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1 Introdução
A cinemática dos fluidos trata da descrição do movimento dos fluidos sem necessariamente
considerar as forças e momentos que causam o movimento. Vamos ver os seguintes tópicos:
• Descrição Lagrangeana e Euleriana do escoamento de fluidos,
• Derivada material,
• linhas de corrente, linhas de emissão e linhas de trajetória,
• taxa de translação, taxa de rotação, taxa de deformação linear e taxa de deformação
por cisalhamento,
• conceitos de vorticidade, rotacionalidade e irrotacionalidade dos escoamentos,
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– Campo de pressão:
P = P (~x, t)
– Campo de acelerações:
~a = ~a(~x, t)
mparticula~aparticula = F~particula
onde F~particula é a resultante das forças atuantes sobre a partícula com massa mparticula e
aceleração ~aparticula . Por definição,
dV~particula
~aparticula =
dt
Entretanto, em qualquer instante t, a velocidade da partícula é igual ao campo de
velocidades avaliado no local ~x(t)particula da partícula, uma vez que a partícula de fluido se
movimenta com o fluido. Podemos escrever
V~ (t)particula ≡ V~ (~x(t)particula , t)
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dV~particula V~ dV~ (~x(t)particula , t)
~aparticula = = =
dt dt dt
∂V ~ ∂V ~ d~xparticula
= +
∂t ∂~xparticula dt
∂ V~ ∂ V~ dxparticula ∂ V~ dyparticula ∂ V~ dzparticula
= + + +
∂t ∂xparticula dt ∂yparticula dt ∂zparticula dt
Como a aceleração é definida como a obtida seguindo uma partícula de fluido (descri-
ção Lagrangiana), a taxa de variação da posição ~x da partícula com relação ao tempo é
d~xparticula /dt = V~ . Além disso, em qualquer instante do tempo considerado, o vetor posição
material ~x(t)particula da partícula de fluido na descrição lagrangiana é igual ao vetor posição
~x na descrição euleriana. Assim a equação acima torna-se
dV~ ∂ V~ ∂ V~ ∂ V~ ∂ V~
~aparticula (~x, t) = = + Vx + Vy + Vz
dt ∂t ∂x ∂y ∂z
Finalmente, em qualquer instante de tempo t, o campo de aceleração deve ser igual
à aceleração da partícula de fluido que ocupa o local ~x naquele instante t. Dessa forma,
podemos substituir ~aparticula por ~a(~x, t) nas equações acima. então, no ponto de vista
Euleriano, a equação para o campo de aceleração pode ser escrita como:
dV~ ∂ V~
~a(x, y, z, t) = = + (V~ · ∇)
~ V~
dt ∂t
D d ∂
= = + (V~ · ∇)
~
Dt dt ∂t
Esse operador quando aplicado ao campo de velocidades, resultou no campo de acele-
ração do escoamento. Esse operador tambem pode ser aplicado a outras propriedades dos
fluidos além da velocidade, tanto escalares quando diferenciais. Por exemplo, a derivada
material da pressão pode ser escrita como
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DP dP ∂P
= = + (V~ · ∇)P,
~
Dt dt ∂t
que representa a taxa de variação da pressão no tempo acompanhando uma partícula à
medida que ela se movimenta através do escoamento.
Vy
Linha de corrente Vx
y
Ponto (x,y)
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podemos escrever que:
d~r dx dy dz
= = =
~
V Vx Vy Vz
dy Vy
=
dx Vx
Um tubo de corrente consiste em um conjunto de linhas de corrente. Como as linhas
de corrente são paralelas em todos os pontos à velocidade local, o fluido não pode cruzar
uma linha de corrente. Portanto, o fluido dentro de um tubo de corrente deve permanecer
dentro desse tubo e não pode cruzar a fronteira do tubo de corrente.
C2
C1
v
3
v
2
v1
d~x ~
= V (~x, t)
dt
com condição inicial ~x = ~x0 . Em termos das coordenadas (x, y, z) a equação vetorial acima
pode ser escrita como:
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dx
= Vx (x, y, z, t)
dt
dy
= Vy (x, y, z, t)
dt
dz
= Vz (x, y, z, t)
dt
com condição inicial (x, y, z) = (x0 , y0 , z0 ). Podemos ainda escrever a equação vetorial na
acima na forma:
Z t
~x = ~x0 + V~ dt
t0
= V~ (~xP , t)
d~
xP
dt
~xP (t = τP ) = ~xP,0
• Translação,
• Rotação,
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• Deformação por cisalhamento.
A)
B)
C)
D)
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A taxa de rotação (velocidade angular) em um ponto é definida como a taxa de
rotação média de duas retas inicialmente perpendiculares que se cruzam neste ponto. Veja
a figura abaixo.
αb
Reta b
Vy Reta b αa
π/2 Reta a
Reta a
Elemento fluido instante t 2
P
Vx
Elemento fluido instante t 1
αa + αb
,
2
e a taxa de rotação ou velocidade angular no plano xy é igual à derivada no tempo desse
angulo de rotação média. Então
d αa + αb 1 ∂Vy ∂Vx
ω= = −
dt 2 2 ∂x ∂y
1 ∂Vz ∂Vy ~ 1 ∂Vx ∂Vz ~ 1 ∂Vy ∂Vx ~
ω
~ = − i+ − j+ − k
2 ∂y ∂z 2 ∂z ∂x 2 ∂x ∂y
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a taxa de deformação linear em alguma direção arbitrária, que denotamos por xα . Por
exemplo, na figura abaixo, o segmento de reta P Q tem comprimento inicial dxα , e aumenta
0 0
para o segmento de reta P Q como mostrado.
u α+ ( δu / δx )dx α Q’
α α
uα
P’
dx α
P (u +( δu / δx )dx )dt
uαdt α α α α
xα
y
0 0
d P Q − PQ
αα =
dt PQ
0 0
P Q
z }| { PQ
∂uα z}|{
α dt + dxα − uα dt − dxα
uα + dx
d ∂xα ∂uα
= =
dt
dxα ∂xα
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apropriada na outra direção ou direções para compensar. O volume de um elemento fluido
compressível, porem, pode aumentar ou diminuir à medida que sua densidade diminui ou
aumenta, respectivamente.
A taxa de aumento do volume de um elemento de fluido por unidade de volume á a sua
taxa de deformação volumétrica ou taxa de deformação em volume. Essa propri-
edade cinemática é definida positiva quando o volume aumenta. é possível mostrar que a
taxa de deformação volumétrica é a soma das taxas de deformação linear nas três direções
mutuamente ortogonais. Em coordenadas cartesianas a taxa de deformação volumétrica é
portanto
α a−b em t 2
Reta b
Vy α a−b= π/2
Reta b
Reta a P’
Reta a
Elemento fluido instante t 2
P
Vx
Elemento fluido instante t 1
1d 1 ∂Vx ∂Vy
xy =− αa−b = +
2 dt 2 ∂y ∂x
Essa equação pode ser facilmente estendida para três dimensões. Portanto, a taxa de
deformação por cisalhamento é:
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1 ∂Vx ∂Vy
xy = +
2 ∂y ∂x
1 ∂Vz ∂Vx
zx = +
2 ∂x ∂z
1 ∂Vy ∂Vz
yz = +
2 ∂z ∂y
xx xy xz
ij = yx yy yz
zx zy zz
∂Vx
∂x
1
2
∂Vx
∂y
+ ∂V∂x
y 1
2
∂Vx
+ ∂Vz
∂z ∂x
1 ∂Vy ∂Vx ∂Vy 1 ∂Vy
= ( + + ∂V z
2 ∂x ∂y
∂y 2 ∂z ∂y
1 ∂Vz ∂Vx
1 ∂Vz ∂Vy ∂Vz
2 ∂x
+ ∂z 2 ∂y
+ ∂z ∂z
ζ~ = ∇
~ ∧ V~
ζ~ = 2~ω
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a camada limite próxima a uma parede sólida é um exemplo de região de escoamento
rotacional. Fora da camada limite o escoamento é irrotacional.
• a esteiras,
• camadas limites,
Exemplos de Esteiras:
12
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14
Exemplos de camadas limites:
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Observação: a vorticidade de um elemento de fluido não pode variar, exceto através
da ação da viscosidade, aquecimento não uniforme ou outros fenômenos não uniformes.
Assim, se um escoamento se origina em uma região irrotacional, ele permanece irrotacional
até que algum processo não uniforme o altere.
Vetor vorticidade em coordenadas cartesianas:
∂Vz ∂Vy ~ ∂Vx ∂Vz ~ ∂Vy ∂Vx ~
ζ~ = − i+ − j+ − k
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
∂Vy ∂Vx ~
ζ~ = − k
∂x ∂y
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