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CNC
COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO
Agora temos duas cotas definindo cada ponto, ou seja, uma em relação a cada
uma das retas. Assim, no desenho anterior temos:
Para que este sistema possa ser utilizado para indicar um ponto no espaço
tridimensional, foi criado um terceiro eixo identificado pela letra Z, ortogonal aos
outros dois eixos, como mostrado na figura a seguir:
+Z
25
+Y
5 A
20
+X
Figura 5 – Sistema de coordenadas absolutas tri-ortogonal
Ao ligar a máquina, sempre deslocamos o carro até este local antes de iniciar a
usinagem. Este procedimento define ao comando a posição do carro porta-
ferramenta em relação ao zero da máquina, quando o carro aciona um sensor
que envia um pulso ao comando, determinando sua localização.
Medidas da ferramenta
Para que a usinagem tenha a precisão exigida pelo projeto da peça, é
necessário que o comando conheça as medidas de cada ferramenta utilizada.
Essas medidas se baseiam no ponto de referência do revolver, até a ponta da
ferramenta.
No torneamento é necessário indicar as medidas de comprimento (Z), a
dimensão transversal (X), o raio da pastilha e a sua posição de corte
(quadrante de trabalho).
Figura 17 – Medidas da ferramenta para torneamento
Programação verbal
É um tipo de programação usada para facilitar a visualização do caminho feito
pela ferramenta de corte ao percorrer o perfil da peça, durante o processo de
usinagem.
Não utilizaremos ainda os códigos ISO de programação CNC, mas apenas
palavras que definam o tipo de trajetória da ferramenta, o tipo de avanço
utilizado no deslocamento da ferramenta e quais são as coordenadas para as
quais a ferramenta deverá se deslocar.
Neste tipo de programação as trajetórias poderão ser: trajetórias em linha reta,
ou trajetórias em curva no sentido horário ou curva no sentido anti-horário.
Os avanços poderão ser rápidos (quando utilizados para deslocamento em
vazio) ou avanço de usinagem (quando estão retirando material da peça).
E as coordenadas (X e Z) indicarão a posição para a qual a ferramenta deverá
se deslocar (ponto final).
Funções de programação para torneamento
Para a introdução do programa de usinagem no comando da máquina,
devemos transformar as ordens de programação verbal já vista, em códigos, os
quais o comando está preparado para entender.
Função preparatória G
A função preparatória indica ao comando o modo de trabalho.
Através desta letra introduzimos informações que determinam, por exemplo, o
movimento de deslocamento da ferramenta, sendo por esta razão também
conhecida como “condição de trajetória”.
A letra G também é seguida por um número que indica a função. Este número,
formado por dois dígitos (de 00 a 99) defini ao comando o modo de trabalho ou
a condição de trajetória a executar.
Funções de posicionamento X e Z
Através das letras “X e Z”, enderaçamos pontos dentro do sistema de
coordenadas.
Os valores das coordenadas podem ser introduzidos em milímetros (função
ativa) ou em polegadas (utilizando a função preparatória adequada).
Para valores em milímetros, admite-se até três casas decimais; ex.: 20.350mm.
“Para valores em polegadas podemos usar até cinco casas decimais; ex.:
0,25000”.
Dados tecnológicos
F (Feed Rate) = Avanço de usinagem, normalmente no torneamento o avanço
é dado em mm/minuto.
Vc = D*N
1000
Onde:
Vc = Velocidade de corte (m/min.)
3,14 (constante adimensional)
D = Diâmetro da peça ou ferramenta (mm)
N = Rotação do eixo árvore (RPM)
Observação: como o diâmetro da peça é dado em milímetros e a velocidade de
corte é dada em metros por minutos, é necessário que se transforme a unidade
de medida dada em metros para milímetros, para isso, utilizando o fator 1000.
Para o cálculo da rotação N em função da velocidade de corte, utiliza-se a
fórmula:
N = Vc*1000
*D