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INTRODUÇÃO À TEOLOGIA

É crescente o número de seminários e faculdades teológicas em nosso país,


sobretudo, depois da legalização da profissão de teólogo, pela Lei 4.293/12. O grande
problema que disso deriva, são os inúmeros conceitos dogmáticos que são expostos como
se fossem “verdades inegociáveis” e que arrogam trazer à luz a verdade de Deus, sendo,
contudo, meras teorias especulativas e subjetivas, sem aplicação na vida prática. Como
resultado, grande parte do cristianismo atual, nega a necessidade ou a importância da
teologia para suas vidas.

Objeções à teologia

É muito comum ouvirmos pessoas dizerem que a igreja necessita de vida e não de
teologia, que a teologia faz esfriar a fé ou ainda que teologia é coisa de homens, não de
Deus. E para fundamentar seus conceitos, via de regra, utilizam textos bíblicos fora de seu
contexto, defendendo pontos de vista contrários às Sagradas Escrituras. Alguns textos
usados pelos opositores da teologia são II Coríntios 3.4-6 e I João 2.27.

Conquanto, tais textos sejam utilizados como argumento antiteológico, uma rápida
análise nos mostrará que não servem para este mister. No primeiro texto, o apóstolo Paulo
procura mostrar aos Coríntios, algo semelhante ao ensinado por Tiago, ou seja, que eles
devem ser mais que meros ouvintes, precisam ser praticantes da Palavra que dá vida.
Neste sentido, Calvino (2008, pág. 91) afirma que “o significado desta passagem é que, se
a Palavra de Deus é pronunciada meramente com a boca, ela é a causa de morte,
porquanto ela é geradora de vida somente quando recebida no coração”. No segundo texto,
João está falando contra os falsos mestres e contra o gnosticismo que ensinava a salvação,
mediante um “conhecimento superior”, adquirido por meio da filosofia e ao qual alguns
estariam aderindo. O sentido de “não tendes necessidade de que alguém vos ensine”, neste
texto, já havia sido explicado por João no verso 21 e diz respeito ao conhecimento da
verdade do Evangelho, na pessoa de Cristo (comp. Gálatas 1.6-9).

Diante do exposto, podemos perceber que, na verdade, fazer teologia ao contrário


do que alguns parecem acreditar, não é pôr as Escrituras numa caixinha fechada, limitando
seu poder de ação e transformação. Teologia é olhar com uma lente de aumento para o
Texto Sagrado. É abraçar a verdade, que é a própria Palavra de Deus (João 17.17). Assim,
rejeitar a teologia, por quaisquer sejam os motivos é, em certo sentido, é rejeitar a Escritura,

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visto que a teologia está a serviço do Reino e não contra ele. E como esclarece o Dr. Alister
McGrath (2008, pág. 32),

A teologia não é — e não foi feita para ser — substituta das Escrituras. Em vez
disso, trata-se de auxílio para aprender sobre elas. Como um par de lentes, põe
foco no texto das Escrituras, permitindo que atentemos para o que talvez passasse
despercebido. A doutrina está sempre subordinada às Escrituras; é sempre sua
serva, nunca mestra.

Importância da Teologia

Como vimos, há hodiernamente muitos que se opõem ao estudo teológico, afirmando


que o que precisamos é de vida, não de teologia. Não obstante, o estudo teológico é de
fundamental importância para o cristão, pois ele o conduz a um conhecimento mais
profundo da revelação de Deus. E quando falamos da revelação de Deus, tratamos daquilo
que Ele revelou acerca de si e suas maravilhosas obras (Romanos 1.18-21). O fato é que
se Deus não houvesse revelado a si mesmo, sobretudo, nas Sagradas Escrituras, ainda
estaríamos nas trevas da ignorância e consequentemente perdidos nos nossos pecados,
sem qualquer possibilidade de salvação. A este conhecimento que adquirimos do ser Divino
e suas obras, mediante o estudo das Sagradas Escrituras, damos o nome de Teologia.

O termo teologia, é procede da junção de duas palavras gregas: θεός (Deus) e


λόγος (palavra, verbo, ciência). Derivado do termo grego λόγος, temos o sufixo λογία.
Outrossim, teologia (θεός + λόγος ou λογία), significa, “estudo de Deus” ou “conversa sobre
Deus” (MCGRATH, 2008, pág. 7). Ou seja, a teologia faz estudos sobre o ser de Deus,
suas obras e suas ações ao longo da história, bem como sua interação com suas criaturas.
Nas palavras do Dr. Heber Carlos de Campos (1999, pág. 12),

A Teologia Cristã não é um amontoado de pensamentos dos teólogos sobre Deus,


mas antes é uma teologia formulada com base na revelação divina, que implica num
Deus que houve por bem dar-se a conhecer aos homens. Portanto, a tarefa do
estudante da teologia é conhecer aquilo que Deus disse de si mesmo na sua
revelação especial, mediante a pesquisa das Santas Escrituras e da revelação da
criação, também conhecida como revelação geral. Todavia, no estudo da teologia,
não se deve eliminar a opinião dos teólogos na História, pois esta é a maneira de
Deus mostrar como conduziu o pensamento dos cristãos durante os séculos. Não
podemos ignorar o que eles pensaram, inclusive para não incorrermos nos mesmos
erros que alguns deles cometeram.

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Perceba que a fonte da teologia é a revelação que Deus fez de si mesmo. Primeiro,
na criação (revelação geral); depois, na Sagrada Escritura (revelação especial). E como
afirmou João Calvino, ao tratar do conhecimento de Deus em sua obra magna, “As
Institutas” (CALVINO 1985, vol.1, pág. 51): “seu conhecimento nos deve valer, em primeiro
lugar, que nos induza ao temor e à reverência; segundo, tendo-o por guia e mestre,
aprendamos a buscar Nele todo o bem e, em recebendo-o, a ele tudo creditar”.

Teologia sem Deus

Embora defendamos que todo cristão precisa e deve estudar teologia para o bem de
sua própria alma e edificação do corpo místico de Cristo (a igreja), não podemos ser levados
pela ingenuidade, acreditando que toda teologia é boa; que tudo o que se diz a respeito de
Deus e de sua Palavra está correto ou ainda que a interpretação da verdade escriturística
depende da óptica daquele que a estuda. A razão disto, é que há, em nossos dias, uma
crescente defesa da tolerância religiosa e da liberdade do pensamento alheio. E o
argumento mormente usado, pelos defensores da tolerância é que “cada religião tem sua
própria verdade” e esta deve ser respeitada. Não obstante, como corretamente observa o
Dr. D. A. Carson (CARSON, 2013, pág. 13),

Aceitar a existência de uma posição diferente ou oposta e seu direito de existir é


uma coisa, mas aceitar a posição em si significa que a pessoa não mais se opõe a
ela. A nova tolerância sugere que aceitar a posição do outro significa crer que essa
posição seja verdadeira ou, pelo menos, tão verdadeira quanto sua própria.
Mudamos de permitir a livre expressão de opiniões contrárias para aceitar todas as
opiniões; saltamos da permissão da articulação de crenças e argumentos dos quais
discordamos para a afirmação de que todas as crenças e todos os argumentos são
igualmente válidos.

Todavia, estes não são os únicos problemas que encontramos. Cada dia mais
pessoas adotam um perfil humanista e antropocêntrico em seus conceitos teológicos e
como resultado, desenvolvem teologias raquíticas e deficientes, pois a força motriz de suas
elucubrações é homem e suas necessidades. Dessa forma, perdem o foco e as Sagradas
Escrituras deixam de ser a fonte geradora da teologia, para ser apenas um mero detalhe
no universo da divagação humana. Exemplo disso, são as malfadadas Teologia liberal,
Teologia da libertação, Teologia feminista, Teologia da missão integral, etc.

Diante disto, é preciso filtrarmos os conceitos teológicos que se nos apresentam, tal
qual fizeram os reformadores do século XVI, cuja teologia perdura até os nossos dias, com

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real firmeza bíblico-doutrinária e cujas ponderações ficaram consubstanciadas no que
denominamos de Teologia Reformada.

Teologia Reformada

Como presbiterianos, somos herdeiros da Reforma Protestante do século XVI e, por


conseguinte, guardiões da Teologia Reformada. Por teologia reformada nos referimos à
verdadeira teologia, encontrada nas Sagradas Escrituras e sistematizada pelos
reformadores do século XVI. Homens que dedicaram suas vidas no labor de transformar a
realidade da igreja cristã e da sociedade, mediante, o retorno às Sagradas Escrituras.
Como resultado, instituíram cinco lemas que definiram sua luta pela verdade: Sola
Scriptura (somente a Escritura); Sola Gratia (somente a graça); Sola Fide (somente a fé);
Solus Christus (somente Cristo) e Soli Deo Gloria (somente a Deus toda a glória).

O Dr. Hermisten Maia (MAIA, 2007, pág. 9), salienta que a teologia reformada “diz
respeito à "teologia oriunda da Reforma (calvinista) em distinção à luterana. O designativo
‘reformada’ é preferível ao ‘calvinista’, ainda que o empreguemos indistintamente,
considerando o fato de que a teologia reformada não provém estritamente de Calvino”. Isto
é importante, dado o fato de que muitos servos de Deus contribuíram para o avanço da
Reforma Protestante. Dentre eles, destacam-se Martinho Lutero, Philip Melanchthon, Ulrico
Zwinglio, Martin Bucer, Guilherme Farel, Teodoro de Beza e John Knox.

Com o passar do tempo, a igreja cristã passou por várias transformações, tanto em
seu sistema doutrinário quanto litúrgico e, ainda em sua forma de governo. Com tantas
mudanças, benéficas, diga-se de passagem, fez-se necessária a elaboração de Credos,
Confissões de Fé e Catecismos, que distinguissem os mais diversos grupos de cristãos
protestantes, além de estabelecerem por meio de tais materiais, conceitos bíblico-
teológicos que ajudassem o povo de Deus no estabelecimento e/ou desenvolvimento de
seus fundamentos doutrinários. A isto deu-se a nomenclatura de Teologia Confessional.

Teologia Confessional

Ao longo da história, os servos de Deus utilizaram uma forma bastante simples de


expressar suas crenças e sua fé. Mediante, declarações e afirmações, eles professavam
conceitos e verdades que eram intrínsecos a si; sendo uma das mais belas confissões
a declaração de Moisés em Deuteronômio 6.4-9. A esta confissão de fé de Moisés
conhecida como ‫( שָׁ מַ ע‬Shemá), eram acrescentados os textos de Deuteronômio 11.13-21 e

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Números 15.37-41, os quais eram repetidos três vezes ao dia, sendo usados na liturgia das
sinagogas. Tais declarações constituíam o credo judeu. Outra confissão de fé de grande
valor está registrada em Mateus 16.16: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

Quando o apóstolo Paulo escreveu aos filipenses, ele externou um padrão


confessional ao declarar: “vivei acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para
que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes
em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica” (Filipenses 1.27).
Por outro lado, Judas ao escrever sua epístola, afirma: “Amados, quando empregava toda
a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado
a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que
uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3-4).

O que fica evidente em ambas as declarações é que haviam preceitos normativos,


estabelecidos, sobretudo pelos apóstolos, acerca de todo o comportamento cristão,
apontando para sua estrutura teológica e/ou doutrinária. Um padrão teológico que deveria
ser vivenciado no dia a dia. Destarte, entendemos que Teologia Confessional é a
elaboração de um conjunto de verdades, fundamentadas nas Sagradas Escrituras e que
auxiliam os crentes a entenderem e defenderem melhor sua fé, em todas as épocas e em
todos os tempos, mediante declarações, credos e confissões, elaborados de forma
sistemática e/ou temática. Assim, no segundo século, foi elaborada uma das mais antigas
e belas declarações já escritas pela Igreja Cristã, a qual expressava de forma ímpar a sua
fé. Não obstante, ela é mais que uma simples declaração, pois traz consigo o cerne da
filosofia e teologia da igreja cristã nascente, a esta declaração credal estabelecida nos
primeiros séculos da igreja cristã damos o nome de Credo Apostólico:

Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus


Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito
Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi
crucificado, morto e sepultado; ressuscitou dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu;
está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os
vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão
dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
Amém (ANGLADA, 1998, pág. 179).

Mais tarde surgiu a necessidade de explicar doutrinariamente, os princípios


apresentados neste Credo. Conceitos como a deidade de Cristo, sua dupla natureza (divina
e humana – união hipostática); e a divindade do Espirito Santo, dentre outros, somente
foram estabelecidos nos séculos IV e V, buscando combater sérias heresias que

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ameaçavam a paz da igreja. Não obstante, grande parte da Teologia Confessional adotada,
sobretudo, pelas igrejas reformadas, foi elaborada entre os séculos XVI e XII, como
esclarece o Dr. Hermisten Maia (2007, pág. 10):

Os séculos IV e V foram para a elaboração dos credos o que os séculos XVI e XVII
foram para a feitura das confissões e dos catecismos. A razão parece evidente: na
Reforma, as igrejas logo sentiram a necessidade de formalizar a fé, apresentando
sua interpretação sobre diversos assuntos que a distinguiam da Igreja Romana.
Com o tempo, surgem outras denominações, que discordavam entre si sobre alguns
pontos, o que gerou a necessidade de estabelecer princípios doutrinários próprios.

Assim, a teologia confessional é de inestimável valor para igreja cristã hodierna, visto
reproduzir sistemática e fielmente os ensinamentos e preceitos estabelecidos nas Sagradas
Escrituras. Logo, como herdeiros da Reforma Protestante do século XVI, subscrevemos os
documentos de cunho doutrinário-teológico, elaborados sob intensa oração e estudo das
Santas Escrituras, os quais nos auxiliam na exposição e defesa da verdade. De forma mais
especifica, subscrevemos os documentos confessionais concebidos na Assembleia de
Westminster (1643 a 1649): Confissão de fé, o Catecismo Maior e o Breve Catecismo; os
quais adotamos como símbolos da nossa fé.

Símbolos de Fé
Desde muito cedo o ser humano usa elementos naturais e/ou artificiais para
comunicar seus sentimentos, vontades e crenças, ou seja, usa símbolos que representam
o que precisa, o que sente e o que crê. Isto porquê, um símbolo aponta para algo que vai
além de seu valor intrínseco, volta os olhos para algo por ele representado. Foi dessa forma
que os cristãos da Igreja Primitiva, no afã de ocultar-se de seus perseguidores, utilizaram
o acróstico grego ΙΧΘΥΣ (peixe). Cada letra apontava para uma palavra grega, formando a
seguinte frase: Jesus Cristo, Deus Filho, Salvador.

Ι (Ἰησοῦς) – Jesus
Χ (Χριστός) – Cristo

θ (θεός) – Deus
Υ (Υἱός) – Filho

Σ (Σωτήρ) – Salvador

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Como afirmamos anteriormente, como herdeiros da Reforma adotamos os
documentos elaborados na Assembleia de Westminster como nossos “Símbolos de fé”, os
quais refletem nossa teologia confessional. Tais símbolos de fé, foram elaborados na
mesma época e são de imenso valor e de inestimável importância para a igreja em todos
os tempos. Entretanto, tal valor não lhes é intrínseco, senão derivado da própria Escritura
Sagrada, a qual representam. Destarte, como bem expressou o Dr. Alderi Souza de Matos,
historiador da IPB:

A Confissão de Fé pode ser considerada um pequeno manual de teologia bíblica.


Seus 33 capítulos abordam os temas mais importantes da teologia cristã, conforme
segue: a doutrina da Escritura Sagrada – cap. 1; a doutrina de Deus (ser e obras) –
caps. 2-5; a doutrina do homem e da redenção – caps. 6-9; a doutrina da aplicação
da salvação – caps. 10-15; a doutrina da vida cristã – caps. 16-19; a doutrina
do cristão na sociedade – caps. 20-24; a doutrina da igreja – caps. 25-31; e a
doutrina das últimas coisas – caps. 32-33. Os principais temas da teologia
reformada são abordados na Confissão de Fé de Westminster: (a) a autoridade
das Escrituras – cap. 1; (b) a soberania de Deus e a eleição – caps. 3, 10; (c) o
conceito do pacto – cap. 7; (d) a integração da doutrina com a vida cristã – cap. 16;
(e) a relação entre lei e evangelho – cap. 19; (f) a importância da igreja e
dos sacramentos – caps. 25-29; (g) o sistema de governo – cap. 31;
(h) o relacionamento entre o reino de Deus e o mundo.1

Teologia Prática

Uma questão importante a ser considerada é como a teologia pode ser aplicada na
vida diária, pois não há sentido em se aprender ou fazer teologia se esta não influenciar de
forma prática a vida daquele que com ela se envolve. Quanto a isto, alguém afirmou com
sabedoria que “vida cristã é teologia posta em prática”.

Visando facilitar seu estudo, bem como sua aplicação na vida prática, estudiosos
subdividiram a teologia em áreas específicas e cada uma delas apresenta verdades que
transpõem os limites das conjecturas humanas, transformando teorias em vivência cristã.
Assim temos Bibliologia, Teontologia, Soteriologia, Hamartiologia, Cristologia, Eclesiologia,
Escatologia, etc.

Um dos assuntos abordados na matéria conhecida como Bibliologia, é a inspiração


e autoridade da Bíblia. O estudo e compreensão deste assunto deve gerar no coração dos

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servos de Deus, confiança e amor pela Sagrada Escritura, visto a mesma não proceder de
homens, mas do próprio Deus.

Na matéria denominada Teontologia, estudamos o próprio ser de Deus, isto é, sua


existência, a possibilidade de o conhecermos, seus atributos, os nomes que lhe são
atribuídos nas Sagradas Escrituras, sua Triunidade, dentre outros. O estudo do ser de
Deus, deve nos levar a agir com amor, temor e tremor em sua presença.

Em Soteriologia, são analisados aspectos como regeneração, fé salvadora e


predestinação. O estudo deste último, certamente nutrirá no coração dos servos de Deus,
um profundo sentimento de gratidão e dependência do Deus que regenera, chama e salva.

Um tema que também merece destaque é a Hamartiologia, visto tratar do maior e


mais devastador de todos os males, o pecado. Ao estudar este assunto, o servo de Deus
deve sentir-se impelido a buscar a graça Divina, reconhecendo sua miséria e seu estado
de total incapacidade de salvar a si mesmo.

Em Cristologia, são examinados aspectos como as duas naturezas de Cristo (divina


e humana) e seu tríplice ofício (profeta, sacerdote e rei). Assuntos que devem gerar no
coração dos filhos de Deus, a certeza de que em Cristo, somos mais que vencedores.

Na matéria conhecida como Eclesiologia, é discutida a autoridade e o poder da


igreja, as marcas da verdadeira igreja, os meios de graça, dentre outros. No estudo desta
matéria, o cristão é desafiado a cuidar e amar mais o organismo que a organização,
sabendo que foi por aquela e não por esta, que Cristo deu a sua vida.

Ao estudar Escatologia, o servo de Deus tem seus olhos abertos para as gloriosas
bênçãos celestiais, as quais Cristo há de dar a todos os que perseverarem até o fim.
Em suma, cada um destes temas e outros que não foram aqui listados, tem seu
impacto não apenas no intelecto, mas também na vida prática de cada eleito. De forma que
ortodoxia sem ortopraxia, não provém de uma boa teologia.

Tudo o que estudarmos em teologia estará associado à nossa concepção de


Deus. O que cremos sobre Deus determinará os nossos padrões de moralidade,
porque a Palavra de Deus é o padrão da moralidade. Tudo o que viermos a
saber sobre Deus determinará todos os outros relacionamentos nos vários
campos da teologia. (CAMPOS, 1999, pág. 13).

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BIBLIOGRAFIA

CALVINO, João. As institutas ou Tratado da Religião Cristã. Volume 1. São


Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1985.

CALVINO, João. II Coríntios. São Paulo: Editora Fiel, 2008.

CAMPOS, Heber Carlos de. O ser de Deus e seus atributos. 2ª Edição. São
Paulo: Cultura Cristã, 2002.

CARSON, D. A. A intolerância da tolerância. 1ª Edição. São Paulo: Cultura


Cristã, 2013.

MAIA, Hermisten. Fundamentos da Teologia Reformada. São Paulo: Mundo


Cristão, 2007.

MATOS, Alderi Souza de. História da Confissão de Fé de Westminster.


Disponível em: https://cpaj.mackenzie.br/historiadaigreja/pagina.php?id=191.
Acesso em: 30 de outubro de 2018.

MCGRATH, Alister. Teologia para amadores. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.

RYRIE, Charles Caldwell. Teologia Básica. São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

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