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Livro Eletrônico

Aula 01

Engenharia do Petróleo p/ PETROBRAS (Engenheiro de Petróleo Júnior) em PDF

Professor: Victor Guarnieri

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ENGENHARIA DE PETRÓLEO P/ PETROBRAS
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
Prof. Victor Guarnieri Aula 01

AULA O1 – Geologia do petróleo

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 02
2. Deformações rochosas 11
3. Propriedades das rochas 16
4. Geologia do petróleo 22
5. Geologia do pré-sal 30
6. Resumo 32
7. Questões resolvidas 33
8. Lista de questões 68
9. Gabarito 89
10. Bibliografia 89

Olá, agradeço pela confiança depositada no curso. Tenho certeza


que iremos superar suas expectativas. Teremos nesta aula 54 questões,
preparem-se!
A aula de hoje é sobre geologia do petróleo, um tema relativamente
simples. Em resumo, a geologia do petróleo envolve a história da região
produtora de petróleo, da formação das rochas há milhões de anos até a
migração do óleo para a rocha reservatório.
Mas, para que possamos entender e estar preparados para diversas
questões que podem aparecer, temos que aprender diversos conceitos de
geologia geral, alguns mais diretos, outros nem tanto. O tempo até a
prova é curto, então leiam com atenção e façam revisões, ok?
Os pontos principais estão explicados na aula, mas algumas
questões extrapolam este conteúdo. Por isso, sempre que algo não visto e
menos usual for citado na questão, teremos uma explicação mais
detalhada.

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INTRODUÇÃO

A geologia é a ciência que estuda o planeta Terra, ocupando-se de


questões que vão desde a escala global (tectônica de placas ou o estudo
do interior do planeta) até questões microscópicas (o estudo dos cristais
de minerais que compõem as rochas), passando por temas de interesse
regional (estudos sobre o ambiente de sedimentação de uma região
específica). O interessante é perceber que as três escalas não podem ser
dissociadas, sendo necessária um formação completa para explicar
fenômenos naturais complexos.
Assim, notamos que a geologia é uma ciência muito ampla, com
diferentes focos de estudo. Existem algumas divisões dos ramos da
geologia, que podem variar dependendo do autor empregado. Para
conhecimento, seguem alguns ramos mais famosos:
•Mineralogia: consiste no estudo da química, estruturas molecular e
cristalina e propriedades físicas de minerais, além de sua transformação
com o tempo e agentes externos.
•Petrografia: muito similar ao escopo da mineralogia, porém o foco
aqui são as rochas (agregado de minerais).
•Sedimentologia: estudo dos sedimentos, ou seja, partículas de
rochas erodidas, desde sua geração até a deposição, formando ambientes
sedimentares com características específicas.
•Geologia estrutural: tem como foco a distribuição espacial das
camadas rochosas em 3D, juntamente aos processos de deformação que
agiram na região. Inclui o estudo de dobras e falhas, por exemplo.
•Paleontologia: estuda a vida no passado da Terra e sua evolução
ao longo do tempo. Tem como principal foco os fósseis, registro da
presença de tais formas vivas.
•Estratigrafia: ramo da geologia que estuda as camadas rochosas
(estratos), utilizando o princípio da sobreposição de camadas

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•Geologia aplicada: uma grande área com diversas subdivisões,


dependendo da área de interesse. Temos como exemplos, a geologia de
petróleo, a geologia de mineração, a geologia de engenharia (tuneis,
construções, etc).
É claro que nenhum desses ramos é autônomo, independente dos
outros. A geologia, como o direito, é una, sendo as divisões propostas
acima de caráter didático. Assim, para entendermos a geologia de
petróleo, teremos que estudar um pouco de outros ramos, principalmente
a sedimentologia, estrutural e estratigrafia.
Para iniciar, nossa profissão lida diariamente com rochas (afinal, o
petróleo está contido nos milimétricos poros de rochas a quilômetros de
profundidade, e não em uma “piscina” no interior da Terra). Mas o que é
uma rocha?
Para a geologia, uma rocha é um agregado de minerais, de
ocorrência natural, coerente.
Dessa maneira, podemos concluir:
•Coerente: uma rocha é um “objeto” integro, que deve ser
quebrado para ser separado em partes. Assim, um grupo de minerais que
não estão ligados entre si não constituem uma rocha.
•Ocorrência natural: a rocha deve ser formada por processos
naturais, excluindo materiais como o cimento, que poderia até ser
confundido com uma rocha.
•Agregado de minerais: a grande maioria das rochas é formada por
um agregado de diferentes minerais e cristais. A proporção entre eles é
utilizada para a identificação e categorização da rocha
Mas o que mantem os minerais que compõem a rocha “juntos”,
formando um objeto coeso, coerente? Isso depende da formação da
rocha, mas em resumo pode ser tanto sais que estavam na água que
preenchia o espaço entre os grãos minerais e com o tempo precipitaram-
se, formando um cimento natural (rochas formadas dessa maneira são
conhecidas como clásticas, do grego “klasto”, quebrado). Já outras
rochas, as cristalinas, são frutos de um outro processo formativo, no qual

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os grãos minerais crescem de uma maneira quase simultânea, atingindo


um auto travamento, algo mais mecânico.
Mas toda rocha é igual? Não, dependendo dos minerais que a
compõe, do ambiente de formação, do tamanho dos grão e outras
variáveis, as propriedades da rocha podem variar fortemente. Assim, é
importante ressaltar que como se trata de uma ciência natural, existe
grande variabilidade nas propriedades de uma mesma rocha em uma
mesma região (porosidade, resistência à compressão, etc), o que enche
de incertezas o estudo para um projeto de petróleo, por exemplo.
Uma das principais classificações envolve a gênese da rocha,
dividindo-as em três grandes grupos.
•Rochas ígneas, formadas pela solidificação do magma (rochas
cristalinas)
•Rochas sedimentares, formadas ou pela cimentação de grãos
erodidos de outras rochas existentes (rochas clásticas) ou pela
precipitação de minerais dissolvidos em água
•Rochas metamórficas, formadas pela alteração de rochas já
existentes, em resposta à condições de temperatura e pressão diferentes
Como exemplos de rochas típicas de cada categoria citada, temos:

O basalto, uma rocha ígnea, extrusiva (vulcânica), composta


basicamente por silicatos (olivina e augite) e piroxênios (plagioclásio).
Você não precisa decorar esses nomes dos minerais, fique tranquilo. É,
por exemplo, o tipo de rocha encontrada na Lua ou em Marte. Outros
exemplos comuns são o granito e o diabásio.

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O arenito é uma rocha sedimentar formada pela compactação e


litificação de areias (areia é, em geologia, uma categoria de dimensão de
grão), composta basicamente de quartzo, tendo sua coloração
influenciada pela presença de impurezas. Os arenitos estão entre as
rochas mais comuns de reservatório de petróleo, pela sua boa
porosidade.
Outros exemplos citados são o calcário e o folhelho.

O mármore é um exemplo de rocha metamórfica, originada da


transformação da rocha calcária por pressão e temperatura. Outras
rochas metamórficas, de origens diversas são a ardósia e o xisto.
Com o conhecimento já adquirido, podemos conversar sobre um
dos conceitos mais importantes da geologia, básico para o entendimento
holístico da disciplina: o ciclo das rochas.

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Conhecido como Ciclo de Wilson, o ciclo das rochas descreve as


transformações entre os três tipos de rocha, em uma escala de tempo
geológica (tempo em geologia é algo muito mais longo que o conceito
humano. Pense em algo como centenas de milhares de anos). Assim, as
mudanças de tipo rochoso podem ser resumidas na figura abaixo.

Analisando o ciclo externo, temos:


•O magma presente no interior da Terra, por algum motivo (uma
erupção vulcânica, por exemplo) encontra uma região com características
diferentes, de temperatura e pressão menores. Tais condições favorecem
a perda de calor para o ambiente e, consequentemente, a solidificação e
cristalização dos minerais que o constituem, formando as rochas
magmáticas.
•Com a ação de diversos agentes externos, em especial a água,
ocorre o desgaste e erosão de minerais e/ou fragmentos de rocha, de
acordo com sua resistência química ou física. Esses fragmentos (clastos,
ou sedimentos) são transportados por agentes como a água ou vento

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para regiões que podem ser distantes, até que encontrem um local de
menor energia para sua deposição (ou sedimentação).
•Com a deposição de diversas camadas de sedimento (falamos aqui
de quilômetros de espessura), as condições de temperatura e pressão
aumentam, favorecendo o processo conhecido como diagênese, que é o
processo formador das rochas sedimentares.
•As rochas sedimentares (e as magmáticas também) podem, por
diversos motivos, ser expostas a condições de temperatura e pressão
aumentadas, ocorrendo sua metamorfização, ou seja, a transformação de
características da rocha, de sedimentar/magmática para metamórfica.
•E por fim, todas as rochas citadas, por ocorrência de eventos da
tectônica de placas (como a subducção, evento no qual a placa mais
pesada é empurrada para baixo da placa mais leve, como ocorre no litoral
do Chile), podem ser forçadas a entrar no manto terrestre, retornando
para a condição de magma.
Essa, como podemos ver, é uma teoria simples e muito completa,
relacionado diversos conceitos observáveis em campo com a teoria da
tectônica de placas. Bonito não?
Voltando às rochas, sua classificação depende de diversas
propriedades físicas, como o tamanho de grãos (a granulometria vai
desde a argila, com grãos de diâmetro menor que 0,002 mm, até o bloco
de rocha, de diâmetro maior que 1000mm), a composição dos grãos, a
textura (arranjo físico dos grãos na rocha) e o bandamento (separação
em camadas dentro da mesma rocha). Esses assuntos são tópicos da
petrologia, não entraremos em detalhes por serem complexos e não
cobrados em nível de engenharia. Comentarei algumas questões da prova
de geólogo ao final para que os termos mais comuns não sejam
estranhos, ok?
Seguindo o assunto, já sabemos o que é uma rocha, como elas
“funcionam”. Assuntos em uma escala mais micro não nos interessam por
hora, passemos então a uma escala mais regional do nosso estudo, com

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um conceito fundamental da estratigrafia, o princípio da sobreposição de


camadas.
O princípio, proposto por Steno, é algo simples, porém com
importantes consequências. Em resumo, afirma que a sedimentação
ocorre por ordem cronológica, da base para o topo da coluna
estratigráfica (pilha de diferentes camadas de rochas). Lógico, não
parece?
Posso fazer uma deliciosa analogia: imagine que você está
montando uma lasanha (e nem convidou o professor). As camadas que
estão na parte de baixo da forma (coluna estratigráfica) foram colocadas
(depositadas) primeiro, são mais antigas que as camadas de cima. E se a
camada de cima for mais antiga (descoberto por meio de datação
química, por exemplo)? Bem, ai podemos concluir que algo diferente
ocorreu, como uma dobra nas camadas rochosas (ou na lasanha, uma
pena).

Aqui podemos ver em campo uma coluna estratigráfica sem eventos


geológicos como falhas ou dobras. Assim, podemos afirmar que as
camadas inferiores são mais antigas que as superiores.

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Certo, mas o que poderia acontecer de tão diferente nessas


camadas? Afinal, são só montes de rocha certo? Engano... veja abaixo
exemplos mais simples, para começar:

Veja que as camadas mais claras não são contínuas, o que


demonstra que ocorreu uma falha nesse pacote rochoso.

Aqui ocorreu uma dobra das camadas, formando uma estrutura


anticlinal. Guarde esse nome, ele será muito importante para a geologia
de petróleo.
Uma dobra pode ser tão importante em uma região que altera,
localmente, o princípio da superposição. Tudo depende da intensidade da
força e das características das rochas.
E porque estamos falando de tudo isso? Para introduzir alguns
conceitos de geologia estrutural (como os diferentes tipos de falhas e
dobras). Tudo isso tem importância vital para a geologia do petróleo, pois
rege os locais de migração e acumulo de petróleo em uma bacia!
Vamos aprender agora tópicos básicos sobre a deformação de
pacotes rochosos. Apesar de parecer algo estático, o planeta Terra é, na

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realidade, bem ativo e dinâmico. O ponto é que tal atividade é difícil de


ser notada na escala de tempo humana. A deriva continental, causada
pela movimentação das placas tectônicas é algo quantificável. Por
exemplo, segundo a National Geographic, em matéria de setembro de
2016, a Austrália, de 1994 até 2016, se moveu cerca de 1,5m em direção
ao continente asiático. Pode não ser muito, mas para o sistema de GPS já
são necessárias correções.
Tal mudança de posição é prova de que existem forças que movem
essas gigantescas placas continentais, que também afetam e deformam
localmente as camadas rochosas. A deformação ocorrida pode ser do tipo
dúctil, quando a rocha tem sua forma ou volume alterado
permanentemente, ou frágil, quando a rocha é fraturada.
As condições em que as forças são aplicadas definem o regime de
deformação, sendo os fatores mais importantes:
•Temperatura: Rochas mais quentes tendem a se deformar de
maneira dúctil, enquanto rochas mais frias se rompem.
•Pressão: A pressão atua como um elemento para manter a coesão
da rocha. Assim, quanto maior a pressão envolvida, maior a tendência de
sofrer deformação dúctil.
•Taxa de deformação: Uma mudança súbita aplicada à camada
rochosa causa a deformação frágil; já uma mudança mais lenta favorece
a deformação plástica.
•Composição: aqui entra a reologia da rocha; rochas como a halita
(o “sal” do pré-sal) tendem a sofrer deformação dúctil (neste caso, a
famosa halocinese, ou fluência do sal), mesmo em condições em que
outras rochas sofreriam deformação frágil.
Assim, podemos dizer que, como a temperatura e a pressão
aumentam com a profundidade considerada (pois é mais próxima às
regiões mais quentes do interior da Terra e possui uma camada de rochas
acima, respectivamente), existe um valor de profundidade típico que, se
maior, as rochas se comportam ductilmente e menor, as rochas se

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comportam fragilmente. Essa região é conhecida como zona de transição


dúctil-frágil, tipicamente ocorrendo em profundidades de 10-15 km.
As tensões que atuam nas camadas rochosas podem ser divididas
em três grandes grupos, que geram diferentes tipos de deformação rúptil
ou fragil:

•Tensão compressiva: Conforme observamos na figura, são


aplicadas forças que comprimem as camadas rochosas.
•Tensão extensional (distensiva): Age um regime de tensões que
tende a tracionar a rocha.
•Tensão de cisalhamento: Ocorre quando há a movimentação de
uma superfície em relação à outra.
E porque tudo isso é relevante para nós? Para podermos classificar
os diferentes tipos de deformação que ocorrem por aqui.

Deformações rochosas

Junta é o nome dado para a deformação frágil extensional que


ocorre em uma (ou mais) camada rochosa, mas sem que haja
movimentação perceptível de um bloco em relação ao outro. Confuso?

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Seria algo como cortar um pedaço de bolo e não movê-lo. Ao plano de


corte, dá se o nome de junta.
Uma junta não necessariamente é algo planar, mas pode ser
aproximado em um plano. Assim, para sua caracterização, são
necessárias informações como o a direção da junta (“strike”, em relação
ao Norte) e o mergulho (“dip”, inclinação do plano da junta com a
horizontal.

As condições geológicas que geram uma junta não são relevantes


para nosso nível de estudo, porém é importante lembrar que fluidos
(como água ou petróleo) são capazes de se mover mais facilmente por
juntas que por uma seção de rochas maciças. Isso será importante no
estudo da migração do petróleo, ponto mais importante da aula.
Se, por algum motivo, a água presente na junta é rica em minerais
dissolvidos, que precipitam-se, formam-se os veios minerais.
Uma falha é uma deformação frágil (de qualquer tipo) em que
ocorre a movimentação perceptível de um bloco em relação ao outro. É
também uma estrutura plana, como a junta, sendo descrita da mesma
maneira (direção e mergulho). A diferença entre falha e junta é a
movimentação relativa entre os blocos.
Vamos ao ponto, a classificação de falhas. Um regime diferente de
tensões aplicadas pode gerar diferentes tipos de falha. Para nós, o
importante é reconhecer o tipo de falha, somente.

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A falha mostrada acima é do tipo transcorrente (strike-slip), na qual


a direção de deslizamento é paralela à direção da falha. É formada por
tensões de cisalhamento e possui, geralmente, uma alto ângulo de
mergulho (quase vertical).

Esta é uma falha do tipo normal (de gravidade). São geradas por
tensões extensionais, nas quais a capa (ou teto, bloco que fica acima do
plano de falha) se desloca para baixo em relação à lapa (ou muro, bloco
que fica abaixo do plano de falha).

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Neste caso, temos uma falha inversa (quando de alto ângulo de


mergulho) ou de empurrão (quando o ângulo de mergulho é baixo),
associadas a ambientes compressivos. Aqui, temos que a capa se
movimenta para cima em relação à lapa.
Existem diversos outros tipos de falhas (lístricas, rotacionais,
grabens/horsts, etc), mas para o nosso nível de estudo, esses tipos
básicos contemplam as questões que nos serão apresentadas.
Uma dobra, por sua vez, é uma deformação rochosa dúctil,
geralmente associadas a cadeias montanhosas. Sua extensão pode ser de
metros ou até quilômetros, demonstrando a energia contida na
movimentação das placas tectônicas.
Pode ser descrita, basicamente, pelo plano que divide a dobra em
duas partes similares, não necessariamente simétricas (afinal, é um
processo natural, não industrial).

De interesse para a geologia do petróleo, temos dois tipos básicos


de dobras, classificadas por base da estratigrafia, as sinclinais e
anticlinais.

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Acima temos uma figura de uma dobra anticlinal, com a


concavidade voltada para baixo. Este é um tipo muito importante de
deformação, pois a engenharia de petróleo, em seus primórdios, foi uma
busca de anticlinais para perfuração. Ainda hoje, as anticlinais formam
excelentes armadilhas para o acúmulo de petróleo.
Na mesma figura, temos uma dobra sinclinal, com a concavidade
voltada para cima.
Basicamente, o que temos que saber sobre deformação é isso.
Agora, vamos iniciar os estudos sobre algumas propriedades das rochas
(petrografia), com foco na engenharia de petróleo. O assunto será
abordado de maneira breve, introdutória. Aspectos mais práticos serão
vistos na aula de engenharia de reservatórios.

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Propriedades das rochas

Em resumo, as propriedades de interesse para a engenharia, neste


momento, são a porosidade, a permeabilidade e a compressibilidade das
rochas.
Toda rocha possui uma rede de microscópicos canais interligados,
nos quais podem existir água (situação mais comum) ou óleo/gás. A
porosidade pode ser definida, então, pela razão entre o volume de poros
e o volume total da rocha.

Podemos notar que a porosidade é um valor adimensional, sendo


calculado para regiões especificas da camada rochosa em análise ou para
a camada toda, dependendo da escala que está sendo estudada. Quanto
mais porosa, maior a capacidade de armazenar fluidos em seu interior.
Tipicamente, reservatórios de petróleo possuem porosidades da
ordem de 5-35%, enquanto reservatórios de gás podem exibir
porosidades menores.
Na literatura são encontradas outras definições envolvendo a
porosidade, que possuem interesse para a engenharia de petróleo:
 Porosidade absoluta, definida como a razão entre o volume de poros
total da rocha e o volume total da rocha (logo, igual ao definido
acima).
 Porosidade efetiva, definida como a razão entre o volume de poros
interconectados e o volume total da rocha.
Mas qual a diferença entre eles? Bem, a porosidade efetiva
considera somente os poros interconectados, ou seja, dos quais
teoricamente pode-se recuperar o fluido que o preenche, enquanto a
porosidade absoluta contabiliza também poros preenchidos por fluidos e
que estão isolados, geralmente pela cimentação (deposição de minerais
dissolvidos na água presente nos poros).

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Outra definição de interesse é a diferença entre porosidade primária


e porosidade secundária.
A porosidade que se desenvolve na rocha reservatório durante sua
deposição, ocorrida no passado geológico, é conhecida como primária.
Assim, os espaços entre grãos ou cristais da rocha são conhecidos como
poros primários.
Já a porosidade secundária é formada a partir de uma alteração
significativa das características da rocha, devido a vários processos
geológicos ou geoquímicos. Por exemplo, a presença de fraturas na rocha
ou a injeção de fluidos com características ácidas pode alterar, de uma
importante maneira, a capacidade de armazenamento de fluidos e sua
distribuição na camada rochosa, desviando do modelo presumido.
A porosidade da rocha pode ser afetada por diversos fatores
durante a deposição da rocha, além de situações que ocorrem após a
deposição. Alguns desses fatores são a forma, o empacotamento e a
seleção dos grãos. O que é interessante notar é que:
 A porosidade aumenta conforme o grão se torna mais angular
(menos esférico, mais irregular).
 A porosidade aumenta conforme o grau de seleção dos grãos
aumenta (significa que não existem grãos menores “entupindo” os
poros formados por grãos maiores).
 A porosidade diminui conforme aumenta o grau de cimentação da
rocha (deposição de minerais solubilizados em água).
 A porosidade diminui conforme aumenta a compactação da rocha
(assim, rochas que estão em profundidades maiores são expostas a
uma pressão maior, consequentemente reduzindo o volume
poroso).
Assim, a geometria dos poros na formação afetará diversas outras
propriedades da rocha, seja diretamente ou indiretamente. Por exemplo,
a forma da rede porosa influencia o fluxo dos fluidos no interior da rocha,
alterando a facilidade (ou não) de remoção dos fluidos contidos na
camada rochosa.

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A permeabilidade é a medida da capacidade do meio poroso de


escoar fluidos através de seus poros, a partir da diferença de pressões
entre dois pontos. Tal fluxo ocorre pela perfuração de um poço, gerando
uma área de menor pressão na rocha, para a qual o fluxo ocorre.
As rochas reservatório são permeáveis tanto na direção horizontal
quanto vertical, sendo esses valores geralmente de escalas diferentes,
afetados pelo tamanho, forma, configuração e conectividade da rede
porosa.
Já a permeabilidade discutida nessa seção é conhecida como
permeabilidade absoluta, ou seja, aquela que é propriedade inerente da
rocha, quando saturada por somente um tipo de fluido. A permeabilidade
relativa, que ocorre quando diferentes fases fluem ao mesmo tempo será
estudada na aula de engenharia de reservatórios.
A permeabilidade pode ser medida por uma equação desenvolvida
pelo engenheiro francês Henry Darcy, conhecida como lei de Darcy.

 q é a vazão volumétrica, em cm³/s


 k é a permeabilidade do meio poroso, em Darcy (no SI, m²)
 A é a área da seção transversal que ocorre o fluxo, em cm²
 é a viscosidade dinâmica do fluido, em cp (centipoise)
 L é o comprimento do meio poroso, em cm
 ∆P é a queda de pressão do fluido durante o escoamento no
meio poroso, em atm
Abaixo, segue uma imagem do fluxo descrito, para facilitar o
entendimento.

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Assim, podemos isolar a permeabilidade e chegar à equação que


nos fornece a permeabilidade absoluta:

Tal equação possui alguns pressupostos, a saber:


•O fluxo é horizontal
•Ocorre no regime laminar, sem turbulência (logo, baixas
velocidades)
•Somente uma fase está presente no meio poroso
•Não há reação química entre a rocha e o fluido
Uma pergunta que pode estar passando pela sua cabeça é: se
3
ambas a porosidade e a permeabilidade dependem da rede porosa da
rocha, seriam elas propriedades correlacionadas? A resposta é sim.
Estudos indicam que é possível, em linhas gerais, obter gráficos de
correlação entre porosidade e permeabilidade para cada tipo de rocha
e/ou bacia em estudo, como o exemplo abaixo. O importante é notar que
como trata-se de um material natural, sujeito a diversos fatores de
alteração no tempo geológico, existe uma heterogeneidade intrínseca da
propriedade, o que faz com que os valores possam se desviar fortemente
do previsto no gráfico.

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De qualquer maneira, é possível notar que com o aumento da


porosidade existe um aumento da permeabilidade medida. Nada mais
lógico não?
Outro ponto importante é que a rocha pode ser anisotrópica, ou
seja, sua permeabilidade pode variar de acordo com a direção
considerada. Esse tipo de informação é vital para aumentar a recuperação
do petróleo contido na rocha reservatório, uma vez que o posicionamento
dos poços de injeção/produção na direção de maior permeabilidade
facilita e muito o escoamento dos fluidos em seu interior.
Tal anisotropia deriva do fato que os grãos que formam a rocha
podem ter um direcionamento principal, facilitando a formação de poros
orientados a uma direção. Além disso, a permeabilidade na direção
vertical é corriqueiramente menor (e significativamente menor) que a

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horizontal, uma vez que a forte pressão de soterramento faz com que os
grãos que forma a rocha se orientem na direção horizontal, e não vertical.
A compressibilidade da rocha, por sua vez, pode ser definida como
a variação do volume poroso de acordo com a variação das condições de
pressão, em condições isotérmicas. Matematicamente, temos a equação
abaixo:

Onde:
 é a compressibilidade da formação, em 1/Pa (ou em unidades de
4
campo, 1/psi)
 é o volume poroso, em m³ (ou ft³)

 é a pressão, em Pa (ou psi)


A compressibilidade da rocha é importante pois contribui com
energia para a produção do petróleo contido na rocha. Explicando melhor,
quando o poço produtor é ativado, ele causa uma diminuição da pressão
em seu entorno, que se propaga pelo reservatório. Essa variação da
pressão causa a expansão dos fluidos (agora ocupando maior volume,
pois estão sujeitos a uma pressão menor) e causa também a redução do
volume poroso (o fluido pressurizado fornecia uma contrapressão à
pressão de soterramento; sem essa resistência, os poros tendem a se
fechar). Em resumo, o fluido se expande e o poro se contrai, empurrando
o fluido pra fora.
Para uma melhor noção, um valor típico de compressibilidade da
formação é de 痕10紺^(-6) 1/psi.
Estudamos então as três principais propriedades das rochas, para a
engenharia de petróleo. Os assuntos serão retomados com outras ênfases
(como medir em campo ou em laboratório, por exemplo) na aula de
engenharia de reservatórios.
Agora, finalmente, podemos iniciar o estudo da geologia de
petróleo.

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Geologia do petróleo

O estudo da geologia de petróleo é, resumidamente, contar uma


história, que vai desde a formação da rocha geradora de petróleo até o
último evento de migração do óleo formado, passando por milhares ou
milhões de anos. Cada etapa dessa história altera parâmetros geológicos
que modificam a situação final para a extração do petróleo.
Podemos começar, então, pela formação do petróleo.
A formação do petróleo possui diversas teorias, das mais plausíveis
às mais estranhas. De qualquer maneira, costumam ser divididas em
e
teorias orgânicas e teorias inorgânicas.
As teorias inorgânicas foram as pioneiras, comparando a formação
de hidrocarbonetos na Terra com a de outros corpos celestes, como
planetas ou meteoritos. A mais famosa dela prega que o petróleo é de
origem magmática.
Essa teoria, apoiada por grandes cientistas como Alexander von
Humboldt e o químico Gay-Lussac, diz que o manto terrestre possui em
sua composição carboneto de ferro, que em contato com água geraria
metano e outros hidrocarbonetos.
Apesar de existir pouca evidencia da existência de carboneto de
ferro no manto, tal teoria ainda sobrevive por meio de cientistas pelo
mundo todo, principalmente na Rússia.
De qualquer maneira, as reservas de petróleo que são utilizadas em
estudos para provar a teoria inorgânica são raras e pouco importantes
comercialmente. Assim, os geólogos concluíram que as reservas mais
importantes são formadas pela maturação térmica de matéria orgânica,
sendo esta a teoria orgânica mais aceita.
Segundo esta teoria, o petróleo é gerado a partir de matéria
orgânica, que sofre processos evolutivos e forma o querogênio, que
posteriormente se transforma em petróleo. Mas se engana se você
acredita que o petróleo é formado da decomposição de dinossauros. Isso
é lenda.

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Para o acúmulo de matéria orgânica, são necessários dois


parâmetros importantes: a geração de matéria orgânica em quantidade e
a sua preservação.
Assim, em ambientes marinhos, a geração de matéria orgânica se
inicia no processo de fotossíntese, principalmente por algas e plâncton.
Zonas de boa produtividade orgânica (com mais nutrientes) podem
produzir de 200 a 400 g/m²/ano de matéria orgânica. Pode parecer
estranho que organismos tão pequenos possam gerar acúmulos tão
gigantescos de petróleo, mas é necessário lembrar que isso ocorre ao
longo de milhares de anos.
c
Porém, não necessariamente uma área com boa geração de matéria
orgânica é uma zona propícia para seu acúmulo. Estudos provam que o
fator mais importante é a capacidade de preservação da matéria orgânica
gerada, e não sua geração bruta.
Fatores importantes para a preservação da matéria (ou seja,
impedir que ocorra a oxidação da matéria orgânica) são a existência de
condições anaeróbicas no fundo do mar (ausência de oxigênio) e uma
taxa de sedimentação alta. Para a taxa de sedimentação, é importante
ressaltar que se for muito baixa, a matéria fica exposta no leito marinho,
podendo ser degradada; se for muito veloz, ocorre a diluição da matéria
(excesso de sedimentos). Dessa maneira, existe uma taxa de
sedimentação ótima para cada tipo de rocha.
Quanto aos ambientes terrestres, os fatores que regulam a
produção e preservação da matéria são completamente diferentes dos
marinhos. A produtividade da matéria orgânica depende dos fatores que
alteram a fotossíntese, como a presença de água e intensidade solar.
Já a preservação em terra depende da presença de água e da
temperatura da região. Assim, os ambientes que favorecem a
preservação na terra firme são os pântanos, formando depósitos de
carvão (e não petróleo, na grande maioria dos casos).
Com a matéria preservada entre os sedimentos que vão se
depositando no leito marinho, ocorrem, com o passar dos anos em uma

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escala de tempo geológica, alguns fenômenos que alteram a matéria


orgânica. Tais fenômenos são favorecidos pelo aumento da profundidade
em que a matéria está (seja pela sedimentação acima ou pela
subsidência, afundamento, da bacia), o que corresponde ao aumento das
condições de temperatura e pressão.
Os processos que ocorrem são:
•Diagênese: uma fase inicial, ocorrendo à temperatura e pressão
menores (menos profunda, então). Consiste na transformação da matéria
orgânica em um composto orgânico conhecido como querogênio.
•Catagênese: ocorre à pressão e temperatura maior que a
diagênese, transformando o querogênio em petróleo, primeiramente, e
em gás, posteriormente.
•Metagênese: Ocorre à alta temperatura e pressão, transformando
os hidrocarbonetos em metano e em grafita.

Do estudo do querogênio que pode ser encontrado atualmente, foi


criada uma categorização do mesmo com três tipos básicos, que podem
ser vistos na figura abaixo:

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O querogênio do tipo I tem sua origem nas algas, com uma


proporção de hidrogênio/carbono mais alta que os demais.
O querogênio do tipo II é de formado a partir de detritos de algas,
mas também de fito e zooplancton.
O querogênio do tipo III é formado a partir de plantas terrestres,
com a proporção H/C mais baixa que os demais. Tende a formar gás,
raramente gerando óleo.
Podemos então concluir que o estudo do querogênio e da matéria
orgânica na rocha geradora é importante para previsão de seu potencial
para a geração de hidrocarbonetos, tanto a sua qualidade (tipos) quanto
a sua quantidade (acúmulos de quantidade comercialmente viável).
A maturação do querogênio é dependente das condições de
temperatura e pressão a que é exposto, conforme já visto. A janela de
formação de óleo pode ser vista no gráfico abaixo.

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É possível retirar do gráfico que, para uma região com um gradiente


térmico constante (gradiente térmico é a taxa de variação da temperatura
com a profundidade, linha vertical no gráfico), existe uma região na qual
as condições são propicias para a catagênese (área preta, de formação de
óleo). Se o óleo continuar exposto à condições de temperatura e pressão
maiores, ocorre a metagênese, degradando-se em gás.
Falamos muito da matéria orgânica e sua transformação em
querogênio e hidrocarbonetos ao longo do tempo, mas e a rocha nessa
história? Dá-se o nome de rocha geradora à rocha formada pela
deposição de sedimentos junto com a matéria orgânica. Exemplos típicos
de rochas geradoras são o folhelho e o siltito.
Ok, a matéria orgânica se transforma em querogênio e
posteriormente em gás/oléo. Mas e ai? Ela continua presa na rocha
geradora. Para que seja comercialmente interessante, o hidrocarboneto
deve se deslocar da rocha geradora (pouco porosa, pouco permeável)
para uma rocha conhecida como rocha reservatório. Esse processo de
deslocamento é conhecido como migração primária. Vamos por partes,
todos os conceitos serão estudados.
A migração primária é o processo de expulsão do hidrocarboneto da
rocha geradora para a rocha reservatório. Já a movimentação do
hidrocarboneto dentro da rocha reservatório, até se acumular em uma
armadilha, é conhecida como migração secundária.
Existe muito debate científico sobre como funciona realmente a
migração primária, mas as principais teorias se baseiam ou na hipótese
de microfraturamento das rochas geradoras (solucionando a questão da
baixa porosidade/permeabilidade), ou da expulsão do óleo durante a fase
de remoção da água livre da rocha geradora, por compactação. De
qualquer maneira, é pouco provável que em um nível de concurso para
engenheiro seja discutido a esse ponto.
A migração secundária, por sua vez, é simples, sendo explicada por
física básica. Existem dois propulsores para essa movimentação: a

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diferença de densidades (o óleo/gás sendo mais leves que a água que


preenche os poros) e a diferencial de pressões envolvido. Esses dois
fatores causam a subida do hidrocarboneto pelas camadas rochosa, até
que encontre uma armadilha e se acumule ou chegue à superfície, na
forma de exsudação.
Tranquilo até aqui?
E o que seria a rocha reservatório? Ora, é simplesmente uma
camada rochosa que possui características favoráveis ao armazenamento
do óleo/gás. Essas características foram já estudadas: porosidade e
permeabilidade.
Rochas reservatórios típicas são as sedimentares, como arenitos ou
carbonatos, mas nada impede que outras rochas, como as metamórficas
ou ígneas (pouco porosas e pouco permeáveis) sejam reservatório. Nesse
caso, é necessário que a rocha esteja fraturada, gerando espaços par o
armazenamento e caminhos para a remoção do óleo. Cuidado com a
pegadinha em prova hein?
Outra rocha importante nessa história toda é a rocha selante, que é
uma camada rochosa de baixa permeabilidade. Essa rocha tem a função
vital de barrar a subida do óleo, evitando que chegue à superfície e seja
degradado/perdido. Rochas selantes típicas são os folhelhos e os
evaporitos (por exemplo a halita, um dos “sais” do pré-sal).
Então, se tivermos rocha geradora, rocha reservatório, rocha
selante e ocorrer migração (ufa!), teremos então uma reserva de
petróleo, pronta para ser explorada? Não, ainda não. Ainda é necessária
uma ajuda da geologia, a chamada armadilha.
A armadilha (ou trapa, do inglês “trap”) é uma condição geológica
que favorece o acúmulo dos hidrocarbonetos em uma região especifica
(ou várias, dependendo da geologia) do reservatório. Estando o óleo
aprisionado em uma região mais definida, fica mais simples sua
recuperação comercial, entendido?
Essas armadilhas são tradicionalmente divididas em três grupos: as
estruturais, as estratigráficas e as mistas, sendo as estruturais as mais

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simples de identificar e que possuem as reservas mais relevantes


mundialmente.
Uma armadilha estrutural é gerada após a formação da camada
rochosa, em reação à esforços tectônicos. Armadilhas típicas desse tipo
são as falhas e dobras (falei que aquele conhecimento seria útil para algo
rs).
As armadilhas estruturais podem ser divididas em dois grandes
grupos, as causadas por falhas e as causadas por dobras. Nas falhas,
ocorre, pelo deslocamento das camadas, o contato da rocha reservatório
com uma rocha que age como selante, aprisionando o petróleo em uma
região da rocha reservatório. Já nas dobras (anticlinais), o petróleo
naturalmente move-se para cima, ficando aprisionado em suas partes
mais altas. Podemos ver exemplos na figura abaixo.

As armadilhas estratigráficas, por sua vez, não estão relacionadas à


tectônica, mas sim com alterações na litologia (camadas rochosas). Por
exemplo, uma camada rochosa de arenito que estava em uma grande
profundidade pode ser exposta e erodida (pela erosão das camadas
superiores), e logo em seguida ter uma nova camada rochosa selante
(um folhelho ou um basalto vulcânico) depositada sobre ela. Assim no

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caso de migração de petróleo, teríamos nesta situação uma armadilha


estratigráfica.
Outro exemplo de armadilha estratigráfica vem da própria lógica da
deposição de camadas. Todas as camadas são “planos” finitos, acabam
em algum lugar. Esse lugar no qual a camada vai reduzindo sua
espessura é conhecido como “pinch out”, e pode ser uma armadilha se
estiver em contato com rochas selantes.

Por último, temos as armadilhas mistas, que depende tanto de


fatores estruturais quanto estratigráficos. Um exemplo comum de
armadilha mista são os domos salinos, formados pela movimentação de
camadas salinas (que são fluentes) em resposta a movimentos tectônicos.
Dessa maneira, o próprio domo acaba servindo como rocha selante,
sendo comum encontrar acúmulos de petróleo em suas laterais, conforme
figura abaixo.

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Neste assunto é importante lembrar que a armadilha já deve estar


formada quando ocorrer a migração do petróleo, ok?
Assim, os elementos necessários para que se tenha um acumulo de
petróleo são:
•Rocha geradora
•Maturação da matéria orgânica
•Rocha reservatório
•Rocha selante
•Armadilha
•Migração
Geologia do pré-sal

Vamos discutir um pouco a geologia dos campo do pré-sal. Acho


esse assunto um pouco avançado para o nível de engenheiro mas como já
foi cobrado em prova, temos que ver um pouco. Vamos estudar pontos
não tão profundos, simples de assimilar.
A Petrobrás definiu a região do pré-sal como os reservatórios
situados abaixo da espessa camada salina, que se estende do Espírito
Santo a Santa Catarina, mostrado na figura abaixo. Essa região possui
uma lâmina d’água de 1500 a 3000m, seguidos de um pacote rochoso de
3000 a 4000 m.

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Essas bacias sedimentares foram formadas em um rifte, que é o


processo de estiramento da litosfera, que pode evoluir para a ruptura
continental e a formação de um oceano. Foi o processo que ocorreu na
margem continental brasileira, gerando a separação entre a América do
Sul e a África, a partir do supercontinente Gondwana, formando o Oceano
Atlântico Sul.
Isso tudo ocorreu no período Cretáceo, há aproximadamente 130
milhões de anos, sendo realizado em etapas. A definição de cada etapa é
um pouco mais complexa, sendo algo mais voltado para geólogos, mas
vamos ver algo mais simplificado abaixo.
Imaginando que a ruptura do continente é um processo lento e
gradual, podemos imaginar que a abertura de um profundo oceano se deu
aos poucos, com a profundidade aumentando lentamente.
No estágio denominado rifte (ou lago) ocorreu a movimentação de
falhas, gerando blocos altos e baixos. Nas partes baixas, ocorreu a
deposição de sedimentos lacustres ricos em matéria orgânica, que
formaram os folhelhos geradores de petróleo desse sistema. Nos blocos
elevados, ocorreu a deposição de rochas carbonáticas com coquinhas
(conchas de invertebrados), sendo seguidas da deposição de rochas

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carbonáticas de origem microbial. Essas são as principais rochas


reservatório do pré-sal.
Já no estágio pós-rifte, ocorre o aprofundamento do oceano,
gerando um golfo estreito, similar ao atual Mar Vermelho, no Oriente
Médio. O clima quente, aguas rasas e alta salinidade propiciaram a
evaporação da água e formação de espessas camadas salinas (o “sal” do
pré-sal), compostas principalmente de halita (NaCl). Estas são as rochas
selantes do sistema.
Como é de se imaginar, já que a rocha reservatório tem sua origem
principalmente microbial, suas propriedades (porosidade, permeabilidade,
etc) são difíceis de ser previstas, já que dependem de complexos
fenômenos naturais (até mesmo considerando que as ciências da
natureza lidam com este tipo de dificuldade diariamente).
Bom, é “só” isso sobre geologia do petróleo. Leia e releia diversas
vezes para assimilar os conteúdos. Vamos aos exercícios? Já aviso que
teremos alguns exercícios da prova de engenheiro, e muitos das provas
de técnico e geólogo, para que cheguemos em alto nível para nossa
prova, ok?

Resumo

Os pontos mais importantes da aula são:


 Tipos de rocha/ciclo da rocha
 Deformações dúcteis e frágeis
 Propriedades das rochas
 Tipos de querogênio
 Elementos da geologia do petróleo

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QUESTÕES RESOLVIDAS

1. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2014 Para que uma


rocha possa constituir-se em um reservatório potencial de
hidrocarbonetos, há exigências em termos de permoporosidade.
Nesse sentido, pode representar um reservatório adequado de
hidrocarbonetos o(a)
(A) basalto fraturado
(B) arenito intensamente cimentado
(C) diamictito maciço
(D) folhelho laminado
(E) rocha evaporítica
RESOLUÇÃO:
O que uma rocha reservatório precisa para ser considerada
reservatório? Boas características de porosidade (armazenamento de
hidrocarbonetos) e permeabilidade (facilidade de fluxo desses
hidrocarbonetos).
Um basalto é uma rocha magmática, maciça, não apta a ser
reservatório, a não ser que esteja fraturado, situação na qual os
hidrocarbonetos ficam armazenados e fluem pelas fraturas. Alternativa A
correta.
Arenitos são bons reservatórios, porém a cimentação (deposição de
minerais dissolvidos na água em seus poros) afeta as características
permo-porosas, entupindo os poros. Alternativa B errada.
Um diamictito é uma rocha sedimentar, formada por fragmentos de
rocha mal selecionados (ampla gama de diâmetros) e uma matriz fina.
Poderia até ser reservatório, mas compactado não. Alternativa C errada.
Folhelho é uma rocha geradora (se contêm matéria orgânica,
maturada, etc) ou agir como selante, por ser pouco permo-porosa.
Alternativa D errada.

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Rocha evaporítica é, por exemplo, uma rocha salina, como as


rochas selantes do pré-sal. Não podem ser reservatório. Alternativa E
errada.
RESPOSTA: A

2. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2014 Nos últimos


anos, significativas acumulações de hidrocarbonetos têm sido descobertas
no play do Pré-Sal, nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo, em
reservatórios carbonáticos de idade aptiana, situados abaixo de espessa
camada de sal.
Esses reservatórios em carbonatos do pré-sal apresentam como
características petrofísicas particulares:
(A) predomínio de porosidade do tipo intergranular, em
geral secundária.
(B) frequente homogeneidade lateral e vertical no comportamento
dos valores de permoporosidade.
(C) intensa cimentação, que oblitera intensamente os poros,
o que dificulta a migração do óleo para o poço.
(D) valores elevados de porosidade, porém, quase sempre
em intervalos com espessuras de poucos metros.
(E) valores significativos de porosidade, em relação às
elevadas profundidades dessas descobertas.
RESOLUÇÃO:
Letra A: Porosidade intergranular é entre grãos, ou seja, primária.
Item incorreto.
Letra B: Estamos lidando com processos naturais de formação de
poros, alterados por diversos fatores durante milhões de anos. Os valores
de permoporosidade quase nunca são homogêneos em nenhuma direção,
muito menos na lateral e vertical. Item errado.
Letra C: Não houve nenhum evento que justificasse a cimentação
citada na alternativa. Além disso, os reservatórios do pré-sal possuem
boa permeabilidade. Item errado.

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Letra D: Esses dados sobre o pré-sal são sempre difíceis de


encontrar, mas existem artigos que citam espessuras de reservatório de
até 900m! Acho esses valores muito exagerados, mas não podemos dizer
então que seriam poucos metros, correto? Item errado.
Letra E: Devido ao ambiente deposicional do pré-sal (aquela história
das rochas carbonáticas de origem microbial), as estruturas formadas
conseguiram manter uma porosidade relativamente elevada, frente à
profundidade que está atualmente. Esse é um dos motivos pelo qual o
pré-sal é uma importante reserva brasileira. Item correto.
RESPOSTA: E

3. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2012 Diversos


fatores numa bacia sedimentar são essenciais para a ocorrência de uma
acumulação de petróleo.Dentre esses, há os tipos de rochas matrizes,
sedimentares e capeadoras, bem como a presença de armadilhas.

As armadilhas se classificam em

(A) ígnea, sedimentar e metamófica

(B) vulcânica, normal e inversa

(C) anticlival, sinclival e de arasto

(D) estratigráfica, estrutural e combinada

(E) angular, paralela e inversa

RESOLUÇÃO:

Sem grandes dificuldades, classificação vista em aula.

RESPOSTA: D

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4. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA - 2014

PRESS, F. et al. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman,


2006. p. 279. Adaptado.

Na Figura acima, está representada uma falha do tipo


(A) normal
(B) reversa
(C) oblíqua
(D) direcional dextral
(E) direcional sinistral
RESOLUÇÃO:
Podemos observar, pela figura, que os blocos não subiram e nem
desceram um em relação ao outro, mas houve somente deslocamento
horizontal. Assim, podemos descartar as alternativas A, B e C. Falta agora
descobrir a orientação da falha.
O par de forças apresentado faz com que os blocos “rotacionem” no
sentido anti-horário, o que caracteriza uma falha direcional sinistral. Se
fosse no sentido horário, seria uma falha direcional dextral.
Resposta: E

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5. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2014

PRESS, F. et al. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman,


2006. p. 283. Adaptado.

A Figura acima apresenta camadas sedimentares deformadas.


As estruturas geológicas presentes correspondem a dobras
(A) simétricas
(B) assimétricas
(C) recumbentes
(D) reclinadas
(E) monoclinais
RESOLUÇÃO:
Podemos observar que a figura é simétrica (em relação ao plano
axial de cada dobra, com cada flanco igual ao outro), logo a alternativa A
é a correta.
As figuras abaixo explicam os outros tipos de dobras citados.

Note a assimetria entre os dois lados cortados pelo plano de falha.


Por isso são conhecidas como dobras assimétricas.

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Na dobra recumbente, note que o plano axial foi horizontalizado,


devido a grandes forças agindo no plano horizontal (e claro,
características dúcteis da rocha, confome visto em aula)

Uma dobra monoclinal, por sua vez, é uma dobra que possui apena
um flanco, em forma de um degrau.
Resposta: A

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6. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA - 2014 O querogênio é


matéria orgânica

(A) solúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos,apenas.

(B) solúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos e gasosos.

(C) insolúvel, que dá origem a hidrocarbonetos gasosos, apenas.

(D) insolúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos, apenas.

(E) insolúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos e gasosos.

RESOLUÇÃO:

O querogênio dá origem a hidrocarbonetos líquidos e gasosos,


dependendo do grau de maturação. Mas seria ele solúvel ou insolúvel?
Por definição, é a parte insolúvel em solventes orgânicos da matéria
orgânica.

RESPOSTA: E

7. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2014

As Figuras acima representam armadilhas (trapas) do tipo


I II
(A) estratigráfica, estratigráfica
(B) estratigráfica, estrutural
(C) estrutural, estratigráfica
(D) estrutural, estrutural

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(E) mista, mista


RESOLUÇÃO:
Na figura I, temos uma dobra anticlinal; logo trata-se de uma
armadilha estrutural. Na figura II, temos uma falha; logo, outra armadilha
estrutural.

Resposta: D

8. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2014 São rochas que


atuam comumente como selantes:
(A) arenitos e carbonatos
(B) evaporitos e arenitos
(C) evaporitos e conglomerados
(D) folhelhos e evaporitos
(E) folhelhos e conglomerados
RESOLUÇÃO:
Comentado em aula. Quais rochas são boas selantes? Folhelhos e
evaporitos.

Resposta: D

9. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2014 Hidrocarbonetos são


gerados a partir de diferentes tipos de querogênio.
O querogênio do tipo
(A) I é mais propenso à formação de hidrocarbonetos gasosos.
(B) I forma apenas hidrocarbonetos gasosos.
(C) II gera apenas hidrocarbonetos líquidos.
(D) III gera dominantemente hidrocarbonetos gasosos.
(E) III forma apenas hidrocarbonetos líquidos.
RESOLUÇÃO:
Questão um pouco mais difícil, sobre querogênio. Lembra quando
falamos dos três tipos? Olha eles ai.

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Bom, o produto final da maturação do querogênio depende das


condições em que ela ocorreu, determinando qual produto é gerado (óleo
ou gás). Porém, o querogênio do tipo III é o único que possui a
particularidade de formar predominantemente gás, devido às condições
de deposição da matéria orgânica.
Resposta: D

10. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2014 O estágio da


maturação termal do querogênio em que há a geração de óleo é
denominado
(A) Metadiagênese
(B) Metagênese
(C) Metamorfogênese
(D) Eogênese
(E) Catagênese
RESOLUÇÃO:
Assunto visto em aula, simples. Qual é o estágio da maturação que
forma óleo? Catagênese
Resposta: E

11. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012

TARBUCK, E.J.; LUTGENS, F.K.; TASA, D. Earth - An Introduction


to Physical Geology. New Jersey: Prentice
Hall, 2011. p. 288. Adaptado.
No corte vertical apresentado na figura acima, aparecem camadas
sedimentares deformadas.

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A estrutura geológica presente corresponde a uma dobra


(A) antiformal
(B) sinformal
(C) recumbente
(D) monoclinal
(E) isoclinal
RESOLUÇÃO:
Temos aqui a figura de uma dobra, anticlinal. Mas cadê essa
resposta? A rigor, só podemos chamar a dobra de anticlinal quando
sabemos que as camadas mais antigas da seção estão mais próximas ao
núcleo da dobra. Assim, quando não sabemos a relação estratigráfica da
dobra, e ela parece uma anticlinal, devemos chama-la de antiforma.
Resposta: A

12. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012


Ao conjunto de transformações físicas e químicas sofridas pelos
sedimentos, após a sua deposição, dá-se o nome de
(A) cimentação
(B) compactação
(C) diagênese
(D) metassomatismo
(E) recristalização
RESOLUÇÃO:
Após a deposição dos sedimentos (sedimentação), qual o processo
que gera uma rocha sedimentar? Lembre-se do ciclo das rochas, é a
diagênese.
Resposta: C

13. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012


Qual, dentre as rochas abaixo relacionadas, constitui um reservatório de
boa qualidade, em termos de sua porosidade primária?
(A) Halita

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(B) Mudstone
(C) Grauvaca
(D) Calcarenito oolítico
(E) Folhelho vermelho
RESOLUÇÃO:
Conforme já comentamos, a halita (evaporito) é uma rocha selante.
O mudstone (ou lamito) é uma rocha sedimentar formada por grãos
pequenos, na faixa do silte ou argila, sendo similar ao folhelho. Logo, não
poderia ser a resposta (baixa porosidade primária).
A grauvaca é uma rocha sedimentar formada em ambientes com
um movimento drástico de sedimentos (como uma avalanche submarina).
Possui baixa porosidade primária.
Calcarenito oolítico é uma rocha sedimentar formada por grãos de
areia provenientes de carbonatos que contêm pequenas conchas. É um
tipo de rocha que possui boa porosidade primária.
Folhelho (vermelho ou não) é um tipo de rocha selante.
Não é esperado que um engenheiro conheça todos os nomes de
rocha (além dos bem comuns, essa questão já é acima do que
necessitamos saber), mas algo assim poderia (chances remotas) cair
numa prova. O que fazer? Bem, corte as alternativas que já sabemos que
não poderiam ser (A e E), e leia as outras. Algo está falando sobre
cimentado, compactado? Já elimine essas também. Algo está com um
nome similar ao que já estudamos (no caso calcarenito poderia ser
calcário + arenito, dois bons reservatórios). Marque esta alternativa, e vai
pra próxima. Uma questão assim poderia ser ou anulada ou um bom
diferencial para a aprovação. Sem desespero!
Resposta: D

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14. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012

As figuras acima exemplificam, respectivamente, armadilhas (trapas) do


tipo I II
(A) estratigráfica, estrutural
(B) estratigráfica, estratigráfica
(C) estrutural, estrutural
(D) estrutural, mista
(E) mista, estratigráfica
RESOLUÇÃO:
Na figura I, temos um “Pinch out”, um exemplo de armadilha
estratigráfica. Na figura II, temos a deposição de uma camada de rocha
selante como armadilha, classificada como estratigráfica.
Resposta: B
15. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012 Que rochas são
mais eficazes como selantes?
(A) Arenitos
(B) Carbonatos
(C) Conglomerados
(D) Folhelhos
(E) Evaporitos
RESOLUÇÃO:
Quais os tipos de rochas selantes citados? Folhelhos e evaporitos.
Mas temos as duas respostas, e agora?? Bom, a questão pede a rocha
mais eficaz. Bom, os evaporitos possuem uma vantagem em relação aos
folhelhos pois são mais dúcteis. Assim, ao deformar-se, tendem a não
fraturar, evitando a geração de um caminho para a perda do óleo.
Resposta: E

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16. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012 O petróleo imaturo


(óleo pesado) é gerado a profundidades
(A) menores do que a “janela de óleo”
(B) menores dentro da “janela de óleo”
(C) maiores do que a “janela de óleo”
(D) maiores dentro da “janela de óleo”
(E) maiores ou menores que a “janela de óleo”
RESOLUÇÃO:
Conforme a questão, já houve a geração de óleo (então estamos
dentro da janela do óleo). Ao ser mais soterrado, o óleo pesado seria
gradualmente “quebrado”, sendo transformado em óleo leve e gás.
Assim, estamos dentro da janela, mas a profundidades menores.
Resposta: B

17. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012 Quanto à migração


primária e secundária de hidrocarbonetos, tem-se que a
(A) migração primária ocorre por difusão na rocha geradora em direção às
baixas concentrações.
(B) migração primária ocorre por deslocamento dos hidrocarbonetos
através de camadas porosas e permeáveis adjacentes à rocha geradora.
(C) migração secundária resulta na geração de óleo e gás em momentos
distintos.
(D) migração secundária é comumente dificultada pela presença de
fraturas.
(E) migração secundária ocorre no interior da rocha geradora.
RESOLUÇÃO:
Lembre-se, migração primária é a expulsão do óleo da rocha
geradora. Migração secundária é a movimentação do óleo na rocha
reservatório.
Assim, a única correta é a letra A, sendo as outras sem sentido.
Resposta: A

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18. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012

HYNE, N. J. 2001. Nontechnical Guide to Petroleum


Geology, Exploration, Drilling and Production. Tulsa:
PennWell Corporation, 2001 , p. 187.
Na figura acima, está representada uma armadilha do tipo
(A) estratigráfica, com a presença de um domo de sal e
uma discordância
(B) estrutural, com a presença de um anticlinal e uma discordância
(C) estrutural, com a presença de um sinclinal e uma discordância
(D) mista, com a presença de um anticlinal e uma discordância
(E) mista, com a presença de um sinclinal e uma discordância
RESOLUÇÃO:
O que podemos ver nessa figura? Claramente temos uma forma
anticlinal (ou antiforma). Temos também uma discordância presente, que
é um evento estratigráfico. Note que houve o processo de dobra, mas
ocorreu também a erosão das camadas rochosas da dobra, com a
deposição de uma camada rochosa mais jovem.
Assim, esta é uma armadilha mista (tanto a dobra, estrutural,
quanto a discordância, estratigráfica).
Resposta: D

19. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012


Qual das rochas abaixo relacionadas NÃO constitui reservatório?
(A) Arenitos moderadamente selecionados
(B) Basaltos fraturados
(C) Calcarenitos oolíticos
(D) Conglomerados oligomíticos

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(E) Halita
RESOLUÇÃO:
A halita é um evaporito, logo uma rocha selante. Não pode atuar
como reservatório.
Resposta: E

20. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2012


Dentre os fatores abaixo listados, qual NÃO favorece a redução da
porosidade primária e/ou a formação de porosidade secundária?
(A) Diagênese
(B) Fraturamento tectônico
(C) Introdução de água meteórica
(D) Baixo conteúdo de minerais solúveis
(E) Elevado conteúdo de litoclastos vulcânicos
RESOLUÇÃO:
Que questão confusa, tenta misturar duas coisas que não são
similares.. enfim:
Letra A: Favorece a redução da porosidade primária
Letra B: Favorece a formação de porosidade secundária (via
fraturas)
Letra C: Favorece a formação de porosidade secundária (infiltração
de água)
Letra D: Não favorece nem a redução de porosidade primária nem a
formação de porosidade secundária
Letra E: Favorece a redução da porosidade primária (discutível,
pode reduzir a seleção dos grãos, aumentando a porosidade).
Resposta: D

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21. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2012 A respeito da


geração de hidrocarbonetos, considere as afirmativas a seguir.
I - A matéria orgânica de tipo I, pela tendência de apresentar maiores
razões H/C, é mais propensa à formação de hidrocarbonetos líquidos.
II - A matéria orgânica de tipo II é rica em querogênio lipídico e pode
formar hidrocarbonetos líquidos e gasosos.
III - A matéria orgânica de tipo III é rica em querogênio algal e forma
apenas hidrocarbonetos gasosos.
Está correto APENAS o que se afirma em

(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e II
(E) II e III
RESOLUÇÃO:
Item I: correto
Item II: Incorreto, pois o querogênio rico em lipídios é o tipo I
Item III: incorreto, pois o querogênio III não é de fonte algal, mas
sim de plantas terrestres.
Resposta: A

22. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011


Para gerar preferencialmente óleo, uma rocha geradora deve caracterizar-
se pela seguinte condição:
(A) ser rica em matéria orgânica de tipo I (algal).
(B) ser de origem exclusivamente lacustre (por exemplo, folhelhos
lacustres).
(C) apresentar microfósseis marinhos, como os foraminíferos.
(D) apresentar valores de carbono orgânico total (COT) mínimo entre 3%
e 5%.

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(E) encontrar-se em temperaturas entre 170 °C e 220 °C, durante o


soterramento.
RESOLUÇÃO:
Vamos comentar todas as alternativas abaixo.
Letra a: Apesar do querogênio de tipo II também formar óleo, o
melhor mesmo seria o de tipo I. Item correto.
Letra b: O querogênio do tipo I, melhor para a geração de óleo,
pode ser proveniente de ambientes lacustres (lagos), mas o problema da
questão é a palavra “exclusivamente”. Cuidado com essas palavras que
generalizam, outros tipos de ambientes podem gerar bom querogênio.
Item errado.
Letra c: Item sem sentido, errado.
Letra d: O COT (carbono orgânico total, presente na rocha
geradora) é um excelente indicador do potencial gerador de
hidrocarbonetos daquela camada rochosa, mas não de seu produto, que
depende do tipo de matéria orgânica e do processo de transformação
sofrido. Item errado.
Letra e: Essas temperaturas se relacionam com a janela da
metagênese, ou geração de gás. Item errado.
Resposta: A

23. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011


A migração envolve um conjunto de processos e mecanismos complexos a
partir da formação do hidrocarboneto até sua acumulação em um
reservatório. Nesse contexto, tem-se que a(s)

(A) migração ocorre a partir de um grande soterramento, sob elevadas


pressões litostáticas.
(B) migração primária é aquela que se dá ainda na rocha geradora, com a
expulsão do hidrocarboneto para rochas ou estruturas transportadoras.
(C) migração ocorre mais facilmente em arenitos do que em calcários pela
natureza composicional (mineralógica) da rocha.

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(D) presença de água facilita a migração de hidrocarbonetos, através de


esforços resistivos da pressão capilar.
(E) falhas e fraturas são uma rota segura para a migração de
hidrocarbonetos, quando cimentadas.
RESOLUÇÃO:
Letra A: Não é necessariamente verdade, uma vez que os
mecanismos exatos da migração primária ainda não são um consenso na
comunidade cientifica. Item errado.
Letra B: Definição de migração primária, item correto
Letra C: Bobagem, a facilidade da migração depende da rede
porosa da rocha, de sua permeabilidade, dentre outros fatores, mas não
da mineralogia. Item errado.
Letra D: A presença de água dificulta a migração, pois gera esforço
resistivo, contrário à penetração do hidrocarboneto nos poros. Item
errado.
Letra E: Falhas e fraturas cimentadas são impermeáveis (ou muito
pouco permeáveis). Item errado.
Resposta: B

24. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011


Dentre as rochas abaixo, qual é a mais eficiente como selante?
(A) Halita
(B) Calcário
(C) Folhelho
(D) Siltito
(E) Diamictito
RESOLUÇÃO:
Olha essa questão outra vez! Fácil agora né? Pelo menos a banca
não divergiu seu entendimento.
Resposta: A

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25. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011


Armadilhas (trapas) são necessárias para a acumulação final do petróleo.
Sobre essas armadilhas, tem-se que as de natureza
(A) estratigráfica condicionam a presença das rochas geradoras sempre
acima das rochas reservatório.
(B) estrutural variam de estilo, conforme o contexto geotectônico do
embasamento da bacia.
(C) estrutural podem resultar de domos de sal (diápiros), através da
halocinese.
(D) mista são produto de dobras e falhas, em conjunto.
(E) mista levam em consideração aspectos diagenéticos e hidrodinâmicos.
RESOLUÇÃO:
Letra A: As rochas geradoras costumam estar abaixo da rocha
reservatório, quase na totalidade dos casos. A armadilha estratigráfica
não tem nada a ver com isso. Item errado.
Letra B: As armadilhas estruturais podem mudar de estilo, fato,
mas de acordo com o contexto geotectônico da bacia, não do
embasamento (rocha abaixo da bacia). Item errado.
Letra C: Então, uma pequena divergência na classificação, fiquem
espertos. Aqui foi considerada a produção de armadilhas por domos
salinos como estrutural, e não mista. Item correto.
Letra D: Mistas são armadilhas estruturais e estratigráficas. Dobras
e falhas são ambas estruturais. Item errado.
Letra E: Bobagem, sem sentido. Diagenético, por exemplo, tem a
ver com o processo de formação da rocha sedimentar. Item errado.
Resposta: C

26. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2011


A migração de hidrocarbonetos ocorre
(A) por difusão, em direção às baixas concentrações, constituindo um
mecanismo de migração secundária.

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(B) usualmente através de fraturas e falhas, sendo dificultada pela


presença de diques clásticos de arenito (injectitos).
(C) na própria rocha geradora, de granulometria fina, por mecanismos
considerados primários.
(D) em fases distintas, separando-se inicialmente o gás do óleo, e em
momentos distintos (migração primária e secundária).
(E) quando é favorecida pela pressão capilar do sistema água-rocha.
RESOLUÇÃO:
Letra A: A alternativa fala sobre migração secundária. Esta ocorre
por diferença de pressão e de densidade, não por difusão. Item incorreto.
Letra B: A migração pode ocorrer por falhas ou fraturas, mas não
usualmente. O mais comum é a transmissão pelo sistema poroso da
rocha. Item incorreto.
Letra C: Questão perfeita, item correto.
Letra D: Essas não são as definições de migração primária e
secundária. Item errado.
Letra E: A migração ocorre mesmo desfavorecida pela pressão
capilar. Item errado.
Resposta: C
27. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

O elemento estrutural exposto no grande penhasco é classificado como


um(a):
(A) sinclinal.
(B) anticlinal.
(C) falha normal.
(D) falha reversa (ou inversa).
(E) falha de cavalgamento.

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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RESOLUÇÃO:
Sei que a figura não ajuda muito, mas são dificuldades de prova
que podem ocorrer. Olhe no meio da figura, consegue enxergar algumas
linhas, formando uma anticlinal? É isso mesmo.
Resposta: B

28. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

O elemento estrutural situado entre as setas é classificado


como um(a):
(A) anticlinal.
(B) sinclinal.
(C) discordância angular.
(D) falha normal.
(E) falha reversa (ou inversa).
RESOLUÇÃO:
Veja que o bloco está falhado, as camadas são descontínuas. Assim,
podemos excluir as alternativas A, B e C. Observe também que o bloco
que está acima do plano de falha deslocou-se para cima, sendo, assim,
uma falha inversa.
Resposta: E

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29. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

O plano de falha exibido na foto abaixo corta rochas vulcânicas sub-


horizontais e apresenta nítidas estrias de movimento.
Tal falha pode ser classificada como:
(A) normal.
(B) transcorrente.
(C) reversa (ou inversa).
(D) de cavalgamento ou empurrão.
(E) de movimento indefinido.
RESOLUÇÃO:
Ok, é a última assim, prometo. Essas questões de identificar por
foto são a cara de uma prova de geólogo, algo para engenheiros seria
uma figura mais simples. Mas, para prevenir, vamos praticar e errar (ou
não) enquanto temos tempo para estudar.
Veja que a imagem mostra um bloco “para fora”, formando um
degrau nessa parede rochosa. A própria questão já afirma que existem
estrias de movimento, que são horizontais. Logo, o movimento que
ocorreu foi horizontal também, característico de uma falha transcorrente.
Resposta: B

30. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005


Qual das estruturas a seguir tem a menor possibilidade de conter uma
acumulação de petróleo?
(A) Sinclinal.
(B) Anticlinal.
(C) Estrutura-em-flor positiva.

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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(D) Flancos de diápiro de sal.


(E) Domos acima de diápiros de sal.
RESOLUÇÃO:
Lembra-se dos tipos de dobras, mas especificamente da sinclinal?
Essa dobra, por seu formato, facilita a dispersão do óleo que migrou, e
não seu aprisionamento. Todos os outros tipos citados podem ser boas
armadilhas.
Resposta: A

31. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005


Qual, dentre os pares de rochas abaixo relacionados, pode ser
considerado o par rocha reservatório - rocha selante mais adequado para
armazenar petróleo?
(A) Calcáreo e Arenito.
(B) Mármore fraturado e Arenito.
(C) Folhelho e Marga.
(D) Arenito e Calcarenito.
(E) Arenito e Folhelho.
RESOLUÇÃO:
Das rochas reservatório, a mais adequada é o arenito, seguido do
calcáreo. Dentre as selantes, são os evaporitos, seguidos do folhelho.
Resposta: E

32. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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O diagrama acima ilustra o aumento da temperatura das rochas com a


profundidade, em duas bacias sedimentares hipotéticas. Considerando-se
que o pico da geração de óleo a partir da matéria orgânica contida nas
rochas geradoras ocorre entre 65oC e 150oC, pode-se afirmar que:
I – na Bacia Y a geração de óleo ocorre a profundidades maiores do que
na Bacia X;
II – o gradiente geotérmico é maior na Bacia Y do que na Bacia X;
III – o gradiente geotérmico não influencia a geração de hidrocarbonetos.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
(A) I, somente.
(B) II, somente.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
RESOLUÇÃO:
Questão simples, observação do gráfico.
Item I: Correto, a matéria orgânica entra na janela citada no
enunciado em maiores profundidades na bacia Y que na bacia X.
Item II: Incorreto. O gradiente geotérmico pode ser definido como
a variação de temperatura a cada 100m de profundidade. Podemos ver
que a bacia X atinge temperaturas maiores a profundidades menores,
tendo um gradiente geotérmico mais elevado que a bacia Y.
Item III: Incorreto. O gradiente geotérmico influencia sim a geração
de hidrocarbonetos, pois define as profundidades nas quais ocorrem os
processos transformadores da matéria orgânica.
Resposta: A

33. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2005


Qual o fator decisivo para determinar o grau de maturação da matéria
orgânica e transformação do querogênio em petróleo e gás natural?
(A) Presença de catalisadores.
(B) Tempo.

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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(C) Temperatura.
(D) Litologia.
(E) Pressão.
RESOLUÇÃO:
Questão simples. O processo de transformação é térmico.
Resposta: C

34. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2005


Em que fase da evolução dos sedimentos ocorre a “janela” de geração do
petróleo líquido?
(A) Litogênese.
(B) Metagênese.
(C) Petrogênese.
(D) Catagênese.
(E) Diagênese.
RESOLUÇÃO:
Outra questão direta. A geração do petróleo ocorre na etapa de
catagênese.
Resposta: D

35. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011


A paleontologia focaliza somente na datação das rochas a partir dos
fósseis, enquanto a sedimentologia estuda os ambientes deposicionais.
RESOLUÇÃO:
Item errado. A paleontologia não tem como foco somente a datação
dos fosseis, mas sim a evolução desses registros geológicos ao longo do
tempo.
Resposta: E

36. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011


O processo que vai da descoberta à extração de petróleo depende de
diversos profissionais, tais como: geofísico, geólogo, engenheiro de

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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perfuração, auxiliado pelo químico de fluidos de perfuração. Uma vez


descoberto o campo, geólogos, geofísicos e engenheiros de reservatórios
trabalham em equipe, gerenciando o campo como se fosse uma empresa
menor dentro da companhia petroleira.
RESOLUÇÃO:
Perfeito. O campo é gerenciado como um projeto dentro da
empresa, sendo sempre multidisciplinar.
Resposta: C

37. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011


Os sedimentos acumulados nas bacias sedimentares transformam-se em
rochas, tais como arenitos e calcários, que podem ser reservatórios de
petróleo, enquanto os sais ou os evaporitos são rochas selantes que não
deixam o óleo escapar da trapa.
RESOLUÇÃO:
Outra questão correta, resumo de rocha reservatório típicas e
rochas selantes.
Resposta: C

38. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011


A área da geologia que estuda a maturação da matéria orgânica e a
origem do petróleo é da competência do engenheiro químico.
RESOLUÇÃO:
Essas são atribuições do geólogo, não de um engenheiro químico,
que está preocupado com processos industriais.
Resposta: E

39. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011
A geologia do petróleo é uma área que cuida somente das rochas, pois
fluidos como óleo, condensado e gás são de competência da engenharia
química.

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
Prof. Victor Guarnieri Aula 01

RESOLUÇÃO:
Questão que tenta simplificar o trabalho do geólogo de petróleo,
sendo incorreta. A geologia de petróleo envolve sim a interação rocha-
fluido.
Resposta: E

40. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011
As trapas estruturais são mais importantes para a acumulação de
hidrocarbonetos que as trapas estratigráficas, porque elas são,
geralmente, de maior volume.
RESOLUÇÃO:
As armadilhas estruturais são mais importantes sim, mas não por
ser de maior volume, mas sim por ser mais comuns.
Resposta: E

41. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011
A geração de hidrocarbonetos passa pelos estágios de diagênese da
matéria orgânica, termogênese e catagênese. Entre estes estágios há a
geração de gás biogênico.
RESOLUÇÃO:
Termogênese não foi citada durante a aula.
Resposta: E

42. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011
Um sistema petrolífero, para ser eficiente, possui elementos tais como
geradora, reservatório, selante e trapa, que passam inicialmente por
processo de geração e depois passam por processos de maturação,
migração, acumulação e preservação.
RESOLUÇÃO:

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ENGENHARIA DE PETRÓLEO P/ PETROBRAS
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
Prof. Victor Guarnieri Aula 01

Os elementos citados estão corretos, o problema foi colocar a


geração antes da maturação. Primeiro a matéria orgânica deve maturar,
para então gerar o petróleo.
Resposta: E

43. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011
O hidrocarboneto gerado, antes de se alojar no reservatório, passa
obrigatoriamente pela migração primária, mas não necessariamente pela
migração secundária.
RESOLUÇÃO:
Questão perfeita, lembre-se das definições. O petróleo pode sair da
rocha geradora, mas não necessariamente ocorre migração secundária.
Resposta: C

44. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011
Rochas ígneas e embasamento com rochas metamórficas podem ser
reservatórios, desde que haja porosidade e alguma permeabilidade.
RESOLUÇÃO:
Não caia em pegadinhas! Somente rochas sedimentares podem ser
reservatório? Não!
Resposta: C

45. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011
Os arenitos com porosidades intragranulares são bons reservatórios, pois
possuem altas permeabilidades.
RESOLUÇÃO:
A porosidade de um arenito é intergranular (entre grãos) e não
intragranular (dentro dos grãos).
Resposta: E

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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS
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46. ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO GEOLOGIA – 2005


De acordo com o conceito de Magoon & Dow (1994), um sistema
petrolífero ativo compreende a existência e o funcionamento síncronos de
quatro elementos e dois fenômenos geológicos dependentes do tempo
(migração e sincronismo).
A esse respeito considere os seguintes:
I - folhelhos;
II - conglomerados;
III - trapas;
IV - rochas geradoras matura;
V - rochas-reservatório;
VI - rochas selantes.
Os quatro elementos presentes em um sistema petrolífero
ativo são:
(A) I, II, III e IV.
(B) I, II, V e VI .
(C) I, III, IV e VI.
(D) II, III, IV e V.
(E) III, IV, V e VI.
RESOLUÇÃO:
O que deve estar presente em um sistema petrolífero? Itens III, IV,
V e VI.
Resposta: E

47. ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO GEOLOGIA – 2005


O tipo de hidrocarboneto gerado, seja óleo ou gás, depende
fundamentalmente dos fatores:
(A) constituição litológica da rocha geradora e intensidade das pressões a
que foi submetida.
(B) constituição dos fluidos contidos nas rochas-reservatório e intensidade
do processo térmico a que foram submetidos.

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(C) constituição da matéria orgânica original e intensidade do processo


térmico a que foi submetida.
(D) evolução diagenética da rocha geradora e intensidade do processo de
metamorfismo a que foi submetida.
(E) evolução das salinidades das águas de formação e intensidade do
processo térmico a que foram submetidas.
RESOLUÇÃO:
Questão excelente para resumir o processo de geração de petróleo.
Quais fatores influenciam? Tipo da matéria orgânica e condições de
transformação térmica.
Resposta: C

48. ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO GEOLOGIA – 2005


Os ambientes de deposição anóxicos (não oxidantes) favorecem a
preservação da matéria orgânica das rochas geradoras porque:
(A) impedem a destruição da matéria orgânica por oxidação.
(B) favorecem o enriquecimento da matéria orgânica
(C) favorecem a deposição de rochas-reservatório.
(D) favorecem a migração.
(E) favorecem as trapas.
RESOLUÇÃO:
Outra boa questão que envolve a matéria orgânica geradora do
petróleo. A não oxidação impede a destruição da matéria orgânica, sendo
preservada para os futuros processos de transformação.
Resposta: A

49. CODEMIG – GEÓLOGO DE PETRÓLEO – 2015 (ADAPTADA)


As premissas adotadas para ocorrências de petróleo requerem diversas
condições geológicas vinculadas com materiais e processos variáveis no
tempo e espaço. A acumulação de hidrocarbonetos em uma bacia
sedimentar deve apresentar várias dessas premissas. Analise as
premissas abaixo:

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I. a existência de rochas ricas em matéria orgânica, denominada rochas


geradoras;
II. as rochas geradoras precisam ser submetidas a condições adequadas
de tempo e temperatura;
III. a ocorrência de rochas reservatórios com permeabilidade e
porosidade para acúmulo de hidrocarbonetos;
IV. a existência de uma rocha impermeável capaz de reter
hidrocarbonetos, denominada rocha selante;
V. haver a migração de hidrocarbonetos entre as rochas reservatórias e
geradora.
São premissas corretas:
(A)somente I, II e IV;
(B)somente I, II, III e V;
(C)somente I, III, IV e V;
(D)somente II, IV e V;
(E)I, II, III, IV e V.

RESOLUÇÃO:
Resumo de um sistema petrolífero, já comentado na aula e em
outras questões.
Resposta: E

50. CODEMIG – GEÓLOGO DE PETRÓLEO – 2015


Em uma rocha geradora de um sistema petrolífero ativo, a matéria
orgânica insolúvel que foi transformada pelo processo de diagênese,
submetida ao estágio de evolução térmica necessária para sua
degradação, e que posteriormente será fundamental na geração de
hidrocarbonetos, é conhecida como:

(A)biopolímero;
(B)betume;
(C)querogênio;

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(D)fitoplâncton;
(E)lignina.
RESOLUÇÃO:
Questão muito fácil, não é mesmo? Qual composto será
transformado em petróleo?
Resposta: C

51. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010


Uma rocha, para constituir um reservatório, deve apresentar espaços
vazios (porosidade) no seu interior
==374ec==
e estes vazios devem estar
interconectados, conferindo-lhe a característica de permeabilidade. A
porosidade que se desenvolve quando da conversão do material
sedimentar em rocha é denominada “primária”. Dentre as rochas
apresentadas abaixo, aquelas que podem ser consideradas rochas-
reservatório devido a sua porosidade primária são:
A) folhelhos e argilas
B) diabásio e embasamento
C) arenito e calcários
D) sal e outros evaporitos
E) siltitos e ardósias

RESOLUÇÃO:
Falou em porosidade primária hein? Então devemos pensar em
rochas reservatório típicas, como arenitos e calcários.
Resposta: C

52. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010


Os folhelhos e os evaporitos (sal) são exemplos de classes de rochas
selantes que, além da impermeabilidade, são dotadas de uma
característica denominada plasticidade. Essa característica se traduz
principalmente pela:

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A) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida


a esforços que geram solidificação das fases dos fluidos presentes em
suas matrizes
B) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram cristalização de suas camadas
C) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram deformações
D) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram evaporação dos líquidos presentes em suas
camadas
E) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram mudança de fase dos fluidos presentes em suas
matrizes
RESOLUÇÃO:
Quais características fazem dos evaporitos as melhores rochas
selantes? Impermeabilidade e sua fluência (plasticidade), mantendo sua
integridade mesmo após sofrer esforços deformantes.
Resposta: C

53. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010


Um dos requisitos para a formação de uma jazida de petróleo é a
existência de armadilhas ou trapas, que podem ter diferentes origens,
características e dimensões. Em relação a essas armadilhas são feitas as
afirmações abaixo
I- Possuem camadas sedimentares deformadas (dobradas e/ou falhadas)
e diápiros de sal.
II- Não têm relação direta com os esforços atuantes nas bacias
sedimentares e são determinadas por interações de fenômenos de caráter
paleogeográfico.
III- Há situações em que as acumulações de hidrocarbonetos têm controle
estrutural e controle das camadas de rochas.

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A sequência das afirmações acima corresponde às classificações das


armadilhas:
A) combinadas, estruturais e mistas
B) estruturais, estratigráficas e mistas ou combinadas
C) mistas, estratigráficas e combinadas
D) estratigráficas, mistas ou combinadas e estruturais
E) estruturais, mistas ou combinadas e estratigráficas
RESOLUÇÃO:
Item I: Camadas deformadas, dobras, falhas? Estrutural, com
certeza.
Item II: Sem relação com esforços, só pode ser estratigráfica.
Item III: A questão diz sobre um mix de estrutura e camadas,
remetendo às mistas.
Assim, o gabarito seria B. Porém, o gabarito oficial diz letra D. De
qualquer maneira, caberia recurso nessa.
Resposta: B/D

54. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010


Embora ainda seja objeto de estudos, a origem do petróleo tem como
hipóteses de formação as teorias orgânica (biogênica) e inorgânica
(abiogênica). A teoria inorgânica é baseada na seguinte afirmativa:

A) Substâncias provenientes da fossilização das árvores e dos dinossauros


extintos, ao serem depositadas nos solos, e sob a ação de elevada
pressão e temperatura, seriam expulsas para regiões mais próximas da
superfície e contaminadas por bactérias surfactantes, convertendo-se em
petróleo.
B) Substâncias provenientes da fossilização das árvores e dos dinossauros
extintos, ao serem depositadas nos solos, e sob a ação de elevada
pressão e temperatura, teriam, ao longo de milhões de anos, se
convertido em petróleo.

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C) Substâncias provenientes da superfície da terra, ao serem depositadas


no fundo de lagos e oceanos, e sob a ação da elevada pressão resultante,
teriam, ao longo de milhões de anos, se convertido em petróleo.
D) Devido à presença de metano no interior da terra, acredita-se que os
hidrocarbonetos de maior massa molar teriam sido formados a partir dele,
pela ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso para regiões
mais próximas da superfície, o petróleo seria, então, contaminado por
bactérias, que teriam, possivelmente, efeitos sobre sua composição.
E) Devido à presença de gás carbônico no interior da terra, acredita-se
que os hidrocarbonetos de menor massa molar teriam sido formados a
partir dele, pela ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso
para regiões mais próximas da superfície, o petróleo seria, então,
contaminado por bactérias surfactantes, que teriam, possivelmente,
efeitos sobre sua composição.
RESOLUÇÃO:
Existem diversas teorias abiogênicas, não temos tempo de estudar
todas. Mas mesmo assim, podemos eliminar facilmente as alternativas A,
B e C, pois falam de substancias orgânicas, não sendo, assim,
inorgânicas.
Restando as alternativas D e E, podemos pensar um pouco. Dentre
as substancias apresentadas (metano e gás carbônico), qual delas é um
hidrocarboneto? Metano, claro.
Assim, é mais plausível que o metano se transforme em gasolina
que o gás carbônico.
Resposta: D

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LISTA DE QUESTÕES

1. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2014 Para que uma


rocha possa constituir-se em um reservatório potencial de
hidrocarbonetos, há exigências em termos de permoporosidade.
Nesse sentido, pode representar um reservatório adequado de
hidrocarbonetos o(a)
(A) basalto fraturado
(B) arenito intensamente cimentado
(C) diamictito maciço
(D) folhelho laminado
(E) rocha evaporítica

2. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2014 Nos últimos


anos, significativas acumulações de hidrocarbonetos têm sido descobertas
no play do Pré-Sal, nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo, em
reservatórios carbonáticos de idade aptiana, situados abaixo de espessa
camada de sal.
Esses reservatórios em carbonatos do pré-sal apresentam como
características petrofísicas particulares:
(A) predomínio de porosidade do tipo intergranular, em
geral secundária.
(B) frequente homogeneidade lateral e vertical no comportamento
dos valores de permoporosidade.
(C) intensa cimentação, que oblitera intensamente os poros,
o que dificulta a migração do óleo para o poço.
(D) valores elevados de porosidade, porém, quase sempre
em intervalos com espessuras de poucos metros.
(E) valores significativos de porosidade, em relação às
elevadas profundidades dessas descobertas.

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3. PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2012 Diversos


fatores numa bacia sedimentar são essenciais

para a ocorrência de uma acumulação de petróleo.

Dentre esses, há os tipos de rochas matrizes, sedimentares e capeadoras,


bem como a presença de armadilhas.

As armadilhas se classificam em

(A) ígnea, sedimentar e metamófica

(B) vulcânica, normal e inversa

(C) anticlival, sinclival e de arasto

(D) estratigráfica, estrutural e combinada

(E) angular, paralela e inversa

4. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA - 2014

PRESS, F. et al. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman,


2006. p. 279. Adaptado.

Na Figura acima, está representada uma falha do tipo


(A) normal
(B) reversa
(C) oblíqua
(D) direcional dextral

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(E) direcional sinistral

5. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2014

PRESS, F. et al. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman,


2006. p. 283. Adaptado.

A Figura acima apresenta camadas sedimentares deformadas.


As estruturas geológicas presentes correspondem a dobras
(A) simétricas
(B) assimétricas
(C) recumbentes
(D) reclinadas
(E) monoclinais

6. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA - 20014 O querogênio é


matéria orgânica

(A) solúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos,apenas.

(B) solúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos e gasosos.

(C) insolúvel, que dá origem a hidrocarbonetos gasosos, apenas.

(D) insolúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos, apenas.

(E) insolúvel, que dá origem a hidrocarbonetos líquidos e gasosos.

7. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2014

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As Figuras acima representam armadilhas (trapas) do tipo


I II
(A) estratigráfica estratigráfica
(B) estratigráfica estrutural
(C) estrutural estratigráfica
(D) estrutural estrutural
(E) mista mista

8. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2014 São rochas que


atuam comumente como selantes:
(A) arenitos e carbonatos
(B) evaporitos e arenitos
(C) evaporitos e conglomerados
(D) folhelhos e evaporitos
(E) folhelhos e conglomerados

9. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2014 Hidrocarbonetos são


gerados a partir de diferentes tipos de querogênio.
O querogênio do tipo
(A) I é mais propenso à formação de hidrocarbonetos gasosos.
(B) I forma apenas hidrocarbonetos gasosos.
(C) II gera apenas hidrocarbonetos líquidos.
(D) III gera dominantemente hidrocarbonetos gasosos.
(E) III forma apenas hidrocarbonetos líquidos.

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10. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2014 O estágio da


maturação termal do querogênio em que há a geração de óleo é
denominado
(A) Metadiagênese
(B) Metagênese
(C) Metamorfogênese
(D) Eogênese
(E) Catagênese

11. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012

TARBUCK, E.J.; LUTGENS, F.K.; TASA, D. Earth - An Introduction


to Physical Geology. New Jersey: Prentice
Hall, 2011. p. 288. Adaptado.
No corte vertical apresentado na figura acima, aparecem camadas
sedimentares deformadas.
A estrutura geológica presente corresponde a uma dobra
(A) antiformal
(B) sinformal
(C) recumbente
(D) monoclinal
(E) isoclinal

12. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012 Ao conjunto de


transformações físicas e químicas sofridas
pelos sedimentos, após a sua deposição, dá-se o nome de
(A) cimentação

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(B) compactação
(C) diagênese
(D) metassomatismo
(E) recristalização

13. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012 Qual, dentre as


rochas abaixo relacionadas, constitui um
reservatório de boa qualidade, em termos de sua porosidade
primária?
(A) Halita
(B) Mudstone
(C) Grauvaca
(D) Calcarenito oolítico
(E) Folhelho vermelho

14. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012

As figuras acima exemplificam, respectivamente, armadilhas (trapas) do


tipo I II
(A) estratigráfica estrutural
(B) estratigráfica estratigráfica
(C) estrutural estrutural
(D) estrutural mista
(E) mista estratigráfica

15. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2012 Que rochas são


mais eficazes como selantes?
(A) Arenitos
(B) Carbonatos
(C) Conglomerados
(D) Folhelhos

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(E) Evaporitos

16. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012 O petróleo imaturo


(óleo pesado) é gerado a profundidades
(A) menores do que a “janela de óleo”
(B) menores dentro da “janela de óleo”
(C) maiores do que a “janela de óleo”
(D) maiores dentro da “janela de óleo”
(E) maiores ou menores que a “janela de óleo”

17. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012 Quanto à migração


primária e secundária de hidrocarbonetos, tem-se que a
(A) migração primária ocorre por difusão na rocha geradora em direção às
baixas concentrações.
(B) migração primária ocorre por deslocamento dos hidrocarbonetos
através de camadas porosas e permeáveis adjacentes à rocha geradora.
(C) migração secundária resulta na geração de óleo e gás em momentos
distintos.
(D) migração secundária é comumente dificultada pela presença de
fraturas.
(E) migração secundária ocorre no interior da rocha geradora.

18. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012

HYNE, N. J. 2001. Nontechnical Guide to Petroleum


Geology, Exploration, Drilling and Production. Tulsa:
PennWell Corporation, 2001 , p. 187.
Na figura acima, está representada uma armadilha do tipo

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(A) estratigráfica, com a presença de um domo de sal e


uma discordância
(B) estrutural, com a presença de um anticlinal e uma discordância
(C) estrutural, com a presença de um sinclinal e uma discordância
(D) mista, com a presença de um anticlinal e uma discordância
(E) mista, com a presença de um sinclinal e uma discordância

19. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/FÍSICA – 2012 Qual das rochas abaixo


relacionadas NÃO constitui reservatório?
(A) Arenitos moderadamente selecionados
(B) Basaltos fraturados
(C) Calcarenitos oolíticos
(D) Conglomerados oligomíticos
(E) Halita

20. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2012 Dentre os fatores


abaixo listados, qual NÃO favorece a redução da porosidade primária e/ou
a formação de porosidade secundária?
(A) Diagênese
(B) Fraturamento tectônico
(C) Introdução de água meteórica
(D) Baixo conteúdo de minerais solúveis
(E) Elevado conteúdo de litoclastos vulcânicos

21. PETROBRÁS – GEOFÍSICO/GEOLOGIA – 2012 A respeito da


geração de hidrocarbonetos, considere as afirmativas a seguir.
I - A matéria orgânica de tipo I, pela tendência de apresentar maiores
razões H/C, é mais propensa à formação de hidrocarbonetos líquidos.
II - A matéria orgânica de tipo II é rica em querogênio lipídico e pode
formar hidrocarbonetos líquidos e gasosos.
III - A matéria orgânica de tipo III é rica em querogênio algal e forma
apenas hidrocarbonetos gasosos.

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Está correto APENAS o que se afirma em

(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e II
(E) II e III

22. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011 Para gerar


preferencialmente óleo, uma rocha geradora
deve caracterizar-se pela seguinte condição:
(A) ser rica em matéria orgânica de tipo I (algal).
(B) ser de origem exclusivamente lacustre (por exemplo, folhelhos
lacustres).
(C) apresentar microfósseis marinhos, como os foraminíferos.
(D) apresentar valores de carbono orgânico total (COT) mínimo entre 3%
e 5%.
(E) encontrar-se em temperaturas entre 170 °C e 220 °C, durante o
soterramento.

23. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011 A migração


envolve um conjunto de processos e mecanismos complexos a partir da
formação do hidrocarboneto até sua acumulação em um reservatório.
Nesse contexto, tem-se que a(s)

(A) migração ocorre a partir de um grande soterramento, sob elevadas


pressões litostáticas.
(B) migração primária é aquela que se dá ainda na rocha geradora, com a
expulsão do hidrocarboneto para rochas ou estruturas transportadoras.
(C) migração ocorre mais facilmente em arenitos do que em calcários pela
natureza composicional (mineralógica) da rocha.

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(D) presença de água facilita a migração de hidrocarbonetos, através de


esforços resistivos da pressão capilar.
(E) falhas e fraturas são uma rota segura para a migração de
hidrocarbonetos, quando cimentadas.

24. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011 Dentre as rochas


abaixo, qual é a mais eficiente como
selante?
(A) Halita
(B) Calcário
(C) Folhelho
(D) Siltito
(E) Diamictito

25. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2011 Armadilhas


(trapas) são necessárias para a acumulação final do petróleo. Sobre essas
armadilhas, tem-se que as de natureza
(A) estratigráfica condicionam a presença das rochas geradoras sempre
acima das rochas reservatório.
(B) estrutural variam de estilo, conforme o contexto geotectônico do
embasamento da bacia.
(C) estrutural podem resultar de domos de sal (diápiros), através da
halocinese.
(D) mista são produto de dobras e falhas, em conjunto.
(E) mista levam em consideração aspectos diagenéticos e hidrodinâmicos.
(A) Halita
(B) Calcário
(C) Folhelho
(D) Siltito
(E) Diamictito

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26. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2011 A migração de hidrocarbonetos


ocorre
(A) por difusão, em direção às baixas concentrações, constituindo um
mecanismo de migração secundária.
(B) usualmente através de fraturas e falhas, sendo dificultada pela
presença de diques clásticos de arenito (injectitos).
(C) na própria rocha geradora, de granulometria fina, por mecanismos
considerados primários.
(D) em fases distintas, separando-se inicialmente o gás do óleo, e em
momentos distintos (migração primária e secundária).
(E) quando é favorecida pela pressão capilar do sistema água-rocha.

27. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

O elemento estrutural exposto no grande penhasco é classificado como


um(a):
(A) sinclinal.
(B) anticlinal.
(C) falha normal.
(D) falha reversa (ou inversa).
(E) falha de cavalgamento.

28. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

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O elemento estrutural situado entre as setas é classificado


como um(a):
(A) anticlinal.
(B) sinclinal.
(C) discordância angular.
(D) falha normal.
(E) falha reversa (ou inversa).

29. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

O plano de falha exibido na foto abaixo corta rochas vulcânicas sub-


horizontais e apresenta nítidas estrias de movimento.
Tal falha pode ser classificada como:
(A) normal.
(B) transcorrente.
(C) reversa (ou inversa).
(D) de cavalgamento ou empurrão.
(E) de movimento indefinido.

30. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005 Qual das estruturas a seguir tem


a menor possibilidade de conter uma acumulação de petróleo?

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(A) Sinclinal.
(B) Anticlinal.
(C) Estrutura-em-flor positiva.
(D) Flancos de diápiro de sal.
(E) Domos acima de diápiros de sal.

31. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005 Qual, dentre os pares de rochas


abaixo relacionados, pode ser considerado o par rocha reservatório -
rocha selante mais adequado para armazenar petróleo?
(A) Calcáreo e Arenito.
(B) Mármore fraturado e Arenito.
(C) Folhelho e Marga.
(D) Arenito e Calcarenito.
(E) Arenito e Folhelho.

32. PETROBRÁS – GEÓLOGO – 2005

O diagrama acima ilustra o aumento da temperatura das rochas com a


profundidade, em duas bacias sedimentares hipotéticas. Considerando-se
que o pico da geração de óleo a partir da matéria orgânica contida nas
rochas geradoras ocorre entre 65oC e 150oC, pode-se afirmar que:
I – na Bacia Y a geração de óleo ocorre a profundidades maiores do que
na Bacia X;
II – o gradiente geotérmico é maior na Bacia Y do que na Bacia X;
III – o gradiente geotérmico não influencia a geração de hidrocarbonetos.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):

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(A) I, somente.
(B) II, somente.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

33. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2005 Qual o fator


decisivo para determinar o grau de maturação da matéria orgânica e
transformação do querogênio em petróleo e gás natural?
(A) Presença de catalisadores.
(B) Tempo.
(C) Temperatura.
(D) Litologia.
(E) Pressão.

34. PETROBRÁS – TÉCNICO EM GEOLOGIA – 2005 Em que fase da


evolução dos sedimentos ocorre a “janela” de geração do petróleo líquido?
(A) Litogênese.
(B) Metagênese.
(C) Petrogênese.
(D) Catagênese.
(E) Diagênese.

35. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011 A


paleontologia focaliza somente na datação das rochas a partir dos fósseis,
enquanto a sedimentologia estuda os ambientes deposicionais.

36. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011 O


processo que vai da descoberta à extração de petróleo depende de
diversos profissionais, tais como: geofísico, geólogo, engenheiro de
perfuração, auxiliado pelo químico de fluidos de perfuração. Uma vez
descoberto o campo, geólogos, geofísicos e engenheiros de reservatórios

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trabalham em equipe, gerenciando o campo como se fosse uma empresa


menor dentro da companhia petroleira.

37. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011 Os


sedimentos acumulados nas bacias sedimentares transformam-se em
rochas, tais como arenitos e calcários, que podem ser reservatórios de
petróleo, enquanto os sais ou os evaporitos são rochas selantes que não
deixam o óleo escapar da trapa.

38. ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO: ÁREA III – 2011 A área


da geologia que estuda a maturação da matéria orgânica e a origem do
petróleo é da competência do engenheiro químico.

39. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011 A geologia do petróleo é uma área que cuida somente das rochas,
pois fluidos como óleo, condensado e gás são de competência da
engenharia química.

40. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011 As trapas estruturais são mais importantes para a acumulação de
hidrocarbonetos que as trapas estratigráficas, porque elas são,
geralmente, de maior volume.

41. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011 A geração de hidrocarbonetos passa pelos estágios de diagênese da
matéria orgânica, termogênese e catagênese. Entre estes estágios há a
geração de gás biogênico.

42. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011 Um sistema petrolífero, para ser eficiente, possui elementos tais
como geradora, reservatório, selante e trapa, que passam inicialmente

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por processo de geração e depois passam por processos de maturação,


migração, acumulação e preservação.

43. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011 O hidrocarboneto gerado, antes de se alojar no reservatório, passa
obrigatoriamente pela migração primária, mas não necessariamente pela
migração secundária.

44. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011 Rochas ígneas e embasamento com rochas metamórficas podem
ser reservatórios, desde que haja porosidade e alguma permeabilidade.

45. ANP – ESPECIALISTA EM GEOLOGIA/GEOFÍSICA: ÁREA I –


2011 Os arenitos com porosidades intragranulares são bons
reservatórios, pois possuem altas permeabilidades.

46. ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO GEOLOGIA – 2005 De acordo


com o conceito de Magoon & Dow (1994), um sistema petrolífero ativo
compreende a existência e o funcionamento síncronos de quatro
elementos e dois fenômenos geológicos dependentes do tempo (migração
e sincronismo).
A esse respeito considere os seguintes:
I - folhetos;
II - conglomerados;
III - trapas;
IV - rochas geradoras matura;
V - rochas-reservatório;
VI - rechas selantes.
Os quatro elementos presentes em um sistema petrolífero
ativo são:
(A) I, II, III e IV.
(B) I, II, V e VI .

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(C) I, III, IV e VI.


(D) II, III, IV e V.
(E) III, IV, V e VI.

47. ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO GEOLOGIA – 2005 O tipo de


hidrocarboneto gerado, seja óleo ou gás, depende fundamentalmente dos
fatores:
(A) constituição litológica da rocha geradora e intensidade das pressões a
que foi submetida.
(B) constituição dos fluidos contidos nas rochas-reservatório e intensidade
do processo térmico a que foram submetidos.
(C) constituição da matéria orgânica original e intensidade do processo
térmico a que foi submetida.
(D) evolução diagenética da rocha geradora e intensidade do processo de
metamorfismo a que foi submetida.
(E) evolução das salinidades das águas de formação e intensidade do
processo térmico a que foram submetidas.

48. ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO GEOLOGIA – 2005 Os


ambientes de deposição anóxicos (não oxidantes) favorecem a
preservação da matéria orgânica das rochas geradoras porque:
(A) impedem a destruição da matéria orgânica por oxidação.
(B) favorecem o enriquecimento da matéria orgânica
(C) favorecem a deposição de rochas-reservatório.
(D) favorecem a migração.
(E) favorecem as trapas.

49. CODEMIG – GEÓLOGO DE PETRÓLEO – 2015 As premissas


adotadas para ocorrências de petróleo requerem diversas condições
geológicas vinculadas com materiais e processos variáveis no tempo e
espaço. A acumulação de hidrocarbonetos em uma bacia sedimentar deve
apresentar

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várias dessas premissas. Analise as premissas abaixo:


I. a existência de rochas ricas em matéria orgânica, denominada rochas
geradoras;
II. as rochas geradoras precisam ser submetidas a condições adequadas
de tempo e temperatura;
III. a ocorrência de rochas reservatórios com permeabilidade e
porosidade para acúmulo de hidrocarbonetos;
IV. a existência de uma rocha permeável capaz de reter hidrocarbonetos,
denominada rocha selante;
V. haver a migração de hidrocarbonetos entre as rochas reservatórias e
geradora.
São premissas corretas:
(A)somente I, II e IV;
(B)somente I, II, III e V;
(C)somente I, III, IV e V;
(D)somente II, IV e V;
(E)I, II, III, IV e V.

50. CODEMIG – GEÓLOGO DE PETRÓLEO – 2015 Em uma rocha


geradora de um sistema petrolífero ativo, a matéria orgânica insolúvel
que foi transformada pelo processo de diagênese, submetida ao estágio
de evolução térmica necessária para sua degradação, e que
posteriormente será fundamental na geração de hidrocarbonetos, é
conhecida como:

(A)biopolímero;
(B)betume;
(C)querogênio;
(D)fitoplâncton;
(E)lignina.

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51. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010 Uma rocha, para


constituir um reservatório, deve apresentar espaços vazios (porosidade)
no seu interior e estes vazios devem estar interconectados, conferindo-lhe
a característica de permeabilidade. A porosidade que se desenvolve
quando da conversão do material sedimentar em rocha é denominada
“primária”. Dentre as rochas apresentadas abaixo, aquelas que podem ser
consideradas rochas-reservatório devido a sua porosidade primária são:
A) folhelhos e argilas
B) diabásio e embasamento
C) arenito e calcários
D) sal e outros evaporitos
E) siltitos e ardósias

52. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010 Os folhelhos e os


evaporitos (sal) são exemplos de classes de rochas selantes que, além da
impermeabilidade, são dotadas de uma característica denominada
plasticidade. Essa característica se traduz principalmente pela:
A) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram solidificação das fases dos fluidos presentes em
suas matrizes
B) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram cristalização de suas camadas
C) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram deformações
D) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram evaporação dos líquidos presentes em suas
camadas
E) capacidade de manter sua condição selante, mesmo quando submetida
a esforços que geram mudança de fase dos fluidos presentes em suas
matrizes

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53. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010 Um dos requisitos


para a formação de uma jazida de petróleo é a existência de armadilhas
ou trapas, que podem ter diferentes origens, características e dimensões.
Em relação a essas armadilhas são feitas as afirmações abaixo
I- Possuem camadas sedimentares deformadas (dobradas e/ou falhadas)
e diápiros de sal.
II- Não têm relação direta com os esforços atuantes nas bacias
sedimentares e são determinadas por interações de fenômenos de caráter
paleogeográfico.
III- Há situações em que as acumulações de hidrocarbonetos têm controle
estrutural e controle das camadas de rochas.

A sequência das afirmações acima corresponde às classificações das


armadilhas:
A) combinadas, estruturais e mistas
B) estruturais, estratigráficas e mistas ou combinadas
C) mistas, estratigráficas e combinadas
D) estratigráficas, mistas ou combinadas e estruturais
E) estruturais, mistas ou combinadas e estratigráficas

54. DRM/RJ – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO – 2010 Embora ainda


seja objeto de estudos, a origem do petróleo tem como hipóteses de
formação as teorias orgânica (biogênica) e inorgânica (abiogênica). A
teoria inorgânica é baseada na seguinte afirmativa:

A) Substâncias provenientes da fossilização das árvores e dos dinossauros


extintos, ao serem depositadas nos solos, e sob a ação de elevada
pressão e temperatura, seriam expulsas para regiões mais próximas da
superfície e contaminadas por bactérias surfactantes, convertendo-se em
petróleo.
B) Substâncias provenientes da fossilização das árvores e dos dinossauros
extintos, ao serem depositadas nos solos, e sob a ação de elevada

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pressão e temperatura, teriam, ao longo de milhões de anos, se


convertido em petróleo.
C) Substâncias provenientes da superfície da terra, ao serem depositadas
no fundo de lagos e oceanos, e sob a ação da elevada pressão resultante,
teriam, ao longo de milhões de anos, se convertido em petróleo.
D) Devido à presença de metano no interior da terra, acredita-se que os
hidrocarbonetos de maior massa molar teriam sido formados a partir dele,
pela ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso para regiões
mais próximas da superfície, o petróleo seria, então, contaminado por
bactérias, que teriam, possivelmente, efeitos sobre sua composição.
E) Devido à presença de gás carbônico no interior da terra, acredita-se
que os hidrocarbonetos de menor massa molar teriam sido formados a
partir dele, pela ação de elevada temperatura e pressão. Ao ser expulso
para regiões mais próximas da superfície, o petróleo seria, então,
contaminado por bactérias surfactantes, que teriam, possivelmente,
efeitos sobre sua composição.

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01 A 02 E 03 D 04 E 05 A 06 E 07 D

08 D 09 D 10 E 11 A 12 C 13 D 14 B

15 E 16 B 17 A 18 D 19 E 20 D 21 A

22 A 23 B 24 A 25 C 26 C 27 B 28 E

29 B 30 A 31 E 32 A 33 C 34 D 35 E

36 C 37 C 38 E 39 E 40 E 41 E 42 E

43 C 44 C 45 E 46 E 47 C 48 A 49 E

50 C 51 C 52 C 53 B/D 54 D

BIBLIOGRAFIA

 THOMAS, José Eduardo. Fundamentos da engenharia de petróleo.

 TEIXEIRA, W. et all. Decifrando a Terra

 GROTZINGER, John. Et all. Para entender a Terra

 FOSSEN, H. Geologia Estrutural

 MARSHAK, Stephan. Essentials of geology

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