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Mecânico
Leitura e interpretação de Desenho Mecânico
© SENAI-SP, 2010
Material didático organizado pelo núcleo de Meios Educacionais da Gerência de Educação em parceria
com Escolas SENAI-SP a partir de conteúdos extraídos da intranet para Qualificação em cursos de
Formação Inicial Continuada nas áreas de Manutenção Mecânica e Metalmecânica.
Equipe responsável
Antonio Varlese
Escola SENAI "Humberto Reis Costa"
Rinaldo Afanasiev
Escola SENAI "Hermenegildo Campos de Almeida"
Celso De Hypólito
Escola SENAI "Roberto Mange"
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
Sumário
9 Introdução
11 Desenho artístico e desenho técnico
15 Material de desenho técnico
15 • O papel
18 • O lápis
18 • A borracha
19 • A régua
20 • Instrumentos de desenho
23 • Traçado de linhas com instrumentos
25 • Projeções traçadas com instrumentos
26 • Linhas curvas traçadas com compasso
26 • Perspectiva isométrica traçada com instrumentos
28 • Exercícios
33 Caligrafia técnica
35 • Exercícios
37 Figuras geométricas
38 • Ponto
39 • Linha
40 • Plano ou superfície plana
41 • Figuras planas
42 • Exercícios
45 Sólidos geométricos
56 • Exercícios
59 Perspectiva isométrica
61 • Traçados da perspectiva isométrica do prisma
64 • Traçado de perspectiva isométrica com detalhes paralelos
65 • Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos
66 • Traçado da perspectiva isométrica com elementos arredondados
66 • Traçado da perspectiva isométrica do círculo
68 • Traçado da perspectiva isométrica do cilindro
A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio de desenho técnico é tão
importante quanto à execução de uma tarefa, pois é o desenho que fornece todas as
informações precisas e necessárias para a construção de uma peça.
9
SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
10
Avaliado pelo Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008
O homem se comunica por vários meios. Os mais importantes são a fala, a escrita e o
desenho.
Por meio de desenho artístico é possível conhecer e mesmo reconstituir a história dos
povos antigos.
11
Atualmente existem muitas formas de representar tecnicamente um objeto. Essas
formas foram criadas com o correr do tempo, à medida que o homem desenvolvia seu
modo de vida. Uma dessas formas é a perspectiva.
12
Você deve ter notado que essas representações foram feitas de acordo com a posição
de quem desenhou.
O desenho técnico é assim chamado por ser um tipo de representação usado por
profissionais de uma mesma área: mecânica, marcenaria, serralharia, etc.
13
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008
Elaboradores: Antonio Ferro Daniel Camusso
José Romeu Raphael Luiz Carlos Gonçalves Tinoco
Paulo Binhoto Filho Marcilio Manzam
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Vladimir Pinheiro de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I - Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
O papel
15
O formato básico A0 tem área de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189mm.
Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o dobramento para que
o formato final seja A4.
16
Dobramento
Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A
parte a é dobrada ao meio.
Legenda
Todo desenho deve ser complementado com uma legenda que, de modo geral, deve
estar situada no canto inferior direito das folhas de desenho. Na legenda, devem estar
incluídas todas as indicações do desenho como:
a. Nome da empresa, departamento ou órgão público;
b. Título do desenho;
c. Escala do desenho;
d. Datas;
e. Assinaturas dos responsáveis pela execução, aprovação e verificação;
f. Número do desenho;
g. Número da peça, quantidades, denominações, materiais e dimensões.
17
A direção da leitura da legenda deve corresponder à direção de leitura do desenho. A
legenda deve ter 178mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e 175mm nos
formatos A1 e A0.
O Lápis
A borracha
A borracha é um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia,
flexível e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.
18
A maneira correta de apagar é fixar o papel com uma mão e com a outra esfregar a
borracha nos dois sentidos sobre o que se quer apagar.
A régua
19
Instrumentos de desenho
Régua-tê
A régua-tê é um instrumento usado para traçar linhas retas horizontais.
20
Esquadro
O esquadro é um instrumento que tem a forma do triângulo retângulo e é usado para
traçar linhas retas verticais e inclinadas. Os esquadros podem ser de 45° e de 60°.
21
Compasso
O compasso é um instrumento usado para traçar circunferências e arcos de
circunferência, tomar e transportar medidas.
22
Traçado de linhas com instrumentos
23
Linhas inclinadas traçadas com a régua-tê e dois esquadros:
24
Projeções traçadas com instrumentos
25
Linhas curvas traçadas com compasso
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SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
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Exercícios
A2 420 x 594 7
a) → A3 297 x 420
b) → A4 210 x 297
28
Traçado com instrumentos – Régua-tê e esquadros – A.
29
Traçado com instrumentos – Régua-tê e esquadros – B.
30
Traçado com instrumentos - Compasso
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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo. 1991.
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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Caligrafia técnica
Caligrafia técnica são caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve
ser legível, uniforme e facilmente desenhável.
Exemplo de algarismos
33
Proporções
34
Exercícios
Escreva os algarismos.
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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I - Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
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Avaliado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Figuras geométricas
37
As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais (sólidos geométricos). Uma das
maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. O
desenho técnico permite representar peças de oficina, conjuntos de peças, projetos de
máquinas, etc.
Ponto
O ponto é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto
observando:
• Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel;
• Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel.
38
Linha
A linha pode ser curva ou reta. Nesta unidade vamos estudar as linha retas.
Linhas retas
A linha reta ou simplesmente a reta não tem início nem fim: ela é ilimitada.
Semirreta
A semirreta sempre tem origem mas não tem fim. Observe a figura abaixo. O ponto A é
o ponto de origem das semirretas.
Segmento de reta
Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes, A e B, obtém-se um
pedaço limitado da reta.
39
De acordo com sua posição no espaço, a reta pode ser:
Assim como o ponto e a reta, o plano não tem definição, mas é possível ter uma idéia
do plano observado: o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala.
40
Figuras planas
O plano não tem início nem fim: ele é ilimitado. Mas é possível tomar porções limitadas
do plano. Essas porções recebem o nome de figuras planas.
As figuras planas têm várias formas. O nome das figuras planas varia de acordo com
sua forma:
41
Exercícios
Coluna A Coluna B
1. a) ( ) Losango
2. b) ( ) Linha curva
3. c) ( ) Paralelogramo
4. d) ( ) Trapézio
e) ( ) Segmento de reta
5.
f) ( ) Quadrado
6.
g) ( ) Prisma
7.
h) ( ) Círculo
8. i) ( ) Hexágono
9. j) ( ) Linha reta
10. m) ( ) Ponto
11. n) ( ) Retângulo
12. o) ( ) Semirreta
42
2. Escreva embaixo de cada ilustração da reta a posição na qual ela está
representada.
a) ( ) lados b) ( ) extremidades
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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo. 1991.
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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Sólidos geométricos
Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano.
Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um
sólido geométrico.
Analisando a ilustração abaixo, você entenderá bem a diferença entre uma figura plana
e um sólido geométrico.
45
É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque,
por mais complicada que seja, a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o
resultado da combinação de sólidos geométricos ou de suas partes.
Prismas
O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode imaginá-lo como
uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros, são formados por figuras
planas que se sobrepõem umas às outras, como mostra a ilustração:
46
As principais características do sólido geométrico são as três dimensões: comprimento,
largura e altura.
Existem vários tipos de sólidos geométricos. Porém vamos estudar apenas os mais
importantes: o prisma, o cubo, a pirâmide e o sólido de revolução.
Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele recebe o
nome de prisma retangular.
Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denominação
específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, é chamado prisma
triangular.
Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras geométricas
iguais, temos um sólido geométrico regular.
O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome
de cubo.
47
Prisma hexagonal Prisma quadrangular (cubo )
O prisma é formado pelos seguintes elementos: base, faces, arestas e vértices. Como
mostra a figura abaixo.
Pirâmides
A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos.
48
É importante que você conheça também os elementos da pirâmide:
O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na figura acima, temos
uma pirâmide quadrangular, pois sua base é um quadrado. O número de faces da
pirâmide é sempre igual ao número de lados do polígono que forma sua base mais um.
Cada lado do polígono da base é também uma aresta da pirâmide. O número de
arestas é sempre igual ao número de lados do polígono da base vezes dois. O número
de vértices é igual ao número de lados do polígono da base mais um. Os vértices são
formados pelo encontro de três ou mais arestas. O vértice principal é o ponto de
encontro das arestas laterais.
Existem diferentes tipos de pirâmides. Cada tipo recebe o nome da figura plana que
lhe deu origem.
49
Pirâmide pentagonal Pirâmide hexagonal
Sólido de revolução
O sólido de revolução é outro tipo de sólido geométrico. Ele se forma pela rotação da
figura plana em torno de seu eixo.
50
Veja a figura a seguir. No desenho, está representado apenas o contorno da
superfície cilíndrica. A figura plana que forma as bases do cilindro é o círculo. Note
que o encontro de cada base com a superfície cilíndrica forma as arestas.
51
Observe o sólido de revolução cuja figura geradora é o triângulo.
Esfera é um sólido geométrico limitado por uma superfície curva chamada superfície
esférica. Podemos imaginar a formação da esfera a partir da rotação de um
semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro. Veja os elementos da
esfera na figura abaixo.
52
Comparando sólidos geométricos e objetos da área da Mecânica
As relações entre as formas geométricas e as formas de alguns objetos da área da
Mecânica são evidentes e imediatas. Você pode comprovar esta afirmação analisando
os exemplos a seguir.
53
Examine este rebite de cabeça redonda:
Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele é formado
por um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada).
Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos. Observe, na
ilustração abaixo, como a retirada de formas geométricas de um modelo simples (bloco
prismático) dá origem a outra forma mais complexa.
54
Observe a figura a seguir. Trata-se de um prisma retangular com uma parte rebaixada.
55
Exercícios
1. Escreva nas linhas embaixo dos desenhos o nome de cada sólido geométrico
representado.
56
3. Na coluna A estão os desenhos de sólidos de revolução e na coluna B, os nomes
de suas figuras geradoras. Numere a coluna B de acordo com a coluna A.
Coluna A Coluna B
a) ( ) Círculo
b) ( ) Triângulo
c) ( ) Hexágono
d) ( ) Retângulo
57
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
58
Avaliado pelo Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008
Perspectiva isométrica
Ângulo é a figura geométrica formada por duas semirretas com a mesma origem.
O grau é cada uma das 360 partes em que a circunferência é dividida. Veja a seguir.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
59
A medida em graus é indicada por um numeral seguido do símbolo de grau. Veja
alguns exemplos.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
60
Nos desenhos em perspectiva isométrica, os três eixos isométricos (c, a, ℓ) formam
entre si ângulos de 120º. Os eixos oblíquos formam com a horizontal um ângulo de
30º.
c, a, ℓ: eixos isométricos
d, e, f: linhas isométricas.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
61
No início, até se adquirir firmeza, o traçado deve ser feito sobre um papel reticulado.
Veja abaixo uma amostra de reticulado.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
62
Após isso, traça-se a face de frente do prisma, tomando-se como referência as
medidas do comprimento e da altura, marcadas nos eixos isométricos.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
63
E, por último, para finalizar o traçado da perspectiva isométrica, apagam-se as linhas
de construção e reforça-se o contorno do modelo.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
64
Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos
As linhas que não são paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não
isométricas.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
65
Traçado da perspectiva isométrica com elementos arredondados
Círculo
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
66
Para representar a perspectiva isométrica do círculo, é necessário traçar antes um
quadrado auxiliar em perspectiva, na posição em que o círculo deve ser desenhado.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
67
Traçado da perspectiva isométrica do cilindro
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
68
Outros exemplos do traçado da perspectiva isométrica
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
69
Exercícios
lado (semirreta)
vértice (origem)
a) b) c)
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
70
Perspectiva isométrica - Identificar elementos de perspectiva - B.
4. Escreva na frente de cada letra a posição que ela está indicando: frente, cima e
lado.
A-
B-
C-
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
71
Exercícios: 1. Desenhe perspectivas isométricas com detalhes paralelos e oblíquos.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
72
2. Desenhe perspectivas isométricas com detalhes arredondados e furos cilíndricos.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
73
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2007
Elaboradores: Antonio Ferro Isaias Gouveia da Silva
José Romeu Raphael Daniel Camusso
Paulo Binhoto Filho Luiz Carlos Gonçalves Tinoco
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Marcilio Manzam
Vladimir Pinheiro de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
SENAI-SP-INTRANET - AA306-11
74
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Projeção ortogonal
Observador
75
Observe a linha de projeção. A linha de projeção é a linha perpendicular ao plano de
projeção que sai do modelo e o projeta no plano de projeção.
76
Projeção em três planos
77
Rebatimento de três planos de projeção
Agora imagine que o plano de projeção vertical fica fixo e que os outros planos de
projeção giram um para baixo e outro para a direita.
78
O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de
projeção que gira para a direita é plano de projeção lateral.
Agora é possível tirar os planos de projeção e deixar apenas o desenho das vistas do
modelo.
79
Observação
As linhas de projeção auxiliares não aparecem no desenho técnico do modelo. São
linhas imaginárias que auxiliam no estudo da projeção ortogonal.
Outro exemplo:
Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projeções da peça formadas pela vista
frontal, vista superior e vista lateral esquerda.
Observação
Normalmente a vista frontal é a vista principal da peça.
80
As distâncias entre as vistas devem ser iguais e proporcionais ao tamanho do
desenho.
81
Exercícios
Complete as projeções.
82
Projeção ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes paralelos - B.
Complete as projeções.
83
Projeção ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes oblíquos.
Complete as projeções.
84
Projeção ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes não visíveis - A.
Complete as projeções.
85
Projeção ortogonal - Completar desenhos de modelos com detalhes não visíveis - B.
Complete as projeções.
86
Projeção ortogonal - Completar projeções utilizando modelos reais – A.
Complete as projeções.
87
Projeção ortogonal - Completar projeções utilizando modelos reais – B.
Complete as projeções.
88
Projeção ortogonal - Completar projeções utilizando modelos reais – C.
Complete à mão livre as vistas que faltam nas projeções abaixo. Utilize os modelos
indicados.
89
Projeção ortogonal - Completar desenhos de vistas que faltam.
90
Projeção ortogonal - Completar projeções, desenhando a lateral à mão livre – A.
91
Projeção ortogonal - Completar projeções, desenhando a lateral à mão livre – B.
92
Projeção ortogonal - Completar projeções, desenhando a planta à mão livre - A.
93
Projeção ortogonal - Completar projeção, desenhando a planta à mão livre – B.
94
Projeção ortogonal - Identificar faces em projeções – A.
95
Projeção ortogonal - Identificar faces em projeções - B.
Escreva nas vistas dos desenhos técnicos as letras dos modelos representados em
perspectiva isométrica que correspondem às suas faces.
96
Projeção ortogonal - Identificar perspectiva com base em projeções – A.
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
97
Projeção ortogonal - Identificar perspectiva com base em projeções - B.
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
98
Projeção ortogonal - Identificar perspectiva com base em projeções – C.
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
99
Projeção ortogonal - Relacionar projeções e perspectiva - A.
100
Projeção ortogonal - Relacionar projeções e perspectiva - B.
101
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo. 1991.
102
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Aplicação de linhas
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Procuraremos nesta
unidade mostrar os tipos e sua aplicação.
Larguras de linhas
A relação entre as larguras de linhas largas e estreitas não deve ser inferior a 2, ou
seja, a linha larga deve ter no mínimo o dobro da estreita.
Exemplo:
Aplicação
103
Linha contínua estreita – Para contornos de seções, linhas de cota, linhas auxiliares
e hachuras.
São linhas estreitas que são usadas para completar a representação de peças e
conjuntos. De acordo com sua função esta linha pode assumir diversas formas.
Seguem-se as formas e aplicações utilizadas no desenho técnico mecânico.
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
104
Linha traço ponto estreita
Linha de centro – É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que
indica o centro de alguns elementos do modelo como furos, rasgos, etc.
Exemplo:
Aplicações
105
Linha de simetria – É uma linha estreita formada por traços e pontos alternados. Ela
indica que o modelo é simétrico.
Exemplo:
Note que as metades do modelo são exatamente iguais: logo, o modelo é simétrico.
Aplicação
Quando o modelo é simétrico, em seu desenho técnico aparece a linha de simetria.
A linha de simetria pode aparecer tanto na posição horizontal como na posição vertical.
106
No exemplo abaixo a peça é simétrica apenas em um sentido.
Exemplo:
Aplicação
107
Linha contínua estreita – Linhas de interseção imaginárias
Linha estreita e fina usada para indicar interseções imaginárias.
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
108
Linhas traço ponto estreita – Trajetórias.
Linha estreita traço ponto usada para indicar trajetória de mecanismos.
Exemplo:
Aplicação
Traço dois pontos estreita – Linha estreita traço dois pontos usada para indicar
contornos de peças adjacentes, posição limites de peças móveis, linhas de centro de
gravidade, cantos e arestas da conformação.
Exemplo:
109
Aplicação
Aplicação
110
Cantos e arestas da conformação
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
111
Traço ponto estreito e largo nas extremidades e na mudança de direção
Aplicação
112
Terminação das linhas de chamadas
Aplicação
113
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
114
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Cotagem
Linhas de cota (a) são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades ou
traços oblíquos; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da
peça.
A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser
aberta, ou fechada preenchida.
O traço oblíquo é desenhado com uma linha fina curta e inclinado a 45°.
115
A linha auxiliar (b) é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.
Deve ser ligeiramente prolongada além da linha de cota e deve-se deixar um pequeno
espaço entre elas e o desenho. Sugestão 1 a 2mm.
Cotas (c) são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de
seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.
50 = comprimento
25 = largura
15 = altura
116
A distância da linha de cota para o desenho deve ser aproximadamente 10mm, salvo
em algumas exceções onde não houver essa possibilidade.
117
Em desenho mecânico, normalmente a unidade de medida usada é o milímetro (mm),
e é dispensada a colocação do símbolo junto à cota. Quando se emprega outra distinta
do milímetro (por exemplo, a polegada), coloca-se seu símbolo.
Observação
• As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para
direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.
• Sempre que possível é bom evitar colocar cotas em linhas tracejadas.
• Deve-se evitar também colocar a cota dentro do desenho.
118
Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas.
A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja.
Furo Saliência
119
Rasgo passante Rasgo não passante
Para fabricar peças como essas é necessário interpretar, além das cotas básicas, as
cotas dos elementos.
120
Sem linha de simetria
Sequência de cotagem
121
1o passo
2o passo
3o passo
122
4o passo
Cotagem de diâmetro
Cotagem de raios
123
Observando os desenhos apresentados podemos concluir o que segue. Raio muito
pequeno: cota-se através de linha de chamada. Raio muito grande: não se indica o
centro do raio e linha de cota é representada incompleta. Outro jeito de se cotar raios
grandes é destacando o centro do raio com linha de simetria e linha de cota
aparecendo quebrada. Pode-se também cotar desta maneira quando o centro for
deslocado.
Os objetos simétricos representados em meio corte ou meia vista, a linha de cota deve
cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria.
124
Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a inclinação para
facilitar a leitura.
Porém, é preciso evitar a disposição das linhas de cota entre os setores hachurados e
inclinados de cerca de 30º.
A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus
raios.
ESF = Esférico
Ø = Diâmetro
R = Raio
125
Cotagem de elementos angulares
Existem peças que têm elementos angulares. Elementos angulares são formados por
ângulos.
A cotagem da abertura do elemento angular é feita em linha de cota curva, cujo centro
é vértice do ângulo cotado.
126
Uso de goniômetro (transferidor).
127
Cotagem de chanfros
Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas superfícies que se
encontram.
Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas
lineares e por meio de cotas lineares e angulares.
Cotas lineares
128
Cotagem em espaços reduzidos
129
Cotagem por faces de referência
Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas a partir das
faces.
A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada
como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.
A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.
130
Cotagem por coordenadas
A cotagem aditiva em duas direções pode ser simplificada por cotagem por
coordenadas. A peça fica relacionada a dois eixos.
Fica mais prático indicar as cotas em uma tabela ao invés de indicá-la diretamente
sobre a peça.
X Y ø
1 8 8 4
2 8 38 4
3 22 15 5
4 22 30 3
5 35 23 6
6 52 8 4
7 52 38 4
131
Cotagem por linhas básicas
Na cotagem por linha básica as medidas da peça são indicadas a partir de linhas.
Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, furos
espaçados igualmente.
A cotagem das distâncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por
cotas angulares.
Cotagem linear
SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
132
Cotagem linear e angular
133
Indicações especiais
134
Cotagem de uma área ou comprimento limitado de uma superfície, para indicar
uma situação especial.
A área ou o comprimento e sua localização são indicados por meio de linha traço e
ponto, desenhada adjacente à face corresponde.
135
A relação de inclinação 1:10 indica que cada 10 milímetros do comprimento da peça,
diminui-se um milímetro da altura.
Como a relação de inclinação vem indicada do desenho técnico, não é necessário que
a outra cota de altura da peça apareça.
136
Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos
Nos desenhos técnicos de peças como estas, a relação de conicidade deve estar
indicada.
Outros exemplos:
137
Cotagem de conjuntos
Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas
especificado para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados.
138
Exercícios
( ) Linha de cota
( ) Linha auxiliar de cota
( ) Cota
139
3. Faça a cotagem tomando as medidas no desenho.
140
Cotagem - Distribuir cotas em projeções, observando perspectivas – A.
141
Cotagem - Distribuir cotas em projeções, observando perspectivas – B.
142
Cotagem - Distribuir cotas em projeções.
Esférico
143
Cotagem - Distribuir cotas em projeções, observando perspectivas - B.
144
SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
145
SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
146
SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
147
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
148
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Supressão de vistas
Duas vistas são iguais quando têm as mesmas formas e as mesmas medidas. E
quando têm apenas as formas iguais e medidas diferentes, são chamadas de
semelhantes.
Você vai iniciar o estudo de supressão de vistas analisando um caso bem simples.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
149
Observe o prisma de base quadrada, representado a seguir.
Como a vista frontal e a vista lateral esquerda são iguais, é possível suprimir uma
delas.
A vista frontal é sempre a vista principal da peça. Então, neste caso, a vista escolhida
para supressão é a vista lateral esquerda.
Veja como fica o desenho técnico do prisma com supressão da lateral esquerda.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
150
As cotas básicas deste prisma são:
• altura - 60mm;
• largura - 40mm e
• comprimento - 40mm.
Note que a vista lateral esquerda é semelhante à vista frontal. Neste caso, a vista
lateral esquerda pode ser suprimida.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
151
Nos dois exemplos analisados, a vista suprimida foi a lateral esquerda. Mas,
dependendo das características da peça, a vista superior também pode ser suprimida.
O desenho técnico abaixo representa um pino de seção retangular em três vistas.
Note que a vista superior e a vista lateral esquerda são semelhantes. Neste caso,
tanto faz representar o desenho com supressão da vista superior como da vista lateral
esquerda. Compare as duas alternativas.
Figura A Figura B
Em qualquer dos casos, é possível interpretar o desenho, pois ambos contêm todas as
informações necessárias.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
152
Supressão de vistas diferentes
As três vistas são diferentes. Mesmo assim é possível imaginar a supressão de uma
delas, sem qualquer prejuízo para a interpretação do desenho.
Como você já sabe, a vista frontal é a vista principal. Por isso deve ser sempre mantida
no desenho técnico. Temos então que escolher entre a supressão da vista superior e
da vista lateral esquerda.
Você vai comparar os dois casos, para concluir qual das duas supressões é mais
aconselhável. Veja primeiro o desenho com supressão da vista superior:
Note que, apesar de o furo estar representado nas duas vistas, existem poucas
informações sobre ele: analisando apenas essas duas vistas não dá para saber a
forma do furo. Analise agora outra alternativa.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
153
A vista lateral esquerda foi suprimida. Note que agora já é possível identificar a forma
circular do furo na vista superior.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
154
As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idéia de como o modelo
é na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas.
Observe que as cotas que antes apareciam associadas à vista lateral esquerda foram
transferidas para as duas outras vistas. Assim, nenhuma informação importante sobre
a forma e sobre o tamanho da peça ficou perdida.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
155
Mas, este mesmo modelo pode ainda ser representado com apenas uma vista, sem
qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja.
Todas as cotas da peça foram indicadas na vista frontal. A largura da peça foi indicada
pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do valor numérico correspondente,
como você pode observar dentro da vista frontal.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
156
Análise outro desenho técnico em vista única.
Como não é possível concluir, pela análise da vista frontal, se os furos são passantes
ou não, a informação “Furos passantes” deve vir escrita, em lugar que não atrapalhe a
interpretação do desenho.
Você notou que a indicação da espessura da peça foi representada fora da vista
frontal. Isto porque a indicação da espessura da peça dentro da vista prejudicaria a
interpretação do desenho.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
157
Veja a perspectiva do prisma e, ao lado, duas vistas com supressão da vista lateral
esquerda.
O prisma de base quadrangular pode ser representado também com vista única. Para
interpretar o desenho técnico do prisma quadrangular com vista única, você precisa
conhecer o símbolo indicativo de quadrado e o símbolo indicativo de superfície plana.
Usamos o seguinte símbolo para identificar a forma quadrada: . Este símbolo pode
ser omitido quando a identificação da forma quadrada for clara. É o que acontece na
representação da vista superior do prisma quadrangular.
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158
A vista representada é a frontal. Note que a vista superior foi suprimida nesta
representação. O símbolo ao lado esquerdo da cota 40, representa a forma da vista
superior. A cota 40 refere-se a duas dimensões do prisma: a do comprimento e a da
largura.
Você reparou nas duas linhas diagonais estreitas cruzadas, representadas na vista
frontal? Essas linhas são indicativas de que a superfície representada é plana.
A seguir você vai ficar conhecendo maiores detalhes sobre a utilização dessas linhas.
A vista frontal do prisma e a vista frontal do cilindro podem ser facilmente confundidas.
Para evitar enganos, a vista frontal do modelo prismático, que apresenta uma
superfície plana, deve vir identificada pelas linhas cruzadas estreitas.
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159
A representação completa do modelo prismático de base quadrangular fica como
mostrado na figura seguinte.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
160
A vista representada é a vista frontal. Nesse desenho, o sinal indicativo de diâmetro
aparece junto à cota 30. Com essa indicação, a interpretação da peça pode ser feita
normalmente.
Vamos chamar de peças com forma composta aquelas peças que apresentam
combinações de várias formas, como por exemplo: prismática, cilíndrica, cônica,
piramidal etc. As peças com forma composta também podem ser representadas com
supressão de uma ou de duas vistas. Veja, a seguir, a perspectiva de uma peça com
forma composta, ou seja, com forma prismática e cilíndrica e, ao lado, seu desenho
técnico em duas vistas.
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161
As vistas representadas são: vista frontal e vista lateral esquerda. A vista superior foi
suprimida.
No desenho técnico desta peça, com vista única, todas essas informações aparecem
concentradas na vista frontal. O corte parcial ajuda a visualizar a forma e o tamanho do
furo não passante superior.
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162
Veja, a seguir, mais um exemplo de peça com forma composta, nesse caso com
formas: prismática, piramidal e cônica. Além disso, a peça tem um furo quadrado não
passante e também um furo redondo não passante interrompido.
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163
Essa peça pode ser representada de várias maneiras, no desenho técnico. A forma de
cotagem varia em cada caso. Analise cada uma das possibilidades, a seguir.
a. b.
c. d.
É possível, ainda, representar esta mesma peça em vista única e obter todas as
informações que interessam para a sua interpretação.
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164
Representações com vista única em vistas parciais
Neste caso, o desenho técnico pode ser representado sem corte ou com corte.
Compare as duas possibilidades.
Repare que as linhas de cota ultrapassam um pouco a linha de simetria. Essas linhas
de cota apresentam apenas uma seta. A parte que atravessa a linha de simetria não
apresenta seta.
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165
Para finalizar o assunto, veja como fica o desenho técnico com supressão de vistas de
uma peça representada em quarta-parte de vista. Primeiro, observe a peça. Trata-se
de um disco com furos, simétrico longitudinal e transversalmente.
O diâmetro da peça é 40mm. O diâmetro do furo central é 12mm. A cota que indica a
distância dos furos menores opostos é 26. O diâmetro dos 6 furos menores é 4 mm. A
espessura da peça, indicada pela abreviatura ESP 1, é 1mm.
As duas linhas de simetria aparecem identificadas pelos dois traços paralelos nas
extremidades.
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166
Exercícios
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde às projeções.
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167
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde às projeções.
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168
Supressão de vistas - Desenhar à mão livre, em projeção, modelos dados em
perspectiva - B.
Desenhe à mão livre uma vista de cada uma das peças abaixo. Faça a cotagem e
coloque os símbolos. Use folha A4.
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169
Supressão de vistas - Desenhar à mão livre, em projeção, modelos dados em
perspectiva - C.
Desenhe à mão livre duas vistas das peças abaixo. Faça a cotagem. Use folha A4.
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170
Supressão de vistas - Relacionar planta e elevação.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
171
Supressão de vistas - Relacionar elevação e lateral.
1 = 14 2= 3= 4= 5= 6=
7= 8= 9= 10 = 11 = 12 =
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172
Supressão de vistas - Relacionar vista única com perspectiva.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
173
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
SENAI-SP-INTRANET – AA306-11
174
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Desenho em corte
Corte
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre
imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça.
Hachuras
175
Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginada
cortada, mostram também os tipos de materiais.
Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peça será
imaginada cortada.
Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição do
observador.
176
Corte na vista frontal
177
Corte na vista superior
178
Observações
• A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada.
• As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.
• Nas vistas hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não
dificulte a leitura do desenho.
Até aqui foi vista a representação de um só corte na mesma peça. Mas, às vezes, um
só corte não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos é necessário
representar mais de um corte na mesma peça.
179
Exemplo de desenho em corte cotado.
180
Meio-corte
181
Meio-corte em vista única
182
Representação simplificada de vistas de peças simétricas
183
Outro processo consiste em traçar as linhas da peça um pouco além da linha de
simetria.
Meia-vista
184
SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
185
Exercícios
186
Desenho em corte - Hachurar vistas, analisando perspectiva.
187
Desenho em corte - Completar desenhos técnicos, fazendo hachuras - A.
188
Desenho em corte - Completar vista em corte, colocando cotas - A.
189
Desenho em corte - Completar vista em corte, colocando cotas - B.
190
Desenho em corte - Aplicar corte e completar curvas, utilizando modelos reais.
191
Desenho em corte - Desenhar à mão livre projeções, aplicando cortes.
Complete a mão livre as projeções das peças abaixo, aplicando os cortes indicados.
Elevação em corte
Lateral em corte
192
Desenho em corte - Completar a mão livre projeções em corte e meio-corte.
193
Desenho em corte - Hachurar desenhos, analisando perspectivas em corte.
194
Desenho em corte - Completar vistas, aplicando meio-corte e fazendo a cotagem.
195
Corte parcial – Aplicação - A.
196
Corte parcial – Aplicação - B.
a) Responda à pergunta:
Qual é nome do corte representado no desenho técnico?
197
Corte composto – Aplicação - A.
198
2. Analise a perspectiva e faça hachura no desenho técnico, indicando as partes
maciças atingidas pelo corte.
199
Corte composto – Aplicação - B.
b) Responda à pergunta.
Qual é a vista representada em corte?
200
Corte composto – Aplicação - C.
Desenhe as peças abaixo em duas vistas, aplicando corte composto. Utilize folhas A4.
Escala 1:1.
201
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo. 1991.
202
Avaliado pelo Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008
Seção
203
Existe uma diferença fundamental entre a representação em corte e a representação
em seção. Você vai compreender essa diferença, analisando os desenhos abaixo.
Observe a diferença entre as representações em corte e em seção respectivamente.
Representação em corte
Representação em seção
A indicação da seção é representada por uma linha traço e ponto com traços largos
nas extremidades. Aparece na vista frontal, no local onde se imaginou passar o plano
de corte.
A linha de corte onde se imagina o rebatimento da seção deve ser sempre no centro do
elemento secionado.
204
Indicação da seção
É feita próxima à vista e ligada a ela por meio de uma linha estreita traço e ponto.
205
Numa posição diferente é identificada de forma convencional.
206
Contorno da seção dentro da própria vista é traçado com uma linha fina e estreita.
207
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008
Elaboradores: Antonio Ferro Daniel Camusso
José Romeu Raphael Luiz Carlos Gonçalves Tinoco
Paulo Binhoto Filho Marcilio Manzam
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Vladimir Pinheiro de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
208
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Encurtamento
Certos tipos de peças, que apresentam formas longas e constantes, podem ser
representadas de maneira mais prática.
Veja o exemplo de um eixo com duas espigas nas extremidades e uma parte central
longa, de forma constante. Imagine o eixo secionado por dois planos de corte, como
mostra a ilustração.
Como a parte compreendida entre os cortes não apresenta variações e não contém
outros elementos, você pode imaginar a peça sem esta parte, o que não prejudica sua
interpretação.
209
Na prática o encurtamento acontece da seguinte forma, veja o exemplo abaixo:
210
Representação do encurtamento no desenho técnico
Nos desenhos técnicos confeccionados em software de CAD, pode-se optar pela linha
contínua estreita em ziguezague para representar os encurtamentos.
Certos tipos de peças podem ser imaginadas com mais de um encurtamento. Observe
a chapa com quatro furos, por exemplo. Você pode imaginar um encurtamento do
comprimento e outro no sentido da largura, sem qualquer prejuízo da interpretação da
peça ou de seus elementos.
211
O encurtamento pode ser imaginado nos sentidos do comprimento, da altura e da
largura da peça. Pode-se, também, imaginar mais de um encurtamento no mesmo
sentido, como mostra o desenho a seguir.
212
O suporte, representado em perspectiva, é uma peça que tem várias partes longas,
onde você pode imaginar encurtamentos. Na vista ortogonal desta peça é possível
representar, ao mesmo tempo, os encurtamentos e as seções.
Note que a peça está representada através da vista frontal. Neste desenho estão
representados 4 encurtamentos e 4 seções. Duas seções estão indicadas na vista
frontal e representadas fora da vista: Seção AA e Seção BB. Uma seção aparece
rebatida dentro da vista. E a quarta seção aparece representada no encurtamento da
parte inclinada.
213
Exercício
Encurtamento – Aplicação.
Desenhe em papel A4 em vista única, na escala 1:1, aplicando encurtamento.
214
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Escalas
Antes de representar objetos, modelos, peças, etc. deve-se estudar o seu tamanho
real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade.
Mas, existem objetos, peças, animais, etc. que não podem ser representados em seu
tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são
tão pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar
seus detalhes.
O que é escala?
215
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real são mantidas, ou
aumentadas, ou reduzidas proporcionalmente.
Veja um exemplo.
A figura A é um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ângulos reto. Cada lado da
figura A mede 2u (duas unidades de medida).
Note que as três figuras apresentam medidas dos lados proporcionais e ângulos
iguais.
216
A seguir você vai aprender a interpretar cada uma dessas escalas, representadas em
desenhos técnicos. Mas, antes saiba qual a importância da escala no desenho técnico
rigoroso.
Mas, antes do desenho técnico rigoroso é feito um esboço cotado, quase sempre à
mão livre. O esboço cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contém todas
as cotas da peça bem definidas e legíveis, mantendo a forma da peça e as
proporções aproximadas das medidas. Veja, a seguir, o esboço de uma bucha.
217
Escala natural
Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o
tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.
Escala de redução
218
As medidas do desenho são vinte vezes menores que as medidas correspondentes do
rodeiro de vagão real. A indicação da escala de redução também vem junto do
desenho técnico.
Na indicação da escala de redução o numeral à esquerda dos dois pontos sempre será
1. E o numeral à direita sempre será maior que 1.
No desenho anterior o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se lê: um por
vinte).
Escala de ampliação
219
As dimensões desse desenho são duas vezes maiores que as dimensões
correspondentes da agulha de injeção real. Esse desenho foi feito na escala 2:1(lê-se:
dois por um).
A indicação da escala é feita no desenho técnico como nos casos anteriores: a palavra
escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois pontos.
Só que, nesse caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho
técnico, será maior que 1. O numeral da direita sempre será 1 e representa as medidas
reais da peça.
Escalas recomendadas
desenho peça
↓ ↓
Natural – ESC 1 : 1
Ampliação – ESC 2 : 1
Redução – ESC 1 : 2
As escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196, são:
1:2 1:5 1 : 10
1 : 20 1 : 50 1 : 100
Escala de redução
1 : 200 1 : 500 1 : 1 000
1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000
220
A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou
elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a
escala selecionada deve ser suficientemente grande para permitir uma interpretação
fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento
em questão definem o formato da folha para desenho.
221
A redução ou ampliação do desenho somente tem efeito sobre o traçado do desenho.
222
Exercícios
223
Escala - Completar quadros, relacionando valores da escala.
Complete as lacunas do quadro abaixo conforme o exemplo A.
Dimensão Dimensão
Escala
da peça do desenho
A 120 240 1:2 5:1 1:20
25 125 1:10 5:1 2:1 1:5
70 70 2:1 1:2 1:1 5:1
40 400 10:1 5:1 1:10 1:1
90 45 1:5 1:10 2:1 1:2
35 7 2:1 1:5 1:2 5:1
20 200 1:10 1:1 10:1 1:2
5 25 5:1 2:1 1:5 1:10
52 26 2:1 1:1 5:1 1:2
108 540 5:1 1:5 1:2 1:1
105 21 1:2 2:1 1:10 1:5
224
Escala - Determinar as cotas e distribuí-las nos desenhos.
Determine e coloque as cotas nos desenhos. Utilize a régua milimetrada.
225
Escala - Determinar escalas e cotas.
Determine e anote a escala dos desenhos e coloque as cotas que faltam. Utilize a
régua milimetrada.
226
SENAI-SP – INTRANET – AA306-11
227
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Carlos de Oliveira
José Romeu Raphael Celso de Hypólito José Serafim Guarnieri
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Rinaldo Afanasiev
Humberto Aparecido Marim Roberto Aparecido Moreno
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo. 1991.
228
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
A produção das superfícies lisas exige, em geral, custo de fabricação mais elevado.
229
Durante a usinagem, as principais causas dos erros macrogeométricos são:
• Defeitos em guias de máquinas-ferramenta;
• Desvios da máquina ou da peça;
• Fixação errada da peça;
• Distorção devida ao tratamento térmico.
Rugosidade
230
Definições
Superfície real
É a superfície que limita um corpo e o separa do meio ambiente. É a superfície obtida
pelos processos de fabricação.
Superfície geométrica
É a superfície ideal, prescrita em projeto, na qual não existem irregularidades de forma
e de acabamento. É a superfície representada no desenho. Exemplos: superfície
plana, superfície cilíndrica, superfície esférica, etc.
Superfície efetiva
É obtida por instrumentos analisadores de superfície, como o rugosímetro. Dado o
grau de exatidão dos atuais instrumentos de medição, pode-se considerar que as
superfícies real e efetiva são praticamente coincidentes. O uso de diferentes sistemas
de medidas pode resultar em superfícies efetivas diferentes para uma mesma
superfície real.
Perfil real
É a interseção da superfície real com um plano perpendicular à superfície geométrica.
Perfil geométrico
É a interseção da superfície geométrica com o plano perpendicular a ela.
231
Perfil efetivo
É a interseção da superfície efetiva com um plano perpendicular à superfície
geométrica.
Irregularidades da superfície
São as saliências e reentrâncias existentes na superfície real: picos e vales.
Toma-se o perfil efetivo de uma superfície num comprimento lm, comprimento total de
avaliação. Chama-se o comprimento le de comprimento de amostragem (NBR
6405/1988).
232
É recomendado pela norma ISO que os rugosímetros devam medir 5 comprimentos de
amostragem e devem indicar o valor médio.
A distância percorrida pelo apalpador deverá ser igual a 5 le mais a distância para
atingir a velocidade de medição lv e para a parada do apalpador lm.
Rugosidade e ondulação
233
Sistemas de medição da rugosidade superficial
Sistema M
No sistema da linha média, ou sistema M, todas as grandezas da medição da
rugosidade são definidas a partir do seguinte conceito de linha média:
A1 + A2 = A3
234
Sistema baseado na profundidade da rugosidade
Pertence a esse grupo o desvio aritmético - Ra (CLA).
O desvio médio aritmético - Ra (CLA) é a média dos valores absolutos das ordenadas
do perfil efetivo em relação à linha média X, num comprimento (L) da amostragem.
Observações;
• Ra (roughness average) significa rugosidade média;
• CLA (center line average) significa centro da linha média, e é adotado pela norma
inglesa, sendo a medida expressa em micropolegadas (μin = micro-inch).
Classificação da rugosidade
A característica principal da rugosidade Ra pode ser indicada pelos números da classe
de rugosidade correspondente, segundo a tabela 1 da NBR 8404.
Característica da rugosidade Ra
Classe de rugosidade Desvio médio aritmético (Ra)
μm
N 12 50
N 11 25
N 10 12,5
N 9 6,3
N 8 3,2
N 7 1,6
N 6 0,8
N 5 0,4
N 4 0,2
N 3 0,1
N 2 0,05
N 1 0,025
235
O desvio médio aritmético é expresso em micrometro (milionésima parte do metro).
Medição da rugosidade
Na medição da rugosidade são recomendados valores para o comprimento de
amostragem, conforme tabela abaixo.
Comprimento da amostragem
Rugosidade Ra (μm) Mínimo comprimento de amostragem L
(mm)
De 0 até 0,3 0,25
Maior que 0,3 até 3,0 0,80
Maior que 3,0 2,50
236
Símbolos com indicação da característica principal da rugosidade, Ra
Esses símbolos podem ser combinados entre si, ou utilizados em combinação com os
símbolos com indicação da característica principal da rugosidade, Ra.
237
Disposição das indicações do estado de superfície no símbolo
Cada uma das indicações do estado de superfície é disposta em relação ao símbolo.
238
Direção das estrias
Se for necessário definir uma direção das estrias que não esteja claramente definida
por um desses símbolos, ela deve estar descrita no desenho por uma nota adicional.
239
Rugosímetro
240
Rugosidade no processo mecânico de moldagem, conformação e usinagem.
241
Os valores da rugosidade em Ra têm relação com a qualidade da tolerância em IT,
como é apresentado na tabela que segue.
242
Avaliado pelo Comitê Técnico de Processo de Usinagem/2007
Recartilha
A recartilha é uma ferramenta utilizada em peças cilíndricas para gerar sulcos paralelos
ou cruzados, que recebem o nome de recartilhado.
O recartilhado é normalizado pela NBR 14957: 2003 baseado na norma DIN 82:1973,
que determina a classificação mostrada no quadro a seguir.
243
Classe Apresentação Descrição Pico Diâmetro da peça
Recartilhado
RAA ------- d2 = d1 - 0,5.t
paralelo
Recartilhado
RBR ------- d2 = d1 - 0,5.t
oblíquo à direita
Recartilhado
RBL oblíquo à ------- d2 = d1 - 0,5.t
esquerda
expansão de
Recartilhado
RGE material (alto d2 = d1 - 0,67.t
oblíquo cruzado
relevo)
compressão de
Recartilhado
RGV material (baixo d2 = d1 - 0,33.t
oblíquo cruzado
relevo)
expansão de
Recartilhado
RKE material (alto d2 = d1 - 0,67.t
paralelo cruzado
relevo)
compressão de
Recartilhado
RKV material (baixo d2 = d1 - 0,33.t
paralelo cruzado
relevo)
244
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Tolerância dimensional
Introdução
É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo
processo de fabricação está sujeito a imprecisões. Sempre acontecem variações ou
desvios das cotas indicadas no desenho. Entretanto, é necessário que peças
semelhantes, tomadas ao acaso, sejam intercambiáveis, isto é, possam ser
substituídas entre si, sem que haja necessidade de reparos e ajustes. A prática tem
demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para
mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios aceitáveis
nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional,
que é o assunto que você vai aprender nesta aula.
Num conjunto, as peças se ajustam, isto é, se encaixam umas nas outras de diferentes
maneiras e você também vai aprender a reconhecer os tipos de ajustes possíveis entre
peças de conjuntos mecânicos.
245
No Brasil, o sistema de tolerâncias recomendado pela ABNT segue as normas
internacionais ISO (International Organization For Standardization ). A observância
dessas normas, tanto no planejamento do projeto como na execução da peça, é
essencial para aumentar a produtividade da indústria nacional e para tornar o produto
brasileiro competitivo em comparação com seus similares estrangeiros.
Afastamentos
Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nominais, para mais ou
menos, que permitem a execução da peça sem prejuízo para seu funcionamento e
intercambiabilidade. Eles podem ser indicados no desenho técnico como mostra a
ilustração a seguir:
246
Somando o afastamento superior à dimensão nominal obtemos a dimensão máxima,
isto é, a maior medida aceitável da cota depois de executada a peça. Então, no
exemplo dado, a dimensão máxima do diâmetro corresponde a: 20mm + 0,28mm =
20,28mm.
Depois de executado, o diâmetro da peça pode ter qualquer valor dentro desses dois
limites.
A cota Ø 16 apresenta dois afastamentos com sinal - (menos), o que indica que os
afastamentos são negativos: - 0,20 e - 0,41. Quando isso acontece, o afastamento
superior corresponde ao de menor valor numérico absoluto. No exemplo, o valor 0,20
é menor que 0,41; logo, o afastamento - 0,20 corresponde ao afastamento superior e -
0,41 corresponde ao afastamento inferior.
247
Para saber qual a dimensão máxima que a cota pode ter basta subtrair o
afastamento superior da dimensão nominal. No exemplo: 16,00 - 0,20 = 15,80.
Para obter a dimensão mínima você deve subtrair o afastamento inferior da dimensão
nominal. Então: 16,00 - 0,41 = 15,59. A dimensão efetiva deste diâmetro pode,
portanto, variar dentro desses dois limites, ou seja, entre 15,80mm e 15,59mm. Neste
caso, de dois afastamentos negativos, a dimensão efetiva da cota será sempre menor
que a dimensão nominal.
Ajustes
Para entender o que são ajustes precisamos antes saber o que são eixos e furos de
peças. Quando falamos em ajustes, eixo é o nome genérico dado a qualquer peça, ou
parte de peça, que funciona alojada em outra. Em geral, a superfície externa de um
eixo trabalha acoplada, isto é, unida à superfície interna de um furo. Veja, a seguir, um
eixo e uma bucha.
248
Observe que a bucha está em corte para mostrar seu interior que é um furo.
Eixos e furos de formas variadas podem funcionar ajustados entre si. Dependendo da
função do eixo, existem várias classes de ajustes. Se o eixo se encaixa no furo de
modo a deslizar ou girar livremente, temos um ajuste com folga.
Quando o eixo se encaixa no furo com certo esforço, de modo a ficar fixo, temos um
ajuste com interferência.
249
Existem situações intermediárias em que o eixo pode se encaixar no furo com folga ou
com interferência, dependendo das suas dimensões efetivas. É o que chamamos de
ajuste incerto.
Em geral, eixos e furos que se encaixam têm a mesma dimensão nominal. O que varia
é o campo de tolerância dessas peças.
250
Portanto, a dimensão máxima do eixo (24,80mm) é menor que a dimensão mínima do
furo (25,00mm) o que caracteriza um ajuste com folga. Para obter a folga, basta
subtrair a dimensão do eixo da dimensão do furo. Neste exemplo, a folga é 25,00mm -
24,80mm = 0,20mm.
Para obter o valor da interferência, basta calcular a diferença entre a dimensão efetiva
do eixo e a dimensão efetiva do furo. Imagine que a peça pronta ficou com as
seguintes medidas efetivas: diâmetro do eixo igual a 25,28mm e diâmetro do furo igual
a 25,21mm. A interferência corresponde a: 25,28mm - 25,21mm = 0,07mm. Como o
diâmetro do eixo é maior que o diâmetro do furo, estas duas peças serão acopladas
sob pressão.
Ajuste incerto
É o ajuste intermediário entre o ajuste com folga e o ajuste com interferência. Neste
caso, o afastamento superior do eixo é maior que o afastamento inferior do furo, e o
afastamento superior do furo é maior que o afastamento inferior do eixo. Acompanhe o
próximo exemplo com bastante atenção.
251
Compare: o afastamento superior do eixo (+0,18) é maior que o afastamento inferior
do furo (0,00) e o afastamento superior do furo (+ 0,25) é maior que o afastamento
inferior do eixo (+ 0,02). Logo, estamos falando de um ajuste incerto.
Este nome está ligado ao fato de que não sabemos, de antemão, se as peças
acopladas vão ser ajustadas com folga ou com interferência. Isso vai depender das
dimensões efetivas do eixo e do furo.
Ajustes recomendados
Tipo de
Mecânica
Mecânica
Mecânica
Ordinária
precisa
ajuste
Média
Extra
252
Encaixes fixos de precisão,
Deslizante
órgãos lubrificados deslocáveis à
justo H6 h5 H7 h6
mão.
Montagem à mão, porém
Ex.: punções, guias, etc.
necessitando de algum esforço.
pesado.
À pressão
com Peças impossíveis de serem
H6 p5 H7 p6
esforço desmontadas sem deformação.
253
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores (1): Antonio Ferro Antonio Varlese Manoel Tolentino Rodrigues Filho
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Rinaldo Afanasiev
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Roberto Aparecido Moreno
Ilustrador (1): Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva
Autores (2): Joel Ferreira Humberto Aparecido Marim
Regina Maria Silva José Carlos de Oliveira
José Serafim Guarnieri
Referência
SENAI.SP. Desenho técnico (Supervisor de 1ª linha). São Paulo, 1990. (1)
Telecurso Profissionalizante de Mecânica: Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. v.3. 1.ed. Rio de
Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2000. 194 p. (2)
254
Avaliado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Tolerância geométrica
Introdução
A execução da peça dentro da tolerância dimensional não garante, por si só, um
funcionamento adequado. Veja um exemplo.
Note que, embora as dimensões efetivas do pino estejam de acordo com a tolerância
dimensional especificada no desenho técnico, a peça real não é exatamente igual à
peça projetada. Pela ilustração você percebe que o pino está deformado.
255
Assim, desvios de formas dentro de certos limites não chegam a prejudicar o bom
funcionamento das peças.
Quando dois ou mais elementos de uma peça estão associados, outro fator deve ser
considerado: a posição relativa desses elementos entre si.
As variações aceitáveis das formas e das posições dos elementos na execução da
peça constituem as tolerâncias geométricas.
Tolerâncias de forma
Analise as vistas: frontal e lateral esquerda do modelo prismático abaixo. Note que a
superfície S, projetada no desenho, é uma superfície geométrica ideal plana.
256
Após a execução, a superfície real da peça S’ pode não ficar tão plana como a
superfície ideal S. Entre os desvios de planeza, os tipos mais comuns são a
concavidade e a convexidade.
Planeza
A tolerância de planeza corresponde à distância t entre dois planos ideais
imaginários, entre os quais deve encontrar-se a superfície real da peça.
257
Nos desenhos técnicos, a indicação da tolerância de planeza vem sempre precedida
do seguinte símbolo: .
Cilindricidade
Outro tipo de tolerância de forma de superfície é a tolerância de cilindricidade.
Quando uma peça é cilíndrica, a forma real da peça fabricada deve estar situada entre
as superfícies de dois cilindros que têm o mesmo eixo e raios diferentes.
258
Forma de uma superfície qualquer
Finalmente, a superfície de uma peça pode apresentar uma forma qualquer. A
tolerância de forma de uma superfície qualquer é definida por uma esfera de
diâmetro t, cujo centro movimenta-se por uma superfície que tem a forma geométrica
ideal. O campo de tolerância é limitado por duas superfícies tangentes à esfera t, como
mostra o desenho a seguir.
Retilineidade
A tolerância de retilineidade de uma linha ou eixo depende da forma da peça à qual a
linha pertence.
259
Quando a peça tem forma cilíndrica, é importante determinar a tolerância de
retilineidade em relação ao eixo da parte cilíndrica. Nesses casos, a tolerância de
retilineidade é determinada por um cilindro imaginário de diâmetro t, cujo centro
coincide com o eixo da peça.
260
No caso das peças prismáticas a indicação de tolerância de retilineidade também é feita
pelo símbolo: que antecede o valor numérico da tolerância.
Circulcridade
Em peças com forma de disco, cilindro ou cone pode ser necessário determinar a
tolerância de circularidade.
261
Nos desenhos técnicos, a indicação da tolerância de circularidade vem precedida do
símbolo: .
Note que o contorno de cada seção do perfil deve estar compreendido entre duas linha
paralelas, tangentes à circunferência.
Cuidado para não confundir os símbolos! No final desta aula, você encontrará um
quadro com o resumo de todos os símbolos usados em tolerâncias geométricas.
Estude-o com atenção e procure memorizar todos os símbolos aprendidos.
262
Tolerâncias de orientação
Quando dois ou mais elementos são associados pode ser necessário determinar a
orientação precisa de um em relação ao outro para assegurar o bom funcionamento do
conjunto.
Veja um exemplo.
O primeiro desenho técnico mostra que o eixo deve ser perpendicular ao furo. Observe,
no segundo desenho, como um erro de perpendicularidade na execução do furo afeta
de modo inaceitável a funcionalidade do conjunto. Daí a necessidade de se
determinarem, em alguns casos, as tolerâncias de orientação. Na determinação das
tolerâncias de orientação geralmente um elemento é escolhido como referência para
indicação das tolerâncias dos demais elementos.
O elemento tomado como referência pode ser uma linha, como por exemplo, o eixo de
uma peça. Pode ser, ainda, um plano, como por exemplo, uma determinada face da
peça. E pode ser até mesmo um ponto de referência, como por exemplo, o centro de
um furo. O elemento tolerado também pode ser uma linha, uma superfície ou um
ponto.
263
Paralelismo
Observe o desenho técnico abaixo.
Nesta peça, o eixo do furo superior deve ficar paralelo ao eixo do furo inferior, tomado
como referência. O eixo do furo superior deve estar compreendido dentro de uma zona
cilíndrica de diâmetro t, paralela ao eixo do furo inferior, que constitui a reta de
referência.
Na peça do exemplo anterior, o elemento tolerado foi uma linha reta: o eixo do furo
superior. O elemento tomado como referência também foi uma linha: o eixo do furo
inferior. Mas, há casos em que a tolerância de paralelismo de um eixo é determinada
tomando-se como referência uma superfície plana.
264
Perpendicularidade
Observe o desenho abaixo.
Nesta peça, o eixo do furo vertical B deve ficar perpendicular ao eixo do furo horizontal
C. Portanto, é necessário determinar a tolerância de perpendicularidade de um eixo
em relação ao outro.
265
Inclinação
O furo da peça representada a seguir deve ficar inclinado em relação à base.
Em vez de uma linha, como no exemplo anterior, o elemento tolerado pode ser uma
superfície.
Tolerância de posição
Quando tomamos como referência a posição, três tipos de tolerância devem ser
considerados: de localização; de concentricidade e de simetria.
266
Localização
Quando a localização exata de um elemento, como por exemplo: uma linha, um eixo
ou uma superfície, é essencial para o funcionamento da peça, sua tolerância de
localização deve ser determinada. Observe a placa com furo, a seguir.
Como a localização do furo é importante, o eixo do furo deve ser tolerado. O campo de
tolerância do eixo do furo é limitado por um cilindro de diâmetro t. O centro deste
cilindro coincide com a localização ideal do eixo do elemento tolerado.
Concentricidade ou coaxialidade
Quando duas ou mais figuras geométricas planas regulares têm o mesmo centro,
dizemos que elas são concêntricas. Quando dois ou mais sólidos de revolução têm o
eixo comum, dizemos que eles são coaxiais. Em diversas peças, a concentricidade ou
a coaxialidade de partes ou de elementos, é condição necessária para seu
funcionamento adequado. Mas, determinados desvios, dentro de limites estabelecidos,
não chegam a prejudicar a funcionalidade da peça. Daí a necessidade de serem
indicadas as tolerâncias de concentricidade ou de coaxialidade.
267
Veja a peça abaixo, por exemplo:
Essa peça é composta por duas partes de diâmetros diferentes. Mas, os dois cilindros
que formam a peça são coaxiais, pois têm o mesmo eixo. O campo de tolerância de
coaxialidade dos eixos da peça fica determinado por um cilindro de diâmetro t cujo
eixo coincide com o eixo ideal da peça projetada.
Simetria
Em peças simétricas é necessário especificar a tolerância de simetria. Observe a peça
a seguir, representada em perspectiva e em vista única:
268
Preste atenção ao plano que divide a peça em duas partes simétricas. Na vista frontal,
a simetria vem indicada pela linha de simetria que coincide com o eixo da peça. Para
determinar a tolerância de simetria, tomamos como elemento de referência o plano
médio ou eixo da peça. O campo de tolerância é limitado por dois planos paralelos,
equidistantes do plano médio de referência, e que guardam entre si uma distância t. É
o que mostra o próximo desenho.
Batimento
Quando um elemento dá uma volta completa em torno de seu eixo de rotação, ele pode
sofrer oscilação, isto é, deslocamentos em relação ao eixo. Dependendo da função do
elemento, esta oscilação tem de ser controlada para não comprometer a funcionalidade
da peça. Por isso, é necessário que sejam determinadas as tolerâncias de batimento,
que delimitam a oscilação aceitável do elemento. As tolerâncias de batimento podem
ser de dois tipos: axial e radial.
Axial, você já sabe, refere-se a eixo. Batimento axial quer dizer balanço no sentido do
eixo. O campo de tolerância, no batimento axial, fica delimitado por dois planos
paralelos entre si, a uma distância t e que são perpendiculares ao eixo de rotação.
269
O batimento radial, por outro lado, é verificado em relação ao raio do elemento, quando
o eixo der uma volta completa. O campo de tolerância, no batimento radial é delimitado
por um plano perpendicular ao eixo de giro que define dois círculos concêntricos, de
raios diferentes. A diferença t dos raios corresponde à tolerância radial.
270
Veja, no detalhe do desenho, reproduzido a seguir, que a seta termina no contorno ou
numa linha de prolongamento se a tolerância é aplicada numa superfície, como
neste exemplo.
Os elementos de referência são indicados por uma linha que termina por um triângulo
cheio. A base deste triângulo é apoiada sobre o contorno do elemento ou sobre o
prolongamento do contorno do elemento.
271
No exemplo anterior, o elemento de referência é uma superfície. Mas, o elemento de
referência pode ser, também, um eixo ou um plano médio da peça. Quando o elemento
de referência é um eixo ou um plano médio, a base do triângulo se apóia sobre a linha
auxiliar, no prolongamento da linha de cota ou diretamente sobre o eixo ou plano médio
de referência.
272
Às vezes, o valor da tolerância vem precedido do símbolo indicativo de diâmetro: ∅
como no próximo exemplo.
273
Os casos estudados até agora apresentavam o quadro de tolerância dividido em duas
partes. Agora você vai aprender a interpretar a terceira parte do quadro:
Nem sempre, porém, o elemento de referência vem identificado pela letra maiúscula.
Às vezes, é mais conveniente ligar diretamente o elemento tolerado ao elemento de
referência. Veja.
274
Acompanhe a interpretação de mais um exemplo de desenho técnico com aplicação de
tolerância geométrica.
275
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores (1): Antonio Ferro Antonio Varlese Manoel Tolentino Rodrigues Filho
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Rinaldo Afanasiev
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Roberto Aparecido Moreno
Ilustrador (1): Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva
Autores (2): Joel Ferreira Humberto Aparecido Marim
Regina Maria Silva José Carlos de Oliveira
José Serafim Guarnieri
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo, 1991.
Telecurso Profissionalizante de Mecânica: Leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. v.3. 1.ed. Rio de
Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2000. 194 p. (2)
276
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Componentes padronizados
Em desenho técnico mecânico existe alguns componentes que nem sempre são
usinados. Eles são adquiridos e inseridos nos desenhos de maneira a satisfazer as
necessidades do projeto.
Esses componentes são confeccionados dentro de normas técnicas, tais como: DIN,
ISO, ANSI e ASTM. A forma de representação e dimensões é demonstrada em
desenhos e tabelas, onde o desenhista de acordo com a necessidade do projeto faz a
representação nos desenhos seguindo as normas.
Nos dias de hoje temos uma quantidade muito grande desses componentes, e eles
contemplam a grande maioria das aplicações, embora saibamos que exista a
necessidade em alguns casos de confecção, quanto isso ocorre sua forma e
dimensões devem estar dentro das normas.
Rosca
Rosca é o conjunto de reentrâncias e saliências, com perfil constante, em forma
helicoidal, que se desenvolvem, externa ou internamente, ao redor de uma superfície
cilíndrica ou cônica.
277
As saliências são os filetes e as reentrâncias os vãos.
Entrada - é o início da rosca. As roscas podem ter uma ou mais entradas. As roscas
com mais de uma entrada são usadas quando é necessário um avanço mais rápido do
parafuso na porca ou vice-versa.
Avanço (A) - é a distância que o parafuso ou a porca percorre em relação ao seu eixo,
quando completa uma rotação.
Rotação (R) - é uma volta completa do parafuso ou da porca em relação ao seu eixo.
Quando o avanço é igual ao passo, diz-se que a porca é de uma entrada.
278
Sentido da rosca
Rosca à direita - é aquela em que o parafuso ou a porca avança girando no sentido
dos ponteiros do relógio.
Parafuso Porca
279
Rosca à esquerda - é aquela em que o parafuso ou a porca avança girando no
sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
Parafuso Porca
280
Representação convencional de tipos de rosca
281
Cotagem e indicações de roscas
Os exemplos do quadro são de roscas com filetes de uma entrada a direita. Tratando-se rosca esquerda
ou mais de uma entrada, escreve-se da seguinte forma:
282
Tabela de roscas
ROSCA MÉTRICA (M) ROSCA WHITWORTH GÁS
ROSCA WHITWORTH
Perfil triangular – ISO Para canos (RC)
Normal
NB 97 NB 202 – ABNT
d di P d d di Nº de d d di Nº de
Diam. Núcleo Passo Poleg. mm Núcleo fios/1” Poleg. mm Núcleo fios/1”
4 3,141 0,7 1/8” 3,17 2,36 40 1/8” 9,73 8,57 28
6 4,773 1 5/32” 3,96 2,95 32 1/4” 13,15 11,44 19
8 6,466 1,25 3/16” 4,76 3,40 24 3/8” 16,63 14,95 19
10 8,160 1,5 7/32” 5,55 4,20 20 1/2” 20,95 18,63 14
12 9,833 1,75 1/4” 6,35 4,72 20 5/8” 22,91 20,58 14
14 11,546 2 5/16” 7,93 6,13 18 3/4” 26,44 24,11 14
16 13,546 2 3/8” 9,52 7,49 16 7/8” 30,20 27,87 14
18 14,933 2,5 1/2” 12,70 9,99 12 1” 33,25 30,29 11
20 16,933 2,5 9;16” 14,28 11,57 12 1 1/4” 41,91 38,95 11
22 18,933 2,5 5/8” 15,87 12,91 11 1 1/2” 47,80 44,84 11
24 20,319 3 11/16” 17,46 14,50 11 1 3/4” 53,74 50,79 11
30 25,706 3,5 3/4” 19,05 16,79 10 2” 59,61 56,65 11
36 31,093 4 13/16” 20,63 17,38 10 2 1/4” 65,71 62,75 11
42 36.479 4,5 7/8” 22,22 18,61 9 2 1/2” 75,18 72,23 11
48 41,866 5 15/16” 23,81 20,19 9 2 3/4” 81,53 78,58 11
56 49,252 5,5 1” 25,40 21,33 8 3” 87,88 84,93 11
60 53,252 5,5 1 1/8” 28,57 23,92 7 3 1/4” 93,98 91,02 11
64 56,639 6 1 1/4” 31,75 27,10 7 3 1/2” 100,33 97,37 11
283
Parafuso com cabeça e porca hexagonais
284
Parafuso prisioneiro
d mm A B AI BI dI C D DI
3/16” 4,76 4,76 8,0 6 8,5 5,0 3,0 5/32”
1/4” 6,35 6,35 9,52 8 10 6,5 4,0 3/16” 1/8”
5/16” 7,94 7,94 11,11 9 12 8,2 5,0 7/32” 5/32”
3/8” 9,53 9,53 14,28 11 14,5 9,8 5,5 5/16” 5/16”
7/16” 11,11 11,11 15,87 12 16,5 11,4 7,5 5/16” 7/32”
1/2” 12,70 12,70 19,05 14 19,5 13 8,0 3/8” ¼”
5/8” 15,88 15,88 22,22 17 23 16,1 10 1/2” 5/16”
3/4” 19,05 19,05 25,4 20 26 19,3 11 9/16” 3/8”
7/8” 22,23 22,2 28,57 23 29 22,5 13 9/16” 1/2”
1” 25,40 25,4 33,33 27 34 25,7 15 5/8” 9/16”
285
Porca-borboleta
D A B C E F FI H R r rI
1/4” 12 10 8 32 2,5 3 16 3 1,25 3
5/16” 16 12 10 40 3 4 20 6 1,4 4
3/8” 20 16 12 50 4 5 25 8 2 5
7/16” 23 19 14 64 5 6 32 10 2,5 6
1/2” 23 19 14 64 5 6 32 10 2,5 6
5/8” 28 22 16 72 6 7 36 11 3 7
3/4” 36 28 20 90 7 9 40 14 3,5 8
7/8” 40 32 22 100 8 10 50 16 4 9
1” 45 36 24 112 9 11 56 18 4,5 10
Arruela
286
d d1 D e D1 e1 e2 A B C E R
3 3,5 8 0,8 5,5 0,8 0,3 4 8 11 5 2
4 4,5 10 0,8 7 0,9 0,4 5 10 14 6 2,5
5 5,5 12 1 8,5 1,2 0,5 6 12 16 7 2,5
6 6,5 14 1,2 11 1,6 0,5 7 15 18 8 3
8 8,5 18 1,5 14 2 0,75 8 18 20 11 3
10 11 22 2 17 2,2 0,75 10 23 22 14 4
12 13 27 2,5 20 2,5 1 12 26 24 17 4
14 15 30 2,5 23 3 1 14 30 28 19 5
16 17 32 3 26 3,5 1 15 34 32 21 5
18 19 36 3 29 3,5 1 16 36 36 23 6
20 21 40 3 32 4 1 18 40 40 26 6
22 23,5 45 3 35 4 1 20 42 45 28 8
24 25,5 50 4 38,5 5 1 22 45 48 31 8
27 28,5 55 4 42 5 1 24 48 55 34 10
30 32 60 4 46,5 6 1,5 26 55 60 38 10
Mola
287
Tipos de molas
288
Cotagem de molas
289
Rebite
Tipos e proporções
Os rebites têm cabeça e corpo e são classificados de acordo com esses elementos
em:
• Cabeça Redonda;
• Cabeça Escareada;
• Cabeça Cilíndrica;
• Cabeça Boleada.
290
Costuras e proporções
Soldas
291
Uniões em topo
Uniões em tê.
Chavetas
292
Tipos de chavetas
Tabela de Proporções
Diâmetro do
a b h t ti d
eixo (D)
13 a 17 5 5 8 D-3 D+2 7,5
18 a 22 6 6 9 D - 3,5 D + 2,5 8,5
23 a 30 8 7 10 D-4 D+3 10,0
31 a 38 10 8 12 D-5 D+3 11,5
39 a 44 12 8 12 D-5 D+3 13,0
45 a 50 14 9 14 D - 5,5 D + 3,5 13,5
51 a 58 16 10 15 D-6 D+4 14,5
59 a 68 18 11 16 D-7 D+4 16,0
69 a 78 20 12 19 D - 7,5 D + 4,5 17,0
Obs.: O comprimento L é calculado em até duas vezes o diâmetro do eixo.
293
Largura e Rasgo
Diâmetro do
Altura L D
eixo D t t1
bxh
de 3 a 4 1 x 1,4 0,9 D+0,6 3,82 4
1,5 x 1,4 0,9 3,82 4
>4a5 D+0,6
1,5 x 2,6 2,1 6,76 7
>5a7 2 x 2,6 1,6 6,76 7
D+0,6
2 x 3,7 2,9 9,66 10
>7a9 2,5 x 3,7 2,9 D+0,9 9,66 10
3 x 3,7 2,5 9,66 10
> 9 a 13 3x5 3,8 D+1,3 12,65 13
3 x 6,5 5,3 15,72 16
4x5 3,8 12,65 13
> 13 a 17 4 x 6,5 5,3 D+1,4 15,72 16
4 x 7,5 6,3 18,57 19
5 x 6,5 4,9 15,72 16
5 x 7,5 5,9 18,57 19
> 17 a 22 D+1,8
5x9 7,4 21,63 22
5 x 10 8,4 24,49 25
6x9 7,4 21,63 22
6 x 10 8,4 24,49 25
> 22 a 28 D+1,8
6 x 11 9,4 27,35 28
6 x 13 11,4 31,43 32
8 x 11 9,5 27,35 28
8 x 13 11,5 31,43 32
> 28 a 38 8 x 15 13,5 D+1,7 37,15 38
8 x 16 14,5 43,08 45
8 x 17 15,5 50,83 55
10 x 16 14 43,08 45
10 x 17 15 50,83 55
> 38 a 48 D+2,2
10 x 19 17 59,13 65
10 x 24 22 73,32 80
> 48 a 58 12 x 19 16,5 59,13 65
D+2,7
> = maior de 12 x 24 21,5 73,32 80
Polias e correias
Polias são peças cilíndricas usadas para transmitir movimento de rotação por meio de
correias.
294
Ângulos e dimensões dos canais das polias em Vê
Tipo A B C D E
L 12,7 16,6 22,2 31,7 38,1
H 7,9 10,3 13,4 19 23
295
Rolamentos
296
Dentro de certos limites, um livre deslocamento axial do eixo exige o uso de rolamento
de rolos cilíndricos.
Para cargas axiais em uma só direção são usados rolamentos axiais h de esfera de
escora simples.
Observação
A quantidade e a variedade de tipos e tamanhos de rolamentos é considerável. Por
isso, para especificar o tipo desejado, é conveniente consultar os catálogos de
fabricantes.
297
Em desenho técnico, conforme projeto recente da ABNT, os rolamentos podem ser
representados da seguinte maneira:
Representação
Simplificada Simbólica
298
Engrenagens
299
Normal Simplificada (em corte) Esquemática
300
Normal Simplificada (em corte) Esquemática
Corpo em forma de disco com quatro Corpo em forma de braços com cubo
furos, cubo e furo central e furo central
301
Características dos dentes das engrenagens
Características
De - diâmetro externo
Dp - diâmetro primitivo
Di - diâmetro interno
L - largura
M - módulo: (o número do módulo serve de base para calcular as dimensões dos dentes)
N - número de dentes
302
Cotagem
303
Engrenagem cilíndrica com dentes helicoidais
304
Engrenagem helicoidal com dentes côncavos
Características particulares:
• Diâmetro máximo = 134,28
• Ângulo da hélice = 16º
• Ângulo do chanfro = 60º
• Raio da superfície côncava = 13
305
Engrenagem cônica com dentes retos
Características particulares:
• Ângulo externo = 29º
• Ângulo primitivo = 26º
• Ângulo interno = 23º
• Ângulo do cone complementar = 64º
• Número de dentes = 24
• Altura dos dentes = 6,4
• Rebaixo do disco = 4
306
Fórmulas e traçado de dentes de engrenagem
FÓRMULAS
Dp
Dp - M x N e = m x 1,49 d=
60
S=M v = M x 1,65 K=Fx2
P
H = M x 2,166 G= D1 = M (N - 2,33)
2
De
P = M x π (3,14) L=6a8xM M=
N+2
Nota - Para as engrenagens fresadas, a espessura e o vão dos dentes são divididas
P 19 21
por 2 ( ).Porém nas engrenagens fundidas a espessura é: e = x P : o vão:
2 40 40
x P.
307
ODONTÓGRAFO DE GRANT
Número R = A x M r=BxM Número R=AxM r=BxM Número R = A x M r = B x M
de de de
dentes A B dentes A B dentes A B
N N N
10 2,28 0,69 22 3,49 2,06 34 4,33 3,09
11 2,40 0,83 23 3,57 2,15 35 4,39 3,16
12 2,51 0,96 24 3,64 2,24 36 4,45 3,23
13 2,62 1,09 25 3,71 2,33 37 a 40 - 4,20
14 2,72 1,22 26 3,78 2,42 41 a 45 - 4,63
15 2,82 1,34 27 3,85 2,50 46 a 51 - 5,06
16 2,92 1,46 28 3,92 2,59 52 a 60 - 5,74
17 3,02 1,58 29 3,99 2,69 61 a 70 - 6,52
18 3,12 1,69 30 4,06 2,76 71 a 90 - 7,72
19 3,22 1,79 31 4,13 2,85 91 a 120 - 9,78
20 3,32 1,89 32 4,20 2,93 121 a 180 - 13,38
21 3,41 1,98 33 4,27 3,01 181 a 360 - 21,62
308
Para engrenagens com mais de 55 dentes
A = centro da engrenagem
Dp
CB =
4
R1 = distância CB
R2 = distância CD
309
Cremalheira
Cremalheira é uma barra dentada que engrena com um pinhão (engrenagem). Pode
ser considerada parte de uma engrenagem cilíndrica, cujo diâmetro é infinitamente
grande. O mecanismo engrenagem-cremalheira transforma o movimento de rotação
(circular contínuo) transmitido pela engrenagem em um movimento de translação
(retilíneo contínuo) transmitido pela cremalheira ou vice-versa.
Fórmulas
G = M x 1,75 P=Mx π
t = M x 1,17 P
e=
2
S=M P
V=
2
310
Engrenagem cilíndrica helicoidal (fórmulas e traçados)
A roda cilíndrica helicoidal distingue-se por sua grande resistência e marcha silenciosa.
Essa engrenagem pode ser empregada tanto para eixos paralelos quanto cruzados. Os
demais são traçados à evolvente de círculo e sua construção é igual à dos dentes
retos.
311
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo. 1991.
312
Referências
313
314