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Alguns princípios praticados pelas

ASSEMBLEIAS DE
DEUS NO BRASIL
que provocaram o seu crescimento

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07 Fatores Esquecidos que Provocaram o
CRESCIMENTO DA ASSEMBLEIA DE DEUS
e que Podem Ajudar sua Igreja

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SUMÁRIO

4 Um pouco sobre o autor & Introdução 15 Fator 05 – Ajudávamos todas as


pessoas a crescerem

6 Fator 01 – Trabalhávamos a partir das


casas 17 Fator 06 – Formávamos os nossos
Obreiros em Pequenos Grupos

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Fator 07 - Tínhamos foco no
Fator 02 – Éramos focados em levantar
obreiros
19 crescimento e multiplicação de
nossas congregações

11 Fator 03 – O Ministério foi transferido


para a Mão do Povo
24 Conclusão

13 Fator 04 – Favorecia a Comunhão com


Templos Pequenos
UM POUCO SOBRE O AUTOR

JOAZI PASSOS e sua esposa Marcilene exercem um Ministério frutífero, que tem encorajado a
muitos discípulos de Cristo a crescerem espiritualmente. Eles são pais de Eliza Vitória e Landolfo
Neto. Atualmente Joazi é Pastor Presidente da Assembleia de Deus em São Félix do Xingu, também
pastoreou por 7 anos como Pastor Auxiliar e por quase 2 anos como Pastor Presidente a ADQB –
Assembleia de Deus em Quatro Bocas, onde ajudou a implantar o Projeto MCI – Minha Casa um
Igreja, que tem servido de inspiração para inúmeros ministérios no Brasil afora, no que diz respeito à
evangelismo, discipulado e crescimento.

Atualmente Joazi é membro da Diretoria da COMIEADEPA – Convenção Interestadual de Ministros e


Igreja Evangélicas Assembleia de Deus do Estado do Pará, onde atua como secretário, além de fazer
parte da Comissão de Evangelismo e Discipulado da CGADB, como representante do Estado do Pará.

INTRODUÇÃO

O livro traz respostas poderosas para perguntas como: Por que o meu Templo Central está vazio?
Por que não consigo integrar os novos convertidos na igreja que faço parte? Porque ficou tão difícil e
caro abrir uma nova congregação e expandir o trabalho? Por que tenho poucas pessoas com quem
contar?

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Este E-book irá te mostrar a importância de um trabalho coordenado nas casas, como na origem
das assembleias de Deus; a necessidade de nos focarmos em constituir obreiros e não meramente
arrebanhar uma multidão de almas; o poder que existe em entregar o ministério na mão do povo,
onde todos podem trabalhar e não apenas um pedacinho da igreja; e a importância de criar novos
trabalhos a partir das casas, com um pequeno grupo de pessoas, que comungam de forma amorosa
da mesma fé, tudo isso e muito mais.

Os princípios lembrados neste livro têm trazido crescimento e avivamento para inúmeras igrejas
ao redor do Brasil, você aprenderá algumas verdades poderosas que podem mudar radicalmente a
história de sua Igreja.

Por fim, este E-book é uma prévia do Livro “Uma Revolução Chamada Assembleia de Deus” - Tudo o que
você precisa saber sobre crescimento de igreja com base na história da Igreja Evangélica Assembleia
de Deus”. Este livro ainda será lançado no mercado futuramente, mas não fique preocupado, pois
você será um dos primeiros a saber a data do lançamento.

O livro será lançado para um grupo seletos de pastores e obreiros que cadastraram o seu e-mail
no site joazipassos.com e que estão lendo este e-book. Portanto fique atento aos seus e-mails que
iremos enviar todas as informações para você.

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FATOR 01 – TRABALHÁVAMOS A PARTIR DAS CASAS

A Assembleia de Deus é uma denominação eminentemente formada em casas.

Após a expulsão dos missionários da Igreja Batista, eles foram para a casa do irmão Henrique
Albuquerque, marido da irmã Celina Albuquerque, localizada na Rua Siqueira Mendes, 67, Cidade
Velha, na cidade de Belém-PA1, onde iniciaram os trabalhos com apenas 17 pessoas. Aos poucos, essas
pessoas trouxeram parentes e amigos e a casa foi ficando pequena, apesar de ser considerada grande.

Apesar da aquisição do primeiro


templo, a igreja continuava a
se reunir nas casas. Segundo
a pioneira Isabel da Silva: “às
segundas-feiras havia culto
de oração, às quartas, culto
de pregação em nossas casas,
às sexta culto na casa da irmã
Celina Albuquerque”2. Isso
mostra que nossa história está
estritamente relacionada a
cultos em casas que serviram
de suporte para o surgimento
de um templo.
1 BORGES; BORGES, 2005.
2 Ibid., p. 89.
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Essa história se repetiu em vários lugares, pois quando uma pessoa vinha passar férias em Belém,
entrava em contato com o Movimento Pentecostal da Assembleia de Deus, aceitava a Cristo como
Salvador e retornava para seu lugar de origem levando o movimento. Ou, ainda, porque os missionários
e os pioneiros iam a esses lugares pregando o evangelho, normalmente a partir das casas.

Nesses locais, as pessoas se reuniam com seus amigos, parentes e até mesmo desconhecidos que
acreditavam na verdade do Evangelho, aceitavam a Cristo como Senhor e Salvador das suas vidas e
traziam outros para a reunião. Devido a isso, a casa ficava pequena e logo era construída uma “Casa
de Oração”, um pequeno templo, geralmente ao lado da casa hospedeira ou nas proximidades. Após
a construção do templo, os cultos nesta casa cessavam, mas os novos membros, sobretudo aqueles
que moravam mais distante, iniciavam de novo todo o processo, fazendo culto em suas próprias
residências.

Assim começaram os trabalhos em várias localidades como, por exemplo, na ilha de Mosqueiro, o
balneário mais próximo de Belém, onde o Missionário Gunnar Vingren foi para se recuperar de uma
doença que fazia seu corpo tremer e o incapacitava de qualquer esforço físico, chamada de beribéri. Ele
foi para lá sem conhecer ninguém e, ao descer do navio Simão Gorar, na pequena praça da localidade,
foi abordado por um morador da ilha que estranhou a presença de um estrangeiro.

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O morador chamava-se Inácio
Vicente de Melo e convidou
o missionário a passar a noite
em sua casa, convite aceito
de imediato, pois este possuía
poucos recursos e nenhum
conhecimento da região. Ao
chegar no lar de seu Inácio,
Vingren pregou a palavra a ele
e toda sua casa se converteu.
No dia seguinte, recebeu um
convite para ir à casa de Fugênio
da Silva Teles e lá, novamente,
pregou o evangelho e toda a
família Teles se rendeu a Cristo.

Apesar de estar muito fraco e abatido por causa da enfermidade, Vingren continuou a dirigir os cultos
na casa do irmão Fugênio, até o dia em que uma irmã anunciou que havia um plano de um grupo
de pessoas da ilha para matá-lo. Então, ele teve que fugir floresta adentro, com as poucas forças que
lhe restavam, chegando até a engatinhar para escapar da multidão. Hoje, existe uma poderosa igreja
naquela ilha3.

3 BORGES; BORGES, 2005, p. 71-72.

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FATOR 02 – ÉRAMOS FOCADOS EM LEVANTAR OBREIROS

Na verdade, hoje em dia oramos por mais almas, queremos mais pessoas em nossos templos,
mas esquecemos de pedir para o Dono da Seara por mais trabalhadores. No início das Assembleias
de Deus, o Senhor da Seara atendeu aos nossos pedidos e inúmeros obreiros foram levantados. Nosso
modelo de propagação e crescimento dado por Deus se encarregava de retroalimentar nossas igrejas
de inúmeros obreiros para Seara.

Eu acredito que este modelo de crescimento nos foi dado de forma implícita por Deus. Não sabíamos o
que estávamos fazendo de fato,
apenas fazíamos, como se a
mão invisível dele nos guiasse a
conquistar inúmeros discípulos
(obreiros da Seara). É preciso
entender que não eram apenas
os pequenos grupos como
círculo de Oração, Conjunto
de Jovens, Coral de Crianças e
Adultos e Grupo de Obreiros
que eram formados ou o
surgimento de casas de oração
que traziam crescimento.

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A verdade é que a metodologia das Assembleias de Deus que transformava leigos em líderes (ou seja,
em discípulos capazes de produzir outros discípulos, num ciclo infinito de reprodução) é que trazia o
crescimento.

Imagine o impacto para uma sociedade ver o coveiro da vila com terno e gravata, com um livro na mão,
falando com ousadia para uma pequena multidão de pessoas. Quantos não gostariam de estar no
lugar dele, quantos não gostariam de saber o segredo para tanta ousadia e determinação? Quantos
não gostariam de saber o seu segredo para ter coragem de encarar uma multidão e compartilhar um
pouco da sua vida? Coisas como essa ainda mexem com o imaginário do povo.

A Assembleia de Deus tinha um plano implícito que transformava os novos convertidos em liderança,
os novos crentes em missionários dispostos a testemunhar os milagres de suas vidas para amigos,
parentes e desconhecidos.

Hoje, se conseguirmos, como antigamente, levantar do meio dos novos convertidos, de forma
contínua, uma multidão de discípulos, nós seremos bem-sucedidos em fazer nossas igrejas
prosperarem.

Desta forma, podemos resumir que liderança é influência4. Logo, precisamos que surja, em nossa
geração, toda uma gama de líderes que influenciem novos convertidos a também serem líderes
(obreiros), e estes, por sua vez, também influenciarão a outros num ciclo interminável, até Jesus voltar.

4 MAXWELL,1998.

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FATOR 03 – O MINISTÉRIO FOI TRANSFERIDO PARA A MÃO DO POVO

A Assembleia de Deus representou uma verdadeira revolução ao entregar o ministério na mão do


povo, pois na época de sua fundação, a maioria das escolas bíblicas e seminários pastorais focaram
principalmente o que o pastor deveria saber.

Normalmente, esses seminários se concentravam em transmitir conteúdo teológico e um pouco da


prática pastoral. Para tanto, alguns seminários ofereciam estágios em igrejas, em que era ensinado
como visitar, pregar, fazer casamentos e funerais, evangelizar, fazer aconselhamento e todas as outras
funções pastorais.

Dessa forma, tudo girava em torno do pastor, ou seja, os seminários e as igrejas que formavam
pastores tinham em mente que eles deveriam realizar e fazer tudo acontecer em meio ao povo de
que tomavam conta. Uma pessoa leiga jamais poderia dirigir uma reunião em uma igreja tradicional,
jamais poderia usar da palavra para ensinar ou pregar e jamais poderia tomar a frente para fazer um
trabalho evangelístico sem contar com a estrita supervisão do pastor.

Na Assembleia de Deus não era assim, pois os leigos tinham um espaço imenso para trabalhar.
Imagine um alcoólatra muito conhecido na cidade que havia aceitado a Jesus num domingo à noite.
Milagrosamente, ele abandona o álcool, passa a se vestir com terno e gravata e a andar com um livro
na mão. Em 15 dias, se ouve falar na cidade que o “cachaceiro” agora já está falando na igreja, contando
seu testemunho de vida: “Cristo me libertou do vício do álcool e pode libertar você também”.

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Isso era assustador para a época porque, para fazer uso da palavra, esse novo convertido não precisou
passar 4 ou 5 anos em um seminário. Imagine esse “novo crente” nos cultos públicos, carregando as
cadeiras, cantando os hinos ou lendo a palavra. Imagine-o tocando violão em praça pública: com toda
certeza ele era um testemunho vivo e real de que Cristo fazia milagres através daquela igreja.

Atualmente, isso não mais


acontece, pois temos uma
preocupação excessiva com
a formação. Porém, é preciso
levar em consideração que a
Educação Teológica nasceu
informal dentro do modelo
sueco das Escolas Bíblicas,
de presença maciça e
democrática para toda a igreja
e só com o passar do tempo
foi se formalizando (a partir
da influência americana), até
se tornar obrigatória a vida
ministerial.

Não estou defendendo que um obreiro não precisa estudar para ser pastor − inclusive tenho um curso
superior e um curso teológico −, o que defendo é que a formação teológica não pode ser empecilho
para que uma multidão de leigos trabalhe na grande colheita do Mestre.

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FATOR 04 – FAVORECIA A COMUNHÃO COM TEMPLOS PEQUENOS

Como já foi mostrado, a Assembleia de Deus, no início de sua história, era uma igreja com pequenos
templos e com forte atividade nas casas. Isso favoreceu de forma decisiva o nosso crescimento, tendo
em vista que o modelo de multiplicação era de fácil reprodução.

Ou seja, um obreiro, ao ser estimulado a abrir um novo trabalho, não via grandes dificuldades em
reproduzir o mesmo trabalho em outro lugar, pois ele não precisava adquirir um terreno ou construir
um templo para começar as suas atividades, precisava apenas de uma casa. E, milagrosamente, esses
obreiros conseguiam casas com facilidade.

Hoje em dia, converso com muitos obreiros que foram enviados para plantarem novas igrejas e,
ao chegarem no local, só conseguem enxergar como opção para iniciar suas atividades alugar um
salão e transformá-lo em um templo. Eles então alugam um espaço e depois vão fazer promessa de
crescimento ministerial rápido para os membros de outras igrejas. Ou, ainda, vão atrás de membros
polêmicos, rebeldes e propensos a se separar de outras igrejas. Não vejo possibilidades de uma igreja
ir muito longe agindo desse jeito.

Na Assembleia de Deus, atualmente, passamos por um fenômeno: queremos ter sempre templos
maiores. Os templos passaram a ser o centro de toda a nossa estrutura. Quando a igreja cresce, nós
não queremos abrir novos pequenos templos, queremos imediatamente demolir o templo pequeno
e fazer um maior.

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Os templos centrais que reúnem as congregações num determinado dia logo ficam pequenos
para a massa que superlota o salão nos grandes eventos. Mas os congregados do Templo Central
são poucos. Eu chamo esse fenômeno de TC-vazio, que ocorre devido à perda da comunhão que
existia num pequeno templo.

As pessoas que se congregam


num Templo Central, com o passar
do tempo, se não entrarem para
um dos pequenos grupos, como
Círculo de Oração, Conjunto
de Jovens ou Adolescentes ou
Ministério, com certeza irão
migrar para outras congregações.
Isso acontece porque as pessoas
buscam comunhão. No centro do
Cristianismo está a comunhão.
E não é possível ter comunhão
ao mesmo tempo com 200 ou
1.000 pessoas. A comunhão passa
pelo fato de estarem juntos, de
caminharem juntos e de fazerem
algo juntos.

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Essa comunhão só é possível de se viver em um dos departamentos existentes, que acaba sendo um
pequeno grupo dentro da igreja. E são coisas desse tipo que favorecem o surgimento da comunhão.

O problema é que um Conjunto de Jovens ou Círculo de Oração tem um poder limitado de agregar
pessoas e fazer com que elas fiquem em comunhão. Acredito que no máximo 50 pessoas ainda
conseguem participar de um grupo e ficar em comunhão.

Já vi o fenômeno TC-Vazio em grandes templos centrais onde a estrutura comportava até 2.000
pessoas, mas de fato se congregavam apenas 230 e em outros que, com capacidade para 800 pessoas,
aos domingos recebiam apenas 80. Este fenômeno se dá devido à falta de comunhão. E hoje, mais
do que nunca, as pessoas estão procurando comunhão porque não querem ficar sós, querem ter
amigos e fazer algo que tenha significado e reconhecimento.

FATOR 05 – AJUDÁVAMOS TODAS AS PESSOAS A CRESCEREM

Se existe um conselho certo e válido na vida ministerial, que é uma verdade inegável é este: “não
lance ninguém fora”. Esse conselho foi extraído das palavras de Jesus: “o que vem a mim de maneira
nenhuma o lançarei fora” (Jo 6:37). Nós discípulos lançamos muitas pessoas fora, algumas vezes de
forma voluntária, mas, na maioria das vezes, de forma involuntária. Você não quer perder ninguém,
mas acaba perdendo muita gente.

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Às vezes você olha para uma pessoa
e acaba enxergando potencial
nela, seja pela aparência, seja pela
formação escolar ou pelo status
social. Então você se aproxima e
investe seu tempo, seus recursos
e até mesmo sua reputação para
aquela pessoa não se perder. Mas,
na verdade, esse tipo de ação acaba
fazendo com que mais pessoas se
percam.

Quantas vezes nos apegamos


apenas àqueles que combinam
com a nossa personalidade e
deixamos de lado pessoas totalmente diferentes daquilo que imaginamos como personalidades
capazes de exercer um ministério de sucesso dentro do reino de Deus? Quando Deus diz que os seus
pensamentos são diferentes dos nossos, há muitos que não acreditam, por pensarem que os seus
pensamentos são os pensamentos de Deus. E assim, dentro dessa interpretação, inúmeras pessoas
são excluídas do caminho do crescimento espiritual.

De acordo com John Maxwell5, um estudo feito com mais 300 personalidades de sucesso como
Winston Churchill, Mahatma Gandhi, Tomas Edson e Albert Einstein revelou que um quarto deles

5 MAXWELL,1998.

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eram portadores de deficiência, como cegueira, surdez ou algum aleijamento. Três quartos haviam
nascido na pobreza, vindos de lares destruídos ou de situações extremamente tensas ou tumultuadas.

Novamente, isso é um alerta: não perca ninguém! Nos últimos dias, a Seara é tão grande, mas tão
grande, que não podemos despedir os trabalhadores que o dono da Seara enviar, ainda que não
sejam aqueles que esperamos.

FATOR 06 – FORMÁVAMOS OS NOSSOS OBREIROS EM PEQUENOS GRUPOS

Líderes são desenvolvidos


em Pequenos Grupos: Jesus
desenvolveu seus líderes num
pequeno grupo de 12 pessoas.
Nossas lideranças, nas Assembleias
de Deus, foram desenvolvidas
dessa forma, em pequenos grupos,
como Grupo de Jovens, Círculo da
Oração, Escola Dominical, obreiros
e etc.

O jovem José, por exemplo, fazia


parte da equipe que dirigia cultos
ao ar livre. Essa equipe era formada

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por 10 irmãos, sendo que José entrou para carregar a caixa de som em sua bicicleta. Ele aprendia
observando, perguntava e tinha responsabilidades no grupo. Um dia, pede uma oportunidade para
falar e, mesmo gaguejando e suando frio, dá seu recado. Ele inicia com a saudação costumeira: “A Paz
do Senhor”, abre a Bíblia, lê um trecho e em seguida faz uma rápida explanação sobre o texto.

Após o culto, os demais se alegram com sua atitude e lhe parabenizam. José quer mais e procura
saber como melhorar. O líder do grupo dá dois conselhos: “ore e estude mais a Bíblia”. Ele passa a
fazer isso e com o tempo não tem mais medo do microfone, até que se torna auxiliar do trabalho.
Acompanhado de perto pelo dirigente, participa das reuniões, dos estudos bíblicos e, mais do que
isso, José começa a ministrar esses estudos. Ele não foi formado sentado em um dos bancos da igreja
ouvindo sermões, mas sim formado em um ambiente de pequeno grupo, a equipe de evangelismo.

Outro grupo das Assembleias de Deus que levantou vários líderes foi o departamento de jovens.
Lá tínhamos os cultos de treinamento nos domingos à noite, antes de começarem os cultos.
Em meio aos jovens, era possível encontrar amigos no ensaio, era possível conhecer as pessoas pelos
nomes e assim recebíamos apoio e treinamento. De lá saiam cantores e pregadores, tudo era muito
prático.

Claro que, por ser um grupo grande (com mais de 30 pessoas), apenas aqueles que estavam perto
da liderança se destacavam e cresciam no ministério. Essa máxima valia também para os demais
departamentos. Mas, sempre reproduzíamos um grande número de lideranças a partir de Pequenos
Grupos formados nas proximidades dos líderes desses departamentos, nas inúmeras igrejas
Assembleias de Deus que eram criadas continuamente.

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Na Assembleia de Deus no Brasil, temos em torno de seis Pequenos Grupos: Jovens, Crianças,
Círculo de Oração, músicos, obreiros e Escola Dominical. Do meio destes Pequenos Grupos, nas
proximidades do líder, saem os líderes que mais tarde tomarão conta desses grupos, no mesmo
lugar ou em outro templo. Agora, imagine criar, além desses seis, inúmeros outros grupos pequenos,
com líderes que irão influenciar o surgimento de uma série de discípulos de Cristo. O impacto será
gigantesco! E é essa nossa proposta.

FATOR 07 – TÍNHAMOS FOCO NO CRESCIMENTO E MULTIPLICAÇÃO DE NOSSAS


CONGREGAÇÕES

Nossa denominação tem


por princípio multiplicar
constantemente igrejas e não
apenas Pequenos Grupos. Mas,
quando associamos esses dois
objetivos − multiplicar Pequenos
Grupos e igrejas − o crescimento
é explosivo.

Quando uma igreja consegue


se reproduzir, ela se expande e
influencia várias gerações, assim

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como acontece com uma família que busca garantir sua expansão e sobrevivência por meio dos
filhos.

Deus nos deu uma ordem: “Sejam férteis e multipliquem-se...” (Gn 1:28). Com relação a Abraão, a
benção proposta sobre a sua vida também é de Multiplicação: “Estabelecerei a minha aliança entre
Mim e você e multiplicarei muitíssimo a sua descendência” (Gn 17:2). A multiplicação é apontada por
Jesus como um fator fundamental para sermos seus discípulos: “Meu Pai é glorificado pelo fato de
vocês darem muitos frutos, e assim serão meus discípulos” (Jo 15:8).

Um dia, um pastor auxiliar da ADQB foi pregar em outro campo, em um congresso de jovens em
que o coral estava todo uniformizado, teve coreografias e a igreja estava superlotada. Por volta das
22h, foi dada a palavra ao nosso pastor para que pregasse e então ele pregou como se fosse a última
mensagem de sua vida. Ao final, foi feito o convite e 32 pessoas vieram à frente atendendo ao chamado
de Cristo.

Mais tarde, por volta das 23h, o pastor presidente do campo pegou o microfone e nem mesmo olhou
nos olhos daquelas pessoas que seriam suas futuras ovelhas. Talvez isso aconteceu porque ele estava
com pressa, ou porque não acreditava que aquelas pessoas poderiam de fato se consolidar no seio da
igreja. Ou talvez porque ele entendia que o seu papel naquela noite estava cumprido com “louvor”, já
que a festa havia sido bonita e com resultados espirituais expressivos.

Não tenho informações de quantas pessoas realmente permaneceram daquelas 32, mas pode-se
concluir, pelo descaso do pastor, que nenhuma ficou. Tudo isso porque estamos perdendo o foco de
darmos frutos e garantir que esses frutos permaneçam.

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Sabendo que só existe uma forma de um grupo crescer: que novas pessoas venham a fazer parte dele.
Todos os que fazem parte do grupo precisam trazer amigos, parentes e vizinhos, com a finalidade de
que essas pessoas sejam evangelizadas.

Desta forma, evangelizar é um fato determinante para que haja multiplicação nos Pequenos Grupos.
Graças a Deus a Assembleia de Deus é expert em evangelizar em ganhar almas, mas esquecemos de
como tomar conta dos Novos Convertidos.

Bem, apesar de termos prometido apenas 7 fatores, vamos lhe dar mais um de bônus como forma
de lhe dizer muito obrigado por ter lido todo este e-book, queremos realmente ajudar a sua igreja
crescer. Então vamos lá:

FATOR 08 – DISCIPULAVÁMOS OS NOVOS CONVERTIDOS

A Assembleia de Deus, de forma inconsciente, sempre trabalhou em multiplicar igrejas e não apenas
um pedaço dela.

Meu pai, Pr. Landolfo Apinagés dos Passos, tinha muito apreço em abrir novas congregações. Entre
os obreiros da igreja ele separava um irmão para ser o dirigente e este recrutava outras pessoas para
irem à nova congregação. Com o passar do tempo, surgiam todos os Pequenos Grupos da Assembleia
de Deus: Crianças, Círculo de Oração, Conjunto Jovem, obreiros e EBD.

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A maioria desses obreiros eram
leigos, não eram nem mesmo
presbíteros da igreja, não
possuíam curso teológico, nem
mesmo possuíam anos de igreja,
mas tinham um desejo ardente
de trabalhar na Seara do Mestre.
Normalmente, eram batizados
com Espírito Santo e toda a sua
família servia a Jesus.

Infelizmente, a grande maioria


dos nossos membros não têm
oportunidade e não são desafiados
no início de sua carreira cristã.
Muitos deles não têm a atenção dos
seus dirigentes, dos seus líderes, na verdade, a maioria dos nossos “novos convertidos” são largados
ao vento, ou seja, aqueles que não tomarem uma iniciativa de se integrarem, de fazerem amigos,
fatalmente irão se perder.

Por causa disso, nossas igrejas precisam ter um trilho ou caminho para ser apresentado a todos
os nossos novos convertidos. Como se fosse um currículo que deverão construir, no intuito de
amadurecerem e se integrarem à igreja. E por incrível que pareça antigamente tínhamos um trilho

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de crescimento muito bem definido, que com o passar do tempo foi perdido.

Este Trilho era a Busca do Batismo com Espírito Santo.

Em nossa igreja, sempre foi uma máxima o Batismo com Espírito Santo e por isso orientávamos
os novos convertidos a buscarem essa maravilhosa experiência. Somente os crentes batizados com
Espírito Santo poderiam exercer cargos e entrar para o Ministério da Igreja. Então, para todos ficava
claro que, após a conversão, o próximo passo que o novo convertido deveria tomar seria em direção
ao Batismo com Espírito Santo.

A pergunta clássica que o novo convertido fazia, que eu fiz e que você também fez é: o que fazer para
receber esse poderoso Batismo? Normalmente, orientávamos nossos novos convertidos a pedirem o
Batismo com Espírito Santo em oração, para tanto, eles deveriam se consagrar, jejuar e participar das
reuniões de oração. Então os novos convertidos participavam de vigílias, frequentavam a oração da
madrugada e iam para as reuniões do Círculo de Oração.

Milhares e milhares de novos convertidos que entregaram sua vida a Cristo nas Assembleias de Deus,
no Brasil, receberam essa mesma orientação. Após a confirmação de sua entrega, o próximo passo
era receber o Batismo com Espírito Santo e o passo seguinte era exercer um ministério. Geralmente,
era perceptível a diferença entre um crente que recebia o Batismo com Espírito Santo e outro que
ainda não havia recebido.

Mas esta é uma prática esquecida nas Assembleias de Deus.

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CONCLUSÃO

Este livro tem um caráter prático, as ideias aqui contidas podem ser reproduzidas facilmente. Se
muitas pessoas estão fazendo e fizeram o que está relatado neste livro, você também pode fazer.

Proponho um desafio: comece apenas a instruir os seus novos convertidos para que, de forma
sistemática, busquem o Batismo com Espírito Santo e você verá uma diferença significativa no
processo de consolidação das novas pessoas da sua igreja. Ou então crie uma simples trilha, com uma
ou duas literaturas, para que aquela pessoa chegue ao Batismo. Você verá que menos pessoas saem
pelas portas do fundo de sua igreja.

Talvez você não se sinta na direção de criar os Pequenos Grupos em sua igreja, então faça o seguinte:
promova de forma planejada algumas ações em que todos os membros de sua igreja se quiserem
poderão participar. Faça, por exemplo, o “dia da Visitação”, no qual as pessoas irão visitar 5 casas de
amigos e parentes, previamente agendadas, para levar uma palavra de cura e salvação e você verá
o fervilhar que acontecerá em sua igreja. Tudo isso porque você fez valer um princípio muito usado
pelas Assembleias de Deus: o Ministério deve estar na mão do povo.

Experimente ativar então o maior número de grupos possíveis, como: Círculo de Oração feminino,
Círculo de Oração masculino, Crianças, Adolescentes, Jovens, Jovens universitários, Homens de
negócios, terceira idade, EBD e etc. E um fervilhar vai começar na sua igreja por causa de outro
princípio da Assembleia de Deus: precisamos buscar trabalhadores e não almas.

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Ou, simplesmente, facilite a formação e a abertura de novas congregações, comprando terrenos,
desafiando os crentes a formarem os grupos acima citados nesta nova igreja. Sua igreja imediatamente
vai crescer porque vai seguir um princípio que é utilizado há muitos anos pela Assembleia de Deus:
foque na multiplicação de sua igreja e não na centralização.

Normalmente, as pessoas, ao me ouvirem relatar esses princípios, dizem: “mas essas coisas são fáceis
de fazer, será que isso realmente irá provocar o crescimento em minha igreja”? A verdade é que
esses são princípios fáceis de se entender, mas muitas vezes complicamos demais no momento da
execução.

Nossos pais na fé fizeram e nos deixaram como legado esta grande igreja que está diante de nós.
Resta-nos trilhar os mesmos caminhos que eles trilharam, ou seja, seguirmos os mesmos princípios
que eles seguiram e esta grande obra vai continuar a crescer. Outras denominações estão usando os
mesmos princípios e estão crescendo, com as lições que eles aprenderam com a nossa história.

Então nós não podemos ficar de fora, vamos voltar às nossas origens para que esta revolução nunca
venha a parar.

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