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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE DUQUE DE CAXIAS

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIA E LETRAS DE DUQUE DE CAXIAS.

CURSO DE HISTÓRIA

Documentário: Educação Proibida

Tatiane Leal Barbosa

6° período

Duque de Caxias, 8 de abril de 2015.


FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE DUQUE DE CAXIAS

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIA E LETRAS DE DUQUE DE CAXIAS.

CURSO DE HISTÓRIA

Documentário: Educação Proibida

Tatiane Leal Barbosa

6° período

Resenha apresentada a professora


Ercília Coelho de Oliveira como
parte da avaliação da disciplina
de Curriculo.

Duque de Caxias, 8 de abril de 2015.


Documentário “Educação Proibida”

“A Educação Proibida” é um documentário exibido no ano de 2012 sob a direção


de Germán Doin e na produção de Veronica Guzzo. Este documentário levanta a
questão em torno do modelo educacional que se encontra em vigor, o mesmo
apresentando reflexos de uma educação tradicional rígida, oriunda da Prússia no século
XVIII, que pretendia formar um conjunto de indivíduos aptos a competir entre si,
individualizantes e submissos a um sistema.

Uma escola estruturada na divisão de classes, comparando-se a um sistema fabril ou


ao modelo de presídios como o documentário nos coloca. É este modelo que é
questionado por desprezar e proibir outro tipo de método educacional que possa ir de
encontro ao educando, que o faça refletir e questionar, ou seja, a produzir
conhecimentos, pois para isso tal estrutura educacional colocada em debate se presta à
reprimir uma educação para a liberdade do individuo.

O documentário é riquíssimo em informações concernentes a educação, pois para


debater acerca desse tema “A Educação Proibida” apresenta um contexto histórico
abrangendo o padrão educacional na Antiga Grécia, durante a Idade Média, passando
até o Positivismo e A Revolução Industrial, para nos explicar a representação de
educação que era produzida nessas sociedades mencionadas, perpassando e se
apresentando atualmente com suas características próprias e sempre com intenções do
sistema do período em que se encontrava. Assim a autora Haydt nos coloca que:

O processo educativo sempre se encarregou de difundir os


valores sobre os quais se estruturava a sociedade em que estava
inserido: assim sendo na Grécia de Péricles o ideal era a
formação do cidadão consciente e participante da administração
de sua cidade-estado, na Roma dos Césares almejava-se formar
o politico loquaz e o bravo guerreiro; durante a Idade Média a
meta era a formação do homem moralmente íntegro e do cristão
temente a Deus; por ocasião da revolução comercial e
posteriormente industrial nas sociedades que sofreram de forma
aguda e intensa o impacto dessa fase, propunha-se formar o
burguês dotado de iniciativa e senso comercial. (HAYDT,1980,
p.45).

Percebe-se que cada sociedade durante séculos, com base em princípios e valores
em que se pautava propunha um ideal de individuo, assim a escola tinha a tarefa de
formar esse individuo. Com base nesses aspectos, observamos que a educação
questionada pelo documentário pretende formar seres humanos com respostas pré-
fabricadas, mecanizadas, seres rotulados: operários, empresários, ricos, pobres.

O interessante neste documentário é que o mesmo aborda as experiências reais de


alunos e educadores que buscam desconstruir esse padrão educacional opressor,
apresentando ideias para isso e pautando-se em certos princípios pedagógicos como o
método Montessori, Pedagogia Critica, Escola Livre, Pedagogia Libertadora, entre
outros modelos pedagógicos que propõem uma aprendizagem baseada nos interesses, na
curiosidade do aluno; que respeitem os diferentes ritmos de aprendizagem, um currículo
favorável ao discente, em que as áreas devem ser integradas, que se relacionem entre se;
espaços que permitam o educando produzir, criar e que os professores sejam os
mediadores e não os detentores do saber.

São estas as propostas que “A Educação Proibida” propõe e que na verdade foram
realizadas em 8 países através de 45 experiências educativas e com mais de 90
entrevistas sucedidas. Porém essas experiências ainda são o suficiente para pôr fim ao
modelo antigo, mas são passos necessários para desconstruir ideias repressivas baseadas
no padrão de educação tradicional. Relevante neste ponto e se observar o currículos
impostos, desvinculados muitas vezes da realidade do individuo, como se vê no
documentário.

Portanto se faz necessário analisar certos pontos na educação como as próprias


Diretrizes Curriculares Nacionais, tanto do ensino fundamental como do médio:
Resolução CEB nº 2 de 7 de abril de 1998 (Ensino Fundamental) e CEB nº 3 de 26 de
junho de 1998 (Ensino Médio), pois estas diretrizes norteiam a organização pedagógica
e curricular de cada unidade escolar, as mesmas baseadas em valores da LDB
9394/1996.

Pelo que se pode observar é que nem tudo o que está estabelecido na Lei é
vivenciado, não condiz com o que acontece na realidade educacional; o que se nota é
que as Diretrizes Curriculares são prontas e passadas para serem seguidas, o sistema, o
Estado a prepara e determina o que deve ser. Isso não quer dizer que as Diretrizes são
dispensáveis, só que as mesmas já são planejadas para atender ao sistema, com objetivo
de preparar o individuo para um tipo cidadania que é pretendida e para o trabalho.

Analisando nesse sentido são prescritas metas que o individuo deve alcançar
normas ditadas e que se observarmos é que o processo educativo sempre difundirá
valores sobre o qual a sociedade está alicerçada.

Portanto podemos observar aspectos positivos nas Diretrizes Curriculares que


abordam sobre o respeito, a diversidade, a solidariedade, porém estes não são realmente
colocados em prática; é até relevante o modelo curricular que estabelece relação entre a
educação e a saúde, a vida familiar e social, o meio ambiente, mas é indispensável que
se propiciem meios concretos para a realização desses planos; além da articulação da
escola com a comunidade e outros espaços de vivência como nos coloca a CEB nº 2 e
alguns modelos educacionais mencionados anteriormente também apontam a
importância da família, da comunidade.

O enfoque da CEB nº 2 dado a importância da equipe pedagógica de se trabalhar


em cooperação. Esses aspectos são viáveis, contanto não é o que se vivencia nos
espaços educacionais. Já a CEB nº 3 nos aponta a politica de igualdade no acesso aos
bens sociais e culturais, porém não se experimenta isso, o ideal é que o que está escrito
seja transportado para a realidade, não adianta prescrever os meios, colocar a teoria e
deixar a prática de lado, ou se não camuflar o real.

Outro ponto se refere a competência no uso da língua portuguesa e estrangeira


como instrumento de comunicação, mas não há um aperfeiçoamento, os conteúdos são
jogados e prontos, não se procura saber se o aluno se sente bem estudando tal assunto,
ou não lhe informam para que o educando está aprendendo aquilo tudo; aparentemente é
bonito, mas para que servirá, qual o sentido de tal conteúdo na vida do individuo, ou se
não a aula não é prazerosa e convidativa, o professor deve seguir aquele currículo e
pronto.

O questionamento, as ideias devem vir daqueles que produzem a educação, dos que
participam deste processo. O que “A Educação Proibida” coloca, é que não existe uma
melhor forma, um melhor modelo, mas tentativas e experiências não forçadas ou
determinadas somente por leis, cujo objetivo como é a manutenção de certo sistema,
seja para mantê-lo no âmbito politico, econômico ou social.
Os sistemas tradicionais podem ser modificados, interpretados e alterados, é o que
se coloca em questão “(...) não é o como educar, mas para que educar. Em outras
palavras o que está em jogo é o próprio sentido da educação.” (HAYDT, 1980, p.45).
Bibliografia

HAYDT, Regina Célia Cazaux. Crise na Educação: por quê? Thot ______Revista da
Associação Palas Athena, n. 22, São Paulo, dezembro de 1980, p. 45.

EDUCAÇÃO PROIBIDA (documentário). Germán Doin. 2012. 02h25min min. (série


didáticos).

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. Resolução


CEB nº 2, de 7 de abril de 1998.

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO. Resolução CEB nº 3, de


26 de junho de 1998.

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