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CAMPINAS
2015
i
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO
ASSINATURA DO ORIENTADOR
______________________________________
CAMPINAS
2015
iii
iv
v
vi
RESUMO
vii
viii
ABSTRACT
YOKOTA, Alessandra Akemi. Target Costing application in the design process of social
housing. Campinas, 2015. 202 p. Master Thesis – Civil Engineering Post Graduation Programme
of the University of Campinas.
In the Target Costing (TC) approach, cost is regarded as an initial input to guide the Design
Process considering cost, quality requirements and product performance from the end-users and
client’s perspective in order to improve the product through competitiveness and innovation. The
main purpose of this study is to apply Target Costing in the design process for social housing in
Brazil by using Wood Frame system. In the Brazilian context, the current social housing
provision is supported by the Governmental Program called “My House, My Life” (MHML). In
this research, the MHML program will be discussed to deliver Wood Frame houses under the TC
approach. Based on the Design Research Approach or Constructive Research, the study seeks to
apply the TC to further identify theoretical contributions from the results obtained from its
application. Supporting techniques and tools from Value Methodology were properly used to
deliver the TC application assisting the cost estimation and decision making. It also aims to
identify the difficulties and opportunities for the TC application in this context. The cost data was
provided by a Brazilian company specialized in Wood Frame to estimate the initial cost of the
product. The design process was developed by a research team including architects, civil
engineers, contractors and suppliers. As outcome, the proposed application presents an
instantiation for the TC application. Furthermore, the results indicates some directions for
possible improvements from the end-users’ wants and needs in order to fulfil such requirements
due to cost controlling. The prescriptive study offers novelty for the TC studies in the
construction sector and identifies some gaps related to the Target Costing in Social Housing with
the aim to accomplish future studies.
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SUMÁRIO
xiii
xiv
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste
trabalho, em especial:
Aos meus pais Maria Ofélia Ribeiro e Celso Yokota e a minha irmã Isabella Yokota, que sempre
me apoiaram incondicionalmente;
Ao Professor Dr. Ariovaldo Denis Granja pela dedicação como orientador durante o período do
meu mestrado;
À prof. Dr. Ercilia H. Hirota pelo incentivo ao início de minha vida acadêmica e por expandir as
Melbourne, e Prof. Dra. Ercilia Hirota, da Universidade Estadual de Londrina, pela oportunidade
Ao grupo de pesquisa ZEMCH Brasil que, com prontidão, sempre esteve disposto a compartilhar
profissionais;
Aos amigos do grupo de pesquisa, Joyce A. Ruiz, Reymard Savio S. de Melo, Carolina A. Oliva
Aos professores Dra. Marina S. O. Ilha e Dr. Márcio M. Fabrício pelo enriquecimento na fase de
xv
xvi
“The crises we face today are created by humans. And what can be created by
humans can be changed by humans. So, we are all capable of transforming our world”.
Satish Kumar
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LISTA DE FIGURAS
xxi
xxii
LISTA DE QUADROS
xxiii
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 4-1: Índice Geral de Importância para HIS no Estado de São Paulo – CDHU-SP .......... 59
Gráfico 4-2: Gráfico Compare – Consumo de recursos X Necessidades Relativas ...................... 66
Gráfico 6-1: Gráfico Compare “Consumo de recursos X Necessidades Relativas” - Exemplo de
aplicação ........................................................................................................................................ 96
Gráfico 7-1: Resultado Final do Índice Geral de Importância (IGI) – COHAB-LD - Londrina/PR
..................................................................................................................................................... 102
Gráfico 7-2: Gráfico COMPARE ................................................................................................ 137
xxv
xxvi
LISTA DE EQUAÇÕES
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xxviii
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
CM – Custeio-Meta
CP – Custo de Produção
FB – Funções Básicas
FS – Funções Secundárias
xxix
FSN – Funções Secundárias Necessárias
MV – Metodologia de Valor
OI – Oportunidade de Intervenção
PMerc (PMCMV-E) – Preço de Mercado do Programa “Minha Casa, Minha Vida” - Entidades
PR – Porcentagem Relativa
xxx
1. INTRODUÇÃO
um crescimento significativo desde o êxodo rural na década de 60, chegando a representar mais
de 80% do total da população domiciliadas em áreas urbanas no ano 2000 (CAIXA, 2011). Este
fenômeno agravou os problemas habitacionais devido à pressão sofrida nos maiores centros
Para combater ao alto déficit habitacional, o Governo criou programa “Minha Casa,
Minha Vida”, no ano de 2009, com o objetivo de promover a produção ou aquisição de novas
financiamento da habitação para faixas de renda específicas da população (CAIXA, 2014). Tem
de imóveis urbanos para famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00 (BRASIL, 2013).
O programa “Minha Casa, Minha Vida” estabelece um valor fixo para subsídio de
habitação1 que varia de acordo com o Estado/Localidade e tipologia2 (BRASIL, 2013), atendendo
a três faixas, sendo a faixa 01 voltada para faixa mais carente da população, para famílias com
renda mensal até R$ 1.600,00, a faixa 02 voltada para famílias com renda mensal até R$ 3.275,00
Atualmente, o Programa “Minha Casa, Minha Vida” vem enfrentando dificuldades na sua
promoção devido ao atual contexto mercadológico brasileiro (PINI, 2012) e se tornando pouco
O desinteresse em atuar na faixa 01 do programa ocorre devido ao fato de que este nicho
de mercado não é financeiramente atrativo para as grandes construtoras e, por outro lado,
pequenas construtoras não possuem capacidade técnico-financeira para gerenciar grandes obras
(CBIC, 2014).
habitação popular precisa sofrer correção de preço anualmente para combater este problema
construtores têm optado por não operar dentro do programa para a faixa 01, mais carente,
reenquadrando estes projetos na faixa 02 onde o valor do subsídio é maior (CBIC, 2014; PINI,
2012).
do valor do subsídio fornecido pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” para combater a
também previamente estabelecidos (JACOMIT; GRANJA, 2011). Tais parâmetros são definidos
a partir do mercado e dos requisitos no ponto de vista do usuário-final e utilizados como dados de
entrada para o processo de projeto (COOPER; SLAGMULDER, 1997; NICOLINI et al., 2000).
2
rentabilidade (COOPER; SLAGMULDER, 1997), permitindo o controle de preço e custo do
SLAGMULDER, 1997).
entrega de nova tecnologia para habitação, no sistema pré-fabricado em Wood Frame para o
PMCMV-E, atualmente aprovada pela Diretriz SINAT nº 005, intitulada “Sistemas construtivos
Sistemas leves tipo Light Wood Framing” (BRASIL, 2011; ESPINDOLA, INO, 2014).
(PMCMV-E), ou faixa 01, responsável pela entrega de moradia acessível para população com
renda mensal bruta, estabelecida em até R$ 1.600,00. A faixa 01 visa à produção, aquisição e
requalificação de imóveis urbanos, nas áreas urbanas, garantindo o acesso à moradia digna com
(FDS), que devem ser retornado pelo beneficiado, assumindo o ônus mensal de cento e vinte
prestações, correspondentes a cinco por cento da renda bruta familiar, com valor mínimo fixado
custos envolvidos na entrega de uma UH. Apenas 52% do total subsidiado pelo PMCMV-E
correspondem aos custos da UH, desconsiderando custos de infraestrutura urbana, que demandam
3
48% do subsídio. Além de estabelecer o valor fixo subsidiado, o PMCMV-E também define
faixas aceitáveis para valores de taxas de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) específicas para
cada tipo de obra pública e para aquisição de materiais e equipamentos relevantes (BRASIL,
2013).
valor por meio de estudo de caso realizado em um conjunto habitacional entregue pelo PMCMV-
buscar uma determinação de um preço competitivo para o produto nem tampouco a maior
margem de lucro possível (ARAGÃO, 2014), uma vez que o Preço de Mercado e os valores de
podem levar as empresas de construção ao consumo de suas margens, uma vez que o preço das
que almeja o controle dos custos, não obstante, tendo sempre em vista a garantia de
4
1.1. PROBLEMA DE PESQUISA
âmbito nacional como internacional através de uma abordagem que visa à promoção e melhoria
evidenciadas pela literatura atual para o contexto de HIS brasileira (GUADANHIM; HIROTA;
LEAL, 2011; JACOMIT; GRANJA, 2011) bem como os estudos sobre a aplicação do CM no
ser testado. O contexto de HIS requer processo de projeto com foco no custo e qualidade,
apresentando grande sinergia com os conceitos do CM, que utiliza o custo e parâmetros de valor
5
1.3. OBJETIVO GERAL
(2011) para apoio à decisão sobre custos ao longo do processo de projeto, destinado
especificamente a Habitação de Interesse Social (HIS). Para esta aplicação, foram feitas
CM:
6
O sistema construtivo em Wood Frame também pode ser considerado uma limitação, já
que sua entrega depende de fatores de produção com alto nível de industrialização (pré-
conhecimento teórico, a DS busca uma solução para um problema real através de uma aplicação
prática (LUKKA, 2003; HEVNER et al., 2004). Propõe-se a resolver um problema a partir da
forma colaborativa. Os dados utilizados como parâmetro de custo da UH foram cedidos por uma
7
O capítulo 05 apresenta o método, fundamentado na DS, composto da estratégia e
esboço auxiliar para aplicação do CM adaptado para a HIS de acordo com as necessidades deste
do PMCMV-E.
contribuições teóricas, no capítulo 09. Por fim, o capítulo 10 apresenta as considerações finais.
8
2. O PROCESSO DE PROJETO
O processo de projeto pode ser definido como um conjunto de atividades que permeia (ou
planejamento até seu uso (ROMANO, 2006). Iniciado a partir do estabelecimento das
(ROMANO, 2003).
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O processo de projeto permeia desde a concepção do produto até a sua ocupação,
e agentes envolvidos (ROMANO, 2006). Porém, por sua complexidade, um número reduzido de
empresas utiliza-se destes conceitos de integração entre as equipes envolvidas diante da grande
integração com base nas premissas da engenharia simultânea (Figura 2-2). Este processo conta
com a interação entre departamentos e especialidades envolvidas que integra pessoas em grupos
10
Além disso, estabelece processos de comunicação formais que garantem distribuição
necessárias para alcançar tal objetivo (FABRICIO; MELHADO, 1998; FABRICIO; MELHADO,
transformações na organização das atividades de projeto que permita uma coordenação precoce e
produto; ii) transformações culturais que criem condições de superação das limitações contratuais
iii) apropriação das novas tecnologias de informática e telecomunicações como ferramentas que
vários agentes envolvidos (cliente, arquiteto, projetistas, construtora, consultores etc.) desde o
de um consenso entre cliente e projetistas quanto aos objetivos, metas de desempenho, meios,
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A Figura 2-3 apresenta um modelo genérico para organização do processo de projeto,
Figura 2-3 Modelo genérico para organização do processo de projeto de forma integrada e simultânea
Fonte: Fabricio e Melhado (2001)
por uma série de ciclos iterativos. A Figura 2-4 ilustra o processo convencional, com grande
isolamento entre os subsistemas, representados pelos pequenos quadrados ao longo das etapas
12
Figura 2-4 Processo de Projeto Convencional
Fonte: Figueiredo e Silva (2010)
13
Por outro lado, no Processo de Projeto Integrado, todos os subsistemas são considerados
de forma integrada desde as etapas iniciais devido à estreita colaboração entre todos os agentes
(Figura 2-5).
14
2.2. A GESTÃO LEAN NO PROCESSO DE PROJETO
de valor e ferramentas que criem fluxo de valor, desenvolvidos por líderes de projeto (WARD,
2011).
Atividades que não agregam valor ao produto final na visão do cliente/usuário final, mas
desperdício e devem ser eliminadas do processo (LIKER, 2004). Algumas destas falhas
tempo e de orçamento (WARD, 2011). Taiichi Ohno identificou as sete maiores causas de
desperdício em atividades que não agregam valor: i) superprodução; ii) espera; iii) transporte
Segundo este autor, o desperdício de conhecimento se divide em três categorias principais, sendo:
ferramentas inadequadas. A desconexão com ferramentas inúteis e espera e a ilusão com teste
Para reduzir estes desperdícios, Ward (2011) resume o sistema de desenvolvimento Lean
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Liderança do
projetista de Cadência, fluxo e
sistema puxada
empreendedor
FOCO EM VALOR:
Conhecimento para fluxos
de valor operacionais
rentáveis
Engenharia Equipe de
simultânea com especialistas
múltiplas responsáveis
alternativas
primeiro valor.
serão utilizadas.
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Apoio da Engenharia Simultânea com múltiplas alternativas associadas à
Pode haver melhoria quando os conceitos Lean são adotados no processo de projeto,
garantindo a criação do fluxo de valor e evitando desperdícios por meio da discussão de questões
RYBKOWSKI, 2011).
17
A Figura 2-7 exibe um mapa do estado presente (A) para a compreensão de como um
sistema pode ser melhorado, enquanto o mapa do estado futuro (B) pode ser projetado para
processo de desenvolvimento do produto que, para ser efetivo, deve ser um processo totalmente
18
3. CUSTEIO-META
Kinkaku, em meados da década de 60, pelas empresas líderes de mercados mundiais em termos
de custo consciente (KATO, 1993). Sua efetiva implementação começou na década de 70 para
Japão (KATO, 1993; MONDEN, 1995; NICOLINI et al., 2000) e, posteriormente, em empresas
americanas e europeias (ANSARI et al., 1997; ANSARI; BELL; OKANO, 2006; GAISER,
1997).
(custo do produto, lucro e preço final), porém, centra-se no preço que o consumidor está disposto
1997; COOPER; SLAGMULDER, 1997; ANSARI et al., 1997). Busca um custo aceitável, sendo
pagamento (GAISER, 1997; COOPER; SLAGMULDER, 1997) para garantir que novos produtos
Ansari et al. (1997) identifica seis princípios básicos para gerenciamento de custo e
estabelece o custo; ii) foco no cliente; iii) foco no projeto iv) envolvimento interorganizacional e;
do custo (ANSARI et al., 1997), utilizando a Metodologia de Valor (MV) como uma ferramenta
auxiliar ao CM. Durante o processo de projeto, todos os agentes devem estar envolvidos: vendas,
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Este envolvimento, denominado interorganizacional, não possui finalidade apenas colaborativa,
todo, considerando o ciclo de vida completo do produto (ANSARI et al., 1997, COOPER;
custo entre toda a cadeia de suprimentos, benéfica para ambas as partes, contando para isso com
3.1. DEFINIÇÕES
Durante o desenvolvimento deste estudo procurou-se uma definição para o termo CM,
abordado como processo ou sistema por alguns autores (JAPAN, 1996 apud JACOMIT, 2010;
MONDEN, 1995) como técnica ou método para outros (COKINS, 2002; BALLARD, 2006), ou
Os principais autores que tratam do tema foram selecionados em busca de uma definição
20
Quadro 3-1: Definições do CM
Processo de gerenciamento total de lucros no qual qualidade, preço, confiabilidade,
Japan (1996
prazo de entrega e outras metas são estabelecidas durante o Processo de
apud
Desenvolvimento de Produto, estabelecidas de modo a atender às percepções de valor
JACOMIT,
dos clientes, sendo que a tentativa de atendimento a todas elas deveria ocorrer de modo
2010)
simultâneo em todas as áreas da empresa sobre uma abordagem top down.
É uma atividade que visa reduzir o custo de ciclo de vida de novos produtos garantindo
qualidade, confiabilidade, entre outros requisitos do ponto de vista do usuário, pela
examinação de idéias possíveis para a redução de custo no planejamento do produto,
Kato (1993)
pesquisa e desenvolvimento, e fases de prototipagem de produção. Não é apenas uma
técnica de redução de custo, mas parte de um sistema abrangente de gerenciamento
estratégico de lucratividade.
Técnica, sistema ou processo de gerenciamento de lucro, através do gerenciamento
Cooper,
proativo dos custos, visando obtenção de lucratividade planejada em longo prazo,
Slagmulder
considerando satisfação de demanda do cliente, qualidade e funcionalidade sobre um
(1997)
custo abaixo ou igual ao Custo-Meta.
Processo ou sistema que incorpora esforços coletivos de toda a empresa para o
gerenciamento de lucros durante o PDP, com o intuito de desenvolver produtos com
características que atendam aos clientes, determinar o custo-meta para que o produto
Monden (1995)
atinja a lucratividade esperada a médio e longo prazo, idealizar maneiras para que o
produto atenda ao custo-meta estabelecido, satisfazendo a necessidade do cliente, em
relação à qualidade e prazo de entrega.
Sistema de planejamento de lucros e gerenciamento de custos baseado no preço de
Ansari et al. mercado, focado no cliente, que vai muito além da Engenharia de Valor e Redução de
(1997) Custos. É um sistema abrangente de planejamento de margem de lucro que necessita de
investimentos significativos em termos de informações e ferramentas.
Método orientado pelo mercado e dirigido pelas demandas do usuário final que envolve
o preço do produto, lucro e preço final. Focado no preço em que o usuário está disposto
Gaiser (1997) a pagar sobre uma margem de lucratividade aceitável, trabalha inversamente,
determinando um custo apropriado ao produto, investindo em atributos de maior valor
para o usuário.
Nova forma de desenvolver produtos que objetiva a redução dos custos ao longo do
Nicolini et al.
ciclo de vida do produto – verificação de “todas” possíveis ideias para redução do custo
(2000)
na fase de planejamento e projeto.
Técnica de modelagem de custos que identifica qual preço os consumidores estão
dispostos a pagar por determinado produto, para assim determinar as margens de lucro e
Cokins (2002)
custos permissíveis. É aplicado no início do ciclo de vida do produto, durante a fase de
conceituação e projeto (design)
Método para delinear o produto e processo de projeto de entrega de valor ao usuário,
Ballard (2006, dentro das restrições estabelecidas. Tal pratica gerencial busca fazer com que o custo
2008) seja parâmetro de projeto, para reduzir desperdícios e aumentar valor agregado ao
produto.
Guadanhim, CM é uma estratégia desenvolvida pela indústria para melhorar sistematicamente a
Hirota e Leal qualidade do produto, entregando maior valor ao consumidor, respeitando o referencial
(2011) de preço do mercado e mantendo estrito controle dos custos.
Uma nova maneira de desenvolver produtos, em que o Custo-Meta e os padrões
mínimos de funcionalidade e qualidade – definidos a partir do mercado e dos requisitos
Jacomit (2010),
dos clientes- são entradas para o projeto do produto, projeto da produção e de atividades
Jacomit e
de suporte desenvolvidos com a participação de times multidisciplinares, incluindo
Granja (2011)
representantes da cadeia de suprimentos sem comprometer os custos ao longo do ciclo
de vida.
Fonte: Autor
21
Foi possível observar que não há uma definição única para o termo CM, porém, nota-se
que existe um consenso entre os autores da importância da utilização dos parâmetros de custo e a
desenvolvimento do produto, visando sua melhoria (JACOMIT, 2010). Também não há uma
percepções de valor além do custo (JACOMIT, 2010). Dentre tais características estariam:
margem de lucro desejada para obtenção de um preço que corresponda ao mercado (ANSARI et
valor do produto a partir do preço de mercado, estabelece as margens de lucro desejadas para
então determinar um Custo Permissível (CPer) ao produto, que é utilizado como meta de redução
durante a etapa de desenvolvimento do produto e projeto (ANSARI et al., 1997). O Quadro 3-2
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3.1.1. O tripé de Sobrevivência de Cooper e Slagmulder (1997)
mais competitivas e forçadas a aprender a ser proativas para gerenciar seus custos (COOPER;
SLAGMULDER, 1997). Um sistema fechado ignora o fato de que o ambiente não orienta a
1997). Em contrapartida, um sistema aberto (CM) utiliza uma orientação externa, focado na
gerenciados em paralelo e não quando incorridos como no sistema tradicional (ANSARI et al.,
1997).
elementos formam o tripé de sobrevivência e devem estar balanceadas para que o produto atenda
1997).
23
Figura 3-1: Triangulação do CM
Fonte: Adaptado de Cooper e Slagmulder (1997) p. 5.
onde e o custo representa o valor dos recursos consumidos para a entrega do produto, incluindo
SLAGMULDER, 1997). A qualidade deve ser definida para incluir a habilidade de projetar
de cada característica que o cliente está disposto a aceitar (COOPER; SLAGMULDER, 1997).
Por exemplo, sobre o mínimo de funcionalidade, poucos clientes estarão dispostos a compra-lo,
independente de quão baixo seja seu preço ou quão alta seja sua qualidade. No ponto de vista do
custo, o maior valor permissível é determinado pelo cliente, sendo o limite que o cliente está
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determinado pelo menor preço que a empresa está disposta a aceitar, sobre qualidade e
esforço igual para as três dimensões, pois geralmente uma é dominante sobre as demais. A
demanda dos esforços necessários para cada uma das dimensões altera de acordo com o tipo de
Produtos e Serviços possuem funções de desempenho, onde o valor é medido pela divisão
identificar e eliminar custos desnecessários para alcançar o desempenho exigido no menor custo
do projeto do ciclo de vida (FONG; SHEN, 2000; GRANJA; PICCHI; ROBERT, 2005).
raízes do CM no estado em que é mais conhecido hoje (MONDEN, 1995; ANSARI; BELL;
Desta maneira, é considerada parte integral do CM, sendo uma análise interdisciplinar e
sistemática dos fatores que afetam o custo do produto, garantindo um produto que atenda ao nível
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Cooper e Slagmulder (1997) dividem o processo do CM em três níveis básicos (Figura
3-2) que se inicia com o Custo Dirigido ao Mercado (destacado em verde), com o propósito de
identificar o CPer do produto, focado nos requisitos do cliente, onde o ciclo de vida do produto é
utilizado para incorporar investimentos. Porém, na prática, muitas vezes os projetistas podem não
conseguir atingir o CPer sobre um nível aceitável de satisfação do cliente, elevando o CPer a um
(destacado em azul) a fim de negociar no nível do fornecedor o preço que está disposto a pagar
26
necessário de gerenciamento de custo agressivo, pela definição do custo que o produto deve ser
produzido, subtraindo a margem de lucro planejada do preço praticado pelo mercado (COOPER;
Meta a ser alcançado, de acordo com reais possibilidades da empresa (JACOMIT, 2010),
Uma vez que o Custo-Meta é estabelecido, e o terceiro nível (CM no nível do Componente)
busca atingir o Custo-Meta estabelecido por meio da utilização da Engenharia de Valor, no nível
(JACOMIT; GRANJA; PICCHI, 2007). Foca nos requisitos dos usuários finais e usa o conceito
envolvidos (COOPER; SLAGMULDER, 1999), onde os custos são impulsionados pela pressão
definido por:
(1)
lucro almejada do preço estabelecido pelo mercado. O Preço de Mercado é definido de acordo
com o produto e os planos de lucros da empresa, onde o processo é dirigido por meio de
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SLAGMULDER, 1997). Ao mesmo tempo, busca-se atender aos desejos e necessidades dos
clientes, uma vez que a voz do cliente é soberana sobre o produto, e metas de custo não podem
ser atingidas por meio de sacrifício sobre a qualidade e funcionalidade do mesmo (ANSARI et
al., 1997).
SLAGMULDER, 1997):
desenvolver o produto que satisfaça o usuário final no CPer que, na prática, entretanto, nem
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Produção (CP), se fabricado hoje, analisa-se a possibilidade de redução de custo do produto
Nesta fase, alguns fatores podem interferir no processo como, por exemplo: i) variedade
1997; GUADANHIM; HIROTA; LEAL, 2011). Uma vez que o Custo-Meta para um produto
específico é estabelecido, este custo é utilizado como uma lente que examina cada etapa da
JONES, 2004). Neste sentido, o CM possui uma orientação externa com foco no mercado
enquanto o Custo-Meta é estabelecido de modo que possa ser atendido internamente em um nível
contando com o envolvimento dos projetistas, para atingir as metas de custo estabelecidas, não se
1997):
custos).
29
Alcança o Custo-Meta: gerenciar a transição da produção para garantir que o
criatividade em encontrar caminhos para projetar sobre um preço reduzido, sem reduzir sua
equipes de projetistas, fornecedores de materiais e serviços, entre outros, para que as metas
estabelecidas no nível do componente sejam atingidas pela comunicação aberta entre todos os
Gerenciamento Interorganizacional de custos é usado para que o custo do produto seja atingido
nível do componente onde a pressão de custo é distribuída idealmente entre toda a cadeia
(NICOLINI et al., 2000). O processo de projeto pode ser facilitado pela utilização do
principais.
30
Define-se o Custo-Meta para os componentes.
de Custo estabelecidas.
31
3.3. O CUSTEIO-META NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Ballard e Reiser (2004) enfatizam a relação entre a cadeia de suprimentos, como sendo a
maior diferença entre as aplicações originais da manufatura e o contexto da construção civil, para
a abordagem do CM. As parcerias de longo prazo são raras na construção e tendem a ser maior
com os prestadores de serviços do que com fornecedores de materiais que, muitas vezes, são
como ferramenta complementar ao CM, além da utilização do método Kaizen como sistema de
FORMOSO, 2006).
o cliente está disposto a pagar pelo produto sobre determinada funcionalidade e característica de
32
Melo et al. (2014) comparam os níveis de maturidade do CM em projetos públicos de
diferentes países, com base em estudos já publicados (NICOLINI et al., 2000; BALLARD;
REISER, 2004; JACOMIT; GRANJA, 2011) e observa que os fatores de Cooper e Slagmulder
O termo Target Value Design (TVD) propõe uma adaptação do conceito do CM original
para a indústria da construção civil. O termo TVD foi proposto pela primeira vez por Macomber
et al. (2007), sendo muito utilizado nos EUA (RYBKOWSKI, 2009; BALLARD, 2011;
ZIMINA; BALLARD; PASQUIRE, 2012), porém, ainda em processo de adaptação para o uso na
O TVD postula a construção civil como um sistema complexo que inclui: definição de
produto, projeto e fases de execução e visa entregar maior valor agregado aos clientes/usuários
finais, gerando melhoria contínua e eliminação de desperdícios (OLIVA, 2014). Representa uma
intenção de entregar valor para o cliente e não apenas a redução de custos (BALLARD, 2011).
empreendimentos é definido pela AIA3, conhecido como Integrated Product Delivery (IPD). O
fase (conceitual) do empreendimento (AIA, 2007), para assim alcançar os objetivos determinados
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No Brasil, os estudos sobre o TVD são incipientes e os formatos de contratação muito
distintos do IPD, não sendo aplicado no contexto brasileiro. Por meio de um estudo de caso,
Oliva e Granja (2013) identificam as possíveis oportunidades para futuras aplicações do TVD no
melhoria de qualidade, atendimento aos requisitos do cliente por meio do transporte dos
conceitos para a Habitação de Interesse Social (HIS) (GOMES; GUADANHIM; HIROTA, 2006;
al., 2011; JACOMIT; GRANJA, 2011; GUADANHIM; HIROTA; LEAL 2011, RUIZ;
e domínio dos custos, e não dos preços dos componentes e serviços, deve existir além do custo ao
longo do ciclo de vida do produto (GUADANHIM; HIROTA; LEAL, 2011). Avaliação contínua
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se faz necessária, pois o processo é cíclico e não linear (GUADANHIM; HIROTA; LEAL, 2011)
custos baseada em funções devem ser adicionadas para permitir a avaliação do valor agregado e
KOWALTOWSKI, 2014).
trabalhar com o custo ao longo do ciclo de vida do produto (GUADANHIM; HIROTA; LEAL,
(NICOLINI et al., 2000; GUADANHIM; HIROTA; LEAL, 2011; MELO et al., 2014).
lucros para ser gerenciada no nível do cliente, que no contexto da Habitação Social é o próprio
Governo, o CPer precisa ser determinado com base em critérios diferentes de um contexto
35
mercadológico, onde o Custo é estabelecido pela margem de lucros e preço do mercado
do processo de projeto. Quanto mais tarde o processo de estimativa dos custos de produção é
iniciado, mais tarde poderão iniciar as análises de valor. Se o processo de estimativa dos custos
de produção iniciar após a realização do projeto, não será possível o gerenciamento proativo dos
custos e a consideração do custo como parâmetro de entrada para o projeto, conforme premissa
contratado único favorece a utilização de composições padrões de custos que podem não
projetistas sejam terceirizados e contratados por projetos separados, o que dificulta a aplicação do
CM.
metro quadrado não recompensa esforços na busca de inovações que visem à redução de custos
e/ou aumento da qualidade e/ou funcionalidade (JACOMIT; GRANJA, 2010). Com contratos de
incentivo, o escritório de projetos pode ser motivado a buscar soluções criativas, inovações, que
36
visem à redução de custos e/ou aumento da qualidade e/ou funcionalidade (JACOMIT;
GRANJA, 2010).
Cliente: Os clientes podem ser classificados em dois tipos, “Cliente não usuário” e
“Usuário-final”. O Cliente não usuário pode diminuir a importância dos custos de manutenção
(energia, água, reparos, etc.) da edificação e, com isso, também perde importância a aplicação de
CM com a consideração dos custos ao longo do ciclo de vida (JACOMIT; GRANJA, 2010), pois
análises de valor. Por outro lado, se o empreendimento for concebido para venda ou locação, o
cliente pode ter interesse somente em custos mais baixos de construção. Todavia, é importante
ressaltar que o atendimento do custo-meta não deve implicar aumento dos custos ao longo do
ciclo de vida (NICOLINI et al., 2000). Classificados como “Usuários-finais” estão os não
informações com a área de vendas para reconhecimento dos requisitos de valor, que devem ser
de-obra for mantida constante; maior a probabilidade de que haja feedback dos usuários,
permitindo que sejam identificadas oportunidades para redução de custos e/ou aumento da
37
qualidade e/ou funcionalidade ou adequação dos níveis de funcionalidade e qualidade mínimos
favorece a aplicação do CM, pois aumenta a precisão das estimativas de produtividade com a
facilitando o processo de redução de custos (JACOMIT; GRANJA, 2010). Quanto maior o nível
houver dependência e se não houver uma aliança de negócio, as reduções de preço resultantes de
38
negociações entre produtor e fornecedor podem resultar em comprometimento da qualidade e da
com os produtos produzidos pelos concorrentes, que atendem ao mesmo nicho de mercado. No
Após extenso estudo sobre o CM, desde sua origem na manufatura, Jacomit e Granja
representado pela cor azul, finalizando na fase de entrega do produto ao cliente e feedback,
39
Figura 3-4: Modelo para Incorporação do CM ao Processo de Desenvolvimento de Edificações
Fonte: Jacomit (2010)
40
3.3.3.2. O Custeio-Meta Dirigido ao Mercado: Etapas 01 a 08 do
modelo de Jacomit e Granja (2011):
compra do produto (etapa 01), definida através da captação de perspectivas de valor dos clientes
do nicho de mercado em questão, os atributos de projeto que irão proporcionar atendimento aos
desejos e necessidades são definidos (etapa 02), paralelamente à identificação dos níveis mínimos
Esta análise refletirá nos estudos preliminares do produto, elaborados na sequencia (etapa 03).
05) para definir o Preço de Mercado do produto (etapa 06), equivalente ao preço atual praticado
no setor para o nicho do produto em questão. Este valor é associado aos possíveis diferenciais do
produto e o preço máximo ou valor máximo que o cliente está disposto a pagar (RYBKOWSKI,
2009).
Quadro 3-3: Termos adotados que envolvem o Custo durante a aplicação do CM Dirigido ao Mercado
Custo comparável ao preço praticado pelo mercado, considerando um
Preço de Mercado (PMerc)
produto equivalente disponível por concorrentes.
Margem de Lucro Valor atribuído à soma de despesas comerciais e despesas administrativas
Planejada (Benefícios e (Backoffice), impostos e lucros do produto (levando em consideração o ciclo
Despesas Indiretas - BDI) de vida do produto e as estratégias de longo prazo da empresa).
Diferença entre o preço de mercado e o lucro planejado, sendo o custo
Custo Permissível (CPer)
máximo que não pode ser excedido para a viabilização do produto.
Fonte: Adaptado de Jacomit (2010) e Rybkowski (2009)
41
A margem (markup4) deve então ser definida (etapa 07), considerando despesas
(JACOMIT; GRANJA, 2011). Na construção civil, geralmente esta margem é decomposta por
realização e não deve ser confundida com a remuneração do capital, pois esta é computada na
forma de juros. As despesas indiretas são aquelas que não podem ser atribuídas diretamente aos
CPer é estabelecido (etapa 08), sendo que o custo máximo não pode ser excedido para a
NICOLINI et al., 2000). O CPer é a diferença entre o preço de mercado e a margem planejada,
(2)
4 Markup é a quantidade adicionada ao custo para cobrir despesas e lucro, fixando o preço de
mercado. No raciocínio do Custeio-Meta, o Markup deve ser subtraído do Preço de Mercado para que o
Custo Permissível seja estabelecido (JACOMIT, 2010).
42
3.3.3.1. O Custeio-Meta no nível do Produto: Etapas 09 a 13 do
modelo de Jacomit e Granja (2011)
Em muitos casos, CPer não pode ser alcançado com rapidez devido à capacidade
produtiva da empresa avaliada, fazendo-se necessário uma determinação das capacidades reais de
redução de custo (etapa 09) para que o produto seja vendável (JACOMIT; GRANJA, 2011).
Quadro 3-4: Termos adotados que envolvem o Custo durante a aplicação do CM no nível do Produto
Custo Permissível Diferença entre o preço de mercado e o lucro planejado, sendo o custo máximo que
(CPer) não pode ser excedido para a viabilização do produto.
A meta de redução de custo (Cost Gap) determina o valor meta de redução do CP,
Meta de redução
estabelecido pela diferença entre a Primeira estimativa de CP e o Custo-Meta
(Cost Gap)
estabelecido (Cost Gap= CP-CM).
Custo de Produção Custo para produção, baseado em dados históricos, referenciais de mercado,
(CP) levando em consideração custos diretos e indiretos
Custo-Meta (nível Meta de redução definida a partir das reais capacidades de redução de custo da
de produto) (CM) empresa, para aumento da vantagem competitiva
Fonte: Adaptado de Jacomit (2010) e Rybkowski (2009)
Custo de Empresa, CPer e CP, estabelecido entre a primeira estimativa do CP e o CPer, se.
(3)
Nesta fase, a estimativa de custo (etapa 11) é utilizada como uma maneira de definir um
custo provável de um projeto ou produto futuro, antes do projeto ser detalhado (JACOMIT,
2010). Os custos iniciais estimados dão origem ao quarto elemento do tripé de sobrevivência de
43
Cooper e Slagmulder (1997) - o “preço mínimo do produto” que assegura a margem de lucros, ou
CP.
índice, como o CUB5, por exemplo. A primeira estimativa de CP (CP) do produto (etapa 12) deve
ser elaborada paralelamente às determinações da margem (etapa 07) e deve ser constituído tanto
(4)
Pode ocorrer, em algumas situações, do CPer estabelecido pela empresa ser superior ao
Custo-Meta definido. Quando o CPer atinge um valor superior ao Custo-Meta, inicia-se uma
nova fase de reavaliação e recálculo dos modelos do produto por meio da MV, para que o CPer
2007). É importante não se perder de vista o fato de que o produto deve ser rentável de acordo
5 CUB ou Custo Unitário Básico representa um custo unitário de construção por metro quadrado
utilizado como referência para o setor da Construção Civil. É calculado mensalmente pelos Sindicatos da
Indústria da Construção Civil de todo o país (SINDUSCON, 2015).
44
3.3.3.2. O CM no nível do Componente: Etapas 13 a 18 do modelo
de Jacomit e Granja (2011):
Quando o CPer não é atingido, a MV, ou Engenharia de Valor, é a primeira técnica usada
para encontrar caminhos para reduzir o custo do produto (DELL’ISOLA, 1997; ELIAS, 1998)
Inicia-se então uma fase de avaliação no nível de função e componente que utiliza a MV
como ferramenta de auxílio (YOKOTA et al., 2010; RUIZ, 2011; RUIZ; GRANJA;
Componentes, é necessário utilizar a MV, que oferece várias ferramentas de análise (etapa 14),
Custos (Cost Tables) para auxílio como banco de dados às informações de custo (JACOMIT,
prática de custos predefinidos em projetos passados para prever despesas futuras, mensurando o
identificadas e seus custos efetivamente reduzidos, tal redução reflete no objetivo de redução de
ainda em partes dos componentes que são relevantes para negociação de preço com os
45
fornecedores (etapa 15) formando equipes multidisciplinares (EVERAERT; BRUGGEMAN,
identificadas e seus custos efetivamente reduzidos, tal redução reflete no objetivo de redução de
46
Após a aplicação da MV, as plantas de cada especialidade são desenvolvidas por etapa e
as demais estimativas de CP são elaboradas (etapa 18), denominadas como Custo de Produção 01
(CP1). As estimativas de CP1 são elaboradas com base no projeto para reavaliar se o “CPer ≤
Custo-Meta” (JACOMIT, 2010). Quando o Custo-Meta é atingido, parte para etapa de início de
(etapas 19 e 20) (JACOMIT, 2010). Quando CPer não é atingido, é necessário retomar a uma
nova analise de função até que o Custo Meta seja atingido (RUIZ; GRANJA; KOWALTOWSKI,
2014).
Uma vez que o Custo-Meta é atingido, é possível buscar um custo ainda menor, o “Custo
47
48
4. A METODOLOGIA DE VALOR
Valor na década de 80, evoluindo na década de 90 para uma abordagem mais ampla para buscar o
“melhor valor” (best value) (ELLIS; WOOD; KEEL, 2005). É definida pela Society American
Value Engineering (SAVE, 2014) como uma aplicação de metodologia sistemática e estruturada
para melhorias de projetos, produtos e processos que auxilia no alcance do equilíbrio ideal entre a
maximizado para o projeto (SAVE, 1998). É utilizada para analisar e melhorar produtos,
No contexto da MV, o valor representa um desempenho seguro das funções para atender
às necessidades dos clientes com o menor custo e pode ser representado pela seguinte fórmula
(5)
“servir para” ou “fazer” e o custo é a despesa necessária para criá-lo (DELL’ISOLA, 1997),
equações, o custo e o preço seguem as mesmas regras internas e externas assim como no tripé de
49
sobrevivência, sendo fortemente integradas com análises de consumidor e demais técnicas que
Nos programas japoneses de Engenharia de Valor, o objetivo não é minimizar o custo dos
novos produtos, mas sim alcançar os níveis especificados de redução de custo, projetando para
um custo (design to a target cost), em oposição a custo mínimo o que resulta em produtos com
menor custo (COOPER; SLAGMULDER, 1997; BALLARD; REISER, 2004). Tal concepção de
um baixo custo especificado parece criar uma pressão mais intensa para reduzir os custos, do que
Elias (1998) enfatiza que a MV não é meramente uma revisão de custo que visa eliminar
o que descreve como gold plating6, existente no produto, como um programa de corte de custo.
Além disso, não se trata de método para redução de custo que atua por meio da degradação do
desempenho, como um esforço que compromete as funções essenciais pelo corte de custos
(ELIAS, 1998). Estes custos desnecessários podem existir devido a atitudes e hábitos, falta de
(MILES, 1989).
Contrariamente, os custos relativos ao produto e a resistência para mudanças são baixos na fase
6 Gold Plating refere-se a um gasto desnecessário em tarefa ou projeto extra que esteja fora do
escopo ou além do ponto onde o esforço extra vale a pena, considerando o seu valor acrescentado
(PMBOK, 2000).
50
Figura 4-1: Níveis de decisões e ciclo de vida do projeto e oportunidades e potenciais de economia através da
aplicação da MV
Fonte: Adaptado de Ellis, Wood e Keel (2005), Kelly e Male (1998) e Bre (2000)
Ruiz, Granja e Kowaltowski (2014) enfatizam que a MV pode também ser utilizada como
MV pode ocorrer sobre um processo cíclico, levando em consideração a fase criativa dentro da
MV (ABREU, 1996).
51
Este processo cíclico, também chamado de “ciclo de valor” por Abreu (1996) e Ruiz,
O conceito de valor também é bastante amplo e sua definição envolve fatores subjetivos
(MIRON, 2008). Na literatura, é possível encontrar diversas definições de valor para o cliente.
Woodruff (1997) enfatiza que apesar da diversidade, existem similaridades entre os conceitos
existentes como a relação entre o valor e uso do produto, o fato do produto ser percebido apenas
52
O valor envolve dois tipos de julgamento o i) valor recebido: como qualidade, benefícios
e valor financeiro; e o ii) valor entregado: ao adquirir e usar o produto (preço, sacrifícios)
A percepção de valor com relação a um produto é vista pelos clientes como a razão entre
envolvendo interações complexas de escolhas realizadas pelo cliente, tanto por atributos positivos
como negativos baseadas em ponderações entre ambos os lados (tradeoff7) (MONROE, 1990).
fase de projeto (Figura 4-3), objetivando a garantia de satisfação dos clientes e usuários-finais
expectativas criadas (THOMSON et al, 2003). O valor percebido é de grande importância, pois
através dele a alta gestão enxerga o produto como tendo um papel significativo na reputação da
que o produto é definido, é determinar o custo alvo com base no volume de recursos e nos
mercado poderá suportar e trabalham de trás para frente para determinar os custos aceitáveis com
a finalidade de garantir uma margem de lucro adequada e devem fazê-lo a qualquer momento em
7 Trade-off : Oriundo da língua Inglesa. Significa trocar alguma coisa por outra, abrindo mão de um benefício ou vantagem por algo que
seja mais desejável.
53
que começarem a desenvolver um novo produto (WOMACK; JONES, 2004, COOPER;
SLAGMULDER, 1997).
QUALIDADE E
CUSTO
F UNC IONALIDADE
INCREM ENTAL
CORRENTE ADIC IONAL
OBJ ETIVO DE REDUÇÃO DE CUS TO
QUALIDADE E
F UNC IONALIDADE
ADIC IONAL
Na construção civil brasileira, a questão do valor para HIS tem sido desenvolvida em
recentes estudos que consideram a preferência de valor percebido pelo cliente (MIRON, 2008;
A APO diz respeito a uma série de métodos e técnicas que diagnosticam fatores positivos
54
infraestrutura urbana, dos sistemas construtivos, conforto ambiental, conservação de energia,
2003). Mais do que isso, a APO se distingue das avaliações de desempenho “clássicas”
formuladas nos laboratórios dos institutos de pesquisa, pois considera fundamental também aferir
importância da avaliação de desempenho físico ou “clássica” Nesse sentido, a APO tem grande
validade “ecológica”, pois faz análises, diagnósticos e recomendações a partir dos objetos de uso,
valor desejado para HIS por meio do Índice Geral de Importância (IGI). O IGI é uma variável
que se destina a aferir a importância de cada item de valor em HIS, captando os resíduos de
intenções de escolha que possam estar presentes nas alternativas de maior prioridade no ponto de
O IGI foi adaptado para atender ao contexto de HIS em formato de “Jogo”, onde as
preferências de valor desejado que compõem o “baralho de cartas” do IGI seguem o roteiro de
montagem da técnica de Preferência Declarada de Brandli e Heineck (2008) sobre uma adaptação
55
do Modelo de Valor idealizado com base em Spencer e Winch (2002), Hershberger (1999) e
atributos-chave: i) valor financeiro; ii) qualidade do ambiente interno; iii) simbolismo e; iv)
qualidade espacial.
Na adaptação para a HIS, o IGI é dividido em cinco categorias com vinte e seis (26) itens
de análise. As categorias são classificadas em: i) perspectiva financeira; ii) qualidade espacial; iii)
Dividido em cinco grupos, os moradores classificavam tais cartas por ordem de importância em
uma primeira rodada e, sequencialmente, a carta do baralho mais importante de todos os grupos
56
Figura 4-4: Instrumento de aplicação em forma de baralho de cartas, representando o valor desejado
no contexto de HIS (26 cartas divididas em 5 grupos)
Fonte: Kowaltowski e Granja (2011).
57
A hierarquização dos requisitos do usuário baseada no IGI pode indicar quais necessidades
devem ser priorizados durante o processo de projeto no ponto de vista do usuário final para que a
tomada de decisões e melhorias projetuais ocorram em função de suas necessidades mais relevantes
Ruiz, Granja e Kowaltowski (2014) utilizaram os mesmos dados do IGI para uma
simulação de aplicação da Engenharia de Valor, que mostrou a aplicabilidade dos dados para
HIS.
No presente estudo, o IGI gerado por Conceição, Imai e Urbano (2015), com base em
fase de Identificação da demanda, captação das percepções de valor dos clientes que
equivalente a 1.272 unidades e o tamanho amostral foi definido seguindo os critérios para
Na aplicação do Baralho de Cartas adaptado por Conceição, Imai e Urbano (2015), a carta
playground e escadas, foi substituída por “Áreas públicas” que representaria espaços públicos
urbanos como praças, ruas, entre outros. A segunda carta que sofreu alteração foi “O lugar”,
adaptada para “A Localização”. Além disso, foi acrescentada uma carta extra ao baralho:
“Disposição dos Cômodos dentro da casa (localização de cada cômodo na casa)”. Esta adaptação
58
Os valores definidos como IGI do estudo de caso de Conceição, Imai e Urbano (2015),
apresentado no Gráfico 4-1, foram norteadores do presente trabalho, que utilizou tais resultados
Gráfico 4-1: Índice Geral de Importância para HIS no Estado de São Paulo – CDHU-SP
59
Dentre a variedade de técnicas e ferramentas que a MV oferece, algumas foram
selecionadas para auxílio na aplicação do CM (Quadro 4-1). Dentre elas estão: Análise de Função
(COMPARE), Workshops, aplicação FAST e Técnica de Mudge. A seleção foi realizada com
Grande parte da literatura apresenta o QFD como uma ferramenta importante da MV para
a aplicação CM (ANSARI et al., 1997; COOPER; SLAGMULDER, 1997). Porém, o QFD não
60
foi utilizado, pois Aragão (2014) realizou a aplicação do QFD em paralelo ao presente estudo,
sendo que ambos utilizaram as mesmas fontes. Desta maneira, os atributos de valor referentes ao
A Análise de Função distingue a MV de outros programas de corte de custos uma vez que
Na construção civil, a análise de função vem sendo usada como uma ferramenta de
auxílio para se alcançar níveis superiores de qualidade e entrega, agregando valor ao produto
sobre um preço dentro do que o cliente está disposto a pagar ou o praticado pelo mercado
importância, sendo: i) Funções Básicas (FB) e ii) Funções Secundárias (FS) (MILES, 1989;
61
correspondem às funções não essenciais, que não estão relacionadas ao objetivo de desempenho
principal do produto.
classificar algumas funções existentes que são componentes obrigatórios em uma edificação
Para uma análise individualizada de cada função é possível determinar sua característica
“Uso” quando ela é mensurável e de “Estima” quando se trata de uma função subjetiva,
Função através de uma visualização fácil e dinâmica (CSILLAG, 1995; ABREU, 1996; SAVE,
1998). É uma das opções dentre as técnica disponíveis para análise de valor para a abordagem da
62
MV e visa acompanhar um plano de trabalho definido de forma sistematizada, em qualquer nível
de diferentes áreas que fazem parte do processo de projeto se reúne com o objetivo de discutir o
método FAST é gerar um conjunto de ideias com base em todos os pontos de vista, por isso deve
ser aplicado em um grupo composto de diferentes pessoas que atuam em diferentes áreas. Esta é
uma fase criativa de “brainstorming” que gera um grande número de ideias, muitas inovadoras e
O método FAST inicia-se a partir de um objetivo principal e duas perguntas são feitas.
classificação das funções que se desenvolvem a partir dela, para ser possível a entrega do produto
organizadas com base em funções que refletem a demanda de mercado, considerando o ponto de
vista do usuário-final (NOGUCHI, 2004). As funções restritivas como custo, tempo, qualidade e
terreno devem ser separadas na parte inferior do diagrama. Dessa maneira, as funções sequenciais
vão sendo atribuídas partindo da pergunta “Como?” da função predecessora. Este processo
permite a decomposição das funções que vão sendo atribuídas chegando no nível máximo da
decomposição da função, em que a função não pode mais ser subdividida (NOGUCHI, 2004).
produto ou processo como a redução de custo, por exemplo, identificadas para futuros estudos
63
A Figura 4-5 cria um esboço da aplicação do Diagrama FAST, conforme a ordenação das
64
4.2.3. Técnica de Mudge
em uma comparação combinada das funções que compõem um determinado produto (CSILLAG,
1995). O Objetivo desta técnica é hierarquizar as funções de acordo com um resultado relativo, a
partir da atribuição de um peso equivalente à importância de cada função. Duas funções devem
ser comparadas par-a-par e a função que prevalece com maior importância é escolhida, recebendo
um peso atribuído para a função em questão. Por fim, quando comparadas todas as funções contra
todas, o total da pontuação dos resultados das combinações par a par gera uma porcentagem
65
4.2.4. Método COMPARE
Para aplicar a trocas de estimativas entre custo e valor agregado, a analise de valor é
validada com o uso do Método COMPARE, definido a partir de duas séries de dados que
compara a Necessidade Relativa das Funções e Consumo de Recursos das Funções (CSILLAG,
1995). A Necessidade Relativa das Funções corresponde à porcentagem relativa de cada função e
Recursos das Funções corresponde ao custo da função analisada. A partir da comparação dos
Este método auxilia na identificação de pontos críticos onde a redução de custo deve ser
mais relevante, em relação à necessidade, sem troca de funções básicas e do valor percebido pelo
Figura 4-7.
incorporar atributos de valor desejado para o usuário final com a utilização da MV, por meio do
reconhecimento dos pontos críticos onde a redução de custo é relevante quando comparado com a
realocação de custo no produto com o intuito de agregar valor, para reduzir os custos que não são
67
68
5. MÉTODO
rigorosos de análise do porquê, ou porque não o artefato em questão é eficaz (MANSON, 2006).
A DS busca uma solução para problemas reais de relevância com potencial de pesquisa
por meio de um funcionamento prático, que deve estar conectado a uma teoria prévia (LUKKA,
2000; LUKKA, 2003). Esta solução para o problema deve ser implementada e testada na prática
teóricas, conforme o resultado obtido (KASANEN; LUKKA; SIITONEN, 1992; LUKKA, 2003;
69
ampla compreensão de processos organizacionais para que as alterações pretendidas sejam
exigências acerca do desempenho deste artefato (LACERDA, 2013). O método de avaliação deve
ser definido de acordo com a necessidade de cada pesquisa e estar alinhado diretamente ao
artefato em si e a sua aplicabilidade (HEVNER et al., 2004; LACERDA, 2013). Os métodos para
avaliar o artefato são classificados em cinco tipos, sendo: Avaliação Observacional, Analítica,
Como resultado, se obtém a criação de novas soluções e/ou artefatos ou uma melhoria de
um sistema já existente, de maneira inovadora (LUKKA, 2003; VENABLE, 2006), sobre uma
tipos de Resultados (Outputs) gerados pela DS são definidos de acordo com o nível de aplicação
do artefato e conforme o objetivo da pesquisa (MARCH; SMITH, 1995; HEVNER et al., 2004;
70
5.1. DELINEAMENTO DO MÉTODO
aplicação e teste do CM durante o processo de projeto em uma UH Wood Frame para HIS.
como norteador desta aplicação (JACOMIT; GRANJA, 2011). À vista disso, a aplicação
procurou manter o conhecimento tácito do CM, baseado no conhecimento teórico por meio da
sobre o ambiente, o presente estudo foi conduzido por meio do método de avaliação
como finalidade estudar o artefato em um ambiente controlado para verificar suas qualidades
como, por exemplo, sua usabilidade. Como a realização do artefato ocorre em seu ambiente, por
estudo; ii) Ambiente de estudo; iii) Definição dos participantes (quantidade de pesquisadores); iv)
71
O Quadro 5-2 apresenta, de maneira resumida, a caracterização do contexto do presente
5.1.1. Fases da DS
divididas em:
DS para nortear a condução do presente estudo. A partir das cinco fases da DS, definidas pela
teoria, as Etapas da Pesquisa para a aplicação proposta foram definidas em: i) revisão de
literatura; ii) nivelamento dos conhecimentos do CM; iii) aplicação e teste; iv) avaliação dos
72
uma destas etapas. O delineamento das Fases da DS, Etapas da Pesquisa e seus respectivos
nivelamento dos conhecimentos sobre CM, utilizados como base teórica para a Aplicação do
73
“Modelo de abordagem do CM para o processo de desenvolvimento de edificações”, de Jacomit e
Granja (2011).
processo de projeto de uma UH em HIS. A fase de validação foi realizada por meio de avaliação
qualitativa e quantitativa dos dados gerados a partir da aplicação e teste e, por fim, as
revisão de literatura foi utilizada como base para o nivelamento dos conhecimentos sobre o CM.
para aplicação do CM adaptado para a HIS de acordo com as necessidades deste contexto.
elaborado para ser utilizado na fase de Aplicação e Teste do CM, como um guia para a aplicação.
74
5.1.1.3. Avaliação dos dados
ZEMCH (Zero Energy Mass Custom Home)8 Brasil, que cedeu a oportunidade de utilizar o
“processo de projeto de HIS em Wood Frame” como objeto e ambiente de estudo para a
aplicação do CM.
ZEMCH é um acrônimo de Zero Energy Mass Custom Home com o objetivo de resolver
8 Zero-Energy Mass Custom Home Network – International Network Reseach - Coordenado pelo Prof Dr. Masa
Noguchi (University of Melbourne -Austrália) e pela Prof. Dra. Ercilia H.Hirota (UEL-Brasil).
75
socioeconômicas. É uma rede internacional que visa à colaboração baseada na relação entre a
elaboração de um novo projeto para HIS em sistema Wood Frame. O objetivo da pesquisa
Brasileiro, visando suprir as demandas da faixa econômica situada entre uma renda mensal de
colaboração de profissionais que atuam no setor de HIS, dentre eles Construtores, Assistentes
presente estudo.
76
Quadro 5-3: Pesquisadores e colaboradores envolvidos no processo de projeto da pesquisa ZEMCH Brasil
Grupo de
Responsabilidades dentro do processo
Pesquisadores/ Formação dos Pesquisadores/Colaboradores
de projeto
Colaboradores
Engenheira Civil, doutorada em Engenharia Civil
Coordenação Responsável pela coordenação das
com experiência acadêmica na área da Gestão da
da Pesquisa equipes
Construção;
Arquiteto e Urbanista, mestrando de Engenharia
Desenvolvimento do Projeto para a
Projeto Civil com experiência profissional em Arquitetura
Unidade de Habitação Social.
e Urbanismo;
Professor Arquiteto Urbanista, doutorado em Colaboram com estudos específicos em
Técnicas
Arquitetura e Urbanismo, especialista na área de construção em madeira, especialmente na
Construtivas
Madeira fase de Desenvolvimento do Projeto.
Arquiteta Urbanista, doutorada em Arquitetura e Desenvolveram estudos específicos para
Eficiência Urbanismo com experiência acadêmica na área de melhora do produto em termos de
Energética: eficiência energética e conforto ambiental, além de estudos para
Alunos de Mestrado e Iniciação Científica inserção de equipamentos sustentáveis
Arquiteta Urbanista, Mestra em Arquitetura e Colaboração no desenvolvimento de
Planejamento
Urbanismo com experiência em planejamento melhorias urbanas, focado em Conjuntos
Urbano
Urbano. Habitacionais de Interesse Social.
Arquiteto e Urbanista, doutorado em Arquitetura
Avaliação de questões de valor, no ponto
e Urbanismo experiência acadêmica e experiência
de vista do usuário-final e considerações
Custo e Valor: profissional nas áreas de Habitação de Interesse
de Custo, conforme restrições do
Social, e Avaliação Pós-Ocupação e Projeto
PMCMV-E.
Participativo
Engenheira Civil, doutorada em Engenharia Civil Colaboração com informações técnicas e
Sistemas com experiência acadêmica e experiência desenvolvimento de novos sistemas
Construtivos profissional nas áreas de Gestão da Produção, construtivos focado em processo de
Padronização e Prototipagem produção enxuta
Auxilio com informações técnicas, legais,
Construtores Locais
mercadológicas sobre HIS para a cidade
Engenheiro Civil Diretor Técnico de empresa
de Londrina. O Construtor local também
privada do setor construtivo que atuam dentro do
compartilhou dificuldades e sugestões de
PMCMV-E;
possíveis melhorias para a entrega HIS
Profissionais da companhia de habitação da Os profissionais da companhia de
Legal e Técnico cidade de Londrina (COHAB-LD) habitação da cidade de Londrina
(Colaboradores Engenheiro Civil que ocupa cargo público na compartilharam informações de cunho
externos) companhia habitacional na área de projeto e técnico e legal no que diz respeito ao
construção de HIS e Assistente Social, chefe do PMCMV-E, bem como informações
Departamento Social da companhia habitacional sobre
A Empresa 01disponibilizou informações
Subfornecedores
específicas sobre a tecnologia Wood
Empresa fornecedora de tecnologia Wood Frame
Frame e compartilhou informações dos
e Empresa subfornecedora de painéis em MDF
custo relacionados à UH
Fonte: Autor
77
78
6. NIVELAMENTO DOS CONHECIMENTOS SOBRE
CUSTEIO-META
troca inicial de informações e nivelamento dos conhecimentos sobre o CM por toda a equipe.
Esta fase foi essencial para o entendimento dos objetivos propostos pelo ZEMCH Brasil, do
projetar HIS.
A fase preliminar buscou, além disso, alimentar o processo de projeto com as informações
grupo de pesquisadores foram conduzidas nesta etapa, além de discussões sobre o CM. Para o
79
nivelamento dos conhecimentos sobre o CM utilizou-se um método de ensino específico sobre o
Conforme a teoria do CM, o valor e o custo devem ser utilizados como parâmetros de
estudo preliminar de projeto e transformações de tais demandas em atributos de projeto. Por fim,
A primeira etapa do processo do projeto procurou reconhecer o perfil das famílias que
residem em Conjuntos de HIS e as maiores necessidades e anseios dos moradores deste tipo de
Os requisitos de valor dos usuários de HIS foram obtidos a partir de uma Avaliação Pós
80
As ferramentas de APO e Baralho de Cartas são detalhados no Quadro 6-1.
Quadro 6-1: Ferramentas utilizadas na identificação da demanda e captação das percepções de valor dos
usuários-finais
Questionario de APO identifica o perfil das famílias que residem nas HIS do estudo de caso,
Avaliação Pós-
reconhecendo fatores como: tamanho das famílias, idade dos moradores, profissão,
Ocupação
escolaridade, utilização de meios de transporte e nível de satisfação com a residência
(APO)
(ANEXO A).
27 itens de análise (cartas do baralho) divididos em 5 grupos.A aplicação do IGI se realiza
pela classificação por ordem de importância dos baralhos de cada grupo, em uma primeira
Baralho de
rodada. As cartas de maior importancia são selecionadas e, e novamente classificadas por
Cartas (IGI)
ordem de importância em uma segunda rodada. O resultado é validado por analise estatística
com intervalo de confiança de 95,5% e margem de erro de 10%.
Fonte: Autor
Esta fase conta com o auxílio das equipes multidisciplinares na elaboração do Estudo
81
Adicionalmente, conforme a teoria do CM, foi necessário considerar o envolvimento da
cadeia de fornecedores desde a etapa de estudo preliminar para que as questões construtivas
deve ser desenvolvida conforme o processo de projeto tradicional, ou seja, com elaboração
Nesta fase, a identificação das demandas e a captação das percepções de valor dos
transformadas em atributos de projeto. Esta é uma fase importante da aplicação das ferramentas
No desenvolvimento desta etapa, foi necessária a participação dos pesquisadores das áreas
entre a equipe multidisciplinar foi gerar debates sobre as interpretações dos requisitos e análises
importância, sendo a mais importante aquela que apresenta maior IGI Relativo.
foram cruzadas em uma matriz, para ponderar cada oportunidade de intervenção com o resultado
82
para cada oportunidade de intervenção gerou um IGI Relativo (∑ IGI (OI)) para cada
Para maior agilidade deste processo, o cruzamento das Oportunidades de Intervenção com
o IGI pode ser realizado através de uma planilha interativa online, disponível em servidor na
nuvem9, onde o acesso dos pesquisadores ocorre por meio de login de usuário. Desta maneira, o
abordagem tradicional, o atual contexto de HIS utilizou como referência para determinação do
83
O presente estudo utilizou como parâmetro de preço e custo o valor de subsídio conforme
considerando gastos como Terreno, Construção de Infraestrutura, além de demais gastos indiretos
como, por exemplo, taxas de seguro, cartório, entre outros. Segundo Aragão (2014), apenas 52%
demais custos não envolvidos à entrega da UH, citados anteriormente, que demandam 48% do
84
No processo de entrega de uma UH para o PMCMV-E estariam vários agentes, sendo o
primeiro agente o PMCMV-E, sendo a Caixa Econômica Federal o órgão responsável pelo
entendimento do processo de repasse financeiro. Este processo foi estruturado de acordo com a
básicos para análise, hierarquização, seleção e contratação das propostas, bem como
parcial da UH.
11
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 39, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2014. Regulamenta o Programa Minha Casa,
Minha Vida - Entidades - PMCMV-E e altera a Instrução Normativa nº 14/2008, que regulamenta o
Programa Crédito Solidário-PCS.
85
Os Subfornecedores correspondem a outros órgãos e entidades, que participam da
construtor que fica responsável pela entrega de todo o empreendimento, atuando em parceria com
Figura 6-2: Coalizão das partes interessadas na entrega das UH para o contexto do PMCMV-E
Fonte: Autor
86
6.2.5. Definição das Margens de Lucro
administrativas, somando impostos e lucros do produto. Porém, na área da Construção Civil este
termo é usualmente chamado de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). No decorrer deste estudo,
adotou-se o termo BDI para os valores referentes ao markup, visto que é o termo mais utilizado
Construtor.
(6)
87
Cabe salientar que, nesta equação, o PMerc e BDI foram estabelecidos conforme as
exigências do PMCMV-E e variam de acordo com o nível da coalização das partes interessadas
na entrega da UH, uma vez que cada agente possui seu próprio parâmetro de PMerc e o BDI
Para o desenvolvimento da aplicação e teste do CM, o CPer foi estabelecido para todos os
níveis da coalização das partes interessadas na entrega da UH, considerando-se assim o CPer do
nível de produto procura traçar alternativas de redução de custo por meio do aperfeiçoamento do
A comparação das características do produto proposto nesta pesquisa foi realizada com
presente estudo.
88
6.3.2. Primeira estimativa de Custo de produção
praticado pela Empresa 01. Para elaboração da primeira estimativa de custo, se fez necessária a
As analises das reais capacidades de Redução de custo devem ser identificadas para todas as
partes interessadas da coalização das partes interessadas na entrega da UH, assim como o CPer,
onde :
(7)
Mercado e BDI estabelecidos pelo PMCMV-E e o CP, correspondente ao custo real de produção
da Empresa 01.
CPer e tem por objetivo tornar o processo de atendimento ao Custo-Meta mais desafiador do que
89
lucratividade, ou redução do preço do produto, para garantir maior vantagem competitiva sobre
os produtos concorrentes.
Porém, objetivo da presente pesquisa não visa uma redução maior em termos de custo,
abaixo do estabelecido pelo CPer, visto que o objetivo do estudo proposto é atingir o custo para o
como objetivo de redução de custos para a entrega da UH, sendo que o Custo-Meta representaria
no nível do produto, utilizada como uma análise mais detalhada do produto, que envolve os
fornecedores.
possíveis oportunidades de melhorias no que diz respeito à função e custo do produto, visando
90
6.4.1. Seleção de técnicas Construtivas e Desdobramento do CM em
Macrossistemas
Edificações”. Foram utilizados como referência os estudos de Yokota et.al. (2010) e Ruiz (2011).
de parcerias ao longo do processo de projeto com o foco na redução do custo dos componentes.
detalhada em termos de funções de maior importância do produto. Além das funções, foi possível
Secundárias Necessárias (FSN) ou Funções Secundárias (FS). A relação de Uso (U) ou Estima
Por fim, a aplicação seguiu com a determinação dos fornecedores participantes, adoção do
open book e formação de equipes multidisciplinares (JACOMIT, 2010). Porém, observou-se que
91
para o contexto de HIS, a determinação dos fornecedores participantes e formação de equipes
Uma vez que os agentes envolvidos foram determinados, iniciou-se a fase de aplicação da
MV para uma avaliação do produto no nível de função e componente. Optou-se pela utilização de
Aplicação (Simulação): i) Análise de Função, ii) Método FAST e iii) Técnica de Mudge
Pesquisadores Envolvidos: Todos os pesquisadores envolvidos na pesquisa ZEMCH Brasil, incluindo
alunos de pós-graduação, representantes da Empresa 01, representante do subfornecedor de placas de
vedação, professores e alunos da pós-graduação de outras instituições de ensino, convidados.
Objetivo: Obtenção das variáveis de i) “Consumo de Recursos na Função”; ii) “Necessidades relativas
das Funções” e; iii) Cruzamento do “Consumo de Recurso” X “Necessidade Relativa”
Análise de
em sua(s) respectiva(s) função/funções e interpretação das necessidades de valor pela comparação par-
a-par (Técnica de Mudge) e pelo Método COMPARE, baseado no IGI.
Pesquisadores Envolvidos: Grupo de Valor da pesquisa ZEMCH Brasil. Pesquisadores do
LAGERCON13, que inclui o autor do trabalho.
Objetivo: Identificar a necessidade relativa de cada função existente no produto (UH)
Técnica
Mudge
de
Aplicação: Comparação par-a-par entre as funções, respondido pelos colaboradores do ZEMCH Brasil;
obtenção do consenso dos resultados, conforme o método Delphi (WRIGHT; SPERS, 2000).
Objetivo: Comparar os resultados de Necessidade Relativa e Consumo de recursos obtidos na aplicação
COMPARE
importância das funções do produto, sobre uma análise em termos de valor e custo. No presente
92
Identificação de Recursos na Função
Função é um valor relativo ao custo da função, representada por uma porcentagem relativa ao
abaixo, o Componente 5 é representado pelas funções “B”, “C”, “D” e “E”, portanto, seu custo é
distribuído entre as funções. A soma de todos os recursos atribuídos para a função gera um total,
foi necessário identificar a Necessidade Relativa das funções para uma futura elaboração do
gráfico COMPARE.
93
A Necessidade Relativa foi identificada por meio da Ténica de Mudge, que consisiste na
comparação par-a-par das funções. Para aplicação da Técnica de Mudge, as funções foram
Técnica de Mudge
∑ Pontos Necessidade
A B C D E Funçâo Relativa (%)
A Ax ou Bx Ax ou Cx Ax ou Dx Ax ou Ex a = ∑ Ax a/T OT AL
B Bx ou Cx Bx ou Dx Bx ou Ex b = ∑ Bx b/T OT AL
C Cx ou Dx Cx ou Ex c = ∑ Cx c/T OT AL
D Dx ou Ex d = ∑ Cx c/T OT AL
E e = ∑ Ex e/T OT AL
TO TAL =
100%
a+b+c+d+
Fonte: Autor
Uma vez selecionada a função principal na comparação par-a-par, foi necessário definir
um peso para cada função. Este peso é utilizado para que possa ser atribuída uma pontuação para
vista do usuário-final. Por isto, os 27 itens do IGI foram utilizados como forma de ponderação
A partir do cruzamento entre os itens do IGI (Função x IGI), obteve-se uma Porcentagem
Relativa (PR). As funções que possuem maior PR são atribuídas com maior peso e, as com menor
94
A Tabela 6-4 ilustra como o IGI é atribuído para cada função, conforme a matriz de
FUNÇÕES
A B C D E F (n)...
IGI1 IGI1 IGI1
IGI2 IGI2
IGI3
IGI4 IGI4 IGI4 IGI4
IGI5 IGI5 IGI5
IGI6
IGI7
IGI8 4.96% IGI8 IGI8 IGI8
IGI9
IGI10 IGI10 IGI10
IGI11 IGI11
∑IGI = 100% ∑ IGIS (A) ∑ IGIS (B) ∑ IGIS (C) ∑ IGIS (D) ∑ IGIS (E) ∑ IGIS (F) ∑ IGIS (n)..
Fonte: Autor
Para classificar o peso das funções entre PESO 1, PESO 2 ou PESO 3, foi estabelecida a
regra da porcentagem onde 1 PESO é formado pela média entre o maior valor de PR e o menor
(8)
No final, a soma dos pesos gerou uma soma de pontos para cada função e um resultado
funções, permitindo uma comparação entre o valor e custo de cada uma das funções estabelecidas
95
A avaliação do gráfico COMPARE permite visualizar se o consumo de recurso das
funções é compatível à necessidade relativa sobre a percepção de valor do usuário final. Podem
existir funções do produto onde se dispendem maiores esforços financeiros enquanto a relação do
exemplo da Função B, do Gráfico 6-1. O oposto pode ocorrer em funções onde o usuário-final
não atribui valor alto à função, porém o consumo de recursos seja significativo como mostra a
produto. Quanto maior rigor houver nas análises de captura de requisitos do cliente e
Gráfico 6-1: Gráfico Compare “Consumo de recursos X Necessidades Relativas” - Exemplo de aplicação
40%
Função E: Consumo de
Recurso alto
30%
20%
Função E: Necessidade
Relativa baixa
10%
96
6.4.4. Elaboração das plantas de cada especialidade, por etapa, e
elaboração das demais estimativas do Custo de Produção.
resultados das análises de função do produto, o produto foi rediscutido pela equipe envolvida no
Esta etapa demanda participação não só da equipe de projeto, mas também dos
construtores, fornecedores e subfornecedores para que novas soluções de projeto sejam discutidas
entre todos os envolvidos, além de promover negociações com relação ao custo no nível de
componente.
objetivo definido para o produto, iniciam-se as etapas de inicio de produção, entrega e posteriores
feedbacks. Estas últimas etapas (19 e 20) do modelo de Jacomit e Granja (2011) não serão
97
98
7. APLICAÇÃO E TESTE
edificações” de Jacomit e Granja (2011). O Quadro 7-1 resume a aplicação das 18 etapas,
Quadro 7-1: Fases e Etapas de Aplicação e Teste do CM em UH Wood Frame para HIS
FASE 01 - Aplicação do CM dirigido ao Mercado
Etapa 01: Identificação da demanda, captação das percepções de valor dos usuários finais que pertencem ao
nicho de mercado e determinação dos fatores que influenciam na compra.
Etapa 02: Estudos preliminares (Estudo de Massa, quadro de áreas etc).
Etapa 03: Transformação das percepções de valor do cliente em atributos de projeto - diferenciais e identificação
de tendências.
Etapa 04: Determinação do Preço de Mercado de um produto similar com tais características
Etapa 05: Determinação do preço associado ao diferencial do Produto.
Etapa 06: Preço de Mercado (PMerc)
Etapa 07: Definição do BDI
Etapa 08: Cálculo do Custo Permissível (CPer).
FASE 02 - Aplicação do CM no nível de Produto
Etapa 09: Comparação das características do produto com outros desenvolvidos anteriormente pela empresa e
Etapa 10: Primeira estimativa de Custo de Produção (CP).
Etapa 11: Análise das reais capacidades de redução de custos da empresa, do CPer e do CP.
Etapa 12: Identificação do Custo-Meta.
Etapa 13: CPer ≤Custo-Meta?
FASE 03 - Aplicação do CM no nível do Componente
Etapa 14: Seleção de técnicas construtivas e desdobramento do CM em itens de Custo.
Etapa 15: Definição das especificações e desdobramentos do CM em nível de Função e Componente.
Etapa 16: Determinação dos fornecedores participantes, adoção de open book e formação
de equipes multidisciplinares - Aplicação da MV
Etapa 17: Desenvolvimento das plantas de cada especialidade, por etapa, e Etapa 18: Elaboração das demais
estimativas do Custo de Produção 01 (CP1)
Fonte: Autor
99
Os conhecimentos sobre CM foram compartilhados por meio de reuniões informais com
específicas sobre cada uma das disciplinas envolvidas no processo de projeto (Quadro 7-2).
Quadro 7-2: Resumo das reuniões preliminares realizadas pelo grupo de pesquisa ZEMCH Brasil
Foco Equipes de Pesquisa Escopo Data
Primeira Todos os Pesquisadores Estabelecimento dos objetivos e metas a serem Ago//2013
Charrette ZEMCH Brasil cumpridas para o processo de projeto das UH,
desenvolvidas pela pesquisa ZEMCH Brasil
Projeto Pesquisadores Apresentação do Estudo preliminar (versão inicial) e Out//2013
Coordenação de Projetos primeiras considerações de opcionais para customização
ZEMCH Brasil proposta, baseados na APO (resultados preliminares)
Construtor Construtor Colaborador Orientações sobre o processo de construção de Conjuntos Nov/2013
Externo ZEMCH Brasil Habitacionais na cidade de Londrina, desde a fase de
projeto até a pós-ocupação.
Companhia Profissionais da área de Orientações gerais para o desenvolvimento de HIS na Nov/2013
de Projeto da COHAB-LD região de Londrina-PR, considerando normas
Habitação regulamentadoras, subsídios disponíveis, restrições
projetuais, demandas regionais, entre outros.
Custo Pesquisadores - Equipe Resultados Preliminares das análises de Custo baseado Nov/2013
de Custo ZEMCH Brasil no estudo de caso do Abordagem do CM – Estudo de
Caso de Aragão (2014).
Eficiência Especialista na área de Apresentação dos perfis das famílias do estudo de caso Nov/2013
Energética Eficiência Energética com relação ao uso de Sistema de Aquecimento Solar
(SAS) e Instruções para utilização
Valor Profissional Assistente Apresentação dos Perfis de Famílias do Conjunto Nov/2013
Social da COHAB-LD Habitacional, considerando o perfil cultural das famílias
beneficiadas pelo PMCMV-E, foco da pesquisa.
Valor Pesquisadores - Equipe Resultado dos perfis das Famílias – APO - e resultados Nov/2013
de Valor ZEMCH Brasil da aplicação do Baralho de Cartas (IGI)
Fonte: Autor
100
7.2.1. Etapa 01
Os valores do IGI de referência foram utilizados como parâmetro para ponto de partida
Jacomit e Granja (2010) descrevem esta fase como Identificação da demanda, captação
das percepções de valor dos clientes que pertencem ao nicho de mercado e determinação dos
necessário incorporar a esta fase uma série de fatores técnicos estabelecidos pelo PMCMV-E
(condicionantes projetuais como áreas mínimas, acesso, requisitos mínimos de qualidade, entre
aplicação do CM para HIS, os fatores que influenciam na compra são uma somatória entre as
De acordo com o resultado da aplicação das cartas do baralho, a “Segurança” deve ser
priorizada, seguido de “Previsão de áreas verdes” e “Medidas para redução de custos com água,
energia e manutenção”. Observa-se que foi atribuída pouca importância aos itens relativos à
disposição dos cômodos, elementos decorativo e local para guardar o carro. A “Segurança” foi
classificada como fator mais importante, seguido de “Natureza”, “Condomínio, água, luz e gás”,
101
O Gráfico 7-1 apresenta os resultados finais obtidos na identificação da natureza do valor
Gráfico 7-1: Resultado Final do Índice Geral de Importância (IGI) – COHAB-LD - Londrina/PR
102
7.2.2. Etapa 02
“Estudos preliminares”
preliminares.
croquis, plantas, fachadas e modelos 3D. Além das considerações dos resultados da APO, do IGI
importância, pois puderam auxiliar com soluções técnicas associadas ao emprego do sistema
Wood Frame.
103
Figura 7-2: Estudo preliminar das fachadas
Fonte: ZEMCH Brasil
PMCMV-E.
A planta preliminar foi gerada a partir da análise de volumetria e determinação das áreas
104
Figura 7-3: Planta baixa do Estudo preliminar UH ZEMCH Brasil
Fonte: ZEMCH Brasil
105
7.2.4. Etapa 03
regulamentações projetuais estabelecidas pelo PMCMV-E. Esta etapa do trabalho foi realizada de
forma colaborativa, onde os envolvidos compartilharam experiências para assim identificar todas
(Decreto F. n° 6.275/2007); Ministério das Cidades (Lei F. 6766/1979); Plano Diretor Participativo Municipal
(Lei M. 10.257/2001); Estatuto do Idoso (Lei M. 10.741/03); Cartilha de Disposições Técnicas do PMCMV
(ARAGÃO, 2014, p. 50).
106
No total, foram geradas 23 oportunidades de intervenção no projeto, conforme o Quadro
7-3:
Quadro 7-3: Oportunidade de Intervenção no projeto geradas a partir da APO e Baralho de Cartas
(COHAB-LD)
OPORTUNIDADE DE INTERVENÇÃO NO PROJETO
OI1 Prever fechamento do lote
OI2 Prever portão para acesso ao lote/casa
OI3 Prever área para jardim
OI4 Prever área para horta
Desempenho acústico, implantação, localização de portas e janelas e especificação
OI5
de materiais
OI6 Prever 2 banheiros na UH
OI7 Prever 3 quartos
OI8 Prever piso interno na casa toda
OI9 Prever pintura interna e pintura externa da habitação
OI10 Prever contrapiso externo (calçamento, rampa e escada caso necessário)
OI11 Contemplar a "privacidade visual da habitação em relação à rua e aos vizinhos"
OI12 Contemplar "privacidade acústica"
OI13 Prever Cozinha com área adequada
OI14 Prever Sala com área adequada
OI15 Prever Dormitórios com áreas adequadas
OI16 Para lazer: fazer churrasco, para brincar
OI17 Prever Área de Circulação Interna
OI18 Prever local para a construção de uma garagem. Lembrar do acesso até a habitação
OI19 Prever local para a construção de área de serviço/lavanderia
OI20 Prever área para as atividades de lazer, área de serviço - "cobertura nos fundos"
OI21 Prever local para a construção de uma varanda
OI22 Prever área para quintal, para as crianças brincarem
OI23 Prever projeto de calçada
Fonte: Autor
Relativo para cada carta do baralho. O IGI Relativo mensura cada uma das oportunidades de
intervenção. Esta análise é importante para criar uma hierarquia do grau de relevância entre
de intervenção de acordo com o IGI Relativo atribuído para cada uma das oportunidades de
107
A Tabela 7-2 apresenta a Hierarquização das Oportunidades de Intervenção, conforme o
O maior IGI atribuído foi igual a 42%, para a OI11 “Contemplar a privacidade visual da
habitação em relação à rua e aos vizinhos”, enquanto o menor IGI atribuído foi para a OI10 –
“Prever contrapiso externo (calçamento, rampa e escada caso necessário)”. O resultado mostrou
que, das 23 Oportunidades de Intervenção, 12 obtiveram um IGI Relativo maior ou igual a 17%,
que corresponde à média entre o maior e o menor IGI relativo. Apenas 11 das Oportunidades de
108
7.2.1. Etapas 04 e 05
possui vários benefícios, se destacando questões de industrialização de mão de obra, que pode ser
reduzido em até 50%, diminuição de emissão CO² em 80% e redução do tempo de execução de,
A determinação de mercado foi elaborada a partir de uma extensa análise sobre o contexto
PR, aplicável para cidades para cidades de médio porte do Estado do Paraná, equivalente à R$
33.280,00. As margens foram estabelecidas com base na faixa mínima estabelecida pelo
PMCMV-E.
o CPer foi definido para todos os níveis da coalizão das partes interessadas na entrega da UH.
109
Primeiramente, o Custo Permissível do Construtor CPer (Construtor) foi identificado. O
Custo Permissível da Empresa 01 CPer (Empresa 01) Custo Permissível dos Subfornecedores
CPer (Subfornecedores).
do CPer para a empresa fornecedora de tecnologia Wood Frame CPer (Empresa 01) e CPer para
subtrair o BDI estabelecido para o construtor, equivalente a 20% de CPer (Construtor), do Preço
110
O BDI (Construtor) equivale a 22% do CP do produto, onde:
(9)
∴
(Empresa 01) é estabelecido pela subtração do BDI (Empresa 01) sobre o CPer (Construtor).
( )
(10)
∴
Por fim, Custo Permissível do Subfornecedores CPer (Sub) é estabelecido com base no
mesmo cálculo do CPer (Empresa 01), onde o CPer (Sub) é igual ao CPer (Empresa 01) menos o
( )
(11)
∴
111
A partir das referências de CP e CPer, foi possível identificar as reais necessidades de
redução de custo para a viabilização da entrega de uma UH em Wood Frame, abordada durante a
com base em um Custo de Produção (CP). As reais capacidades de redução de custos foram
avaliadas para, assim, poder traçar alternativas de redução de custo sem comprometimento da
7.3.1. Etapa 09
oportunidades e barreiras específicas para o contexto de HIS em Wood Frame (Quadro 7-4),
112
Quadro 7-4: Oportunidades e Barreiras da aplicação do CM em HIS Wood Frame baseado nos 13 fatores de
Cooper Slagmulder (1997)
FATORES OPORTUNIDADES E BARREIRAS
BARREIRAS: De certa forma, existe um custo-meta previamente estabelecido pelo PMCMV-
E. A pressão pela redução de preços/custos em EHIS é exercida pelos órgãos financiadores.
Atualmente, o ambiente competitivo predomina nas concorrências públicas baseadas em
menor preço, com consequente sacrifício exagerado de funcionalidade e qualidade.
1. Intensidade
OPORTUNIDADES: A diferenciação deveria vir da qualidade e funcionalidade do produto,
de competição
mas resta pouca margem para isto. Se padrões mínimos de qualidade e funcionalidade
conforme as necessidades dos usuários fossem estabelecidos e regulamentados no início,
seriam utilizadas como entradas do processo de projeto, para estimulo do produto, havendo
maior oportunidade para aplicação do CM.
BARREIRAS: O setor de HIS enfrenta baixo grau de exigência dos clientes, alto grau de
repetição dos modelos e tipologias utilizados em HIS, pouca dedicação na concepção do
produto a fim de agregar valores apropriados ao contexto de HIS. As habitações geralmente
2. Grau de apresentam alto índice de reformas e as famílias possuem perfil heterogêneo, em alguns casos
sofisticação do com grande numero de pessoas por habitação e eventuais portadores de necessidades
CM Dirigido ao Mercado
cliente especiais.
OPORTUNIDADES: Supõe-se que, ao “ensinar” o usuário-final sobre os benefícios da
tecnologia em Wood Frame, o grau de sofisticação possa aumentar.
BARREIRAS: Granja et al. (2011) inferem que o contexto de baixa complexidade (HIS)
3. Frequência possa ser mais favorável para uma aplicação piloto, experimental. Novamente, a atual
com que as repetição de modelos e tipologias existentes indica pouca dedicação na fase inicial de
exigências dos concepção do produto de modo a agregar valores apropriados a contextos específicos.
clientes OPORTUNIDADES: Pesquisas de APO podem auxiliar na identificação das exigências do
mudam perfil do usuário a ser atingido e suas variações. As referências de mercado local e preço dos
terrenos variam conforme a localização e devem ser consideradas.
BARREIRAS:O grau de entendimento sobre os requisitos futuros do produto é relativamente
baixo em relação a inovações, tecnologias e a alto em relação a tamanho dos cômodos,
necessidade de mais cômodos, entre outras demandas básicas, no ponto de vista du usuário-
4. Grau de final. Por parte dos produtores, requisitos de inovação incorrem no custo e geralmente são
entendimento pouco discutidos, pois se tem pouca visão de inserção de tecnologia sem interferência no
sobre os custo (inclusive ao longo do ciclo-de-vida do produto).
requisitos OPORTUNIDADES: Em EHIS, as APO poderiam substituir ou complementar as pesquisas
futuros do de mercado. O Baralho de Cartas (IGI) pode ser utilizado parâmetro de valor desejado do
produto usuário-final, visando avaliar o valor desejado, na identificação de potenciais melhorias do
produto. Adicionalmente aos resultados de pesquisa de mercado, os projetistas podem
adicionar requisitos futuros relacionados à inovação e tecnologias, no sentido de aumento do
valor agregado do produto, não se perdendo de vista os custos do produto.
BARREIRAS: É muito comum a repetição de modelos (“carimbos”). O nível de variedade é
baixo ou nulo neste tipo de habitação. Pouca atenção é dada para a variedade incorrendo em
5. Variedade
frequentes reformas posteriores à entrega.
de produtos
OPORTUNIDADES: A abordagem do CM pode auxiliar na entrega de um produto sobre o
CM no nível de Produto
sendo
custo estabelecido pelo PMCMV-E e, durante o processo de projeto, é possível avaliar as
produzidos
oportunidades de modificações da UH, no sentido de promover variedade (customizações),
uma vez que o custo do produto é decomposto nos níveis de função e componente.
BARREIRAS: Na manufatura, o produto é aprimorado de empreendimento a
6. Frequência empreendimento. Este ciclo é puxado pela necessidade de atualização dos produtos em face
de dos concorrentes. Entretanto, isto não ocorre no cenário atual, pois não há uma razão para que
lançamentos isso ocorra.
de modelos OPORTUNIDADES: Uma vez captadas e conhecidas as demandas dos usuários-finais, o
revisados e aprimoramento pode ocorrer com base na utilização de modelos de empreendimentos
atualizados passados para atualização em empreendimentos futuros, agregando valor em termos de
aumento da qualidade, funcionalidade e redução dos custos.
113
FATORES OPORTUNIDADES E BARREIRAS
BARREIRAS: O baixo grau de inovação do produto aumenta a previsibilidade do custo do
produto além de facilitar a realização das estimativas do custo, mesmo nos estágios iniciais do
7. Grau de processo de projeto. Porém, observa-se que o custo não é utilizado como parâmetro de
inovação do processo de projeto em empreendimentos anteriores.
produto OPORTUNIDADES: Apesar do alto grau de inovação do produto proposto, o relacionamento
com os fornecedores e subfornecedores não compromete a previsibilidade do custo do produto
nem tampouco a realização de estimativas de custo.
BARREIRAS: Em geral, edificações apresentam complexidade consideravelmente alta,
levando em consideração o grande número de componentes e de processos produtivos
8.
envolvidos no produto. Este fator aumenta a dificuldade de controle de custos.
Complexidade
OPORTUNIDADES: A alta complexidade do produto diminui a possibilidade de redução de
CM no nível de Produto
do produto
custos na fase de execução e aumenta a dificuldade de se controlarem os custos – criando um
contexto em que uma aplicação de CM poderia fazer a diferença.
BARREIRAS: Normalmente, são produzidas muitas unidades (Conjunto Habitacional),
9.
demandando alto investimento inicial para se produzir o produto.
Investimento
OPORTUNIDADES: O alto investimento inicial necessário aumenta a importância da
inicial
utilização do CM durante a fase de desenvolvimento do produto. As empresas que souberem
necessário
utilizar o CM como maneira de redução de custos sem comprometimento da qualidade pode
para se
garantir a entrega do produto sobre o valor de subsídio das UH, conforme estabelecido pelo
produzir
PMCMV-E.
BARREIRAS: A baixa duração da fase de desenvolvimento e a falta de
conhecimento/controle dos custos geram projetos repetidos (que facilitam a estimativa de
custos e se baseiam na experiência). Muitas vezes, o projeto é visto como necessidade formal
10. Duração
ao invés de elemento-chave para o processo do projeto, sendo desvalorizado Comumente, o
da fase de
foco das políticas públicas habitacionais é a maximização do número de unidades, e não da
desenvolv. de
qualidade e funcionalidade. .
produto
OPORTUNIDADES: O sistema construtivo Wood Frame apresenta diferencial na velocidade
de fabricação da UH, o que reduz o tempo de construção do produto e gera margem para
possível aumento da duração da fase de processo do produto.
BARREIRAS: O setor de HIS apresenta alto número de terceirizações que dificulta a
11. Grau de
aplicação de processos de melhoria contínua (kaizen) e reduz a precisão de estimatia de
integração
produtividade na execução.
horizontal
OPORTUNIDADES: É possível estabelecer o “target cost contracts”, em que é um custo-
(número de
meta para a execução de um serviço, e os valores que ficarem acima ou abaixo deste custo-
produtos/
meta são repartidos conforme acordado em contrato, dependendo, principalmente, dos riscos
serviços
CM no nível do Componente
114
A Figura 7-5 ilustra uma habitação em alvenaria, um dos atuais sistemas utilizado por
A Figura 7-6 apresenta uma UH em Wood Frame, protótipo do projeto ZEMCH Brasil
alvenaria é uma técnica de grande demanda manual, exigindo tempo, gerando como
115
processo artesanal. Foi possível observar pouca diferença visual entre as habitações, apesar de
seus diferentes sistemas construtivos. Considera-se que a aplicação do CM pode demandar maior
fabricação das peças da UH pode levar a uma redução significativa do tempo de construção. A
agilidade e rapidez na fabricação das peças e a montagem dos painéis prontos no local
Wood Frame, quando comparados com o processo tradicional atualmente utilizado em HIS.
7.3.2. Etapa 10
A primeira estimativa de Custo de Produção (CP) foi elaborada com base na planta do
todos os itens associados ao projeto, desde locação até acabamento, limpeza e Sistema de
Aquecimento Solar. Os parâmetros de custos apresentam valores reais 15 praticados pela Empresa
116
Tabela 7-4: Orçamento da primeira estimativa de CP para UH
ORÇAMENTO INICIAL* - ESTUDO PRELIMINAR
ORÇAMENTO INICIAL* - ESTUDO PRELIMINAR
CUSTO
Descrição Un. Quant. CUSTO
Descrição Un. Quant. GLOBAL
GLOBAL
FUNDAÇÕES/SUBSOLO 1,900.83
FUNDAÇÕES/SUBSOLO 1,900.83
Fundações
Fundações
1 Locação m² 42.19 97.21
1 Locação m² 42.19 97.21
2 Radier de Concreto Armado m² 42.19 1,803.62
2 Radier de Concreto Armado m² 42.19 1,803.62
PAREDES EXTERNAS E INTERNAS 5,411.50
PAREDES EXTERNAS E INTERNAS 5,411.50
3 Estrutura wood frame 2,705.75
3 Estrutura wood frame
4 Painel wood frame industrializado 2,705.75
m² 97.61 2,705.75
4 REVESTIMENTOS
Painel wood frame industrializado
DE VEDAÇÃO m² 97.61 6,550.41
2,705.75
REVESTIMENTOS
Revestimento DE VEDAÇÃO
de Fachada 6,550.41
Revestimento
5 Chapa cimentíciade com
Fachada
tratamento juntas m² 87.36 2,012.67
5 Pinturas
Chapa cimentícia
externascom tratamento juntas m² 87.36 2,012.67
Pinturas externas
6 Textura m² 106.29 882.95
6 Revestimentos
Textura de parede m² 106.29 882.95
Revestimentos de parede
7 Gesso acartonado e tratamento juntas m² 141.04 1,904.04
87 Azulejos
Gesso acartonado e tratamento juntas m² 141.04
m² 23.63 1,904.04
557.41
8 Pinturas
Azulejos internas m² 23.63 557.41
Pinturas internas
9 Pintura sob gesso acartonado m² 117.41 831.62
109 Impermeabilização
Pintura sob gesso acartonado
gesso m² 117.41
m² 11.06 831.62
361.73
10 ESQUADRIAS/FERRAGENS
Impermeabilização gesso E VIDROS m² 11.06 2,510.99 361.73
ESQUADRIAS/FERRAGENS
Esquadrias de madeira (+ ferragens) E VIDROS 2,510.99
Esquadrias
11 Porta Pronta de madeira
.80x2.10 (+ ferragens)
externa basculada alumi. un 1.00 378.00
11 Porta
12 Porta Pronta
Pronta .80x2.10
.80x2.10 externa
externa c/basculada alumi. un
Ferragens un 1.00
1.00 378.00
315.89
12 Porta Pronta .80x2.10 externa c/ Ferragens
13 Porta Pronta .80x2.10 int. semi-oca+ferragem un un 1.00
3.00 315.89
796.50
13 Esquadrias
Porta Pronta de .80x2.10
alumínioint. semi-oca+ferragem un 3.00 796.50
Esquadrias
14 Janela Alum.de alumínio
Max-ar 0.40x0.60 un 1.00 76.50
14 Janela
15 Janela Alum.
Alum. Max-ar
Max-ar 0.60x0.60
0.40x0.60 un
un 1.00
1.00 76.50
108.00
15 Janela Alum. Max-ar 0.60x0.60
16 Janela Alum. com Venez. 1.20x1.20m un
un 1.00
2.00 108.00
603.90
16 Janela
17 Janela Aço
Alum.semcom Venez.
Venez. 1.20x1.20m
1.60x1.20m un
un 2.00
1.00 603.90
232.20
17 REVESTIMENTOS
Janela Aço sem Venez.DE 1.60x1.20m
PISO un 1.00 1,995.35
232.20
REVESTIMENTOS
Revestimentos de pisoDE PISO 1,995.35
Revestimentos
18 Piso em cerâmicadeacabamento
piso padrão m² 41.93 1,056.64
18 Soleiras,
Piso em cerâmica
rodapés e peitoris padrão
acabamento m² 41.93 1,056.64
Soleiras,cerâmico
19 Rodapé rodapés e peitoris m 39.56 320.44
19 Impermeabilização
Rodapé cerâmico m 39.56 320.44
Impermeabilização
20 Impermeabilização com manta asfáltica m² 21.05 384.58
20 Impermeabilização
21 Impermeabilização áreas com manta
úmidasasfáltica m² 21.05
m² 9.78 384.58
233.69
21 COBERTURA
Impermeabilização áreas úmidas m² 9.78 4,492.26
233.69
COBERTURA
22 Estrutura do telhado m3 4,492.26
1.76 1,539.90
22 Telhas
23 Estrutura do telhado m3 71.16
m² 1.76 1,539.90
829.86
23 Beiral
24 Telhas m² 18.93
m² 71.16 829.86
537.52
24 Isolante
25 Beiral Lã-de-vidro 90mm Forro m² 38.12
m² 18.93 537.52
679.30
25 Revestimentos
Isolante Lã-de-vidro 90mm Forro
de teto m² 38.12 679.30
Revestimentos
26 Forro PVC de teto m² 41.93 905.69
26 INSTALAÇÃO
Forro PVC HIDROSSANITÁRIA/GÁS m² 41.93 1,887.99 905.69
INSTALAÇÃO
Instalação HIDROSSANITÁRIA/GÁS
hidráulica 1,887.99
Instalaçãode
27 Instalação hidráulica
agua fria Gb 1.00 591.61
27 Instalação
28 Instalação dede esgoto
agua fria Gb
Gb 1.00
1.00 591.61
755.31
28 Instalação de esgoto
29 Caixa d'Água - 500 litros Gb
Gb 1.00
1.00 755.31
140.40
29 Aparelhos,
Caixa d'Águametais
- 500 elitros
bancas Gb 1.00 140.40
Aparelhos,
30 Vaso metais
Sanitário Caixae Acoplado
bancas un 1.00 162.63
30 Torneira,
31 Vaso Sanitário
Pia deCaixa Acoplado
marmorite c/ mão-francesa un
un 1.00
1.00 162.63
135.45
31 Tanque
32 Torneira,Plástico
Pia de emarmorite
Torneira c/ mão-francesa un
un 1.00
1.00 135.45
45.00
32 Torneira
33 Tanque Plástico
lavatórioe Torneira
com Coluna un
un 1.00
1.00 45.00
57.60
33 INSTALAÇÃO
Torneira lavatórioELÉTRICA
com Coluna/TELEFONE/ un 1.00 57.60
711.00
INSTALAÇÃO ELÉTRICA /TELEFONE/ 711.00
34 Elétrica Gb 1.00 711.00
34 Elétrica Gb 1.00 711.00
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 2,250.00
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 2,250.00
35 Sistema de Aquecimento Solar (SAS) un 1.00 2,250.00
35 SERVIÇOS
Sistema de Aquecimento
COMPLEMENTARES Solar (SAS) un 1.00 2,250.00
522.03
SERVIÇOS
36 Calçada COMPLEMENTARES m² 18.93 522.03
429.33
36 Limpeza/desmobilização
Calçada m² 18.93 429.33
Limpeza/desmobilização
37 Limpeza geral Gb 1.00 92.70
37 Limpeza geral TOTAL Gb 1.00 28,232.36
92.70
TOTAL
(**) Macrossistemas adicionais aos estabelecidos pela norma NBR 15575 28,232.36
(**) Macrossistemas adicionais aos estabelecidos pela norma NBR 15575
*Data Base: JULHO/2014
*Data Base: JULHO/2014
Fonte: Autor
117
A primeira estimativa de CP oferece um dado muito importante: o Custo atual praticado
para a entrega de uma UH em Wood Frame. A partir do valor estabelecido para o CP da UH, foi
possível estimar os custos aproximados de produção nos demais níveis das partes interessadas na
sendo:
(12)
de CP (Empresa 01).
(13)
∴
01). Para isto, o BDI estabelecido para os Subfornecedores (14%) deve ser subtraído de CP
onde:
(14)
∴
118
7.3.3. Etapa 11
CP do produto e o CPer. Os esforços necessários para que o CPer fosse atingido foram
identificados pela diferença entre CP e CPer. Esta diferença é denominada Meta de Redução
(MR). A Tabela 7-3 resume os valores de PMerc, BDI, CP, CPer e MR estabelecidos para o
598,83 entre CP (Construtor) e PMerc (Construtor). Isto significa que o Construtor não possui
margem para os benefícios e despesas indiretas e, além disso, ainda estaria “pagando” para
A Figura 7-7 ilustra a análise das reais capacidades de redução de custo no nível do
Construtor, exemplificando, na estrutura (A) o custo real para uma entrega de uma unidade
habitacional, representado por (CP). Para que o produto seja viável de se entregar, no contexto do
PMCMV-E, o custo de produção deve ser reduzido em R$ 6.645,00 ou 19%, atingindo um custo
119
Figura 7-7: Análise das reais capacidades de redução de custos no nível do Construtor
Fonte: Autor
A estrutura (A) da Figura 7-8 mostra que a Empresa 01 fornecedora da tecnologia Wood
01, para entrega de HIS. O CP (Empresa 01) atual foi equivalente à R$ 28.232,36. Porém, o preço
de Mercado, representado por PMerc (Empresa 01), foi estabelecido em R$ 27.733,3 conforme
apresentado na estrutura (B) da Figura 7-8. Semelhante ao nível do Construtor, a Empresa 01 não
possui margem para BDI, além de o custo extrapolar o subsídio atual em R$499,04.
120
Para que a UH seja viável para a Empresa 01, observou-se a necessidade de redução de
18% do atual CP (Empresa 01), equivalente a R$ 5.121,26, ou 18%, conforme Figura 7-8.
Figura 7-8: Análise das reais capacidades de redução de custos no nível da Empresa 01
Fonte: Autor
Para o nível dos subfornecedores, foi identificado que a diferença entre o CP (Sub) e o CPer
(Sub) foi equivalente a R$ 4.492,33. O atual CP (Sub) foi igual a R$ 25.765,22 (estrutura A da
Figura 7-9), enquanto o CPer (Sub) igual a R$ 23,111,09 (estrutura B da Figura 7-9). Estimou-se
atuassem neste nicho de mercado, o BDI dos materiais fornecidos representaria 7% do preço do
produto e não cobriria os gastos incorridos. Conforme estabelecido pelo PMCMV-E, o BDI
121
Para que o produto atinja o PMerc (Sub) sobre um BDI igual a 14%, se faz necessária a
Figura 7-9: Análise das reais capacidades de redução de custos no nível dos Subfornecedores
Fonte: Autor
Cabe ressaltar que o nível dos subfornecedores pode ser decomposto em várias partes, de
encontrar maneiras de desenvolver um produto que satisfaça o usuário final sobre o CPer
estabelecido que, na prática, entretanto, nem sempre os projetistas encontram maneiras de fazer
122
isso. Esta etapa buscou complementar os esforços para alcance do CPer sob uma ótica detalhada,
ferramentas disponíveis que permitem uma análise detalhada da UH, sendo a Análise de Função,
7.4.1. Etapa 14
Edificações”, que é divida em: i) Sistemas Estruturais; ii) Pisos Internos; iii) Vedações Verticais;
iv) Cobertura e; v) Sistemas Hidrossanitários (YOKOTA et.al, 2010; RUIZ, 2011). Além destes,
foram incorporados outros dois macrossistemas adicionais não descritos pela norma, sendo:
Sistemas Elétricos
Apoio
estudo, que deve ser determinado por seus executores de acordo com os recursos disponíveis e
objetivos determinados (SAVE, 1998). Posteriormente, o custo foi decomposto a partir dos sete
preliminar. Cada macrossistema obteve uma porcentagem de representatividade dentro dos custos
Cobertura = 16%
Pisos Internos = 7%
Sistemas Hidrossanitários = 7%
Apoio = 2%
flexibilidade com relação aos parâmetros de custo, visto que sua demanda financeira é maior.
Somando estes três macrossistemas, notou-se a possibilidade de se trabalhar em 74% dos custos
124
O objetivo desta análise foi reconhecer onde existe maior oportunidade de redução de
A Meta de Redução (MR) estabelecida no nível dos subfornecedores foi decomposta entre
125
7.4.2. Etapa 15
orçamento foram classificados entre Funções Básicas (FB), Funções Secundárias Necessárias
(FSN) ou Funções Secundárias (FS). A relação de Uso (U) ou Estima (E) para cada componente
Fonte: Autor
126
A Tabela 7-7 classifica os macrossistemas e funções de acordo com a primeira estimativa
Tabela 7-7: Definição de Macrossistemas, Funções e Componentes com base no custo do produto
ANÁLISE DE FUNÇÃO
ORÇAMENTO INICIAL* - ESTUDO PRELIMINAR
Funções CUSTO
Macrossistema Componentes Descrição Un. Quant. (%)
(Verbo + Subst.) GLOBAL
FUNDAÇÕES/SUBSOLO 1,900.83
Radier Fundações
1 Baldrame Locação m² 42.19 97.21
Transmitir Esforços 16%
ESTRUTURA Estrutura em
2 Radier de Concreto Armado m² 42.19 1,803.62
madeira
Transmitir Esforços PAREDES EXTERNAS E INTERNAS 5,411.50
3 Verticais Estrutura wood frame 2,705.75
4 Limitar área Painel vedação Painel wood frame industrializado m² 97.61 2,705.75
Chapa cimentícia REVESTIMENTOS DE VEDAÇÃO 6,550.41
Textura Revestimento de Fachada
5 Pintura Chapa cimentícia com tratamento juntas m² 87.36 2,012.67
Gesso Pinturas externas
6 Proteger de intempéries - Azulejo Textura m² 106.29 882.95
Paredes Impermeabilização Revestimentos de parede
7 Gesso acartonado e tratamento juntas m² 141.04 1,904.04
8 Azulejos m² 23.63 557.41
Pinturas internas
9 VEDAÇÕES Pintura sob gesso acartonado m² 117.41 831.62 42%
10 VERTICAIS Vedar água Impermeabilização gesso m² 11.06 361.73
ESQUADRIAS/FERRAGENS E VIDROS 2,510.99
Esquadrias de madeira (+ ferragens)
11 Permitir Acesso
Esquadrias - Portas Porta Pronta .80x2.10 externa basculada alumi. un 1.00 378.00
12 Porta Pronta .80x2.10 externa c/ Ferragens un 1.00 315.89
13 Porta Pronta .80x2.10 int. semi-oca+ferragem un 3.00 796.50
Esquadrias de alumínio
14 Janela Alum. Max-ar 0.40x0.60 un 1.00 76.50
15 Permitir Ventilação Esquadrias - Janelas Janela Alum. Max-ar 0.60x0.60 un 1.00 108.00
16 Janela Alum. com Venez. 1.20x1.20m un 2.00 603.90
17 Janela Aço sem Venez. 1.60x1.20m un 1.00 232.20
REVESTIMENTOS DE PISO 1,995.35
Piso Cerâmico Revestimentos de piso
18 Rodapés Cerâmico Piso em cerâmica acabamento padrão m² 41.93 1,056.64
Revestir superfícies Impermeabilização Soleiras, rodapés e peitoris
PISOS INTERNOS 7%
19 horizontais Rodapé cerâmico m 39.56 320.44
Impermeabilização
20 Impermeabilização com manta asfáltica m² 21.05 384.58
21 Impermeabilização áreas úmidas m² 9.78 233.69
Proteger de intempéries - Cobertura COBERTURA 4,492.26
22 Forro PVC Estrutura do telhado m3 1.76 1,539.90
23 Cobertura Isolante térmico Telhas m² 71.16 829.86
24 COBERTURA Revestir superfície Beiral m² 18.93 537.52 16%
25 horizontal superior Isolante Lã-de-vidro 90mm Forro m² 38.12 679.30
Isolar calor Revestimentos de teto
26 Forro PVC m² 41.93 905.69
INSTALAÇÃO HIDROSSANITÁRIA/GÁS 1,887.99
Prover uso de Tubulações Instalação hidráulica
27 Louças Instalação de agua fria Gb 1.00 591.61
28 hidrossanitários Metais Instalação de esgoto Gb 1.00 755.31
29 INSTALAÇÕES Fornecer água Caixa D´água Caixa d'Água - 500 litros Gb 1.00 140.40 7%
HIDROSSANITÁRIAS Aparelhos, metais e bancas
30 Prover uso de Vaso Sanitário Caixa Acoplado un 1.00 162.63
31 Torneira, Pia de marmorite c/ mão-francesa un 1.00 135.45
32 hidrossanitários Tanque Plástico e Torneira un 1.00 45.00
33 Torneira lavatório com Coluna un 1.00 57.60
Prover iluminação e Fiação elétrica INSTALAÇÃO ELÉTRICA /TELEFONE/ 711.00
34 SISTEMAS Prover fornecimento de Iluminação/tomada Elétrica Gb 1.00 711.00
10%
ELÉTRICOS (**) Proporcionar melhor EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 2,250.00
35 desempenho SAS Sistema de Aquecimento Solar (SAS) un 1.00 2,250.00
Prover acesso Calçada SERVIÇOS COMPLEMENTARES 522.03
36 APOIO (**) Calçada m² 18.93 429.33 2%
Prover limpeza Limpeza Limpeza/desmobilização
37 Limpeza geral Gb 1.00 92.70
TOTAL 28,232.36 100%
(**) Macrossistemas adicionais aos estabelecidos pela norma NBR 15575 *Data Base: JULHO/2014
Fonte: Autor
127
7.4.3. Etapa 16
apenas algumas para esta aplicação, sendo: Workshop, Análise de Valor e Método Compare
(Técnica de Mudge). A escolha por tais ferramentas foi determinada pela constatação de
A fase de Workshop foi utilizada como forma de treinamento para a utilização das
ferramentas da MV.
128
Posteriormente, os participantes simularam o desenvolvimento do diagrama FAST, onde
projeto (Figura 7-13). A fase de elaboração do diagrama FAST permitiu uma analise do produto
principais funções foram utilizadas como dados de entrada para simulação da aplicação da
129
7.4.3.2. Técnica de Mudge
método FAST não foi aplicado previamente visto que o objetivo deste método é identificar as
funções. Neste caso, as funções foram definidas de acordo com os componentes preestabelecidos
Gráfico COMPARE.
recurso de custo relativo a cada componente foi dividido de acordo com a relação entre os
130
Tabela 7-8: Consumo de Recursos na Função – Funções “A” até “I”
DISTRIBUIÇÃO DE CUSTO DO COMPONENTE NA FUNÇÃO (SOMA DOS COMPONENTES*) FUNÇÃO "A" ATÉ "Q"
A B C D E F G H I
% R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$
1 100% R$ 97.21
2 100% R$ 1,803.62
3 100% R$ 2,705.75
4 20% R$ 541.15 20% R$ 541.15 20% R$ 541.15
5 17% R$ 335.44 17% R$ 335.44 17% R$ 335.44 17% R$ 335.44
6 33% R$ 294.32 33% R$ 294.32
7 33% R$ 634.68 33% R$ 634.68
8 50% R$ 278.70
9 100% R$ 831.62
10 50% R$ 180.86 50% R$ 180.86
11 25% R$ 94.50 25% R$ 94.50 25% R$ 94.50 25% R$ 94.50
12 25% R$ 78.97 25% R$ 78.97 25% R$ 78.97 25% R$ 78.97
13 50% R$ 398.25 50% R$ 398.25
14 33% R$ 25.50 33% R$ 25.50 33% R$ 25.50
15 33% R$ 36.00 33% R$ 36.00 33% R$ 36.00
16 33% R$ 201.30 33% R$ 201.30 33% R$ 201.30
17 33% R$ 77.40 33% R$ 77.40 33% R$ 77.40
18 100% R$ 1,056.64
19 100% R$ 320.44
20 50% R$ 192.29 50% R$ 192.29
21 50% R$ 116.85 50% R$ 116.85
22 100% R$ 1,539.90
23 25% R$ 207.46 25% R$ 207.46
24 100% R$ 537.52
25
26 33% R$ 301.90
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
R$ 1,900.83 R$ 3,041.19 R$ 1,511.27 R$ 3,331.74 R$ 2,382.05 R$ 571.72 R$ 911.92 R$ 1,686.21 R$ 2,865.48
6% 3% 2% 12% 12% 3% 6% 8% 9%
*Data Base: JULHO/2014
Fonte: Autor
131
Tabela 7-9: Consumo de Recursos na Função – Funções “J” até “Q”
DISTRIBUIÇÃO DE CUSTO DO COMPONENTE NA FUNÇÃO (SOMA DOS COMPONENTES*) FUNÇÃO "J" ATÉ "Q"
J K L M N O P Q
Revestir superfície Isolar / Proteger Prover uso de Prover fornecimento Proporcionar Prover acesso
Reservar água Prover Limpeza
horizontal superior Contra Calor hidrossanitários de energia melhor desempenho externo
% R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$
1
2
3
4 20% R$ 541.15 20% R$ 541.15
5 20% R$ 402.53 17% R$ 335.44
6 33% R$ 294.32
7 33% R$ 634.68
8 50% R$ 278.70
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23 25% R$ 207.46 25% R$ 207.46
24
25 50% R$ 339.65 50% R$ 339.65
26 33% R$ 301.90 33% R$ 301.90
27 100% R$ 591.61
28 100% R$ 755.31
29 #### R$ 140.40
30 50% R$ 81.32 50% R$ 81.32
31 100% R$ 135.45
32 100% R$ 45.00
33 100% R$ 57.60
34 100% R$ 711.00
35 100% R$ 2,250.00
36 #### R$ 429.33
37 100% R$ 92.70
3% 6% 15% 4% 3% 5% 3% 3%
*Data Base: JULHO/2014
Fonte: Autor
relativa das Funções”. Como critério para garantia de que as respostas correspondessem ao
objetivo proposto, foram selecionados para participar desta etapa apenas os colaboradores que
participaram das Charrettes e que realizaram o Workshop ZEMCH Brasil, citado anteriormente.
Esta restrição foi estabelecida principalmente pelo fato de que o colaborador precisava estar
132
ciente das necessidades do usuário-final para HIS, além de ter conhecimento prévio sobre a
Inicialmente, o IGI foi utilizado como parâmetro uma vez que representa o valor desejado
no ponto de vista do usuário-final. As funções predefinidas foram cruzadas contra os itens do IGI
(função x IGI).
Estipulou-se um valor de referência para a atribuição dos pesos de cada função, baseado
na porcentagem relativa de cada item do IGI e, para cada função que apresentava similaridade
Por fim, a soma dos valores de referência com base no IGI gerou uma porcentagem
relativa para cada função possibilitando, assim, uma hierarquização das funções.Três funções
obtiveram PESO 3, seis foram classificadas com PESO 2 e as demais nove funções com PESO
equivalente a 1.
A Tabela 7-10 detalha a ponderação dos IGIs nas funções, mostrando quais IGIs se
133
Tabela 7-10: Atribuição de pesos para as funções com base no IGI
IGI / FUNÇÃO A B C D E F G H I J K L M N O P Q
Segurança 12.67%
Natureza 8.67% 8.67 8.67
Gastar menos com contas 8.45% 8.45 8.45
Acústica dentro da casa 8.15% 8.15 8.15 8.15
Mais cômodos na casa 7.49% 7.49
Gastar menos com prestações, financiamento e aluguel 5.56%
Qualidade 5.48% 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48 5.48
Privacidade 4.96% 4.96
Tamanho dos cômodos 4.30% 4.3
Gastar menos com consertos, reparos e reformas 3.92% 3.92 3.92 3.92 3.92 3.92 3.92 3.92 3.92 3.92 3.92 3.92
Casa com área maior 3.56% 3.56
Casas com aparência variada 2.81%
Ter oportunidade de negócios 2.59% 2.59
Conjuntos menores com menos casas 2.59%
Temperatura dentro da casa 2.37% 2.37 2.37 2.37 2.37 2.37
Novos espaços 2.15% 2.15
Áreas públicas 2.00%
A Localização 2.00%
Iluminação dentro da casa 1.70% 1.7 1.7
Cômodos com formato mais adequado ao mobiliário 1.70%
Tamanho e localização das portas e janelas 1.63% 1.63 1.63
Gastar menos com transportes 1.56%
Aparência das casas 1.56% 1.7 1.7 1.7
Aparência do bairro 0.74% 0.74 0.74 0.74 0.74
Local para guardar o carro 0.59%
Elementos decorativos 0.52%
Disposição dos cômodos dentro da casa 0.30% 0.3
PORCENTAGEM RELATIVA (FUNÇÃO X IGI) 4% 4% 18% 16% 9% 11% 32% 9% 22% 12% 17% 9% 9% 11% 27% 7% 6%
PESO 1 1 2 2 1 2 3 1 3 2 1 1 1 2 3 1 2
Fonte: Autor
134
A comparação par-a-par das funções gerou um resultado inicial (rodada 01). Na
sequência, o resultado foi novamente apresentado para consenso final entre as funções que
sofreram empate, ou seja, na decisão entre o grupo, não houve consenso de qual função
número de vezes que cada função foi escolhida como principal multiplicado pelo seu
Função A B C D E F G H I J K L M N O P Q
Peso 1 1 2 2 1 2 3 1 3 2 1 1 1 2 3 1 2
Legenda:
A Transmitir Esforços para a base G Permitir Ventilação M Reservar água
B Transmitir Esforços Verticais H Revestir superfícies horizontais inf. N Prover fornecimento de energia
C Limitar área interna I Proteger de intempéries/Cobertura Proporcionar melhor desempenho
O
D Proteger de intempéries/Paredes J Revestir superfície horizontal sup. energético
E Vedar água K Isolar/Proteger Contra Calor P Prover Acesso externo
F Permitir Acesso interno L Prover uso de hidrossanitários Q Prover Limpeza
135
A Tabela 7-11 resume os resultados obtidos para cada função, apresentando os
ESTRUTURA E VEDAÇÕES
B Transmitir esforços verticais FSN U R$ 3,041.19 11.23% 0.00%
VERTICAIS
VEDAÇÕES VERTICAIS E
C Limitar área interna FB U R$ 1,511.27 5.58% 4.18%
ESTRUTURA
VEDAÇÕES VERTICAIS
E Vedar água FSN U R$ 2,382.05 8.80% 4.60%
E PISOS INTERNOS
Fonte: Autor
136
7.4.3.2.1. Gráfico COMPARE.
termos de valor. Através da analise do gráfico COMPARE (Gráfico 7-2), é possível ter um
Função A B C D CONSUMO
E F G DE
H RECURSO
I J K L M NECESSIDADE
N O P Q RELATIVA
Peso 1 1 2 2 1 2 3 1 3 2 1 1 1 2 1 1 2
Legenda:
A Transmitir Esforços para a base G Permitir Ventilação M Reservar água
B Transmitir Esforços Verticais H Revestir superfícies horizontais inf. N Prover fornecimento de energia
C Limitar área interna I Proteger de intempéries/Cobertura Proporcionar melhor desempenho
O
D Proteger de intempéries/Paredes J Revestir superfície horizontal sup. energético
E Vedar água K Isolar/Proteger Contra Calor P Prover Acesso externo
F Permitir Acesso interno L Prover uso de hidrossanitários Q Prover Limpeza
Fonte: Autora
137
As interpretações dos dados de valor foram importantes para futuras possibilidades
funções são discutidas uma a uma, desde a função “A” até “Q”, somando um total de 17
funções:
recurso alto e necessidade relativa baixa, pouco significativa. Sugere-se uma reavaliação
armado e estrutura Wood Frame), pois caso sejam possíveis de redução, não influenciarão
necessidade relativa. Esta foi a função que apresentou maior oportunidades de intervenção
relação aos vizinhos, melhorar a circulação e utilização de áreas internas como a área de
circulação dentro da UH, área de cozinha, área da sala, sendo questões reconhecidas como
são: privacidade visual da habitação com relação aos vizinhos e pintura interna e pintura
externa. A privacidade visual da habitação pode ser melhorada através da realocação das
aberturas, como janelas e portas da fachada frontal da UH. Além disso, podem ser inseridas
vegetações para criar um maior conforto por parte dos habitantes, que podem se sentir mais
seguros. Observou-se que, para a inserção de melhorias o valor agregado não necessita de
138
grandes impactos em termos de custo. No caso de pintura, seria possível trabalhar com
intervenção.
de recurso baixo, ou seja, a representatividade dos componentes de custos desta função foi
projeto para aumento do valor agregado, sem grande necessidade de alteração nos custos
dos componentes, por meio de estratégias passivas. Por exemplo, a ventilação cruzadaser
seria uma opção para a melhoria da ventilação interna e poderia ser realizada apenas por
meio da boa disposição das aberturas, não incorrendo diretamente no custo, pois a
consumo de recurso ainda ficou acima da necessidade relativa. Entretanto, o item “Prever
piso interno na casa toda” obteve a oitava posição dentre os 23 itens de Oportunidades de
Assim como a pintura, este é um item que pode ter aumento do seu valor agregado a partir
139
de negociações entre fornecedores, avaliando quais alternativas impactariam no valor sem
obteve consumo de recurso e necessidade relativa baixos, porém custo foi superior à
necessidade relativa. Uma vez que a função I (Proteger de Intempéries – Cobertura) obteve
um valor de necessidade relativa muito alta e pouco consumo de recurso utilizado para esta
acesso até a habitação, área para as atividades de lazer, área de serviço, cobertura nos
recurso e baixa necessidade relativa. Uma maneira de reduzir o consumo de recurso desta
função seria, por exemplo, a troca do tipo de cobertura, considerando a estrutura e telhas.
necessidade relativa. Uma sugestão para agregar valor dentro desta função seria a utilização
custos de manutenção do produto e reduziriam gastos com conta de água que seria
140
importante, pois classificou o item “Gastar Menos com Contas de Água e Luz” do IGI, na
terceira posição.
consumo de recurso muito baixo e necessidade relativa muito alta, assim como a função I.
Também seria possível propor melhorias em termos de eficiência, assim como estratégias
do produto, porém estes custos iniciais seriam pagos ao longo do tempo, em longo prazo,
maneira atendendo ao IGI “Gastar menos com contas de água, luz, outros”, classificado
como o terceiro maior IGI da aplicação do baralho de cartas, ou seja, muito importante para
valor agregado a esta função colaboraria com possíveis reduções dos custos de manutenção
que se correlacionam com esta função. Neste quesito, se poderia aumentar o valor agregado
adição de contrapiso externo (calçamento, rampa e escada caso necessário no lote) e projeto
(Prover limpeza), não se observou necessidade de aumento de consumo para esta função.
141
Algumas oportunidades de intervenção não se enquadraram em uma determinada
função, demandando mais de uma função para serem adicionadas ao projeto. São elas:
Para que sejam inseridas, se faz necessária uma análise detalhada no âmbito de funções e
das funções já existentes, estas Oportunidades de Intervenção podem ser discutidas junto
7.4.4. Etapas 17 e 18
chave do produto (etapa 14), o subfornecedor de painel Wood Frame foi selecionado para
placas de vedação. Neste caso, as alterações feitas não impactaram em termos de função do
produto uma vez que apenas a modulação foi alterada. O projeto permaneceu sem
142
Esta redução de custos foi gerada a partir de uma reconfiguração das placas de
vedação, que serviu como um exemplo simples de redesign para redução de custos, sem
Verificou-se que uma nova modulação da placa apresentou uma redução de 20%
chave vedações verticais, estimada em R$ 2.549,71, foi atingida em 42%. Porém, para que
o subfornecedor de vedações atingisse sua meta, ainda seria necessária uma redução de R$
1.467,41. A Figura 7-16 ilustra a relação entre o CP inicial, o novo Custo de Produção 01
(CP1) e CPer.
Figura 7-16: Comparação entre CP, CP1 e CPer para custos de Vedações Verticais
Fonte: Autor
143
Vedações Verticais. Após a reelaboração do projeto de placas de vedações da UH Wood
Cabe salientar que o processo de projeto não contemplou uma revisão de projetos
completa, considerando todas as disciplinas envolvidas, uma vez que o presente estudo não
redução de custo foi realizado apenas para ilustrar a possibilidade projetar sobre um custo
144
A Figura 7-17 ilustra os impactos em termos de custo no produto, conforme a
contexto de uma UH, passa a ter grande significância no âmbito da entrega de um Conjunto
conjunto habitacional de 500 unidades, o custo total da obra proporcionaria uma redução de
R$ 559.150,00.
145
146
8. DISCUSSÕES
Para isto, a equipe deve estar informada sobre as demandas dos usuários finais.
147
A identificação da demanda e a percepção de valor são de grande importância no
processo do CM e sua validade deve ser garantida para que não haja má interpretação dos
requisitos dos clientes. Por isto, sugere-se que os dados de identificação da demanda,
captação das percepções de valor dos usuários-finais sejam previamente coletados por uma
relação às demandas de valor para que as “Percepções de valor do cliente” (etapa 03)
que se realizem discussões sobre como as percepções dos usuários-finais, que podem ser
PMCMV-E varia de acordo com a localidade do projeto. Em alguns casos podem existir
Além das análises de mercado, foi importante conhecer a coalizão das partes
interessadas, que para estabelecer o CPer (etapa 08) para todos os agentes envolvidos,
subfornecedores.
148
8.3. CUSTEIO-META NO NÍVEL DO PRODUTO
(etapa 10) deve vir de um parâmetro real, geralmente cedido pelos fornecedores
predefinidos para a entrega do produto. É importante que estes valores sejam atualizados e
compatíveis com o mercado, para que os esforços de redução de custo e análise de função
Construtores e Empresas que atuam neste setor foram confirmadas na comparação entre o
CP e CPer do produto. O CP elaborado com base no projeto preliminar mostrou que o atual
de uma UH. Em uma situação real, seria inviável fabricar este tipo de produto para o
PMCMV-E.
O “Custo-Meta” (etapa 12) não foi abordado no presente estudo, uma vez que o
disparidade quando comparado ao CPer da UH, não foi possível “empenhar” maiores
149
8.4. CUSTEIO-META NO NÍVEL DO COMPONENTE
fornecedores precisa estar muito bem definida na etapa inicial, garantindo o envolvimento
150
fornecedores-chave foi de grande importância durante a aplicação do CM no nível do
como a etapa 18 “Elaboração das demais estimativas do CP”, utilizando os dados gerados
As etapas 19 e 20 não foram abordadas neste estudo, uma vez que tratam de etapas
de fabricação, uso e ocupação do produto. Este fato não exclui a importância destas etapas,
que permitem a melhoria contínua do produto (kaizen) por meio de resultados a serem
obtidos pela produção, gerando feedbacks para a equipe de projetistas, bem como os
151
9. CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS
dirigido ao Mercado; ii) Fase 02: O CM nível de produto e; iii) Fase 03: O CM no nível de
função e componente.
desenvolvidos anteriormente foram iniciadas, bem como a seleção das técnicas construtivas
e definição dos fornecedores. Desta maneira, a aplicação do CM se iniciou pelas etapas 01,
09 e 14.
CP foi elaborada com base no estudo preliminar (etapas 02, 03, 10). A partir da estimativa
Produção (CP) com as metas estabelecidas são importantes para o processo de projeto, pois
153
são recursos que podem ser utilizados como identificação das reais necessidades de
reduções de custo.
Para produtos que buscam uma redução inferior ao CPer, as reais capacidades de
(etapa 13). Nestes casos, as etapas 12 e 13 deveriam ser desenvolvidas após a etapa 11, de
identificação do CPer. Porém, no presente estudo, o CPer foi definido como o Custo-Meta
abordagem da MV, sendo a primeira para produtos que definem a meta sobre o CPer, onde
a MV se inicia logo após a etapa 11 e, a segunda, para produtos que estabelecem a meta a
identificação do Cper (etapa 08) e análise das reais capacidades de redução do Cper e do
sentido de atingir o CPer (ou Custo-Meta, em outros casos). Para isto, foi necessário avaliar
por Jacomit e Granja (2011), que recomendam a utilização do QFD. No presente estudo,
154
elaboração das demais estimativas do CP1 a partir das novas plantas, conforme as etapas 17
e 18.
não ser atingido em apenas uma revisão de projetos inicial e redesign, demandando mais
rodadas de revisão de projetos. Nesta fase, as rodadas de revisão de projetos com o auxílio
e Kowaltowski (2014) enfatizam a importância dos ciclos de valor nesta fase, aplicáveis até
(2011).
Por se tratarem de fases que extrapolam o processo de projeto, estas duas etapas não
foram abordadas durante o trabalho, porém, estas não devem ser excluídas ou não
155
A Figura 9-1 apresenta o modelo de aplicação do CM, de Jacomit e Granja (2011),
Etapa 01: Identificação da demanda, captação das percepções de valor dos usuários finais
Etapa 02: Estudos preliminares (Estudo de Massa, quadro de áreas etc).
FASE 01 Etapa 03: Transformação das percepções de valor do cliente em atributos de projeto -
CM dirigido diferenciais e identificação de tendências. Etapa 04: Determinação do Preço de Mercado de
ao Mercado um produto similar com tais características
Etapa 05: Determinação do preço associado ao diferencial do Produto.
Etapa 06: PMerc, Etapa 07: Definição do BDI e Etapa 08: Cálculo do CPer
Etapa 09: Comparação das características do produto com outros desenvolvidos
FASE 02 anteriormente e
CM no nível Etapa 10: Primeira estimativa de CP.
de Produto Etapa 11: Análise das reais capacidades de redução de custos da empresa, do CPer e do
CP.Etapa 12: Identificação do Custo-Meta. E Etapa 13: CPer ≤Custo-Meta?
Etapa 14: Seleção de técnicas construtivas e desdobramento do CM em itens de Custo.
Etapa 15: Definição das especificações e desdobramentos do CM em nível de Função e
FASE 03
Componente e Etapa 16: Determinação dos fornecedores participantes, adoção de open book
CM no nível
e formação de equipes multidisciplinares - Aplicação da MV
do
Etapa 17: Elaboração das plantas de cada especialidade, por etapa, e Etapa 18: Elaboração
Componente
das demais estimativas do CP1
Etapa 19: Projeto finalizado (produção) e Etapa 20: produto pronto e entregue ao cliente
Figura 9-1: Fluxograma de aplicação do CM no processo de projeto no contexto de HIS
Fonte: Autor
156
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
estabelecidas por Jacomit e Granja (2011), desde referenciais que abordam questões de
componente.
aos conceitos do CM e MV mostrou que adaptações são possíveis para o contexto de HIS.
Porém, o presente estudo reconhece a possibilidade de falhas nesta aplicação que até o
Além disso, a identificação do valor percebido pelo usuário final para o contexto de
HIS demanda grandes esforços para interpretações, pois estes usuários-finais geralmente
Apesar de o CP1 não atingir o valor estabelecido para CPer, a aplicação percorreu
157
profissionais especialistas para o desenvolvimento completo do processo de projeto sobre a
abordagem do CM. Este fator foi fundamental para o alcance do objetivo principal do
presente estudo.
158
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167
168
ANEXO A - Questionário de Avaliação Pós-Ocupação
169
170
171
172