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Avivamento . . .

“Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor,
no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia”.
Habacuque 3.2.
Os maiores santos têm vivido nos tempos mais corruptos e difíceis. Noé, Jeremias, Daniel,
Ezequiel, João Batista e outros passaram por esta experiência. Mas ao longo da historia os escolhidos são
graciosamente salvos; milagrosamente guardados; poderosamente fortalecidos; divinamente purificados e
gloriosamente vitoriosos. Com Habacuque não foi diferente. Estudiosos situam seu ministério entre os
anos de maior índice de corrupção e violência em Jerusalém. Ele inicia seu livro queixando-se a Deus por
causa da maldade do povo e termina em uma tremenda manifestação de fé, pedindo a Deus que avive sua
obra (seu povo).
O verbo hebraico traduzido por avivar tem o significado primário de "preservar" ou "manter vivo".
Porém, "avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas também purificar, corrigir e livrar
do mal. Esta é uma consequência natural em toda vez que Deus age na história do Seu povo. Na história
de cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus purifica, livra do mal e do pecado, tira a
escória e as coisas que estavam impedindo o progresso da causa.
Encontramos no Novo Testamento grego um conjunto de palavras que expressam o conceito básico
de avivamento. Palavras que comparam o avivamento ao reacender de uma chama que se apaga aos poucos
ou uma planta que lança novos brotos e "floresce novamente".
Muito se tem falado sobre avivamento. Congressos e encontros são realizados em diversas partes
do país e do mundo, muito dinheiro tem sido investido para alertar aos crentes e as igrejas da “imensa”
necessidade de que haja esse tão almejado avivamento. Mas neste ponto há algumas dificuldades, visto
que muitas pessoas estão limitando o avivamento a milagres, curas e exorcismos. Este é um sério perigo.
Toda vez que super-enfatizamos uma verdade em detrimento de outra, nós produzimos deformações e
distorções nesta verdade.
Deus pode fazer maravilhas, curas e prodígios extraordinários quando Ele quiser. Ele é soberano.
Ele faz tudo quanto quer, como quer, onde quer, quando quer e com quem quer. O apóstolo Paulo
escrevendo aos Efésios afirma que: "Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade".
Entretanto, esta não é a ênfase do avivamento. A igreja hoje está correndo mais atrás de sinais do que atrás
de santidade. Empolga-se mais com milagres do que com vida cheia do Espírito. Anseia mais as bênçãos
de Deus do que o Deus das bênçãos. Busca mais uma vida voltada para o homem do que para Deus.
Avivamento não é efervescência carismática. Uma igreja pode ter todos os dons sem ser uma igreja
avivada. Avivamento não é conhecido pelos dons do Espírito, mas pelo fruto do Espírito. A igreja de
Corinto possuía todos os dons, todavia, era uma igreja imatura e bebê espiritualmente. Naquela igreja
profundamente carismática, havia divisões, cismas, brigas, partidos, contendas, imoralidade e irmãos
levando outros irmãos aos tribunais mundanos. Havia falta de compreensão acerca do casamento e da
liberdade cristã. Ali a ceia do Senhor estava sendo incompreendida, os dons estavam sendo usados
erradamente, a ressurreição dos crentes estava sendo negada, e a cooperação financeira com os pobres
negligenciada. É verdade que, em épocas de avivamento, os dons são buscados e exercidos para a glória
de Deus e a edificação da igreja, mas a ênfase carismática não é sinônimo de avivamento.

1. O verdadeiro avivamento caracteriza-se: Pela volta à Palavra de Deus


Estritamente falando, avivamento é algo que acontece unicamente no meio do povo de Deus. O
Espírito Santo renova, reaviva e desperta a igreja sonolenta. É revitalização onde já existe vida, é "o
retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito".
Comentando um pouco mais sobre o sentido de avivamento, diz o Dr. Martin Lloyd-Jones: “O
avivamento é primeiramente uma vivificação, um revigoramento, um despertamento de membros de igreja
que se acham letárgicos, dormentes, quase moribundos”.
O Dr. Héber Carlos, um dos grandes teólogos presbiterianos, diz que: "Um avivamento, que é
produto da obra do Espírito Santo na Igreja, certamente tem sua ênfase naquilo que tem sido esquecido
por muito tempo: a Palavra de Deus. A autoridade da Palavra de Deus passa ser algo extremamente forte
num momento genuíno de avivamento. A Bíblia passa novamente a ser honrada como a única Palavra
inspirada de Deus".
Cometem grande engano aqueles que querem descartar a teologia e desprezar a doutrina bíblica na
busca do avivamento. Desprezar a Palavra de Deus é dinamitar os alicerces da vida cristã. Não há vida
piedosa sem a Palavra. Avivamento sem Bíblia é fogo de palha, é movimento emocionalista. Deus tem
compromisso com a verdade, e a sua Palavra é a verdade e todo avivamento precisa estar fundamentado
nela. O avivamento precisa estar norteado pelas Escrituras e não por sonhos e visões. Precisa estar dentro
das balizas da Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivas.
Uma vez que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, é ela e somente ela que nos pode dar a
direção certa deste assunto. A relação entre a Bíblia e o avivamento é tão íntima que é impossível um
avivamento de verdade sem que a Bíblia faça parte dele.
O profeta Habacuque disse: “Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado”;
onde buscaremos as declarações do Senhor se não em Sua Palavra?

2. O verdadeiro avivamento caracteriza-se: Pelo verdadeiro arrependimento


O verdadeiro e genuíno avivamento requer não apenas uma confissão labial por parte do pecador,
mas demonstrações físicas ou materiais. Os antigos hebreus rasgavam suas vestes e se vestiam de panos
de saco em sinal de reconhecimento da transgressão contra Deus. Gestos como esses estão restritos a uma
cultura local, mas o princípio que trás consigo pode ser demonstrado mediante a adoção de uma vida
piedosa diante de Deus. O Salmo 51.17 nos diz: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito
quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás”. Aquele que confessa seus
pecados e o abandona demonstra o genuíno arrependimento e de Deus alcança misericórdia.
O ensino sobre o arrependimento é um ensino ausente em muitas igrejas em nossos dias. Temos
visto "conversões" que não evidenciam, na prática, o fruto do arrependimento, ou seja, uma transformação,
mudança radical de vida.
Arrependimento vem de uma palavra grega que significa: "Reflexão posterior", ou "mudança de
mente". Todavia o seu sentido bíblico vai além, significando uma mudança de rumo, mudança de direção,
de atitude. Arrepender-se dos pecados é "abandonar conscientemente o pecado e voltar-se para Deus;
lastimar-se por atos cometidos e resolver nunca mais repetir o mesmo erro”.
Como nos dias de Habacuque, há hoje uma dificuldade muito grande em pedir perdão e realmente
arrepender-se do mal cometido. O orgulho, a vergonha e outras coisas mais, nos impedem de
reconhecermos o nosso pecado. Cada dia mais temos a tendência de entendermos como puro e natural o
que Deus considera imundo.
Arrependimento não é remorso. Não adianta nos entristecermos com o pecado e não mudarmos
nosso comportamento. Devemos sempre lembrar que arrependimento é mudança de rumo.
Conta-se que no período denominado por alguns como “avivamento puritano”, depois da famosa
pregação de Jônatas Edwards, “pecadores nas mãos de um Deus irado”, que as pessoas agarravam-se às
colunas do templo, tal era a consciência do pecado e o arrependimento deles; suas vidas jamais foram as
mesmas.

3. O verdadeiro avivamento caracteriza-se: Pelo constante desejo de buscar o pecador


Todos necessitam de Deus. Pessoas vivem angustiadas, carentes, enfermas, aprisionadas pelos
vícios e pelo pecado e sem perspectiva de um futuro melhor; seus corações anseiam por paz. Pessoas que
mesmo tendo tudo o que o mundo pode oferecer estão aflitas e infelizes.
O homem anseia por Deus, por isso, mesmo sem ter consciência desta necessidade o ser humano
busca o relacionamento com o seu Criador. Mas por não conhecer a mensagem da Salvação, nem mesmo
o amor de Deus, o homem busca essa intimidade em falsos deuses. Assim, é nossa responsabilidade
conduzi-los ao único e verdadeiro Deus.
O Senhor nos deu capacidade para realizarmos muito em sua obra e ele espera que o façamos.
Porém, não vai esperar para sempre. Ele tem a eternidade à sua disposição, mas nós não.
Uma vez Jesus contou a seguinte parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua
vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar
fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?
Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha
estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la” (Lc 13.6-9).
Observe que a figueira estava no meio da vinha, que não era seu lugar. Sua simples permanência
ali mostrava a misericórdia daquele proprietário. Apesar disso, a árvore não frutificava. Foi-lhe dado então
mais um prazo de um ano para produzir. O dono da vinha não esperaria eternamente.
Temos a tendência de adiar e de deixar para depois o que tem para ser feito hoje. Dizemos que
“faltam ainda quatro meses para a ceifa”. Entretanto, Jesus diz: “Levantai os vossos olhos e vede os
campos, que já estão brancos para a ceifa.” (Jo 4.35).
Todos temos a consciência do chamado de Deus para servi-Lo, à sua Igreja e ao nosso próximo,
“somos salvos para servir”. O apóstolo Paulo afirma que Deus “nos deu o ministério da reconciliação”...,
que “somos embaixadores de Cristo” e “cooperadores com Ele” (2 Co 5.18-21).
A ordem dada por Jesus é clara: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” Não podemos
ficar inertes à necessidade de salvação daqueles que caminham em trevas.
Quando no capítulo 2, Habacuque se pôs sobre a torre de vigia para ouvir o que Deus tinha para
falar-lhe, a ordem que recebeu foi: “Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem
passa correndo”.
Uma igreja que foi avivada por Deus não pode de forma alguma olhar para as pessoas de forma
indiferente, apática, sem interesse por sua salvação.
Há um ditado que diz: “Quem não vive para servir, não serve para viver”.

Conclusão
Para concluirmos devemos lembrar que não existe avivamento sem vida transformada, sem amor
à Palavra de Deus, sem arrependimento e amor ao pecador perdido.
Como disse o Rev. Hernandes Dias Lopes no XIII Encontro para Consciência Cristã: “Não
devemos começar a leitura do jornal pela página política, também não se deve começar pela parte
econômica e menos ainda pela página policial, pois qualquer destas páginas traria imediatamente angústia
e até depressão. Portanto devemos, segundo ele, sempre começar a leitura pela página do obituário e depois
de lermos tudo veremos que o nosso nome não está lá, de forma que ainda poderíamos realizar nossos
sonhos”.
Uma vez que ainda estamos vivos, podemos realizar muitas coisas e também haverá chance de
sermos avivados por Deus.
Que o Senhor da vida nos restaure fazendo-nos inabaláveis e sempre abundantes em Sua obra,
sabendo que no Senhor nosso trabalho não é vão, como diz o apóstolo Paulo em I Coríntios 15.58.

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