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O documento discute como a pesquisa pode ajudar os professores a refletirem sobre sua prática docente e como diferentes tipos de pesquisa, como pesquisa-ação e pesquisa-intervenção, podem promover mudanças na realidade educacional de forma coletiva.
Originalbeschreibung:
O artigo “A Análise de Implicação como Ferramenta na Pesquisa-intervenção” de Paulon, S. M. usado como base para essa reflexão visa derrubar a crença da neutralidade cientifica.
Originaltitel
REFLEXÃO SOBRE O ARTIGO: “A ANÁLISE DE IMPLICAÇÃO COMO FERRAMENTA NA PESQUISA-INTERVENÇÃO”
O documento discute como a pesquisa pode ajudar os professores a refletirem sobre sua prática docente e como diferentes tipos de pesquisa, como pesquisa-ação e pesquisa-intervenção, podem promover mudanças na realidade educacional de forma coletiva.
O documento discute como a pesquisa pode ajudar os professores a refletirem sobre sua prática docente e como diferentes tipos de pesquisa, como pesquisa-ação e pesquisa-intervenção, podem promover mudanças na realidade educacional de forma coletiva.
O artigo “A Análise de Implicação como Ferramenta na Pesquisa-intervenção”
de Paulon, S. M. usado como base para essa reflexão visa derrubar a crença da neutralidade cientifica. De acordo com este pensamento o pesquisador constrói formas de conhecimento que estão relacionadas ao objeto que está sendo estudado. O fato de o pesquisador estar presente muda o contexto em que as ações acontecem. Vale ressaltar que pesquisar é uma forma de descobrir respostas para diversas perguntas. Dessa forma é importante considerar como a pesquisa, na formação do professor, é importante para seu bom desempenho em sala de aula. Durante sua formação, o professor poderá encontrar um caminho para refletir sobre sua própria prática docente e buscar novos conhecimentos, pois, diante dos alunos interessados em novos conteúdos, é preciso que o professor seja inovador e criativo. Portanto, o professor, compreendendo as necessidades dos seus alunos, consegue meios para auxiliar na sua prática docente e na aprendizagem do aluno. Assim, Bortoni-Ricardo, Stella Maris (2008 apud RODRIGUES-JUNIOR, Adail Sebastião, 2010, p. 195) afirma:
O docente que consegue associar o trabalho de pesquisa a seu fazer
pedagógico, tornando-se um professor pesquisador de sua própria prática ou das práticas pedagógicas com as quais convive, estará no caminho de aperfeiçoar-se profissionalmente, desenvolvendo uma melhor compreensão de suas ações como mediador de conhecimentos e de seu processo interacional com os educandos. Vai também ter uma melhor compreensão do processo de ensino e de aprendizagem (p. 32-33).
Nessa linha de pensamento o artigo de Paulon, S. M., quando cita as
pesquisas participativas, confirma o pensamento de que o professor reflexivo sobre sua própria prática determina novas possibilidades de ação sobre sua docência. “Na pesquisa participante, os sujeitos participam junto com os pesquisadores, possibilitando o entendimento da realidade educacional de modo mais crítico.” Ezpeleta e Rockwell (1989 apud ALVARADO, Prada L. E. , 2012, p.8). Ainda sobre o artigo citado é importante ressaltar a pesquisa-ação e a pesquisa-intervenção. A relação existente entre pesquisador e objeto na pesquisa- intervenção é determinante para os caminhos da pesquisa. Sendo assim, a pesquisa é uma construção coletiva. No que tange a pesquisa-ação esta é desenvolvida pelos sujeitos do estudo, permitindo a eles compreender e interferir na realidade. Nesse sentido a pesquisa-intervenção se torna real quando se propõe a conhecer a realidade produzindo mudanças na mesma. Dessa forma, segundo Bortoni-Ricardo, Stella Maris (2008 apud RODRIGUES-JUNIOR, Adail Sebastião, 2010, p. 196) para que os professores se tornem pesquisadores de sua prática sendo produtores de conhecimentos precisam tomar a pesquisa como instrumento de questionamento. Por outro lado, na pesquisa de Alvarado (2012) a intervenção utilizada como metodologia na tentativa de conhecer a realidade do professor e provocar mudanças ainda se apresenta presa aos modelos tradicionais sem o compromisso de transformar essa realidade, pois estão mais preocupadas com os resultados. O autor destaca a pesquisa coletiva visando a participação de todos “entendendo a pesquisa coletiva como sendo uma forma de construção do conhecimento na partilha com o outro, com o objetivo de conhecer e transformar a realidade coletivamente” (ALVARADO, 2012, p.8). Nesse ponto, tanto a pesquisa aqui utilizada como reflexão como as pesquisas utilizadas como embasamento teórico, afirmam que as produções coletivas não seguem modelos. Sendo assim, Bortoni-Ricardo, Stella Maris (2008 apud RODRIGUES-JUNIOR, Adail Sebastião, 2010, p. 194) afirma que no contexto docente, as pesquisas aprisionadas nos modelos acadêmicos estão sendo vivenciadas no âmbito escolar onde “mostra ao professor que é possível realizar pesquisa em sua sala de aula, na comunidade escolar da qual participa, enfatizando o processo de aprendizagem” (RODRIGUES-JUNIOR, Adail Sebastião, 2010, p. 194). Assim, fica evidenciado que a participação do pesquisador na proposta de pesquisa coletiva é fundamental. REFERÊNCIAS
ALVARADO, Prada L. E. Metodologias de pesquisa-formação de professores nas
dissertações, teses:1999-2008. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED SUL, 9, 2012, Caxias do Sul. Trabalhos apresentados. Caxias do Sul: Anped, 2012. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/317 9/482. Acesso em: 25 jan. 2019, 17:06:23.
PAULON, S.M. A Análise de Implicação como Ferramenta na Pesquisa-
intervenção. Psicologia & Sociedade, v. 17, n. 3, p. 18-25, 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/psoc/v17n3/a03v17n3.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2019, 20:53:10.
RODRIGUES-JUNIOR, Adail Sebastião. O professor pesquisador: introdução à
pesquisa qualitativa. DELTA, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 193-198, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/delta/v26n1/09.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2019, 15:39:40.