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RESUMO
ABSTRACT
In the current context of violence and insecurity, many people seek prevention by buying a
firearm to protect themselves, their family, their friends and their assets. It is noticed that the
positioning of the people may be come favorable if they face certain situations of violence.
Legislation that regulate the use of weapons has been modified over the years. Nowadays it is
mandatory a candidate, civilian or military, who wishes to use a firearm undergoes a
psychological evaluation. The purpose of this assessment is to verify the person has compatible
characteristics for armed work or possession and handling by civilians. It is up to the
psychologist to provide this evaluative function taking into account the professional
qualification itself and the precepts of ethics. There are many challenges faced by psychologists
in this activity, such as: accreditation with the Federal Police; choice of psychological
instruments relevant to Normative Instruction n° 78/2014; qualification for application,
correction and interpretation of the results, with elaboration of synthesis and conclusive report;
adequate remuneration for the service provided; and return to the candidates. The psychologist
properly trained, up-to-date, ethical and attentive to the factors that may be involved in the life
of the candidate carrying the weapon, is able to give his opinion with security and scientific
basis. The practice reveals challenges to be faced and efforts must be employed to minimize
problems in this area.
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tantos desafios que atravessam a prática do psicólogo que trabalha com
avaliação psicológica para concessão do porte de arma de fogo, é fundamental uma reflexão
sobre o papel e a função deste profissional. Armar ou desarmar alguém é de extrema
responsabilidade. Imagine que essa pessoa possa ser um psicótico, um bandido, um
sequestrador, um irresponsável, um desleixado, um inseguro, um homicida ou um suicida. Que
uso fará da arma? Deixará em qualquer lugar, podendo ficar acessível ao uso pelos filhos ou
amigos? Eliminará o demônio que acredita estar encarnado? Ficará na dúvida se deve ou não
atirar ao ser ameaçado de morte? Usará para benefícios escusos ou ter poder sobre os outros?
Será vítima da própria arma?
Existe um ditado que diz: “quem vê cara, não vê coração”. Não se pode basear uma
avaliação apenas na imagem que vemos de alguém. Pode até ser que a imagem reflita aquilo
que a pessoa é de fato. Mas os psicólogos têm um saber para além das aparências, afinal elas
podem enganar. E é aí que se pode fazer a diferença. Ao realizar uma avaliação psicológica
consistente, bem embasada, é possível distinguir os que podem e os que não podem estar
armados. É de extrema relevância social armar apenas os que apresentarem requisitos para tal.
O psicólogo devidamente capacitado, atualizado, ético e atento aos fatores que podem
estar envolvidos na vida do candidato ao porte de arma, tem o dever de dar o parecer de aptidão
se julgar que o mesmo demonstrou condições psicológicas e capacidade para portar e manusear
uma arma de fogo. Da mesma forma, negar o porte de qualquer pessoa que não apresente tais
requisitos. A prática revela vários desafios a serem enfrentados e esforços devem ser
empregados para minimizar os problemas nesta área de atuação.
Referências:
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Lei nº
9437/1997. [Revogado pela lei nº 10826, de 22.12.2003]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9437.htm. Acessado em: 22 ago. 2018.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Lei nº
10826/ 2003. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10826.htm. Acessado em: 22 ago. 2018.
JESUS, D. Crimes de porte de arma de fogo e assemelhados. São Paulo: Saraiva, 2002.
MIRANDA, B. Maioria dos mineiros se diz contra liberar armas. Jornal O tempo. Belo
Horizonte, p. 4, 26 de mar. 2018.
SZNICK, V. Crime de porte de arma. São Paulo: Livraria e Editora Universitária de Direito
Ltda., 1997.
Mestre e Doutor pela UFMG, Professor Adjunto da PUC MINAS São Gabriel, Tenente
Coronel PM QOS psicólogo da reserva, Coordenador e professor da pós-graduação em
Avaliação Psicológica do IEC/MG, Membro da Comissão de Avaliação Psicológica do CRP
04 e Membro da Diretoria da Sociedade de Avaliação Psicológica de MG (SAPSI/MG).