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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS


DISCIPLINA: Prática I - Língua e literaturas de Língua Portuguesa

Análise do livro didático a partir das Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) –


Diretrizes curriculares da Língua Portuguesa

Referência do livro analisado:


CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens,
1.11ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

1. APRESENTAÇÃO DO LIVRO
O livro analisado, na sua apresentação, destaca a importância da linguagem no
cotidiano, nas suas mais variadas formas de expressão, seja verbal, não verbal ou
multimodal e de como a linguagem segue as transformações tecnológicas e sociais.
Na leitura da apresentação do livro, é possível identificar os seguintes objetivos:
resgatar a cultura em língua portuguesa, nos seus aspectos artísticos, históricos e sociais,
e, ao mesmo tempo, cruzá-la com outras culturas e artes; estabelecer relações e contrastes
com o mundo contemporâneo, por meio das diferentes linguagens em circulação; analisar
os diálogos que a literatura brasileira estabeleceu com outras literaturas, bem como o
diálogo que as literaturas africanas de língua portuguesa têm estabelecido com a literatura
brasileira; dar suporte para a leitura e interpretação de textos não verbais, como o cartum
e a pintura, prepará-lo para os desafios do Enem e dos vestibulares; oferecer condições
de produção, com adequação e segurança, de textos verbais, orais e escritos, de diferentes
gêneros, como um seminário, um debate, um relatório científico, uma carta argumentativa
de reclamação, um poema, um anúncio publicitário, um editorial, um texto dissertativo-
argumentativo para o vestibular, etc.; ajudar o estudante a compreender o funcionamento
e a fazer o melhor uso possível da língua portuguesa, em suas múltiplas variedades,
regionais e sociais, e nas diferentes situações sociais de interação verbal.
No sumário, os assuntos são divididos em quatro unidades, a saber: 1) A literatura
na Baixa Idade Média; 2) História social do Classicismo; 3) Barroco: a arte da
indisciplina; 4) História social do Arcadismo. Cada unidade é dividida em capítulos, as
unidades variam entre 8 a 10 capítulos, sendo que cada unidade vai contemplar um ou
mais capítulos destinados ao estudo da literatura, produção de texto, uso e reflexão da
língua e interpretação de texto. São usadas cores diferentes para cada assunto para facilitar
a localização em cada unidade. Cada unidade propõe uma vivência, que são atividades
como eventos que buscam relacionar os conteúdos abordados nos capítulos em cada
unidade;

2. ANÁLISE DO LIVRO E COMPARAÇÃO COM A DCE

As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) – Diretrizes curriculares da Língua


Portuguesa apresentam, nas páginas 99 a 101, os conteúdos básicos da disciplina de
Língua Portuguesa. O conteúdo está apresentado em quadros para sistematizar
conhecimentos fundamentais para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a
formação conceitual dos estudantes da Educação Básica. A sugestão é que os quadros
sejam tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica
curricular das escolas. Parte-se do princípio de que se tratam dos conhecimentos
fundamentais apresentados para a série, e que, portanto, os conteúdos não devam ser
suprimidos nem reduzidos. O quadro indica como os conteúdos básicos devem ser
articular com os conteúdos estruturantes da disciplina, o tipo de abordagem teórico-
metodológica que deve receber e a quais expectativas de aprendizagem estão atrelados.
Em relação à leitura, o conteúdo estruturante demanda como conteúdos básicos
que o aluno desenvolva competências relacionadas ao conteúdo temático e à interpretação
de texto, compreendendo aspectos como a finalidade do texto, argumentos, contexto e
vozes sociais, intencionalidade, intertextualidade, os elementos composicionais do
gênero, o contexto de produção da obra literária, as marcas linguísticas (coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como
aspas, travessão, negrito, relação de causa e consequência entre partes e elementos do
texto e semântica (operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem).
Sobre a escrita, a DCE orienta que o aluno possa relatar os elementos abordados
na leitura em atividades práticas. Já sobre a oralidade, espera-se que o aluno possa, além
de aplicar em contextos de fala os aspectos já abordados em leitura e escrita, adequar sua
fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.) e aplicar elementos
extralinguísticos (entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausa).
Na análise do livro, percebe-se como os conteúdos solicitados são abordados ao
longo dos capítulos. A análise do conteúdo do livro está restrita aos capítulos que possam
ser relacionados diretamente aos conteúdos básicos listados pela DCE. Os capítulos que
tratam especificamente de literatura, por exemplo, não serão abordados neste trabalho por
seguirem uma estrutura padrão de texto e exercícios.
Começamos com a análise dos capítulos que fazem parte da primeira unidade.
Em relação à gênero, o capitulo 2 faz uma introdução aos gêneros do discurso e apresenta
as diferenças entre gênero do discurso, gênero literário, gênero lírico, gênero épico,
gênero gramático e gêneros narrativos modernos (o romance, a novela, o conto e a
crônica). O texto é ilustrado com fotos, exemplos de cada gênero e atividades para fazer
no livro e no caderno, o que propicia com que o estudante cumpra com o que se espera
na abordagem-metodológica ao propiciar práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros, apresenta questionamentos que possibilitam a inferências a partir de pistas
textuais e também possibilita discussões e reflexões sobre alguns elementos como tema,
finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia. O capitulo é classificado como “Produção de
texto”. Como trata-se de uma edição de 2016, o livro é relativamente atual em relação às
imagens e a linguagem das figuras, das fontes das notícias e assuntos (prevenção do
câncer de pele, produção de energia nuclear). Há a preocupação em trazer o contexto
próximo da realidade do aluno, permitindo com que ele se posicione argumentativamente
como, por exemplo, na atividade de redação de uma carta argumentativa de reclamação à
prefeitura da cidade ou ao governo de seu Estado sobre o problema de enchentes na rua
onde mora. A atividade demanda que o aluno reflita sobre a abrangência do problema e
nas possiblidades de solução coletiva (abaixo-assinado ou carta-aberta). Este capítulo não
traz indicações de como o conteúdo poderia ser abordado para dar conta da necessidade
do desenvolvimento da oralidade no contexto que a DCE pede. Algumas atividades como
discussão para a prática de apresentação de ideias, argumentação e contra argumentação,
adequação do discurso à situação de produção e aprenda a respeitar os turnos de fala.
O capitulo 3 chamado “Linguagem, comunicação e interação” aborda linguagem
(verbal e não verbal), fazendo associação com imagens de gêneros relacionados à
publicidade, cartum/tira, além de tratar de códigos, língua, teoria da comunicação
(funções da linguagem, metalinguagem), função do texto e a concepção social da
linguagem, a função da linguagem na construção do texto e semântica e discurso. O
capítulo está classificado como “Língua: uso e reflexão”. O conteúdo teórico é sucinto e
mesclado com atividades e ilustrações. Há a indicação de atividades para fazer no
caderno, como a análise de cartuns e tira. As imagens são atuais e bem ilustrativas do que
o aluno encontra no cotidiano, como os símbolos de indicação de assentos preferenciais
nos ônibus para ilustrar o conteúdo que explica o que é código. Há também textos curtos
que abordam questões da língua, como “Quantas línguas são faladas no Brasil?” que
podem suscitar discussões como a política linguística. O conteúdo é essencial para que o
aluno possa compreender as diferenças entre as linguagens, bem como possa fazer a
relação entre finalidade, intencionalidade e intertextualidade, por exemplo. Novamente,
não são propostas atividades que envolvam a oralidade no capítulo, entretanto, algumas
das atividades poderiam facilmente ser adaptadas para esse fim pelo professor.
O capítulo 4 aborda o gênero poema. Há, pela primeira vez, a intenção de trabalhar
de alguma forma a oralidade, já que a primeira atividade pede que o poema “Minha
desgraça” de Alvares de Azevedo seja lido em voz alta. Essa atividade permite que o
professor trabalhe aspectos da oralidade como a adequação da fala ao contexto (diferença
entre ler um poema e outros textos, por exemplo) e aplicar elementos extralinguísticos
(entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausa). O capítulo é classificado como
“Produção de texto” e mescla conteúdos teóricos como métrica, versos e estrofe e rima,
com textos ilustrativos dos gêneros textuais abordados e atividades. Há uma atividade
interessante consiste na análise de uma tira de Laerte com versos de Chico Buarque e a
apresentação de exemplos de poemas concretos, em que o aluno pode perceber a
intertextualidade e a relação entre o que está sendo tratado neste capítulo e o que foi
abordado no capítulo anterior. Há também uma atividade de produção de um poema a
partir de propostas de textos indicadas no livro, que permite com que o aluno possa
exercitar a escrita do gênero trabalhado.
No capítulo 6 é abordado o texto teatral escrito. Nesse capítulo, além das
atividades escritas propostas como nos demais capítulos há uma proposta de produção de
texto teatral a partir de um cenário descrito no livro, que é retirado da peça de Marcos
Caruso, Trair e coçar é só começar, de 2011. A atividade permite a construção de textos
teatrais variados como atividade final de revisão do capítulo, além da possibilidade de
encenação, propiciando ampla participação dos alunos, além da prática de uma leitura
dramática ou encenação, o que permitira que os alunos exercitassem aspectos de leitura,
escrita e oralidade em conjunto, pois o livro traz dicas planejamento, revisão e reescrita
do texto para a construção do texto teatral, leitura dramática e encenação, que é chamado
de projeto Palavra em Cena.
As variedades linguísticas são abordadas no capitulo 7, que aborda a relação entre
norma-padrão e a escola e as variações da língua como uma forma de expressão de uma
identidade grupal em gírias, dialetos e registros orais e escritos. O capitulo ilustra as
diferentes abordagens e o nível de formalidade em formas de expressão orais e escritas.
Os exercícios abordam a variedade linguística como forma de interpretação e escrita,
porém não sugere de que forma estes aspectos poderiam ser abordados no exercício da
oralidade, de forma a discutir diferenças regionais de fala e sotaque, por exemplo,
permitindo uma discussão mais aprofundada em que o professor pudesse abordar a
questão do preconceito linguístico entre os alunos.
O capítulo 9 trata das figuras de linguagem e traz textos, imagens, versos para
abordar conceitualmente o assunto e relacionar com o cotidiano do aluno como na
metonímia visual, que é ilustrada pelo pictograma que sinaliza as vagas destinadas aos
deficientes físicos, por exemplo. Nas atividades, as figuras de linguagem são exercitadas
pela análise de textos diversos, com ênfase nos exercícios escritos. O capitulo vem de
encontro ao que se espera como conteúdo básico no que diz respeito à semântica
(operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem).
O capitulo 10 intitulado “Competência leitora e habilidades de leitura” aborda o
que é competência leitora e quais são as habilidades de leitura necessárias para o
desenvolvimento dessa competência. Esse conteúdo vem de encontro ao que se espera no
conteúdo estruturante da DCE, inclusive pela proposição de vivências, sendo detalhado o
Projeto Palavra em Cena que é apresentado no capitulo 6, ampliando as sugestões de
atividades que podem ser feitas pelos alunos como varal de textos, dicionário de gírias e
regionalismos, sarau, entre outras, que permitem com que os alunos possam exercitar
leitura, escrita e oralidade em conjunto, além de compreender o contexto de produção da
obra literária, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes
épocas com o contexto histórico atual, por exemplo. Além disso, indica como a
competência leitora e as habilidades de leitura são exploradas nas provas do Enem e do
vestibular.
Já na análise da unidade 2, o capitulo 2 aborda o gênero relato pessoal, trazendo a
contribuição de Sebastião Salgado. Há a proposta de que o aluno produza seu relato
pessoal, que poderia, apesar de não proposto no livro, posteriormente ser lido como uma
forma de unir escrita e oralidade na mesma atividade. É indicado um passo a passo para
o planejamento do texto, redação e reescrita indicando como possibilidade a junção de
todos os relatos da turma em um livro da classe, indicando complementar essa atividade
a exposição do livro na biblioteca da escola para que a comunidade escolar possa ser
convidada para ler os relatos.
O capitulo 3 aborda o tema texto e discurso – intertexto e interdiscurso, em que
são abordados discurso, texto verbal e não verbal, textualidade, coerência e coesão
mesclando a teoria com atividades e exercícios de leitura, escrita e interpretação, bem
como dá orientações do uso da coerência e da coesão na construção do texto.
No capítulo 5 são abordados os temas de hipertexto e gêneros digitais, o que vem
a atualizar os gêneros da DCE, constantes na tabela de gêneros na página 99. O próprio
documento orienta que os professores selecionem os gêneros a serem trabalhados em sala
de aula não somente de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente e em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries,
mas também inseridas em um contexto social e tecnológico mais amplo. Há orientações
para a produção de e-mail pessoal e profissional e comentários na internet com indicação
de planejamento de texto, revisão e reescrita. Não há, entretanto, menção a textos orais
ou visuais como podcasts ou até mesmo o Youtube, que poderiam ampliar as
possibilidades de atividades em sala de aula, abrangendo leitura, escrita e oralidade. Para
a atividade de escrita, são abordados os paralelismos sintáticos e semânticos.
O capitulo 6 faz a introdução à semântica, abordando sinonímia e antonímia,
hipônimos e hiperônimos, polissemia. Nas atividades é abordado a ambiguidade como
recurso e como problema na construção de textos e nos exercícios são trabalhados trechos
de jornais e revistas que devem ser reformulados pelos alunos para eliminar a
ambiguidade.
“A observação, a análise e a identificação” é o titulo do capitulo 8, que é voltado
para a compreensão de como esses elementos são explorados nas provas do Enem e do
vestibular. São apresentadas questões com gráficos, imagens, textos com a indicação de
como observar, analisar e identificar informações, para posteriormente relacioná-las com
o que poderia ser pedido em eventuais questões. No capitulo são sugeridas vivências, que
é um projeto chamado “Da espada à vela: um mundo em mudanças”. Para o
desenvolvimento desse projeto é sugerida a apresentação de uma mostra sobre as
produções artística e científica da Idade Média e do Renascimento, que vai consistir em
declamação, leitura dramatizada, canto, exposição de cartazes, exposição oral e
apresentação de trechos de filmes, abrangendo leitura, escrita e oralidade e relacionando
os conteúdos até então abordados, abrindo também a possibilidade de um trabalho
interdisciplinar com outras disciplinas.
O capitulo 2 da unidade 3 aborda os gêneros instrucionais. Como vivência, é
proposta uma Feira de inclusão digital e então há a sugestão da criação de tutoriais como
tutoriais inusitados, indicando como planejar revisar e reescrever o texto. Os exercícios
desse capitulo abordam a síntese de ideias, com atividades em que os alunos devem
reescrever os parágrafos de forma mais sintética. Não há relação com outras formas de
texto além do escrito.
O capitulo 3 é intitulado “Sons e letras” e trata de fonemas, silaba, encontros
vocálicos e consonantais, dígrafos, ortoepia e prosódia, semântica e discurso, trabalhando
especialmente com textos e poemas, enfatizando as atividades escritas.
No capitulo 5 é abordado o gênero resumo, apresentando estratégias de como
elaborar um resumo, apresentando dicas de como planejar, revisar e reescrever resumos.
O capitulo 6 tem enfoque na ortografia e o emprego adequado da grafia. Os
exercícios são voltados para a leitura e escrita, ampliação do léxico, que vai contribuir na
leitura, na escrita e na expressão oral do aluno.
O seminário é o gênero expositivo abordado no capitulo 7. É primeiro capitulo
que tem conteúdo voltado para a oralidade, pois trata do processo de planejamento e
preparação do seminário desde a pesquisa do tema, passando pela apresentação com a
indicação de uma sequência para o andamento da exposição e aborda a necessidade do
uso adequado da linguagem de acordo com o formalismo exigido na apresentação
(adequação do discurso ao gênero). Aborda também o turno de fala ao orientar as
apresentações em grupos e segue as orientações da DCE sobre a necessidade de
adequação da fala ao contexto abordando as diferenças e semelhanças entre o discurso
oral e o escrito.
O capitulo 8 aborda a acentuação. Traz as mudanças trazidas pela reforma
ortográfica de 2009 e as regras de acentuação gráfica. Suas atividades e exercícios são
inteiramente voltados para a aplicação das regras na escrita.
O capitulo 9 aborda as ações ou operações chamadas justificação e conclusão, e
mostra como elas são avaliadas nas provas do Enem e do vestibular. A vivência
apresentada é uma Feira de inclusão digital, com a exposição dos textos produzidos ao
como os e-mails e comentários, tutoriais e a apresentação de ferramentas digitais voltadas
à educação.
Na unidade 4, o capitulo 2 aborda o debate regrado público, gênero argumentativo
oral. Além de transcrever um debate, com o objetivo de que sejam observadas algumas
características do gênero, no capitulo há a proposta para a realização de dois debates
regrados, apresentando tema, planejamento, revisão e avaliação, além de orientar para a
filmagem do processo para que ele possa ser avaliado posteriormente. O debate a partir
da leitura ou da pesquisa de um assunto permite a relação entre leitura, na escrita e na
expressão oral do aluno de acordo com o que apregoa a DCE.
O capitulo 3 aborda os morfemas e os usos de elementos mórficos na construção
dos textos, com as atividades voltadas para a leitura e a escrita.
No capítulo 5 é trabalhado o gênero artigo de opinião. No capítulo, textos curtos
servem de base para que o aluno possa produzir um artigo de opinião, o assunto é as cotas
para as universidades públicas. Há indicação da forma de planejamento do texto, revisão
e reescrita. A forma de abordagem do gênero permite trabalhar os conteúdos básicos de
escrita, permitindo com que o aluno elabore textos atendendo às situações de produção
propostas, à continuidade temática, compreenda o contexto de uso da linguagem formal
e informal, bem como utilize recursos linguísticos e com isso entenda o estilo, que é
próprio de cada gênero.
O capitulo 6 aborda os processos de formação de palavras como a derivação, a
composição, o hibridismo, onomatopeia, redução, empréstimos e gírias e as atividades
são voltadas para o exercício da leitura e da escrita. As atividades propostas como a tira
de Mafalda e a música Samba do Approach para abordar o tema do uso de estrangeirismos
são recursos interessantes se utilizados para discutir a questão da norma culta e as
questões da língua.
No capítulo 7 são abordadas as operações de explicação e demonstração. Assim
como os outros capítulos classificados como “Interpretação de texto”, esse capitulo
também objetiva demostrar como essas operações são cobradas em exames oficiais e as
atividades propostas são orientadas para a preparação para o Enem e o vestibular.
Na vivência, é proposto o projeto “A arte brasileira no período colonial” com a
apresentação de conteúdos pesquisados e preparados pelos alunos sobre as relações do
Barroco com o cinema, a música, a arquitetura, bem como relato de fatos históricos como
a inconfidência mineira.
Na análise geral do livro, é possível perceber que há a preocupação tanto na
estrutura quanto nas metodologias e no conteúdo para que os conteúdos estruturante e
básico sejam contemplados em sua totalidade. Por mais que nem todos os capítulos
abordem conteúdos que possibilitem abranger os conteúdos básicos de leitura, linguagem
e oralidade ao mesmo tempo, fica claro que há o esforço em dar subsídios ao professor
para que ele possa, pelo desenvolvimento dos projetos propostos nas vivências, dar conta
de praticar e avaliar os conteúdos demandados pela DCE.
Uma questão importante é a aplicabilidade do livro no contexto escolar. Como o
livro aborda literatura, produção de texto, gramática e interpretação de texto em uma
única obra e esses assuntos em algumas escolas são trabalhados em disciplinas diferentes,
há a necessidade de avaliar se todos os professores envolvidos terão o mesmo empenho e
recursos para aplicar as atividades e desenvolver os conteúdos propostos. Nesse mesmo
contexto, é necessário levar em consideração que escolas públicas e privadas têm
diferentes cargas horárias para as disciplinas de Língua Portuguesa e o professor pode
não ter tempo hábil para aplicar as atividades e com isso perder as oportunidades de
aprendizado que o livro possibilita.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens,


1.11ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os Anos Finais


do Ensino Fundamental e Médio. Curitiba: SEED, 2009. Disponível em
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/port
ugues.pdf. Acesso em 12 out. 2018.

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