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Compilação de
Correlações de Custos
de Equipamentos
Instalações Industriais
de Gás Natural

GOVERNO FEDERAL
Ministério de Minas e Energia
Ministro
Wellington Moreira Franco
Secretário-Executivo
Márcio Félix Carvalho Bezerra
Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
João Vicente de Carvalho Vieira

Empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, instituída


nos termos da Lei n° 10.847, de 15 de março de 2004, a EPE tem por
finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a
subsidiar o planejamento do setor energético, tais como energia
elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes
energéticas renováveis e eficiência energética, dentre outras.

Presidente Superintendente
Reive Barros dos Santos Giovani Vitória Machado

Diretor de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis Superintendente Adjunto


José Mauro Ferreira Coelho Marcelo Ferreira Alfradique
Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais
Consultor Técnico
Thiago Vasconcellos Barral Ferreira
Gabriel de Figueiredo da Costa
Diretor de Estudos de Energia Elétrica
Amílcar Gonçalves Guerreiro Equipe Técnica
Claudia Maria Chagas Bonelli
Diretor de Gestão Corporativa Henrique Plaudio Gonçalves Rangel
Álvaro Henrique Matias Pereira João Felipe Gonçalves de Oliveira
(elaboração das primeiras versões)

URL: http://www.epe.gov.br
Sede
Esplanada dos Ministérios Bloco U
Ministério de Minas e Energia - Sala 744 - 7º andar
70065-900- Brasília – DF
Escritório Central
Av. Rio Branco, n.º 01 – 11º Andar Rio de Janeiro
20090-003 - Rio de Janeiro – RJ 24 de agosto de 2018
Custo de Equipamentos

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Histórico de Revisões

Rev. Data Descrição

0 24/08/2018 Publicação Original

1
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Sumário

1. INTRODUÇÃO_______________________________________________________ 9
1.1. ESTIMATIVAS DE CUSTO E NÍVEIS DE ACURÁCIA 10
1.2. CORREÇÃO TEMPORAL 11
1.3. CORREÇÃO POR FATORES DE ESCALA 12
1.4. INTERNAÇÃO E TROPICALIZAÇÃO 13
1.5. CORRELAÇÕES DE GUTHRIE 13
1.6. CORRELAÇÕES DE CORRIPIO 14
1.7. CORRELAÇÕES CAPCOST 14
1.8. CORRELAÇÕES DE PETERS, TIMMERHAUS E WEST 15
1.9. CORRELAÇÕES ICARUS 15
1.10. CUSTOS ADICIONAIS 16

2. BOMBAS__________________________________________________________ 17
2.1. CAPCOST 17
2.2. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 17
2.3. ICARUS 19

3. COMPRESSORES ____________________________________________________ 21
3.1. GUTHRIE 21
3.2. CAPCOST 21
3.3. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 22
3.4. ICARUS 23

4. VASOS E CASCOS DE TORRES __________________________________________ 24


4.1. GUTHRIE 24
4.2. CORRIPIO 24
4.3. CAPCOST 27
4.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 27
4.5. ICARUS 28

5. PRATOS PARA TORRES ______________________________________________ 32


5.1. GUTHRIE 32
5.2. CORRIPIO 32
5.3. CAPCOST 33

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5.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 33


5.5. ICARUS 34

6. RECHEIO PARA TORRES ______________________________________________ 36


6.1. GUTHRIE 36
6.2. CORRIPIO 36
6.3. CAPCOST 37
6.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 37
6.5. ICARUS 38

7. TROCADORES DE CALOR _____________________________________________ 39


7.1. GUTHRIE 39
7.2. CORRIPIO 39
7.3. CAPCOST 40
7.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 43
7.5. ICARUS 44

8. TURBINAS ________________________________________________________ 45
8.1. CAPCOST 45
8.2. PETERS, TIMMERHAUS E WEST 45
8.3. ICARUS 46

9. OUTROS EQUIPAMENTOS _____________________________________________ 47


9.1. GUTHRIE 47
9.2. CAPCOST 48
9.3. ICARUS 53

10.ÍNDICES ECONÔMICOS _______________________________________________ 55


10.1. M&S E CEPCI 55
10.2. NELSON-FARRAR 57
10.3. FATORES DE CONSTRUÇÃO DE RICHARDSON 60

11.CUSTOS DE INSTALAÇÃO E OUTROS CUSTOS ______________________________ 62


11.1. GUTHRIE 62
11.2. ICARUS 62
11.3. TOWLER & SINNOTT 66
11.4. MÉTODO DE LANG 66

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12.CUSTOS OPERACIONAIS ______________________________________________ 67

13.CUSTOS DE UNIDADES COMPLETAS _____________________________________ 69


13.1. UNIDADES DE REFINO 69
13.2. PLANTAS DE PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL 70
13.3. UNIDADES DE TRATAMENTO DE GÁS NATURAL COM AMINA PARA REMOÇÃO DE H2S E CO2 70
13.4. UNIDADES DE TRATAMENTO DE CO2 POR LAVAGEM COM AMINA 73
13.5. UNIDADES DE AJUSTE DE PONTO DE ORVALHO (UAPO) 73
13.6. UNIDADES DE DESIDRATAÇÃO POR GLICOL 74
13.7. UNIDADES DE FRACIONAMENTO DE LÍQUIDOS 75
13.8. SKIDS DE TURBOEXPANSÃO 76
13.9. UNIDADES DE GERAÇÃO TÉRMICA 76

14.ESTUDOS DE CASO__________________________________________________ 78

15.CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 83

16.REFERÊNCIAS _____________________________________________________ 84

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1.1. Classificação de estimativas de custos segundo a AACE 10


Tabela 1.2. Fatores de escala para diversos equipamentos 12
Tabela 1.3. Custos adicionais para o método da internação 13
Tabela 2.1. Parâmetros da correlação CAPCOST para bombas 17
Tabela 2.2. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para bombas centrífugas 18
Tabela 2.3. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para bombas alternativas 18
Tabela 2.4. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para bombas rotativas 19
Tabela 2.5. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para bombas centrífugas 19
Tabela 2.6. Parâmetros da correlação Icarus para bombas 20
Tabela 3.1. Parâmetros da correlação de Guthrie para compressores 21
Tabela 3.2. Parâmetros da correlação CAPCOST para compressores 22
Tabela 3.3. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para compressores centrífugos22
Tabela 3.4. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para compressores alternativos23
Tabela 3.5. Parâmetros da correlação Icarus para compressores 23
Tabela 4.1. Parâmetros da correlação de Guthrie para vasos e cascos de torres 24
Tabela 4.2. Parâmetros da correlação de Corripio para tanques 25
Tabela 4.3. Parâmetros da correlação de Corripio para vasos de pressão 26
Tabela 4.4. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para vasos horizontais e verticais ou
cascos de torres 27
Tabela 4.5. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para tanques de
armazenamento construídos in loco 28
Tabela 4.6. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para tanques de
armazenamento comerciais 28
Tabela 4.7. Parâmetros da correlação Icarus para vasos 29
Tabela 4.8. Parâmetros da correlação Icarus para vasos 29
Tabela 4.9. Parâmetros da correlação Icarus para tanques 30
Tabela 4.10. Parâmetros da correlação Icarus para cascos de colunas de recheio 31
Tabela 5.1. Parâmetros da correlação de Guthrie para pratos 32
Tabela 5.2. Parâmetros da correlação de Corripio para pratos 33
Tabela 5.3. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para pratos 33
Tabela 5.4. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para pratos 34
Tabela 5.5. Parâmetros da correlação Icarus para colunas de pratos valvulados 34
Tabela 5.6. Parâmetros da correlação Icarus para colunas de pratos perfurados 35
Tabela 6.1. Custos de recheios usados na correlação de Guthrie 36
Tabela 6.2. Custos de recheios usados na correlação de Corripio 36
Tabela 6.3. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para recheios 37
Tabela 6.4. Custos de selas de Berl de 1” usados na correlação de Peters, Timmerhaus e West 37
Tabela 6.5. Custos de recheios usados na correlação Icarus (US$/ft³) 38
Tabela 7.1. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie para trocadores de calor 39

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Tabela 7.2. Parâmetros utilizados na correlação de Corripio para trocadores de calor 40


Tabela 7.3. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para trocadores de calor 42
Tabela 7.4. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para trocadores de
calor com tubos fixos 43
Tabela 7.5. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para trocadores de
calor com cabeça flutuante 44
Tabela 7.6. Parâmetros da correlação Icarus para trocadores 44
Tabela 8.1. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para turbinas 45
Tabela 8.2. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para turbinas 45
Tabela 8.3. Parâmetros da correlação Icarus para turbinas 46
Tabela 9.1. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie para fornalhas de processo 47
Tabela 9.2. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie para aquecedores a chama direta 48
Tabela 9.3. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie para sopradores turbo 48
Tabela 9.4. Dimensões consideradas na correlação CAPCOST 49
Tabela 9.5. Parâmetros da correlação CAPCOST para diversos equipamentos 49
Tabela 9.6. Parâmetros da correlação CAPCOST para diversos equipamentos a pressão elevada 52
Tabela 9.7. Parâmetros da correlação Icarus para outros equipamentos 54
Tabela 10.1. Composição do índice CEPCI 55
Tabela 10.2. Índices CEPCI e M&S 56
Tabela 10.3. Índices Nelson-Farrar de 1962, 1973 e 1976, e de 1979 a 1985 57
Tabela 10.4. Índices Nelson-Farrar de 1986 a 1995 58
Tabela 10.5. Índices Nelson-Farrar de 1996 a 2005 58
Tabela 10.6. Índices Nelson-Farrar de 2006 a 2013 59
Tabela 10.7. Índices Nelson-Farrar de 2014 a 2017 59
Tabela 10.8. Fatores de construção de Richardson em 2007 61
Tabela 11.1. Fatores de instalação segundo Guthrie 62
Tabela 11.2. Fatores de custo para posicionamento e montagem dos equipamentos segundo a
metodologia Icarus (%) 64
Tabela 11.3. Fatores de custo para materiais e serviços adicionais segundo a metodologia Icarus (%)65
Tabela 11.4. Fatores de custo para materiais e serviços adicionais segundo a metodologia de Towler
e Sinnott (2008) 66
Tabela 11.5. Fatores de Lang 66
Tabela 12.1. Custo de utilidades pelo método de Guthrie 67
Tabela 12.2. Custo de utilidades pelo método de Ulrich 68
Tabela 13.1. CAPEX de unidades de refino 69
Tabela 13.2. Estimativa de estudos preliminares (ordem de magnitude) para plantas de gás natural70
Tabela 13.3. Estimativa de OPEX para unidades de absorção com amina 72
Tabela 14.1. Sistemas Auxiliares de uma UPGN 81

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 13.1. Custos de colunas de absorção em função do diâmetro: P<500 psi 71


Figura 13.2. Custos de colunas de absorção em função do diâmetro: 500 < P < 1000 psi 71
Figura 13.3. Custo de skid de absorção com amina 72
Figura 13.4. CAPEX e OPEX de uma unidade de remoção de CO2 com MDEA 73
Figura 13.5. Custos de UAPO em função da vazão de gás natural 74
Figura 13.6. Custos de unidades de desidratação por Glicol em plantas de gás natural 74
Figura 13.7. Custos de colunas fracionadoras em plantas de processamento de gás natural 75
Figura 13.8. Custos de Skid de TurboExpansores em plantas de processamento de gás natural 76
Figura 13.9. Custos de unidades de geração térmica a gás natural 77
Figura 14.1. Unidade de Tratamento de Gás Natural (UTG) 79
Figura 14.2. Unidade de Ajuste de Ponto de Orvalho (UAPO) 79
Figura 14.3. Unidade de Processamento de Condensados de Gás Natural (UPCGN) 80
Figura 14.4. CAPEX estimado para UPGNs de diferentes tipos e com diferentes capacidades 82

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

AACE – American Association of Costs Engineering (Associação Americana de Engenharia de Custos)


Al – Alumínio
AS – Alloy Steel (liga de aço)
CAPEX – Capital Expenditures (investimento fixo)
CEPCI - Chemical Engineering Plants Cost Index (índice de custos de plantas de engenharia química)
CI - Cast Iron (Ferro Fundido)
CS – Carbon Steel (Aço Carbono)
FC – Fluorcarboneto
FG – FiberGlass (fibra de vidro)
HH – homem-hora
IVA – Imposto sobre valor agregado
LF – Locational Factor (Fator Locacional)
LGN – Líquidos de Gás Natural (corrente liquefeita durante o processamento, contendo C2+)
LMI – Locally Supplied Material Index (Índice de custo de materiais supridos localmente)
M.O. – Mão de Obra
M&S – Marshal and Swift (índice de custos)
Mo – Monel (ligas de níquel, cobre e outros metais, resistentes à corrosão)
Ni – liga de Níquel
OPEX – Operating Expenditures (despesas operacionais)
PDE – Plano Decenal de Expansão de Energia
PF – Producticity Factor (Fator de Produtividade)
SS – Stainless Steel (Aço Inoxidável)
Ti – liga de Titânio
UAPO – Unidade de Ajuste de Ponto de Orvalho
UFN – Unidade de Fertilizantes Nitrogenados
UPCGN – Unidade de Processamento de Condensados de Gás Natural
UPGN – Unidade de Processamento de Gás Natural
UTG – Unidade de Tratamento de Gás Natural

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1. INTRODUÇÃO

A lei de formação da EPE, Lei nº 10.847/2004, estabelece, em seu artigo 4º, inciso XII, que é uma
das atribuições da EPE “elaborar estudos relativos ao plano diretor para o desenvolvimento da
indústria de gás natural no Brasil”. Dentre os elementos que compõem os estudos realizados pela EPE
encontram-se análises e avaliações técnicas, econômicas e socioambientais de empreendimentos do
setor de gás natural, como Unidades de Tratamento de Gás Natural (UTGs), Unidades de
Processamento de Gás Natural (UPGNs), Unidades de Fertilizantes Nitrogenados (UFNs), entre outros.
Os custos de tais empreendimentos, por sua vez, influenciam nos preços do gás natural ofertado ao
mercado, bem como dos derivados de gás natural, e, por outro lado, nos preços máximos do gás
natural consumido, para que os produtos finais sejam competitivos no mercado.

Uma das formas de se estimar os custos de empreendimentos de petróleo e gás natural é mapear e
quantificar os equipamentos principais incluídos em cada um deles, realizar análises simplificadas de
dimensionamento (ordem de grandeza), estimar o custo destes equipamentos e somar fatores
referentes a equipamentos e materiais secundários, além de mão de obra e custos indiretos. O nível
de desagregação também pode ser menor, estimando-se unidades completas (e não cada um de seus
equipamentos). Geralmente os custos são estimados utilizando-se correlações da literatura que se
baseiam no Golfo do México, nos EUA, e os custos são trazidos para o Brasil por técnicas de
internação (acréscimo de frete e impostos, entre outras parcelas) ou fatores de tropicalização.

Sendo assim, torna-se vantajosa a compilação de diversas correlações de custos apresentadas na


literatura, além de fatores que possam ser utilizados para estimar os custos totais dos
empreendimentos. Este documento trata-se de uma compilação destas correlações de custos,
principalmente aquelas referentes a equipamentos e unidades contidos em projetos da indústria de
gás natural, ou empreendimentos relacionados. Ao final do documento, são apresentados estudos de
caso onde as correlações de Guthrie foram utilizadas para estimarem-se os valores de CAPEX de
diversas UPGNs com tecnologias e capacidades diferentes, com fluxogramas típicos, dimensionados de
forma simplificada.

Cabe ressaltar que os custos apresentados neste documento devem ser utilizados apenas para
análises de ordem de grandeza, uma vez que possuem data base defasada em relação ao presente, e
se mostravam válidas para condicionantes de mercado muito diferentes dos atuais. Por este motivo,
são apresentados também neste documento alguns índices temporais para que os custos, válidos em
uma certa data de referência, possam ser transpostos para outras datas base de forma aproximada.

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1.1. Estimativas de custo e níveis de acurácia

Uma etapa essencial na elaboração de projetos de engenharia de plantas para a produção de


compostos químicos, processamento de hidrocarbonetos, projetos de infraestrutura, entre outros, é a
dos estudos de viabilidade econômica, onde se verifica se o projeto em questão irá prover lucro ou
não dependendo dos condicionantes do mercado, o que está relacionado à sua viabilidade econômica.
A essência de tais estudos é a comparação entre o investimento e os gastos necessários e as receitas
geradas por dado projeto, fazendo-se um balanço entre estes dois fatores.

Para que possam ser realizados estudos de viabilidade, dois elementos fundamentais dos quais deve-
se dispor é o valor do investimento fixo ou CAPEX ( capital expenditures; quanto será gasto na
implementação do projeto) e o valor dos custos operacionais ou OPEX ( operating expenditures;
quanto será gasto na manutenção e na operação do projeto). Estes, por sua vez, podem ser
estimados com determinados níveis de incerteza dada a fase na qual o projeto se encontra.

Segundo classificação proposta pela AACE (Associação Americana de Engenharia de Custos), existem
cinco classes de estimativas de custo que necessitam de determinados níveis de detalhamento do
projeto, e possuem tipicamente uma determinada faixa de incerteza. Estas classes são descritas
abaixo, na Tabela 1.1.

Tabela 1.1. Classificação de estimativas de custos segundo a AACE


Nível de maturidade Acurácia esperada
Classe (porcentagem concluída Uso final Metodologia (variações para
da definição) menos e para mais)
Dados de capacidade,
Seleção -20% a -50%
CLASSE 5 0% a 2% modelos paramétricos,
conceitual +30% a +100%
analogias
Estudo de Dados de equipamentos -15% a -30%
CLASSE 4 1% a 15%
viabilidade ou modelos paramétricos +20% a +50%
Autorização ou Unidades
-10% a -20%
CLASSE 3 10% a 40% controle de semidetalhadas, itens
+10% a +30%
despesas detalhados por conjunto
Unidades detalhadas,
Controle ou -5% a -15%
CLASSE 2 30% a 75% detalhes definidos pelo
licitação +5% a +20%
usuário
Estimativa de Unidades detalhadas,
-3% a -10%
CLASSE 1 65% a 100% checagem ou detalhes verificados e
+3% a +15%
licitação medidos
Fonte: AACE, 2011; tradução livre.

Como pode ser observado, dependendo do nível de acurácia desejado, os dados necessários para a
estimativas são menos ou mais complexos e numerosos. Sendo assim, podem ser feitas estimativas
de custo considerando apenas a quantidade de determinado produto que será produzida (o que
define o porte da planta industrial), ou ainda levando em conta o dimensionamento de cada
equipamento em separado (com base nas correntes materiais e energéticas da planta).

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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1.2. Correção temporal

Qualquer custo de referência, seja ele informado por um fornecedor ou estimado por algum método,
possui uma data base de referência na qual ele é válido. Isto significa que este custo pode sofrer
alterações no tempo dependendo dos condicionantes de mercado, de evoluções no método de
produção daquele item, de variações cambiais ou perda de poder de compra da moeda. Por este
motivo, é importante que os custos parciais que serão somados para formar o custo total do projeto,
assim como quaisquer outros valores usados nos estudos de viabilidade, tenham a mesma data base.
Além disso, esta data base deve ser tão próxima quanto for possível da data de implementação do
projeto em questão. Isto porque a viabilidade de um projeto está relacionada aos condicionantes
válidos durante sua vida útil, e estes, por sua vez, podem tornar um projeto inviável caso mudem ou
tenham sido mal avaliados.

A correção dos custos estimados para a data base desejada pode ser feita por meio de índices mais
ou menos específicos. Por exemplo, o custo de um compressor centrífugo para gás natural pode ser
corrigido por um índice de preços da indústria química em geral, por um índice de preços da indústria
de óleo e gás, por um índice de preços para bombas e compressores, ou por um índice de preços
específico para compressores centrífugos.

Entre os índices mais utilizados na literatura especializada, podem ser citados os índices Marshal &
Swift (M&S), Chemical Engineering Plants Cost Index (CEPCI), e os índices Nelson-Farrar (que podem
ser gerais ou específicos para cada tipo de equipamento).

De posse dos valores do índice selecionado no ano (ou mês) do custo de referência, e no ano (ou
mês) da data base do projeto, a correção por índices pode ser feita mediante a equação 1.1
apresentada abaixo.

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸𝑎𝑛𝑜 𝐵
𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑎𝑛𝑜 𝐵 = 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑎𝑛𝑜 𝐴 ∗ ( ) (1.1)
Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸𝑎𝑛𝑜 𝐴

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1.3. Correção por fatores de escala

Uma das metodologias utilizadas para estimar custos é a da correção por fatores de escala. Esta
metodologia baseia-se no fato de que um equipamento com capacidade X vezes maior que outro não
custará exatamente X vezes o valor deste. Mais especificamente, o fator de escala situa-se entre zero
e um, o que significa que, ao multiplicar-se uma dimensão do equipamento por certo valor, seu custo
será multiplicado por um valor menor.

Sendo assim, de posse do custo de um equipamento de tamanho ou capacidade conhecida, o custo


de um equipamento igual, mas com outro tamanho ou capacidade, pode ser estimado conforme a
equação 1.2, abaixo.

𝐵 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎
𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑑𝑖𝑚=𝐵 = 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑑𝑖𝑚=𝐴 ∗ ( ) (1.2)
𝐴

O valor do fator de escala, por sua vez, pode ser definido como 0,6 como uma estimativa preliminar
(regra dos seis décimos). Porém, dependendo do tipo do equipamento, o valor típico do fator de
escala pode ser ligeiramente diferente, como apresentado na Tabela 1.2. Também é importante
observar qual a dimensão utilizada para a correção dos custos.

Tabela 1.2. Fatores de escala para diversos equipamentos


Equipamento Dimensão Fator Equipamento Dimensão Fator
Agitador, borbulhador potência 0,50 Coletor de poeira, ciclone vz. volumétrica 0,80
Agitador, turbina potência 0,30 Coletor de poeira, filtro de tecido vz. volumétrica 0,68
Compressor, um estágio vz. volumétrica 0,67 Coletor de poeira, precipitador vz. volumétrica 0,75
Compressor de ar, vários estágios vz. volumétrica 0,75 Evaporador de circulação forçada área 0,70
Evaporador de tubos
Secador a ar vz. volumétrica 0,56 área 0,53
horizontal/vertical
Refervedor industrial vz. mássica 0,50 Ventilador potência 0,66
Refervedor, skid vz. mássica 0,72 Filtro de placas ou prensa área 0,58
Centrífuga, cesto horizontal diâmetro 1,72 Filtro, folhas pressurizadas área 0,55
Centrífuga, recipiente sólido diâmetro 1,00 Trocador de calor, tubos fixos área 0,62
Transportador esteira comprimento 0,65 Trocador de calor, tubo em U área 0,53
Transportador de baldes comprimento 0,77 Moinho de bolas e de rolo vz. mássica 0,65
Transportador parafuso comprimento 0,76 Moinho de martelos vz. mássica 0,85
Transportador vibratório comprimento 0,87 Bomba centrífuga, CS potência 0,67
Cristalizador de crescimento vz. mássica 0,65 Bomba centrífuga, SS potência 0,70
Cristalizador de circulação forçada vz. mássica 0,55 Tanques e vasos de pressão, CS volume 0,60
Cristalizador de batelada volume 0,70 Tanques e vasos horizontais, CS volume 0,50
Secadora de tambor ou rotatória área 0,45 Tanques e vasos, SS volume 0,68
Fonte: GUTHRIE, 1969.

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1.4. Internação e tropicalização

A maioria das correlações e dos modelos existentes na literatura para estimativa de custos refere-se
ao custo FOB no Golfo do México, ou a custos nos EUA em geral, em US$. Por isso, quando o projeto
for implementado em outro país – por exemplo, no Brasil -, os custos devem ser adaptados à
realidade do mesmo. Isto pode ser feito por meio de um fator multiplicativo, que no caso do Brasil é
chamado de fator-Brasil ou de fator de tropicalização, ou ainda por meio da internação, que consiste
na aplicação de impostos e taxas referentes à importação de cada equipamento. No caso da
internação, os custos que devem ser acrescentados são os apresentados abaixo, na Tabela 1.3.

Tabela 1.3. Custos adicionais para o método da internação


CUSTO FOB
+ Frete Marítimo US$ 100 / tonelada (out/2017)
+ Imposto de Importação 14% do custo FOB
+ Taxas de desembaraço 1,5% do custo FOB
+ Seguro da Carga 0,5% do custo FOB
+ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) geralmente, 9% do custo FOB
+ Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) 25% do valor do frete marítimo
+ Frete Terrestre do porto até o local de instalação US$ 20 / tonelada (out/2017)
+ Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços ... (ICMS) 12% do custo internado
= CUSTO INTERNADO
Fonte: Elaboração própria a partir de estimativas internas, Bloomberg (2018) e NTC & Logística (2018).

Já no caso do fator de tropicalização, este pode ser calculado com base em custos de referência de
que se tenha posse. Por exemplo, o custo de compressores pode ser tropicalizado por um fator que é
igual à razão entre o custo por HP de compressores no Brasil e nos EUA. Da mesma forma, o CAPEX
de uma unidade petroquímica pode ser tropicalizado usando a razão entre os custos (normalizados
pela capacidade) deste tipo de unidade no Brasil e nos EUA.

1.5. Correlações de Guthrie

As correlações de Guthrie (1974) foram desenvolvidas em 1970 e apresentadas no livro “Process Plant
Estimating, Evaluation and Control” deste mesmo autor. As correlações apresentadas aqui são uma
forma simplificada das originalmente apresentadas no livro, e têm como data base o ano de 1968,
com o índice M&S de 280, fornecendo custos em US$. As equações deste método possuem a forma
geral:

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = A 𝑥 𝐵 𝑦 𝐶 𝑧 𝐷 ∗ 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠1 (1.3)

1.6. Correlações de Corripio

As correlações de Corripio (1995) podem ser utilizadas para calcular o custo de capital de trocadores
de calor, vasos de pressão, tanques de estocagem, torres de destilação e outros equipamentos, e
baseiam-se no cálculo de um custo básico que pode ser corrigido por fatores relativos a pressão e
materiais de construção. Estas correlações possuem a seguinte fórmula geral:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐶 ] ∗ 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠2 (1.4)

Os parâmetros apresentados aqui para este método foram compilados por Piotrowicz e Secchi (2005)
e têm como data base o ano de 2005, fornecendo custos em US$.

1.7. Correlações Capcost

O método é baseado na determinação do custo total do módulo (equipamento) por meio de um


programa desenvolvido em Visual Basic, e seus parâmetros são informados em um capítulo específico
do livro de Turton et al. (2009). O custo total do equipamento como determinado pela correlação no
programa inclui os custos diretos e indiretos de aquisição e instalação. A correlação utilizada para os
equipamentos é apresentada a seguir:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑆) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑆)]2 ] ∗ 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠3 (1.5)

Onde S representa um parâmetro de dimensão típico do equipamento em questão. Os valores de K i (i


= 1, 2, 3, ...) e Bi (i = 1, 2, 3, ...) são os parâmetros das correlações específicas para cada tipo de
equipamento. Por exemplo, trocadores de placas ou de tubo têm parâmetros Ki e fatores
multiplicativos diferentes. Dentro dos fatores multiplicativos estão incluídos parâmetros Fm e Fp que
são, respectivamente, correções adotadas para os diferentes tipos de materiais e para as diferentes
condições de pressão dos equipamentos.

Cabe ressaltar que, caso desejado, usando-se apenas a primeira parte da correlação (ou seja,
igualando “fatores” a 1), é possível calcular o custo FOB de equipamentos tendo como material o ferro

1 Os fatores serão detalhados para cada tipo de equipamento no próximo capítulo.


2 Os fatores serão detalhados para cada tipo de equipamento no próximo capítulo.
3 Os fatores serão detalhados para cada tipo de equipamento no próximo capítulo.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

fundido. Este custo, por sua vez, é chamado de “custo-base”. Os dados foram adquiridos em 2001 e a
correção é feita, em geral, pelo índice CEPCI, fornecendo custos em US$. Para o ano de 2001, o valor
desse índice era de 397.

1.8. Correlações de Peters, Timmerhaus e West

A correlação de Peters, Timmerhaus e West (PETERS e TIMMERHAUS, 1980; PETERS e TIMMERHAUS,


2002; PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014) é apresentada no livro “Plant Design and Economics for
Chemical Engineers”, dos mesmos autores, e uma calculadora online que usa este método pode ser
acessada pelo site http://www.mhhe.com/engcs/chemical/peters/data/. Esta metodologia baseia-se
em equações que possuem a forma geral:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐶 ] ∗ 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠4 (1.6)

Além dos equipamentos mais utilizados na indústria, são apresentados custos relativos a outros
equipamentos como filtros de vários tipos, reatores encamisados, esteiras vibratórias, entre outros. Os
custos possuem data base de 2002, com um valor de CEPCI = 390,4, podendo ser corrigidos por este
mesmo índice, e fornecendo custos em US$.

1.9. Correlações ICARUS

As correlações desenvolvidas pela divisão Icarus da empresa Aspen (LOH, LYONS, e WHITE, 2002)
têm como base os custos FOB no Golfo do México, no primeiro trimestre de 1998, com um índice M&S
de 1074,6, e fornecendo custos em US$. Nesta correlação, a fórmula geral utilizada é a seguinte:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠5 (1.7)

Também são utilizados neste método alguns fatores para o cálculo dos custos de instalação para cada
tipo de equipamento, que serão apresentados no capítulo específico de custos de instalação.

4 Os fatores serão detalhados para cada tipo de equipamento no próximo capítulo.


5 Os fatores serão detalhados para cada tipo de equipamento no próximo capítulo.

15
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

1.10. Custos adicionais

De posse do custo dos equipamentos principais de uma planta, é necessário também estimar o custo
da instalação destes equipamentos e dos materiais adicionais necessários para tal, assim como
estudos e projetos, calculando-se assim o valor desembolsado dentro dos limites bateria de produção
(ISBL; Inside Battery Limits).

Além disso, é essencial calcular-se outros custos, como o do terreno e o de unidades auxiliares. Isto
pode ser feito de forma detalhada, descrevendo-se cada item adicional do orçamento, ou de forma
simplificada, como um fator que deve ser multiplicado pelos custos calculados. Este é o valor
desembolsado fora dos limites da bateria de produção (OSBL; Outside Battery Limits). Após o
acréscimo destes custos, obtém-se finalmente o CAPEX da planta.

A seguir, serão apresentadas de forma detalhada as correlações encontradas na literatura para custos
de equipamentos, assim como os fatores recomendados para o cálculo dos custos de instalação e de
diversos custos adicionais.

16
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

2. BOMBAS

2.1. CAPCOST

A correlação utilizada na determinação dos custos de bombas através do CAPCOST é apresentada a


seguir.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑃𝑜𝑡) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑃𝑜𝑡)]2 ] ∗ (𝐵1 + 𝐵2 𝐹𝑀 𝐹𝑃 ) (2.1)

𝐹𝑃 = 10^[ 𝐶1 + 𝐶2 𝑙𝑜𝑔(𝑃) + 𝐶3[𝑙𝑜𝑔(𝑃)]2 ] para P > 10 bar, ou FP =1 para P ≤ 10 bar (2.2)

Pot = potência (kW)


Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 2.1, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima para cada tipo de bomba e para cada material.

Tabela 2.1. Parâmetros da correlação CAPCOST para bombas


Pmax Potmin Potmax
K1 K2 K3 C1 C2 C3 B1 B2 FmCI FmCS FmCu FmSS FmNi FmTi
Tipo de Bomba (barg) (kW) (kW)
Centrífuga 3,39 0,05 0,15 -0,39 0,40 0,00 1,89 1,35 1,00 1,55 NA 2,28 4,36 NA 100 1 300
Deslocamento
3,48 0,14 0,14 -0,25 0,26 -0,01 1,89 1,35 1,00 1,41 1,28 2,67 4,74 10,66 100 1 100
positivo
Alternativa 3,87 0,32 0,12 -0,25 0,26 -0,01 1,89 1,35 1,00 1,46 1,28 2,35 3,95 6,44 100 0 200

Fonte: TURTON et al, 2009.

2.2. PETERS, TIMMERHAUS E WEST

Para bombas centrífugas, com motor elétrico incluso:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,3826 ∗ 𝑙𝑛(𝑣) + 9,8185 ] 𝐹𝑝 𝐹𝑚 (2.3)

v = vazão volumétrica (m³/s) – entre 0,00015 e 1 m³/s


Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 2.2, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para bombas centrífugas.

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Tabela 2.2. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West


para bombas centrífugas
Pressão, kPa 1.035 5.000 10.000 20.000 30.000
Fp 1,00 2,10 2,80 3,50 4,00
Material Ferro Aço Carbono Aço inox Liga de Níquel
Fm 1,00 1,80 2,40 5,00
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

Para bombas alternativas, com motor elétrico incluso:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,0093 ∗ 𝑙𝑛(𝑣)3 + 0,22 ∗ 𝑙𝑛(𝑣)2 + 1,9926 ∗ ln(𝑣) + 13,292 ] 𝐹𝑝 𝐹𝑚 (2.4)

v = vazão volumétrica (m³/s) – entre 0,0001 e 0,063 m³/s


Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 2.3, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para bombas alternativas.

Tabela 2.3. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para bombas


alternativas
Pressão, kPa 1.035 5.000 10.000 20.000 50.000 100.000
Fp 1,00 1,60 1,80 2,10 2,40 2,70
Material Ferro Aço Carbono Aço inox
Fm 1,00 1,30 2,25
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

Para bombas de diafragma, com motor elétrico incluso:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,441 ∗ ln(𝑣) + 11,29 ] (2.5)

v = vazão volumétrica (m³/s) – entre 0,0013 e 0,0252 m³/s

Para bombas rotativas, com motor elétrico incluso:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,0143 ∗ 𝑙𝑛(𝑣)2 + 0,5189 ∗ ln(𝑣) + 10,568 ] 𝐹𝑝 𝐹𝑚 (2.6)

v = vazão volumétrica (m³/s) – entre 0,00015 e 1,0 m³/s


Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 2.4, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para bombas rotativas.

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Tabela 2.4. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West


para bombas rotativas
Pressão, kPa 1.035 5.000 10.000 20.000 30.000
Fp 1,00 2,00 2,50 3,10 3,40
Material Ferro Aço Carbono Aço inox Liga de Níquel
Fm 1,00 1,40 2,00 4,00
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

Para outras bombas centrífugas de metal com ou sem resistência química, incluindo motor elétrico:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐶 ] (2.7)

x = vazão (m³/s) × pressão de descarga (kPa)


A, B, C = fatores de design

A Tabela 2.5, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para outras bombas
centrífugas.

Tabela 2.5. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para


bombas centrífugas
Horizontal, Vertical,
Motor Horizontal Vertical
c/ resist. química c/ resist. química
A 0,2252 0,0893 0,2486 0,0839
B -0,9729 -0,0947 -0,6221 0,1757
C 10,164 8,7842 8,3723 7,6743
x mínimo 6 3 3 1
x máximo 174 56,4 56,4 17,4
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

2.3. ICARUS

Para bombas rotatórias, bombas em linha, bombas centrífugas, alternativas (duplex ou triplex), ou a
vácuo (com um ou dois estágios):

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 (2.8)

x = vazão (galões/minuto)
Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros

Os parâmetros, as faixas de vazão e os fatores de material são apresentados na Tabela 2.6, a seguir,
para cada tipo de bomba:

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Ministério de Minas e Energia

Tabela 2.6. Parâmetros da correlação Icarus para bombas


Rotatória/ Alternativa, Alternativa, Vácuo, Vácuo,
Tipo Centrífuga
Em linha duplex triplex 1 estágio 2 estágios
A 0,0394 0,0231 0 0 0 0
B -0,4081 -0,3752 0 0 0,1037 0,1053
C 1,5775 2,3509 0,6267 0,565 -0,3582 -0,4888
D 5,3624 2,9828 6,9676 6,5357 8,3428 9,1649
x mín. 10 100 25 25 30 30
x máx. 750 10.000 1.000 1.000 700 700
Aço Inox Inox
Material Inox 410 Inox 310 Aço/Borracha Bronze Monel
Carbono 304 316
Fm 1,00 1,43 1,70 1,80 2,00 1,40 1,54 3,33
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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3. COMPRESSORES

3.1. GUTHRIE

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 517,5 𝑏ℎ𝑝0,82 𝐹𝑑 (3.1)

bhp = potência (HP) – entre 30 e 10.000


Fd = fator de design

A Tabela 3.1, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para compressores.

Tabela 3.1. Parâmetros da correlação de Guthrie para compressores


Design Centrífugo Alternativo Centrífugo Alternativo Alternativo
Acionador Motor Vapor Turbina Motor Queimador a gás
Fd 1,00 1,07 1,15 1,29 1,82
Fonte: GUTHRIE, 1974.

3.2. CAPCOST

A correlação utilizada na determinação dos custos de compressores através do CAPCOST é composta


de duas equações, apresentadas a seguir.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑃𝑜𝑡) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑃𝑜𝑡)]2 ] ∗ (𝐵1 + 𝐵2 𝐹𝑀 𝐹𝑃 ) (3.2)

𝐹𝑃 = 10^[ 𝐶1 + 𝐶2 𝑙𝑜𝑔(𝑃) + 𝐶3[𝑙𝑜𝑔(𝑃)]2 ] para P > 10 bar, ou FP =1 para P ≤ 10 bar (3.3)

Pot = potência (kW)


Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 3.2, a seguir, apresenta os valores das constantes utilizadas nas fórmulas acima para cada
tipo de compressor e para cada material.

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Ministério de Minas e Energia

Tabela 3.2. Parâmetros da correlação CAPCOST para compressores


Fm Fm Fm Potmin Potmax
TIPO K1 K2 K3
CS SS Ni (kW) (kW)
Centrifugo 2,2891 1,3604 -0,1027 2,7 5,8 11,5 450 3000
Axial 2,2891 1,3604 -0,1027 3,8 8,0 15,9 450 3000
Rotativo 5,0355 -1,8002 0,8253 2,4 5,0 9,9 18 950
Alternativo 2,2891 1,3604 -0,1027 3,4 7,0 13,9 450 3000
Fonte: TURTON et al, 2009.

3.3. PETERS, TIMMERHAUS E WEST

Para compressores centrífugos, incluindo acionador e base:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑝) + 𝐵 ] 𝐹𝑚 (3.4)

p = potência (kW) – entre 75 e 6.000 kW


A, B = fatores de design
Fm = fator de material

A Tabela 3.3, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para compressores
centrífugos.

Tabela 3.3. Parâmetros da correlação de Peters,


Timmerhaus e West para compressores centrífugos
Acionador Motor elétrico Turbina Rotor
A 0,9435 0,9195 0,6738
B 6,7769 7,1049 8,0581
Material Aço Carbono Aço inox Liga de Níquel
Fm 1,00 2,50 5,10
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

Para compressores alternativos, incluindo acionador e base:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑝) + 𝐵 ] 𝐹𝑚 (3.5)

p = potência (kW) – entre 75 e 6.000 kW


A, B = fatores de design
Fm = fator de material

A Tabela 3.4, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para compressores
alternativos.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 3.4. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para


compressores alternativos
Acionador Combustão a Motor elétrico Turbina a Vapor
gás
A 0,9467 0,9138 0,9567
B 7,3553 7,2692 6,7937
Material Aço Carbono Aço inox Liga de Níquel
Fm 1,00 2,50 5,10
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

3.4. ICARUS

Para compressores centrífugos ou alternativos:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐶 ] ∗ 𝐹𝑚 (3.6)

x = potência (HP)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros

Os parâmetros, as faixas de potência e vazão, e os fatores de material são apresentados na Tabela


3.5, abaixo, para cada tipo de compressor:

Tabela 3.5. Parâmetros da correlação Icarus para compressores


Centrífugo, Centrífugo, Centrífugo, Alternativo, Alternativo, Alternativo,
Tipo
4 estágios 8 estágios 9 estágios 1 estágio 1 estágio 1 estágio
A 0,0993 0,1119 0,1391 0,0967 0,1282 0,0007
B -0,9333 -1,2246 -2,1634 -0,6021 -1,1581 0,765
C 12,48 17,114 22,603 13,134 15,306 7,673
x mínimo 60 125 1.750 40 100 800
x máximo 25.000 50.000 50.000 7.000 10.000 22.500
v mín
500 500 500 250 250 250
(ft³/min)
v máx
200.000 200.000 15.000 60.000 35.000 7.000
(ft³/min)
Aço Inox Inox
Material Inox 410 Inox 310 Aço/Borracha Bronze Monel
Carbono 304 316
Fm 1,00 1,43 1,70 1,80 2,00 1,40 1,54 3,33
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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Ministério de Minas e Energia

4. VASOS E CASCOS DE TORRES

4.1. GUTHRIE

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 101,9 𝐷1,066 𝐻0,82 𝐹𝑚 𝐹𝑝 (4.1)

D = diâmetro (ft)
H = altura (ft)
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 4.1, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para vasos e cascos de
torres.

Tabela 4.1. Parâmetros da correlação de Guthrie para vasos e cascos de torres


Pressão, psia ≤ 50 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Fp 1,00 1,05 1,15 1,20 1,35 1,45 1,60 1,80 1,90 2,30 2,50
Material CS SS Monel Titânio
Fm, revestido 1,00 2,25 3,89 4,25
Fm, maciço 1,00 3,67 6,34 7,89
Fonte: GUTHRIE, 1974.

4.2. CORRIPIO

Para tanques com cobertura cônica e fundo chato, comprados prontos ou fabricados na planta:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑉)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑉) + 𝐶 ] ∗ 𝐹𝑚 (4.2)

V = volume (m³)
Fm = fator de material

A Tabela 4.2, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para tanques.

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Ministério de Minas e Energia

Tabela 4.2. Parâmetros da correlação de Corripio


para tanques
Fabricação Comercial in loco
A -0,063088 0,045355
B 0,6637 -0,1045
C 7,994 9,369
V mínimo (m³) 5 80
V máximo (m³) 80 45.000
Material Fm
Aço Carbono 1,0
Aço inox 316 2,7
Aço inox 304 2,4
Aço inox 347 3,0
Níquel 3,5
Monel 3,3
Inconel 3,8
Zircônio 11,0
Titânio 11,0
Tijolo e borracha ou poliéster com aço 2,75
Aço e borracha 1,9
Poliéster reforçado com fiberglass 0,32
Alumínio 2,7
Cobre 2,3
Concreto 0,55
Fonte: PIOTROWICZ e SECCHI, 2005.

Para vasos de pressão horizontais ou verticais:

𝑊 = p 𝐷𝑖 [ 𝐿 + 0,8116 𝐷𝑖 ] ∗ 𝑒 (4.3)

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑊)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑊) + 𝐶 ] ∗ 𝐹𝑚 (4.4)

W = peso do equipamento (kg) – 2.210 a 103.000 para horizontal; 369 a 415.000 para vertical
p = pressão (bar)
Di = diâmetro interno (m) – de 0,92 a 3,66 para horizontal; 1,83 a 3,05 para vertical
L = comprimento (m) – de 3,66 a 6,10 apenas para vertical
e = espessura (mm)
Fm = fator de material

A Tabela 4.3, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para vasos de pressão.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 4.3. Parâmetros da correlação de Corripio


para vasos de pressão
TIPO DE VASO A B C
Horizontal 0,043330 -0,164490 8,114000
Vertical 0,045760 -0,216510 8,600000
TIPO DE MATERIAL Fm
Aço Carbono 1,000
Carpenter 20CB-3 3,200
Incoloy 825 3,700
Inconel 600 3,900
Inox 304 1,700
Inox 316 2,100
Monel 400 3,600
Níquel 200 5,400
Titânio 7,700
Fonte: PIOTROWICZ e SECCHI, 2005.

Para cascos de torres de destilação:

𝑊 = p 𝐷𝑖 [ 𝐿 + 0,8116 𝐷𝑖 ] ∗ 𝑒𝑝 (4.5)

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,02468 𝑙𝑛(𝑊)2 + 0,1808 𝑙𝑛(𝑊) + 6,950 + 0,01580 ∗ (𝐿/𝐷𝑖 ) ln(𝑒𝑓/𝑒𝑝) ] ∗ 𝐹𝑚 (4.6)

W = peso do equipamento (kg) – 4.090 a 2.470.000


p = pressão (bar)
L = altura (m) – de 17,57 a 51,82
Di = diâmetro interno (m) – de 0,91 a 7,32
ef = espessura do fundo (mm)
ep = espessura da parede (mm)
Fm = fator de material (podem ser considerados os mesmos fatores apresentados para vasos)

Para cascos de torres de absorção:

𝑊 = p 𝐷𝑖 [ 𝐿 + 0,8116 𝐷𝑖 ] ∗ 𝑒 (4.7)

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,02297 𝑙𝑛(𝑊)2 + 0,21887 𝑙𝑛(𝑊) + 6,448 ] ∗ 𝐹𝑚 (4.8)

W = peso do equipamento (kg) –1.930 a 445.000


p = pressão (bar)
L = altura (m) –8,23 a 12,19
Di = diâmetro interno (m) – 0,91 a 6,40
e = espessura (mm)
Fm = fator de material (podem ser considerados os mesmos fatores apresentados para vasos)

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4.3. CAPCOST

A correlação utilizada na determinação dos custos de vasos e cascos de torres através do CAPCOST é
apresentada a seguir.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑉) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑉)]2 ] ∗ (𝐵1 + 𝐵2 𝐹𝑚 𝐹𝑝 ) (4.9)

(𝑝+1)𝐷
𝐹𝑝 = [ + 0,00315] (4.10)
2(849,6−0,6(𝑝+1))

V = volume (m³)
p = pressão (barg)
D = diâmetro (m)
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 4.4, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima para cada tipo de vaso ou para cascos de torres.

Tabela 4.4. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para vasos horizontais e verticais ou cascos de
torres
Fm Fm Fm Fm Fm Fm
Tipo K1 K2 K3 B1 B2 Vmin(m³) Vmax(m³)
CS SS clad SS Ni clad Ni Ti
Horizontal 3,5565 0,3776 0,0905 1,49 1,52 1,0 1,7 3,1 3,6 7,1 9,4 0,1 628
Vertical/Casco 3,4974 0,4485 0,1074 2,25 1,82 1,0 1,7 3,1 3,6 7,1 9,4 0,3 520
Fonte: TURTON et al, 2009.

4.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST

Para tanques de armazenamento a pressão atmosférica, com base plana, construídos in loco, API
Standard 650, incluindo escadas, base, plataforma, etc:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,0488 ∗ 𝑙𝑛(𝑣)2 − 0,0449 ∗ ln(𝑣) + 9,3012 ] 𝐹𝑚 (4.11)

v = volume (m³) – entre 85,6 e 53.000 m³


Fm = fator de material

A Tabela 4.5, a seguir, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para tanques de
armazenamento.

27
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Ministério de Minas e Energia

Tabela 4.5. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para tanques de


armazenamento construídos in loco
Material Aço Aço inox Aço inox Monel / Inconel / Titânio Hastelloy
Carbono 304 316 Níquel
Fm 1,00 2,30 3,00 5,61 8,97 10,66
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

Para tanques de armazenamento disponíveis comercialmente, sem incluir materiais adicionais e


serviços:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ −0,0795 ∗ 𝑙𝑛(𝑣)2 + 0,8775 ∗ ln(𝑣) + 7,9481 ] 𝐹𝑚 𝐹𝑒 (4.12)

v = volume (m³) – entre 3,9 e 114 m³


Fm = fator de material
Fe = fator de espessura

A Tabela 4.6, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para tanques de
armazenamento.

Tabela 4.6. Parâmetros da correlação de Peters, Timmerhaus e West para tanques de


armazenamento comerciais
Material CS CS+borracha Al Plástico SS SS Monel / Inconel Ti Hastelloy
304 316 / Ni
Fm 1,00 1,38 1,47 0,69 2,30 2,82 5,64 9,02 10,71
Espessura 6,35 mm 12,7 mm 19,1 mm 25,4 mm
Fe 1,00 1,40 2,60 2,70
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

4.5. ICARUS

Estas correlações são usadas para vasos verticais ou horizontais, que suportam pressões médias (15
psig) ou altas (150 psig). No caso dos vasos verticais, é usada tipicamente uma razão
comprimento/diâmetro de 3. Os custos incluem cobertura, paredes simples, bocais, câmaras de
visitação, alças ou pés para apoio, e suportes para içamento.

Nesta equação, a dimensão utilizada pode ser a capacidade ou o peso do vaso. No caso de utilizar-se
a capacidade:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 (4.13)

x = capacidade (galões)
Fm = fator de material

28
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Ministério de Minas e Energia

A, B, C, D = parâmetros

Os parâmetros, as faixas de capacidade, e os fatores de material são apresentados na Tabela 4.7,


abaixo, para cada tipo de vaso:

Tabela 4.7. Parâmetros da correlação Icarus para vasos


Vertical, Vertical, Horizontal, Horizontal,
Tipo
15 psig 150 psig 15 psig 150 psig
A -0,0269 -0,0227 0 0
B 0,5277 0,4668 0,0212 0,0465
C -3,0563 -2,7387 0,0556 -0,1909
D 14,26 13,776 7,9436 8,6165
x mínimo 100 100 100 100
x máximo 5.000 5.000 100.000 100.000
Material Aço Carbono Inox 410 Inox 304 Inox 316 Inox 310 Aço/Borracha
Fm 1,00 2,00 2,80 2,90 3,33 1,25
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

Já no caso de utilizar-se o peso dos vasos:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 (4.14)

x = peso (libras)
Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros

Os parâmetros, as faixas de peso, e os fatores de material são apresentados na Tabela 4.8, abaixo,
para cada tipo de vaso:

Tabela 4.8. Parâmetros da correlação Icarus para vasos


Vertical, Vertical, Horizontal, Horizontal,
Tipo
15 psig 150 psig 15 psig 150 psig
A -0,1384 -0,0236 0 0
B 3,2163 0,5522 0,0094 0,0232
C -24,183 -3,6362 0,5187 0,3091
D 67,947 15,236 4,5731 5,3281
x mínimo 1.000 1.300 1.100 1.400
x máximo 7.100 14.200 59.400 198.700
Material Aço Carbono Inox 410 Inox 304 Inox 316 Inox 310 Aço/Borracha
Fm 1,00 2,00 2,80 2,90 3,33 1,25
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

Este método indica ainda correlações para tanques de armazenamento com teto flutuante ou teto
cônico, em relação ao peso do tanque. Estão inclusos o revestimento de espuma de poliuretano, e

29
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Ministério de Minas e Energia

considera-se que os tanques de armazenamento cônico suportam até 2 psia de pressão interna, e os
de teto flutuante, de 2 a 15 psia. A correlação usada para estes tipos de tanques é a seguinte:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐶 ] ∗ 𝐹𝑚 (4.15)

x = peso (libras)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros

Os parâmetros, as faixas de peso, e os fatores de material são apresentados na Tabela 4.9, abaixo,
para cada tipo de tanque:

Tabela 4.9. Parâmetros da correlação Icarus para tanques


Tipo Teto flutuante Teto cônico
A 0,0282 0,0274
B 0,0312 0,1647
C 8,164 6,2775
x mínimo 41.300 21.000
x máximo 2.219.100 2.226.100
Material Aço Carbono Inox 410 Inox 304 Inox 316 Inox 310 Aço/Borracha
Fm 1,00 2,00 2,80 2,90 3,33 1,25
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

Também são apresentados custos para cascos de colunas de recheio, mas que podem ser utilizados
também para cascos de colunas de pratos, embora neste segundo caso este método apresente os
custos dos cascos já somados aos dos pratos. Estão incluídos neste custo carcaça, teto, base, bocais,
suportes e downcomers, feitos com um único material (aço carbono, no caso base), além de câmaras
de visitação a cada 25 pés na sessão de recheio e mais uma acima e uma abaixo da mesma. A
correlação, neste caso, possui a forma:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐶 ] ∗ 𝐹𝑚 (4.16)

x = altura (ft)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros

Os parâmetros e os fatores de material são apresentados na Tabela 4.10, a seguir, para cada
diâmetro e pressão considerados no projeto da coluna:

30
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 4.10. Parâmetros da correlação Icarus para cascos de colunas de recheio


Pressão
15 150 15 150 15 150 15 150 15 150 15 150
(psig)
Diâm.
1 1 1,5 1,5 2 2 2,5 2,5 3 3 3,5 3,5
(ft)
A 0 0 0 0 -0,001 -0,0047 0,2159 0,2107 0,0662 0,0541 0,1198 0,11
B 0,3769 0,4476 0,4342 0,4572 0,3619 0,3939 -0,9108 -0,8706 -0,0124 0,0777 -0,3643 -0,2877
C 7,9421 7,7645 8,2398 8,2778 8,6403 8,6625 10,544 10,525 9,3857 9,2989 10,153 10,148
x mín 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
x máx 20 20 30 30 40 40 50 50 60 60 70 70
Material Aço Carbono Inox 410 Inox 304 Inox 316 Inox 310 Aço/Borracha
Fm 1,00 2,00 2,80 2,90 3,33 1,25
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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5. PRATOS PARA TORRES

5.1. GUTHRIE

O custo já considera a instalação do prato.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 4,7 𝐷1,55 𝐻 (𝐹𝑠 + 𝐹𝑡 + 𝐹𝑚 ) (5.1)

D = diâmetro (ft)
H = altura (ft) – considerando espaçamento de 24 polegadas entre os pratos
Fs = fator de espaçamento
Ft = fator de tipo dos pratos
Fm = fator de material

A Tabela 5.1, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para pratos de torres.

Tabela 5.1. Parâmetros da correlação de Guthrie para pratos


Espaçamento 24” 18” 12”
Fs 1,00 1,4 2,2
Tipo Grade Prato Perfurado Abertura/válvula Borbulhador Cascata Koch
Ft 0,00 0,0 0,0 0,4 1,8 3,9
Material CS SS Monel
Fm 1,00 1,7 8,9
Fonte: GUTHRIE, 1974.

5.2. CORRIPIO

O custo de um prato, incluindo suas válvulas e downcomers pode ser calculado pela correlação
abaixo.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 278,38 exp[ 0,1739 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 ∗ 𝐹𝑡 ∗ 𝐹𝑛 (5.2)

𝐹𝑚 = 𝐴 + 𝐵 ∗ 𝐷 (5.3)

𝐹𝑛 = 2,25/1,0414𝑛 , para n < 20; ou Fn = 1 para n ≥ 20 (5.4)

D = diâmetro (m)
n = número de pratos
Fm = fator de material

32
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

A, B = parâmetros do fator de material


Ft = fator de tipo dos pratos
Fn = fator de número de pratos

A Tabela 5.2, abaixo, apresenta os parâmetros usados na correlação acima para pratos de torres.

Tabela 5.2. Parâmetros da correlação de Corripio para pratos


Material Aço Carbono Carpenter 20CB-3 Inox 304 Inox 316 Monel
A 1,00 1,525 1,189 1,401 2,306
B 0,00 0,2585 0,1894 0,2376 0,3674
Tipo Valvulado Borbulhador Grade Perfurado
Ft 1,0 1,59 0,80 0,85
Fonte: PIOTROWICZ e SECCHI, 2005.

5.3. CAPCOST

A correlação utilizada na determinação dos custos de pratos para torres através do CAPCOST é
apresentada a seguir. O custo inclui válvulas e downcomers, assim como suportes necessários à sua
instalação.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝐴) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝐴)]2 ] ∗ 𝐹𝑚 (5.5)

A = área (m²)
Fm = fator de material

A Tabela 5.3, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de prato.

Tabela 5.3. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para pratos


FM FM FM FM
TIPO K1 K2 K3 Amin(m²) Amax(m²)
CS SS FC Ni
Perfurado 2,995 0,4465 0,3961 1,00 1,80 5,60 0,70 12,3
Valvulado 3,332 0,4838 0,3434 1,00 1,83 5,58 0,70 10,5
Eliminador de Névoa 3,235 0,4838 0,3434 1,00 1,80 5,60 0,70 10,5
Fonte: TURTON et al, 2009.

5.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST

O custo inclui um prato, suas válvulas e downcomers, assim como suportes para sustentação. A
equação de custo é apresentada a seguir.

33
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,5025 ∗ 𝑙𝑛(𝑑)2 + 0,9264 ∗ ln(𝑑) + 6,9518 ] 𝐹𝑡,𝑚 (5.6)

d = diâmetro (m) – entre 0,61 e 3,81 m


Ft,m = fator de tipo e de material dos pratos

A Tabela 5.4, abaixo, apresenta as constantes utilizadas na fórmula acima para cada tipo de prato.

Tabela 5.4. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para pratos
Tipo Perfurado Perfurado Valvulado Valvulado Borbulhador Borbulhador Estampado
Material CS SS CS SS CS SS SS
Fd 1,00 2,07 1,21 2,52 2,07 3,31 1,51
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

5.5. ICARUS

Este método apresenta custos para colunas completas (casco e pratos) de pratos valvulados e de
pratos perfurados. Os custos incluem carcaça, teto, base, bocais, pratos, suportes e downcomers,
feitos com um único material (aço carbono, no caso base). Incluem ainda câmaras de visitação a cada
25 pés na sessão de pratos, além de uma acima e uma abaixo da mesma.

No caso de colunas com pratos valvulados:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 (5.7)

x = número de pratos – entre 2 e 60


Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros

Os parâmetros e os fatores de material são apresentados na Tabela 5.5, abaixo, para cada diâmetro e
pressão considerados no projeto da coluna:

Tabela 5.5. Parâmetros da correlação Icarus para colunas de pratos valvulados


Pressão (psig) 15 150 15 150 15 150 15 150
Diâmetro (ft) 5 5 10 10 15 15 20 20
A 0,0692 0,0570 0 0 0 0 0 0
B -0,3507 -0,2839 0,1096 0,1021 0,0989 0,0983 0,0852 0,1105
C 0,8397 0,7499 0,0013 0,0111 0,0726 0,0046 0,1530 -0,0803
D 9,8887 10,064 11,004 11,355 11,603 12,262 11,922 12,917
Aço Inox Inox Inox Inox
Material Aço/Borracha
Carbono 410 304 316 310
Fm 1,00 2,00 2,80 2,90 3,33 1,25
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Já no caso de colunas com pratos perfurados:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 (5.8)

x = número de pratos – entre 2 e 60


Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros

Os parâmetros e os fatores de material são apresentados na Tabela 5.6, abaixo, para cada diâmetro e
pressão considerados no projeto da coluna:

Tabela 5.6. Parâmetros da correlação Icarus para colunas de pratos perfurados


Pressão (psig) 15 150 15 150 15 150 15 150
Diâmetro (ft) 5 5 10 10 15 15 20 20
A 0,0743 0,0571 0 0 0 0 0 0
B -0,3838 -0,2833 0,1111 0,1027 0,0992 0,0984 0,0859 0,1108
C 0,8944 0,7403 -0,0137 0,0019 0,0634 -0,0027 0,1421 -0,089
D 9,8443 10,056 10,983 11,339 11,574 12,249 11,889 12,906
Aço Inox Inox Inox Inox
Material Aço/Borracha
Carbono 410 304 316 310
Fm 1,00 2,00 2,80 2,90 3,33 1,25
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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Ministério de Minas e Energia

6. RECHEIO PARA TORRES

6.1. GUTHRIE

Os custos apresentados na Tabela 6.1 já consideram a acomodação do recheio na torre.

Tabela 6.1. Custos de recheios usados na


correlação de Guthrie
Tipo Custo (US$/ft³)
Carvão Ativado 14,2
Alumina 12,6
Coque 3,5
Calcário 5,8
Sílica Gel 27,2
Anéis de Raschig 1” – Pedra 5,2
Anéis de Raschig 1” – Porcelana 7,0
Anéis de Raschig 1” – Aço inox 70,2
Selas de Berl – Pedra 14,5
Selas de Berl – Porcelana 15,9
Fonte: GUTHRIE, 1974.

6.2. CORRIPIO

Os custos apresentados na Tabela 6.2 já consideram a acomodação do recheio na torre.

Tabela 6.2. Custos de recheios usados na


correlação de Corripio
Tipo Custo (US$/m³)
Anéis de Rasching de cerâmica, 1" 510
Anéis de Rasching de metal, 1" 840
Anéis de Paul de metal, 1" 840
Selas Intalox, 1" 510
Anéis de Rasching de cerâmica, 2" 360
Anéis de Rasching de metal, 2" 600
Anéis de Paul de metal, 2" 600
Selas Intalox, 2" 360
Fonte: PIOTROWICZ e SECCHI, 2005.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

6.3. CAPCOST

A correlação utilizada na determinação dos custos de recheios para torres através do CAPCOST é
apresentada a seguir. O custo inclui a instalação.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑉) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑉)]2 ] (6.1)

V = volume (m³)

A Tabela 6.3, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de recheio.

Tabela 6.3. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST


para recheios
TIPO K1 K2 K3 Vmin(m³) Vmax(m³)
Cerâmica 3,066 0,9744 0,0055 0,03 628
Aço Inox 304 3,300 0,9744 0,0055 0,03 628
Selas plásticas 2,449 0,9744 0,0055 0,03 628
Fonte: TURTON et al, 2009.

6.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST

Esta metodologia apresenta apenas custos para selas de Berl de 1” em diferentes materiais, conforme
a Tabela 6.4.

Tabela 6.4. Custos de selas de Berl de 1” usados


na correlação de Peters, Timmerhaus e West
Material Custo (US$/m³)
Aço Carbono 905,05
Aço inox 304 1659,25
Aço inox 316 3167,66
Polietileno 754,21
Porcelana 754,21
Fonte: PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

37
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

6.5. ICARUS

Os custos da Tabela 6.5, abaixo, não consideram a instalação do recheio na torre.

Tabela 6.5. Custos de recheios usados na correlação Icarus


(US$/ft³)
Tipo 0,5” 1” 1,5” 2” 3”
Anéis de Pall de polipropileno 33 29 21 8 -
Anéis de Pall de aço inoxidável 130 118 92 76 -
Selas Intalox de cerâmica 31 28 23 21 -
Selas Intalox de porcelana 32 29 24 21 -
Anéis de Rasching de cerâmica 119 14 12 12 11
Anéis de Rasching de porcelana - 17 15 12 11
Anéis de Rasching de aço inoxidável - 111 94 59 54
Anéis de Rasching de aço carbono - 37 31 20 18
Carvão Ativado 25
Peneira molecular 13X 61
Sílica Gel 94
Cloreto de Cálcio 11
Fonte: LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

7. TROCADORES DE CALOR

7.1. GUTHRIE

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 101,3 𝐴0,65 (𝐹𝑑 + 𝐹𝑝 )𝐹𝑚 (7.1)

A = área (ft²) – entre 200 e 5000 ft²


Fd = fator de design
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

Os parâmetros e os fatores da equação acima são apresentados na Tabela 7.1, abaixo, para cada tipo
de trocador e pressão de projeto. A caracterização dos materiais é feita na forma “material do
casco/material dos tubos”.

Tabela 7.1. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie para trocadores de calor


Design Kettle, reboiler Floating Head U-tube Fixed-tube sheet
Fd 1,35 1,00 0,85 0,80
Pressão, psia ≤ 150 300 400 800 1000
Fp 0,00 0,10 0,25 0,52 0,55
Material CS/CS SS/Bronze CS/MO CS/SS SS/SS CS/Monel Monel/Monel CS/Ti Ti/Ti
Fm 1,00 1,30 2,15 2,81 3,75 3,10 4,25 8,95 13,05
Fonte: GUTHRIE, 1974.

7.2. CORRIPIO

A correlação de Corripio para custos de trocadores de calor é apresentada a seguir.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 8,202 + 0,01506 ∗ ln(𝐴) + 0,06811 ln(𝐴)2 ] 𝐹𝑑 𝐹𝑝 𝐹𝑚 (7.2)

𝐹𝑑 = exp[𝐴 + 𝐵 ∗ ln(𝐴)] (7.3)

𝐹𝑝 = 𝐶 + 𝐷 ∗ ln(𝐴) (7.4)

𝐹𝑚 = 𝐸 + 𝐹 ∗ ln(𝐴) (7.5)

A = área (m²) – entre 14 e 1.100 m²


Fd = fator de design
Fp = fator de pressão

39
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Fm = fator de material

A Tabela 7.2, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada design, pressão ou material.

Tabela 7.2. Parâmetros utilizados na correlação de


Corripio para trocadores de calor
Design A B
Fixed-Head -0,9003 0,0906
Kettle Reboiler 0,3002 0,0000
U-Tube -0,7844 0,0830
Pressão (manométrica) C D
700 a 2100 kPa -0,9003 0,0906
2100 a 4200 kPa 0,3002 0,0000
4200 a 6200 kPa -0,7844 0,0830
Material E F
Aço inox 316 0,8608 0,23296
Aço inox 304 0,8193 0,15984
Aço inox 347 0,6116 0,22486
Níquel 200 1,5092 0,60859
Monel 400 1,2989 0,43377
Inconel 600 1,2040 0,50764
Incoloy 825 1,1854 0,49706
Titânio 1,5420 0,42913
Hastelloy 0,1549 1,51774
Fonte: PIOTROWICZ e SECCHI, 2005.

7.3. CAPCOST

A correlação utilizada na determinação dos custos de trocadores de calor através do CAPCOST é


apresentada a seguir.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝐴) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝐴)]2 ] ∗ (𝐵1 + 𝐵2 𝐹𝑝 ) (7.6)

𝐹𝑝 = 10^[ 𝐶1 + 𝐶2 𝑙𝑜𝑔(𝑃) + 𝐶3[𝑙𝑜𝑔(𝑃)]2 ] para P > 5 bar, ou Fp =1 para P ≤ 5 bar (7.7)

A = área (m²)
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

40
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 7.3, a seguir, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima para cada tipo de trocador de calor.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 7.3. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para trocadores de calor


Tipo K1 K2 K3 C1 C2 C3 B1 B2 Amin (m²) Amax (m²) Pmax (barg)
Double Pipe 3,3444 0,2745 -0,0472 13,1467 -12,6574 3,0705 1,74 1,55 1 10 300
40 barg < P < 100 barg 0,6072 -0,912 0,3327
P < 40 barg 0 0 0
Multiple Pipe 2,7652 0,7282 0,0783 13,1467 -12,6574 3,0705 1,74 1,55 10 100 300
40 barg < P < 100 barg 0,6072 -0,912 0,3327
P < 40 barg 0 0 0
Fixed tube/sheet/U tube 4,3247 -0,303 0,1634 0,03881 -0,11272 0,08183 1,63 1,66 10,0 1000 140
tubos > 5 barg -0,0016 -0,00627 0,0123
Floating Head 4,8306 -0,8509 0,3187 0,03881 -0,11272 0,08183 1,63 1,66 10,0 1000 140
tubos > 5barg -0,0016 -0,00627 0,0123
Bayonet 4,2768 -0,0495 0,1431 0,03881 -0,11272 0,08183 1,63 1,66 10,0 1000 140
tubos > 5 barg -0,0016 -0,00627 0,0123
Kettle Reboiler 4,4646 -0,5277 0,3955 0,03881 -0,11272 0,08183 1,63 1,66 10,0 100 140
tubos > 5 barg -0,0016 -0,00627 0,0123
Scraped Wall 3,7803 0,8569 0,0349 13,1467 -12,6574 3,0705 1,74 1,55 2,0 20 300
40 barg < P < 100 barg 0,6072 -0,912 0,3327
P < 40 barg 0 0 0
Teflon Tube 3,8062 0,8924 -0,1671 0 0 0 1,63 1,66 1,0 10 15
Air Cooler 4,0336 0,2341 0,0497 -0,125 0,15361 -0,0286 0,96 1,21 10 10000 100
Spiral Tube (shell and tube) 3,9912 0,0668 0,243 -0,4045 0,1859 0 1,74 1,55 1 100 400
tubos > 5 barg -0,2115 0,09717 0
Spiral Plate 4,6561 -0,2947 0,2207 0 0 0 0,96 1,21 1 100 19
Flat Plate 4,6656 -0,1557 0,1547 0 0 0 0,96 1,21 10 1000 19
Fonte: TURTON et al, 2009.

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Ministério de Minas e Energia

7.4. PETERS, TIMMERHAUS E WEST

Para trocadores com tubos fixos de 16 ft com ¾” de diâmetro externo, e arranjo quadrado com
espaçamento de 1” entre os eixos dos tubos:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑎)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑎) + 𝐶 ] 𝐹𝑝 (7.8)

a = área de troca térmica (m²) – entre 3,52 e 635 m²


A, B, C = parâmetros de material
Fp = fator de pressão

A Tabela 7.4, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas nas fórmulas
acima.

Tabela 7.4. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus e West para trocadores de
calor com tubos fixos
Material Aço Carbono Aço Inox 304 Aço Inox 316
A 0,0523 0,0680 0,0725
B 0,1169 0,1159 0,1172
C 7,695 7,7323 7,8207
Pressão nos Tubos (kPa) 1.035 5.000 10.000 50.000 5.000 10.000 50.000
Pressão no Casco (kPa) 1.035 1.035 1.035 1.035 5.000 10.000 50.000
Fp 1,00 1,07 1,10 1,12 1,16 1,24 1,31
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

Para trocadores com cabeça flutuante, tubos de 16 ft com ¾” de diâmetro externo, e arranjo
quadrado com espaçamento de 1” entre os eixos dos tubos:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑎)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑎) + 𝐶 ] 𝐹𝑚 (7.9)

a = área de troca térmica (m²) – entre 9,30 e 1000 m²


A, B, C = parâmetros de pressão
Fm = fator de material

A Tabela 7.5, a seguir, apresenta os valores das constantes utilizadas na fórmula acima.

43
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 7.5. Parâmetros utilizados na correlação de Peters, Timmerhaus


e West para trocadores de calor com cabeça flutuante
Pressão 100 psia 300 psia 1000 psia
A 0,0599 0,0794 0,0801
B 0,0620 -0,0797 -0,1119
C 7,8471 8,6930 8,5078
Material do Casco CS CS CS CS SS CS
Material dos Tubos CS Cobre SS Níquel SS Titânio
Fm 1,00 1,25 1,70 2,80 3,00 7,20
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

7.5. ICARUS

Esta metodologia apresenta custos de trocadores de calor de casco-e-tubos, trocadores a ar e


trocadores de calor do tipo espiral. Quanto aos trocadores casco-e-tubos, o custo se refere a
trocadores com feixes cilíndricos dentro de cascos cilíndricos com no máximo 48 polegadas de
diâmetro. Já no caso dos trocadores a ar, estes podem ser aletados ou não. Os trocadores do tipo
espiral têm o arranjo simples tipicamente usado.

A correlação tem a seguinte forma:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 (7.10)

x = área externa de troca térmica (ft²)


Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros

Os parâmetros, as faixas para as quais as correlações são válidas, e os fatores de material são
apresentados na Tabela 7.6, abaixo, para cada tipo de trocador de calor:

Tabela 7.6. Parâmetros da correlação Icarus para trocadores


Tipo Casco-e-Tubos Trocador a ar Espiral
A -0,0111 0 0
B 0,3539 0,0913 0,0506
C -2,769 -0,7632 0,0909
D 15,872 11,558 7,7221
x mínimo 100 100 40
x máximo 70.000 10.000 1.300
Casco CS CS CS CS Inox 304
Tubos CS Alumínio Monel CS Inox 304
Fm 1,00 1,25 2,08 1,67 2,86
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

8. TURBINAS

8.1. CAPCOST

A correlação utilizada na determinação dos custos de turbinas através do CAPCOST é apresentada a


seguir.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑃𝑜𝑡) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑃𝑜𝑡)]2 ] ∗ 𝐹𝑚 (8.1)

Pot = potência (kW)


Fm = fator de material

A Tabela 8.1, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de turbina e para cada material.

Tabela 8.1. Parâmetros utilizados na correlação CAPCOST para turbinas


TIPO K1 K2 K3 FmCS FmSS FmNi FmTi Potmin(kW) Potmax(kW)
Axial 2,7051 1,4398 -0,1776 3,5 6,1 11,7 NA 100 4000
Radial 2,2476 1,4965 -0,1618 3,5 6,1 11,7 NA 100 1500
Fonte: TURTON et al, 2009.

8.2. PETERS, TIMMERHAUS E WEST

Para turbinas a gás axiais:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 0,5889 𝑙𝑛(𝑝) + 8,1066 ] 𝐹𝑚 (8.2)

p = potência (kW) – entre 100 e 4.000 kW


Fm = fator de material

A Tabela 8.2, abaixo, apresenta o sumário contendo os valores das constantes utilizadas na fórmula
acima para cada tipo de turbina e para cada material.

Tabela 8.2. Parâmetros utilizados na correlação de


Peters, Timmerhaus e West para turbinas
Material Aço Carbono Aço inox Liga de Níquel
Fm 1,00 2,00 3,00
Fonte: calculado a partir de PETERS, TIMMERHAUS e WEST, 2014.

45
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

8.3. ICARUS

A metodologia apresenta custos para turbinas a gás e a vapor (em duas faixas de potência), usando a
correlação a seguir:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐶 ] ∗ 𝐹𝑚 (8.3)

x = potência (HP)
Fm = fator de material
A, B, C = parâmetros

Os parâmetros, as faixas para as quais as correlações são válidas, e os fatores de material são
apresentados na Tabela 8.3, abaixo, para cada tipo de turbina:

Tabela 8.3. Parâmetros da correlação Icarus para turbinas


Turbina a vapor Turbina a vapor
Tipo Turbina a gás
< 1.000 HP ≥ 1.000 HP
A 0 0 -0,1109
B 0,7951 0,1738 2,8515
C 7,3895 9,4565 -3,0396
x mínimo 10 10 1.000
x máximo 370.000 999 30.000
Aço Inox Inox Inox Inox Aço/
Material Bronze Monel
Carbono 410 304 316 310 Borracha
Fm 1,00 1,43 1,70 1,80 2,00 1,40 1,54 3,33
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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Ministério de Minas e Energia

9. OUTROS EQUIPAMENTOS

9.1. GUTHRIE

Para fornalhas de processo:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 5.520 𝑄0,85 (𝐹𝑑 + 𝐹𝑝 + 𝐹𝑚 ) (9.1)

Q = calor absorvido (MMBtu/h) – entre 20 e 300


Fd = fator de design
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

Tabela 9.1. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie para fornalhas de


processo
Aquecedor Reformador
Design Pirólise
de Processo (sem catalisador)
Fd 1,00 1,10 1,35
Pressão, psia ≤ 500 1000 1500 2000 2500 3000
Fp 0,00 0,10 0,15 0,25 0,40 0,60
Material dos Cromo/
Aço Carbono Inox
tubos irradiadores Molibdênio
Fm 0,00 0,35 0,75
Fonte: GUTHRIE, 1974.

Para aquecedores a chama direta:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 5.070 𝑄0,85 (𝐹𝑑 + 𝐹𝑝 + 𝐹𝑚 ) (9.2)

Q = calor absorvido (MMBtu/h) – entre 2 e 30


Fd = fator de design
Fp = fator de pressão
Fm = fator de material

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 9.2. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie para aquecedores a chama


direta
Design Cilíndrico Dowtherm
Fd 1,00 1,10
Pressão, psia ≤ 500 1000 1500
Fp 0,00 0,15 0,20
Material dos tubos irradiadores Aço Carbono Cromo/Molibdênio Inox
Fm 0,00 0,45 0,50
Fonte: GUTHRIE, 1974.

Para sopradores turbo (obtido de Peters, Timmerhaus e West, custos de jan/1967):

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 𝐹 𝑄𝑝 (9.3)

Q = vazão (ft³/min)
F = fator de pressão de descarga
p = fator exponencial de pressão de descarga

Tabela 9.3. Parâmetros utilizados na correlação de Guthrie


para sopradores turbo
Pressão máxima de descarga 3 psi 10 psi 30 psi
F 39,7 126,5 838,7
P 0,529 0,598 0,493
Q mínimo 100 1.000 2.000
Q máximo 10.000 30.000 15.000
Fonte: PETERS e TIMMERHAUS, 1980.

9.2. CAPCOST

A correlação geral utilizada para determinação dos custos de vários equipamentos através do
programa CAPCOST é apresentada a seguir.

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑆) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑆)]2 ] ∗ 𝐹𝑚 (9.4)

S = dimensão
Fm = fator de material

A dimensão S depende do equipamento que está sendo analisado, e pode ser consultada na Tabela
9.4, a seguir.

48
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 9.4. Dimensões consideradas na correlação CAPCOST


Tipo de Equipamento Dimensão S Unidade de S
Misturador (sólido/Líquido) Volume do misturador m3
Centrífugas Diâmetro da centrífuga m3
Esteiras Área da esteira m2
Cristalizadores Volume do cristalizador m3
Motores Potência kW
Secadores Área m2
Ciclones Vazão volumétrica m3/s
Evaporadores Volume m3
Ventiladores Pressão bar
Misturadores (líquido/gás) Volume do misturador m3
Filtros Área do filtro m2
Trocadores de combustão direta Calor trocado MJ/h
Reatores Volume do reator m3
Tanques de estocagem Volume do tanque m3
Fonte: TURTON et al, 2009.

Os parâmetros K1, K2, K3 e Fm são listados na Tabela 9.5, a seguir, para cada tipo de equipamento.

Tabela 9.5. Parâmetros da correlação CAPCOST para diversos equipamentos


Misturadores Sólido/Líquido
TIPO K1 K2 K3 Vmin(m3) Vmax(m3) Fm
Kneader 5,0141 -0,4133 0,3224 0,14 3 1,5
Ribbon 4,1366 -0,4928 0,0070 0,70 11 1,5
Rotary 4,1366 -0,4928 0,0070 0,70 11 1,5
Centrífugas
TIPO K1 K2 K3 Dmin(m) Dmax(m) Fm
Auto Batch Seperator 4,7681 -0,0260 0,0240 0,50 1,70 1,5
Centrifugal Seperator 4,3612 -0,1236 -0,0049 0,50 1,00 1,5
Oscillating Screen 4,8600 -0,6660 0,1063 0,50 1,10 1,5
Solid Bowl w/o Motor 4,9697 0,1689 0,0038 0,30 2,00 1,5
Esteiras
TIPO K1 K2 K3 Amin(m2) Amax(m2) Fm
Apron 3,9255 -0,4961 0,1506 1,00 15,00 2
Belt 4,0637 -0,7416 0,1550 0,50 325,00 2
Pneumatic 4,6616 -0,6795 0,0638 0,75 65,00 2
Screw 3,6062 -0,7341 0,1982 0,50 30,00 2
Cristalizador
TIPO K1 K2 K3 Vmin(m3) Vmax(m3) Fm
Batch 4,5097 -0,8269 0,1344 1,50 30,00 1,5
Secadores
TIPO K1 K2 K3 Amin(m2) Amax(m2) Fm
Drum 4,5472 -0,7269 0,1340 0,50 50,00 1,5
Rotary, Gas Fired 3,5645 0,1118 -0,0777 5,00 100,00 1,5
Tray 3,6951 -0,4558 -0,1248 1,80 20,00 1,5
Fonte: TURTON et al, 2009.

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Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 9.5. (cont.) Parâmetros da correlação CAPCOST para diversos equipamentos


Ciclones
TIPO K1 K2 K3 Vmin(m3/s) Vmax(m3/s) Fm
Baghouse 4,5007 -0,5818 0,0813 0,08 350,00 1,5
Cyclone Scrubbers 3,6298 -0,4991 0,0411 0,06 200,00 1,5
( Centrifugal, Gravit, Spray,
Impingement, and Wet 4,1520 -0,5299 0,0171 0,10 50,00
Dynamic)
Electrostatic Precipitator 3,6298 -0,4991 0,0411 0,06 200,00 1,5
Venturi 3,6298 -0,4991 0,0411 0,06 200,00 1,5
Filtro
TIPO K1 K2 K3 Amin(m2) Amax(m2) Fm
Bent 5,1055 -0,5001 0,0001 0,90 115,00 1,5
Cartridge 3,2107 -0,2403 0,0027 15,00 200,00 1,5
Disc and Drum 4,8123 -0,7142 0,0420 0,90 300,00 1,5
Gravity 4,2756 -0,6480 0,0714 0,50 80,00 1,5
Leaf 3,8187 -0,3765 0,0176 0,60 235,00 1,5
Pan 4,8123 -0,7142 0,0420 0,90 300,00 1,5
Plate and Frame 4,2756 -0,6480 0,0714 0,50 80,00 1,5
Table 5,1055 -0,5001 0,0001 0,90 115,00 1,5
Tube 5,1055 -0,5001 0,0001 0,90 115,00 1,5
Misturadores Líquidos/Gases
TIPO K1 K2 K3 Pmin(kW) Pmax(kW) Fm
Impeller 3,8511 -0,2991 -0,0003 5,00 150,00 1,5
Propeller 4,3207 -0,9641 0,1346 5,00 500,00 1,5
Turbine 3,4092 -0,5104 0,0030 5,00 150,00 1,5
Reatores
TIPO K1 K2 K3 Vmin(m3) Vmax(m3)
Autoclave 4,5587 -0,7014 0,0020 1,00 15,00 1,5
Fermenter 4,1052 -0,4680 -0,0005 0,10 35,00 1,5
Inoculum Tank 3,7957 -0,5407 0,0160 0,07 1,00 1,5
Jacketed Agitated 4,1052 -0,4680 -0,0005 0,10 35,00 1,5
Jacketed Non-Agitated 3,3496 -0,2765 0,0025 5,00 45,00 1,5
Mixer/Settler 4,7116 -0,5521 0,0004 0,04 6,00 1,5
Tanque de armazenamento
TIPO K1 K2 K3 B1 B2 Fm
Fixed Roof 4,8509 -0,3973 0,1445 1,10 0 B1+B2
Floating Roof 5,9567 -0,7585 0,1749 1,10 0,00 B1+B2
Fonte: TURTON et al, 2009.

Para evaporadores, ventiladores e trocadores de combustão direta o custo do equipamento é ainda


corrigido pelo fator de pressão Fp. O fator Fp realiza a correção dos custos de equipamentos baseado
nas faixas típicas de pressão de operação dos equipamentos. Para trocadores de calor do tipo

50
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Packaged Steam Boiler (PSB), a correlação de cálculo de custo inclui ainda um termo de correção Fsh
relacionado à temperatura do vapor superaquecido gerado no trocador. Sendo assim, o custo pode
ser estimado pelas equações abaixo:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = 10^[ 𝐾1 + 𝐾2 𝑙𝑜𝑔(𝑆) + 𝐾3[𝑙𝑜𝑔(𝑆)]2 ] ∗ 𝐹𝑝 ∗ 𝐹𝑠ℎ (9.5)

𝐹𝑝 = 10^[ 𝐶1 + 𝐶2 𝑙𝑜𝑔(𝑃) + 𝐶3[𝑙𝑜𝑔(𝑃)]2 ] (9.6)

𝐹𝑠ℎ = 𝑇1 + 𝑇2 ∗ 𝐷𝑇 + 𝑇3 ∗ 𝐷𝑇 2 (9.7)

S = dimensão
Fp = fator de pressão
Fsh = fator de superaquecimento do vapor

Para evaporadores, a dimensão é a área de evaporação, e Fp é válido para 10 < P > 150 bar. Para
ventiladores, a dimensão é a vazão de ar; para ventiladores axiais, Fp é válido para 0,04 < P < 0,16
bar, e para ventiladores centrífugos Fp é válido para 0,01 < P < 0,16 bar. Para valores inferiores aos
mínimos para cada faixa de pressão, o valor de Fp é a unidade, Fp=1.

Para equipamentos de aquecimento, a dimensão é a taxa de troca térmica. Caso não sejam
trocadores de calor do tipo Packaged Steam Boiler (PSB), o fator Fsh é igual à unidade.

Os parâmetros e fatores para esses três tipos de equipamentos são apresentados na Tabela 9.6, a
seguir.

51
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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Tabela 9.6. Parâmetros da correlação CAPCOST para diversos equipamentos a pressão elevada
Evaporadores K1 K2 K3 Amin (m²) Amax (m²) Pmax (barg) C1 C2 C3
Forced Circulation 5,02 0,35 0,07 5 1000 150 0,16 -0,30 0,14
Falling Film 3,91 0,86 -0,01 50 500 150 0,16 -0,30 0,14
Agitated (Scraped Wall) 5,00 0,15 -0,01 0,50 5 150 0,16 -0,30 0,14
Short Tube 5,24 -0,66 0,35 10 100 150 0,16 -0,30 0,14
Long Tube 4,64 0,37 0,00 100 10.000 150 0,16 -0,30 0,14
Ventiladores (inclui motor elétrico) K1 K2 K3 Fm CS Fm FG Fm SS Fm Ni C1 C2 C3 Vmin (m³/s) Vmax (m³/s) Pmax (barg)
Centrifugal Radial Fan 3,54 -0,35 0,45 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
Centrifugal Backward
3,35 -0,07 0,31 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
curved
Axial Tube Fan 3,04 -0,34 0,47 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
Axial Vane Fan 3,18 -0,14 0,34 2,74 4,97 5,75 11,45 0,00 0,21 -0,03 1,00 100 0,16
Fired Heater Data
Fornalhas K1 K2 K3 Qmin (kW) Qmax (kW) Pmax (barg) C1 C2 C3 Fm CS Fm AS Fm SS
Reformer Furnace 3,07 0,66 0,02 3.000 100.000 200 0,14 -0,27 0,13 2,13 2,51 2,81
Pyrolysis Furnace 2,39 0,97 -0,02 3.000 100.000 200 0,10 -0,20 0,09 2,13 2,51 2,81
Aquecedores não reativos K1 K2 K3 Qmin (kW) Qmax (kW) Pmax (barg) C1 C2 C3 Fm CS Fm AS Fm SS
Process Heater 7,35 -1,17 0,20 1.000 100.000 200 0,13 -0,24 0,10 2,13 2,51 2,81
Aquecedores a fluido térmico K1 K2 K3 Qmin (kW) Qmax (kW) Pmax (barg) C1 C2 C3 Fm T1 T2 T3
Hot Water 2,08 0,91 -0,02 650 10.750 200 -0,02 0,06 -0,01 2,17
Molten Salt, Mineral Oil, 1,20 1,48 -0,10 650 10.750 200 -0,02 0,06 -0,01 2,17
Diphenyl Based Oils 2,26 0,86 0,00 650 10.750 200 -0,02 0,06 -0,01 2,17
Packaged Steam Boilers 6,96 -1,48 0,32 1.200 9.400 40 2,59 -4,23 1,72 2,17 1,00 1,8E-3 3,4E-6
Fonte: TURTON et al, 2009.

52
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Ministério de Minas e Energia

9.3. ICARUS

Esta metodologia apresenta custos para diversos outros tipos de equipamentos, baseadas em uma
mesma correlação típica, e em dimensões características de cada um deles.

A correlação utilizada é a seguinte:

𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 = exp[ 𝐴 𝑙𝑛(𝑥)3 + 𝐵 𝑙𝑛(𝑥)2 + 𝐶 𝑙𝑛(𝑥) + 𝐷 ] ∗ 𝐹𝑚 (9.8)

x = dimensão (depende do tipo de equipamento)


Fm = fator de material
A, B, C, D = parâmetros

Os parâmetros, as dimensões, as faixas para as quais as correlações são válidas, e os fatores de


material são apresentados na Tabela 9.7, a seguir, para cada equipamento:

53
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Tabela 9.7. Parâmetros da correlação Icarus para outros equipamentos


Equipamento A B C D dimensão x x mín x máx
Forno 0 0,0496 0,2319 11,521 Trabalho térmico (MMBtu/h) 2 500
Torre de resfriamento 0 0,044 0,2762 5,7905 Vazão de água (gal/min) 150 6.000
Refervedor 0 0,0792 -1,0995 14,859 Capacidade de vapor (lb/h) 10.000 300.000
Evaporador 0 0 0,5494 8,5144 Área (ft²) 100 10.000
Triturador giratório 0 0 1,3889 5,2874 Potência (HP) 40 1.250
Triturador rotativo 0 0 0,7049 7,2472 Potência (HP) 2 25
Granulador Anular 0 0 0,9372 6,1340 Potência (HP) 75 1.250
Moinho de bolas 0 0 0,7414 8,6769 Potência (HP) 7,5 450
Moinho de rolo 0 0 0,6113 8,9459 Potência (HP) 30 400
Secador rotativo de contato direto 0 0 0,9538 5,7928 Área (ft²) 100 2.000
Secador atm. tambor simples 0 0 0,6119 9,4856 Área (ft²) 10 200
Secador atm. de bandejas 0 0 0,3849 7,4568 Área (ft²) 30 200
Centrífuga com base suspensa 0 0 0,7413 6,9987 Diâmetro (pol) 20 48
Centrífuga com topo suspenso 0 0 1,2888 5,5315 Diâmetro (pol) 20 50
Centrífuga contínua vibratória 0 0 3,1593 -1,2514 Diâmetro (pol) 48 56
Centrífuga contínua de esteira 0 0 0,9514 9,0395 Diâmetro (pol) 15 50
Filtro de cartucho 0,0313 -0,3963 1,9869 3,6041 Vazão (gal/min) 30 1.200
Filtro-prensa 0 0 0,1892 11,079 Capacidade (ft³) 10 50
Filtro tubular de tecido 0 0 0,6525 5,6073 Vazão (gal/min) 100 3.400
Filtro de tambor 0 0 0,4253 9,0707 Área (ft²) 100 1.000
Agitador 0 0,0997 0,0082 8,9118 Potência (HP) 2 100
Ventilador centrífugo 0 0,1285 -1,6516 12,253 Capacidade (gal/min) 700 150.000
Soprador rotativo 0 0 0,5392 5,9415 Capacidade (gal/min) 100 4.000
Material Aço Carbono Inox 410 Inox 304 Inox 316 Inox 310 Aço/Borracha
Fm 1,00 2,00 2,80 2,90 3,33 1,25
Fonte: calculado a partir de LOH, LYONS e WHITE, 2002.

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10. ÍNDICES ECONÔMICOS

10.1. M&S e CEPCI

Os índices compostos M&S e CEPCI são dois dos mais utilizados na correção de custos de
equipamentos para outras datas base. Os mesmos são calculados com base em uma cesta de itens de
grande relevância em plantas químicas e petroquímicas. Por exemplo, alguns dos itens relacionados
são apresentados a seguir na Tabela 10.1 para o índice CEPCI.

Tabela 10.1. Composição do índice CEPCI


Item Peso
EQUIPAMENTOS 50,675%
Trocadores de Calor e Tanques 33,8%
Maquinário de Processo 12,8%
Tubos, Válvulas e Flanges 19,0%
Instrumentos de Processo 10,5%
Bombas e Compressores 6,4%
Equipamentos Elétricos 7,0%
Suportes estruturais e outros 10,5%
CONSTRUÇÕES 4,575%
ENGENHARIA E SUPERVISÃO 15,750%
MÃO DE OBRA E CONSTRUÇÃO 29,000%
Fonte: GUTHRIE, 1974.

Os índices M&S e CEPCI compilados de 1969 até 2017 são apresentados na Tabela 10.2, a seguir.

55
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Tabela 10.2. Índices CEPCI e M&S


Ano CEPCI M&S Ano CEPCI M&S Ano CEPCI M&S Ano CEPCI M&S Ano CEPCI M&S
1958 99,70 229,20 1970 127,23 300,00 1982 313,53 773,43 1994 368,66 994,63 2006 499,85 1328,12
1959 101,80 234,50 1971 136,62 320,10 1983 317,39 785,02 1995 382,59 1032,34 2007 525,02 1403,44
1960 102,00 237,70 1972 147,89 333,49 1984 323,19 804,35 1996 384,58 1042,29 2008 530,78 1437,14
1961 101,50 237,20 1973 168,54 344,98 1985 328,29 815,12 1997 388,56 1060,20 2009 539,41 1538,24
1962 102,00 238,50 1974 187,32 398,56 1986 320,49 819,02 1998 390,55 1064,18 2010 532,22 1490,66
1963 102,40 239,20 1975 184,06 443,96 1987 324,39 817,07 1999 392,54 1068,16 2011 563,86 1514,45
1964 103,30 241,80 1976 193,72 472,95 1988 343,90 854,15 2000 395,57 1090,24 2012 590,47 1569,95
1965 104,20 244,90 1977 207,25 505,80 1989 357,56 897,07 2001 397,54 1094,15 2013 564,70 1584,08
1966 107,20 252,50 1978 220,77 546,38 1990 358,71 916,59 2002 395,57 1103,90 2014 576,10 1615,76
1967 109,70 262,90 1979 242,03 598,55 1991 362,69 932,20 2003 403,45 1123,41 2015 556,80 1599,60
1968 113,60 273,10 1980 261,35 661,35 1992 358,71 943,90 2004 462,56 1193,66 2016 541,70 1614,00
1969 119,00 285,00 1981 298,07 748,31 1993 358,71 963,41 2005 468,93 1266,67 2017 568,82 1655,96
Fonte: OGJ, 2012, entre outros.

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10.2. Nelson-Farrar

Outro índice de custos amplamente utilizado na indústria química, principalmente na área de petróleo
e gás, é o índice Nelson-Farrar. Além do índice composto para refinarias (ou plantas petroquímicas em
geral), estes autores apresentam índices específicos para cada tipo de equipamento e para despesas
operacionais, que são publicados mensalmente na revista Oil & Gas Journal.

Os índices para CAPEX e OPEX, compilados de 1979 até 2017, assim como alguns outros anos, são
apresentados nas Tabelas Tabela 10.3 até Tabela 10.7, a seguir.

Tabela 10.3. Índices Nelson-Farrar de 1962, 1973 e 1976, e de 1979 a 1985


CAPEX (base 1946) 1962 1973 1976 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985
Bombas, Compressores 222,50 345,90 538,60 693,00 777,30 882,96 915,35 919,03 943,48 966,81
Máquinas Elétricas 189,50 220,20 287,20 351,89 394,70 449,42 466,99 469,92 483,48 496,49
Motores a Combustão Interna 183,40 238,30 348,30 457,00 512,60 587,75 614,84 622,71 644,68 666,02
Instrumentos 214,80 338,00 466,40 523,60 587,30 665,41 688,07 689,14 705,76 721,51
Trocadores de Calor 183,60 313,70 478,50 551,60 618,70 654,07 628,87 583,30 550,70 516,27
Média de Equipamentos Mistos 198,80 291,40 432,80 515,40 578,10 647,90 662,80 656,80 665,60 673,40
Componente Materiais 205,90 292,30 445,20 573,10 629,20 693,20 707,60 712,40 735,30 739,60
Componente Serviços 258,80 585,20 729,40 879,00 951,90 1.044,20 1.154,20 1.234,80 1.278,10 1.297,60
Índice Refinarias 237,60 468,00 615,70 756,60 822,80 903,80 976,90 1.025,80 1.061,00 1.074,40

OPEX (base 1956) 1962 1973 1976 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985
Combustível 100,90 186,80 384,50 745,29 810,50 803,25 774,14 714,10 636,43 541,00
Mão de Obra 93,90 102,90 145,50 184,37 200,50 219,21 235,83 246,47 253,73 255,71
Salários 123,90 221,20 314,30 404,51 439,90 494,67 547,06 587,45 621,06 642,53
Produtividade 131,80 214,90 216,10 208,09 226,30 240,96 252,20 256,18 256,02 250,19
Investimentos, Manutenção 121,70 193,00 252,60 298,67 324,80 361,71 396,30 421,74 442,01 453,46
Produtos Químicos 96,70 117,30 195,20 210,76 229,20 235,69 237,38 231,03 220,09 203,76
OPEX Refinarias 103,70 125,70 209,30 287,54 312,70 335,99 355,06 364,32 368,02 363,75
OPEX Unidades de Processo 103,60 168,00 267,10 420,69 457,50 473,48 480,36 471,43 453,49 424,67
Fonte: OGJ 2012, entre outros.

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Ministério de Minas e Energia

Tabela 10.4. Índices Nelson-Farrar de 1986 a 1995


CAPEX (base 1946) 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
Bombas, Compressores 982,60 995,00 1.027,70 1.100,00 1.135,10 1.177,80 1.216,40 1.254,60 1.277,60 1.316,70
Máquinas Elétricas 504,60 511,30 519,80 536,40 528,23 548,10 550,40 555,50 561,30 563,20
Motores a Combustão Interna 676,90 689,40 702,30 733,70 765,60 794,40 809,20 820,60 833,30 854,90
Instrumentos 733,30 744,20 748,80 781,90 814,08 844,70 865,50 879,30 886,60 904,40
Trocadores de Calor 524,70 575,20 664,10 744,10 744,59 772,60 746,60 704,10 687,10 758,60
Média de Equipamentos Mistos 684,40 703,10 732,50 779,20 797,50 827,50 837,60 842,80 849,20 879,50
Componente Materiais 730,00 748,90 802,80 827,40 832,80 832,30 824,60 846,70 873,60 918,00
Componente Serviços 1.330,00 1.370,00 1.405,60 1.458,60 1.487,70 1.533,30 1.579,20 1.620,20 1.650,20 1.708,10
Índice Refinarias 1.089,90 1.121,50 1.164,50 1.206,20 1.225,70 1.252,90 1.277,30 1.310,80 1.339,50 1.392,10

OPEX (base 1956) 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
Combustível 548,80 554,10 445,20 518,40 434,17 443,80 425,90 421,50 411,60 461,60
Mão de Obra 259,40 253,50 260,80 257,10 274,70 280,80 281,10 286,20 300,60 263,20
Salários 651,80 663,20 689,80 707,70 770,31 787,40 824,90 868,00 895,90 900,50
Produtividade 253,80 261,80 264,60 275,30 274,51 280,60 293,80 303,40 298,10 342,90
Investimentos, Manutenção 460,00 473,20 489,30 506,80 500,30 511,40 519,20 524,30 535,80 561,30
Produtos Químicos 206,70 192,80 213,90 225,80 223,54 228,50 218,80 210,00 203,40 245,40
OPEX Refinarias 369,00 371,80 373,70 387,70 383,69 392,20 393,30 396,30 405,30 410,60
OPEX Unidades de Processo 430,80 435,60 405,30 435,90 409,51 418,60 415,10 416,90 421,80 437,00
Fonte: OGJ 2012, entre outros.

Tabela 10.5. Índices Nelson-Farrar de 1996 a 2005


CAPEX (base 1946) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Bombas, Compressores 1.354,50 1.383,90 1.406,70 1.427,90 1.456,40 1.487,00 1.522,00 1.540,20 1.560,20 1.685,50
Máquinas Elétricas 561,70 555,70 550,00 547,20 539,60 532,60 529,30 522,00 516,80 513,60
Motores a Combustão Interna 875,50 882,30 887,00 902,10 905,40 907,30 911,20 911,70 919,10 931,10
Instrumentos 932,30 956,90 981,30 1.001,70 1.025,30 1.042,90 1.061,40 1.076,80 1.074,00 1.108,00
Trocadores de Calor 793,30 773,60 841,10 760,70 662,20 726,90 732,70 732,70 732,70 1.072,30
Média de Equipamentos Mistos 903,50 910,50 933,20 927,90 917,80 939,30 951,30 956,70 960,60 1.062,10
Componente Materiais 917,10 923,90 917,50 883,40 896,10 877,70 899,70 933,80 1.043,60 1.179,80
Componente Serviços 1.753,50 1.799,50 1.851,00 1.885,10 1.973,70 2.047,70 2.137,20 2.228,10 2.291,00 2.411,60
Índice Refinarias 1.418,90 1.449,20 1.477,60 1.484,40 1.542,70 1.579,70 1.642,20 1.710,40 1.792,00 1.918,80

OPEX (base 1956) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Combustível 546,70 529,30 411,80 339,10 779,90 704,00 667,00 934,80 868,90 1.360,20
Mão de Obra 241,10 241,90 241,00 245,30 248,80 221,10 211,20 200,80 199,00 201,90
Salários 884,30 929,60 978,30 996,10 1.094,40 1.006,70 967,70 971,80 980,70 1.007,40
Produtividade 366,90 385,20 406,30 406,00 440,90 455,70 458,90 485,40 492,80 501,10
Investimentos, Manutenção 567,60 575,10 579,50 570,90 588,80 593,90 619,70 643,00 671,20 716,00
Produtos Químicos 252,70 255,20 239,10 222,30 224,40 224,40 220,70 237,70 251,50 310,50
OPEX Refinarias 413,30 415,60 405,10 395,00 444,00 428,70 432,80 464,70 471,80 542,10
OPEX Unidades de Processo 462,30 459,10 419,20 392,10 553,70 520,60 513,70 612,50 598,70 787,20
Fonte: OGJ 2012, entre outros.

58
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 10.6. Índices Nelson-Farrar de 2006 a 2013


CAPEX (base 1946) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Bombas, Compressores 1.758,20 1.844,40 1.949,80 2.011,40 2.030,70 2.108,70 2.170,60 2.221,10
Máquinas Elétricas 520,20 517,30 515,60 515,50 513,90 513,70 514,80 516,70
Motores a Combustão Interna 959,70 974,60 990,90 1.023,00 1.027,80 1.036,00 1.047,00 1.046,80
Instrumentos 1.166,00 1.267,90 1.342,10 1.394,80 1.435,10 1.469,90 1.477,00 1.509,90
Trocadores de Calor 1.162,70 1.342,20 1.354,60 1.253,80 1.116,00 1.153,60 1.220,90 1.293,30
Média de Equipamentos Mistos 1.113,30 1.189,30 1.230,60 1.239,70 1.224,70 1.256,40 1.286,10 1.317,50
Componente Materiais 1.273,50 1.364,80 1.572,00 1.324,80 1.480,10 1.610,50 1.579,70 1.538,70
Componente Serviços 2.497,80 2.601,40 2.704,30 2.813,00 2.909,30 2.985,60 3.055,60 3.123,40
Índice Refinarias 2.008,10 2.106,70 2.251,40 2.217,70 2.337,60 2.435,60 2.465,20 2.489,50

OPEX (base 1956) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Combustível 1.569,00 1.530,70 1.951,30 978,50 1.184,90 1.204,40 968,10 1.123,70
Mão de Obra 204,20 215,80 237,90 264,50 281,70 277,40 287,90 308,30
Salários 1.015,40 1.042,80 1.092,20 1.177,10 1.279,40 1.304,30 1.407,50 1.506,40
Produtividade 497,50 483,40 460,80 445,20 454,50 470,80 489,40 489,10
Investimentos, Manutenção 743,70 777,40 830,80 812,40 850,00 885,70 896,50 905,30
Produtos Químicos 365,40 385,90 472,50 406,20 449,80 537,40 517,20 502,60
OPEX Refinarias 579,00 596,50 674,20 582,60 628,20 651,90 637,50 661,80
OPEX Unidades de Processo 870,70 872,60 1.045,10 706,10 796,80 814,70 739,00 802,60
Fonte: OGJ 2012, entre outros.

Tabela 10.7. Índices Nelson-Farrar de 2014 a 2017


CAPEX (base 1946) 2014 2015 2016 2017
Bombas, Compressores 2.271,90 2.313,60 2.336,30 2.356,80
Máquinas Elétricas 515,80 516,50 513,00 517,30
Motores a Combustão Interna 1.052,90 1.062,30 1.035,60 1.047,70
Instrumentos 1.533,60 1.554,40 1.597,50 1.606,10
Trocadores de Calor 1.305,00 1.305,00 1.221,20 1.221,20
Média de Equipamentos Mistos 1.335,80 1.350,30 1.340,70 1.349,80
Componente Materiais 1.571,80 1.434,90 1.403,10 1.513,60
Componente Serviços 3.210,70 3.293,80 3.395,80 3.468,70
Índice Refinarias 2.555,20 2.550,20 2.598,70 2.686,60

OPEX (base 1956) 2014 2015 2016 2017


Combustível 1.264,80 915,90 869,10 986,20
Mão de Obra 312,80 319,20 339,60 319,30
Salários 1.541,30 1.584,40 1.624,50 1.701,30
Produtividade 493,10 497,10 479,10 532,90
Investimentos, Manutenção 939,40 948,00 938,20 998,80
Produtos Químicos 472,30 434,60 409,90 449,60
OPEX Refinarias 688,50 660,00 657,00 690,00
OPEX Unidades de Processo 865,30 748,10 734,40 790,50
Fonte: OGJ 2012, entre outros.

59
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

10.3. Fatores de construção de Richardson

Os fatores de construção de Richardson são úteis na determinação de custos em diversos locais do


mundo. Tendo como base a cidade de Richardson, nos EUA, onde o valor dos fatores é assumido
como 1, são calculados três fatores: um fator de custo de compra de materiais em cada local (LMI);
um fator de produtividade de trabalhadores de construção civil em cada local (PF); e um fator
ponderado de custo (composto de materiais e serviços) em cada local (LF).

São ainda estimados pela mesma empresa os fatores que devem ser adicionados ao custo FOB
relativos à mão de obra, ao frete e aos impostos que incidem sobre produtos importados, e os valores
de remuneração média ponderada por HH dos operários de construção civil em cada local.

Os três fatores, assim como as outras informações calculadas para o ano de 2007, são apresentadas
na Tabela 10.8, a seguir.

60
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 10.8. Fatores de construção de Richardson em 2007


Material Importado Serviços
Cidade País Câmbio Moeda LMI LF
M.O. Frete IVA Outros $/HH PF
Richardson, EUA 1,00 USD 0% 5% 0% 0% 1,00 72,86 1,00 1,00
New Orleans, EUA 1,00 USD 0% 5% 0% 0% 0,98 40,76 0,91 0,89
Melbourne, Austrália 1,20 AUD 20% 21% 0% 0% 1,20 57,70 1,20 1,18
Perth, Austrália 1,20 AUD 20% 18% 0% 0% 1,20 50,87 1,20 1,15
Sydney, Austrália 1,20 AUD 20% 21% 0% 0% 1,20 59,68 1,20 1,19
Beijing, China 7,52 CNY 8% 23% 17% 10% 0,80 12,13 2,25 0,95
Guangzhou, China 7,52 CNY 8% 21% 17% 10% 0,70 10,78 2,20 0,88
Shanghai, China 7,52 CNY 8% 24% 17% 10% 0,80 12,32 2,25 0,95
Bhopal, Índia 40,51 INR 50% 27% 0% 0% 1,10 4,23 3,00 1,02
Bombay, Índia 40,51 INR 50% 27% 0% 0% 1,10 4,23 3,00 1,02
Jakarta, Indonésia 9.235,00 IDR 10% 21% 0% 0% 1,30 9,16 2,25 1,09
Kobe, Japão 115,00 JYY 7% 21% 0% 3% 1,40 51,53 1,10 1,26
Tokyo, Japão 115,00 JYY 7% 21% 0% 3% 1,40 51,53 1,10 1,26
Kuantan, Malásia 3,47 MYR 5% 21% 0% 0% 1,40 14,68 2,40 1,14
Manila, Filipinas 46,01 OMR 20% 21% 0% 0% 1,40 5,94 3,00 1,17
Singapore, Singapore 1,52 SGD 0% 21% 0% 0% 1,30 20,49 1,30 1,08
Seoul, Coreia do Sul 930,00 KRW 8% 21% 0% 12% 0,85 33,71 1,90 1,06
Taipei, Taiwan 33,03 TWD 12% 21% 0% 7% 0,80 15,18 1,80 0,87
Samutprakam, Tailândia 31,94 THB 33% 21% 0% 0% 1,35 9,08 2,90 1,22
Binh Duong, Vietnam 15.956,00 VDG 12% 21% 0% 15% 0,95 8,00 2,50 1,05
Calgary, Alberta, Canadá 1,03 CAD 3% 8% 7% 0% 1,00 83,41 1,10 1,06
Montreal, Ontario, Canadá 1,03 CAD 3% 8% 7% 7% 1,00 67,68 1,20 1,05
Toronto, BC, Canadá 1,03 CAD 3% 8% 7% 7% 1,00 86,29 1,20 1,12
Vancouver, BC, Canadá 1,03 CAD 3% 8% 7% 7% 1,00 81,67 1,20 1,10
Windsor, Ontario, Canadá 1,03 CAD 3% 8% 7% 7% 1,00 82,43 1,20 1,11
Winnipeg, Manitoba, Canadá 1,03 CAD 3% 8% 7% 7% 1,00 79,23 1,20 1,09
Mexico City, México 11,40 MXP 15% 8% 0% 0% 1,25 5,58 1,70 1,01
October 6th city, Egito 5,58 EGP 0% 27% 0% 0% 1,20 16,56 1,75 1,08
Kuwait City, Kuwait 0,28 KWD 0% 27% 0% 0% 1,20 18,03 1,75 1,09
Damman, Arábia Saudita 3,75 SAR 0% 27% 0% 0% 1,20 8,09 1,75 1,04
Jeddah, Arábia Saudita 3,75 SAR 0% 27% 0% 0% 1,20 8,09 1,75 1,04
Gebze, Turquia 1,27 TRL 17% 27% 0% 0% 0,90 6,82 2,70 0,84
Abu Dhabi, U.A.E. 3,67 AED 5% 27% 0% 0% 1,20 12,10 1,75 1,08
Buenos Aires, Argentina 3,14 ARS 18% 16% 30% 0% 1,25 11,66 2,00 1,12
Rio de Janeiro, Brasil 1,92 BRL 50% 16% 0% 0% 1,15 19,89 1,70 1,08
Medellin, Colômbia 2.753,00 COP 20% 16% 0% 0% 1,10 13,09 1,75 1,04
Guatemala City, Guatemala 7,54 GTQ 15% 16% 0% 0% 1,30 9,77 2,00 1,10
Lima, Peru 3,09 SOL 35% 16% 0% 0% 1,35 15,56 1,60 1,18
Caracas, Venezuela 2.146,00 VEB 10% 16% 0% 0% 1,10 15,36 1,90 1,04
Brussels, Bélgica 0,72 EUR 0% 16% 17% 0% 1,25 43,53 1,50 1,19
Paris, France 0,72 EUR 5% 16% 17% 0% 1,20 45,34 1,20 1,13
Frankfurt, Alemanha 0,72 EUR 5% 19% 17% 0% 1,15 54,56 1,10 1,10
Dublin, Irlanda 0,72 EUR 0% 16% 17% 0% 1,40 44,03 1,70 1,30
Milan, Itália 0,72 EUR 0% 21% 17% 0% 1,15 37,83 1,80 1,20
Amsterdam, Holanda 0,72 EUR 5% 19% 17% 0% 1,15 81,44 1,15 1,20
Warsaw, Polônia 2,74 PLN 10% 21% 22% 0% 0,80 21,23 1,70 0,96
Moscow, Rússia 25,40 RUB 45% 37% 0% 0% 1,45 8,06 2,50 1,47
Barcelona, Spain 0,72 EUR 0% 16% 17% 0% 1,20 43,53 1,20 1,12
London, Inglaterra 0,49 GBP 0% 16% 17% 0% 1,20 111,71 1,30 1,38
El Hassania, Marrocos 8,06 MAD 10% 27% 0% 0% 1,40 12,78 2,00 1,15
Ibadan, Nigéria 124,00 NGN 5% 27% 0% 0% 1,35 18,45 2,75 1,21
Johannesburg, África do Sul 7,12 ZAR 0% 27% 0% 0% 1,10 31,62 1,70 1,09
Fonte: COST DATA ON LINE INC., 2008.

61
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

11. CUSTOS DE INSTALAÇÃO E OUTROS CUSTOS

11.1. GUTHRIE

O custo de instalação de cada equipamento pode ser calculado igualando-se todos os fatores de
material, de pressão, de design, etc., a 1 (ou 0, quando aplicável), na fórmula correspondente, e
multiplicando-se o custo obtido pelos fatores apresentados na Tabela 11.1:

Tabela 11.1. Fatores de instalação segundo Guthrie


Equipamento Fator de Instalação
Fornalhas de Processo 1,27
Aquecedores a Chama Direta 1,23
Trocadores de calor 2,29
Compressores 2,11
Vasos e cascos de torres 2,18
Sopradores Turbo 4,00
Fonte: GUTHRIE, 1074.

11.2. ICARUS

Nesta metodologia, são apresentados primeiramente fatores para estimar os custos relacionados ao
posicionamento dos equipamentos dentro da planta química e sua montagem. Estes fatores devem
ser multiplicados pelo preço dos equipamentos calculados com fator de material igual a 1, e são
apresentados na

62
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 11.2, a seguir.

63
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 11.2. Fatores de custo para posicionamento e montagem dos


equipamentos segundo a metodologia Icarus (%)
Equipamento Fator Equipamento Fator
Absorvedora 20 Moinho de martelos 25
Silo de amônia 20 Aquecedor 20
Moinho de Bolas 30 Trocador de Calor 20
Máquina de Bríquetes 25 Leito fluidizado 15
Centrífuga 20 Metanizador (catalítico) 30
Clarificador 15 Misturador de correntes 20
Fracionadora de coque 15 Precipitador 25
Tambor de coque 15 Regenerador (recheado) 20
Condensador 20 Retorta 30
Condicionador 20 Rotoclone 25
Resfriador 20 Peneira 20
Esmagadora 30 Raspador (água) 15
Ciclone 20 Decantador 15
Decantadora 15 Conversor Shift 25
Coluna de destilação 30 Separador de correntes 15
Evaporador 20 Tanque de armazenamento 20
Filtro 15 Esgotador 20
Fracionadora 25 Tanque 20
Forno 30 Vaporizador 20
Fonte: LOH, LYONS, e WHITE, 2002.

Em seguida, são apresentados fatores para o cálculo dos custos com materiais adicionais necessários
à instalação de cada equipamento. Estes percentuais devem ser aplicados sobre os custos de
equipamentos calculados com fator de material igual a 1. Além disso, são apresentados fatores que
devem ser aplicados sobre o custo dos materiais adicionais para o cálculo do custo dos serviços
relacionados aos mesmos (ou seja, à instalação propriamente dita).

Os fatores são apresentados na Tabela 11.3, a seguir.

64
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Tabela 11.3. Fatores de custo para materiais e serviços adicionais segundo a metodologia Icarus (%)
Tipo de Processo Sólido Sólido/Gás Líquido/Lama Gás
Temperatura (°F) ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400 ≤400 >400
Pressão (psig) - - ≤150 >150 ≤150 >150 - - ≤150 >150 ≤150 >150
Materiais 4 5 5 6 6 6 5 6 5 6 6 5
Fundações
Serviços 133 133 133 133 133 133 133 133 133 133 133 133
Materiais 4 2 4 4 5 6 4 5 5 5 5 6
Aço Estrutural
Serviços 50 100 100 100 50 50 50 50 50 50 50 50
Materiais 2 2 2 2 5 4 3 3 3 3 3 4
Construções
Serviços 100 100 100 50 50 100 100 100 100 100 100 100
Materiais 0 1,5 1 1 2 2 1 3 1 1 2 3
Isolamento
Serviços 0 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150 150
Materiais 6 6 2 7 7 8 6 7 6 7 7 7
Instrumentos
Serviços 10 40 40 40 40 75 40 40 40 40 75 40
Instalações Materiais 9 9 6 8 7 8 8 9 8 9 6 9
Elétricas Serviços 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 40 75
Materiais 5 5 35 40 40 40 30 35 45 40 40 40
Tubulação
Serviços 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Materiais 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Pintura
Serviços 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300
Materiais 3 4 3,5 4 4 4,5 4 5 3 4 4 5
Miscelânea
Serviços 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80 80
Fonte: LOH, LYONS, e WHITE, 2002.

65
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

11.3. TOWLER & SINNOTT

O trabalho de Towler e Sinnott (2008) apresenta um método para estimar outros custos inclusos no
investimento fixo de plantas de processos químicos. Este método consiste na multiplicação do custo
de aquisição dos equipamentos principais pelos fatores apresentados na Tabela 11.4, abaixo.

Tabela 11.4. Fatores de custo para materiais e serviços adicionais segundo a


metodologia de Towler e Sinnott (2008)
Tipo de Processo Fluidos Fluidos/Sólidos Sólidos
Montagem dos equipamentos 0,3 0,5 0,6
Tubulação 0,8 0,6 0,2
Instrumentação e controle 0,3 0,3 0,2
Sistemas elétricos 0,2 0,2 0,15
Obras civis 0,3 0,3 0,2
Estruturas e construções 0,2 0,2 0,1
Isolamento e pintura 0,1 0,1 0,05
INSTALAÇÃO (I) 2,2 2,2 1,5
Offsites (OS) 0,3 0,4 0,4
Projeto e Engenharia (DE) 0,3 0,25 0,2
Contingência (X) 0,1 0,1 0,1
TOTAL = (1+I)×(1+OS)×(1+DE+X) 6,00 6,05 4,55
Fonte: TOWLER e SINNOTT, 2008.

11.4. Método de Lang

Pelo método de Lang, o CAPEX de uma planta, incluindo todos os custos de materiais adicionais, de
instalação, e de unidades auxiliares, é estimado com base na multiplicação do custo FOB dos
equipamentos principais da planta por um fator apropriado, que depende do tipo de planta que está
sendo analisada.

𝐶𝐴𝑃𝐸𝑋 = 1,05 ∗ 𝑓𝐿𝑎𝑛𝑔 ∗ 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂 𝐹𝑂𝐵𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 (14.1)

Os fatores típicos são apresentados na Tabela 11.5, abaixo. Cabe ressaltar que o CAPEX obtido desta
forma não inclui o capital de giro necessário ao projeto.

Tabela 11.5. Fatores de Lang


Fatores de Lang Fatores de Lang recomendados
Tipo de Unidade
originais por Peters, Timmerhaus e West
Processamento de Sólidos 3,10 3,90
Processamento de Sólidos e Fluidos 3,63 4,10
Processamento de Fluidos 4,74 4,60
Fonte: elaboração própria a partir de diversas fontes.

66
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

12. CUSTOS OPERACIONAIS

Segundo a metodologia de Guthrie, os custos de algumas utilidades (contidos no OPEX) podem ser
estimados com base no custo do combustível utilizado em sua produção, apenas multiplicando-se este
último pelos fatores mostrados na Tabela 12.1:

Tabela 12.1. Custo de utilidades pelo método de Guthrie


Utilidade Fator Preço (exemplo)
Combustível (óleo ou gás) 1,00 $ 4,00 / 106 Btu
Vapor – 600 psig a 750°F 1,30 = $ 5,20 / 1000 lb
Vapor Sat. – 600 psig 1,13 = $ 4,52 / 1000 lb
Vapor Sat. – 250 psig 0,93 = $ 3,72 / 1000 lb
Vapor Sat. – 150 psig 0,85 = $ 3,40 / 1000 lb
Vapor Sat. – 50 psig 0,70 = $ 2,80 / 1000 lb
Vapor Sat. – 15 psig 0,57 = $ 2,28 / 1000 lb
Eletricidade 1,00 = $ 0,04 / kWh
Água de Resfriamento 0,75 = $ 0,03 / 1000 gal
Fonte: GUTHRIE, 1074.

Outro método, desenvolvido por Ulrich (ULRICH, 1992), estima o custo de utilidades com base no índice
CEPCI para o ano de interesse e no custo do combustível utilizado para produzir tais utilidades neste
mesmo período. Sendo assim, o custo das utilidades é igual a A×CEPCI + B×Custo do combustível (em
dólares por GigaJoule). Estes custos podem ser calculados para unidades auxiliares que atendam a um
só módulo de processo, ou para unidades auxiliares comuns à planta ou polo industrial como um todo.

Os parâmetros A e B deste modelo são apresentados na Tabela 12.2, a seguir, onde o símbolo “q” se
refere a vazões, “Q” a taxas de troca térmica, “T” a temperaturas e “P” a pressões.

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Tabela 12.2. Custo de utilidades pelo método de Ulrich


Utilidade A B
Água de Resfriamento ($/m³) 0,01 < q < 1,0 m³/s
Módulo de processo 0,0001 + 0,00005 / q 0,0056
Dentro da planta 0,00007 + 0,000025 / q 0,0056
Água desmineralizada ($/m³) 0,001 < q < 1,0 m³/s
Módulo de processo 0,007 + 0,000013 / q 0,0022
Dentro da planta 0,00035 + 0,000012 / q 0,0022
Água potável ($/m³) 0,01 < q < 1,0 m³/s
Módulo de processo 0,0007 + 0,000002 / q 0,003
Dentro da planta 0,00035 + 0,000002 / q 0,003
Água natural bombeada e filtrada ($/m³) 0,001 < q < 1,0 m³/s
Módulo de processo 0,0001 + 0,0000002 / q 0,002
Dentro da planta 0,00005 + 0,0000002 / q 0,002
Tratamento primário de efluentes ($/m³) 0,01 < q < 1,0 m³/s
Módulo de processo 0,0007 + 0,0000002 / q 0,002
Dentro da planta 0,00005 + 0,0000002 / q 0,002
Tratamento secundário de efluentes ($/m³) 0,01 < q < 1,0 m³/s
Módulo de processo 0,0007 + 0,000002 / q 0,003
Dentro da planta 0,000035 + 0,000002 / q 0,003
Tratamento terciário de efluentes ($/m³) 0,01 < q < 1,0 m³/s
Módulo de processo 0,0001 + 0,00003 / q 0,005
Dentro da planta 0,00005 + 0,00003 / q 0,005
Água/Óleo quentes ($/kJ) 1.000 < Q < 20.000 kW 350 < T < 850 K
Módulo de processo 0,0000007 T0,5 / Q0,9 0,00000006 T0,5
Dentro da planta 0,0000006 T0,5 / Q0,9 0,00000006 T0,5
Eletricidade ($/kWh)
Comprada de fora da planta 0,00013 0,010
Produzida no local para cada módulo 0,00014 0,011
Produzida no local para a planta 0,00004 0,011
Ar comprimido e de secagem ($/m³) 0,01 < q < 100 m³/s 1 < P < 35 barg
Módulo de processo 0,000050 q-0,30 ln(P) 0,0009 ln(P)
Dentro da planta 0,000045 q-0,30 ln(P) 0,0009 ln(P)
Ar para instrumentação ($/m³)
Módulo de processo 0,000125 0,00125
Dentro da planta 0,000110 0,00125
Vapor de processo ($/kg) 0,06 < q < 40 kg/s 1 < P < 46 barg
Módulo de processo 0,000027 / q0,9 0,0034 P0,05
Dentro da planta 0,000023 / q0,9 0,0009 P0,05
Descarte de líquidos e sólidos convencionais ($/kg)
Módulo de processo 0,00010 0
Dentro da planta 0,00005 0
Descarte de produtos tóxicos e perigosos ($/kg)
Módulo de processo 0,0004 0
Dentro da planta 0,0003 0
Refrigeração ($/kJ) 1 < Q < 1.000 kW 200 < T < 300 K
Módulo de processo 6.000.000 / Q0,7 T5 1.100.000 / T5
Dentro da planta 180 / Q0,9 T3 1.100.000 / T5
Fonte: PIOTROWICZ e SECCHI, 2005.

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13. CUSTOS DE UNIDADES COMPLETAS

13.1. Unidades de refino

Em um estudo do Oil & Gas Journal, são apresentadas estimativas de CAPEX (em milhões de dólares,
no ano de 2007) de unidades relacionadas a refinarias. A equação utilizada é do tipo A ×CapacidadeB,
tendo como parâmetros os valores de A e B apresentados na Tabela 13.1 abaixo:

Tabela 13.1. CAPEX de unidades de refino


Unidade Unidade de Capacidade A B
Dessalgamento 1.000 b/d 0,44 0,555
Destilação Atmosférica 1.000 b/d 8,20 0,510
Destilação a Vácuo 1.000 b/d 8,34 0,493
Coqueamento Retardado – 10 bblcarga/toncoque 1.000 b/d 17,56 0,657
Coqueamento Retardado – 30 bblcarga/toncoque 1.000 b/d 24,42 0,644
Redução de Viscosidade 1.000 b/d 5,80 0,741
FCC – carga destilada 1.000 b/d 24,67 0,461
FCC – carga residual 1.000 b/d 32,98 0,510
HCC – 1.000 scf H2/bbl 1.000 b/d 15,65 0,719
HCC – 3.000 scf H2/bbl 1.000 b/d 26,18 0,714
HCC – dessulfurização de nafta 1.000 b/d 4,96 0,524
HCC – dessulfurização de destilado 1.000 b/d 8,62 0,576
HCC – dessulfurização de resíduo 1.000 b/d 8,61 0,834
Reforma catalítica semirregenerativa 1.000 b/d 7,96 0,572
Reforma catalítica contínua 1.000 b/d 12,19 0,547
Isomerização de butano 1.000 b/d 9,57 0,514
Isomerização de pentano/hexano sem reciclo 1.000 b/d 3,11 0,565
Isomerização de pentano/hexano com reciclo 1.000 b/d 6,17 0,599
Alquilação 1.000 b/d 12,19 0,606
Produção de hidrogênio – reforma a vapor do metano MMscfd 3,35 0,599
Produção de hidrogênio – oxidação parcial MMscfd 5,44 0,601
Processamento de gás – 1 gal/Mscf MMscfd 1,91 0,627
Processamento de gás – 10 gal/Mscf MMscfd 4,38 0,593
Processamento de gás – 20 gal/Mscf MMscfd 5,83 0,610
Tratamento de gás com amina gpm 0,064 0,746
Recuperação de enxofre tonelada longa/dia 2,84 0,412
Remoção de enxofre S-zorb – gasolina 1.000 b/d 4,77 0,602
Remoção de enxofre S-zorb – diesel 1.000 b/d 4,62 0,553
Dewaxing 1.000 b/d 5,82 0,598
Produção de éter 1.000 b/d 8,96 0,472
Fonte: OGJ, 2007.

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13.2. Plantas de processamento de gás natural

Em estudos preliminares de orçamentação de projetos de gás natural, os custos associados às plantas


de processamento são influenciados pelo tipo e composição do gás que deve ser especificado na
unidade. Em sua compilação acerca do processamento de gás natural, Younger (2004) apresentou
dados de estudos preliminares de custos (avaliação de ordem de grandeza). A Tabela 13.2 apresenta
o sumário dos resultados.

Tabela 13.2. Estimativa de estudos preliminares (ordem de magnitude) para


plantas de gás natural
TIPO DE GÁS CAPEX ($/MMCF)
Gás muito ácido e rico 300.000,00 – 500.000,00
Gás de acidez mediana 100.000,00 – 300.000,00
Gás rico com baixa acidez 50.000,00 – 100.000,00
Gás pobre com baixa acidez 10.000,00 – 50.000,00
Fonte: YOUNGER, 2004.

13.3. Unidades de tratamento de gás natural com amina para


remoção de H2S e CO2

As unidades de tratamento de gás natural (UTGs) consistem nas etapas de remoção de


contaminantes de gás natural, em especial, o CO 2 e o H2S. Devido à complexidade desta etapa e à
corrosividade dos compostos envolvidos, os equipamentos e módulos presentes nessas unidades
somam aos Custos de Capital (CAPEX) valor considerável. Além disso, como há a presença de
correntes externas às UTGs (aminas, vapor superaquecido, etc), devem ser contabilizados os custos
dessas utilidades na composição dos Custos Operacionais (OPEX).

Jones, no documento Fundamentals of Gas Treating (JONES e PERRY, 1973), apresentou custos
referentes a unidades de amina para remoção de gases ácidos. Os custos foram coletados em 1971 e
compilados para obtenção de uma correlação para a coluna de absorção utilizada no adoçamento e
também para todo o módulo (skid) de absorção.

Os custos são correspondentes a colunas de absorção onde a pressão de operação não supera 500
PSI (34,5 bar), e são apresentados a seguir, na Figura 13.1 (data-base 1947).

70
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

200,0

Custo (Mil US$) 150,0

100,0

50,0

0,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
Diâmetro (in)

Figura 13.1. Custos de colunas de absorção em função do diâmetro: P<500 psi


Fonte: elaboração própria a partir de JONES e PERRY, 1973.

A correlação obtida é representada pela equação abaixo.

CUSTOABSORÇÃO, 500 PSI = exp[0,3642 ∙ 𝑙𝑛 (𝐷)2 − 0,9739 ∙ 𝑙𝑛 (𝐷) + 1,8341] (13.1)

Ainda, os custos correspondentes às colunas de absorção, onde a pressão de operação não supera
1000 PSI (69 bar), são apresentados na Figura 13.2 (data base 1947).

250,00

200,00
Custo (MIl US$)

150,00

100,00

50,00

0,00
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00
Diâmetro (in)

Figura 13.2. Custos de colunas de absorção em função do diâmetro: 500 < P < 1000 psi
Fonte: elaboração própria a partir de JONES e PERRY, 1973.

A correlação é representada pela equação abaixo:

CUSTOABSORÇÃO, 1000 PSI = exp[0,3122 ∙ 𝑙𝑛 (𝐷)2 − 0,5107 ∙ 𝑙𝑛 (𝐷) + 1,1296] (13.2)

O skid de absorção de gases ácidos com aminas inclui não só a coluna de absorção, mas todos os
equipamentos associados como trocadores, bombas e a coluna de regeneração de amina, mas não
inclui os custos de transporte, fundações, tubulações. O documento apresenta ainda os custos para
tais skids de absorção com amina em função da vazão de amina em GPM (galões por minuto).

71
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

140,00
120,00
Custos (Mil US$)
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00
Vazão de amina (GPM)

Figura 13.3. Custo de skid de absorção com amina


Fonte: elaboração própria a partir de JONES e PERRY, 1973.

A correlação para o custo do skid em função da vazão de amina é dada a seguir:

CUSTOSkid = exp[0,5002 ∙ 𝑙𝑛(𝑄) + 0,431] (13.3)

onde Q é a vazão de amina em GPM.

No documento são também apresentados os custos operacionais (OPEX) para as unidades em função
da vazão de gás alimentado à coluna de absorção por aminas. Os custos (data base 1947) são para
uma planta que se utiliza de 25 GPM (galões por minuto) de DEA (Dietanolamina) e uma vazão de gás
de 3 MMCFD (milhões de pés cúbicos por dia). Os custos (data base 1947) estão sumarizados a seguir
na Tabela 13.3. Estimativa de OPEX para unidades de absorção com amina.

Tabela 13.3. Estimativa de OPEX para unidades de absorção com amina


Custos com mão de obra na operação 13,30 US$/MMCFD
Eletricidade 3,30 US$/MMCFD
Matérias-primas e suprimento 1,10 US$/MMCFD
Supervisão 6,20 US$/MMCFD
Depreciação 7,00 US$/MMCFD
Taxa de interesse de 8% 4,50 US$/MMCFD
Seguros e taxas 0,50 US$/MMCFD
Frente de obra 5,70 US$/MMCFD
Suporte e manutenção 2,22 US$/MMCFD
TOTAL 43,82 US$/MMCFD
Fonte: JONES e PERRY, 1973.

Younger (2004) também apresentou valores de custos para unidades de adoçamento de gás natural,
analisados em função da vazão de solvente utilizado. A correlação encontrada para esses custos é
apresentada a seguir (data-base 1983):

CUSTOADOÇAMENTO = exp[0,0868 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄)2 − 0,632 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) + 2,1917] (13.4)

onde Q é a vazão em GPM de solvente utilizada.

72
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

13.4. Unidades de tratamento de CO2 por lavagem com amina

Um estudo econômico acerca das unidades de tratamento de CO 2 por lavagem com aminas foi
realizado por Gadelha, Araújo e Medeiros (2014). A compilação dos resultados para CAPEX e OPEX
das unidades em função da vazão de CO 2 (Q, em MMm3/d) é apresentada abaixo. Neste estudo
específico a amina utilizada foi a MDEA (metildietanolamina), e a data base dos custos é 2013.

12,00
10,00
8,00
MM US$

6,00
4,00
2,00
-
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45

Vazão de CO2 (MMm³/dia)

CAPEX OPEX

Figura 13.4. CAPEX e OPEX de uma unidade de remoção de CO2 com MDEA
Fonte: elaboração própria a partir de GADELHA, ARAÚJO e MEDEIROS, 2014.

OPEX = 14,493(Q) + 2,6532 (13.5)

CAPEX = 23,553(Q) + 0,5229 (13.6)

13.5. Unidades de Ajuste de Ponto de Orvalho (UAPO)

Tais unidades são empregadas na especificação do ponto de orvalho do gás natural produzido na
unidade. As tecnologias mais empregadas em plantas de ajuste de gás natural são o Joule Thomson e
a refrigeração simples. As correlações empregadas (data base 1983) para dois tipos de gás natural
são apresentadas Younger (2004). O gás rico apresenta percentual em C 3+ superior a 10% e o gás
pobre apresenta percentual em C3+ inferior a 5%.

A Figura 13.5 e as equações a seguir apresentam a compilação dos dados de custos.

73
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
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40
35
30
Custo (MM US$)
25
20
15
10
5
0
1 10 20 30 40 50
Vazão (MMCFD)

Gás Pobre (C3+ < 5%) Gás Rico (C3+ > 10%)

Figura 13.5. Custos de UAPO em função da vazão de gás natural


Fonte: elaboração própria a partir de YOUNGER, 2004.

CUSTOUAPO, 𝐺á𝑠 𝑝𝑜𝑏𝑟𝑒 = exp[0,0603 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄)2 + 0,2461 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) + 1,4111] (13.7)

CUSTOUAPO, 𝐺á𝑠 𝑟𝑖𝑐𝑜 = exp[0,054 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄)2 + 0,3068 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) + 1,5315] (13.8)

onde Q representa a vazão de gás natural na unidade em milhões de pés cúbicos por dia.

13.6. Unidades de Desidratação por Glicol

Os custos de unidades desse tipo em função da vazão de gás natural são apresentados pela Figura
13.6.

1.000

800
Custo (Mil US$)

600

400

200

0
0 10 20 30 40 50 60

Vazão de gás (MMCFD)


Figura 13.6. Custos de unidades de desidratação por Glicol em plantas de gás natural
Fonte: elaboração própria a partir de YOUNGER, 2004.

74
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

A correlação empregada (data base 1983) para determinação dos custos de unidades de desidratação
por glicol é também obtida dos dados apresentados por Younger (2004).

CUSTOdesidratação = exp[0,0369 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄)2 + 0,3473 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) + 4,8293] (13.9)

13.7. Unidades de Fracionamento de líquidos

Em seu trabalho, Younger (2004) apresenta também os dados de custos de desbutanizadoras,


depropanizadoras e um splitter de butano (coluna utilizada para separar iso-butano do n-butano). A
Figura 13.7 apresenta os custos dessas três unidades em função da vazão de líquido alimentado.

9
8
7
6
Custo (MMUS$)

5
4
3
2
1
0
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000
Vazão (BPD)

DESBUTANIZADORA DESPROPANIZADORA SPLITTER DE BUTANO

Figura 13.7. Custos de colunas fracionadoras em plantas de processamento de gás natural


Fonte: elaboração própria a partir de YOUNGER, 2004.

As correlações, cuja data base é 1983, para essas colunas a partir da compilação dos dados e seus
respectivos acessórios são apresentadas a seguir.

CUSTODESBUTANIZADORA = exp[0,05922 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄)2 − 0,2287 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) − 1,1556] (13.10)

CUSTODESPROPANIZADORA = exp[0,0611 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄)2 − 0,2474 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) − 1,3365] (13.11)

CUSTOSPLITTER BUTANO = exp[0,0828 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄)2 − 0,5142 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) − 0,0489] (13.12)

Nessas correlações, o termo Q representa a vazão em barris por dia de líquido que alimenta cada
unidade.

75
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

13.8. Skids de Turboexpansão

Younger (2004) apresenta os custos de turboexpansores em função da vazão de C 2+ produzida em


unidades de mil barris por dia. A correlação, cuja data base é 1986, é apresentada a seguir.

CUSTOTURBOEXPANSORES = exp[0,6022 ∙ 𝑙𝑛 (𝑄) + 1,8526] (13.13)

A Figura 13.8 apresenta os custos em função da vazão de gás obtido através dessa correlação.

80
70
60
Custos (MM US$)

50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Vazão (MBPD)

Figura 13.8. Custos de Skid de TurboExpansores em plantas de processamento de gás natural


Fonte: elaboração própria a partir de YOUNGER, 2004.

13.9. Unidades de geração térmica

Em Energy and Environmental Analysis (2008) é apresentada uma análise de custos relacionada a
unidades de geração termelétrica a gás, acoplada à geração de exausto que pode ser usado como
fonte de aquecimento em processos ou ainda para cogeração elétrica.

O custo da unidade inclui apenas a turbina a gás, o sistema de combustível e o gerador, e o custo do
complexo inclui ainda um sistema para tratamento do exausto após o calor do mesmo ter sido usado
em outra unidade. Estes custos são apresentados na Figura 13.9, a seguir:

76
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

60

50
milhões de US$ (2007)

40

30

20

10

0
- 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000

Capacidade (kW)
Custo da unidade Custo do Complexo

Figura 13.9. Custos de unidades de geração térmica a gás natural


Fonte: elaboração própria a partir de ENERGY AND ENVIRONMENTAL ANALYSIS, 2008.

Estes custos (em dólares de 2007) podem ser representados alternativamente em função da
capacidade (CAP, em kW, variando de 1.000 a 40.000), pelas equações abaixo:

CUSTOUNIDADE = −0,0056 ∙ (𝐶𝐴𝑃)2 + 1149,4 ∙ (𝐶𝐴𝑃) + 2.000.000 (13.14)

CUSTOCOMPLEXO = −0,0115 ∙ (𝐶𝐴𝑃)2 + 1651,4 ∙ (𝐶𝐴𝑃) + 4.000.000 (13.15)

77
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

14. ESTUDOS DE CASO

Com base nas correlações de custos apresentadas, foram realizadas estimativas de custo de UPGNs
para processamento de diversos tipos de gás natural, por diferentes processos tecnológicos. Para tal,
foram definidos fluxogramas típicos de processo para cada tipo de planta, com base na literatura
pertinente (por exemplo, CORDEIRO, 2009; e SANTOS, 2013), e os equipamentos foram
dimensionados de forma aproximada com base nos volumes de gás natural processados e volumes de
produtos gerados.

Notadamente, as unidades para as quais foram definidos fluxogramas foram três: (i) a unidade de
tratamento do gás natural (UTG); (ii) a unidade de ajuste de ponto de orvalho do gás natural (UAPO),
incluindo sua especificação e compressão, com geração de LGN; e (iii) a unidade de processamento
do condensado de gás natural (junto ao LGN produzido na segunda seção). Os fluxogramas definidos
para uma planta de Turboexpansão são apresentados, como exemplo, nas Figura 14.1, Figura 14.2 e
Figura 14.3.

78
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Figura 14.1. Unidade de Tratamento de Gás Natural (UTG)


Fonte: elaboração própria.

Figura 14.2. Unidade de Ajuste de Ponto de Orvalho (UAPO)


Fonte: elaboração própria.

79
Compilação de Correlações de Custos de Equipamentos
Ministério de Minas e Energia

Figura 14.3. Unidade de Processamento de Condensados de Gás Natural (UPCGN)


Fonte: elaboração própria.

As vazões e composições aproximadas das correntes foram calculadas por meio de balanços de massa
para que pudessem ser utilizadas no dimensionamento dos vasos separadores, trocadores de calor,
torres de separação, bombas e compressores. O dimensionamento, por sua vez, foi baseado em
valores característicos e regras de estimação disponíveis na literatura (por exemplo, PERRY e GREEN,
2007). Para a realização dos dimensionamentos simplificados para cada tipo de UPGN e para cada
capacidade de processamento, foi considerado que uma UPGN do tipo Joule-Thompson com
Refrigeração Simples poderia especificar um gás natural com Riqueza de 10%, uma UPGN do tipo
Turboexpansão poderia especificar um gás natural com riqueza de 18%, e uma UPGN do tipo
Absorção Refrigerada poderia especificar um gás natural com Riqueza de 23%.

Para o cálculo das dimensões dos vasos, considerou-se um tempo de residência de 5 minutos em
vasos de flash e de carga, e de 10 minutos em vasos onde ocorrem processos que utilizam leito fixo.
A razão adotada entre o comprimento e o diâmetro dos mesmos foi de 2,5. Quanto aos trocadores de
calor, adotou-se o valor de coeficiente global de troca térmica igual a 362 W/m2 °C (GETU et. al.,
2013) para os equipamentos, obtendo-se áreas de troca térmica de aproximadamente 1.000 m² para
os condensadores da UPCGN, 1.500m² para o resfriador P104, a ciclo de propano, e 500 m² para os
demais trocadores.

As torres de separação foram dimensionadas considerando números típicos de pratos (20 para T002 e
T201, e 30 para as demais torres), distância entre pratos de 60 centímetros, e diâmetros que
garantissem tempos de residência de 5 minutos. Os compressores foram dimensionados considerando
potências necessárias à compressão de gás ideal, e para os cálculos das bombas foi considerada a
diferença de pressão necessária ao escoamento. Foi considerada, adicionalmente, a compra de uma
bomba ou compressor reserva, equivalentes aos que foram dimensionados neste estudo, para cada
bomba ou compressor usados no processo.

Além das seções principais apresentadas acima, foram dimensionados os sistemas auxiliares, incluindo
tanques de armazenamento de produtos (tanques de C5+ e de soda cáustica, e esferas de GLP) e
bombas para movimentação desses produtos e de utilidades. Para tal, foram consideradas as vazões
das correntes, além de dimensões típicas de projetos existentes de UPGNs ou Refinarias.

Os principais sistemas auxiliares considerados são apresentados na Tabela 14.1.

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Tabela 14.1. Sistemas Auxiliares de uma UPGN


Item Quantidade
Coletor de condensado 1
Tanques de fluido refrigerante 2
Ciclo de Propano 1
Colunas para lavagem cáustica (UTC) 4
Tanque de soda cáustica 1
Torres de resfriamento 3
Esferas de GLP 3
Tanques de C5+ 2
Fonte: elaboração própria.

Os custos dos equipamentos foram calculados pelas correlações de Guthrie, com materiais adicionais
e serviços calculados por meio da metodologia Icarus. Estes referem-se a preços realizados no
mercado americano, mais especificamente no golfo do México, e foram corrigidos para o ano de 2017.
Para que a estimativa refletisse mais fielmente os preços em território nacional, incluindo impostos e
outros fatores econômicos, foi necessário definir um fator de tropicalização (F trop) dos custos.

O fator de tropicalização foi calculado de forma simplificada como a razão entre o custo médio de
UPGNs no Brasil e o custo médio de UPGNs nos EUA, ambos normalizados quanto à capacidade das
plantas. Por meio de custos disponíveis na literatura (por exemplo, base de dados BoxScore), foram
calculados valores de CAPEX médio por unidade de vazão de UPGNs iguais a US$ 2012 83 /(m³/d) para
o Brasil (já com impostos) e US$2012 40 /(m³/d) para os EUA, o que permite estimar um fator de
tropicalização Ftrop de 2,08. Porém, dentro deste fator, que foi obtido para a cotação do dólar de 2012,
considerou-se que a parcela de serviços e materiais adicionais não seria cotada em dólar. Sendo
assim, corrigindo apenas esta parcela para compensar a depreciação da taxa de câmbio de 2012 a
2017, o fator de tropicalização estimado para o ano de 2017 foi Ftrop = 1,70.

Foram adicionados ainda a estes custos as despesas relativas ao Projeto Básico e ao Projeto Executivo
da planta (5% do Custo Direto), aos estudos para o Licenciamento Ambiental (1,5 milhão de dólares)
e às Compensações ambientais (0,5% do Custo Direto), à Aquisição, à Terraplenagem e à
Urbanização do terreno (US$ 100 /m², área de 100.000 m²), à Administração Local da Obra (5% do
Custo Direto) e a Benefícios e Despesas Indiretas – BDI (25% do Custo Direto). Estes fatores foram
estimados com base em informações disponíveis na literatura.

Os valores de CAPEX estimados são apresentados na Figura 14.4.

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600

500
CAPEX (mi US$2017)

400

300

200
Turboexpansão
100 Joule-Thompson + Refrigeração Simples
Absorção Refrigerada
-
2 4 6 8 10
Capacidade (milhões de m³/dia)

Figura 14.4. CAPEX estimado para UPGNs de diferentes tipos e com diferentes capacidades
Fonte: elaboração própria.

As UPGNs do tipo Joule-Thompson + Refrigeração Simples possuem custo intermediário em relação


aos três tipos apresentados, e geralmente são utilizadas para processar correntes de gás natural com
menor riqueza (10%). Já as UPGNs do tipo Turboexpansão possuem custos superiores, devido ao alto
custo do Turboexpansor e das colunas de separação de etano, mas são capazes de processar gás
natural com alta riqueza (18%).

Pode ser observado que as UPGNs do tipo Absorção Refrigerada têm um menor CAPEX em relação às
dos outros tipos, mesmo processando um gás natural mais rico (23% de riqueza). Porém, neste caso,
espera-se que o OPEX seja maior, uma vez que esta planta necessita de uma corrente de óleo de
absorção sendo movimentado entre a coluna de absorção e a coluna de regeneração. Além disso, nos
três casos, espera-se que a venda dos líquidos produzidos possa contribuir para a remuneração do
capital em termos de CAPEX e OPEX, aprimorando assim a viabilidade dos empreendimentos.

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15. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observa-se que a literatura especializada em estimativas de custos é bem vasta e conta com diversas
correlações que permitem a realização de análises de ordem de grandeza, e que podem contribuir
para a análise prévia de diversos empreendimentos em um horizonte de longo prazo. Os métodos de
estimativa de custos consolidados neste documento variam desde um nível de desagregação mais
baixo, com custos de unidades completas, até um nível mais alto, com custos por equipamento,
permitindo assim a realização de estudos com diferentes níveis de detalhamento.

Porém, ressalve-se que tais correlações não devem ser utilizadas como referências para o custo real
de equipamentos e serviços em uma etapa mais avançada de projeto, uma vez que concernem a
grupos de equipamentos de diversas marcas, e foram desenvolvidas em um contexto específico, com
condicionantes específicos de mercado, não sendo necessariamente válidas para a compra de um
equipamento. Nestas etapas mais avançadas, se fazem necessárias cotações e orçamentos detalhados
para os itens incluídos em um empreendimento.

Outro cuidado que se faz necessário no momento do uso destas correlações é a correta adaptação
dos mesmos em relação à data e ao local das obras, principalmente no que toca aos serviços e
materiais adquiridos no local da implementação do empreendimento. Isto porque o custo internado
dos equipamentos que podem ser importados funciona como uma boa proxy para o custo do
equipamento em território nacional, mas isto não ocorre para os materiais adicionais e serviços, uma
vez que a relação entre seus preços nos territórios norte-americano e brasileiro pode não ser trivial
(não sendo possível, por exemplo, sua correção no tempo utilizando índices do mercado norte-
americano). O efeito do câmbio também tem uma influência importante nos custos dos
empreendimentos, uma vez que afeta direta e proporcionalmente o custo dos equipamentos
importados, e não afeta tão diretamente o custo dos materiais e serviços nacionais. Sendo assim,
tanto o custo em dólares quanto o custo em reais sofrerão variações, já que incluem itens que são
afetados diferentemente pelo câmbio.

Finalmente, ressalta-se que a estimativa dos custos de UPGNs pôde ser realizada com sucesso pela
metodologia proposta, e os valores de CAPEX obtidos ficaram na faixa de US$ 35 a US$ 111 /(m³/d),
dependendo da capacidade e da tecnologia de processamento (data-base 2017). Esta metodologia de
estimativa é utilizada nos estudos da EPE, como por exemplo na seção do Capítulo de Gás Natural do
Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) onde são descritos os investimentos previstos para o
setor de gás natural no horizonte decenal.

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16. REFERÊNCIAS

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