo dos últimos anos, uma variedade de modelos de
e projetar as ações necessárias para de evolução desta maturidade tem sido desenvolvida para apoiar a gestão de TI,
maturidade a um patamar desejado. sendo reconhecido como referência o modelo nominado de
Capability Maturity Model Integration - CMMI [6], [8].
II. CONCEITUAÇÃO Esse modelo estabelece estágios de maturidade, associados
com a capacidade de formalizar, mensurar e suportar a
A. Orientação a Serviço
otimização dinâmica dos processos de TI
O termo “Orientação a Serviço” tem sido usado em O modelo CMMI acomoda ainda múltiplas disciplinas, e é
diversos contextos no âmbito organizacional, em especial, flexível o suficiente para suportar duas representações
associado ao uso em Tecnologia da Informação. Porém, seu diferentes [6]. São essas as representações:
uso diverso - até mesmo além da fronteira da TI - tem a) Representação em Estágios: Provê uma sequência de
provocado uma profusão de conceitos que, embora não sejam cinco estágios de melhoria bem definidos, cada um servindo
antagônicos, exploram diferentes domínios do termo para como base para o próximo. Nessa representação, por ser
diferentes propósitos. pontual, a ordem de melhoria é rígida e os estágios são
Na sua definição atual [23], o fator estratégico do sucesso cumulativos e dependentes dos anteriores.
de SOA está baseado no alinhamento da arquitetura com os b) Representação Contínua: oferece maior flexibilidade, pois
objetivos e contexto de negócio da organização. Porém, em permite selecionar a área de processo a ser aperfeiçoada ou a
seus conceitos originais, o foco do uso de SOA era ordem em que as melhorias serão feitas. Também utiliza o
tecnológico [26], o que dificultava a visão da transferência conceito de níveis de capacidade para caracterizar a melhoria de
entre os recursos tecnológicos e as necessidades da arquitetura processos individuais [6].
dos processos empresariais. Como condutor de uma revisão na Assim, se observado sob a ótica de um ciclo contínuo de
arquitetura, de forma a organizar o conhecimento existente à melhoria, os dois modelos do CMMI podem se complementar
época, em 2005, Erl agrupou e condensou as práticas de na medida em que um modelo em evolução (em busca de um
projeto que valorizavam a orientação a serviços, formando o novo estágio) está relacionado à representação contínua;
alicerce de seu emprego por meio de oito princípios, que, enquanto a representação em estágio define uma posição estável
aplicados em conjunto, são fatores fundamentais para a correta ou em estabilização. O Quadro 1 ilustra o relacionamento entre
incorporação de SOA por uma organização com a aplicação os estágios do CMMI.
da Computação Orientada a Serviços [10].Porém, como um
modelo arquitetural, a aplicação de SOA se dá de forma
continuada, suportada por avaliações tempestivas que
patrocinam ciclos de melhoria contínua. Essas avaliações
buscam mitigar a possibilidade de fracasso na construção dos
elementos fundamentais dessa arquitetura.
Assim, o conceito de modelo de maturidade está associado
diretamente ao resultado dessas avaliações.
B. Modelos de Maturidade
Constitui-se de tarefa difícil avaliar a posição da TI em
relação a uma estratégia. Para cada aspecto da TI sob Quadro 1. Representação Contínua e em Estágios do CMMI v 1.3.
investigação, surgem questões que precisam ser medidas e
III. TRABALHOS RELACIONADOS
comparadas a referenciais específicos de boas práticas, a fim
de se quantificar a qualidade ou estabelecer um grau Reconhecida a importância de modelos de maturidade
específico de maturidade. Modelos de maturidade são como instrumento para a correta e ampla governança nas
ferramentas úteis para abordar essas questões [8]. iniciativas de adoção de SOA nas organizações, é natural a
Neste sentido, essas avaliações, quando associadas a um existência de diversos frameworks para a avaliação da
modelo referencial, são necessárias para compreender e maturidade na adoção e uso dessa arquitetura.
posicionar a maturidade de uma organização em provimento Desses frameworks, enquanto porção significativa de
de serviços ao longo do tempo, medida contra um conjunto- autores, a exemplo de [4], defende uma abordagem mais
padrão de definições, o que ainda possibilita o estratégica mediante mudanças organizacionais; outros focam
acompanhamento do processo de melhoria contínua dos uma investida mais técnica, principalmente no que se refere ao
elementos correspondentes na arquitetura empresarial [3]. gerenciamento do ciclo de vida de serviços, caso do modelo de
Assim, esses modelos de maturidade ajudam aos [2], que posteriormente foi incorporado pela [25].
elementos-chave da organização a reconhecer o seu ganho, Os trabalhos [7], [24], [27] e [34] elaboraram uma
isto é, quais e em quanto os objetivos de negócio são elevados comparação entre esses frameworks, na qual destacamos o
pelas mudanças em seu nível maturidade [18]; ou qual fator ou tratamento dos elementos de Governança SOA:
controle precisa de intervenção. • Alinhamento da TI aos requisitos do negócio [7], [19];
• Gestão do contexto do ciclo de vida do negócio [5], [32];
206 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 13, NO. 1, JAN. 2015

• Equilíbrio de custos e acompanhamento do ROI [7], [33]; No que se refere ao suporte quantitativo, a Fig. 1 ilustra a
• Suporte a tomadores de decisão [4], [33]; base do modelo proposto, demonstrando a relação dos
• Balanceamento e controle de riscos e oportunidades em domínios em controles, controles esses que são avaliados a
ambientes dinâmicos [7], [33]; partir de itens de avaliação por uma declaração explícita em
• Atendimento de pontos internos de conformidade e questionários.
externos de regulação [25]; Observa-se como resultado da Fig. 1 que o modelo de
• Foco no uso de padrões metodológicos [25], [30]; avaliação de maturidade SOA proposto segue um princípio de
• Gerenciamento do ciclo de vida dos serviços [2], [13]. estruturação top-down no qual a maturidade corporativa de
Os trabalhos de [7], [24], [27] apresentam as relações entre SOA pode ser estimada pelo nível de maturidade de cada
os modelos existentes e os domínios organizacionais, e domínio, e gerados e analisados através de controles,
identificam as características que afetam e/ou que são afetadas elementos efetivos de acompanhamento e medição que
pelos padrões de Governança SOA. representam a contribuição de determinada prática para
Contemporâneo a esses trabalhos, o The Open Group maturidade de um domínio.
apresentou em 2011 um modelo baseado no TOGAF, que
busca atender às necessidades de avaliação pelas
organizações [31]. O uso desse framework pode ser adaptado
de acordo com as necessidades da organização.
Ainda, no que se refere a qualificação do estágio de
maturidade, a partir da análise dos modelos citados,
observa-se que a identificação dos níveis de maturidade é
analisada segundo duas óticas:
a) Pela aderência em estágios de maturidade no uso de
tecnologia de serviços web no suporte à aplicação dos
princípios e paradigmas de SOA [2], [11], [13], [21], [29].
Assim, nesses referenciais estão impostas escalas que
envolvem o menor ou maior uso tecnológico SOA, ou menor
ou maior volume de seu uso;
b) Pela associação direta ou indireta a referência
tradicional de maturidade organizacional em TI (o CMMI)
[12], [15], [25] e seus elementos de avaliação. Dessa forma,
esses modelos de maturidade para SOA são afetos em
quantidade e forma de avaliação aos cinco níveis tradicionais
do CMMI [6].
Neste contexto, o modelo proposto neste trabalho analisa e
acompanha claramente o processo de evolução na escala de Figura 1. Arquitetura do Modelo de Maturidade Proposto.
maturidade, enquanto os trabalhos estudados buscam O nível de maturidade de cada controle é obtido pela
identificar apenas os estágios em que a organização se avaliação de itens associados nos questionários, que são
posiciona. Assim, essa lacuna está presente em vários organizados por domínio.
trabalhos, que não proveem mecanismo para acompanhar as Como já citado, além de alinhar através de um nível
etapas de evolução entre patamares distintos junto aos estágios qualitativo com a arquitetura, a estrutura proposta também
da representação do CMMI. permite governar o uso de SOA, através de roteiros de
referência, obtidos pelos resultados das avaliações dos
controles, agrupados por domínios em um determinado
IV. MODELO PROPOSTO momento.
A. Apresentação Dessa forma, mediante a execução sequenciada de roteiros
de evolução, com o ajuste dos pontos fortes e fracos existentes
O modelo proposto, em seu nível fundamental, é na adoção e uso de SOA, o objetivo organizacional de
semelhante às proposições existentes de avaliação de modelo estabilizar ou evoluir a arquitetura em relação a uma escala de
de maturidade: uma avaliação qualitativa, baseada em técnicas maturidade fica facilitado.
quantitativas e estatísticas, do nível de maturidade SOA dentro
de cada domínio organizacional. Porém, além de tratar o B. Níveis de Maturidade
acompanhamento ao longo de uma evolução entre níveis de Como a escala de maturidade do CMMI, com seus cinco
maturidade distintos, apresenta uma revisão das métricas junto estágios, é comumente usada para sustentar a avaliação de
a todos os modelos estudados, e foca nos objetos finalísticos a maturidade da TI em geral, diversos trabalhos anteriores já
serem analisados: os controles. Assim, o modelo prevê uma buscam estabelecer um mapeamento desse modelo de
estrutura hierárquica de domínios, controles e itens de avaliação de nível de maturidade para SOA [11], [29].
avaliação como uma solução para avaliar o resultado da O método proposto neste trabalho identifica os níveis de
adoção correta e integrada de SOA em seus estágios. maturidade, observando tanto a ótica dos estágios aderentes ao
uso da tecnologia no suporte à aplicação dos princípios e
MAZZAROLO et al.: A METHOD FOR SOA MATURITY 207

paradigmas específicos de SOA [15], como também a Observa-se que tanto para o aspecto de quantificação -
associação com o CMMI que é a referência tradicional de para qualificação do estágio de maturidade - quanto para o
maturidade em TI [28]. Porém, como o CMMI, suporta as aspecto de aderência, os resultados obtidos devem nortear a
duas representações diferenciadas de níveis de maturidade formação de dois roteiros distintos: de Evolução ou de
analisadas na sua definição: Representação em Estágio e Estabilização.
Representação Contínua [6]. Nessa ótica, este trabalho propõe Assim, levando-se em conta o critério pré-estabelecido de
uma revisão no conceito dessas representações a partir do que alinhamento dos níveis de conformidade com os princípios do
se observa na prática da aplicação de um ciclo contínuo de modelo de maturidade do CMMI, em sua versão de
melhoria organizacional. representação em estágios, foi elaborado um modelo que
Nesse ciclo, as melhorias contínuas podem ocorrer em permite a mensuração permanente do nível de maturidade e
duas situações distintas: quando uma melhoria está sendo possibilita a aplicação desse critério segundo a avaliação dos
aplicada para Evolução a um nível maior de maturidade, ou domínios a serem controlados pelo modelo proposto, a saber:
quando uma organização está empenhada na Estabilização de domínios e controles para análise.
um nível de maturidade que foi antecipadamente planejado. Na ótica de um modelo sequenciado, alternando estágios
Assim, compreendem-se como Estabilização as atividades de estabilização e em evolução (contínuo), tem-se então:
necessárias para que a organização possa estar completa e a) Estabilização da Iniciação em 1 (nível 1) – Inicial:
reconhecidamente aderente a um nível de maturidade definido, caracterizado por um planejamento intempestivo (ad-hoc)
isto é, onde os controles sejam matematicamente significativos da SOA.
para estabelecer esse nível. Já por Evolução, compreende-se b) Evolução de 1 para 2 (nível 1,5) – Em Gerenciamento: a
que a organização está em um estágio reconhecido como organização busca abandonar seu estágio inicial e caótico
aderente, e está realizando as atividades adequadas de pelo planejamento e estabelecimento dos requisitos iniciais
planejamento e execução para atingir um novo patamar de para SOA;
maturidade. c) Estabilização em 2 (nível 2) – Gerenciado: os processos da
Neste sentido, o modelo proposto neste trabalho adota a organização são planejados, executados, medidos e
escala de maturidade do CMMI - nas suas representações em controlados, e seus requisitos são gerenciados, os projetos
estágio e contínua - formando um único modelo contemplando são executados e geridos de acordo com os planos
passos intercalados de estabilização (em estágios) com documentados.
processos de evolução. A Fig. 2 ilustra esse entendimento. d) Evolução de 2 para 3 (nível 2,5) – Em Definição:
caracterizada pela expansão dos serviços pelo uso
exaustivo de SOA em projetos diários, visando à
construção de um portfólio de serviços, tendo como foco a
reutilização desses e a aplicação dos princípios de
orquestração dos mesmos.
e) Estabilização em 3 (nível 3) – Definido: nesse estágio, os
serviços estão proliferados junto a processos que são bem
caracterizados, compreendidos, e estão descritos em
normas, procedimentos, ferramentas e métodos.
f) Evolução de 3 para 4 (nível 3,5) – Em Quantificação
Gerenciada: nesse estágio iniciam-se atividades visando à
formação e ajuste de processos que permitem a
Figura 2. Representação em Estágios: Estabilização e Evolução.
mensuração efetiva dos resultados obtidos pela aplicação
O modelo proposto suporta uma indicação sequenciada de de SOA.
cada uma dessas situações: se a organização está preparada para g) Estabilização em 4 (nível 4) – Mensurado: caracterizado
promover uma Evolução ou está em um processo de pela medição e avaliação do impacto visível de SOA ao
Estabilização. Os princípios utilizados para avaliar esses eixos negócio, da extensão dos serviços para os processos de
consideram que a organização em processo de Evolução esteja automação de negócio, com a quebra dos silos na
aderente ao mínimo necessário do estágio precedente de organização.
Estabilização, pois esse será o nível de maturidade a ser h) Evolução de 4 para 5 (nível 4,5) – Em Otimização:
reportado pelo modelo. Assim sendo, o modelo proposto é caracterizado pela forte realização da capacidade de
adaptou a declaração de níveis tal qual exposto no Quadro 2. descoberta e, assim, SOA prolifera em toda a empresa.
i) Estável em 5 (nível 5) – Otimizado: o foco na medição é
Quadro 2. Níveis de Maturidade na Estabilização e na Evolução. estendido para como SOA é usado. Assim a medição
produz um processo de realimentação que suporta
melhorias, que inclui medidas não só de negócios.
Esse modelo, então, permite um contínuo ciclo de
evolução acompanhado de guias de evolução, quando
estabilizado em um estágio, ou de estabilização, quando em
um processo de evolução para novo estágio. O uso de valores
208 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 13, NO. 1, JAN. 2015

intermediários na representação ainda permite uma clara de soluções sistêmicas necessárias, a exemplo do uso de
associação quantitativa entre o modelo proposto e o CMMI. gerenciamento de requisitos, técnicas para estimativas,
gerenciamento de projetos e de processos de garantia de
C. Domínios
qualidade. Assim, esse domínio é representado pelo grau de
Dos modelos avaliados anteriormente, entende-se que o disciplina e métodos aplicados – regulados pela Governança
conceito de Domínio como agregador elementar para os SOA e estabelecidos em normas internas pela Governança
requisitos que são inerentes a avaliação de maturidade em Corporativa – e indica o uso de boas práticas em todas as
SOA. Para a formação da base de conhecimento do framework atividades subjacentes a TI (com foco nas práticas de SOA).
proposto se faz necessário declarar, então, o foco deste e) D05 – Aplicações e Arquitetura
trabalho na abrangência de cada domínio.
Focado no estilo e estruturação da aplicação (arquitetura
a) D01 – Negócio e Estratégia Organizacional de aplicações) e sua decomposição funcional, na
Focado na arquitetura corporativa – nas práticas e políticas reutilização, flexibilidade, confiabilidade e capacidade de
de negócio da organização, avalia como os processos de extensão da mesma, compreensão e uso uniforme de
negócios são concebidos, estruturados, implementados e melhores práticas e padrões, essencialmente naqueles com a
executados. Também analisa como os custos das capacidades mesma funcionalidade, através do uso de padrões de projeto
de TI são alocados por meio da organização, bem como se (design patterns) associados ao modelo de arquitetura de
tais capacidades favorecem a flexibilidade do negócio, referência da organização. É por meio desse domínio que é
agilidade organizacional e para melhoria dos indicadores do realizada a avaliação da qualidade dos serviços atuais e das
negócio. Inclui a estratégia de TI mediante a proposição de seu diversas camadas de serviços em SOA – a avaliação dos
valor, movendo-se para um nível mais alto de maturidade, estágios de adoção de SOA, tal como a eficiente
avaliando o devido alinhamento do negócio com a TI. decomposição de serviços (visando à reusabilidade do
b) D02 – Organização e Governança serviço), ausência de estado em serviços e desacoplamento das
regras de negócio, todos esses como facilitadores da
Trata-se do domínio focado na estrutura da organização em integração das aplicações organizacionais e no suporte à
si, analisa se estão sendo aplicadas as medidas necessárias de rápida mudança nos processos informatizados.
eficácia organizacional no contexto e governança de SOA,
associada à estratégia para adoção de SOA, bem como se estão f) D06 – Tecnologia e Infraestrutura
sendo planejadas as etapas para a adoção dessa arquitetura É o domínio que está focado na tecnologia e na
dentro dos limites da fronteira organizacional. Assim, esse correspondente infraestrutura disponível para SOA, que deve
aspecto está centrado na estrutura organizacional, processos e dar suporte às técnicas de interoperabilidade (uso de padrões
atividades, junto com as funções e habilidades necessárias para interoperáveis) e de soluções de mensageria necessárias para o
adotar uma estratégia orientada a serviços. Isso inclui os tipos e uso de SOA.
a extensão de competências, sua formação e educação g) D07 – Operação e Gerenciamento de TI
(capacitação em SOA) disponibilizadas dentro da organização.
A ótica de Governança e suas autoridades são associadas com Este domínio está focado na capacidade dos processos de
o gerenciamento formal de processos, de forma a manter as execução e gerenciamento da TI organizacional para suportar
atividades de TI alinhadas com as necessidades do negócio. SOA em destaque no gerenciamento dos seus serviços, no
gerenciamento eficaz da configuração dos ativos, e da
c) D03 – Informações e Modelos de Dados implantação e operação das atividades comuns de TI, entre
É o domínio que foca a forma como a informação é elas, o gerenciamento de incidentes, de eventos e o
estruturada, modelada, no método de acesso aos dados da monitoramento da infraestrutura.
empresa, na abstração do acesso de dados a partir dos aspectos
funcionais, na boa estruturação das características dos dados D. Controles, Questões e Itens de Avaliação.
organizacionais, nas capacidades de transformação de dados e O modelo proposto utiliza os resultados das respostas
de estabelecimento de padrões de integração de dados, no obtidas nos questionários para realizar tanto o cálculo de nível
correto manuseio de identificadores, nas credenciais de de maturidade por domínio, assim como para o
segurança, na gestão de conhecimento, nos modelo de dados e estabelecimento da situação e para a formação de roteiros de
metadados corporativos, e na correspondente integração de evolução e/ou estabilização para cada um.
informações do negócio, além do correto gerenciamento desse Como ilustrado anteriormente na Fig. 1, entende-se que
conteúdo (Governança de Dados). cada item de avaliação dentro de uma questão, tem um valor
d) D04 – Métodos e Práticas de métrica crescente associado a um nível de maturidade ou
faixa de níveis no qual o item é considerado aceitável. Assim,
Esse domínio observa a devida quantidade de métodos, se bem formulados, itens de avaliação representam faixas de
metodologias e melhores práticas utilizadas pela valores (mínimo e máximo) únicas e consecutivas no que
organização. Observa, então, o uso de métodos, princípios, envolve o atendimento de níveis de forma crescente (suas
padrões, frameworks e técnicas associadas à arquitetura faixas). Cada resposta dentro de cada questão é única,
orientada a serviços e no gerenciamento de serviços de TI. reforçando uma situação específica sobre cada controle
Trata, então, da maturidade organizacional na realização das estabelecido, porém uma ou mais questões podem se reportar
transformações necessárias ao negócio em todo o ciclo de à um mesmo controle. Esse aspecto de unicidade e de situação
vida de adoção de SOA, principalmente no desenvolvimento crescente dos itens de avaliação em faixas estabelece a base de
MAZZAROLO et al.: A METHOD FOR SOA MATURITY 209

formação das questões avaliativas, e assim tem estreita funcionais. Cada um desses questionários são persistidos em
correlação com o aspecto qualitativo do controle. bases de dados corporativas.
No estudo do comportamento da valoração dos controles,
B. Heurística de Avaliação
observa-se que esses podem ser estacionários durante níveis
sucessivos. Assim, os itens de avaliação dentro das questões Nesta etapa, os valores dos itens das questões coletados
que compõem cada controle devem refletir mensurações em são analisados observando os controles dispensados, e o
uma faixa de escala (limite inferior e superior). Como faixas tratamento das situações de múltiplas questões em um controle
de valores, pode-se entender que itens de avaliação são que tenham inter-relação por detalhamento de escopo ou por
representados pelos seus valores de mínimo e de máximo da escopo diferenciado. Esses valores estabelecem a
faixa ao qual foram estabelecidos. quantificação de cada controle dentro de cada domínio.
Porém, por tratar de faixas discretas, esses valores devem A realização dessa etapa provê os valores correspondentes
ser tratados com limites inclusivos de cada lado das faixas que para os controles, que são os reais objetos de avaliação e
representam, e assim as faixas nunca devem se sobrepor. mensuração do nível de maturidade dos domínios e que são
Ainda, alinhado com os princípios de personalizar o modelo as utilizados também para geração dos roteiros dessa
características da organização, alguns controles preveem estabilização/evolução. Nesse sentido, ao final da
situações nas quais possam ser desconsiderados quantificação dos controles tem-se uma situação de controles
intencionalmente, e assim não farão parte da avaliação. com pesos diferenciados que irão formar diversas situações de
análise de frequência.
V. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Assim, uma vez definido a distribuição de frequência dos
O processo de avaliação é associado a quatro passos com controles de um domínio, o modelo proposto realiza uma série
tarefas sequenciais distintas: a Coleta de Dados, a Heurística de avaliações heurísticas para determinar o nível de
de Avaliação, a Geração de Resultados e a Geração de Roteiro maturidade nesse domínio. A heurística desenvolvida baseia-
de Estabilização ou Evolução. se em um modelo de tomada de decisão multiatributo,
A Fig. 3 ilustra esses aspectos e aponta as atividades conforme demonstrado na Fig. 4.
necessárias para a realização integral do processo como
proposto, de forma a obter resultados em cada uma das
camadas da arquitetura (Fig. 1) e seu equivalente roteiro de
estabilização e/ou evolução, para o suporte a adoção contínua
e regular de SOA.

Figura 4. Fluxo da Heurística de Avaliação do Modelo de Maturidade.

Esse processo decisório fundamenta-se na análise de


frequência e sua correlação com as situações prováveis
identificadas durante o ciclo de adoção de SOA, com atenção
na busca de seu equilíbrio com suas importâncias relativas,
estabelecida na ótica de seus pesos, que é repassada ao modelo
heurístico pela combinação em cada controle do nível
identificado e o seu peso.
Assim, nessa etapa, os controles e seus pesos serão
utilizados na formação de um modelo de distribuição de
frequência a ser utilizada na etapa de valoração dos domínios,
Figura 3. Processo de Avaliação de Maturidade Proposto. que permite a análise da situação atual – de estabilização ou
A. Coleta de Dados evolução, para qualificação dos estágios de maturidade em
SOA e formação de roteiros de evolução para os controles que
O processo de Coleta de Dados trata da aplicação dos não se encontrem em conformidade – segundo a distribuição
questionários, associada a uma posição no tempo, e seu de frequência, em cada domínio.
registro, isto é, das respostas as questões associadas a cada
domínio em momentos intempestivos e sua persistência, que C. Geração de Resultados
consolida a imagem da situação de cada domínio dentro da
Então, como resultado da realização do processo decisório,
organização em determinado momento.
tem-se a valoração dos domínios na última situação informada
Pela realização do questionário de cada domínio de
em cada questionário, que se denomina "Nível de Maturidade
maneira intempestiva, garante-se a correta avaliação, aonde
Atingido" e um mapa da relação de cada controle com o nível
cada domínio pode evoluir distintamente. A atribuição de
de maturidade calculado para cada domínio. Tem-se, portanto,
responsabilidade do preenchimento de cada questionário deve
como saída inicial: a indicação da situação geral - em
ser confiada a responsáveis por diferentes posições dentro da
evolução ou em estabilização, a definição do nível atual em
organização, de acordo com a proximidade entre os princípios
cada domínio, e a apresentação de controles em séries
básicos de cada domínio e as devidas competências
históricas.
210 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 13, NO. 1, JAN. 2015

Assim, o valor calculado do "Nível de Maturidade mais estratégico do negócio (D01), que são seguidos do nível
Atingido" mostra em qual estágio a organização se encontra de governança e de informação (D02 e D03), passando pelos
no momento da avaliação em relação ao modelo proposto, e métodos e práticas utilizadas nas aplicações e estabelecidos
assim, suporta a observação das características percebidas na nos modelos arquiteturais (D04 e D05) até a ótica da TI e de
organização, quais são as vantagens e desvantagens, o que sua infraestrutura subjacente e as operações necessárias para
deve ser melhorado e o que está de acordo com as medidas mantê-la (D06 e D07).
aceitáveis dentro do modelo. Conforme ilustrado na Fig. 5, Considerada essa ordem lógica dos domínios, e se
além da apresentação textual do que é identificado como analisada através de um gráfico em colunas dos valores
situação de cada controle, outros recursos de representação obtidos para cada domínio, existem algumas situações
diagramática podem ser utilizados, tais como gráficos de específicas que podem ser obtidas e que permitem essa
radar. inferência preliminar. O Quadro 3 aponta e ilustra as possíveis
situações dos histogramas que podem ocorrer na relação entre
as valorações de nível de maturidade dos domínios.
Quadro 3. Situações Possíveis na Valoração da Maturidade dos Domínios.

Figura 5. Uso de Gráfico em Radar para Informação de Nível de Maturidade.

Em continuidade a análise dos modelos de representação, é


possível formar como saída um gráfico de múltiplas colunas
ou de múltiplas linhas dos controles por domínio, de forma a
suportar uma análise decisória específica da relação desses
com seu domínio, e assim permitir o estabelecimento de um
equilíbrio dos diversos controles em patamares adequados.
É esperada uma distribuição equilibrada dos controles,
tendo como meta a estabilização em patamares superiores
dos controles que foram considerados com maior peso.
A Fig. 6 ilustra as variações dos controles de um domínio no
tempo, o que permite, além da análise da posição de cada
controle, uma observação suplementar: se medidas foram
tomadas visando atenuar a disparidade entre os controles.

Figura 6. Uso de Histograma nos Controles de um Domínio no Tempo.


D. Geração de Roteiros de Estabilização ou Evolução
Ainda como consequência dos resultados obtidos na
análise dos níveis atingidos entre cada domínio, aspectos da O modelo proposto oferece a construção dinâmica de
cadeia funcional das organizações devem ser observados. roteiros de referência (roadmaps) associado ao nível de
Como existem diversas dependências entre níveis de maturidade – estabilização e/ou evolução – realçando os
maturidade em domínios diferenciados, as prováveis variáveis pontos fortes e fracos existentes em relação a uma escala
entre os valores alcançados em cada domínio e seus valores evolutiva da adoção de SOA por uma organização (pela
subjacentes podem possibilitar uma inferência do observação dos valores obtidos em cada controle).
comportamento da organização perante o processo de adoção O processo de geração dos roteiros de evolução envolve a
ou de uso de SOA. análise controle a controle do que é definido como atividades
Na proposição de domínios apresentada neste trabalho, sequenciadas do seu valor calculado (do controle) em relação
observa-se uma associação direta da lista de domínios ao valor almejado. Essa análise, apenas envolve os controles
declarada e a arquitetura empresarial, iniciando-se no nível que estão com valor menor do que o valor do “Nível de
MAZZAROLO et al.: A METHOD FOR SOA MATURITY 211

Maturidade Almejado”, tendo como foco controles que A Fig. 8 apresenta a evolução do índice de maturidade, em
possam estar com alto grau de dispersão a menor do valor cada domínio, nas avaliações realizadas.
estabelecido pelo domínio. Esses controles claramente a
menor apontam situações consideradas críticas para
tratamento emergencial e efetivo da Governança SOA.
Nesse sentido, o modelo constrói a série de atividades
necessárias, utilizando-se de declarações existentes em cada
controle dos requisitos necessários para atingir o próximo
nível, no que se refere ao escopo do controle.
VI. VALIDAÇÃO DO MODELO
Visando a suportar a validação do framework proposto, o
modelo foi aplicado e ajustado através de uma abordagem de
casos de uso múltiplo, em cenários comuns e simulações em
casos limites, ajustando, assim, a visão quantitativa do modelo
através de métodos de indução.
Os casos de uso múltiplos foram realizados em uma
instituição com características de celeridade em mudanças e Figura 8. Evolução da Maturidade entre Domínios.
princípios organizacionais, a saber: o Ministério da Saúde do
Brasil (MS): O modelo foi aplicado durante execução dos Como exemplo de análise, observa-se na Fig. 6 que houve
projetos de Estruturação da Adoção de SOA (2011-2012) e da uma evolução continuada e consistente dos índices de
Estruturação do Centro de Excelência SOA do MS (2013- maturidade em todos os controles do domínio Informação e
2014). Modelos de Dados. Por outro lado, da Fig. 7, depreende-se
No que se refere a esse projeto no Ministério da Saúde do que no domínio Organização e Governança, a evolução de
Brasil, o método pôde ser aplicado em três momentos alguns controles foi inexistente em toda a série. Ao analisar o
diferentes do processo de adoção: 2011, 2012 e 2014. Desse efeito desses fatores na comparação entre todos domínios
modo, é possível analisar a evolução da maturidade na (Fig. 8), percebe-se uma pequena evolução do domínio
arquitetura dentro dessa organização ao longo do processo de Organização e Governança em relação aos demais domínios.
adoção de SOA. Assim, o uso do modelo proposto permitiu a Desse modo, o modelo permite indicar claramente uma
análise de séries temporais de domínios e controles. necessidade de realinhamento completo desse domínio face
As Fig. 6 e 7 apresentam resultados comparativos da aos patamares obtidos em outros domínios.
avaliação de maturidade, para alguns dos domínios e seus Outra análise possível é a observação do incremento de
respectivos controles avaliados (não são apresentados todos os maturidade, ao longo do tempo, nos domínios arquiteturais e
domínios por limitação de espaço): tecnológicos (Fig.8). De fato, houve investimento significativo
em tecnologia e infraestrutura ao longo dos anos no MS. Assim,
a aplicação do modelo permitiu evidenciar os efeitos do
investimento realizado. Entretanto, esse investimento não foi
acompanhado de ações de estruturação no que se refere aos
quesitos estratégicos. Pode-se classificar, portanto, o programa
de adoção de SOA do MS como sendo de natureza técnica e
operacional, sem o devido patrocínio do negócio (Quadro 3).
Essa percepção é válida na visão dos analistas e experts que
trabalharam no projeto e pode ser demonstrada
Figura 6. Evolução do Domínio Informações e Modelos de Dados. quantitativamente com o uso do método proposto.
Acerca da Fig. 8, da última situação analisada (2014),
pode-se inferir que a organização está próxima de ser
considerada em evolução para um patamar 2 de maturidade, e
deve dar prioridade aos domínios de Organização e
Governança, e de Métodos e Práticas. O modelo pode gerar
ainda os roteiros de evolução necessários à estabilização da
maturidade organizacional em nível 2. Neste caso, o modelo
proposto ignora o domínio de Tecnologia e Infraestrutura
(nível 3), que se apresenta além das necessidades combinadas
dos outros domínios.
Para ilustrar os roteiros de evolução, a Fig. 9 apresenta as
atividades necessárias para atingir se estabilização no nível 3
para o domínio Informações e Modelos de Dados, a partir da
última avaliação realizada (2014, Fig. 6).
Figura 7. Evolução do Domínio Organização e Governança.
212 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 13, NO. 1, JAN. 2015

REFERÊNCIAS

[1] ACCENTURE. ACCENTURE SOA Diagnostic. 2007. Disponível


em: <http://www.accenture.com/us-en/Pages/service-technology-soa-
overview. aspx.> .Acesso em: 14 mar. 2013.
[2] BEA. BEA Evolution`Model. 2006. Disponível em:
<http://soablueprint.com /yahoo _site _admin/assets/docs
/SOAEvolutionModel.291100753.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.
[3] BECKER, J.; KNACKSTEDT, R. Developing Maturity Models for
IT Management – A Procedure Model and its Application. In: BISE -
Research paper, Business & Information Systems Engineering. 3 March,
2009.
[4] BIEBERSTEIN, N. et al. Service Oriented Architecture (SOA)
Compass Business Value, Planning, and Enterprise Roadmap. IBM Press,
USA, 2005.
[5] BRAUER, B., KLINE, S. SOA Governance: a key ingredient of
the adaptive enterprise. HP, 2005. Disponível em:
<http://www.managementsoftware.hp.com/
products/soa/swp/soa_swp_governance.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.
Figura 7. Roteiro de Evolução do domínio Informações e Modelos de Dados .
[6] CARNEGIE MELLON SOFTWARE ENGINEERING
INSTITUTE. CMMI for Development Version 1.2. Carnegie Mellon, August
Cabe citar que a validação do framework se deu em uma 2006. Disponível em: <CMMI for Development Version 1.2.pdf -
análise mais detalhada, além as situações elencadas neste http://repository.cmu.edu/sei/387/>. Acesso em: 9 fev. 2013.
[7] DAHLBERG, T.; KIVIJARVI, H. An Integrated Framework for IT
tópico, em relação à realidade observada pelos analistas no Governance and the Development and Validation of an Assessment
escopo dos dois projetos citados e com o uso dos resultados Instrument. 2006.
apresentados pela ferramenta desenvolvida. [8] DE BRUIN, T. FREEZE, R. KAULKARNI, U., ROSEMANN, M.
2005. Understanding the Main Phases of Developing a Maturity Assessment
VII. CONCLUSÕES Model. In Campbell, B, Underwood, J, & Bunker, D (Eds.) Australasian
Conference on Information Systems (ACIS), November 30 - December 2
Entende-se que para a correta adoção da Arquitetura 2005, Australia, New South Wales, Sydney. Disponível em:
Orientada a Serviços a governança SOA deve garantir a <http://eprints.qut.edu.au/25152/>. Acesso em: 10 jan. 2013.
capacidade, a agilidade e a integridade do modelo arquitetural [9] ERL, T. Service-Oriented Architecture: Concepts, Technology,
and Design. Prentice Hall, USA, 2005.
que essa governa, levando em consideração os diversos [10] ERL, T. SOA: Design Patterns. Prentice Hall, USA, 2008.
aspectos para o funcionamento confiável de seu processo: [11] GARTNER. GARTNER's Roadmap to SOA. 2009. Disponível em:
a partir da definição de uma adequada estratégia baseada em <https://www.gartner.com/doc/1405618>. Acesso em: 8 jan. 2013.
metas e prioridades. [12] HP. HP SOA Maturity Model. 2006. Disponível em:
<http://people.ischool. berkeley.edu/~glushko/SSME-Lectures-
Como o grau de complexidade envolvido nessa Fall2006/Assess-SOA.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.
governança, e pela necessidade de retenção de dados [13] IBM. IBM SOA. Service Integration Maturity Model - SIMM.
históricos, entende-se ser importante que se automatize 2005. Disponível em: <http://www.ibm.com/developerworks
essa necessidade de gestão do nível de maturidade ao longo /webservices/library/ws-soa-simm/>. Acesso em: 18 fev. 2013.
[14] ISACA. Cobit 5 Laminate. 2012. Disponível em:
do tempo, para obter um referencial quantificável e <http://www.isaca.org/COBIT/Documents/COBIT5-Laminate.pdf>. Acesso
qualificável do estágio de sua adoção em determinado em: 7 fev. 2013.
momento organizacional. [15] ITANA. SOA WORKING GROUP. Disponível em: <
É a análise detalhada dos resultados específicos dos https://spaces.internet2.edu/ display /itana/SOA+Working+ Group>. Acesso
em: 20 fev. 2013.
controles dentro de cada domínio que dá garantia ao [16] JANIESCH, C., KORTHAUS, A., ROSEMANN, M.
atingimento dos benefícios que advêm da aplicação correta Conceptualization and Facilitation of SOA governance. In: Proceedings of:
dos SOA. É a valoração dos controles que informam o ACIS 2009: 20th Australasian Conference on Information Systems , 2-4
potencial de aplicação dos princípios propostos por Erl, December 2009, Monash University, Melbourne.
[17] JOSUTTIS, Nicolai M. SOA in Practice. 1.ed. Sebastopol: O'Reilly
observados também outros elementos tecnológicos e de Media, 2007.
operação de TI comum entre os diversos modelos de [18] KREGER, H; CARRATO, T.; ARSANJANI, A.; SZAKAL, A.;
maturidade estudados. É pela observação do equilíbrio dos DIAZ, J.; HOLLEY, K. IBM Advantage for Service Maturity Model
controles que é possível o suporte à identificação dos pontos Standards. Disponível em: <http://www.ibm.com
/developerworks/webservices/library/ws-OSIMM/index.html>. Acesso em: 9
falhos que inibem os benefícios estratégicos. fev. 2013.
O pressuposto do modelo apresentado neste trabalho é de [19] LUFTMAN, J. Assessing Business-IT Alignment Maturity -
que com o uso coordenado de controles agrupados em Strategies for Information Technology Governance - Chapter IV. Disponível
domínios específicos seja possível administrar e gerenciar a em: <http://books.google.com.br /books?hl=en&lr=&
id=IleHOs41iIMC&oi=fnd&pg=PA99&dq=luftman+2004&ots=wV3CFKlB
adoção de SOA em estágios contínuos de evolução e N&sig=mvs4YgDNex-NFfpDfoQ35qbjCRA#v=onepage&q=luftman%20
estabilização. 2004 &f= false>. Acesso em: 7 jan. 2013.
Sobretudo, como estabelecido no modelo proposto, [20] MARKS, E. Service-Oriented Architecture Governance for the
qualquer processo de avaliação de maturidade SOA deve Services Driven Enterprise. John Wiley& Sons, Inc. New Jersey, USA, 2008.
[21] MICROSOFT. MICROSOFT Services Assessment and Roadmap
prover um suporte adequado a melhoria de processos através for Service Oriented Architecture. 2007. Disponível em:
de um processo de realimentação desses resultados pela http://www.microsoft.com/en-us/download /details.aspx?id=10486. Acesso
construção de guias dinâmicos baseados nos controles que em: 23 jan. 2013.
estão, em determinado momento de maturidade, inadequados [22] MITRA, Tilak. A case for SOA governance: IBM developer works
technical library. August. 2005.
à uma maturidade atual ou almejada.
MAZZAROLO et al.: A METHOD FOR SOA MATURITY 213

[23] NATIS, Y. SSA Research Note SPA-401-068, 12 April 1996, documento e business intelligence. atua atualmente em projeto no
'Service Oriented' Architectures, Part 1" and SSA Research Note SPA-401- ministério da justiça no suporte consultivo em arquitetura de serviços e
069 , 12 April 1996, "'Service Oriented' Architectures, Part 2". Gartner. infraestrutura para o projeto registro de identidade civil - ric.
[24] NIEMANN, M. Towards a Generic Governance Model for
Service-oriented Architectures. In Proceeding of the fourteenth Americas André Amaro Toffanello, mestre em engenharia elétrica na universidade
conference on information systems. Toronto, Canada, 2008. Disponível em: de brasília - 2012, pós-graduado em redes de computadores
<http://www.joint-research.org/wp-content/uploads/2011/07/NER+08.pdf>. pela união educacional de brasilia - uneb (1996). possui 18
Acesso em: 8 jan. 2013. anos de experiência como empreendedor e pesquisador da
[25] ORACLE. Oracle SOA Maturity Model. 2007. Disponível em: área de tecnologia da informação com foco em gestão de tic;
<http://www.oracle.com/us/technologies/soa/oracle-soa-governance-best- computação orientada a serviço, business inteligence e cloud
practice-066427 . pdf>. Acesso em: 10 fev. 2013. computing. atualmente desenvolve doutorado na área de conhecimento da
[26] PAPAZOGLOU, M. P.; TRAVERSO, P.; DUSTDAR, S.; computação distribuída na universidade de brasília. exerce atividades de
LEYMANN, F. Service-Oriented Computing: State of the Art and Research pesquisa, desenvolvimento e implementação de soluções tecnológicas para
Challenges. Computing & Processing (Hardware/ Software). Volume 40, automação de processos de negócio, aplicando boas práticas para gestão de
Issue: 11. IEEE Computer Society. Nov. 2007. infraestrutura e gestão de tic e automação de processos através da
[27] RACZ, N.; WEIPPL, E.; SEUFERT, A. Governance, Risk & abordagem por arquitetura orientada a serviços. atuou no cargo de
Compliance (GRC) Software - An Exploratory Study of Software Vendor and coordenador geral de sistemas internos de gestão do datasus, posteriormente
Market Research Perspectives. In: Proceedings of the 44th Hawaii como assessor do diretor de tecnologia da universiade de brasilia,
International Conference on System Sciences - 2011. pgs 1530-1605. IEEE. ampliando significamente os resultados da ti para estas organizações.
[28] SONIC. SONIC SOA Maturity Model. 2005. Disponível em: coordenou grandes projetos de pesquisa pela universidade de brasília, cito
<http://soa.omg.org/Uploaded Docs/SOA/SOA_Maturity.pdf> Acesso em: 7 os mais recentes, anvisa - no desenvolvimento de método para o
jan. 2013g. desenvolvimento e implantação de plano diretor de tecnologia da
[29] THE OPEN GROUP. Open Group Service Integration Maturity informação; anvisa - desenvolvimento de pesquisa para aplicação métodos
Model - OSIMM. 2009. Disponível em: para implantação de arquitetura orientada a serviços; ministério da saúde -
<https://collaboration.opengroup.org/projects/osimm/>. Acesso em: 31 jan. desenvolvimento de pesquisa para implantação de arquitetura orientada a
2013. serviços.
[30] THE OPEN GROUP. SOA Source Book - Current Edition.
Documento G102. Publicado pelo The Open Group, Agosto de 2011. Prof. Ricardo Puttini is associate professor in the electrical
Disponível em <http://www.opengroup.org/soa/source-book/intro/index.htm>. engineering department at university of brasilia (brazil). he
Acesso em 18 out. 2012. holds a phd (2004) in distributed systems and msc. (1997) in
[31] THE OPEN GROUP. THE OPEN GROUP SERVICE telecommunications. dr. puttini has acted as senior it
INTEGRATION MATURITY MODEL - OSIMM. Technical Standard consultant and c-level advisor for 10+ years. he has worked
Version 2. ISBN: 1-931624-99-2. Documento C117. publicado pelo The Open in several projects across multiple governmental
Group, Outubro 2011. organizations in brazil. recently, he has co-authored the book "cloud
[32] WEBMETHODS. SOA Governance - Enabling Sustainable computing: oncepts, technology and architecture" (http://
Success with SOA. 2006. Disponível em: http://servicetechbooks.com/cloud), published by prentice-hall 2013. as a
<http://www.cioindex.com/channels/enterprise_architecture /article researcher, dr. puttini has worked at established it research groups in brazil,
/articleid/1091/enabling-sustainable-success-with-soa.aspx>. Acessoe m: 9 france and sweden, published 40+ papers, and spoken in several it
jan. 2013. conferences around the world. his areas of expertise and interest includes
[33] WEILL, P.; ROSS, J. W. IT Governance - How Top performers distributed systems and applications, specially service orientation and cloud
Manage IT Decision Rights for Superior Results. Cambridge. Harvard computing.
Business School Press, 2004.
[34] WELKE, R.; HIRSCHHEIM, R.; SCHWARZ, A. Service-
Oriented Architecture Maturity. Revista Computing Now. IEEE Computer
Society. Feb. 2011.
[35] YAWALKAR, S. HP Service-Oriented Architecture Maturity Self-
Assessment Report. CTS by Hewlett-Packard Company. September 18, 2007.
Disponívelem<http://www.nyu.edu/classes/jcf/g22.3033-
003_fa09/handouts/HP-SOA-Assessment Report.pdf> Acesso em: 12 jan.
2013.

Claynor Fernando Mazzarolo, possui graduação em


administração de empresas pela universidade tecnológica
federal do paraná – utfpr (1986), pós graduado pela fae
business school em finanças (1996), mestrado em
engenharia elétrica pela universidade de brasília (2010),
estudante do programa de doutoramento em engenharia elétrica na
universidade de brasília. líder do projeto e implementação do parque
tecnológico de pato branco (1997 a 2000); participação e planejamento do
parque tecnológico de posadas (argentina). foi coordenador executivo do
lactec – instituição de p&d, em curitiba (2003 a 2004), presidente do
sergipe parque tecnológico (2004 a 2007). atualmente é diretor presidente
do instituto brasília de tecnologia e inovação – ibti, com foco em
tecnologias de informação e comunicação. autor e co-autor de vários artigos
relacionados à inovação tecnológica.
Valerio Aymoré Martins, possui graduação em engenharia
pela universidade do estado do rio de janeiro (1988). tem
experiência na área de ciência da computação, com ênfase
em sistemas de informação. aluno de doutorado desde 2013.
mestrado concluído em engenharia de elétrica e de
telecomunicações pela unb em 2012. professor substituto e bolsista da unb
que atuou em projetos do ministério do planejamento em pesquisa,
elaboração e avaliação de modelos de gerenciamento eletrônico de

Das könnte Ihnen auch gefallen