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GESTÃO DE
INTEGRAÇÃO E ESCOPO
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Editorial
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2018
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GESTÃO DE INTEGRAÇÃO E ESCOPO
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 4
Objetivos
LINK
PMI e IPMA
Fazer parte desta Segunda Onda exige que você entenda os benefícios do
projeto e como ele é selecionado. É necessário, também, compreender
os processos e áreas de conhecimento que compõem o ciclo de vida do
projeto e como elas se integram para alcance da eficácia e eficiência.
É desta forma que o projeto e o seu gerenciamento criam valor para a em-
presa: diminuindo os riscos, mantendo o projeto dentro da sua linha de
base e aumentando valores tangíveis (por exemplo: capital, participação
no mercado, instalações) e valores intangíveis (por exemplo: valorização
da marca, reputação, alinhamento estratégico).
A linha de base que pode ser de custo, escopo ou outra área de ge-
renciamento do projeto, é traçada como previsão da evolução destas
áreas durante todo o período de gerenciamento. Medindo a cada ins-
tante é possível saber se o projeto se mantém na linha, ou seja, se está
progredindo conforme planejado ou não.
Muitos estudos têm sido feitos para saber, afinal, quais são os fatores crí-
ticos de sucesso de um projeto. Mas a própria definição de sucesso é uma
incerteza, visto que sucesso possui uma carga subjetiva. A Primeira Onda
de projetos considera um sucesso o projeto que atende a Tripla Restrição
e entrega com qualidade. Mas, e quando este mesmo projeto não satisfaz
às expectativas das partes interessadas? Se entregarmos uma barragem
no tempo, custo e requisitos planejados e não planejarmos o impacto
desta barragem aos moradores locais causando prejuízo e tirando a sua
subsistência, este projeto pode ser considerado um sucesso?
EXEMPLIFICANDO
Programa
A 6ª edição do PMBOK foi lançada em 2017, sendo que ela foi reformulada
e seu conteúdo foi dividido internamente em 3 partes. A parte 1 mostra
uma visão geral dos elementos fundamentais, ambientes em que proje-
tos operam, o papel do gerente de projetos (reformulado e aprofundado)
e a descrição detalhada do gerenciamento de cada área de conhecimento
2. Considerações finais
Glossário
Refêrencias bibliográficas
Gabarito - Tema 01
Questão 01 - Resposta: E
Questão 03 - Resposta: A
Objetivos
Muitos de nós podemos entender que projetos são feitos para desenvol-
ver produtos inovadores. Mas, projetos também podem ser uma proposi-
ção de melhoria no seu ambiente de trabalho que pode trazer vantagens
na proposição de valor para os clientes da organização.
Você deve ter percebido pelos temas que abordaremos que há uma ne-
cessidade de integrarmos os processos e as pessoas. Assim, traremos a
explicação de quais são os processos e como eles se interagem, além de
comentar os impactos em outras áreas de conhecimento, no trabalho e
nos planos dos projetos.
LINK
Certifique-se sobre como os projetos estão associados ao planejamen-
to estratégico na Justiça Federal. Disponível em: <http://www.trf3.jus.
br/adeg/norma-de-estrutura-das-unidades-administrativas/presiden-
cia-do-tribunal/assessoria-de-desenvolvimento-integrado-e-gestao-
-estrategica/secao-de-planejamento-estrategico-e-projetos/> Acesso
em: 02 mar.2018.
Com esta visão você percebe que os processos são interligados e reagem
a qualquer alteração, então os processos contêm conexões e se intera-
gem dinamicamente. Além do mais, o comportamento humano e a ambi-
guidade colaboram para a complexidade do projeto e seu gerenciamento.
Outros aspectos também trazem implicações na condução do projeto. O
envolvimento de várias organizações, equipes virtuais, aspectos multicul-
turais, são fatores que trazem complexidade no contexto do projeto.
Por esta percepção, você pode perceber que a gestão de projetos deve
coordenar as múltiplas áreas de conhecimento e processos de forma inte-
grada, no intuito de conseguir atingir os objetivos. A Gestão da Integração
de projetos é a área de conhecimento que tem esta finalidade.
ASSIMILE
hard skills e soft skills
Você já deve ter concluído que estas informações precisam ser registra-
das em algum documento. De fato, todas estas informações devem estar
no documento Termo de Abertura do Projeto (TAP), que também é conhe-
cido como Project Charter. Contudo, algumas organizações empregam ou-
tras denominações, tais como: proposta de projetos, solicitação de proje-
to autorizada, termo de referência de projetos, entre outras (CARVALHO;
RABECHINI JR., 2015).
EXEMPLIFICANDO
Ativos de processos organizacionais
Você já pode utilizar estes documentos para criar campos em seu TAP.
Os documentos de entrada já têm as informações do nome do projeto,
do produto final a ser entregue e do patrocinador. E você pode, também,
criar mais um campo para informar o nome do gerente de projetos que
será o responsável pelo gerenciamento. Estes documentos de entrada
também possuem informações sobre a justificativa do projeto e o objeti-
vo S.M.A.R.T. Recapitulando, seu TAP já deve ter os campos: nome do pro-
jeto, produto final, patrocinador, gerente de projetos, justificativa e obje-
tivo. A responsabilidade do preenchimento desta primeira parte do TAP é,
em geral, do patrocinador, mas o gerente de projetos pode ser envolvido.
Neste caso, você precisa saber como escrever um objetivo S.M.A.R.T.
Você também deve coletar dados para cruzar as evidências dos especia-
listas com outras fontes de informação. Uma das formas é formar um
grupo para geração e análise de ideias. Esta técnica é conhecida como
brainstorming (tempestade de ideias, em português). Há também o grupo
de discussões, que pode ser formado pelas partes interessadas e especia-
lista. Esta técnica é interessante para compartilhar informações de risco
(PMI, 2017). Outra ferramenta de coleta de dados é a entrevista, a qual é
feita em um ambiente individual, o que permite obter informações de alto
impacto como critérios de aprovação, premissas e restrições.
Você se recorda que o TAP, entre outras funções, informa os dados do pro-
jeto. Além disso, observamos que para alinharmos as expectativas, preci-
samos mapear as partes interessadas. Agora é o momento de materiali-
zarmos esta comunicação por meio de uma reunião de partida organizada
pelo gerente de projetos. Ele deve convocar as principais partes interessa-
das. Nesta reunião, o gerente de projetos comunica e reafirma a justifica-
tiva do projeto, seus objetivos e requisitos. É uma oportunidade também
para o gerente de projetos distribuir e indicar o armazenamento dos docu-
mentos e informações necessárias ao projeto (CARVALHO; RABECHINI JR.,
2015). A transparência do compartilhamento das informações suporta o
gerente de projetos a buscar o comprometimento dos participantes.
Carvalho e Rabechini Jr. (2017) apontam algumas etapas, tais como: (1)
recepção das partes interessadas com apresentação individual (motiva o
envolvimento dos participantes); (2) apresentação dos objetivos visando
discutir metas, expectativas da alta direção e resultados; (3) demonstração
da estratégia do gerenciamento do projeto; (4) apresentação do TAP e do
escopo indicando que o controle e planejamento já está iniciado; (5) con-
solidar o comprometimento dos participantes com depoimentos dos mes-
mos; (6) apresentar os próximos passos e agendas de reuniões futuras.
2. Considerações finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 02
1. Em gerenciamento de projetos, grupo de processo e área
de conhecimento são:
a) Grupo de processo é o conjunto total dos processos
do projeto e área de conhecimento são conhecimentos
específicos do projeto.
b) Grupo de processo são processos agrupados em 5 ca-
tegorias e área de conhecimento são conhecimentos
específicos do projeto.
c) Grupo de processo é o conjunto total dos processos do
projeto e área de conhecimento são processos dentro
de conhecimentos específicos do projeto.
Referências bibliográficas
Questão 01 - Resposta: C
Questão 02 - Resposta: A
Objetivos
É no planejamento que você vai construir o plano do projeto, que pode ser
considerado um macro processo pois estará contido nele todos os pro-
cessos necessários e interativos das áreas de conhecimento, que buscam
os objetivos previamente estabelecidos, por meio dos direcionamentos de
fazer: o que, como, quando e quem (VALLE et al., 2010). O plano do projeto
é um conjunto de processos das áreas de conhecimento, significando que
cada área possui o seu plano e o conjunto destes planos forma o projeto.
EXEMPLIFICANDO
Exemplificando 1: Case GP Consultoria
Uma das características do modelo linear é que ele é rígido, não per-
mitindo revisitar as fases anteriores, assim como a aguar em uma cas-
cata, que não consegue subir, apenas descer.
ASSIMILE
Gerente de projetos ágil x gerente de projetos tradicional
LINK
Manifesto ágil
Agora que você já foi apresentado aos planos auxiliares que compõem o
plano do projeto, deve estar se perguntando: e a famosa linha de base de
um projeto, o que vem a ser isso?
A linha de base é uma linha formada pelo plano. Ela serve de comparação
durante a execução do projeto para verificar se o projeto está em acordo
com o planejado, em atraso ou avançado. No monitoramento, o acompa-
nhamento dos KPI´s (indicadores chave de desempenho, em português)
pode identificar a tendência de evolução do projeto. O PMI (2017) cita as
linhas de base mais populares:
Este tema abordou o que você deve considerar no plano de projeto. Você
entendeu que não há um modelo de plano e planejamento a ser segui-
do. Cada organização adapta as boas práticas à sua estrutura e cultura.
Também ficou ciente que os processos interagem e uma mudança em uma
área de conhecimento pode impactar em mudanças em outras áreas de
conhecimento. Este é o contexto da preparação de um plano de projeto.
2. Considerações finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 03
1. O PMI conceituou o grupo de processo planejamento
como: “Os processos necessários para definir o escopo do
projeto, refinar os objetivos e definir a linha de ação ne-
cessária pra alcançar os objetivos para os quais o projeto
foi criado” (PMI, 2017, p. 23). Assinale a alternativa correta:
a) Requisito é o trabalho necessário e escopo é a caracte-
rística do produto.
b) O projeto é composto exclusivamente pelos processos
dos 5 grupos processo.
c) O objetivo da organização é estratégico e o do projeto
é a eficiência e eficácia.
d) A linha de ação deve ser seguida como o planejado,
sem revisitação.
Referências bibliográficas
Questão 01 - Resposta: C
Questão 02 - Resposta: B
Questão 03 - Resposta: B
Objetivos
Preparamos este conteúdo para que você entenda quais os fatores que
influenciam na aplicação de estratégias para a condução da execução de
um plano de projeto. Entendendo estes fatores, esta leitura traz no seu
conteúdo uma lista de algumas estratégias que podem ser adotadas por
você na fase de execução. E, ainda, preparamos um texto especial so-
bre o processo: gerenciar o conhecimento em projeto. Este processo é
uma nova recomendação de boas práticas do PMI e vai orientar você a
Então você pode se questionar: um plano bem elaborado não é uma ga-
rantia de sucesso na sua execução? Um plano bem desenvolvido, conhe-
cido pela equipe de projetos e com aprovação das partes interessadas
se identifica como um bom início para sua execução, mas a sua realiza-
ção depende de mais fatores. Um dos fatores fundamentais na fase de
execução está relacionado com a dimensão humana. O gerente de proje-
tos deve criar um ambiente de colaboração, com infraestrutura favorável
para o trabalho de execução da equipe.
ASSIMILE
Gerente funcional e gerente de projetos.
Para que você tenha uma visão das partes e depois consiga ter uma visão
holística, vamos subdividir os processos em duas partes. Uma contendo
os 2 processos da área de conhecimento integração e outra com os 8 pro-
cessos das demais áreas de conhecimento.
• Entradas:
• Documentos do projeto
• Registro de mudanças
• Lista de marcos
• Comunicação do projeto
• Ferramentas e técnicas:
• Solicitações de mudança
• Qualquer componente
• Lista de atividades
Uma das questões de maior curiosidade que pode nos ocorrer refere-se
ao processo de medir o desempenho do projeto. Os dados coletados para
esta finalidade são analisados e indicam o progresso do projeto. Estes
dados e análises não são usados somente no projeto em questão. Podem
EXEMPLIFICANDO
Conhecimento tácito e explícito em projetos
LINK
Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento
3. Considerações finais
Glossário
Referências bibliográficas
Gabarito - Tema 04
Questão 01 - Resposta: D
Questão 02 Resposta: A
Questão 03 - Resposta: D
Objetivos
Estas são medidas a nível operacional, que fazem parte da tomada de de-
cisão do gerente de projetos. Mas você já deve ter percebido que mesmo
em projetos mais corriqueiros, como o planejamento de um churrasco
com os amigos, as solicitações de mudança ocorrem durante a sua exe-
cução (por exemplo, um dos participantes é vegetariano, o outro partici-
pante precisa de acessibilidade, entre outras situações que impactam na
organização). Como lidar com estas situações se nem todos os participan-
tes entendem estas necessidades?
Esta unidade trará para você o entendimento da importância de monito-
rar e controlar um projeto. Você também será capaz de construir indica-
dores de desempenho que darão suporte ao controle integrado de custo,
cronograma e escopo. E caso você receba uma solicitação de mudança,
entenderá não somente como planejar e monitorar estas mudanças, mas
também a lidar com resistência às mudanças das partes interessadas.
Ficou interessado? Me acompanhe nesta leitura!
Vamos colocar aqui uma questão para você refletir: existe diferença en-
tre monitorar e controlar? Monitorar é observar, coletando-se dados do
projeto para que análises possam ser feitas e relatadas. O controle exige
uma reação com tomada de decisão e aplicação de medidas preventivas
ou corretivas, de forma a evitar que o projeto saia da linha de base. O con-
trole necessita de um monitoramento prévio coerente e planejado.
• Agir.
• Permitir terceirização.
EXEMPLIFICANDO
Vamos levantar a estimativa para terminar o trabalho de uma casa
pré-montada? A casa é construída em 3 unidades de tempo e foi plane-
jado um custo total de $ 300.000,00 de unidades de dinheiro. Estamos
na metade da obra e os custos reais gastos foram de $ 180.000,00 uni-
dades de dinheiro. Desta forma a estimativa é de completar o trabalho
a um custo de $ 360.000,00 (20% acima do custo planejado).
Com relação aos riscos, estes são mapeados na fase de iniciação do pro-
jeto e um conjunto de ações são previstas como respostas a estes riscos.
Todavia, riscos não mapeados surgem, assim como os riscos mapeados
também podem ocorrer, não há como evitar. Deve-se, então, fazer um
bom monitoramento para agir imediatamente na ocorrência de um risco.
Para evitar problemas com atraso de cronograma, você deve ter pontos
de monitoramento definidos com uma frequência que seja possível a
constatação precoce de um atraso.
Fonte: Autor
• Tendência de término
LINK
Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou
Fracasso? Com este questionamento, Ricardo Vargas, primeiro dire-
tor mundial do Grupo de Infraestrutura e Projetos do Escritório de
Serviços de Projetos das Nações Unidas (UNOPS), fez uma análise so-
bre esta ferramenta na execução e controle de projetos. Acesse este
artigo interessante! Disponível em: <https://ricardo-vargas.com/pt/ar-
ticles/earnedvaluecontrol/>. Acesso em: 21 mar. 2018.
• Problemas e questões:
• Problemas identificados;
A mudança tem várias origens, ela pode vir de uma alteração do escopo,
representados por grandes mudanças no produto (em geral, solicitadas
pelo cliente), como novos atributos, design (concepção da forma física ou
funcionalidade) ou aperfeiçoamento. A mudança pode ocorrer devido aos
eventos de risco que surgem durante o projeto. Há também as mudanças
sugeridas como melhoria pela equipe de projetos. Seja qual for a origem
• Negociar condições;
• Monitorar os efeitos.
2. Considerações finais
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 05
1. Um processo não pode ser controlado se não for medido
quanto ao seu desempenho. Quais os processos do moni-
toramento e controle que fazem parte da integração?
a) Orientar e gerenciar o trabalho do projeto; controlar
cronograma.
b) Monitorar e controlar o trabalho do projeto; realizar o
controle integrado de mudança.
c) Desenvolver plano de gerenciamento de projeto; con-
trolar qualidade.
d) Monitorar o engajamento das partes interessadas; con-
trolar comunicações.
e) Monitorar os riscos; encerrar projeto ou fase.
2. A técnica do valor agregado foi criada para medir o de-
sempenho de um projeto. É possível afirmar que:
a) É modelo no qual temos uma visão de desempenho de
escopo, cronograma e custo simultaneamente.
Referências bibliográficas
Gabarito - Tema 05
Questão 01 - Resposta:B
Questão 02 - Resposta: A
Questão 03 Resposta: C
Objetivos
Possivelmente, você deve estar pensando que todo o projeto tem um fim
definido na lista de trabalhos planejados. Destacamos que nem sempre
ocorre desta forma. As revisões dos projetos têm um papel importante
para determinar um fim diferente do planejado. Vamos identificar quais
são os diferentes tipos de encerramento que um projeto pode estar sujeito:
Uma vez que já entendemos como os projetos podem ser encerrados, va-
mos nos aprofundar sobre as atividades que envolvem o encerramento.
Para que você mantenha a sua equipe engajada, é necessária uma comu-
nicação antecipada sobre o plano e o cronograma de encerramento. Isso
permite que os membros da equipe se preparem psicologicamente para
o final do projeto e para realizar os trabalhos de encerramento. Antecipe
também as responsabilidades das atividades desta fase. Mesmo com to-
dos estes cuidados, você terá que manter o controle da sua equipe, pois
não é incomum haver atraso nas entregas destas atividades, afinal, o pro-
jeto acabou, qual a pressa?
• Encerrar contas;
• Auditar o projeto;
• Arquivar informações.
Outro campo importante que você não pode deixar de considerar é a re-
comendação. Avalia-se os problemas, as causas, as ações, as consequên-
cias e a proposição de melhoria.
A mais valiosa das contribuições do relatório final de projeto está nas li-
ções aprendidas. Este é o local onde a equipe deixa seu legado para o
próximo projeto. É neste campo que equipes de projetos futuros seme-
lhantes ao projeto corrente irão colher os conhecimentos para que eles
passem pelas mesmas situações de forma mais tranquila.
EXEMPLIFICANDO
Em 17 de julho de 2007 um Airbus A-320 da empresa aérea TAM não
acionou os freios, percorreu toda a pista do Aeroporto de Congonhas
e colidiu com um prédio, provocando a morte dos 187 passageiros e
tripulantes do voo, além de 12 pessoas que estavam em solo. As inves-
tigações apontaram que a posição errada do manete de controle do
motor acelerou um dos motores da aeronave, provocando o acidente.
Como lição aprendida, foram geradas 83 recomendações de seguran-
ça, entre elas a instalação de luzes e avisos sonoros sobre um eventual
posicionamento errado dos manetes.
Este tipo de barreira pode ser vencido com aplicação de técnicas de geren-
ciamento de reuniões. Uma delas é o uso de retrospectiva. Este método
analisa um fato ocorrido no projeto, elabora a lição aprendida e constrói
um plano de ação.
LINK
Leia o artigo: “Sistematização de um modelo de lições aprendidas em
projetos como contribuição à aprendizagem organizacional”, e se ins-
pire para produzir um modelo de captação de lições aprendidas para
chamar de seu! Disponível em: <http://anpad.org.br/admin/pdf/2012_
SIMPOSIO194.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2018.
Com todo o estudo desta leitura fundamental, você deve ter elaborado
uma boa estrutura para o relatório final do seu projeto. Vamos analisar
uma situação: mesmo as grandes empresas ainda não conseguem ter um
uso eficiente das lições aprendidas. Eles possuem experiência e elaboram
estruturas de relatórios invejáveis. E por que ainda não alcançaram o su-
cesso neste quesito?
• T
ermo de abertura do • Opinião especializada • A
tualizações de docu-
projeto mento do projeto
• Análise de dados
• P
lano de gerenciamento • T
ransição do produto,
do projeto • Reuniões serviço ou resultado final
• Entregas aceitas • A
tualizações de ati-
vos de processos
• Documentos de negócios organizacionais
• Acordos
• Documentação de
aquisições
• A
tivos de processo
organizacionais
ASSIMILE
Lista de documento de projeto como entrada
2. Considerações finais
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 06
1. Assinale a alternativa que indica qual é o tipo de encerra-
mento quando um projeto se extingue por falta de alinha-
mento à nova estratégia da empresa?
a) Normal.
b) Prematuro.
c) Perpétuo ou sem fim.
d) Fracasso no projeto.
e) Mudança de prioridade.
2. Assinale a alternativa que indica a finalidade da atividade
de coletar lições aprendidas do projeto:
a) Analisar o desempenho do projeto.
b) Descrever uma situação ocorrida e apurar
responsabilidade.
c) Transformar as experiências do projeto em ações de
melhoria para projetos futuros.
d) Comparar os sistemas de medições entre projetos se-
melhantes e propor melhorias.
e) Analisar a tendência do desempenho do projeto.
Referências bibliográficas
Gabarito - Tema 06
Questão 01 - Resposta: E
Questão 02 - Resposta: C
Objetivos
1. Gerenciamento de escopo
Fica claro que é necessário definir o que se pretende fazer. Quanto mais
complexo é o projeto, a definição do trabalho possuirá mais incertezas, au-
mentando o nível de risco. Mas o conceito de escopo muda quando visto
por diferentes perspectivas. Você já ouviu as expressões escopo do produto
e escopo do projeto? Parecem ser sinônimas, mas são conceitos distintos.
Escopo do produto está relacionado às características e funções daquilo
que se vai entregar como resultado do projeto. Este escopo está relacio-
nado aos requisitos e especificações fornecidos pelo cliente na fase de ini-
ciação e posteriormente refinados em conjunto com a equipe de projetos.
O escopo do projeto é uma coletânea de todo o trabalho próprio ou em
conjunto com terceiros para entregar como resultado um produto que
satisfaça os requisitos e especificações fornecidas pelo escopo do cliente.
Faz parte do escopo do projeto o gerenciamento de todo este esforço. O
escopo do projeto é desenvolvido pela equipe de projetos que se preocu-
pa em realizar somente o trabalho necessário para não haver desperdício
de tempo e custo.
EXEMPLIFICANDO
Vamos considerar um projeto para um coffee break entre os nossos
dois blocos de aula. Podemos considerar como entrega deste evento:
• Salgados entregues
• Doces entregues
• Sucos elaborados
• Café preparado
• Inspeção do local.
Outro ponto importante: você não deve confundir entrega com atividade.
Imagine que uma biblioteca deseja colocar uma nova capa em um dos
livros do acervo. Para entregar uma capa é preciso: preparar um esboço,
redigir o conteúdo da capa, fazer o boneco da capa, selecionar o mate-
rial para encadernação, imprimir a capa. Perceba que para fazer a entre-
ga da capa de um livro foram necessárias ações: preparar, redigir, fazer,
Pela leitura que acabamos de fazer, deduzimos que o escopo é o que defi-
ne o resultado final da fase ou do projeto. O propósito inicial e fundamen-
tal é definir com a maior clareza possível as entregas para aprovação do
cliente ou patrocinador e dar foco no gerenciamento desta entrega.
Uma lista de verificação é uma boa ferramenta para garantir que a defini-
ção do escopo esteja completa (LARSON; GRAY, 2016). A extensão desta
lista depende das características do projeto. Você pode começar a esbo-
çar uma lista a partir das sugestões desta leitura e adaptá-la ao projeto e
cultura da sua empresa.
ASSIMILE
O objetivo do projeto deve ser específico, mensurável, alcançável, rea-
lístico e com tempo determinado. Exemplo: melhorar o giro de mesas
do restaurante em 20% em relação ao giro atual, a partir do segundo
mês de implantação do sistema de pedidos por Wi-Fi, dentro de um
orçamento de R$ 23.000,00, com prazo de conclusão até 31 de dezem-
bro de 2018.
A forma como a entrega deve ser esperada está descrita nos requisitos do
produto. Os requisitos são todos os detalhes importantes e indispensá-
veis que devem fazer parte do produto entregue e que atendem as neces-
sidades do cliente. Como exemplo, a bola do mundial de futebol de 2018
tem como requisito baixa absorção de água. Este requisito foi testado
e comprovado em laboratório e apresentou uma absorção de 0,8% de
água, abaixo do limite imposto pela FIFA.
Embora pareça natural entender que o que não está escrito não faz parte
do escopo, uma boa prática é você prever na sua lista de verificação uma
lista de limites e exclusões do escopo. Esta lista evita a formação de fal-
sas expectativas que, com o avanço do projeto, pode trazer insatisfação,
discussões extras, desgaste no relacionamento, além de desperdício de
tempo e custo. No exemplo da bola da copa, o fabricante pode deixar cla-
ro que o evento de testes das bolas com os jogadores, principais partes
interessadas do projeto, não é da responsabilidade do fabricante. O limi-
te e exclusões podem ser utilizados como controle e justificativa quando
não se deseja mudanças constantes no escopo do projeto.
Uma outra ação que você pode fazer durante a elaboração do plano de
escopo é traçar uma matriz de prioridades. Nesta matriz, você identifica
critérios de restrição ou aceite de otimização quando há solicitação de
alteração dos requisitos. Pode-se adotar um critério totalmente restritivo
no qual o projeto deve cumprir o cronograma, custo e escopo original-
mente planejados, ou um critério mais flexível, que determine os critérios
de aceite e suas consequências. Você deve ter em mente que o projeto
pode sofrer alterações de prioridade durante o seu curso devido às incer-
tezas que cercam o mundo real. O gerente de projetos deve estar sempre
alerta e confirmar as mudanças de prioridades para poder decidir sobre
os ajustes necessários.
Com o plano delineado, que tal aplicar algumas técnicas para coletar os
requisitos e definir o escopo? É o que abordamos na continuação desta
leitura.
LINK
Quer ampliar seus conhecimentos? Acesse a biblioteca digital do PMI
Brasil. Estão disponíveis artigos elaborados por especialistas associados
nas diversas áreas de conhecimento. Disponível em: <https://brasil.pmi.
org/brazil/KnowledgeCenter/Articles.aspx>. Acesso em: 04 abr. 2018.
Com o exposto, você deve ter constatado que o escopo possui uma forte
relação com as partes interessadas, as comunicações e a gestão de qua-
lidade. São as áreas de conhecimento que devem ser tratadas de forma
integrada em seu gerenciamento.
Relação com o
Requisito Prioridade Fonte Verificação Validação
IId Objetivo
Descrição Prioridade Indicação do Como está Método de Método de
do do requisito documento relacionado verificação se validação se
requisito fonte ao objetivo os requisitos os requisitos
do Termo de foram foram
Abertura atendidos atendidos
Fonte: Autor.
Glossário
Referências bibliográficas
Gabarito - Tema 07
Questão 01 - Resposta: A
Questão 02 - Resposta: B
Questão 03 – Resposta: E
Objetivos
Uma vez que a EAP foi construída, faz-se necessário entender o processo
de validação do escopo para garantir que o cliente aceite as entregas do
projeto. Esta garantia se alcança quando o índice de satisfação do cliente
é mantido em alto grau. Mas como manter o alto nível de satisfação sem,
no entanto, aceitar constantes mudanças no projeto? Convido você a con-
tinuar sua leitura para aprender a construir a EAP, garantir o aceite do
cliente e lidar com mudanças inevitáveis e benéficas para o seu projeto.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Verifique que na EAP há componentes que não estão dentro de uma caixa.
Eles estão a um nível mais abaixo. Este é o nível para o qual os custos e a
duração são estimados e são denominados pacote de trabalho. Um nível
abaixo do pacote de trabalho seriam as atividades, os recursos utilizados e
os custos. Estes já não fazem parte da área de conhecimento escopo e são
analisados nas áreas de cronograma, recursos e custos respectivamente.
1 Manual de operação
1.1.1.1 Integração
1.1.1.2 Escopo
1.1.1.3 Custo
1.1.1.4 Qualidade
1.1.1.5 Recursos
1.1.1.6 Comunicações
1.1.1.7 Riscos
1.1.1.8 Aquisições
1.2.2 Revisão
1.3.1.1 Capa
1.3.1.2 Miolo
1.3.2 Diagramação
1.4 Impressão
1.4.1 Fotolito
1.4.2 Prova
1.4.3 Impressão
1.5 Encerramento
III. Não usarás um nome em vão: evite nomes que gerem dúvidas
daquilo que será entregue. Utilize substantivos e não verbos. No
exemplo da EAP que construímos, utilizamos “Elaboração de con-
teúdo”, em vez de “Elaborar conteúdo”.
Outra dica é fazer uma entrega parcial bem próxima de entrega definitiva
e com quase todos os requisitos atendidos, deixando para a última en-
trega apenas as documentações. Isso facilita a assinatura do aceite pelo
cliente final.
ASSIMILE
Nem sempre existe colaboração das partes interessadas para fazer
o aceite da entrega. E este fato muitas vezes não está associado ao
índice de satisfação do cliente. Em geral, uma entrega está associada
a um evento de pagamento. É possível que o seu cliente possa estar
passando por algum problema de fluxo de caixa e evite fazer o aceite
para não disparar o processo de pagamento.
É uma ilusão pensar que um escopo pode ser imutável. O projeto permite
explorar novas oportunidades e o mercado está em constante mudança,
abrindo possibilidades de evolução no projeto. Contudo, a inclusão sem
controle de alterações no escopo do produto ou do projeto sem ajustes
nos processos das outras áreas de conhecimento integradas é uma dis-
torção do escopo.
LINK
Que tal dicas práticas de como organizar e nomear o conteúdo do pro-
jeto? O PMI do Ceará explica a técnica card-sorting de fácil aplicação.
Disponível em: <http://pmice.org.br/como-organizar-e-nomear-o-con-
teudo-do-projeto/>. Acesso em: 13 abr. 2018.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
A internet está cada vez mais presente na vida dos brasileiros. Segundo
pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
Brasil encerrou o ano de 2016 com 116 milhões de pessoas conecta-
das, equivalendo a 63,3% dos lares brasileiros. Estas informações são
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C).
Para ajudar neste desafio, sua empresa foi contratada para elaborar e
executar o projeto da colocação deste blog em operação e o seu gestor
o colocou como gerente de projetos.
2. Considerações finais
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 08
1. Qual das alternativas abaixo explica a EAP?
a) É o esforço necessário, e somente o necessário, para
entregar o resultado do projeto.
b) É a representação hierárquica das entregas que são
decompostas em componentes menores.
c) É a atividade que pertence ao pacote de trabalho.
d) É o plano de monitoramento e controle.
e) É a descrição do pacote de trabalho.
2. A validação do escopo é um dos processos do gerencia-
mento do escopo. Qual o seu principal objetivo?
Referências bibliográficas
Questão 01 - Resposta: B
Questão 02 - Resposta: D
Questão 03 - Resposta: E