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Inovação e Sustentabilidade: Cimento Ecológico a base do mesocarpo e endocarpo

do coco nucifera como proposta para diminuir impactos ambientais

Anna Leticia Cunha Soares


Grazielly Valeska de Moura Pereira
Leticia Sterfanny Faustino
Natanael Lima da Silva
Paulo Lázaro da Silva Junior 1
Zildenice Matias Guedes Maia
Ravana Rany Marques Batalha 2
RESUMO
Na última década intensificou-se a preocupação com a geração e destinação dos
resíduos sólidos. Passou-se a reconhecer que há potencial nos resíduos orgânicos
gerados pela humanidade, bem como valorizar os recursos naturais locais. Nesse
sentido, a pesquisa tem como objetivo a produção do cimento ecológico a base da
quenga do coco nucifera. A PESQUISA VEM SENDO REALIZADA DESDE O
ANO DE 2018....
Palavras-Chave:
ABSTRACT
Key Words:

1
Alunos
2
Orientadores
Introdução
A preocupação humana com as problemáticas ambientais foi intensificada a
partir da década de 1960. Nessa ocasião, através da obra Silent Spring (Carson, 1969)
alerta a humanidade para os riscos ambientais quanto ao uso predatório dos recursos
naturais e a externalização3 dos impactos ambientais.
Essa preocupação com a necessária defesa do meio ambiente intensificou-se ao
ponto de diversos países, chefes de governo, cientistas, ativistas ambientais e um
coletivo de atores se juntarem e fazerem coro para a mudança de paradigma do
desenvolvimento. Ficou evidente a partir desse momento que era necessário que os
países adotassem um modelo de desenvolvimento pautado com a necessária defesa do
meio ambiente. Surgindo assim, o conceito de Desenvolvimento Sustentável que foi
incorporado à agenda política e econômica para orientar os processos e as escolhas.
Mudanças significativas aconteceram no mundo em relação às questões
ambientais a partir desse momento. Ficou evidente que para garantir a permanência de
vida na Terra, o meio ambiente precisava ser reconhecido para além das percepções
simplistas, sendo necessária a pessoa humana sentir-se pertencer ao meio ambiente,
sentir-se uma parte importante e não a natureza à parte da sociedade humana.
Nesse sentido, não bastava apenas reconhecer os desequilíbrios resultantes das
falhas dos processos e desequilíbrios de mercado, bem como não basta apenas
incorporar mecanismos econômicos, embora sejam eficientes, reconhece-se que
atualmente eles são por si só, insuficientes para mudar os quadros de degradação e
impacto ambiental evidentes na sociedade contemporânea.
O desafio atual é entender que o meio ambiente e as ações que são postuladas
sobre esse, resultam em comprometimento dos recursos naturais, mas também da vida
humana na Terra. É evidente que o ar está mais poluído que há algumas décadas atrás,
percebe-se que os solos estão também se tornando improdutivos, assim como as águas

3
estão mais contaminadas, espécies animais e vegetais se tornaram extintas sem ao
menos terem sido conhecidas pela espécie humana.
E é todo esse contexto que nos possibilita pensar que é urgente a necessidade de
adotar processos e tecnologias que sejam sustentáveis sob os pontos de vista ambiental,
social e econômico.
Assim, o objetivo geral da pesquisa é a produção do cimento ecológico a base da
quenga do coco nucifera. Os objetivos específicos consistem em: evidenciar a
viabilidade de adotar processos tecnológicos sustentáveis; analisar a eficácia do cimento
ecológico produzido.
A seguir, discutimos como tecnologia, sustentabilidade e inovação se tornam
uma condição necessária, mas também possível para a proposição de processos
tecnológicos. A finalidade é dialogarmos com a perspectiva da Convivência com o
Semiárido (SILVA, 2006).

2 Referencial Teórico
2.1 Inovação e Sustentabilidade:
Nos últimos anos têm se intensificado a preocupação com a geração e destinação
dos resíduos. Nesse sentido, vê-se potencial na reutilização de resíduos, sobretudo,
resíduos orgânicos. De acordo com os autores Silva e Jerônimo (2012), há muitos
benefícios na utilização dos resíduos do coco, e dentre as vantagens, os supracitados
afirmam que a diminuição de impactos ambientais é considerável, sobretudo, porque
esse resíduo substitui outras matérias primas que potencialmente geram efeitos nocivos
ao meio ambiente a partir da sua retirada, tais como, a cal e a madeira.
É válido ressaltar que o Brasil tem apresentado um excelente desempenho
enquanto produtor de coco, estando na condição de líder mundial na produção do
referido produto.
No que diz respeito aos resíduos dos cocos, Silva e Jerônimo (2012, p. 2194)
consideram:

Atualmente, a maioria das cascas de coco, folhas e cachos do coqueiro


são queimados ou descartados como lixo nas propriedades rurais
produtoras de coco, nas ruas das grandes cidades em lixões. Quando
queimados produzem substâncias poluidoras do meio ambiente,
quando descartados constituem meio adequado para procriação de
animais peçonhentos e insetos vetores de doenças, servindo como
agente poluidor do meio ambiente e de risco para a saúde da
população.

Os resíduos do coco são têm bastantes utilidades, sendo artesanal, construção


civil, recuperação de área degrada (processos de bioengenharia) são algumas dessas
utilidades.

3 Metodologia
1ª Fase da Pesquisa
A pesquisa está sendo realizada pelos alunos e alunas do Centro Estadual de
Educação Profissional Francisco Assis Pedrosa CEEP-Mossoró. Os alunos e alunas
iniciaram o projeto no ano de 2018. Na primeira fase, se detiveram ao referencial
bibliográfico com o intuito de evidenciar a viabilidade da pesquisa, bem como
confeccionar um protótipo. Contudo, não avançaram para a fase de testes. Através de
parceria feita com o Instituto Federal do Rio Grande do Norte foi realizado dia
12/09/2018 uma visita ao laboratório para definir o primeiro protótipo. Com a utilização
do moinho de jarra, a casca interna foi triturada com a ajuda das esferas de alumina
(1980,23g), triturando 395, 21g de coco por 40 minutos. O resultado obtido na
trituração não foi satisfatório em relação a quantidade de resíduos triturados resultantes.
Nessa ocasião, foram feitos cálculos para definir o volume do molde de teste a ser usado
(apêndice 1).

h·π· r²
196,25 cm³ Volume do molde de teste a ser
10·3,14·2,5²
usado
10·3,14·6,25
Materiais para a produção do cimento: 370g da quenga; 370g da fibra do coco; 375g de
argila; 375g de areia. Commented [Z1]: Colocar e apêndices

2ª Fase da Pesquisa
A pesquisa está na fase de confecção dos protótipos. Para tanto, contamos com o
apoio do Laboratório de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Semi-àrido e
o Laboratório de Engenharia Civil do IFRN. Na UFERSA, conseguimos a fibra do coco
em pó para os primeiros protótipos (figura 1 e 2). A confecção dos seguintes protótipos
foi feita nas imediações do Centro Estadual de Educação Profissional Francisco de
Assis Pedrosa – CEEP.

Figura 1: Protótipo 1 (30% da Figura 2: Protótipo 2 (5% da


fibra de coco em pó)  60g de fibra de coco em pó  60g de
fibras; 70g de areia; 70g argila fibras; 70g de areia; 70g argila
em pó; 390 ml água. em pó; 390 ml água.
390 ml água 390 ml água

Figura 3: Protótipos 1 e 2 após secagem ao sol

É válido ressaltar que os protótipos 1 e 2 não foram confeccionados com a


quenga do coco. Na UFERSA conseguimos triturar esse material em diferentes
granulometrias em um moinho de facas para conseguirmos fazê-lo no IFRN.
No IFRN foi triturado no moinho de bolas a argila – cerca de 515,07g onde
definiu-se as densidades da argila e dos demais materiais, para definir qual a
porcentagem destes a serem utilizadas da confecção dos protótipos.

Figura 4: Protótipo III


Com esse material, chegou-se a definição:
Protótipos:
III – Fibra em pó (5%): 11,32g
Areia (48%): 107,55g

309,97g
Argila (48%): 107,55g
Água (35%): 79,25g
Gesso: 4,3g

Figura 5: Protótipo IV
IV – Fibra em pó (5%): 10,96g
“Quenga” (5%): 10,96g
Areia (48%): 104,07g
Argila (48%): 104,07g 299,05g

Água (cerca de 35%): 64,69g


Gesso: 4,3g

Resultados
A pesquisa está em execução. Os protótipos I e II não foram submetidos a teste
devido ao formato estar em tamanho inadequado para testes e por não ter sido prensado
na prensa manual. Essa compreensão se deu a partir das visitas aos laboratórios, em que
evidenciamos que embora visualmente tenham apresentado um aspecto relativo e
satisfatório, não estavam adequados para os testes.
Os protótipos III e IV (figuras 6 e 7) têm apresentado resultado mais satisfatório.
Para o protótipo III, o colocamos em uma prensa manual para retirar os vazios e
estabilizar a mistura. Foi visto que vazou cerca de 15g de água ao colocarmos o
protótipo na prensa. Foi colocado na prensa durante 5 minutos com um material
exercendo 60kg e uma pressão de 0,9375kg/cm². Mudamos a quantidade de agua que
será usada no protótipo IV em virtude do vazamento no protótipo III. Ao colocar o
protótipo IV na prensa vimos que vazou menos agua e ficou com um aspecto melhor,
mais liso.
Figuras 6 e 7: Confecção dos protótipos III e IV nos laboratórios
do IFRN e da UFERSA

Fonte: Pesquisa

No laboratório de Engenharia Civil do IFRN os protótipos III e IV passaram


pelos testes de tração com a prensa manual – onde ambos não apresentaram nenhum
tipo de resistência – e compressão, conseguindo os seguintes resultados de resistência
em MPA: Protótipo III (composto somente pelo mesocarpo como matéria vegetal):
55.941875; Protótipo IV (composto pelo mesocarpo e endocarpo como matéria vegetal):
48.010875.
Em busca de um cimento que traga menos impactos ambientais, continuaremos
nossas pesquisas com a finalidade de chegar a um modelo que apresente a mesma
eficácia que um cimento convencional.

Considerações Finais
Percebe-se que a produção do cimento ecológico a base do mesocarpo e
endocarpo de Cocos nucifera, causa menos impactos ambientais quando comparado ao
cimento convencional. Durante os testes de tração e compressão, os primeiros
protótipos não apresentaram os resultados esperados, porém continuaremos a buscar,
pesquisar e testar outros tipos de protótipos para chegarmos à um cimento ecológico
com a mesma eficácia de um cimento convencional.

REFERÊNCIAS

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