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Feira de Santana – BA
Dezembro, 2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Feira de Santana – BA
Dezembro, 2013
Trabalho de Conclusão de Curso sob o título Dispersão e Riqueza de Euglossina
(Hymenoptera; Apidae) em manchas florestais em área de restinga na Apa
Do Pratigi – Ba apresentado por Rafael Falcão da Silva Rios e aceito pelo
Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana,
sendo aprovada por todos os membros da banca examinadora abaixo especificada:
__________________________________________
Doutor Willian Moura de Aguiar
Orientador
Departamento de Ciências Exatas
Universidade Estadual de Feira de Santana
__________________________________________
Doutor Evandro do Nascimento Silva
Departamento de Ciências Biológicas
Universidade Estadual de Feira de Santana
__________________________________________
Mestre Roque Galeão Rezende Fraga
Organização de Conservação de Terras/Fundação Odebrecht - OCT
__________________________________________
Doutora Taíse Bomfim de Jesus
Departamento de Ciências Exatas
Universidade Estadual de Feira de Santana
RESUMO
ABSTRACT
The Euglossina bees are a group of great importance in the pollination of plant species,
covering great distances. The present study seeks to identify their ability to disperse,
analyzing the level of isolation of forest patches, in sandbank area of the Pratigi APA -
BA and, in addition, to survey the richness and abundance of these bees. To this active
samples, in which aromatic bait and Entomological network were used, and passive
trapping as proposed by Aguiar and Gaglianone (2008) were performed. After
collection efforts, it was possible to determine the distance traveled by Euglossina
cordata (Linnaeus) and establish a simulation of dispersion and also measure rates
extremely important in the region, as well as other data on which this paper we discus
along. Thus we affirm the need for further research so that we can understand the
dispersal of other species existing in the region, as well as the need to deepen the
knowledge about wealth, dominance and plenty of other spots.
Key Words: Dominance, Abundance, Dispersal, Orchid Bees, Biodiversity.
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Sumário
1- Introdução ...................................................................................................... 05
1.1- Euglossina ..................................................................................... 05
1.2- Mata Atlântica ................................................................................ 07
2- Objetivos ........................................................................................................ 10
4- Resultados ..................................................................................................... 16
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Figura 2: Áreas da APA do Pratigi –BA, que caracterizam as regiões nomeadas como
Ecopolos (Fonte: htt://www.oct.org.br/wp/onde-trabalhamos) ................................... 10
Figura 3: Mapa da área da APA do Pratigi, Baixo Sul da Bahia, sendo identificadas as
cidades que ficam no inseridas na região da mesma. (Fonte:
htt://www.oct.org.br/wp/onde-trabalhamos) .............................................................. 12
1- INTRODUÇÃO
1.1- EUGLOSSINA
2005, AGUIAR & GAGLIANONE, em preparação), por tanto conhecer aspectos sobre
a dispersão das espécies de Euglossina são extremamente importantes para
conservação desses importantes polinizadores, uma vez que conhecido o raio de
dispersão dessas abelhas é possível estimar a conectividade funcional e estrutural
dos fragmentos florestais, o que serve como base para estratégias para
implementação de corredores ecológicos para suprimento de serviços
ecossistêmicos, como a polinização.
Segundo Zaú (1998), a fragmentação da Mata Atlântica, torna cada vez mais
difícil a conversação da rica biodiversidade deste bioma. As modificações dos habitats
conferiram a estas áreas, diferentes níveis de subdivisões dos fragmentos, disposição
destes no espaço, forma, graus de isolamento, conectividade e tipos de entorno
(SAUNDERS et al. 1991). A Mata Atlântica se encontra subdividida em pequenos
fragmentos e sua estrutura interfere na dinâmica dos fluxos biológicos, alterando o
equilíbrio dinâmico, as taxas de crescimento e perda populacional, e as possibilidades
de fluxo populacional, influenciando diretamente a composição e diversidade
(ALMEIDA et al, 2010). É publicamente sabido, que existem formações que se
assemelham a fragmentos, porem são classificadas como manchas de florestas. Tais
manchas, ao contrário de fragmentos, são de origem natural oriundo do crescimento
florestal e dispersão de sementes, enquanto o termo fragmento está amplamente
relacionado a distúrbios na mata, que acabam por criar pequenas parcelas da mesma,
e são assim o que pode ser chamado de fragmentos. Manchas também podem ser
definidas como uma superfície linear, que possui uma aparência diferente, quando
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Figura 2: Áreas da APA do Pratigi –BA, que caracterizam as regiões nomeadas como Ecopolos
(Fonte: htt://www.oct.org.br/wp/onde-trabalhamos)
2- OBJETIVOS
3- MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo foi realizado na APA do Pratigi, localizada no Baixo Sul da Bahia
(Figura 3). A Área de Proteção Ambiental (APA) foi criada através do Decreto Estadual
nº7.272 de abril de 1998, com área de 48.762 hectares e abrangendo os municípios
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de Nilo Peçanha e Ituberá, sendo delimitado a norte pelo rio dos Patos, a sul pelo
canal de Pinaré da Bacia de Camamu, a leste pelo Oceano Atlântico e Oeste pela BA-
001. Em outubro de 2001 foi adicionado, através do Decreto Estadual nº 8.036, cerca
de 36.940 hectares, com isso passou a ter uma área total de 85.686, englobando
dessa vez os municípios Nilo Peçanha, Ituberá, Igrapiúna, Piraí do Norte e
Ibirapitanga. (INEMA, 2004).
A área está inserida em zona de Clima Tropical com temperaturas e
pluviosidade elevadas, influenciados pela localização litorânea e maiores altitude a
oeste da APA, dividindo-se em duas faixas climáticas que se distribuem
paralelamente, Tropical chuvoso de floresta (Af) e Tropical de monção (Am) segundo
a classificação de Köppen.
Quanto às características climatológicas, a área possui temperatura média de
25°C com máxima chegando a 31°C e mínima de 21,5°C. O índice pluviométrico do
litoral no ano mais seco chega a 1.901 mm e no ano mais chuvoso 3.222 mm mensais.
A precipitação média anual é superior a 2.400 mm com período chuvoso
correspondente aos meses de maio a junho e outubro a dezembro, não há mês seco
pronunciado, entretanto o mês de setembro apresenta o índice pluviométrico mais
baixo do ano (SEI, 1999; BAHIA, 1996; AGIRÁS 2009).
Figura 3: Mapa da área da APA do Pratigi, Baixo Sul da Bahia, sendo identificadas as cidades
que ficam no inseridas na região da mesma. (Fonte: htt://www.oct.org.br/wp/onde-trabalhamos)
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3.2- COLETAS
Figura 4: Modelo de armadilha passiva utilizada nos estudos de dispersão e riqueza para as
manchas florestais de área de restinga da APA do Pratigi
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Para cada uma dessas manchas selecionadas foram estabelecidos três pontos
para coleta do tipo passiva, e um quarto ponto destinado à coleta ativa. As
coordenadas geográficas dos pontos amostrados foram anotadas, com auxílio de um
GPS (Tabela 1).
Tabela 1 – Coordenadas geográficas da localização onde foram realizadas as coletas ativas e passivas
dos indivíduos nas manchas, destinados ao estudo de dispersão
A captura para marcação e recaptura das abelhas foi realizada durante o mês
outubro de 2013. Em cada um dos pontos de coleta ativa foi utilizado um conjunto de
três iscas, sendo as fragrâncias utilizadas eucaliptol, β-ionona e cinamato de metila,
essas fragrâncias foram escolhidas por apresentarem maior potencial de captura
dessas abelhas na área estuda (Medeiros, R.L. comunicação pessoal), cada uma das
iscas foi fixada por barbante em um galho que estivesse a uma distância de
aproximadamente 1.5 m do chão.
Para a marcação das abelhas capturadas, foram utilizadas canetas Uni paint
Marker PX-21. Na Mancha 1 as abelhas foram marcadas com canetas de cor Laranja
e Azul, na Mancha 2 com canetas Amarela e Marrom e na mancha 3 com canetas
Verde e Roxa. As abelhas capturas foram devidamente marcadas no tórax e soltas,
sendo anotada a quantidade de capturas para posterior análise. Apenas as abelhas
que foram capturas de forma ativa, passaram pelo processo onde primeiramente eram
marcada e posteriormente soltas, para futura recaptura. Para exercer esse
procedimento, cada mancha contava com uma dupla de coletores, devidamente
treinados e habilitados para exercer o trabalho. Esse procedimento foi realizado a
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4- RESULTADOS
Tabela 2: Indivíduos marcados e recapturados, bem como cores utilizadas para marcação, durante
coleta ativa para verificação da sua dispersão
Marcados Recapturados
Mancha Cor
1º dia 2º dia 1º dia 2º dia
1 Laranja/Azul 4 7 - -
2 Amarelo/Marrom 9 6 - 1
3 Verde/Roxo 6 23 - -
5- DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
6- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AGUIAR W.M & GAGLIANONE M.C. Euglossine bee communities in small forest
fragments of the Atlantic Forest, Rio de Janeiro state, southeastern Brazil
(Hymenoptera, Apidae). Revista Brasileira de Entomologia: online ahead of print ISSN
1806-9665 online | 0085-5626 print. 2012
ALMEIDA, A., BATISTA, J.L., DAMASCENA, L.S., Rocha, W.J.S.F. Análise sobre a
fragmentação dos remanescentes de Mata Atlântica na APA do Pratigi para identificar
as áreas com maiores potenciais para a construção de corredores ecológicos
baseados no método AHP. AGIRÁS Revista AGIR de Ambiente e Sustentabilidades
Ibirapitanga (BA), v. 2, n. 3, Agosto/Novembro de 2010
DODSON, C.H., DRESSLER, R.L., HILLS, H.G., ADAMS, R.M. & WILLIAMS, N.H.
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DRESSLER, R.L. Biology of the orchid bees (Euglossini). Annual Review of Ecology
and Systematics. 13: 373-394. 1982.
INEMA, http://www.inema.ba.gov.br/wp-
content/uploads/2011/09/PM_APA_Pratigi_Encarte-I.pdf, acessado as 19h31min do
dia 10 de novembro de 2013
MOURE, J.S. A checklist of the known euglossine bees (Hymenoptera, Apidae). Atlas
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RAMALHO, M.; ROSA, J.F.; SILVA, M.D.; SILVA, M.; MONTEIRO, D. Spatial
distribution of orchid bees in rainforest/rubber aggro-forest mosaic: habitat use or
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ROUBIK, D.W. & HANSON, P.E. Orchid bees of tropical America: biology and field
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SAUNDERS, D.A., HOBBS, R.J. & MARGULES, C.R. Biological Consequences of
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SOFIA, S.H.; SANTOS, A.M.; SILVA, C.R.M. Euglossine bees (Hymenoptera, Apidae)
in a remnant of Atlantic Forest in Paraná State, Brazil. Iheringia, Sér. Zool. vol.94 no.2
Porto Alegre June 2004