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ILMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) COORDENADOR (A) DO CURSO DE

_______________________ DA FACULDADE DE _____________________


"FULANO DE TAL", ""nacionalidade, "estado civil", "profissão", regularmente matriculado
no ___º ano letivo do curso de __________________, sob o R. A. Nº ____________________, inscrito no
R. G. De nº _______________________ e no CPF __________________________, residente e domiciliado na
'endereço"–"bairro","cidade"–"UF", CEP _________________, vem, mui respeitosamente solicitar
a este conceituado estabelecimento de Ensino Superior que em fomento a seguir se
sustenta, por extrema equidade o que segue: horário alternativo para as aulas que
ocorrem às sextas-feiras à noite a aos sábados durante o dia ou reposição da
presença nestas aulas através de atividades acadêmicas específicas para tal
finalidade nos termos da Lei nº 12.142/05, pelos motivos que passam a expor e ao
final requer.
O requerente é Adventista do Sétimo Dia, e pretende, outrossim, concluir o presente ano
letivo com igual avaliação acadêmica que os demais estudantes de sua turma. Ocorrem, no
entanto, que, por questões de crença e consciência não frequenta as aulas de sexta-feira à
noite e nem aos sábados. Vale dizer que o horário enquadra-se no período considerado
sagrado pelos Judeus e, também, pelos Adventistas do Sétimo Dia e outros cristãos. Trata-
se do sábado bíblico encontrado no quarto mandamento da Lei de Deus, o qual é observado
do pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol de Sábado, conforme diz o mandamento divino
expresso em Êxodo 20.
Participar das aulas ou de atividades acadêmicas no referido horário significa uma violação
da consciência da aluna. Por outro lado, as liberdades de consciência, de crença e de
religião são protegidas pelos mais importantes tratados internacionais de direitos
humanos e, também, pela Constituição Federal de 1988.
O inciso VI do art. 5º da Constituição Federal garante a liberdade religiosa nos seguintes
termos:
“VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias;” (grifo nosso)

Além disso, o inciso VIII do mesmo artigo da Carta Magna, assim determina:
“Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta, e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em
lei;” (grifo nosso)

Para regulamentar estes incisos constitucionais foi promulgada a Lei 12142/05, que no seu
artigo 2º diz:
“É assegurado ao aluno, devidamente matriculado em estabelecimento de ensino público ou privado, de ensino
fundamental, médio ou superior, a aplicação de provas em dias não coincidentes com o período de guarda
religiosa(...).” (grifo nosso)
“§ 1º - Poderá o aluno, pelos mesmos motivos previstos neste artigo, requerer à escola que, em substituição à sua
presença na sala de aula, e para fins de obtenção de freqüência, seja-lhe assegurada, alternativamente, a
apresentação de trabalho escrito ou qualquer outra atividade de pesquisa acadêmica, determinados pelo
estabelecimento de ensino, observados os parâmetros curriculares e plano de aula do dia de sua ausência.” (grifo
nosso)

O direito fundamental que assegura a toda a pessoa o princípio da inviolabilidade da


liberdade de consciência está consubstanciada na Declaração Universal dos Direitos do
Homem; no texto do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e do Pacto
Internacional sobre Direitos Econômicos (aprovado pela XXI Assembleia Geral das Nações
Unidas); na Declaração sobre Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e
Discriminação por Causa de Religião ou Crença (aprovada por unanimidade, em 25 de
novembro de 1981, pela Câmara Legislativa das Nações Unidas).
Para estes organismos internacionais, o conceito fundamental que reflete a essência da
liberdade de consciência e religiosa, implica:
- um profundo respeito à liberdade de consciência dos demais, quer sejam representados
pela maioria ou minoria do agrupamento social; o direito de crer, professar, de ensinar e de
viver suas convicções sem nenhum impedimento exterior, não poderá servir de escusa para
denegrir, atacar livremente igrejas ou seus adeptos, estimulando preconceitos ou ferindo a
dignidade do próximo; no respeito da transcendência, do caráter absoluto e da soberania
de Deus; o que pressupõe poder a liberdade de Deus que atua no ser humano de responder
este, unicamente no foro íntimo de sua consciência perante o Ser Supremo por suas
crenças, convicções e sua exteriorização;
- no impedimento da sociedade e do próprio Estado imiscuir-se nas convicções religiosas
de seus cidadãos, atuando como fator limitante, capaz de restringir direitos individuais ou
reduzir ao silêncio à opressão moral ou interior os crentes de qualquer confissão religiosa.
Ademais, não se encontra qualquer motivo subjetivo para que o aluno não seja agraciado
com esta alternativa, pois seus estudos são feitos cuidadosamente para que possa elevar
suas notas e confiscar o saber da melhor forma possível e um dia aplicá-los na sua área de
atuação.
Não obstantes os prejuízos que decorrem das perdas das aulas no tocante ao conhecimento
que se esvaíra no referido período, ainda poderá sofrer com devidas restrições as matérias,
submetendo-se às recuperações que eventualmente possam cair neste horário sagrado. O
que infelizmente podem gerar sentimentos que agridam a liberdade de sua consciência
religiosa. Eis que aparece um questionamento – será isto tudo necessário uma pessoa
passar para que possa manter sua convicção religiosa?
Posto isso, requer o tratamento exposto acima, sem discriminação por motivos religiosos,
tendo como amparo o artigo 5º, VI e VIII da Constituição Federal e a Lei 12.142/05. Solicita,
destarte, resposta a esta solicitação por escrito, conforme ditam as normas de
procedimentos e protocolos convencionais.
Espera assim confiando no espírito de solidariedade humana de Vossa Senhoria que se
manifestará, certamente no deferimento do pedido submetido à sua elevada apreciação,
que promoverá e respeitará o sagrado direito solicitado em poder vivenciar os ditames e
convicções de sua consciência, além de permitir que possa livremente e sem coações
reverenciar e prestar culto ao meu Deus através da santificação e guarda do Santo Sábado.
Termos em que pede e aguarda deferimento.
São Paulo," Data "," Mês e Ano "
Advogado
OAB

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