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Índice
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Anton "Suitbert" Hellinger, ou como ficou conhecido, Bert Hellinger, nasceu em Leimen, na
Alemanha em 1925.
Na juventude, esteve em um internato católico pois fora seu desejo de seguir a vida religiosa.
Pelos tempos pesados da guerra, este internato foi fechado por ordens do governo de Hitler.
Com fim da guerra, ao retomar a vida religiosa, estudou Filosofia, Teologia e Pedagogia.
Com 29 anos, como membro de uma ordem de missionários católicos, estudou, viveu e
trabalhou durante 16 anos no sul da África, dirigindo várias escolas de nível superior.
Um divisor de águas em sua vida foi quando conheceu a dinâmica de grupo em 1964, na
África do Sul. Esse foi o seu primeiro encontro com o mundo da terapia, mais especificamente
com a terapia de grupo.
No final dos anos 1960, abandonou o clero e voltou à Alemanha, onde passou a estudar
Gestalt-terapia.
Hellinger viveu dos 20 anos aos 45 anos em uma ordem religiosa. Foi para Viena para
estudar psicanálise, então conheceu sua primeira esposa, Herta, uma psicoterapeuta.
Em 1973 se mudou para a Califórnia para estudar Terapia Primal com Arthur Janov, também
foi o momento em se interessou pela Análise Transacional. Esta mudança foi para Hellinger
também em seu divórcio com Herta. Apaixonou-se e casou-se com Marie Sophie, sua
companheira que até hoje desenvolve com ele cursos, oficinas e seminários em vários países.
Com toda sua bagagem vivencial e de estudos, tendo influência na dinâmica de grupos, na
psicanálise, na terapia primal, na análise transacional e em diversos métodos
hipno-terapêuticos e demais técnicas, Bert Hellinger desenvolveu sua própria Terapia
Sistêmica e Familiar a qual denominou “Familienaufstellen”, traduzindo: “Colocação do
Familiar”, aqui no Brasil foi adaptado para Constelações Familiares, método original e
amplamente difundido em todos os continentes.
Bert Hellinger escreveu diversos livros que foram traduzidos em muitas línguas, inclusive
português. Estes incluem reprodução de workshops, ensaios teóricos, pensamentos, poemas e
contos. Os desenvolvimentos desta técnica tem aplicabilidade para psicoterapia,
aconselhamento de casais, pedagogia, consultoria de empresas, dramaturgia, política e
solução de conflitos sociais.
Bert Hellinger identificou 3 leis que atuam nas relações de família, que podem se estender a
outros vínculos humanos, como comunidades, empresas, instituições, grupos de amigos,
equipes de trabalho etc.
Quando estas leis são violadas, surgem compensações, que atuam em outras pessoas da
mesma família, independentemente da cronologia, pois isto pode afetar não só outros
membros atuais daquele grupo, mas também afetar quem não havia nascido quando o
problema se iniciou.
Por exemplo, o rompimento do Equilíbrio em um casal pode ficar presente como memória neste
casal e, inconsciente, os atos e palavras desse casal podem afetar a forma como os filhos
(ainda nem nascidos) vão encarar as relações afetivas.
A partir dos pontos 1 e 2 acima, o cliente poderá enxergar o próximo passo (ponto 3, acima)
para deixar de uma maneira menos dolorosa a questão que lhe traz dor e problemas.
Esta confusão ocorre quando uma pessoa incorpora o destino de outra pessoa da
família viva ou que já viveu no passado, sem estar consciente disto, resultando em atos
que levam a repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não
reconhecidos no lugar que pertencia a eles.
A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica que visa a trazer à luz o que está
oculto nos relacionamentos familiares e interpessoais.
Este método coloca em evidência a conexão profunda que temos com a nossa família, em
uma ou mais gerações.
A Constelação traz à tona os vínculos de amor e lealdade que podem estar emaranhados nos
nossos destinos.
O sistema familiar tem uma força tão grande (que advém do afeto entre seus membros):
quando aprendemos a usar esta força para restaurar a ordem, podemos mudar um
destino negativo.
A tese de Hellinger é que estes laços são de tal maneira poderosos que, quando membros de
uma dada geração deixam situações por resolver, membros das gerações posteriores serão
forçados a sua resolução, permanecendo prisioneiros de fatos pelos quais não tem
relação alguma ou são responsáveis.
- pelo lado místico: trata-se de um lado mais rejeitado pela academia, que pressupõe que a
memória seja “transmitida” como um “karma” de uma linha de parentesco;
De toda forma, o evento traumático gera um “clima familiar” (ou organizacional etc.) prejudicial,
visto como um “sintoma”, que só poderá ser tratado quando identificadas as causas.
De toda forma, podemos dizer que exista uma transmissão transgeracional dos problemas
familiares que cria uma cadeia de destinos trágicos.
No entanto, este amor capaz de criar sofrimento é o mesmo que traz consigo a sabedoria da
solução, logo que se torna consciente ao emergir no decurso da configuração de uma
Constelação Familiar, desde que os agentes estejam dispostos à conciliação e ao amor.
Uma fala que, ao fim de uma constelação, sugere um desfecho favorável, no sentido do que
dissemos no parágrafo anterior: “Agora compreendo um pouco das razões por meu pai ter
agido assim; de certa forma, ele tinha suas razões, e sinto que que preciso entendê-lo e
perdoá-lo”.
Primeira parte: “Agora compreendo que…” (entendimento); “... e sinto que…” (ação ou
mudança de paradigma mental).
Para a teoria da Constelação familiar, a maior parte das angústias pessoais, assim como os
problemas de relacionamento, são resultado de confusões nos sistemas familiares, que
ocorrem quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que já
viveu no passado.
A pessoa pode querer, inconscientemente, suprir uma falta, um desprezo ou uma violência do
passado. Para isso, ela pode assumir o lugar da figura omissa ou agressora. Isso pode ser
feito:
- Pela semelhança, o membro mais novo vai repetir o círculo vicioso de males.
Ex.: o membro pode querer repetir o contexto de omissão ou agressão contra seus
descendentes, por achar que tal comportamento é “normal”;
- Pela oposição, o membro mais novo vai introjetar a culpa e vai exercer sobre si uma cobrança
excessiva por ser bom, ou por fazer aquilo que seu antecessor não o fez.
Ex.: o membro cujo pai foi negligente pode acabar sendo superprotetor, ou recair em excesso
de trabalho na visão de que, assim, suprirá seus descendentes com os bens materiais que lhe
faltaram.
Por esses caminhos, podemos acabar por repetir o destino dos membros familiares que
foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles.
Por exemplo, identificando um conflito entre avós, esse conflito pode ser desemaranhado,
mesmo os avós não estando mais vivos. Isso é possível porque, ao indivíduo, o que contam
são as narrativas: as construções simbólicas que podem ser reescritas (uma vez
compreendidas as razões dos antecessores).
Para isso, o cliente escolhe para si e para sua família as pessoas do grupo de trabalho (os
convidados para participar de uma oficina de constelação) para serem representantes, no
lugar dos membros familiares reais.
Então, o cliente posiciona essas pessoas umas em relação às outras como ele sente que
elas estão ou estiveram. Trata-se de escolha exclusiva do cliente, da forma como ela
considera mais fidedigna à sua intuição.
Desta forma o cliente recria uma constelação de acordo com a sua "imagem interior", para que
consiga ver e sentir aquilo que está errado nos relacionamentos e dessa forma se
encontre a melhor solução.
Frequentemente a pessoa procura dentro de si ou nos outros a razão dos seus problemas ou
doenças, mas muitas das vezes sem a encontrar. As constelações familiares mostram-nos que
muitos dos nossos problemas físicos e emocionais não têm origem em nós, mas sim em
situações que existem ou que existiram na nossa família e de que muitas vezes nem
temos conhecimento.
Abaixo, queremos compartilhar com você um relato da Gabriele ten Hövel. Ela foi responsável
por “colocar no papel” os livros mais importantes de Bert Hellinger, transformando em livros os
conhecimentos que Hellinger ministrava em cursos, palestras e oficinas de Constelação.
Gabriele figura como co-autora dos livros de Hellinger.
O que queremos lhe dizer é que a CF tem um procedimento estrutural que pode ser adaptado
para diversas realidades. Por exemplo, existem abordagem religiosas (católicos, evangélicos,
espíritas, judeus, muçulmanos, religiões de matrizes africanas etc.) e não religiosas (ateus,
agnósticos, acadêmicos, psicólogos, psicanalistas, coaches, juristas etc.) que adotam a
Constelação Familiar.
Então, você poderá criar sua trajetória pessoal de aplicação da Constelação: seguindo os
procedimentos essenciais e adaptando os aspectos de conteúdo.
Bert Hellinger confundiu a minha cabeça e tocou a minha alma. Fez com que eu me sentisse
insegura, indignada e curiosa. Muitas de suas ideias pareceram-me, à primeira vista,
terrivelmente familiares: “A maternidade é uma tarefa grandiosa” — Oh, meu Deus! “Honrar pai
e mãe” — que coisa mais católica! “Não se oponha aos seus pais, aceite-os como eles são” —
mas eles me fizeram coisas terríveis! “A mulher deve seguir o homem!” E justo você considera
isso bom?
Por que é que palavras piedosas de repente adquirem tanto significado no trabalho
terapêutico? Mostrar humildade perante os pais, pedir a “bênção” ao pai? O que há de
verdadeiro em se chamar uma desculpa de “descabida” e o perdão de “presunção”? O que é
que conduz o pensamento desse homem em seu trabalho terapêutico e como é que ele
consegue tocar com precisão os pontos cegos do nosso arraigado pensamento racionalista?
Por que é que ele vê:
• a inevitabilidade da culpa no contexto nazista (mas eles deveriam ter percebido isso e tentado
fazer o que era certo!)
• a indignação como uma energia que leva à violência (mas é fundamental lutar contra a
injustiça!)
• o respeito pelo masculino apesar de toda a emancipação (como ter respeito pelo masculino
em vista de tanto desrespeito pelo feminino?)
• a culpa dos pais adotivos com relação à criança adotada (mas a adoção é um grande ato
social!)
• o vínculo com a família como fonte de liberdade (mas é essencial que os filhos se emancipem
dos pais!)
Essas questões todas afluíram à minha cabeça! Entretanto, a causa verdadeira da minha
fascinação pelo trabalho de Hellinger foi simplesmente o modo como ele me comoveu. Tanto
quando testemunhei seu trabalho como quando folheei seus livros ou, posteriormente, nas
conversas que com ele travei por horas a fio, sempre senti uma estranha sensação de paz,
descontração e relaxamento com relação a mim mesma e ao mundo em geral. Por que será?
Talvez seja por causa de sua persistente busca pelo amor como fonte de emaranhamentos,
sofrimentos e doenças. A linguagem de Hellinger pode parecer às vezes um tanto antiquada.
Quando ele fala de humildade, bondade ou misericórdia, da bênção do pai, da vida como uma
dádiva ou de reconciliação, alcança uma esfera da alma para a qual a psicologia moderna de
orientação analítica não encontra palavras. E como se ele construísse uma ponte para uma
realidade da vida que não tem nenhuma linguagem para os movimentos profundos da alma.
Tudo isso me pareceu incrível. Quem é esse homem que me toca de forma tão insólita,
transcendendo a minha capacidade de entendimento?
Se acha necessário, Bert Hellinger pode ser rude com seus clientes, resoluto e, para usar uma
expressão suave — extremamente enérgico. Alguns dizem autoritário. Ele não receia expressar
abertamente opiniões duras quando outros ousam, no máximo, pensar nelas! Ele mais
considera do que tem consideração.
Com seu trabalho, esse psicoterapeuta que prefere ser chamado de “assistente de almas”
parece debochar daqueles que se intitulam advogados dos pobres e desamparados, dos viúvos
e órfãos, sejam eles terapeutas, sacerdotes ou pessoas que se dedicam, de bom grado, às
áreas assistenciais. Mas, não sei por que, as palavras dessas pessoas bem-intencionadas e
dos grandes propósitos da educação ou da terapia que objetivam o esclarecimento, parecem
pálidas, arrogantes e sem força quando comparadas à linguagem simples de Hellinger. E tem
mais. Esse Hellinger não tem a mínima pretensão de saber muita coisa! Que estranho!
Certa vez ele trabalhou com um homem que tinha perdido a mulher e o filho num acidente. A
descrição dos acontecimentos foi tão terrível que paralisou todo o recinto. E Hellinger, de pé
em frente a esse homem, ouve-o e sua voz se suaviza: “Agora monte a constelação” e, de um
modo inigualável, vê com esse homem a morte de seus entes queridos, para acompanhá-lo de
volta à vida — bem mansamente, com poucas palavras e uma segurança bondosa que envolve
todos os presentes. Ele é assim também. Um homem sensível, com um grande coração,
completamente concentrado em sua compaixão.
E um dia nós nos encontramos frente a frente. A princípio no estúdio de uma emissora de
rádio, depois em seu escritório, onde tratamos da minha longa lista de perguntas. Que bom que
ele aceitou! Nem tudo ficou esclarecido até o último detalhe, mas foi o suficiente para começar.
As conversas com Bert Hellinger convidam para uma volta numa montanha-russa de
pensamentos e sentimentos. Ele provoca, fascina, toca e irrita. Essa mistura alimenta o espírito
e estimula um tipo de raciocínio que, do contrário, poderia permanecer inerte e satisfeito dentro
de nós. E de alguma forma você passa a olhar o mundo com mais indulgência.
Questões
Ao final de cada módulo, você responde a 5 perguntas de múltipla escolha.
Estude as perguntas abaixo. Quando se sentir preparado, vá até a Área de Membros, clique
em “Prova 1” e responda às questões, que são as mesmas apresentadas abaixo.
Você precisa obter a média 7 ao final dos 12 módulos (a média não é considerada por prova).
Concluindo uma prova, você já pode começar imediatamente o estudo do módulo seguinte.
Para garantir o bom aproveitamento do Curso, entre uma prova e outra, você deve aguardar o
prazo de 7 dias.
b) Estudou, viveu e trabalhou durante 16 anos no sul da África, dirigindo várias escolas de nível
superior; foi na África do Sul seu primeiro encontro com o mundo da terapia, mais
especificamente com a terapia de grupo.
b) Para Hellinger, há três leis que atuam nas relações de família, que podem se estender a
outros vínculos humanos, que são a solidariedade, o pertencimento e o equilíbrio
c) A hierarquia é definida pela ordem de chegada, o pertencimento diz respeito aos vínculos
afetivos, o equilíbrio representa a equidade ou senso de justiça nas trocas em geral.
d) Quando as leis do amor são violadas, surgem compensações, que atuam em outras pessoas
da mesma família, o que pode afetar não só outros membros atuais daquele grupo, mas
também afetar quem não havia nascido quando o problema se iniciou.
II. entender como as leis das relações podem ser novamente aplicadas;
III. compreender o próximo passo a ser dado, no sentido de uma ação ou uma mudança de
entendimento para superar a dor para si e para outros;
IV. incorporar o destino de outra pessoa da família viva ou que já viveu no passado, para
livrá-la de seu destino.
a) todas as alternativas.
b) II e IV, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III, apenas
a) A maior parte das angústias pessoais, assim como os problemas de relacionamento, são
resultado de confusões nos sistemas familiares, que ocorrem quando incorporamos em nossa
vida o destino de outra pessoa viva ou que já viveu no passado.
b) A pessoa pode querer, inconscientemente e de forma dolorosa para si, suprir uma falta, um
desprezo ou uma violência do passado, o que pode ser feito por ações semelhantes ou opostas
às de outro membro do grupo.
I. Identificando um conflito entre avós do cliente, esse conflito pode ser desemaranhado,
mesmo os avós não estando mais vivos.
II. As construções simbólicas podem ser ressignificadas, trazendo luz ao cliente sobre a forma
futura de agir e pensar.
III. As constelações familiares são criadas por uma “distribuição” em uma “cena” de um
conjunto de pessoas, que representam papeis dos membros da família e recriam uma situação
a resolver.
a) todas as alternativas.
b) I, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.