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A TEORIA PSICOSSOCIAL DO DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO

ERIK ERIKSON

Erik Homburger Erikson nasceu na Alemanha em 1902, mudou-se para os Estados


Unidos em 1933 por causa da ameaça do Nazismo e veio a falecer em 1994. Filho de pais
Dinamarqueses, mas abandonado à nascença pelo pai, foi educado por Theodor Homburger,
um pediatra Judaico-Alemão, que pensava ser o seu verdadeiro pai.
A formulação da teoria de Erikson fundamenta-se no conceito de epigênese, esse
termo é da embriologia. O principio epigenético sustenta que o desenvolvimento ocorre em
estádios sequenciais e claramente definidos. Cada um desses estádios deve ser
satisfatoriamente resolvido, para que o desenvolvimento avance sem problemas. De acordo
com o modelo epigenético, caso não ocorra a resolução eficaz de um determinado estádio,
todos os estádios subsequentes refletirão este falha, na forma de um desajuste físico,
cognitivo, social ou emocional. Daí a grande importância de conhecer esse assunto.
Erikson defende que a energia ativadora do comportamento é de natureza psicossocial,
integrando não apenas fatores pulsionais biológicos e inatos, como a libido, mas também
fatores sociais, aprendidos em contextos histórico-culturais específicos, assim o mesmo
organiza sua teoria em três processos: Processo biológico: organização dos sistemas orgânicos
que constituem o corpo; Processo psíquico: organiza os traços da experiência individual de
síntese do ego; Processo social: organização cultural e interdependência das pessoas.
O desenvolvimento psicossocial para o autor é sinônimo de desenvolvimento da
personalidade e decorre ao longo de oito estádios que, no seu conjunto, constituem o ciclo da
vida. Cada estádio corresponde à formação de um aspecto particular da personalidade.
Um dos conceitos fundamentais na teoria de Erikson é o de crise ou conflito que o
indivíduo vive ao longo dos períodos por que vai passando, desde o nascimento até ao final da
vida. Cada conflito tem de ser resolvido positiva ou negativamente pelo indivíduo. Dessa
forma o individuo precisa superar uma crise que o ajudá a determinar e a promover forças
para ser bem-sucedido no estádio seguinte.
A resolução positiva traduz-se numa virtude, que é um ganho psicológico, emocional e
social: uma qualidade, um valor, um sentimento, em suma, uma característica de
personalidade que lhe confere equilíbrio mental e capacidade de um bom relacionamento
social. Se a resolução da crise for negativa, o indivíduo sentir-se-á socialmente desajustado e
tenderá a desenvolver sentimentos de ansiedade e de fracasso. Contudo, numa fase posterior,
a pessoa pode passar por vivências que lhe refaçam o equilíbrio e o compensem,
reconstruindo lhe o seu autoconceito.

1º Estádio – Confiança básica x desconfiança básica

Nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta está muito
relacionada com a relação entre o bebê e a mãe. A confiança é demonstrada pelo bebê na
capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e de excretar de forma
relaxada. Devido à confiança do bebê e à familiaridade com mãe, que adquire com situações
de conforto por ela proporcionadas, atinge uma realização social, que consiste na aceitação
em que ela pode ausentar-se e na certeza que ela voltará.
Essa fase ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses). O
autor destaque que a força que nasce nesta etapa é a esperança e sua vertente Positiva está na
identificação positiva da mãe, ou seja, se a mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e
bom conceito de si e do mundo (representado pela mãe), o que Erikson chama de ritualização
da divindade, já a vertente Negativa consiste na identificação negativa da mãe, temos o
ritualismo do idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebê acha que nunca vai chegar ao
nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se identifica assim.
A importância da confiança básica é devida, segundo Erikson, ao fato de implicar a
ideia de que a criança “não só aprendeu a confiar na uniformidade e na continuidade dos
provedores externos, mas também em si próprio e na capacidade dos próprios órgãos para
fazer frente ao seus impulsos e anseios” (Erikson, 1987, p. 102)

2º Estádio – Autonomia x Vergonha e dúvida

Fase corresponde ao estágio anal freudiano, a criança já tem algum controle de seus
movimentos musculares, então direciona sua energia às experiências ligadas à atividade
exploratória e à conquista da autonomia. É geralmente onde se inicia a educação para a
higiene (treino ao vaso sanitário). O bebê ganha experiência no contato com os adultos,
aprendendo a confiar e a depender deles, assim como a confiar em si mesmo. No entanto a
desconfiança é a parte negativa deste estágio, que é equilibrada com a segurança
proporcionada pela confiança.
As principais características desse estagio é que ela corre aproximadamente durante
18º. Mês de vida até os 3 anos de idade e tem como Força desse estádio a vontade, sua
vertente Positiva é a ritualização é o discernimento , isso é a criança torna-se judiciosa, julga-
se a si e aos outros, diferenciando o certo do errado e as pessoas ditas diferentes, quanto a
vertente Negativa o autor cita que é o legalismo, ou seja, quando a criança começa a achar que
a punição tem que ser aplicada incondicionalmente quando uma regra não for respeitada.
Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e
responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade
para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada
desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma
volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. Logo, neste estádio, o principal cuidado que
os pais têm que tomar é dar o grau certo de autonomia à criança. Se é exigida demais, ela verá
que não consegue da conta e sua autoestima vai baixar. Se ela é pouco exigida, ela tem a
sensação de abandono e de dúvida sobre suas capacidades. Se a criança é amparada ou
protegida demais, ela vai se tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for pouco
amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades. Vemos, portanto, que os pais têm
que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto,
prontos a auxiliá-la nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades.“De um
sentimento de autocontrole sem perda de autoestima resulta um sentimento constante de boa
vontade e orgulho; de um sentimento de perda do autocontrole e de supercontrole exterior
resulta uma propensão duradoura para a dúvida e a vergonha” (Erikson, 1976, p. 234)”

3º Estádio – Iniciativa x culpa

Nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada tanto a
nível físico como mental. É a capacidade de planejar as suas tarefas e metas a atingir que a
define como autônoma e, por consequência, a introduz nesta etapa. No entanto este estádio
define-se também como perigoso, pois a criança busca exaustivamente e de uma forma
entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias genitais e o uso de meios agressivos a
manipulativos para alcançar a essas metas. Durante este período a criança passa a perceber as
diferenças sexuais, os papéis desempenhado por mulheres e homens na sua cultura (conflito
edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua
curiosidade “sexual ” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver
sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos
conhecimentos.
As principais características é que essa fase ocorre aproximadamente entre os 3 aos 6
anos, tem como força desse estádio o propósito, sua vertente Positiva é formação do senso de
responsabilidade, já sua vertente Negativa é a personificação . Em outras palavras, quando a
criança, tentando escapar da frustração de ser incapaz para algumas coisas, exagera na
fantasia de ter outras personalidades, de ser totalmente diferente do que é várias vezes, ela
pode se tornar compulsiva por esconder seu verdadeiro “eu”; nesse caso, pode passar a sua
vida desempenhando “papéis”,e afastar-se cada vez mais do contato consigo mesmo. “O
propósito, então, é a coragem de imaginar e buscar metas valorizadas não inibidas pela
derrota das fantasias infantis, pela culpa e pelo medo cortante da punição ” (Erikson, Apud.,
Calvin S. Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000, p. 172)

4º Estádio – Diligência (empenho) x Inferioridade

Neste período a criança está sendo alfabetizada e frequentando escola(s), o que


propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior
sociabilização, trabalho em conjunto, aprendizagens escolares, a testar limites, a estabelecer
os seus objetivos e a fazer aprendizagens sociais, e a desenvolver um senso de
cooperatividade dentre outras habilidades necessárias em nossa cultura. Caso tenha
dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da
construtividade. É nesta fase que ela começa a dizer, com segurança aparente, o que “quer ser
quando crescer”, como uma iniciação no campo das responsabilidades e dos planejamentos.
As principais características são de que ela ocorre aproximadamente entre os 7 aos 11
anos; e tem como força desse estádio: a competência; sua vertente positiva é a socialização, já
sua vertente negativa é o formalismo , ou seja, a repetição obsessiva de formalidades sem
sentido algum para determinadas ocasiões, o que empobrece a personalidade e prejudica as
relações sociais da criança. “A competência, então, é o livre exercício da destreza e da
inteligência na conclusão de tarefas, não-prejudicado pela inferioridade infantil”. (Erik
Erikson, citado por Calvin S. Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000: p.172)

5º Estádio – Identidade x confusão de identidade

O jovem experimenta uma série de desafios que envolve suas atitudes para consigo,
com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a busca de uma carreira e de
profissionalização. Na medida que as pessoas à sua volta ajudam na resolução dessas questões
desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre respostas para suas
questões pode se desorganizar, perdendo seu senso de referência. A principal característica é
que ela marca o período da adolescência; Ocorre aproximadamente entre os 12 aos 18/20
anos; Força desse estádio: lealdade/ fidelidade; Vertente Positiva: a socialização; Vertente
Negativa: o fanatismo .
Toda a preocupação do adolescente em encontrar um papel social provoca uma
confusão de identidade, afinal, a preocupação com a opinião alheia faz com que o adolescente
modifique o tempo todo suas atitudes, remodelando sua personalidade muitas vezes em um
período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das transformações físicas que acontecem com
ele. Erikson lembra que o se humano mantém suas defesas para sobreviver. Ao sinal de
qualquer problema, uma delas pode ser ativada. Nesta confusão de identidade, o adolescente
pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-se também, muitas vezes, incapaz de se
encaixar no mundo adulto, o que pode muitas vezes levar a uma regressão.
Também pode acontecer de o jovem projetar suas tendências em outras pessoas, por
ele mesmo não suportar sua identidade. Aliás, este é um dos mecanismos apontados por
Erikson como base para a formação de preconceitos e discriminações. Erikson afirmava que
um indivíduo tinha de construir a sua personalidade durante a adolescência, porém essa
construção não era feita de um mesmo modo para todos os adolescentes, ou seja, não era feita
de um modo padronizado e linear. Durante esta fase da vida há sempre procura de algo mais,
há crises, indecisões, situações conflituosas que têm de ser resolvidas de um modo ou de
outro.

6º Estádio – Intimidade x isolamento

Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de


relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e
entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou
duradouro. As características dessa fase são que ela ocorre entre os 20 e os 35 anos,
aproximadamente; tem como força desse estádio: amor/ afiliação. Vertente positiva:
“encontrar-se” e vertente negativa: o elitismo.

7º Estádio – Produtividade x estagnação


Neste período, as pessoas procuram definir objetivos e motivações para o que querem
produzir nas suas vidas. Pode aparecer uma dedicação a sociedade à sua volta e realização de
valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material. As principais
características dessa fase é que ela ocorre aproximadamente entre os 35 e 60 anos; e tem
como vertente Positiva: transmissão de valores e ensinamentos; e Vertente Negativa: o
autoritarismo.

8º Estádio – Integridade x desesperança

É nesta fase que as pessoas fazem um balanço do seu percurso de vida. Então, no
estádio final da vida, a questão chave: ”Teve a minha vida sentido ou falhei?” assinala que
chegou a hora do balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez da
vida. As principais característica dessa fase é que ela ocorre a partir dos 60 anos; sua força de
estádio é a esperança.
Na dualidade emocional ”integridade versus desespero”, a integridade significa que o
indivíduo avalia positivamente o seu percurso vital mesmo que nem todos os seus desejos e
sonhos se tenham realizado e esta satisfação prepara-o para aceitar a deterioração física e a
inevitável morte como termo de algo que valeu a pena. As pessoas que consideram a sua vida
mal sucedida, demasiado centrada em si mesma, pouco produtiva, que lamentam as
oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo
próprias corrigindo erros cometidos, podem ceder á angústia e ao desespero. A virtude a
desenvolver neste estádio é a sabedoria, a consciência de que, dadas as circunstâncias e as
nossas potencialidades, não vivemos em vão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Destaca-se a importância das contribuições téoricas de Erikson que desviou-se o foco


fundamental da sexualidade para as relações sociais, assim a proposta dos estádios
psicossociais envolvem outras artes do ciclo vital além da infância, ampliando a proposta de
Freud. Não existe uma negação da importância dos estágios infantil; A cada etapa, o
indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego, mas também das exigências do
meio em que vive, sendo portanto essencial a análise da cultura e da sociedade em que vive o
sujeito em questão;
Em cada estádio o ego passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Esta crise pode
ter um desfecho positivo (denominada de ritualização) ou negativo (ritualismo). Da solução
positiva, da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa temos um ego mais
fragilizado. A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo
com as experiências vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracasso.
Não obstante, os contextos sociais podem estimular ou inibir a construção da
personalidade - o meio psicossocial, as inferências educativas vão interferir no processo de
desenvolvimento.
Portanto como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir
uma duração exata a cada estádio. O núcleo de cada estádio é uma crise básica, que existe não
só durante aquele estádio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos
posteriores em se tratando de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.
REFERÊNCIA

ALMEIDA, Thiago. A teoria do desenvolvimento humano segundo Erik Erikson.


Disponível em: <ttps://pt.slideshare.net/ateoriadodesenvolvimentohumanosegundoerikerikso>
Acesso em: 16/05/2017.

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