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GOVERNO FEDERAL
Ministério de Minas e Energia
Ministro
Wellington Moreira Franco
Secretário-Executivo
Márcio Félix Carvalho Bezerra
Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
João Vicente de Carvalho Vieira
Presidente Superintendente
Reive Barros dos Santos Giovani Vitória Machado
URL: http://www.epe.gov.br
Sede
Esplanada dos Ministérios Bloco U
Ministério de Minas e Energia - Sala 744 - 7º andar
70065-900- Brasília – DF
Escritório Central
Av. Rio Branco, n.º 01 – 11º Andar Rio de Janeiro
20090-003 - Rio de Janeiro – RJ 24 de agosto de 2018
Custo de Equipamentos
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Histórico de Revisões
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Sumário
1. INTRODUÇÃO_______________________________________________________ 9
1.1. ESTIMATIVAS DE CUSTO E NÍVEIS DE ACURÁCIA 10
1.2. CORREÇÃO TEMPORAL 11
1.3. CORREÇÃO POR FATORES DE ESCALA 12
1.4. INTERNAÇÃO E TROPICALIZAÇÃO 13
1.5. CORRELAÇÕES DE GUTHRIE 13
1.6. CORRELAÇÕES DE CORRIPIO 14
1.7. CORRELAÇÕES CAPCOST 14
1.8. CORRELAÇÕES DE PETERS, TIMMERHAUS E WEST 15
1.9. CORRELAÇÕES ICARUS 15
1.10. CUSTOS ADICIONAIS 16
2. BOMBAS__________________________________________________________ 17
2.1. CAPCOST 17
2.2. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 17
2.3. ICARUS 19
3. COMPRESSORES ____________________________________________________ 21
3.1. GUTHRIE 21
3.2. CAPCOST 21
3.3. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 22
3.4. ICARUS 23
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8. TURBINAS ________________________________________________________ 45
8.1. CAPCOST 45
8.2. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 45
8.3. ICARUS 46
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14.ESTUDOS DE CASO__________________________________________________ 78
16.REFERÊNCIAS _____________________________________________________ 84
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ÍNDICE DE TABELAS
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ÍNDICE DE FIGURAS
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LISTA DE ABREVIAÇÕES
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1. INTRODUÇÃO
A lei de formação da EPE, Lei nº 10.847/2004, estabelece, em seu artigo 4º, inciso XII, que é uma
das atribuições da EPE “elaborar estudos relativos ao plano diretor para o desenvolvimento da
indústria de gás natural no Brasil”. Dentre os elementos que compõem os estudos realizados pela EPE
encontram-se análises e avaliações técnicas, econômicas e socioambientais de empreendimentos do
setor de gás natural, como Unidades de Tratamento de Gás Natural (UTGs), Unidades de
Processamento de Gás Natural (UPGNs), Unidades de Fertilizantes Nitrogenados (UFNs), entre outros.
Os custos de tais empreendimentos, por sua vez, influenciam nos preços do gás natural ofertado ao
mercado, bem como dos derivados de gás natural, e, por outro lado, nos preços máximos do gás
natural consumido, para que os produtos finais sejam competitivos no mercado.
Uma das formas de se estimar os custos de empreendimentos de petróleo e gás natural é mapear e
quantificar os equipamentos principais incluídos em cada um deles, realizar análises simplificadas de
dimensionamento (ordem de grandeza), estimar o custo destes equipamentos e somar fatores
referentes a equipamentos e materiais secundários, além de mão de obra e custos indiretos. O nível
de desagregação também pode ser menor, estimando-se unidades completas (e não cada um de seus
equipamentos). Geralmente os custos são estimados utilizando-se correlações da literatura que se
baseiam no Golfo do México, nos EUA, e os custos são trazidos para o Brasil por técnicas de
internação (acréscimo de frete e impostos, entre outras parcelas) ou fatores de tropicalização.
Cabe ressaltar que os custos apresentados neste documento devem ser utilizados apenas para
análises de ordem de grandeza, uma vez que possuem data base defasada em relação ao presente, e
se mostravam válidas para condicionantes de mercado muito diferentes dos atuais. Por este motivo,
são apresentados também neste documento alguns índices temporais para que os custos, válidos em
uma certa data de referência, possam ser transpostos para outras datas base de forma aproximada.
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Para que possam ser realizados estudos de viabilidade, dois elementos fundamentais dos quais deve-
se dispor é o valor do investimento fixo ou CAPEX ( capital expenditures; quanto será gasto na
implementação do projeto) e o valor dos custos operacionais ou OPEX ( operating expenditures;
quanto será gasto na manutenção e na operação do projeto). Estes, por sua vez, podem ser
estimados com determinados níveis de incerteza dada a fase na qual o projeto se encontra.
Segundo classificação proposta pela AACE (Associação Americana de Engenharia de Custos), existem
cinco classes de estimativas de custo que necessitam de determinados níveis de detalhamento do
projeto, e possuem tipicamente uma determinada faixa de incerteza. Estas classes são descritas
abaixo, na Tabela 1.1.
Como pode ser observado, dependendo do nível de acurácia desejado, os dados necessários para a
estimativas são menos ou mais complexos e numerosos. Sendo assim, podem ser feitas estimativas
de custo considerando apenas a quantidade de determinado produto que será produzida (o que
define o porte da planta industrial), ou ainda levando em conta o dimensionamento de cada
equipamento em separado (com base nas correntes materiais e energéticas da planta).
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Qualquer custo de referência, seja ele informado por um fornecedor ou estimado por algum método,
possui uma data base de referência na qual ele é válido. Isto significa que este custo pode sofrer
alterações no tempo dependendo dos condicionantes de mercado, de evoluções no método de
produção daquele item, de variações cambiais ou perda de poder de compra da moeda. Por este
motivo, é importante que os custos parciais que serão somados para formar o custo total do projeto,
assim como quaisquer outros valores usados nos estudos de viabilidade, tenham a mesma data base.
Além disso, esta data base deve ser tão próxima quanto for possível da data de implementação do
projeto em questão. Isto porque a viabilidade de um projeto está relacionada aos condicionantes
válidos durante sua vida útil, e estes, por sua vez, podem tornar um projeto inviável caso mudem ou
tenham sido mal avaliados.
A correção dos custos estimados para a data base desejada pode ser feita por meio de índices mais
ou menos específicos. Por exemplo, o custo de um compressor centrífugo para gás natural pode ser
corrigido por um índice de preços da indústria química em geral, por um índice de preços da indústria
de óleo e gás, por um índice de preços para bombas e compressores, ou por um índice de preços
específico para compressores centrífugos.
Entre os índices mais utilizados na literatura especializada, podem ser citados os índices Marshal &
Swift (M&S), Chemical Engineering Plants Cost Index (CEPCI), e os índices Nelson-Farrar (que podem
ser gerais ou específicos para cada tipo de equipamento).
De posse dos valores do índice selecionado no ano (ou mês) do custo de referência, e no ano (ou
mês) da data base do projeto, a correção por índices pode ser feita mediante a equação 1.1
apresentada abaixo.
Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸𝑎𝑛𝑜 𝐵
𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑎𝑛𝑜 𝐵 = 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑎𝑛𝑜 𝐴 ∗ ( ) (1.1)
Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸𝑎𝑛𝑜 𝐴
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Uma das metodologias utilizadas para estimar custos é a da correção por fatores de escala. Esta
metodologia baseia-se no fato de que um equipamento com capacidade X vezes maior que outro não
custará exatamente X vezes o valor deste. Mais especificamente, o fator de escala situa-se entre zero
e um, o que significa que, ao multiplicar-se uma dimensão do equipamento por certo valor, seu custo
será multiplicado por um valor menor.
𝐵 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎
𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑑𝑖𝑚=𝐵 = 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑑𝑖𝑚=𝐴 ∗ ( ) (1.2)
𝐴
O valor do fator de escala, por sua vez, pode ser definido como 0,6 como uma estimativa preliminar
(regra dos seis décimos). Porém, dependendo do tipo do equipamento, o valor típico do fator de
escala pode ser ligeiramente diferente, como apresentado na Tabela 1.2. Também é importante
observar qual a dimensão utilizada para a correção dos custos.
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A maioria das correlações e dos modelos existentes na literatura para estimativa de custos refere-se
ao custo FOB no Golfo do México, ou a custos nos EUA em geral, em US$. Por isso, quando o projeto
for implementado em outro país – por exemplo, no Brasil -, os custos devem ser adaptados à
realidade do mesmo. Isto pode ser feito por meio de um fator multiplicativo, que no caso do Brasil é
chamado de fator-Brasil ou de fator de tropicalização, ou ainda por meio da internação, que consiste
na aplicação de impostos e taxas referentes à importação de cada equipamento. No caso da
internação, os custos que devem ser acrescentados são os apresentados abaixo, na Tabela 1.3.
Já no caso do fator de tropicalização, este pode ser calculado com base em custos de referência de
que se tenha posse. Por exemplo, o custo de compressores pode ser tropicalizado por um fator que é
igual à razão entre o custo por HP de compressores no Brasil e nos EUA. Da mesma forma, o CAPEX
de uma unidade petroquímica pode ser tropicalizado usando a razão entre os custos (normalizados
pela capacidade) deste tipo de unidade no Brasil e nos EUA.
As correlações de Guthrie (1974) foram desenvolvidas em 1970 e apresentadas no livro “Process Plant
Estimating, Evaluation and Control” deste mesmo autor. As correlações apresentadas aqui são uma
forma simplificada das originalmente apresentadas no livro, e têm como data base o ano de 1968,
com o índice M&S de 280, fornecendo custos em US$. As equações deste método possuem a forma
geral:
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As correlações de Corripio (1995) podem ser utilizadas para calcular o custo de capital de trocadores
de calor, vasos de pressão, tanques de estocagem, torres de destilação e outros equipamentos, e
baseiam-se no cálculo de um custo básico que pode ser corrigido por fatores relativos a pressão e
materiais de construção. Estas correlações possuem a seguinte fórmula geral:
Os parâmetros apresentados aqui para este método foram compilados por Piotrowicz e Secchi (2005)
e têm como data base o ano de 2005, fornecendo custos em US$.
Cabe ressaltar que, caso desejado, usando-se apenas a primeira parte da correlação (ou seja,
igualando “fatores” a 1), é possível calcular o custo FOB de equipamentos tendo como material o ferro
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fundido. Este custo, por sua vez, é chamado de “custo-base”. Os dados foram adquiridos em 2001 e a
correção é feita, em geral, pelo índice CEPCI, fornecendo custos em US$. Para o ano de 2001, o valor
desse índice era de 397.
Além dos equipamentos mais utilizados na indústria, são apresentados custos relativos a outros
equipamentos como filtros de vários tipos, reatores encamisados, esteiras vibratórias, entre outros. Os
custos possuem data base de 2002, com um valor de CEPCI = 390,4, podendo ser corrigidos por este
mesmo índice, e fornecendo custos em US$.
As correlações desenvolvidas pela divisão Icarus da empresa Aspen (LOH, LYONS, e WHITE, 2002)
têm como base os custos FOB no Golfo do México, no primeiro trimestre de 1998, com um índice M&S
de 1074,6, e fornecendo custos em US$. Nesta correlação, a fórmula geral utilizada é a seguinte:
Também são utilizados neste método alguns fatores para o cálculo dos custos de instalação para cada
tipo de equipamento, que serão apresentados no capítulo específico de custos de instalação.
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De posse do custo dos equipamentos principais de uma planta, é necessário também estimar o custo
da instalação destes equipamentos e dos materiais adicionais necessários para tal, assim como
estudos e projetos, calculando-se assim o valor desembolsado dentro dos limites bateria de produção
(ISBL; Inside Battery Limits).
Além disso, é essencial calcular-se outros custos, como o do terreno e o de unidades auxiliares. Isto
pode ser feito de forma detalhada, descrevendo-se cada item adicional do orçamento, ou de forma
simplificada, como um fator que deve ser multiplicado pelos custos calculados. Este é o valor
desembolsado fora dos limites da bateria de produção (OSBL; Outside Battery Limits). Após o
acréscimo destes custos, obtém-se finalmente o CAPEX da planta.
A seguir, serão apresentadas de forma detalhada as correlações encontradas na literatura para custos
de equipamentos, assim como os fatores recomendados para o cálculo dos custos de instalação e de
diversos custos adicionais.
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2. BOMBAS
2.1. CAPCOST
A Tabela 2.1, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima para cada tipo de bomba e para cada material.
A Tabela 2.2, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para bombas centrífugas.
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𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,0093 ∗ 𝑙𝑛(𝑣)3 + 0,22 ∗ 𝑙𝑛(𝑣)2 + 1,9926 ∗ ln(𝑣) + 13,292 ] 𝐹𝑝 𝐹𝑚 (2.4)
A Tabela 2.3, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para bombas alternativas.
A Tabela 2.4, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para bombas rotativas.
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Para outras bombas centrífugas de metal com ou sem resistência química, incluindo motor elétrico:
A Tabela 2.5, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para outras bombas
centrífugas.
2.3. ICARUS
Para bombas rotatórias, bombas em linha, bombas centrífugas, alternativas (duplex ou triplex), ou a
vácuo (com um ou dois estágios):
x = vazão (galões/minuto)
Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros
Os parâmetros, as faixas de vazão e os fatores de material são apresentados na Tabela 2.6, a seguir,
para cada tipo de bomba:
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3. COMPRESSORES
3.1. GUTHRIE
A Tabela 3.1, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para compressores.
3.2. CAPCOST
A Tabela 3.2, a seguir, apresenta os valores das constantes utilizadas nas fórmulas acima para cada
tipo de compressor e para cada material.
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A Tabela 3.3, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para compressores
centrífugos.
A Tabela 3.4, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para compressores
alternativos.
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3.4. ICARUS
x = potência (HP)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros
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4.1. GUTHRIE
D = diâmetro (ft)
H = altura (ft)
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material
A Tabela 4.1, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para vasos e cascos de
torres.
4.2. CORRIPIO
Para tanques com cobertura cônica e fundo chato, comprados prontos ou fabricados na planta:
V = volume (m³)
Fm = fator de material
A Tabela 4.2, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para tanques.
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𝑊 = p 𝐷𝑖 [ 𝐿 + 0,8116 𝐷𝑖 ] ∗ 𝑒 (4.3)
W = peso do equipamento (kg) – 2.210 a 103.000 para horizontal; 369 a 415.000 para vertical
p = pressão (bar)
Di = diâmetro interno (m) – de 0,92 a 3,66 para horizontal; 1,83 a 3,05 para vertical
L = comprimento (m) – de 3,66 a 6,10 apenas para vertical
e = espessura (mm)
Fm = fator de material
A Tabela 4.3, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para vasos de pressão.
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𝑊 = p 𝐷𝑖 [ 𝐿 + 0,8116 𝐷𝑖 ] ∗ 𝑒𝑝 (4.5)
𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,02468 𝑙𝑛(𝑊)2 + 0,1808 𝑙𝑛(𝑊) + 6,950 + 0,01580 ∗ (𝐿/𝐷𝑖 ) ln(𝑒𝑓/𝑒𝑝) ] ∗ 𝐹𝑚 (4.6)
𝑊 = p 𝐷𝑖 [ 𝐿 + 0,8116 𝐷𝑖 ] ∗ 𝑒 (4.7)
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4.3. CAPCOST
A correlação utilizada na determinação dos custos de vasos e cascos de torres através do CAPCOST é
apresentada a seguir.
(𝑝+1)𝐷
𝐹𝑝 = [ + 0,00315] (4.10)
2(849,6−0,6(𝑝+1))
V = volume (m³)
p = pressão (barg)
D = diâmetro (m)
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material
A Tabela 4.4, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima para cada tipo de vaso ou para cascos de torres.
Tabela 4.4. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para vasos horizontais e verticais ou cascos de
torres
Fm Fm Fm Fm Fm Fm
Tipo K1 K2 K3 B1 B2 Vmin(m³) Vmax(m³)
CS SS clad SS Ni clad Ni Ti
Horizontal 3,5565 0,3776 0,0905 1,49 1,52 1,0 1,7 3,1 3,6 7,1 9,4 0,1 628
Vertical/Casco 3,4974 0,4485 0,1074 2,25 1,82 1,0 1,7 3,1 3,6 7,1 9,4 0,3 520
Fonte: TURTON et al, 2009.
Para tanques de armazenamento a pressão atmosférica, com base plana, construídos in loco, API
Standard 650, incluindo escadas, base, plataforma, etc:
A Tabela 4.5, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para tanques de
armazenamento.
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A Tabela 4.6, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para tanques de
armazenamento.
4.5. ICARUS
Estas correlações são usadas para vasos verticais ou horizontais, que suportam pressões médias (15
psig) ou altas (150 psig). No caso dos vasos verticais, é usada tipicamente uma razão
comprimento/diâmetro de 3. Os custos incluem cobertura, paredes simples, bocais, câmaras de
visitação, alças ou pés para apoio, e suportes para içamento.
Nesta equação, a dimensão utilizada pode ser a capacidade ou o peso do vaso. No caso de utilizar-se
a capacidade:
x = capacidade (galões)
Fm = fator de material
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A, B, C, D = parâmetros
x = peso (libras)
Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros
Os parâmetros, as faixas de peso, e os fatores de material são apresentados na Tabela 4.8, abaixo,
para cada tipo de vaso:
Este método indica ainda correlações para tanques de armazenamento com teto flutuante ou teto
cônico, em relação ao peso do tanque. Estão inclusos o revestimento de espuma de poliuretano, e
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considera-se que os tanques de armazenamento cônico suportam até 2 psia de pressão interna, e os
de teto flutuante, de 2 a 15 psia. A correlação usada para estes tipos de tanques é a seguinte:
x = peso (libras)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros
Os parâmetros, as faixas de peso, e os fatores de material são apresentados na Tabela 4.9, abaixo,
para cada tipo de tanque:
Também são apresentados custos para cascos de colunas de recheio, mas que podem ser utilizados
também para cascos de colunas de pratos, embora neste segundo caso este método apresente os
custos dos cascos já somados aos dos pratos. Estão incluídos neste custo carcaça, teto, base, bocais,
suportes e downcomers, feitos com um único material (aço carbono, no caso base), além de câmaras
de visitação a cada 25 pés na sessão de recheio e mais uma acima e uma abaixo da mesma. A
correlação, neste caso, possui a forma:
x = altura (ft)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros
Os parâmetros e os fatores de material são apresentados na Tabela 4.10, a seguir, para cada
diâmetro e pressão considerados no projeto da coluna:
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5.1. GUTHRIE
D = diâmetro (ft)
H = altura (ft) – considerando espaçamento de 24 polegadas entre os pratos
Fs = fator de espaçamento
Ft = fator de tipo dos pratos
Fm = fator de material
A Tabela 5.1, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para pratos de torres.
5.2. CORRIPIO
O custo de um prato, incluindo suas válvulas e downcomers pode ser calculado pela correlação
abaixo.
𝐹𝑚 = 𝐴 + 𝐵 ∗ 𝐷 (5.3)
D = diâmetro (m)
n = número de pratos
Fm = fator de material
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A Tabela 5.2, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para pratos de torres.
5.3. CAPCOST
A correlação utilizada na determinação dos custos de pratos para torres através do CAPCOST é
apresentada a seguir. O custo inclui válvulas e downcomers, assim como suportes necessários à sua
instalação.
A = área (m²)
Fm = fator de material
A Tabela 5.3, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de prato.
O custo inclui um prato, suas válvulas e downcomers, assim como suportes para sustentação. A
equação de custo é apresentada a seguir.
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A Tabela 5.4, abaixo, apresenta as constantes utilizadas na fórmula acima para cada tipo de prato.
Tabela 5.4. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para pratos
Tipo Perfurado Perfurado Valvulado Valvulado Borbulhador Borbulhador Estampado
Material CS SS CS SS CS SS SS
Fd 1,00 2,07 1,21 2,52 2,07 3,31 1,51
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.
5.5. ICARUS
Este método apresenta custos para colunas completas (casco e pratos) de pratos valvulados e de
pratos perfurados. Os custos incluem carcaça, teto, base, bocais, pratos, suportes e downcomers,
feitos com um único material (aço carbono, no caso base). Incluem ainda câmaras de visitação a cada
25 pés na sessão de pratos, além de uma acima e uma abaixo da mesma.
Os parâmetros e os fatores de material são apresentados na Tabela 5.5, abaixo, para cada diâmetro e
pressão considerados no projeto da coluna:
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Os parâmetros e os fatores de material são apresentados na Tabela 5.6, abaixo, para cada diâmetro e
pressão considerados no projeto da coluna:
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6.1. GUTHRIE
6.2. CORRIPIO
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6.3. CAPCOST
A correlação utilizada na determinação dos custos de recheios para torres através do CAPCOST é
apresentada a seguir. O custo inclui a instalação.
V = volume (m³)
A Tabela 6.3, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de recheio.
Esta metodologia apresenta apenas custos para selas de Berl de 1” em diferentes materiais, conforme
a Tabela 6.4.
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6.5. ICARUS
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7. TROCADORES DE CALOR
7.1. GUTHRIE
Os parâmetros e os fatores da equação acima são apresentados na Tabela 7.1, abaixo, para cada tipo
de trocador e pressão de projeto. A caracterização dos materiais é feita na forma “material do
casco/material dos tubos”.
7.2. CORRIPIO
𝐹𝑝 = 𝐶 + 𝐷 ∗ ln(𝐴) (7.4)
𝐹𝑚 = 𝐸 + 𝐹 ∗ ln(𝐴) (7.5)
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Fm = fator de material
A Tabela 7.2, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada design, pressão ou material.
7.3. CAPCOST
A = área (m²)
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material
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Tabela 7.3, a seguir, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima para cada tipo de trocador de calor.
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Para trocadores com tubos fixos de 16 ft com ¾” de diâmetro externo, e arranjo quadrado com
espaçamento de 1” entre os eixos dos tubos:
A Tabela 7.4, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima.
Tabela 7.4. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para trocadores de
calor com tubos fixos
Material Aço Carbono Aço Inox 304 Aço Inox 316
A 0,0523 0,0680 0,0725
B 0,1169 0,1159 0,1172
C 7,695 7,7323 7,8207
Pressão nos Tubos (kPa) 1.035 5.000 10.000 50.000 5.000 10.000 50.000
Pressão no Casco (kPa) 1.035 1.035 1.035 1.035 5.000 10.000 50.000
Fp 1,00 1,07 1,10 1,12 1,16 1,24 1,31
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.
Para trocadores com cabeça flutuante, tubos de 16 ft com ¾” de diâmetro externo, e arranjo
quadrado com espaçamento de 1” entre os eixos dos tubos:
A Tabela 7.5, a seguir, apresenta os valores das constantes utilizadas na fórmula acima.
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7.5. ICARUS
Os parâmetros, as faixas para as quais as correlações são válidas, e os fatores de material são
apresentados na Tabela 7.6, abaixo, para cada tipo de trocador de calor:
44
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
8. TURBINAS
8.1. CAPCOST
A Tabela 8.1, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de turbina e para cada material.
A Tabela 8.2, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de turbina e para cada material.
45
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
8.3. ICARUS
A metodologia apresenta custos para turbinas a gás e a vapor (em duas faixas de potência), usando a
correlação a seguir:
x = potência (HP)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros
Os parâmetros, as faixas para as quais as correlações são válidas, e os fatores de material são
apresentados na Tabela 8.3, abaixo, para cada tipo de turbina:
46
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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9. OUTROS EQUIPAMENTOS
9.1. GUTHRIE
47
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 𝐹 𝑄𝑝 (9.3)
Q = vazão (ft³/min)
F = fator de pressão de descarga
p = fator exponencial de pressão de descarga
9.2. CAPCOST
A correlação geral utilizada para determinação dos custos de vários equipamentos através do
programa CAPCOST é apresentada a seguir.
S = dimensão
Fm = fator de material
A dimensão S depende do equipamento que está sendo analisado, e pode ser consultada na Tabela
9.4, a seguir.
48
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Os parâmetros K1, K2, K3 e Fm são listados na Tabela 9.5, a seguir, para cada tipo de equipamento.
49
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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50
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Packaged Steam Boiler (PSB), a correlação de cálculo de custo inclui ainda um termo de correção Fsh
relacionado à temperatura do vapor superaquecido gerado no trocador. Sendo assim, o custo pode
ser estimado pelas equações abaixo:
𝐹𝑠ℎ = 𝑇1 + 𝑇2 ∗ 𝐷𝑇 + 𝑇3 ∗ 𝐷𝑇 2 (9.7)
S = dimensão
Fp = fator de pressão
Fsh = fator de superaquecimento do vapor
Para evaporadores, a dimensão é a área de evaporação, e Fp é válido para 10 < P > 150 bar. Para
ventiladores, a dimensão é a vazão de ar; para ventiladores axiais, Fp é válido para 0,04 < P < 0,16
bar, e para ventiladores centrífugos Fp é válido para 0,01 < P < 0,16 bar. Para valores inferiores aos
mínimos para cada faixa de pressão, o valor de Fp é a unidade, Fp=1.
Para equipamentos de aquecimento, a dimensão é a taxa de troca térmica. Caso não sejam
trocadores de calor do tipo Packaged Steam Boiler (PSB), o fator Fsh é igual à unidade.
Os parâmetros e fatores para esses três tipos de equipamentos são apresentados na Tabela 9.6, a
seguir.
51
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Tabela 9.6. Parâmetros da correlação CAPCOST para diversos equipamentos a pressão elevada
Evaporadores K1 K2 K3 Amin (m²) Amax (m²) Pmax (barg) C1 C2 C3
Forced Circulation 5,02 0,35 0,07 5 1000 150 0,16 -0,30 0,14
Falling Film 3,91 0,86 -0,01 50 500 150 0,16 -0,30 0,14
Agitated (Scraped Wall) 5,00 0,15 -0,01 0,50 5 150 0,16 -0,30 0,14
Short Tube 5,24 -0,66 0,35 10 100 150 0,16 -0,30 0,14
Long Tube 4,64 0,37 0,00 100 10.000 150 0,16 -0,30 0,14
Ventiladores (inclui motor elétrico) K1 K2 K3 Fm CS Fm FG Fm SS Fm Ni C1 C2 C3 Vmin (m³/s) Vmax (m³/s) Pmax (barg)
Centrifugal Radial Fan 3,54 -0,35 0,45 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
Centrifugal Backward
3,35 -0,07 0,31 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
curved
Axial Tube Fan 3,04 -0,34 0,47 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
Axial Vane Fan 3,18 -0,14 0,34 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
Fired Heater Data
Fornalhas K1 K2 K3 Qmin (kW) Qmax (kW) Pmax (barg) C1 C2 C3 Fm CS Fm AS Fm SS
Reformer Furnace 3,07 0,66 0,02 3.000 100.000 200 0,14 -0,27 0,13 2,13 2,51 2,81
Pyrolysis Furnace 2,39 0,97 -0,02 3.000 100.000 200 0,10 -0,20 0,09 2,13 2,51 2,81
Aquecedores não reativos K1 K2 K3 Qmin (kW) Qmax (kW) Pmax (barg) C1 C2 C3 Fm CS Fm AS Fm SS
Process Heater 7,35 -1,17 0,20 1.000 100.000 200 0,13 -0,24 0,10 2,13 2,51 2,81
Aquecedores a fluido térmico K1 K2 K3 Qmin (kW) Qmax (kW) Pmax (barg) C1 C2 C3 Fm T1 T2 T3
Hot Water 2,08 0,91 -0,02 650 10.750 200 -0,02 0,06 -0,01 2,17
Molten Salt, Mineral Oil, 1,20 1,48 -0,10 650 10.750 200 -0,02 0,06 -0,01 2,17
Diphenyl Based Oils 2,26 0,86 0,00 650 10.750 200 -0,02 0,06 -0,01 2,17
Packaged Steam Boilers 6,96 -1,48 0,32 1.200 9.400 40 2,59 -4,23 1,72 2,17 1,00 1,8E-3 3,4E-6
Fonte: TURTON et al, 2009.
52
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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9.3. ICARUS
Esta metodologia apresenta custos para diversos outros tipos de equipamentos, baseadas em uma
mesma correlação típica, e em dimensões características de cada um deles.
53
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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54
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Os índices compostos M&S e CEPCI são dois dos mais utilizados na correção de custos de
equipamentos para outras datas base. Os mesmos são calculados com base em uma cesta de itens de
grande relevância em plantas químicas e petroquímicas. Por exemplo, alguns dos itens relacionados
são apresentados a seguir na Tabela 10.1 para o índice CEPCI.
Os índices M&S e CEPCI compilados de 1969 até 2017 são apresentados na Tabela 10.2, a seguir.
55
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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56
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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10.2. Nelson-Farrar
Outro índice de custos amplamente utilizado na indústria química, principalmente na área de petróleo
e gás, é o índice Nelson-Farrar. Além do índice composto para refinarias (ou plantas petroquímicas em
geral), estes autores apresentam índices específicos para cada tipo de equipamento e para despesas
operacionais, que são publicados mensalmente na revista Oil & Gas Journal.
Os índices para CAPEX e OPEX, compilados de 1979 até 2017, assim como alguns outros anos, são
apresentados nas Tabelas Tabela 10.3 até Tabela 10.7, a seguir.
OPEX (base 1956) 1962 1973 1976 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985
Combustível 100,90 186,80 384,50 745,29 810,50 803,25 774,14 714,10 636,43 541,00
Mão de Obra 93,90 102,90 145,50 184,37 200,50 219,21 235,83 246,47 253,73 255,71
Salários 123,90 221,20 314,30 404,51 439,90 494,67 547,06 587,45 621,06 642,53
Produtividade 131,80 214,90 216,10 208,09 226,30 240,96 252,20 256,18 256,02 250,19
Investimentos, Manutenção 121,70 193,00 252,60 298,67 324,80 361,71 396,30 421,74 442,01 453,46
Produtos Químicos 96,70 117,30 195,20 210,76 229,20 235,69 237,38 231,03 220,09 203,76
OPEX Refinarias 103,70 125,70 209,30 287,54 312,70 335,99 355,06 364,32 368,02 363,75
OPEX Unidades de Processo 103,60 168,00 267,10 420,69 457,50 473,48 480,36 471,43 453,49 424,67
Fonte: OGJ 2012, entre outros.
57
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
OPEX (base 1956) 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
Combustível 548,80 554,10 445,20 518,40 434,17 443,80 425,90 421,50 411,60 461,60
Mão de Obra 259,40 253,50 260,80 257,10 274,70 280,80 281,10 286,20 300,60 263,20
Salários 651,80 663,20 689,80 707,70 770,31 787,40 824,90 868,00 895,90 900,50
Produtividade 253,80 261,80 264,60 275,30 274,51 280,60 293,80 303,40 298,10 342,90
Investimentos, Manutenção 460,00 473,20 489,30 506,80 500,30 511,40 519,20 524,30 535,80 561,30
Produtos Químicos 206,70 192,80 213,90 225,80 223,54 228,50 218,80 210,00 203,40 245,40
OPEX Refinarias 369,00 371,80 373,70 387,70 383,69 392,20 393,30 396,30 405,30 410,60
OPEX Unidades de Processo 430,80 435,60 405,30 435,90 409,51 418,60 415,10 416,90 421,80 437,00
Fonte: OGJ 2012, entre outros.
OPEX (base 1956) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Combustível 546,70 529,30 411,80 339,10 779,90 704,00 667,00 934,80 868,90 1.360,20
Mão de Obra 241,10 241,90 241,00 245,30 248,80 221,10 211,20 200,80 199,00 201,90
Salários 884,30 929,60 978,30 996,10 1.094,40 1.006,70 967,70 971,80 980,70 1.007,40
Produtividade 366,90 385,20 406,30 406,00 440,90 455,70 458,90 485,40 492,80 501,10
Investimentos, Manutenção 567,60 575,10 579,50 570,90 588,80 593,90 619,70 643,00 671,20 716,00
Produtos Químicos 252,70 255,20 239,10 222,30 224,40 224,40 220,70 237,70 251,50 310,50
OPEX Refinarias 413,30 415,60 405,10 395,00 444,00 428,70 432,80 464,70 471,80 542,10
OPEX Unidades de Processo 462,30 459,10 419,20 392,10 553,70 520,60 513,70 612,50 598,70 787,20
Fonte: OGJ 2012, entre outros.
58
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
OPEX (base 1956) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Combustível 1.569,00 1.530,70 1.951,30 978,50 1.184,90 1.204,40 968,10 1.123,70
Mão de Obra 204,20 215,80 237,90 264,50 281,70 277,40 287,90 308,30
Salários 1.015,40 1.042,80 1.092,20 1.177,10 1.279,40 1.304,30 1.407,50 1.506,40
Produtividade 497,50 483,40 460,80 445,20 454,50 470,80 489,40 489,10
Investimentos, Manutenção 743,70 777,40 830,80 812,40 850,00 885,70 896,50 905,30
Produtos Químicos 365,40 385,90 472,50 406,20 449,80 537,40 517,20 502,60
OPEX Refinarias 579,00 596,50 674,20 582,60 628,20 651,90 637,50 661,80
OPEX Unidades de Processo 870,70 872,60 1.045,10 706,10 796,80 814,70 739,00 802,60
Fonte: OGJ 2012, entre outros.
59
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
São ainda estimados pela mesma empresa os fatores que devem ser adicionados ao custo FOB
relativos à mão de obra, ao frete e aos impostos que incidem sobre produtos importados, e os valores
de remuneração média ponderada por HH dos operários de construção civil em cada local.
Os três fatores, assim como as outras informações calculadas para o ano de 2007, são apresentadas
na Tabela 10.8, a seguir.
60
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
61
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
11.1. GUTHRIE
O custo de instalação de cada equipamento pode ser calculado igualando-se todos os fatores de
material, de pressão, de design, etc., a 1 (ou 0, quando aplicável), na fórmula correspondente, e
multiplicando-se o custo obtido pelos fatores apresentados na Tabela 11.1:
11.2. ICARUS
Nesta metodologia, são apresentados primeiramente fatores para estimar os custos relacionados ao
posicionamento dos equipamentos dentro da planta química e sua montagem. Estes fatores devem
ser multiplicados pelo preço dos equipamentos calculados com fator de material igual a 1, e são
apresentados na
62
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
63
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
Em seguida, são apresentados fatores para o cálculo dos custos com materiais adicionais necessários
à instalação de cada equipamento. Estes percentuais devem ser aplicados sobre os custos de
equipamentos calculados com fator de material igual a 1. Além disso, são apresentados fatores que
devem ser aplicados sobre o custo dos materiais adicionais para o cálculo do custo dos serviços
relacionados aos mesmos (ou seja, à instalação propriamente dita).
64
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
Tabela 11.3. Fatores de custo para materiais e serviços adicionais segundo a metodologia Icarus (%)
Tipo de Processo Sólido Sólido/Gás Líquido/Lama Gás
Temperatura (°F) ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400
Pressão (psig) - - ≤150 >150 ≤150 >150 - - ≤150 >150 ≤150 >150
Materiais 4 5 5 6 6 6 5 6 5 6 6 5
Fundações
Serviços 133 133 133 133 133 133 133 133 133 133 133 133
Materiais 4 2 4 4 5 6 4 5 5 5 5 6
Aço Estrutural
Serviços 50 100 100 100 50 50 50 50 50 50 50 50
Materiais 2 2 2 2 5 4 3 3 3 3 3 4
Construções
Serviços 100 100 100 50 50 100 100 100 100 100 100 100
Materiais 0 1,5 1 1 2 2 1 3 1 1 2 3
Isolamento
Serviços 0 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150
Materiais 6 6 2 7 7 8 6 7 6 7 7 7
Instrumentos
Serviços 10 40 40 40 40 75 40 40 40 40 75 40
Instalações Materiais 9 9 6 8 7 8 8 9 8 9 6 9
Elétricas Serviços 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 40 75
Materiais 5 5 35 40 40 40 30 35 45 40 40 40
Tubulação
Serviços 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Materiais 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Pintura
Serviços 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300
Materiais 3 4 3,5 4 4 4,5 4 5 3 4 4 5
Miscelânea
Serviços 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80
Fonte: LOH, LYONS, e WHITE, 2002.
65
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
O trabalho de Towler e Sinnott (2008) apresenta um método para estimar outros custos inclusos no
investimento fixo de plantas de processos químicos. Este método consiste na multiplicação do custo
de aquisição dos equipamentos principais pelos fatores apresentados na Tabela 11.4, abaixo.
Pelo método de Lang, o CAPEX de uma planta, incluindo todos os custos de materiais adicionais, de
instalação, e de unidades auxiliares, é estimado com base na multiplicação do custo FOB dos
equipamentos principais da planta por um fator apropriado, que depende do tipo de planta que está
sendo analisada.
Os fatores típicos são apresentados na Tabela 11.5, abaixo. Cabe ressaltar que o CAPEX obtido desta
forma não inclui o capital de giro necessário ao projeto.
66
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
Segundo a metodologia de Guthrie, os custos de algumas utilidades (contidos no OPEX) podem ser
estimados com base no custo do combustível utilizado em sua produção, apenas multiplicando-se este
último pelos fatores mostrados na Tabela 12.1:
Outro método, desenvolvido por Ulrich (ULRICH, 1992), estima o custo de utilidades com base no índice
CEPCI para o ano de interesse e no custo do combustível utilizado para produzir tais utilidades neste
mesmo período. Sendo assim, o custo das utilidades é igual a A×CEPCI + B×Custo do combustível (em
dólares por GigaJoule). Estes custos podem ser calculados para unidades auxiliares que atendam a um
só módulo de processo, ou para unidades auxiliares comuns à planta ou polo industrial como um todo.
Os parâmetros A e B deste modelo são apresentados na Tabela 12.2, a seguir, onde o símbolo “q” se
refere a vazões, “Q” a taxas de troca térmica, “T” a temperaturas e “P” a pressões.
67
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
68
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
Em um estudo do Oil & Gas Journal, são apresentadas estimativas de CAPEX (em milhões de dólares,
no ano de 2007) de unidades relacionadas a refinarias. A equação utilizada é do tipo A ×CapacidadeB,
tendo como parâmetros os valores de A e B apresentados na Tabela 13.1 abaixo:
69
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
Jones, no documento Fundamentals of Gas Treating (JONES e PERRY, 1973), apresentou custos
referentes a unidades de amina para remoção de gases ácidos. Os custos foram coletados em 1971 e
compilados para obtenção de uma correlação para a coluna de absorção utilizada no adoçamento e
também para todo o módulo (skid) de absorção.
Os custos são correspondentes a colunas de absorção onde a pressão de operação não supera 500
PSI (34,5 bar), e são apresentados a seguir, na Figura 13.1 (data-base 1947).
70
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
200,0
100,0
50,0
0,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Diâmetro (in)
Ainda, os custos correspondentes às colunas de absorção, onde a pressão de operação não supera
1000 PSI (69 bar), são apresentados na Figura 13.2 (data base 1947).
250,00
200,00
Custo (MIl US$)
150,00
100,00
50,00
0,00
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00
Diâmetro (in)
Figura 13.2. Custos de colunas de absorção em função do diâmetro: 500 < P < 1000 psi
Fonte: elaboração própria a partir de JONES e PERRY, 1973.
O skid de absorção de gases ácidos com aminas inclui não só a coluna de absorção, mas todos os
equipamentos associados como trocadores, bombas e a coluna de regeneração de amina, mas não
inclui os custos de transporte, fundações, tubulações. O documento apresenta ainda os custos para
tais skids de absorção com amina em função da vazão de amina em GPM (galões por minuto).
71
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
140,00
120,00
Custos (Mil US$)
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00
Vazão de amina (GPM)
No documento são também apresentados os custos operacionais (OPEX) para as unidades em função
da vazão de gás alimentado à coluna de absorção por aminas. Os custos (data base 1947) são para
uma planta que se utiliza de 25 GPM (galões por minuto) de DEA (Dietanolamina) e uma vazão de gás
de 3 MMCFD (milhões de pés cúbicos por dia). Os custos (data base 1947) estão sumarizados a seguir
na Tabela 13.3. Estimativa de OPEX para unidades de absorção com amina.
Younger (2004) também apresentou valores de custos para unidades de adoçamento de gás natural,
analisados em função da vazão de solvente utilizado. A correlação encontrada para esses custos é
apresentada a seguir (data-base 1983):
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Um estudo econômico acerca das unidades de tratamento de CO 2 por lavagem com aminas foi
realizado por Gadelha, Araújo e Medeiros (2014). A compilação dos resultados para CAPEX e OPEX
das unidades em função da vazão de CO 2 (Q, em MMm3/d) é apresentada abaixo. Neste estudo
específico a amina utilizada foi a MDEA (metildietanolamina), e a data base dos custos é 2013.
12,00
10,00
8,00
MM US$
6,00
4,00
2,00
-
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
CAPEX OPEX
Figura 13.4. CAPEX e OPEX de uma unidade de remoção de CO2 com MDEA
Fonte: elaboração própria a partir de GADELHA, ARAÚJO e MEDEIROS, 2014.
Tais unidades são empregadas na especificação do ponto de orvalho do gás natural produzido na
unidade. As tecnologias mais empregadas em plantas de ajuste de gás natural são o Joule Thomson e
a refrigeração simples. As correlações empregadas (data base 1983) para dois tipos de gás natural
são apresentadas Younger (2004). O gás rico apresenta percentual em C 3+ superior a 10% e o gás
pobre apresenta percentual em C3+ inferior a 5%.
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40
35
30
Custo (MM US$)
25
20
15
10
5
0
1 10 20 30 40 50
Vazão (MMCFD)
Gás Pobre (C3+ < 5%) Gás Rico (C3+ > 10%)
onde Q representa a vazão de gás natural na unidade em milhões de pés cúbicos por dia.
Os custos de unidades desse tipo em função da vazão de gás natural são apresentados pela Figura
13.6.
1.000
800
Custo (Mil US$)
600
400
200
0
0 10 20 30 40 50 60
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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A correlação empregada (data base 1983) para determinação dos custos de unidades de desidratação
por glicol é também obtida dos dados apresentados por Younger (2004).
9
8
7
6
Custo (MMUS$)
5
4
3
2
1
0
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000
Vazão (BPD)
As correlações, cuja data base é 1983, para essas colunas a partir da compilação dos dados e seus
respectivos acessórios são apresentadas a seguir.
Nessas correlações, o termo Q representa a vazão em barris por dia de líquido que alimenta cada
unidade.
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia
A Figura 13.8 apresenta os custos em função da vazão de gás obtido através dessa correlação.
80
70
60
Custos (MM US$)
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Vazão (MBPD)
Em Energy and Environmental Analysis (2008) é apresentada uma análise de custos relacionada a
unidades de geração termelétrica a gás, acoplada à geração de exausto que pode ser usado como
fonte de aquecimento em processos ou ainda para cogeração elétrica.
O custo da unidade inclui apenas a turbina a gás, o sistema de combustível e o gerador, e o custo do
complexo inclui ainda um sistema para tratamento do exausto após o calor do mesmo ter sido usado
em outra unidade. Estes custos são apresentados na Figura 13.9, a seguir:
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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60
50
milhões de US$ (2007)
40
30
20
10
0
- 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000
Capacidade (kW)
Custo da unidade Custo do Complexo
Estes custos (em dólares de 2007) podem ser representados alternativamente em função da
capacidade (CAP, em kW, variando de 1.000 a 40.000), pelas equações abaixo:
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Com base nas correlações de custos apresentadas, foram realizadas estimativas de custo de UPGNs
para processamento de diversos tipos de gás natural, por diferentes processos tecnológicos. Para tal,
foram definidos fluxogramas típicos de processo para cada tipo de planta, com base na literatura
pertinente (por exemplo, CORDEIRO, 2009; e SANTOS, 2013), e os equipamentos foram
dimensionados de forma aproximada com base nos volumes de gás natural processados e volumes de
produtos gerados.
Notadamente, as unidades para as quais foram definidos fluxogramas foram três: (i) a unidade de
tratamento do gás natural (UTG); (ii) a unidade de ajuste de ponto de orvalho do gás natural (UAPO),
incluindo sua especificação e compressão, com geração de LGN; e (iii) a unidade de processamento
do condensado de gás natural (junto ao LGN produzido na segunda seção). Os fluxogramas definidos
para uma planta de Turboexpansão são apresentados, como exemplo, nas Figura 14.1, Figura 14.2 e
Figura 14.3.
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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As vazões e composições aproximadas das correntes foram calculadas por meio de balanços de massa
para que pudessem ser utilizadas no dimensionamento dos vasos separadores, trocadores de calor,
torres de separação, bombas e compressores. O dimensionamento, por sua vez, foi baseado em
valores característicos e regras de estimação disponíveis na literatura (por exemplo, PERRY e GREEN,
2007). Para a realização dos dimensionamentos simplificados para cada tipo de UPGN e para cada
capacidade de processamento, foi considerado que uma UPGN do tipo Joule-Thompson com
Refrigeração Simples poderia especificar um gás natural com Riqueza de 10%, uma UPGN do tipo
Turboexpansão poderia especificar um gás natural com riqueza de 18%, e uma UPGN do tipo
Absorção Refrigerada poderia especificar um gás natural com Riqueza de 23%.
Para o cálculo das dimensões dos vasos, considerou-se um tempo de residência de 5 minutos em
vasos de flash e de carga, e de 10 minutos em vasos onde ocorrem processos que utilizam leito fixo.
A razão adotada entre o comprimento e o diâmetro dos mesmos foi de 2,5. Quanto aos trocadores de
calor, adotou-se o valor de coeficiente global de troca térmica igual a 362 W/m2 °C (GETU et. al.,
2013) para os equipamentos, obtendo-se áreas de troca térmica de aproximadamente 1.000 m² para
os condensadores da UPCGN, 1.500m² para o resfriador P104, a ciclo de propano, e 500 m² para os
demais trocadores.
As torres de separação foram dimensionadas considerando números típicos de pratos (20 para T002 e
T201, e 30 para as demais torres), distância entre pratos de 60 centímetros, e diâmetros que
garantissem tempos de residência de 5 minutos. Os compressores foram dimensionados considerando
potências necessárias à compressão de gás ideal, e para os cálculos das bombas foi considerada a
diferença de pressão necessária ao escoamento. Foi considerada, adicionalmente, a compra de uma
bomba ou compressor reserva, equivalentes aos que foram dimensionados neste estudo, para cada
bomba ou compressor usados no processo.
Além das seções principais apresentadas acima, foram dimensionados os sistemas auxiliares, incluindo
tanques de armazenamento de produtos (tanques de C5+ e de soda cáustica, e esferas de GLP) e
bombas para movimentação desses produtos e de utilidades. Para tal, foram consideradas as vazões
das correntes, além de dimensões típicas de projetos existentes de UPGNs ou Refinarias.
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Os custos dos equipamentos foram calculados pelas correlações de Guthrie, com materiais adicionais
e serviços calculados por meio da metodologia Icarus. Estes referem-se a preços realizados no
mercado americano, mais especificamente no golfo do México, e foram corrigidos para o ano de 2017.
Para que a estimativa refletisse mais fielmente os preços em território nacional, incluindo impostos e
outros fatores econômicos, foi necessário definir um fator de tropicalização (F trop) dos custos.
O fator de tropicalização foi calculado de forma simplificada como a razão entre o custo médio de
UPGNs no Brasil e o custo médio de UPGNs nos EUA, ambos normalizados quanto à capacidade das
plantas. Por meio de custos disponíveis na literatura (por exemplo, base de dados BoxScore), foram
calculados valores de CAPEX médio por unidade de vazão de UPGNs iguais a US$ 2012 83 /(m³/d) para
o Brasil (já com impostos) e US$2012 40 /(m³/d) para os EUA, o que permite estimar um fator de
tropicalização Ftrop de 2,08. Porém, dentro deste fator, que foi obtido para a cotação do dólar de 2012,
considerou-se que a parcela de serviços e materiais adicionais não seria cotada em dólar. Sendo
assim, corrigindo apenas esta parcela para compensar a depreciação da taxa de câmbio de 2012 a
2017, o fator de tropicalização estimado para o ano de 2017 foi Ftrop = 1,70.
Foram adicionados ainda a estes custos as despesas relativas ao Projeto Básico e ao Projeto Executivo
da planta (5% do Custo Direto), aos estudos para o Licenciamento Ambiental (1,5 milhão de dólares)
e às Compensações ambientais (0,5% do Custo Direto), à Aquisição, à Terraplenagem e à
Urbanização do terreno (US$ 100 /m², área de 100.000 m²), à Administração Local da Obra (5% do
Custo Direto) e a Benefícios e Despesas Indiretas – BDI (25% do Custo Direto). Estes fatores foram
estimados com base em informações disponíveis na literatura.
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600
500
CAPEX (mi US$2017)
400
300
200
Turboexpansão
100 Joule-Thompson + Refrigeração Simples
Absorção Refrigerada
-
2 4 6 8 10
Capacidade (milhões de m³/dia)
Figura 14.4. CAPEX estimado para UPGNs de diferentes tipos e com diferentes capacidades
Fonte: elaboração própria.
Pode ser observado que as UPGNs do tipo Absorção Refrigerada têm um menor CAPEX em relação às
dos outros tipos, mesmo processando um gás natural mais rico (23% de riqueza). Porém, neste caso,
espera-se que o OPEX seja maior, uma vez que esta planta necessita de uma corrente de óleo de
absorção sendo movimentado entre a coluna de absorção e a coluna de regeneração. Além disso, nos
três casos, espera-se que a venda dos líquidos produzidos possa contribuir para a remuneração do
capital em termos de CAPEX e OPEX, aprimorando assim a viabilidade dos empreendimentos.
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Observa-se que a literatura especializada em estimativas de custos é bem vasta e conta com diversas
correlações que permitem a realização de análises de ordem de grandeza, e que podem contribuir
para a análise prévia de diversos empreendimentos em um horizonte de longo prazo. Os métodos de
estimativa de custos consolidados neste documento variam desde um nível de desagregação mais
baixo, com custos de unidades completas, até um nível mais alto, com custos por equipamento,
permitindo assim a realização de estudos com diferentes níveis de detalhamento.
Porém, ressalve-se que tais correlações não devem ser utilizadas como referências para o custo real
de equipamentos e serviços em uma etapa mais avançada de projeto, uma vez que concernem a
grupos de equipamentos de diversas marcas, e foram desenvolvidas em um contexto específico, com
condicionantes específicos de mercado, não sendo necessariamente válidas para a compra de um
equipamento. Nestas etapas mais avançadas, se fazem necessárias cotações e orçamentos detalhados
para os itens incluídos em um empreendimento.
Outro cuidado que se faz necessário no momento do uso destas correlações é a correta adaptação
dos mesmos em relação à data e ao local das obras, principalmente no que toca aos serviços e
materiais adquiridos no local da implementação do empreendimento. Isto porque o custo internado
dos equipamentos que podem ser importados funciona como uma boa proxy para o custo do
equipamento em território nacional, mas isto não ocorre para os materiais adicionais e serviços, uma
vez que a relação entre seus preços nos territórios norte-americano e brasileiro pode não ser trivial
(não sendo possível, por exemplo, sua correção no tempo utilizando índices do mercado norte-
americano). O efeito do câmbio também tem uma influência importante nos custos dos
empreendimentos, uma vez que afeta direta e proporcionalmente o custo dos equipamentos
importados, e não afeta tão diretamente o custo dos materiais e serviços nacionais. Sendo assim,
tanto o custo em dólares quanto o custo em reais sofrerão variações, já que incluem itens que são
afetados diferentemente pelo câmbio.
Finalmente, ressalta-se que a estimativa dos custos de UPGNs pôde ser realizada com sucesso pela
metodologia proposta, e os valores de CAPEX obtidos ficaram na faixa de US$ 35 a US$ 111 /(m³/d),
dependendo da capacidade e da tecnologia de processamento (data-base 2017). Esta metodologia de
estimativa é utilizada nos estudos da EPE, como por exemplo na seção do Capítulo de Gás Natural do
Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) onde são descritos os investimentos previstos para o
setor de gás natural no horizonte decenal.
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Ministério de Minas e Energia
16. REFERÊNCIAS
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