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Existem muitos números na Bíblia. Alguns deles aparecem em contextos que levam a crer que possuam significados ocultos. Por
exemplo, quando Jesus ressuscitou, o Evangelho de João conta que os discípulos, que passaram a noite sem pescar nada, sob o
comando de Cristo, apanharam surpreendentemente 153 grandes peixes (João 21.11). Por que exatamente 153? Se é simplesmente
história de pescador por que não falar de 150, 160, 200 ou 300 peixes? Por que exatamente 153?
Coincidentemente o número 153 não é um número qualquer, mas possui algumas propriedades interessantes. É um número triangular
(a soma de 1 a 17). E é também um dos quatro números (abaixo de 1000) que possuem a estranha propriedade da soma do cubo de
cada algarismo ser igual ao próprio número.
• 153 = 1³ + 5³ + 3³
Os outros são:
• 370 = 3³ + 7³ + 0³
• 371 = 3³ + 7³ + 1³
• 407 = 4³ + 0³ + 7³
Em outro exemplo, quando aconteceu o naufrágio do navio em que o apóstolo Paulo era mantido como prisioneiro dos romanos, a Bíblia
declara, de forma inequívoca, que o número dos tripulantes era de exatos 276 (Atos 27.37). Novamente um número exato. Por que não
250, 300, etc.?
O número 666 – Esse, certamente é o número bíblico mais famoso do mundo. Centenas de teses foram levantadas no decorrer da
história, em várias (e muitas vezes vãs) tentativas de se desvendar o significado desse número misterioso.
Ele é citado num contexto sinistro. É o número da Besta (Apocalipse 13.18), que seria o símbolo de um grande ditador, o qual governaria
o mundo em um futuro próximo.
O interessante é que o texto bíblico afirma que 666 é o número do nome de alguém e que, os sábios poderão calcular esse número.
Como é que alguém pode calcular um nome? Para aqueles que viviam há 2000 anos, quando a língua grega era a língua do comércio, a
língua internacional (semelhantemente o que o inglês é na época atual), não era mistério que qualquer palavra grega possuía um valor
numérico. É que o alfabeto grego (da mesma forma que o hebraico) possuía valores numéricos.
Como se sabe, os gregos não conheciam os algarismos e, portanto, usavam as letras como números. Isso deu margem para todo tipo
de enigma e superstições.
Por exemplo, havia uma conhecida frase sobre Nero, conforme nos conta o especialista em história dos números, o marroquino Georges
Ifrah:
"Evocando o assassinato de Agripina, Suetônio (Nero, 39) aproxima o nome de Nero, escrito em grego, da frase Idian Metera apekteine
(“Matou sua própria mãe”), tendo os dois grupos correspondentes exatamente o mesmo valor no sistema numeral grego.” (História
Universal dos Algarismos, págs. 540-541).
Na citada obra de Ifrah existem inúmeros exemplos de enigmas, brincadeiras e poesias envolvendo os valores alfas-numéricos das
línguas hebraica e grega.
Observemos que faltam as letras correspondentes aos valores 6 e 90. Ifrah explica:
“A numeração em questão emprega, com efeito, as vinte e quatro letras do alfabeto grego clássico às quais acrescentava os três sinais
alfabéticos digama, kopa e san, que pouco a pouco caíram em desuso.” (pág. 467).
As letras digama, kopa e san, correspondiam, respectivamente, aos valores 6, 90 e 900 (diga-se de passagem que essas três letras não
aparecem no texto grego do Novo Testamento - Peter Bluer, in “A PROOF SET IN STONE”).
Mas por que o número da Besta seria 666? Em muitas passagens bíblicas o número 6 aparece relacionado ao homem em algum
momento especial de rebelião contra o Criador. Exemplos:
a) O gigante Golias, que desafiou o povo de Deus, tinha 6 côvados de altura (aprox. 3 metros) e a ponta de sua lança pesava 600 siclos
(100 x 6). 600 siclos era aprox. 7 kg. O gigante possuía ainda 6 armas ou peças de defesas (1 Samuel 17.4-7). Portanto, é evidente o
destaque do número 6 na vida de Golias. Surpreendentemente seu nome aparece apenas 6 vezes na Bíblia.
b) O rei Nabucodonosor ordenou a construção de uma estátua, que tinha exatamente 60 côvados de altura (aprox. 30 metros) e 6 de
largura, e ordenou que ela fosse adorada (Daniel 3.1).
c) O Faraó do Egito perseguiu o povo de Israel com 600 carros (Êxodo 14.7).
d) Foi no ano 600 de Noé que veio o Dilúvio sobre a terra e justamente no versículo 6 do 6.º capítulo do primeiro livro da Bíblia
(Gênesis), DEUS SE ARREPENDE DE HAVER CRIADO O HOMEM! É exatamente no capítulo 6 da Bíblia que ocorre a corrupção
universal do ser humano.
e) O primeiro livro da Bíblia com nome de homem (JOSUÉ), é justamente o 6.º e no capítulo 6 desse livro mostra a destruição de Jericó
uma cidade rebelde. É bom observar também que esse 6.º livro tem exatamente 24 capítulos, ou seja, 4 x 6.
f) Na Bíblia, o homem sem Deus é chamado de VELHO HOMEM e esta expressão aparece no 6.º livro do Novo Testamento
(ROMANOS), no 6.º capítulo e no 6.º versículo.
g) O tempo do homem na terra está dividido em ciclos de 6. A demonstração é simples: O ano está dividido em 12 meses (2 x 6). O mês
está dividido em 30 dias (5 x 6). O dia está dividido em 24 horas (4 x 6). A hora tem 60 minutos (10 x 6). De igual forma o minuto, que
tem 60 segundos.
h) Jesus sofreu 6 horas na cruz, no 6.º dia da semana, para resgatar o homem de volta para Deus. E além do mais, Ele teve 6
ferimentos especiais (nas duas mãos, nos dois pés, no peito e na cabeça).
i) Quando criou o homem, Deus lhe outorgou 6 domínios. 6 são revelados em Gênesis 1.26:
j) Há exatamente 6 palavras significando HOMEM, nos textos originais da Bíblia: São 4 em hebraico e duas em grego: 1- ADAM (Gn
1.26; 2.7; 3.24, etc.), que significa somente HOMEM; 2 – ICHE (Zc 6.12), significa VARÃO COMPLETO, HOMEM FORTE; 3 – ENOX (Sl
8.4; 73.5): quer dizer: MORTAL, HOMEM FRACO; 4 – GEHVER (Ex 10.11; Zc 13.7), é HOMEM DE VALOR OU DE PRESTIGIO; 5 –
ÂNTROPOS, em grego é igual a ADAM, do hebraico; 6 – ÂNER, no grego, é igual ao hebraico ICHE - E. W. Bullinger, NÚMEROS NAS
ESCRITURAS.
Nos exemplos citados observamos claramente a relação entre o homem e o número 6. Se lembrarmos que, de acordo com a Bíblia,
Deus criou o homem no 6.º dia da criação, e mais tarde ordenou-lhe que trabalhasse 6 dias na semana, é impossível não relacionar
esse número com a humanidade.
Portanto, o escritor do Apocalipse não citou o número 666 de forma aleatória. Outro fato surpreendente é que a palavra BESTA,
relacionada ao futuro ditador mundial (conforme os profetas bíblicos) aparece 36 vezes em Apocalipse. E 666 é exatamente o triangular
de 36. Seria puramente coincidência?
Por isso, excetuando-se as teorias mirabolantes que “provam” que este ou aquele líder mundial é o Anticristo, a maioria dos teólogos
cristãos concorda que o número 6 simboliza o homem e 666 representaria o homem na sua rebelião total contra o Deus Trino da
Teologia Cristã.
Se 6 é o número do homem, na outra extremidade temos o número 1, que claramente indica a Divindade Suprema. Existem dezenas de
referências bíblicas mostrando a identificação do Criador com o número 1.
b) João 17.3 “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o ÚNICO Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste”;
c) 1 Timóteo 1.17 “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao ÚNICO Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.”;
d) Efésios 4.6: “[Há] UM só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos”;
e) I Timóteo 2.5: “Porque há UM só Deus, e UM só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”;
f) “Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador” (Isaias 43.11); “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos
exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaias 44.6); “Lembrai-vos das coisas passadas desde a
Antigüidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim” (Isaias 46.9);
g) “E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia UM será o Senhor, e UM será o seu nome” (Zacarias 14.9).
Por toda a Bíblia, a mensagem é clara: Há um Único Deus, e os outros são falsos. Nos tempos antigos (como hoje), a humanidade
sempre foi tentada a adorar centenas de deuses. Mas as Sagradas Escrituras se destacam de todas as outras escrituras religiosas por
enfatizar que o Universo foi criado por apenas um Deus.
Se o número do homem é 6 e o número de Deus é 1, fica fácil entender porque o número 7 é, de longe, o número mais célebre da Bíblia
– além de possuir um destaque notável em outras tradições religiosas.
A mensagem dos escritores bíblicos é que o homem (número 6) não pode viver alienado de Deus (número 1). Por isso, 6 + 1 ou
HOMEM + DEUS é igual a 7. É impressionante o número de coleções envolvendo o número 7 e a importância que as religiões e
filosofias dão a ele.
Nonato Masson, autor maranhense, escreveu em 07 de janeiro de 1988, no jornal “O Estado do Maranhão”:
“O número 7 na Bíblia é o número divino; no judaísmo é o da mensagem; para os budistas é o místico; para os teosofistas é o da sorte;
para os muçulmanos é o do céu; para os gregos é o da sabedoria; para a numerologia é o do mistério; para a maçonaria é o absoluto;
para a umbanda é o da magia branca; e para a quimbanda é o da magia negra.”
- Os 3 filhos de Noé, 3 amigos de Jó, 3 companheiros de Daniel; O Tabernáculo tinha 3 partes (Pátio, Lugar Santo e Santo dos Santos);
o homem tem 3 partes (Espírito, Alma e Corpo); na tentação de Jesus houve 3 propostas do Diabo; 3 apóstolos acompanharam Jesus
em 3 ocasiões especiais (Pedro, Tiago e João); Jesus é O Caminho, A Verdade e A Vida; haviam 3 cruzes no Calvário; a inscrição na
cruz de Jesus foi feita em 3 línguas (hebraico, grego, latim); Jesus ressuscitou no 3.º dia, há 3 virtudes no Cristianismo (Fé, Esperança e
Amor), etc.
Por que esses dois números são tão freqüentes em nossa vida?
É fato que as religiões antigas (não somente a judaica e cristã) tinham uma preferência misteriosa pelo número 7. Pesquisadores
atribuem isso ao fato de que muitos povos antigos acreditavam na existência de somente 7 planetas (e que o sol e a lua eram dois
deles). Mas a Bíblia não fala de 7 planetas em lugar nenhum, porém mostra, logo de inicio, Deus criando o mundo em 7 dias.
Os fatos bíblicos são que o número 1 está relacionado a Deus, o 6 ao homem, e que o homem não pode viver sem Deus (1 + 6). E
quanto ao 3? O maior mistério do Cristianismo é a crença num ÚNICO DEUS EM TRÊS PESSOAS DIVINAS, a Doutrina da Santíssima
Trindade. Basta este fato para realçar a importância do número 3.
E por que existe um padrão numérico oculto nos textos originais da Bíblia envolvendo os números 3 e 7? É o que iremos estudar a
seguir.