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ERIK ERIKSON
Nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta está muito
relacionada com a relação entre o bebê e a mãe. A confiança é demonstrada pelo bebê na
capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e de excretar de forma
relaxada. Devido à confiança do bebê e à familiaridade com mãe, que adquire com situações
de conforto por ela proporcionadas, atinge uma realização social, que consiste na aceitação
em que ela pode ausentar-se e na certeza que ela voltará.
Essa fase ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses). O
autor destaque que a força que nasce nesta etapa é a esperança e sua vertente Positiva está na
identificação positiva da mãe, ou seja, se a mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e
bom conceito de si e do mundo (representado pela mãe), o que Erikson chama de ritualização
da divindade, já a vertente Negativa consiste na identificação negativa da mãe, temos o
ritualismo do idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebê acha que nunca vai chegar ao
nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se identifica assim.
A importância da confiança básica é devida, segundo Erikson, ao fato de implicar a
ideia de que a criança “não só aprendeu a confiar na uniformidade e na continuidade dos
provedores externos, mas também em si próprio e na capacidade dos próprios órgãos para
fazer frente ao seus impulsos e anseios” (Erikson, 1987, p. 102)
Fase corresponde ao estágio anal freudiano, a criança já tem algum controle de seus
movimentos musculares, então direciona sua energia às experiências ligadas à atividade
exploratória e à conquista da autonomia. É geralmente onde se inicia a educação para a
higiene (treino ao vaso sanitário). O bebê ganha experiência no contato com os adultos,
aprendendo a confiar e a depender deles, assim como a confiar em si mesmo. No entanto a
desconfiança é a parte negativa deste estágio, que é equilibrada com a segurança
proporcionada pela confiança.
As principais características desse estagio é que ela corre aproximadamente durante
18º. Mês de vida até os 3 anos de idade e tem como Força desse estádio a vontade, sua
vertente Positiva é a ritualização é o discernimento , isso é a criança torna-se judiciosa, julga-
se a si e aos outros, diferenciando o certo do errado e as pessoas ditas diferentes, quanto a
vertente Negativa o autor cita que é o legalismo, ou seja, quando a criança começa a achar que
a punição tem que ser aplicada incondicionalmente quando uma regra não for respeitada.
Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e
responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade
para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada
desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma
volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. Logo, neste estádio, o principal cuidado que
os pais têm que tomar é dar o grau certo de autonomia à criança. Se é exigida demais, ela verá
que não consegue da conta e sua autoestima vai baixar. Se ela é pouco exigida, ela tem a
sensação de abandono e de dúvida sobre suas capacidades. Se a criança é amparada ou
protegida demais, ela vai se tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for pouco
amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades. Vemos, portanto, que os pais têm
que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto,
prontos a auxiliá-la nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades.“De um
sentimento de autocontrole sem perda de autoestima resulta um sentimento constante de boa
vontade e orgulho; de um sentimento de perda do autocontrole e de supercontrole exterior
resulta uma propensão duradoura para a dúvida e a vergonha” (Erikson, 1976, p. 234)”
Nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada tanto a
nível físico como mental. É a capacidade de planejar as suas tarefas e metas a atingir que a
define como autônoma e, por consequência, a introduz nesta etapa. No entanto este estádio
define-se também como perigoso, pois a criança busca exaustivamente e de uma forma
entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias genitais e o uso de meios agressivos a
manipulativos para alcançar a essas metas. Durante este período a criança passa a perceber as
diferenças sexuais, os papéis desempenhado por mulheres e homens na sua cultura (conflito
edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua
curiosidade “sexual ” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver
sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos
conhecimentos.
As principais características é que essa fase ocorre aproximadamente entre os 3 aos 6
anos, tem como força desse estádio o propósito, sua vertente Positiva é formação do senso de
responsabilidade, já sua vertente Negativa é a personificação . Em outras palavras, quando a
criança, tentando escapar da frustração de ser incapaz para algumas coisas, exagera na
fantasia de ter outras personalidades, de ser totalmente diferente do que é várias vezes, ela
pode se tornar compulsiva por esconder seu verdadeiro “eu”; nesse caso, pode passar a sua
vida desempenhando “papéis”,e afastar-se cada vez mais do contato consigo mesmo. “O
propósito, então, é a coragem de imaginar e buscar metas valorizadas não inibidas pela
derrota das fantasias infantis, pela culpa e pelo medo cortante da punição ” (Erikson, Apud.,
Calvin S. Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000, p. 172)
O jovem experimenta uma série de desafios que envolve suas atitudes para consigo,
com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a busca de uma carreira e de
profissionalização. Na medida que as pessoas à sua volta ajudam na resolução dessas questões
desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre respostas para suas
questões pode se desorganizar, perdendo seu senso de referência. A principal característica é
que ela marca o período da adolescência; Ocorre aproximadamente entre os 12 aos 18/20
anos; Força desse estádio: lealdade/ fidelidade; Vertente Positiva: a socialização; Vertente
Negativa: o fanatismo .
Toda a preocupação do adolescente em encontrar um papel social provoca uma
confusão de identidade, afinal, a preocupação com a opinião alheia faz com que o adolescente
modifique o tempo todo suas atitudes, remodelando sua personalidade muitas vezes em um
período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das transformações físicas que acontecem com
ele. Erikson lembra que o se humano mantém suas defesas para sobreviver. Ao sinal de
qualquer problema, uma delas pode ser ativada. Nesta confusão de identidade, o adolescente
pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-se também, muitas vezes, incapaz de se
encaixar no mundo adulto, o que pode muitas vezes levar a uma regressão.
Também pode acontecer de o jovem projetar suas tendências em outras pessoas, por
ele mesmo não suportar sua identidade. Aliás, este é um dos mecanismos apontados por
Erikson como base para a formação de preconceitos e discriminações. Erikson afirmava que
um indivíduo tinha de construir a sua personalidade durante a adolescência, porém essa
construção não era feita de um mesmo modo para todos os adolescentes, ou seja, não era feita
de um modo padronizado e linear. Durante esta fase da vida há sempre procura de algo mais,
há crises, indecisões, situações conflituosas que têm de ser resolvidas de um modo ou de
outro.
É nesta fase que as pessoas fazem um balanço do seu percurso de vida. Então, no
estádio final da vida, a questão chave: ”Teve a minha vida sentido ou falhei?” assinala que
chegou a hora do balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez da
vida. As principais característica dessa fase é que ela ocorre a partir dos 60 anos; sua força de
estádio é a esperança.
Na dualidade emocional ”integridade versus desespero”, a integridade significa que o
indivíduo avalia positivamente o seu percurso vital mesmo que nem todos os seus desejos e
sonhos se tenham realizado e esta satisfação prepara-o para aceitar a deterioração física e a
inevitável morte como termo de algo que valeu a pena. As pessoas que consideram a sua vida
mal sucedida, demasiado centrada em si mesma, pouco produtiva, que lamentam as
oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo
próprias corrigindo erros cometidos, podem ceder á angústia e ao desespero. A virtude a
desenvolver neste estádio é a sabedoria, a consciência de que, dadas as circunstâncias e as
nossas potencialidades, não vivemos em vão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS