Sie sind auf Seite 1von 6

Yasmin Nascimento – 5º Período – Perda de Sangue

faríngea por tecido conectivo frouxo, de fácil dissecção durante a amigdalectomia. A loja
– amigdaliana é constituída por três músculos: músculo palatoglosso (que forma o pilar anterior),
o palatofaríngeo (que forma o pilar posterior) e o constritor superior da faringe, que forma o
assoalho da loja. A musculatura é extremamente fina e encontra-se externamente ao nervo
 A amígdala lingual anteriormente, as tonsilas palatinas, o tecido linfático peritubário e a glossofaríngeo. Este nervo pode ser facilmente lesado se houver lesão do leito amigdaliano ou
granulação para-faríngea lateralmente e as tonsilas faríngeas (adenóides) póstero-superiormente edema temporário pós-amigdalectomia. Nestes casos o paciente poderá apresentar perda
formam um anel de tecido linfóide conhecido como anel linfático deWaldeyer. Essas estruturas temporária da sensibilidade gustatória do terço posterior da língua e otalgia referida. A inervação
foram assim agrupadas por apresentarem funções e histologia semelhantes. da tonsila palatina é dada por ramos do glossofaríngeo, no pólo inferior, e de ramos descendentes
do nervo palatino. A causa de otalgia após amigdalectomia ou em vigência de amigdalites deve-
 Tonsila Faríngea (adenóide): a tonsila faríngea é uma massa de tecido linfóide localizada na
se ao ramo timpânico do glossofaríngeo.
região póstero-superior da nasofaringe. Seu suprimento sangüíneo provém das artérias faríngea
e palatina ascendente, artéria do canal pterogóide, ramo faríngeo da artéria maxilar interna, e
ramo cervical ascendente do tronco tireocervical. Ramos dos nervos glossofaríngeo e vago  O sistema nervoso sensorial é especializado em detectar e reagir a um estímulo externo e,
fornecem inervação sensitiva, sendo responsáveis por dor referida para a garganta ou ouvido, na medida da evolução da complexidade genética característica de cada espécie, as proteínas
durante episódios infecciosos. A drenagem linfática é feita para linfonodos retrofaríngeos e transdutoras possibilitaram diferenciar o estímulo agressivo do inócuo. Os receptores
cervicais profundos superiores. A tonsila faríngea desenvolve-se totalmente no sétimo mês de nervosos periféricos para a dor foram, então, se desenvolvendo ao longo do tempo, de
gestação e continua a crescer até o quinto ou sexto ano de vida, estimulada por uma variedade de maneira a ampliar e facilitar a condução nervosa após estímulo de alto limiar. Isso com o
estímulos antigênicos (vírus, bactérias, alérgenos e irritantes). Devido à sua localização, objetivo de evitar situações desagradáveis, manter as funções fisiológicas e preservar a vida.
adenóides aumentadas podem causar obstrução nasal e estase de secreção nasossinusal com A dor crônica é um estado de constante facilitação da condução nervosa, quando estímulos
proliferação de microorganismos e maior exposição a antígenos, o que, por sua vez, tende a fazer que outrora inócuos podem ser interpretados como dor (alodínia) ou quando a resposta ao
aumentar ainda mais seu tamanho. Além disso, a nasofaringe funciona como um conduto para a estímulo doloroso não é proporcional à intensidade da agressão (hiperalgesia).
passagem de ar inspirado e secreções que drenam da cavidade nasal para a orofaringe, como  SENSIBILIZAÇÃO PERIFÉRICA: Diversos são os neuromediadores inflamatórios que,
caixa de ressonância para a fala e local de drenagem da tuba auditiva. A presença de uma tonsila quando liberados de macrófagos, mastócitos, células endoteliais ou nervos traumatizados,
faríngea de volume aumentado obstruindo a nasofaringe prejudica todas essas funções. A partir
ativam os nociceptores (fibras nervosas tipos Aδ e C), facilitando a transmissão dolorosa e
dos sete anos de idade, a atrofia da tonsila faríngea e o aumento do diâmetro da nasofaringe
as alterações inflamatórias periféricas e, conseqüentemente, o quadro de hiperalgesia.
melhoram o fluxo de ar local.
Dentre esses, destacam-se a acetilcolina, a bradicinina, o leucotrieno, a substância P, o fator
 Tonsila palatina (amígdala): as tonsilas palatinas são massas de tecido linfóide localizadas de ativação plaquetário, os radicais ácidos, os íons potássio, as prostaglandinas, as
lateralmente na orofaringe, e representam o maior acúmulo de tecido linfóide do anel de tromboxanas, as interleucinas e fator de crescimento nervoso (NGF);
Waldeyer. Normalmente estão confinadas à orofaringe. Se excessivamente grandes, podem o A bradicinina, a prostaglandina E2, o fator de crescimento nervoso (NGF) e as
alcançar a nasofaringe, gerando insuficiência velofaríngea e obstrução nasal. O mais comum, no
interleucinas pró-inflamatórias, contudo, parecem exercer papel fundamental na
entanto, é sua extensão à hipofaringe, gerando obstrução alta de vias aéreas e apnéia obstrutiva
nocicepção periférica. A prostaglandina e a bradicinina causam alterações em
do sono (AOS). Sua localização anatômica faz com que as tonsilas palatinas estejam pouco
receptores vanilóides específicos (TRPV1) acoplados a canais iônicos ligante-
associadas a doenças da tuba auditiva e dos seios paranasais. Porém, é freqüente a coexistência
dependente via ativação do adenosinamonofosfato cíclico (AMPc), e das protei-
de amígdalas e adenóides aumentadas, o que confunde os sintomas das duas entidades. A cápsula
nocinases A (PKA) e C (PKC), reduzindo o tempo pós-hiperpolarização da
da tonsila palatina é uma porção especializada da fáscia faringobasilar que recobre a superfície
membrana neural, causando, então, redução do limiar para disparo da fibra
da tonsila e se estende dentro da mesma formando septações que conduzem nervos e vasos. A nervosa;
tonsila não é facilmente separada de sua cápsula, que encontra-se separada da musculatura
Yasmin Nascimento – 5º Período – Perda de Sangue

o As neurotrofinas aumentam a síntese, o transporte axonal anterógrado e potenciação de longo termo) ou dependente da transcrição gênica (fase tardia da
quantidade de substância P (SP) e do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina potenciação de longo termo e facilitação de longo termo);
(CGRP) nas fibras C tipo I e reduzem a atividade do ácido gama-aminobutírico o Os receptores para os aminoácidos excitatórios são os ionotrópicos
(GABA), tanto nas terminações nervosas periféricas quanto nas centrais. Ao lado (Aminohidroximetilisoxasolepropiônico - AMPA; cainato; N-metil-D-aspartato,
disso, provocam mudanças nos receptores vanilóides (VR1) de fibras Aδ NMDA) e os metabotrópicos (Mrglu); para os peptídeos, as neurocininas (NK-1)
acoplados a canais iônicos ligante-dependente e acionam as proteinocinases e para as neurotrofinas, as tirosinases (trkA, trkB). Após a intera-ção dessas
ativadas por mitógenos (MAPK) que podem fosforilar o AMPc e iniciar a substâncias nesses receptores específicos, ocorre a ativação de segundos
transcrição gênica, responsável por alterações fenotípicas que contribuirão para mensageiros (cAMP, PKA, PKC, fosfatidilinositol, fosfolipase C, fosfolipase A2)
amplificação da eficácia sináptica. que promo-vem a abertura de canais de cálcio e, conseqüentemente, a produção
o Os neuromediadores periféricos facilitam a desporalização da membrana de prostaglandinas e óxido nítrico, que saem do intracelular em direção à fenda
neuronal por tempo prolongado, exacerbando a hiperalgesia ou a alodínia. Isso sináptica, causando mais liberação de glutamato, aspartato, substância P e CGRP;
pode ser evidenciado pelo aumento da condutividade de canais de sódio ou cálcio o O wind up é o resultado da somatória de potenciais pós-sinápticos lentos após
ou pela redução do influxo de potássio ou cloro para o intracelular. estimulação aferente de baixa freqüência (< 5Hz) repetida e por tempo
 Os canais de sódio estão envolvidos na gênese da hiperexcitabilidade prolongado. Isso estimula a liberação de neurotransmissores excitatórios
neuronal e podem ser classificados em dois grandes grupos: os (aspartato e glutamato) no corno dorsal da medula espinhal e produz a
desporalização relacionada à remoção do bloqueio voltagem-dependente
sensíveis à tetrodoxina (TTXs), que estão presentes nas fibras Aδ, em
exercido pelo magnésio nos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA).
todo sistema nervoso e no gânglio da raiz dorsal, e os resistente à
tetrodoxina (TTXr), que são encontrados especialmente nas fibras C do o Os mecanismos que contribuem para o aumento da eficácia da transmissão
gânglio da raiz dorsal; Apesar de a lesão periférica da fibra nervosa tipo sináptica seriam, então, decorrentes da fosforilação dos receptores de membrana
C provocar redução no corno dorsal da medula espinhal de substância e das alterações do tempo de abertura dos canais iônicos, ou da formação e
P, de fatores neurotróficos derivados do cérebro (BDNF), de receptores transporte de substâncias excitatórias do interior da célula para a fenda sináptica.
vanilóides e purinérgicos (VR1 e P2X3) e de canais de cálcio Tipo N No corno dorsal da medula espinhal as proteinocinases ativadas por mitógenos
de alta voltagem, há regulação para cima de canais TTXs tipo III e (MAPK) modulam a fosforilação dos receptores NMDA e AMPA, amplificando
existe a translocação do corpo celular para o neuroma de canais de a resposta nociceptiva;
sódio (TTXr), facilitando o aumento da excitabilidade nervosa. O o O estímulo nociceptivo aciona a mesma cascata de receptores e segundo
oposto acontece caso a fibra nervosa esteja intacta (inflamação), ou mensageiros descritos para a sensibilização sináptica clássica, contudo, também
seja, existe um aumento de neuro-mediadores excitatórios no corno provoca a expressão de genes de formação imediata c-fos (B, C, D jun), de
dorsal da medula espinhal e uma maior expressão de canais de sódio enzimas COX-2 e de genes de resposta lenta que codificam a pró-dinorfina, o
(TTXr), fato que facilita a hiperexcitabilidade neuronal e dificulta a receptor NK-1 e a tirosinase-b (trb) no corno dorsal da medula espinhal. Há, além
resposta ao tratamento com anestésicos locais. disso, regulação “para cima” das vias para síntese de citocinas, quimiocinas e
moléculas de adesão. Dessa forma, ocorre mudança fenotípica no gânglio da raiz
 SNC: As lesões que se iniciam no SNP modificam a anatomia e a fisiologia do SNC com
dorsal. Todos esses genes possuem locais para o elemento resposta do AMPc
hiperatividade celular que é predominante nas lâminas I, II e V do corno dorsal da medula
(CRE) na região dos promotores, e a via ERK-CREB e media a ativação do CRE;
espinhal, no tálamo e no córtex cerebral. Isso pode se manter por um longo período ou
o Outro fator transcricional que pode ser ativado durante o estímulo nociceptivo é
indefinidamente, justificando o caráter crônico da dor. A sensibilização do corno dorsal da
medula espinhal pode ser independente (wind up, sensibilização sináptica clássica e o NF-κB. O NF-κB é também ativado por mais de 150 estímulos e resulta na
indução de inúmeros genes que influenciam na sobrevivência e na manutenção
Yasmin Nascimento – 5º Período – Perda de Sangue

da integridade da função celular. Genes regulados pela NF-κB incluem os: intracelular e removerem o glutamato liberado após um estímulo, resultando em
ciclooxigenases tipo 2 (COX-2), óxido nítrico sintetase (iNOS), prostaglandina- maior vulnerabilidade neuronal. A SP atua como um neurotransmissor,
sintetase-2, interleucina 6, interleucina 1-β, dinorfina e moléculas de adesão neuromodulador ou fator trófico por meio da ligação aos receptores neurocinina-
vascular e intercelular; 1. O peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) é um potente
 Outra fonte: A dor e o sistema imunológico influenciam-se mutuamente, o que torna difícil vasodilatador e também está envolvido na indução da dor. A IL-1β estimula a
determinar se o bloqueio da nocicepção contribui para a redução da produção de citocinas liberação de SP e CGRP, enquanto a IL-6 favorece a síntese de SP em neurônios
pró-inflamatórias, ou vice-versa, com a redução da formação de citocinas pró-inflamatórias sensitivos. O FNT induz a produção de SP em gânglios simpáticos. A IL-1β
resultando em dor menos intensa; também ativa os receptores B1 de bradicinina, gerando hiperalgesia térmica. O
o Entretanto, evidências atuais sugerem que a função da resposta inflamatória na FNT e a IL-1β ativam os receptores B2, causando hiperalgesia inflamatória. A
geração de dor não é limitada apenas a efeitos produzidos pela migração de própria bradicinina pode induzir a secreção de FNT e IL-1β a partir de
leucócitos. Desse modo, acredita-se que as citocinas pró-inflamatórias que macrófagos, formando um ciclo vicioso de nocicepção. É importante notar que a
participam do processo nóxico podem ter origem em células imunológicas, IL-1β isolada é incapaz de estimular os neurônios do GRD, porém, com IL-6 e
neuronais e gliais (micróglia e astrócitos), tanto no sistema nervoso periférico FNTα, produz aumento rápido da sensibilidade de TRPV1 e da liberação de
quanto no central, e que essas moléculas podem desencadear efeitos em curto e
CGRP, o que leva à sensibilização térmica. O FNT, a IL-1β e a IL-6 são potentes
longo prazo, com eventual hiperexcitabilidade crônica e alterações na expressão
indutores da ciclo-oxigenase-2 e, em consequência, da PGE2, tanto no local da
fenotípica dos nociceptores, processamento anormal dos sinais nóxicos e
lesão quanto na medula espinal, aumentando a sensibilidade dos neurônios a
exacerbação dos processos de dor. Esses efeitos são causados diretamente pelas
estímulos dolorosos químicos, térmicos e mecânicos. Além disso, muitas ações
citocinas ou por mediadores formados sob seu controle;
de FNTα e IL-1β são realizadas pelo NGF, através da ligação aos receptores de
o As primeiras citocinas formadas após lesão tecidual ou infecção são IL-1β e
tirosinocinase-A (trkA). Nos tecidos inflamados, o NGF promove proliferação,
FNTα, as quais atuam diretamente sobre receptores específicos dos neurônios degranulação e liberação de mediadores inflamatórios dos macrófagos, inclusive
sensitivos e levam à síntese “em cascata” de outros efetores, como outras o próprio NGF, gerando um ciclo de autoativação. No sistema nervoso, o NGF
citocinas, quimiocinas, prostanoides, neurotrofinas, óxido nítrico, cininas, atua tanto periférica quanto centralmente, por meio de alteração genética e
lipídeos, trifosfato de adenosina (ATP) e membros da via do complemento. Esses regulação pós- translacional de receptores e canais iônicos (como TRPV1, PKA,
elementos, por sua vez, causam proliferação e hipertrofia de células gliais no PKC, MAPK e canais de sódio resistentes à tetrodo-toxina), induzindo
sistema nervoso central, com a liberação de citocinas pró-inflamatórias hiperalgesia térmica e mecânica;
relevantes, como FNTα, IL-1β e IL-6, formando uma rede complexa de ativação o As quimiocinas são proteínas pequenas, secretadas por células sanguíneas
interdependente. O FNTα reduz o limiar para a ativação de fibras nervosas periféricas, neurônios ou células gliais, exercendo a maior parte das funções
periféricas do tipo C relativas a estímulos mecânicos, através de extravasamento através da ativação de receptores acoplados à proteína-G (CCR1, CCR2, CCR5,
de plasma, gerando alodínia mecânica. Ele aumenta as correntes iônicas nos CXCR3, CXCR4 e CX3CR1). São responsáveis primariamente pela migração de
canais de sódio resis-tentes à tetrodotoxina nos neurônios do gânglio da raiz leucócitos ao local da lesão tecidual ou infecção, mas também participam da
dorsal (GRD) através da ativação de receptores FNTR1 e da proteinoquinase transmissão sináptica e da formação de sistemas de segundo mensageiro em
ativada por mitógeno p38 (p38 MAPK). Este, em geral, é encontrado junto aos neurônios e células da glia, favorecendo o processo nóxico. Com base na presença
canais de sódio Nav1.8 no GRD, e sua fosforilação direta provoca aumento na e na posição dos primeiros resíduos de cisteína, faz-se uma classificação em
densidade de corrente, o que contribui para dor inflamatória e neuropática. O FNT quatro grupos: quimio-cinas CC (RANTES, MCP-1/CCL2, MIP-1α e MIP-1β),
também atua na condutância dos canais de potássio por meio da ativação da PKC, que possuem duas cisteínas adjacentes; quimiocinas CXC (IL-8, SDF1), com um
o que afeta a capacidade de as células gliais permitirem a saída de potássio
Yasmin Nascimento – 5º Período – Perda de Sangue

aminoácido entre os dois resíduos de cisteína; quimiocinas C (linfotactina); e infeccioso (através da qual, paradoxalmente, tornam-se focos de infecção). Não há certeza em
quimiocinas CX3C (fractalquina), com três aminoácidos entre duas cisteínas. As relação ao que determina o início da infecção crônica. Infecção viral com infecção bacteriana
quimiocinas CXC, tais como SDF-1, agem através de receptores CXCR4 em associada pode ser um dos mecanismos de desencadeamento da infecção crônica, mas os efeitos
neurônios e/ou astrócitos, influenciando a liberação de glutamato, e afetam a do ambiente, fatores próprios do indivíduo, dieta, entre outros, podem também estar envolvidos.
excitabilidade e a apoptose neuronal. A IL-8 provoca a expressão de GABA em Estudos recentes demonstram que inflamação e perda da integridade do epitélio da cripta resulta
sinapses centrais. A MCP-1/CCL2 modifica negativamente as correntes em criptite crônica e obstrução das criptas, levando a estase de resíduos e persistência de
induzidas por GABA e/ou facilita eventos excitotóxicos no sistema nervoso antígenos. A partir daí, mesmo bactérias infrequentes nas criptas poderiam se multiplicar e causar
central de ratos. A MCP-1/CCL2 está distribuída principalmente nos neurônios infecção crônica.
do gânglio da raiz dorsal e do corno dorsal da medula espinal. Tem alta afinidade  CLASSIFICAÇÃO:
pelos receptores CCR2 e é um potente quimiotático e ativador de monócitos, o Tonsilas faríngeas:
células-T, células matadoras naturais e eosinófilos.  1. Adenoidite aguda: quadro muito difícil de diferenciar de IVAS
o Na medula espinal, o FNT e a IL-1β provocam aumento da atividade dos generalizada, ou mesmo de rinossinusite bacteriana. Apresenta-se com
receptores AMPA ou NMDA, enquanto a IL-1β e a IL-6 inibem as correntes febre, rinorréia, obstrução nasal e roncos, que desaparecem com o término
iônicas induzidas por GABA e glicina nos nociceptores da lâmina-II de Rexed, o do processo.
que demonstra, claramente, que essas citocinas pró-inflamatórias favorecem o  2. Adenoidite aguda recorrente: 4 ou mais episódios de adenoidite aguda em
aumento da excitabilidade dos neurônios. O FNT também reduz a expressão do 6 meses. Pode ser muito difícil de diferenciar de sinusite aguda recorrente.
gene transportador de glutamato e a recaptação de glutamato por outros  3. Adenoidite crônica: rinorréia constante, halitose, secreção em orofaringe
transportadores gliais, o que estimula o processamento nóxico espinal. Nos e congestão crônica podem significar adenoidite crônica, que é difícil
neurônios do hipocampo, o FNT promove maior expressão da subunidade GluR1 diferenciar de sinusite crônica. A associação com OMS sugere mais
de receptores AMPA na superfície celular. Esse fato é acompanhado por uma adenoidite. OBS: RGE pode ser causa de adenoidite crônica.
redução da subunidade GluR2, que, supostamente, é o resultado do aparecimento  4. Hiperplasia adenoidiana: obstrução nasal crônica (com roncos e
rápido de canais AMPA/KA permeáveis ao cálcio e da menor concentração de respiração bucal), rinorréia e voz hiponasal.
receptores AMPA impermeáveis ao cálcio na membrana neuronal. O aumento na
o Tonsilas palatinas:
expressão de receptores AMPA é mediado por FNTR1 e demanda a ação da
 1. Amigdalite aguda: febre, dor de garganta, disfagia, adenomegalia cervical
inositol trifosfato quinase. Essas mudanças provocadas na densidade dos
com hiperemia de amígdalas, podendo haver exsudatos.
receptores AMPA induzidas pelo FNT glial podem ser responsáveis pelo
rearranjo das sinapses neuronais.  2. Amigdalite aguda recorrente: 7 episódios em 1 ano, 5 episódios por ano
em 2 anos consecutivos ou 3 episódios por ano em 3 anos consecutivos.
 3. Amigdalite crônica: dor de garganta crônica, halitose, cálculos
amigdalianos excessivos, edema periamigdaliano e adenopatia cervical
 As faringotonsilites são doenças inflamatórias e infecciosas envolvendo faringe, tonsilas amolecida persistente.
palatinas (amígdalas) e tonsilas faríngeas (adenóides). Constituem um dos distúrbios mais  4. Hiperplasia amigdaliana: roncos, apnéia obstrutiva do sono, disfagia, voz
freqüentes nos consultórios otorrinolaringológicos, e, mesmo entre os especialistas, há hipernasal. Em casos extremos, se associada com obstrução nasal e muito
controvérsias em alguns casos. intensa (quadro agudo), pode causar insuficiência respiratória aguda.
 PATOGÊNESE: a patogênese da doença inflamatória/infecciosa das tonsilas palatina e faríngea  ANGINAS ERITEMATOSAS: As anginas eritematosas são as mais comuns e correspondem
provavelmente envolve sua localização anatômica e função de processamento de material a 90% dos casos. Podem ser de origem viral ou bacteriana. Caracterizam-se por uma mucosa
orofaríngea de coloração arroxeada, com amígdalas edemaciadas e freqüentemente aumentadas
Yasmin Nascimento – 5º Período – Perda de Sangue

de volume. As faringoamigdalites eritêmato-pultáceas apresentam, além do arroxeamento maiores de 50 anos. A principal sintomatologia da faringoamigdalite aguda
inflamatório das estruturas da orofaringe, exsudato esbranquiçado sobre as amígdalas. Este é dor faríngea, odinofagia e otalgia reflexa. A febre é de intensidade variável
revestimento pultáceo forma manchas puntiformes ou confluentes que se desprendem facilmente e pode ser acompanhada de queda do estado geral. Náuseas e vômitos são
da mucosa com o abaixador de língua. sinais de alerta principalmente em crianças. Os sintomas que sugerem
o Origem viral: As anginas de origem viral correspondem a 75% das faringoamigdalites origem estreptocócica são: início brusco, febre alta, dor de garganta intensa,
agudas, mesmo em casos recorrentes. Os agentes virais são preponderantes nos dois adenopatia limitada em cadeia jugulo-digástrica e ausência de
ou três primeiros anos de vida e menos freqüentes após a puberdade. Os agentes sintomatologia nasal ou laringo-traqueal. O exame físico revela hiperemia,
etiológicos mais comuns são: rinovírus (20%), coronavírus (5%), adenovírus (5%), aumento de tonsilas e exsudato purulento, além de adenomegalia em cadeia
herpes simples (4%), influenza (2%)e parainfluenza (2%), entre outros (coxsakie, jugulo-digástrica, observada em 60% dos casos. O diagnóstico da
citomegalovírus, Epstein-Barr vírus, HIV). O paciente com faringoamigdalite viral faringoamigdalite aguda estreptocócica é basicamente clínico. Entretanto, as
apresenta sintomas de leve intensidade. Os principais são dor de garganta e disfagia. manifestações da faringite estreptocócica e não-estreptocócica são
A maioria dos pacientes irá apresentar mialgia e febre baixa, associadas a coriza hialina semelhantes, o que dificulta o diagnóstico específico. Existem alguns
e espirros. O exame físico mostra eritema da mucosa faríngea. As tonsilas podem estar métodos diagnósticos específicos para detecção e confirmação da
aumentadas, mas freqüentemente não há exsudato. Características que sugerem faringoamigdalite estreptocócica. Destes, o padrão-ouro é a confirmação
etiologia viral são: febre moderada, tosse, coriza e obstrução nasal, ausência de com cultura de orofaringe. Um dos grandes problemas da cultura é o tempo
adenopatia ou adenopatia difusa. O tratamento é sintomático (analgesia e que decorre até o resultado do exame, que pode ser de 18 a 48 horas. Torna-
antiinflamatórios); se difícil para o médico convencer os pais ou o paciente a aguardar o
o Origem bacteriana: correspondem de 20 a 40% dos casos, tem como principais resultado para a introdução do antibiótico, principalmente quando o mesmo
agentes etiológicos: O Streptococcus pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo se encontra febril e com queda do estado geral. Se tratada prontamente, há
A) é responsável por cerca de 20 a 30% das faringotonsilites agudas em crianças em diminuição do período de transmissão e diminuição dos sintomas e da
idade escolar e adolescentes. Mycoplasma pneumoniae pode também ser causa de incidência de complicações supurativas; porém adiar o tratamento até 9 dias
faringite na população entre 9 e 19 anos, embora alguns autores discutam o significado após o início da faringite parece não aumentar o risco de febre reumática.
do Mycoplasma pneumoniae e da Chlamydia pneumoniae como causa de faringite. As complicações da faringoamigdalite estreptocócica podem ser supurativas
Outras bactérias como Staphylococcus aureus, Haemophilus sp, Moraxella catarrhalis, ou não supurativas.
são, por vezes, responsáveis por recaídas de infecções estreptocócicas e atuariam  Não supurativas: Escarlatina - decorre da produção de
produzindo beta-lactamase, enzimas inativadoras de penicilinas, o que pode dificultar endotoxinas. Manifestações incluem rash cutâneo finamente
a erradicação dos estreptococos piogênicos durante a terapêutica com beta-lactâmicos. papular e eritematoso, que confere à pele um aspecto áspero,
Estes agentes são atualmente excluídos como patógenos primários de infecções linfadenopatia, vômitos, cefaléia, febre, eritema de amígdalas e
faríngeas, mas especula-se sobre a possibilidade de estarem associados a infecções orofaringe. O sinal de Filatov consiste em palidez perioral,
persistentes ou recorrentes das tonsilas. enquanto o Sinal de Pastia denota o surgimento, em linhas de
 Faringoamigdalite estreptocócica: A faringite aguda causada pelo flexão, de petéquias e hiperpigmentação, ambos sendo
estreptococo do grupo A é a causa mais comum das faringites bacterianas. característicos dessa doença. O diagnóstico é clínico, mas o ideal
A importância em Saúde Pública decorre não apenas da sua alta freqüência é que a suspeita seja confirmada por teste laboratorial. O
mas também das seqüelas que traz: febre reumática e glomerulonefrite tratamento consiste na introdução de penicilina G endovenosa.
difusa aguda pós-estreptocócica. As anginas estreptocócicas usualmente Febre reumática (FR): doença endêmica nos países em
ocorrem após os 3 anos de idade, com pico de incidência entre 5 a 10 anos desenvolvimento. O pico de incidência ocorre entre 5 e 15 anos e
de idade, mas podem ocorrer em crianças menores de 3 anos e em adultos os sinais e sintomas manifestam-se 2-3 semanas após episódio de
Yasmin Nascimento – 5º Período – Perda de Sangue

faringite estreptocócica. Os critérios de Jones modificados podem


ser utilizados como guia para o diagnóstico de FR, analisando-se
criticamente cada caso. Sendo assim, pode ser diagnosticada FR
quando existem 2 critérios maiores ou 1 critério maior e 2
menores, associados a evidência de infecção estreptocóccica.
 Supurativas: abscesso periamigdaliano, abscesso parafaríngeo,
infecções do espaço retrofaríngeo.
 Tratamento: Antibioticoterapia realizada nas primeiras 48 horas dos
sintomas está associada a melhora precoce dos sintomas como dor, febre e
adenopatia, de 12 a 24 horas antes se comparado ao não uso de antibióticos.
Além disso, uso de antibióticos minimiza a incidência das complicações
supurativas. Antibioticoterapia deve ser utilizada de 7 a 10 dias. Alguns
autores advogam que uso de antibioticoterapia por 10 dias está associado a
menor taxa de recorrência. Medidas de suporte incluem hidratação oral,
analgésicos, anti-térmicos e o uso de antiinflamatórios não-hormonais e
corticóides.

Das könnte Ihnen auch gefallen