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Fundação Hermínio Ometto

Projetos de sistemas térmicos

Projeto de um Trocador de Calor Tubo Duplo - DPHX


Cleyton Alves – cleytonalves.mec@gmail.com, 77656
Gabriel Fusco – g.fusco@hotmail.com, 88260
Gabriel Redondo – gabrielrmr@outlook.com, 87292
Murilo Léles – murilo.leles@outlook.com, 89939
Richard Almeida – riichard.almeiida@gmail.com, 89158

Resumo: Este trabalho apresenta o projeto de um Trocador de Calor Tubo Duplo e tem o intuito de colocar

em prática toda matéria aprendida durante o semestre na disciplina de Projeto de Sistemas Térmicos.

Um trocador de calor é o equipamento responsável produção e minimizar as perdas, exigem projetos


por transmitir o calor de um fluido para o outro. Esse com o máximo de rendimento, mas também que
processo é feito através de um equipamento onde dois seja econômico ao mesmo tempo. Então para
fluidos separados por barreiras sólidas, de material melhorar os custos dos projetos é preciso mudar
especifico para fazer com que o processo de troca de alguns parâmetros para que minimizem os altos
calor tenha sua máxima eficiência, seja na produção de gastos, onde podemos mudar dependendo o
energia, na recuperação de calor e no processamento projeto, o material, o fluido, os dimensionamentos
químico. de tubulações e materiais.
Este processo tem muitas variações de equipamentos, Para cada caso de aplicação existem particularidades
onde cada modelo será determinado de acordo com a e que exigem regras, sejam das normas
aplicação e rendimento, eles podem variar desde um regulamentaras e também de exigências
simples tubo duplo, até um condensador e ou particulares das empresas para a efetividade de um
evaporador de superfície, exigindo cálculos maiores e melhor projeto.
mais complexos. Porem nesse meio termo existem os
trocadores mais comuns como o do tipo casco-tubos. 1. Objetivo

Sendo comum por causa da sua grande superfície de Neste trabalho foi desenvolvido um
troca de calor e com pouco volume de fluído, onde dimensionamento de um trocador de calor, onde
podem ser adaptadas e fabricadas com diferentes buscamos deixa-lo simples e direto para que
tipos de ligas, para resistir a corrosão, aquecimento, qualquer pessoa com o mínimo conhecimento na
resfriamento e condensação, podendo alcançar bons área possa usá-lo. O programa foi feito através do
desempenhos. programa em uma planilha automática, onde o
Nos dias de hoje onde as empresas estão cada vez mais usuário deve colocar no mínimo três dados de
competitivas e que buscam sempre maximizar a temperatura, escolher o fluído e as vazões.
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2. Material e método Figura 2 - a) Trocador de calor fluxo paralelo e

Trocadores de calor podem ser designados quanto ao b) trocador de calor contracorrente

tipo de operação a ser realizada, influenciando nas


condições de temperatura ou estado do fluído. O
objeto deste estudo prevalece o processo de
aquecimento de um fluido secundário, ou se vier a
requerer o processo, o resfriamento do fluído.

Neste trabalho, podemos determinar os parâmetros


construtivos de um sistema Tubo Duplo. É constituído
de um tubo concêntrico a outro de diâmetro maior que
constitua uma carcaça de tal arranjo. O escoamento de
um fluído no tubo interno e outro através do espaço Fonte: Google Imagens

anular entre os arranjos dos tubos, dado que os fluídos


Os fluídos de trabalho são determinados pelo
possam escoar em contato com a superfície de troca
usuário de acordo com as entradas requeridas na
de calor, neste caso, a superfície do tubo.
planilha de cálculos. Para a análise térmica do
Figura 1 - Trocador Tubo Duplo
sistema, assumiu-se que as propriedades termo
físicas dos fluidos, variam linearmente com a
temperatura, logo as curvas de propriedades dos
fluídos foram obtidas aproximadas por uma função
polinomial de terceiro grau.

Para fins de apresentação do resultado esperado,


estaremos estabelecendo o fluído 1 como o Benzeno
e o fluído 2 Tolueno. As propriedades do fluído em
Fonte: [4]
trabalho podem ser encontradas na tabela abaixo:

Este tipo de trocador pode ser definido como passo


Tabela 1 - Propriedades do fluído em trabalho
simples, visto que fluído flui pelo trocador apenas uma
Fluido Temperatura C° Densidade(kg/m³) Calor Específico (kJ/kgK)
vez. Também, podemos definir o arranjo pelo fluxo de Água 75,000000 974,804161 4,067968
Água 66,000000 980,003691 4,066230
corrente do fluído, uma vez que se ambos os fluídos Benzeno 20,000000 879,106000 1,717900
Benzeno 52,000000 844,107600 1,817100
escoam em mesma direção, podemos chama-lo de
Fluido viscosidade (Kg/mh) coeficiente k (W/mK) Prandtl
Água 1,327010 0,666526 8,099056
trocador correntes paralelas, ou em caso do sentido de
Água 1,498223 0,659404 9,238830
Benzeno 2,346012 0,147260 7,665700
fluxo oposto ao outro fluído, analogamente podemos Benzeno 1,498140 0,137340 5,580068

caracteriza-lo de trocador de correntes opostas ou


contracorrente. Após estabelecido os fluídos e as temperaturas de
projeto, iremos determinar o balanço de energia a
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partir das propriedades e da diferença média


Tabela 2 - Comparação Velocidade econômica e fator de
aritmética de temperaturas do fluído. fouliguem

ℎ ℎ
𝑄ℎ = 𝑚ℎ . 𝑐𝑝ℎ . (𝑇𝑖𝑛 − 𝑇𝑜𝑢𝑡 ) Velocidade Economica (m/s²)
Fator de Fuligem (m²*K/W)
Fluido Min Máx
𝑐 𝑐 Propano 2,500 3,800 0,000325
𝑄𝑐 = 𝑚𝑐 . 𝑐𝑝𝑐 . (𝑇𝑖𝑛 − 𝑇𝑜𝑢𝑡 ) Tolueno 1,460 3,170 0,000353
Benzeno 4,800 10,400 0,000176
Onde: Etanol 4,900 10,500 0,000352
Água 0,900 2,900 0,0002
𝑚: Vazão mássica do fluído [Kg/s]

𝑐𝑝: Capacidade térmica do fluído [J/Kg.C] Para a determinação dos diâmetros do tubo,
utilizamos o critério de velocidades econômicas,
𝑇: temperatura [°C]
comparando com a máxima e mínima velocidade. A
equação pode ser descrita conforme abaixo:
Os índices h e c correspondem ao fluido quente e frio,
4 .𝑄
assim como in e out para entrada e saída. 𝐷= √
𝜋 .𝜈
Vale ressaltar que nossa planilha pode determinar as
Onde:
temperaturas desconhecidas de projeto, utilizando a
equação média das temperaturas, sendo: 𝐷: Diâmetro [m];

𝑄: Vazão mássica fluido [Kg/s];


𝑚ℎ . 𝑐𝑝ℎ . (𝑇ℎ,𝑖𝑛 − 𝑇ℎ,𝑜𝑢𝑡 )
𝑇𝑓,𝑜𝑢𝑡 = 𝑇𝑓,𝑖𝑛 + 𝜈: Velocidade econômica [m/s].
𝑚𝑓. 𝑐𝑝𝑓.

Neste caso, devemos isolar a constante requerida e


A partir da determinação do diâmetro pela equação,
substituir os dados já conhecidos.
o usuário poderá escolher o diâmetro nominal de
Para determinação do critério da disposição dos projeto baseado em diâmetros comerciais. As
fluídos entre tubo anular, temos: dimensões podem ser encontradas na tabela
anexada a planilha de dimensionamento.
1 – O critério hidráulico: o fluído com maior vazão
Lembramos que cada fabricante possui sua tabela de
mássica deverá escoar pelo tubo com maior área
tubos comerciais, logo indicamos a escolha por
transversal;
aqueles que sejam mais conhecidos no mercado.
2 – O critério de incrustação: o fluído com maior fator
de incrustação deve escoar no tubo interno, visto a
maior facilidade de limpeza.

Baseado nestes critérios, o usuário deverá escolher o


fluído que deverá escoar internamente. Em nossa
planilha de cálculos, dispomos uma tabela com a
determinação do fator de fouliguem e velocidade
econômica, para que o usuário possa comparar e fazer
a melhor escolha.
4

Tabela 3 – Correlação Diâmetro equivalente (cm) O diâmetro equivalente (𝐷𝑒𝑞 ) é usado para cálculos
Nominal(inch) Interno(cm) Externo(cm) que envolvem transferência de calor, podendo ser
1/4 0,801 0,953
definido conforme abaixo:
3/8 1,092 1,27
1/2 1,384 1,588
5/8 1,691 1,905
𝐷𝑖𝑎2 − 𝐷𝑜𝑡2
3/4 1,994 2,222 𝐷𝑒𝑞 =
1 2,604 2,858 𝐷𝑜𝑡
1 1/4 3,213 3,493
1 1/2 3,824 4,128
2 5,042 5,398 Dado a equação acima, devemos calcular o número
2 1/2 6,262 6.668 de Reynolds (Re), que será parâmetro utilizado nas
demais equações. Reynolds é um número
Vale ressaltar, que para cada fluído deverá ser adimensional usado em mecânica dos fluidos para o
calculado o seu novo diâmetro e assim encontrar na cálculo do regime de escoamento de determinado
planilha a respectiva dimensão comercial, a fim de fluido sobre uma superfície. É empregado em
definirmos os aspectos no tubo interno e anular. projetos de tubulações industriais ou onde exista
Para definição dos cálculos de perda de carga, pressão escoamento de um fluído.
e fator de atrito, utilizaremos a determinação do Segundo Çengel (2007), o número de Reynolds foi
diâmetro hidráulico (Dh), conforme demostrado a obtido através de análises empíricas e pode ser
seguir: expresso como a relação entre forças inerciais e
forças viscosas do fluído, logo podemos obter o tipo
𝐷ℎ = 𝐷𝑖𝑎 − 𝐷𝑜𝑡 [Anular]
de regime de nosso projeto:

Onde:
𝑅𝑒 ≤ 2300: regime de escoamento laminar;
𝐷ℎ : diâmetro hidráulico (m);
2300 ≤ 𝑅𝑒 ≥ 4000: regime de transição;
𝐷𝑖𝑎 : diâmetro externo tubo interno (m);
𝑅𝑒 ≥ 4000: regime de escoamento turbulento.
𝐷𝑜𝑡 : diâmetro interno tubo externo (m).
Pela equação, temos:
Abaixo podemos representar os parâmetros da
equação em uma imagem:
𝜌 .𝜈 .𝐷
𝑅𝑒 =
Figura 3 - Seção transversal tubo hidráulico 𝜇

Onde:

v - Velocidade média do fluido [m/s]

D - Diâmetro para o fluxo no tubo [m]

µ- Viscosidade dinâmica do fluido


Fonte: Apostila Projeto Sistemas Térmicos
ρ - Massa específica do fluido
5

Onde:
Após o cálculo de Reynolds, deveremos determinar a
𝑓: fator de atrito;
rugosidade absoluta (μ) na parede do tubo que pode
Re: número de Reynolds;
ser encontrada em tabelas. Este fator é parâmetro de
Pr: número de Prandtl;
cálculos para perda de carga em tubulações e podem
K: condutividade térmica na parede do tubo.
ser determinados em tabelas, diagrama de Moody ou
por equacionamentos.
O coeficiente global de transferência de calor (U) é
Por utilização comum em projetos de trocadores de dado como a resistência global para o calor ser
calor, estaremos determinando o material do tubo transmitido entre barreiras, podendo ser condutivas
como Cobre (Cu), pois possui boa condutividade e convectivas. O coeficiente U leva em consideração
térmica. os coeficientes de transferência individuais de cada

Em nosso projeto, utilizamos a equação de Haaland corrente e também a do material do tubo.

(modificada) para determinação do fator de atrito. Para o caso do trocador de calor, U é calculado pela
Segundo Çengel (2007), o erro da equação está em soma de todas as resistências entre tubo-fluido e
2.0% comparado com dados obtidos da equação de fluido-tubo, podendo ser usado para determinar a
Colebrook. transferência de calor total entre as duas correntes
dado pela seguinte expressão:

6,9 ɛ⁄ 1,11 −2
𝑓 = { −0,782. ln ( + ( 𝐷) )}
𝑅𝑒 3,7 1 1 𝐷𝑒,𝑡 𝐷𝑒,𝑡
= 𝐴𝑒 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ( ) + 𝑅𝑓,𝑖 ( )
𝑈𝑖𝑛 ℎ𝑒 𝐷𝑖,𝑡 𝐷𝑖,𝑡
Onde: 𝐷𝑒
ln( ) 1
𝐷𝑖
Re = número de Reynolds; + (𝐷𝑒,𝑡 ) + 𝑅𝑓,𝑒 +
2𝐾 ℎ𝑒
Ɛ = rugosidade absoluta (material tubo) (mm);
Para o cálculo do coeficiente global de transferência
D = diâmetro hidráulico (m).
de calor, levamos em consideração as seguintes
premissas:
Após o equacionamento por Re, devemos obter o
número de Nusselt, que trata-se de uma grandeza  Espessura do tubo é muito pequena
adimensional. Fisicamente, o número de Nusselt - As superfícies interna e externa são
representa a razão entre a transferência de calor de semelhantes (𝐴𝑖 = 𝐴𝑜 = 𝐴𝑡 );
um fluido por convecção e a condução. Considerando
 Condutividade térmica é elevada
uma camada de fluido de espessura L e com uma
diferença de temperatura ΔT entre suas superfícies. A - A resistência térmica do tubo é desprezível;

equação pode ser obtida por: Dados as premissas acima, podemos simplificar
equação, obtendo:
𝑓
ℎ𝐷 ( ) (𝑅𝑒 − 1000)𝑃𝑟
8
𝑁𝑢 = =
𝐾 𝑓 1/2 1
1 + 12,7 ( ) (𝑃𝑟 2 − 1)
8
6

1 1 𝐷𝑒,𝑡 𝐷𝑒,𝑡 fluido pelos tubos. No caso de outras configurações


= 𝐴𝑒 𝑅𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ( ) + 𝑅𝑓,𝑖 ( ) + 𝑅𝑓,𝑒
𝑈𝑖𝑛 ℎ𝑒 𝐷𝑖,𝑡 𝐷𝑖,𝑡 de trocador, faz-se necessário multiplicar o valor da
1
+ pelo fator de correção da temperatura (Ft), devido
ℎ𝑒
nosso trocador ser caracterizado como Passo
Onde: Simples, trabalharemos utilizando TML sem fator de
1 𝐷𝑒,𝑡 correção.
( ): resistência por convecção;
ℎ𝑒 𝐷𝑖,𝑡
Abaixo apresentamos equacionamento para fluxo
𝐷𝑒,𝑡
𝑅𝑓,𝑖 ( ): resistência por incrustação tubo interno; paralelo:
𝐷𝑖,𝑡

𝑅𝑓,𝑒 : resistência por incrustação tubo externo; △ 𝑇𝑠 − △ 𝑇𝑒


△ 𝑇𝑀𝐿 =
ln(△ 𝑇𝑠 − △ 𝑇𝑒 )
1
: resistência por condução no casco.
ℎ𝑒

Os fatores 𝑅𝑓,𝑖 e 𝑅𝑓,𝑒 são os fatores de resistência ao △ 𝑇𝑒 = 𝑇ℎ,𝑒 − 𝑇𝑐,𝑒


depósito do fluido que escoa dentro e do
fluido que escoa fora dos tubos, respectivamente. △ 𝑇𝑠 = 𝑇ℎ,𝑠 − 𝑇𝑐,𝑠

Graficamente, podemos representar a variação de


Figura 4 - Representação do modelo - transferencia de calor
temperaturas conforme abaixo:

Figura 5 - Gráfico temperatura fluxo paralelo

Para a correta aproximação da realidade da utilização


do trocador de calor em campo, utilizamos a relação
com um fator de fouliguem de um ano de uso, para
Fonte: Apostila Projeto Sistemas Térmicos
todos os fluidos equacionados. Estas grandezas podem
ser obtidas em tabelas através dos diversos estudos
empíricos pelos diversos autores. Analogamente, podemos equacionar TML para fluxo
contracorrente:
A taxa de transferência de calor pode também ser
escrita em função da diferença de temperatura média △ 𝑇𝑠 − △ 𝑇𝑒
△ 𝑇𝑀𝐿 =
ln(△ 𝑇𝑠 − △ 𝑇𝑒 )
logarítmica (LMTD).

Segundo Souza (2013), o uso da TML é restrito a


trocadores com fluxo contracorrente ou paralelo onde △ 𝑇𝑒 = 𝑇ℎ,𝑒 − 𝑇𝑐,𝑠

há apenas um passe de fluido pelo casco e um passe de △ 𝑇𝑠 = 𝑇ℎ,𝑠 − 𝑇𝑐,𝑒


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Vale destacar a importância da determinação do


Graficamente, podemos representar a variação de
comprimento equivalente considerando fluxo
temperaturas conforme abaixo:
paralelo e contracorrente. Por determinações via
método analítico, o fluxo contracorrente mostrou-se
Figura 6 - Gráfico temperatura fluxo paralelo
possuir maior eficiência por comprimento de tubo,
logo é melhor sua aplicação, neste caso.

Após a determinação da área e comprimento


equivalente, devemos determinar a perda de carga,
levando em consideração as suas conexões. Neste
caso, podemos determinar como:

𝐿 𝜌𝜈 2
△ 𝑃𝑡𝑢𝑏𝑜 = 𝑓
Fonte: Apostila Projeto Sistemas Térmicos 𝐷 𝐷ℎ

𝐿 𝜌𝜈 2
△ 𝑃𝑎𝑛𝑢𝑙𝑎𝑟 = (𝑓 + 1)
Após os cálculos anteriores, estamos aptos a definir o 𝐷 𝐷ℎ

comprimento equivalente a se projetar o trocador de Onde:


calor. Cabe salientar que o usuário deverá escolher o
𝑓: fator de atrito;
menor comprimento possível, mas que atenda aos
ν: velocidade de escoamento do fluído;
objetivos propostos, visto a possibilidade de economia
de material de construção do sistema ao instante que D: diâmetro de projeto;

atenda aos requisitos de projeto. ρ: densidade do fluído.


Para obtenção do comprimento equivalente (L) e área
do trocador de calor utilizaremos as seguintes
3. – Resultados Obtidos
equações:
O trocador de calor tubo duplo pode ser empregado
em projetos onde se necessitam de conexões e
𝑄 componentes padronizados e de menor custo. As
𝐿=
𝑈𝑒 𝜋𝐷𝑒,𝑡 △ 𝑇𝑀𝐿 utilizações de diâmetros comerciais favorecem a
construção deste tipo de trocador com uma boa
𝐴 = 𝜋DL relação custo – troca de calor. Os diâmetros
comerciais podem ser observados na Tabela 3 do
Onde:
tópico métodos.
Q: calor fluido frio; O equacionamento consiste em encontramos o

U: coeficiente global de transferência de calor coeficiente global de transferência de calor U e


obtermos a área através da relação 𝑄 = 𝑈𝐴 △ 𝑇𝑀𝐿.
incrustado;
Dado o problema, é necessário a determinação do
𝐷𝑒,𝑡 : diâmetro externo do tubo interno.
fluído a fluir pelo tubo interno e anular, para isso
utilizamos os critérios pelo fator de incrustação e
vazão, que podem ser revistas no tópico métodos.
8

Para validação de nosso projeto, foram determinas as


premissas:

Fluído Tubo Anelar: Água

Te1: temperatura de entrada fluído quente: 75,00 C°

Ts1: temperatura de saída do fluído quente: Foi


encontrado 66,10 C°

Vp1: vazão projeto fluído quente: 2 m/s

Fluído no Tubo: Benzeno

Te2: temperatura de entrada fluído frio: 20,00 C°

Ts2: temperatura de saída do fluído frio: 52,00 C°

Vp1: vazão projeto fluído quente: 1,26 m/s

Os dados foram inseridos na planilha e podem ser


observados abaixo:

Tabela 4 - Inserção de dados na planilha projeto

DADOS ENTRADA
Fluidos de Trabalho
Fluido 1(Anelar) : Água
Fluido 2(Tubular): Benzeno
Descrição Simbologia Valor Unidade
Temperatura de Entrada do Fluido 1 Te1 75,000 °C
Temperatura de Saída do Fluido 1 Ts1 66,000 °C
Temperatura de Entrada do Fluido 2 Te2 20,000 °C
Temperatura de Saída do fluido 2 Ts2 52,000 °C
Vazão para projeto fluido 1 Vp 2,000 kg/s
Vazão disponível fluido 2 Vp2 1,260 kg/s

A partir da determinação das temperaturas, devemos


obter as propriedades para ambos fluídos. Na planilha,
estes números são obtidos automaticamente, através e
Figura 8 - Gráfico de propriedades da Água
equações elaboradas para cada fluído e temperatura,
pelas equações da curva projetadas em Excel.

Figura 7 - Gráfico de propriedades do Benzene


9

Tabela 5 - Velocidades econômicas

Velocidade econômica
Fluído Vmín(m/s) Vmáx(m/s)
Água 1,400 3,010
Benzeno 4,800 10,400

Fonte: Autoral

Os diâmetros foram obtidos pela equação no tópico


métodos, e podemos conferir os resultados em
nossa planilha conforme demostrado abaixo:

Tabela 6 - Diâmetros Tubo e Anular

Selecionar Tubo Interno


Diâmetro incial (valocidade menor) Di 0,019899 m
Diâmetro inicial (Velocidade maior) Di' 0,013518 m
Diâmetro comercial interno comercial (1(1/4) Dint 0,016910 m
Diâmetro externo comercial (1(1/4)) Dext 0,019050 m
Área interna A1 0,000225 m²
Checar velocidade V 6,646540 m/s
Selecionar tubo externo (Anelar)
Diâmetro inicial 2 (velocidade menor) De 0,047106 m
Diâmetro incial 2 (velocidade maior) De' 0,035017 m
Diâmetro interno comercial 2" Dint2 0,038240 m
Diâmetro externo comercial 2" Dext2 0,041280 m
Área interna 2 A2 0,000863 m²
Checar velocidade V2 2,363516 m/s

Fonte: Autoral

Obtivemos a relação do balanço de energia a partir


das equações descritas no tópico Métodos, e podem
ser observadas abaixo:

Tabela 7 - Balanço de energia

Análise Termodinâmica
Calor do fluido quente Qh 73,265472 kW
Calor do fluido frio Ql 73,192146 KW
Temperatura de entrada fluido 1 0,000000 °C
Temperatura de saída do fluido 1 0,000000 °C
Temperatura de entrada do fluido 2 0,000000 °C
Temperatura de saída do fluido2 0,000000 °C

Fonte: Autoral

Entrando com apenas 3 temperaturas é possível


Com as propriedades geradas pelas relações em
determinar a quarta temperatura, porém no
Excel, podemos efetuar os cálculos dos diâmetros, que
software, é necessário verificar na aba de Cálculos,
foram baseadas no critério das velocidades
e voltar para inserir na Interface do programa.
econômicas. Abaixo podemos verificar na tabela as
velocidades utilizadas:
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A partir do equacionamento anterior, devemos obter o 𝐴𝑜 = 𝐴𝑡 ), II) possui alto fator de condutividade
diâmetro hidráulico, que é utilizado para determinação térmica (K = alto), III) a resistência térmica da parede
da queda de preção, fator de atrito e Reynolds. do tubo é desprezível.

Para a determinação do diâmetro hidráulico, utilizamos Podemos verificar abaixo os resultados encontrados
por sua vez a equação 𝐷ℎ = 𝐷𝑖𝑎 − 𝐷𝑜𝑡 . de U:

É importante salientar a necessidade da determinação Tabela 9 - Resultados Coeficiente Global de Transferência de


do diâmetro equivalente para os cálculos que envolvem Calor

transferência de calor. Coeficiente Global de transferência de Calor


Coeficiente de convecção Fluido 1 ha1 12.422,904760 W/m²K
Coeficiente de convecção Fluido 2 ha2 27.699,235448 W/m²K
A partir da obtenção do diâmetro equivalente, podemos Resistência de convecção fluido 2 R1 0,000032 m²K/W
Resistência de incrustação 1 R1' 0,000381 m²K/W
efetuar o cálculo do número de Reynolds, onde será Resistencia de condução 1 Rc 0,000004 m²K/W
Resistência da incrustração externa R2' 0,000176 m²K/W
definido o perfil de escoamento turbulento. Resistência de convecção do Fluido 2 R2 0,000080 m²K/W
Resistência Total Limpo Rt 0,000116 m²K/W
Resistêcia total c/ Incrustação Rt' 0,000674 m²K/W
Importante destacar que Re deve ser obtido com o Coefiente global Limpo U 8.585,139679 W/m²K
Coeficiente global Incrustado U' 1.484,685977 W/m²K
diâmetro hidráulico e com o diâmetro equivalente,
neste caso, ambos possuem regime turbulento. Fonte: Autoral

Com o regime de escoamento definido e o Re definido,


A fim de validação da hipótese mencionada acima,
podemos aplicar a equação de Nusselt.
efetuamos o cálculo e condução na parede do tubo,
O fator de atrito foi determinado utilizando a equação onde o valor encontrado foi muito pequeno, na ordem
de Haaland, devido a sua precisão e a possibilidade da de 0,000004 m²K/W.
programação automática em Excel comparado com o
Para o cálculo de U, levamos em consideração o
Diagrama de Moody, este mais aceito e utilizado pela
critério do tubo limpo e tubo incrustado, que pela
engenharia.
lógica, o tubo com fator de incrustação possui menor
Podemos verificar abaixo os resultados encontrados a coeficiente de transferência de calor, neste caso,
partir dos equacionamentos mencionados e aplicação temos que a grandeza é de 17,30% menor,
dos métodos discutidos. comparado tubo incrustado com tubo limpo.

A diferença média logarítmica (LMTD) é importante


Tabela 8 - Resultados do equacionamento do projeto
na definição do tipo de fluxo a ser trabalhado no
Diâmetro Hidráulico e Equivalente
Diâmetro hidraulico Dh 0,019190 m trocador de calor. No projeto levamos em
Diâmetro equivalente Deq 0,057711 m
Numero de Reynolds consideração a obtenção do resultado para fluxo
Reynolds Fluido 1 (Anular) Re1 106.803,95 adm
Reynolds Fluido 2 Re2 227.974,96 adm paralelo e contracorrente, podendo ser obtido
Fator de Atrito Fluido 1
Epsilon/D e/D 0,0000887049 adm analiticamente através das equações.
Fator de Atrito Fluido 1 f1 0,0179742116 adm
Fator de Atrito Fluido 2
Epsilon/D e/D2 0,0000781657 adm Em nosso projeto foi definido o fluxo contracorrente,
Fator de Atrito Fluido 2 f2 0,0156810290 adm
Número de Nusselt visto ser mais eficiente comparado ao fluxo paralelo.
Nusselt fluido 1 Nu1 720,43 adm
Nusselt fluido 2 Nu2 3.410,47 adm Podemos verificar os resultados na tabela a seguir:

Fonte: Autoral
Tabela 10 - Diferença média logarítmica de temperaturas

Diferença média logarítimica


Delta Tml (Paralelo) Atml -29,964718 ºC
A determinação do coeficiente global de transferência Delta Tml (Contra Corrente) Atml2 -33,181986 ºC

de calor pode ser equacionada levando em


Fonte: Autoral
consideração hipóteses como: I) a espessura, visto que
a parede do tubo tendem-se a ser muito fina (𝐴𝑖 =
11

Tabela 13 - Resultados finais corrigidos


Após todos os equacionamentos acima descritos,
SELEÇÃO TUBO INTERNO (Di) PELO USUÁRIO
podemos calcular o comprimento e a área de projeto do Descrição Simbologia Valor Unidade
trocador de calor, neste caso, para fins de comparação, Diâmetro incial (velocidade menor) Di 1,990 cm
Diâmetro inicial (Velocidade maior) Di' 1,352 cm
calculamos para trocador novo e com um ano de Selecionar Tubo Nominal Dn 1 pol
Verificação de o diâmetro é sufiente Aprovado
utilização. Também foi calculado a perda de carga no
Diminuir
Auxílio Para Escolha dos Diâmetros
sistema. Os resultados podem ser verificados na tabela Ok

abaixo:
SELEÇÃO TUBO EXTERNO (Do) PELO USUÁRIO
Descrição Simbologia Valor Unidade
Diâmetro incial (velocidade menor) Di 5,170 cm
Tabela 11 - Comprimento do trocador de calor e Perda de carga Diâmetro inicial (Velocidade maior) Di' 4,099 cm
Cálculo da Área e Comprimento
Selecionar Tubo Nominal Dn 2 pol
Comprimento (Paralelo) L1 27,503776 m Verificação de o diâmetro é sufiente Aprovado
Comprimento (Contra Corrente) L1' 24,824622 m Ok
Perda de Carga Auxílio Para Escolha dos Diâmetros
Ok
Perda de carga no tubo Ptubo 571,18643 KPa
Perda de carga Anular Panular 50,18403 KPa
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Conforme demonstrado acima, apesar do parâmetro
“Auxílio para escolha dos Diâmetros” mostrar
Os resultados finais podem ser visualizados em nossa “Diminuir”, sabe se que para o atendimento da perda
planilha. O usuário tem a possibilidade de escolher o de carga é necessário um diâmetro maior, logo
melhor diâmetro de tubo comercial a partir de uma linha podemos desconsiderar a opção.
que informa se é aprovado ou reprovado.
A alteração para um diâmetro maior não interfere
negativamente na troca de calor, analogamente com
Tabela 12 - Resultados finais.
diâmetro menor, seria um fator influente nos
SELEÇÃO TUBO INTERNO (Di) PELO USUÁRIO resultados.
Descrição Simbologia Valor Unidade
Diâmetro incial (velocidade menor) Di 1,990 cm
Após as devidas alterações obtemos os seguintes
Diâmetro inicial (Velocidade maior) Di' 1,352 cm
Selecionar Tubo Nominal Dn 5/8 pol resultados:
Verificação de o diâmetro é sufiente Aprovado
Ok
Auxílio Para Escolha dos Diâmetros
Ok
Tabela 14 – Comprimento e Perda de Carga Final
SELEÇÃO TUBO EXTERNO (Do) PELO USUÁRIO
Descrição Simbologia Valor Unidade RESULTADOS
Diâmetro incial (velocidade menor) Di 4,711 cm Tipo do Trocador
Diâmetro inicial (Velocidade maior) Di' 3,502 cm Comprimento do trocador 18,989 m
Selecionar Tubo Nominal Dn 1 1/2 pol Verificação da Perda de Carga Perda de Carga Aceitável
Verificação de o diâmetro é sufiente Aprovado
Ok
Auxílio Para Escolha dos Diâmetros Perda de Carga
Ok Perda de carga no tubo Ptubo 53,35526 KPa
Perda de carga Anular Panular 14,95619 KPa

Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Devido a elevada perda de carga, foi necessário a alteração
dos diâmetros, conforme a tabela abaixo.
Com base nos equacionamentos descrito neste
artigo, podemos comprovar que nosso projeto é
viável, e demonstrar a possibilidade do
desenvolvimento de uma planilha que possa efetuar
os cálculos automaticamente, baseado nas
premissas do usuário.
12

4. - Conclusões REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] INCROPERA, F. P., et al.; Fundamentos da


O projeto foi embasado a partir dos equacionamentos
Transferência de Calor e Massa. Rio de Janeiro:
de balanço de energia e transferência de calor. O LTC, 2008.
conjunto de dados empregados permitiu o
conhecimento das seguintes relações: I) quantidade de [2] ÇENGEL, Y. A. e CIMBALA, J. M. Mecânica dos
energia calorífica empregada e dissipada pelo trocador Fluidos. 1ª. Ed. McGraw Hill – Artmed, 2007;
de calor tubo duplo, II) estudo da variação do
[3] SOUZA, M. S.; Análise Térmica de um
comprimento do tubo em decorrência do diâmetro
trocador de calor do tipo casco e tubos para
comercial escolhido, III) estudo da variação de calor resfriamento do resíduo de uma unidade de
trocado em decorrência do fator de incrustação entre destilação atmosférica. Projeto de Conclusão de
um tubo novo e usado., IV) para um mesmo coeficiente Curso. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
global de transferência de calor U, o perímetro molhado RJ. 2013.
tende-se a ser menor comparado a correntes paralelas.
[4] PIRANI, Prof. Dr. Marcelo José. ENG309 –
O método é validado a partir de metodologia já contida Fenômenos de Transporte III. Disponível em:
<https://slideplayer.com.br/slide/1656944/>.
em literatura, o método TML, logo podemos considerar Acesso em: 10 jun. 2019.
que os valores apresentados são confiáveis.

A utilização de fluxo contracorrente mostrou-se mais


eficaz no emprego deste trocador, visto que a troca de
calor é mais eficiente.

O emprego de trocador tubo duplo é interessante em


projetos onde requeiram baixa velocidade de
escoamento do fluido. Ressaltamos que a escolha do
fluído que irá escoar no tubo interno deverá ser pelo
maior fator de incrustação, visto a maior facilidade na
manutenção e limpeza, em contrapartida, se ambos
fluídos possuírem mesmo fator de incrustação,
deveremos escolher pelo fator hidráulico, ou seja, o que
possuir maior vazão deverá fluir pelo anular.

Podemos observar na Tabela 11 que a perda de carga


foi analisada e se encontra acima do critério mínimo de
aceitação (< 70KPa), logo tivemos que alterar os
diâmetros dos tubos, como mostra a tabela 13, do
tópico resultados, assim alterando também o
comprimento do trocador em aproximadamente 30%.

Vale destacar que este estudo é passível de melhorias


quanto aos equacionamentos e disposição dos dados
na planilha, a fim de apresentar um ambiente mais
agradável e com menor erro a futuros projetos que
venham a requerer a utilização.

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