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Mateus 4.18-22
No texto lido, Jesus chama homens que assim, como Agostinho, não
tinham méritos, no tocante à salvação. Ainda assim, são chamados para
estarem com ele e mais que isso, para a ele pertencerem. Esse é o mais sublime
chamado que alguém pode receber, é a mais extraordinária de todas as
vocações, o chamado para a salvação, um convite para a vida e que tem sido
denominado na teologia de: “graça irresistível”. Como bem afirmou John Piper:
“A graça irresistível se refere à obra soberana de Deus em vencer a rebelião do
nosso coração e trazer-nos à fé em Cristo para que sejamos salvos”. Isto implica
em dizer que, quando Deus manifesta sua graça irresistível, ele quebra a dureza
do nosso coração e de forma espontânea nos rendemos ao seu gracioso
chamado. Tal graça tem, ao menos, três características:
1. Ela é seletiva
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seus primeiros discípulos, ele está caminhando às margens do mar da Galileia.
Um grande lago, que é formado pelo degelo do monte Hermon, sendo uma
abundante fonte de alimento para os povos daquela região, devido à grande
variedade e quantidade de peixes ali encontrada. Tal fato atraía não apenas
pescadores, mas também, negociantes e pessoas das regiões próximas que
dependiam de alguma forma da abundância encontrada nestas águas. De forma
que para ali, afluíam grandes multidões. Isso é importante, especialmente,
porque mesmo diante das inúmeras pessoas que ali se encontravam, Jesus
escolheu especificamente quatro pescadores, incultos, despreparados, sem
merecimentos, e os chamou. Esse é um chamado não apenas para o
discipulado, mas para a vida. Nenhum deles jamais seria o mesmo, pois a
irresistível graça de Cristo os transformaria. Pedro, André, Tiago e João, foram
chamados, não por serem pessoas boas, praticantes de boas obras, por sua
capacidade intelectual ou por seus recursos financeiros; antes, foram escolhidos
porque Deus os amou.
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É interessante observarmos que ninguém é vocacionado para ficar parado,
sentado no banco da igreja ou deitado numa confortável rede. Aquele que é
vocacionado, assim o é, para exercer um ofício, para realizar um trabalho, para
cumprir uma missão. E a mais digna missão que poderíamos receber não é
outra, senão anunciarmos o que Deus em Cristo, fez por nós, proclamando ao
mundo seu maravilhoso amor, que o levou a enviar seu Filho Unigênito para
morrer por nós na cruz do Calvário. Somos chamados não apenas para a
salvação, mas para anunciarmos o grande amor de Deus. Assim, o chamado
para salvação é também um chamado para o serviço, pois a graça irresistível,
tem o propósito final de glorificar ao próprio Senhor. Não anunciar a salvação
em Cristo, é falharmos na nossa vocação, sonegando a Deus, a glória devida
ao seu santo nome.
Conclusão