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Livro Eletrônico

Aula 00

Passo Estratégico de Direito Administrativo p/ INSS (Técnico do Seguro Social)

Professor: Tulio Lages

00000000000 - DEMO
Passo EstratŽgico Ð Cespe/INSS
Direito Administrativo p/ TŽcnico
Analista Tœlio Lages

Princ’pios

Apresenta•‹o ............................................................................1
Introdu•‹o ................................................................................2
An‡lise Estat’stica .....................................................................2
An‡lise das Quest›es ................................................................3
Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar..............9
Question‡rio de Revis‹o...........................................................12
Anexo I Ð Lista de Quest›es ....................................................32
Refer•ncias Bibliogr‡ficas .......................................................35

Apresenta•‹o

Ol‡!
Meu nome Ž Tœlio Lages e, com imensa satisfa•‹o, serei o analista de
Direito Administrativo do Passo EstratŽgico!
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha
experi•ncia profissional, acad•mica e como concurseiro:

Coordenador e Analista do Passo EstratŽgico - disciplinas: Direito Constitucional e


Administrativo.
Coach do EstratŽgia Concursos.
Auditor do TCU desde 2012, tendo sido aprovado e nomeado para o mesmo cargo nos
concursos de 2011 (14¼ lugar nacional) e 2013 (47¼ lugar nacional).
Ingressei na Administra•‹o Pœblica Federal como tŽcnico do Serpro (38¼ lugar, concurso
de 2005). Em seguida, tomei posse em 2008 como Analista Judici‡rio do Tribunal
Superior do Trabalho (6¼ lugar, concurso de 2007), onde trabalhei atŽ o in’cio de 2012,
quando tomei posse no cargo de Auditor do TCU, que exer•o atualmente.
Aprovado em inœmeros concursos de diversas bancas.
Graduado em Engenharia de Redes de Comunica•‹o (Universidade de Bras’lia).
Graduando em Direito (American College of Brazilian Studies).
P—s-graduado em Auditoria Governamental (Universidade Gama Filho).
P—s-graduando em Direito Pœblico (PUC-Minas).

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Estou extremamente feliz de ter a oportunidade de trabalhar na equipe


do ÒPassoÓ, porque tenho convic•‹o de que nossos relat—rios e
simulados proporcionar‹o uma prepara•‹o DIFERENCIADA aos nossos
alunos!
Nosso curso contar‡, ainda, com a (super!) colabora•‹o do professor
Gilberto Breder, que tambŽm Ž analista de Direito Processual Penal e
Direito Processual Penal Militar do Passo EstratŽgico.
O professor Gilberto Ž graduado em Direito e p—s-graduando em Direito
Penal e Processo penal, Ž servidor do MinistŽrio pœblico do Estado do
Esp’rito Santo (nomeado no ano de 2014), tendo sido aprovado no
œltimo concurso do Tribunal regional Federal da 2¡ regi‹o nos cargos de
Analista Judici‡rio/çrea judici‡ria (5¡ lugar) e TŽcnico Judici‡rio çrea
administrativa (15¡ lugar).
...
Ser‡ uma honra ajudar voc•s a alcan•ar a aprova•‹o no concurso para
TŽcnico do Seguro Social - INSS, cujo œltimo concurso foi realizado
pela banca Cespe.
Ent‹o, sem mais delongas, vamos ao relat—rio propriamente dito?!

Introdu•‹o

Ol‡!
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) " Princ’pios".
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que os
assuntos possuem import‰ncia mŽdia.
Boa leitura!

An‡lise Estat’stica

Para identificarmos estatisticamente quais assuntos s‹o os mais


cobrados pela banca, classificamos, todas as quest›es cobradas em
provas de n’vel mŽdio realizadas pelo Cespe desde 2008.
Com base na an‡lise estat’stica das quest›es colhidas (por volta de
1.307!), temos o seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o)
tratado(s) neste relat—rio:
% aproximado de cobran•a
em provas de n’vel mŽdio
Assunto
realizadas pelo Cespe desde
2008

Princ’pios da Administra•‹o 3,7%


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Pœblica
Tabela 1

Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das


provas do Cespe para cargos de n’vel mŽdio, que o assunto ÒPrinc’pios
da Administra•‹o PœblicaÓ possui import‰ncia mŽdia, j‡ que foi cobrado
em 3,7% das assertivas.
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema,
podem variar bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte
classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos assuntos:

% de cobran•a Import‰ncia do assunto

AtŽ 2,9% Baixa

De 3% a 6,9% MŽdia

De 7% a 9,9% Alta

10% ou mais Muito Alta

An‡lise das Quest›es

O objetivo desta se•‹o Ž procurar identificar, por meio de uma amostra


de quest›es de prova, como a banca cobra o(s) assunto(s), de forma a
orientar o estudo dos temas.
1.(Cespe/2014/MDIC/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que
concerne a licita•‹o, ao controle da administra•‹o pœblica e ao regime
jur’dico-administrativo, julgue o item.
Os princ’pios da administra•‹o pœblica expressamente dispostos na CF
n‹o se aplicam ˆs sociedades de economia mista e ˆs empresas
pœblicas, em raz‹o da natureza eminentemente empresarial dessas

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entidades.

GABARITO: ERRADO
Os princ’pios da administra•‹o pœblica se aplicam a todos os entes de
todos os poderes, sejam eles da Administra•‹o Pœblica Direta ou
Indireta, como no caso da quest‹o. Vamos dar uma olhada no art. 37
da CF/88:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte:

Logo, como as empresas pœblicas e sociedades de economia mista


pertencem ˆ Administra•‹o Pœblica Indireta, se submetem aos
princ’pios da Administra•‹o expressos na CF/88.
2.(Cespe/2015/FUB/ASSITENTE) A administra•‹o pœblica Ž regida
por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da Federa•‹o:
Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o a esse
assunto, julgue o item subsecutivo.
A pretexto de atuar eficientemente, Ž poss’vel que a administra•‹o
pratique atos n‹o previstos na legisla•‹o.

GABARITO: ERRADO
Pelo princ’pio da legalidade a Administra•‹o Pœblica s— poder‡ agir
como a lei determina diferentemente do particular ao qual Ž permitido
tudo que a lei n‹o pro’ba.
Como n‹o h‡ hierarquia entre os princ’pios que regem a Administra•‹o
Pœblica, eles devem ser aplicados em harmonia.
Portanto, a Administra•‹o Pœblica dever‡ sim agir com efici•ncia, em
raz‹o do princ’pio da efici•ncia, porŽm, tal efici•ncia dever‡ sempre
estar adequada aos limites da lei.
3.(Cespe/2016/TCE/PA/AUXILIAR TƒCNICO DE CONTROLE
EXTERNO) No que se refere aos princ’pios da administra•‹o pœblica,
julgue o item subsequente.
O princ’pio da efici•ncia norteia essencialmente a presta•‹o de servi•os
pœblicos ˆ coletividade, sem impactar, necessariamente, rotinas e
procedimentos internos da administra•‹o.

GABARITO: ERRADO

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O princ’pio da efici•ncia apresenta dois aspectos: o primeiro diz


respeito ao modo de atua•‹o do agente pœblico, buscando seu melhor
rendimento e, consequentemente, logrando melhores resultados.
O segundo aspecto diz respeito ˆ organiza•‹o, estrutura e disciplina no
‰mbito da Administra•‹o Pœblica, com o fim de alcan•ar melhores
resultados na presta•‹o do servi•o pœblico.
Portanto, o princ’pio da efici•ncia impacta n‹o s— a presta•‹o do
servi•o pœblico, mas tambŽm a organiza•‹o da administra•‹o pœblica e
seus agentes.
4.(Cespe/2017/SEDF/TƒCNICO DE GESTÌO EDUCACIONAL) Em
rela•‹o aos princ’pios da administra•‹o pœblica e ˆ organiza•‹o
administrativa, julgue o item que se segue.
O administrador, quando gere a coisa pœblica conforme o que na lei
estiver determinado, ciente de que desempenha o papel de mero gestor
de coisa que n‹o Ž sua, observa o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico.

GABARITO: CERTO
O interesse pœblico Ž indispon’vel, n‹o pode o administrador pœblico, ao
gerir a coisa pœblica, dispor dela como bem entender.
O princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico junto com o
principio da supremacia do interesse pœblico s‹o princ’pios basilares da
Administra•‹o Pœblica.
Portanto o administrador que age conforme aponta a assertiva observa,
efetivamente, o princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico.
5.(Cespe/2014/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Acerca do
regime jur’dico administrativo e dos atos administrativos, julgue o
pr—ximo item.
Viola o princ’pio da impessoalidade a edi•‹o de ato administrativo que
objetive a satisfa•‹o de interesse meramente privado.

GABARITO: CERTO
O princ’pio da impessoalidade pode ser observado sob o aspecto de que
o agente pœblico deve praticar atos apenas voltados a atingir o
interesse pœblico, n‹o podendo consagrar em sua atua•‹o meros
interesses particulares, pois, o interesse pœblico Ž indispon’vel.
Portanto, a edi•‹o do ato administrativo visando a fins estritamente
particulares viola o princ’pio da impessoalidade.
6.(Cespe/2014/CADE/AGENTE ADMNISTRATIVO) Com rela•‹o ao

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direito administrativo, julgue o item seguinte.


Ainda que as sociedades de economia mista sejam pessoas jur’dicas de
direito privado com capital composto por capital pœblico e privado, a
elas aplicam-se os princ’pios expl’citos da administra•‹o pœblica.

GABARITO: CERTO
As sociedades de economia mista comp›em a Administra•‹o Pœblica
Indireta e, portanto, est‹o submetidas aos princ’pios da administra•‹o
pœblica, de acordo com o art. 37, caput da CF/88:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte: (...)

7.(Cespe/2015/MPU/TƒCNICO DO MPU) Com rela•‹o ˆ Žtica e ˆ


fun•‹o pœblica, julgue o seguinte item.
Os atos administrativos praticados por —rg‹os do Poder Executivo, do
Poder Legislativo e do Poder Judici‡rio devem observar os princ’pios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da
efici•ncia.

GABARITO: CERTO
Todos os poderes devem observar os princ’pios da administra•‹o
pœblica, segundo o art. 37, caput da CF/88:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte: (...)

8.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) A administra•‹o pœblica Ž


regida por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da
Federa•‹o: Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o
a esse assunto, julgue o item subsecutivo.
O princ’pio da legalidade limita a atua•‹o do Estado ˆ legisla•‹o
existente.

GABARITO: CERTO
Pelo princ’pio da legalidade, a Administra•‹o Pœblica s— poder‡ atuar de
acordo com a lei e somente poder‡ realizar o que a mesma permitir.
9.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) A administra•‹o pœblica Ž

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regida por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da


Federa•‹o: Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o
a esse assunto, julgue o item subsecutivo.
De acordo com o princ’pio da moralidade, os agentes pœblicos devem
atuar de forma neutra, sendo proibida a atua•‹o pautada pela
promo•‹o pessoal.

GABARITO: ERRADO
A assertiva, na verdade, diz respeito ao princ’pio da impessoalidade,
n‹o o da moralidade.
De acordo com o princ’pio da impessoalidade o agente pœblico deve
atuar de maneira imparcial no tratamento dispensado aos particulares.
AlŽm disso, n‹o pode o agente promover-se pessoalmente associando
sua imagem a uma realiza•‹o governamental, de acordo com o ¤ 1¼ do
art. 37, da CF/88:
Art. 37. (...)
¤ 1¼ A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e
campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo constar
nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem promo•‹o
pessoal de autoridades ou servidores pœblicos.

10.(Cespe/2016/INSS/TƒCNICO DO SEGURO SOCIAL) Julgue o


item que se segue, acerca da administra•‹o pœblica.
Na an‡lise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de
todo ato da administra•‹o pœblica, Ž imprescind’vel avaliar a inten•‹o
do agente.

GABARITO: ERRADO
Na an‡lise da moralidade administrativa n‹o ser‡ levada em
considera•‹o a inten•‹o do agente, pois, no princ’pio da moralidade
analisa-se o caso concreto com enfoque na boa fŽ objetiva do agente (e
n‹o subjetiva).
Portanto, pouco importa se o agente n‹o tinha inten•‹o de praticar o
ato violando o princ’pio da moralidade, o ato ser‡ considerado imoral se
na an‡lise objetiva for constatado que o agente violou a regra da
moralidade.
11.(Cespe/2013/AGENTE PENINTENCIçRIO FEDERAL) Com
refer•ncia ˆ administra•‹o pœblica e seus agentes, julgue o item
subsequente.
O princ’pio da impessoalidade, referido na Constitui•‹o Federal de

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1988, nada mais Ž que o cl‡ssico princ’pio da finalidade, o qual imp›e


ao administrador pœblico que s— pratique o ato para o seu fim legal. E o
fim legal Ž unicamente aquele que a norma de direito indica como
objetivo do ato, de forma impessoal.

GABARITO: CERTO
A assertiva est‡ correta, o princ’pio da impessoalidade Ž sin™nimo do
princ’pio da finalidade e, de acordo com este princ’pio, o agente pœblico
deve buscar sempre o fim pœblico em seu ato (interesse pœblico), n‹o
se pautando por pretens›es pessoais.
12.(CESPE/2012/ANAC/TƒCNICO ADMINISTRATIVO) Com
rela•‹o ˆ administra•‹o pœblica e sua regulamenta•‹o constitucional,
julgue o seguinte item.
Conforme o texto constitucional, a administra•‹o pœblica dever‡
obedecer aos princ’pios da efici•ncia, da publicidade, da moralidade, da
impessoalidade e da legalidade.

GABARITO: CERTO
ƒ isso mesmo, conforme art. 37, caput da CF/88:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte:

13.(Cespe/2014/PF/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considerando


que o DPF Ž —rg‹o respons‡vel por exercer as fun•›es de pol’cia
judici‡ria da Uni‹o, julgue o item a seguir.
O DPF, em raz‹o do exerc’cio das atribui•›es de pol’cia judici‡ria, n‹o
se submete ao princ’pio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos
praticados pelo —rg‹o.

GABARITO: ERRADO
O art. 37, caput da CF/88 prescreve que os princ’pios a serem
observados pela Administra•‹o Pœblica s‹o aplic‡veis a todos os
poderes de todos os entes, portanto a DPF, que Ž —rg‹o do executivo
federal, tambŽm se submete ao princ’pio da publicidade, no ‰mbito
administrativo.
14.(Cespe/2015/MPU/TƒCNICO DO MPU) O servidor respons‡vel
pela seguran•a da portaria de um —rg‹o pœblico desentendeu-se com a
autoridade superior desse —rg‹o. Para se vingar do servidor, a

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autoridade determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os dados


completos de todas as pessoas que entrassem e sa’ssem do im—vel.
Com refer•ncia a essa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item que se segue.
O ato praticado pela autoridade superior, como todos os atos da
administra•‹o pœblica, est‡ submetido ao princ’pio da moralidade,
entretanto, considera•›es de cunho Žtico n‹o s‹o suficientes para
invalidar ato que tenha sido praticado de acordo com o princ’pio da
legalidade.

GABARITO: ERRADO
A Administra•‹o Pœblica, pelo princ’pio da moralidade, est‡ adstrita a
praticar seus atos pautados na Žtica administrativa, sendo pressuposto
de validade dos atos administrativos que, portanto, n‹o devem
somente obedecer ˆ letra fria da legisla•‹o.
15.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) A administra•‹o pœblica Ž
regida por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da
Federa•‹o: Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o
a esse assunto, julgue o item subsecutivo.
Apesar de o princ’pio da moralidade exigir que os atos da administra•‹o
pœblica sejam de ampla divulga•‹o, veda-se a publicidade de atos que
violem a vida privada do cidad‹o.

GABARITO: ERRADO
O princ’pio que exige que os atos da Administra•‹o sejam de ampla
divulga•‹o Ž o princ’pio da publicidade e n‹o o da moralidade.

Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar

A ideia desta se•‹o Ž apresentar uma espŽcie de checklist para o estudo


da matŽria, de forma que o candidato n‹o deixe nada importante de
fora em sua prepara•‹o.
Assim, se voc• nunca estudou os assuntos ora tratados, recomendamos
que ˆ medida que for lendo seu curso te—rico, concomitantemente
observe se prestou a devida aten•‹o aos pontos elencados aqui no
checklist, de forma que o estudo inicial j‡ seja realizado de maneira
bem completa.
Por outro lado, se voc• j‡ estudou os assuntos, pode utilizar o checklist
para verificar se eventualmente n‹o h‡ nenhum ponto que tenha

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passado despercebido no estudo. Se isso acontecer, realize o estudo


complementar do assunto.

Com base na an‡lise das quest›es sobre o(s) assunto(s) deste


relat—rio, para um bom desempenho na sua prova, recomendamos que
sejam compreendidos e memorizados, pelo menos, os seguintes
pontos:

1.! O rol dos princ’pios da Administra•‹o Pœblica expressos no caput


do art. 37 da CF/88, bem como aqueles que devem observ‡-los;
2.! Princ’pio da Legalidade: conceito. Diferen•a entre legalidade
administrativa e reserva legal prevista no CF/88, art. 5¼, inciso II.
Diferen•a entre legalidade e legitimidade.
3.! Princ’pio da impessoalidade: conceito. Diferen•a entre interesse
pœblico e privado. Enfoques do princ’pio da impessoalidade: imputa•‹o
dos atos praticados pelos agentes pœblicos diretamente ˆs pessoas
jur’dicas em que atuam; veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos. Rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o da
isonomia (previsto na CF/88, arts. 5¼, inciso I, e 19, inciso III).
4.! Princ’pio da moralidade: conceito. Pessoas que devem observar o
princ’pio da moralidade. A quest‹o da prescindibilidade de normas
positivadas para a observ‰ncia do princ’pio da moralidade. Sœmula
vinculante 13 (veda•‹o ao nepotismo).
4.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a rela•‹o entre moralidade administrativa e
probidade administrativa. As espŽcies de penalidades
decorrentes dos atos de improbidade administrativa,
conforme CF/88, art. 37, ¤ 4¼, com aten•‹o para a
impossibilidade de pena de cassa•‹o de direitos pol’ticos,
consoante CF, art. 15, caput.
4.2 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a possibilidade de atua•‹o do MinistŽrio
Pœblico na defesa da moralidade administrativa mediante
a•‹o civil pœblica, consoante CF/88, art. 129, inciso III c/c
Lei 8.625/93, art. 25, inciso IV, al’nea ÒbÓ).
5.! Princ’pio da publicidade: conceito. A quest‹o da n‹o considera•‹o
da publicidade como elemento para a forma•‹o do ato administrativo. A
transpar•ncia como regra na Administra•‹o Pœblica, com fulcro no

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direito fundamental ˆ informa•‹o previsto na CF, art. 5¼, inciso XXXIII,


bem como no previsto na CF, art. 5¼, inciso LX. A concretiza•‹o do
princ’pio da publicidade por meio dos direitos constitucionais de peti•‹o
(CF, art. 5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ) e de certid‹o (CF, art. 5¼, inciso
XXXIV, al’nea ÒbÓ). Diferen•a entre publicidade e publica•‹o.
Precedente importante:
5.1.1.! a divulga•‹o da remunera•‹o bruta dos cargos e fun•›es
titularizados por servidores pœblicos, com seu nome e lota•‹o,
consubstancia informa•‹o de interesse coletivo ou geral, Òsem que
a intimidade deles, vida privada e seguran•a pessoal e familiar se
encaixem nas exce•›es de que trata a parte derradeira do mesmo
dispositivo constitucional (inciso XXXIII do art. 5¼)Ó1.

6.! Princ’pio da efici•ncia: conceito. Desdobramentos constitucionais


do princ’pio da efici•ncia na CF, art. 37, ¤3¼, incisos I a III, ¤8¼, incisos
I a III, art. 39, ¤¤ 2¼ e 7¼, art. 41, ¤ 1¼, inciso III e ¤4¼. O controle da
efici•ncia da Administra•‹o Pœblica: controle externo (CF, art. 70, caput
e art. 71, caput), sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74,
inciso II) e controle judicial.
7.! Princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica: conceito.
Relev‰ncia dos princ’pios impl’citos frente aos princ’pios expressos.
8.! Princ’pio da supremacia do interesse pœblico: conceito. N‹o
incid•ncia direta nos casos de atua•‹o interna ou na condi•‹o de
agente econ™mico (CF, art. 173, ¤1¼, inciso II).
9.! Princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico: conceito.
Car‡ter de poder-dever dos poderes conferidos ˆ Administra•‹o.
Conceito de interesse pœblico prim‡rio e secund‡rio.
10.! Princ’pio da presun•‹o de legitimidade e veracidade: conceito e
relatividade.
10.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a veda•‹o ˆ recusa a documentos pœblicos
por parte dos entes federativos, consoante CF, art. 19,
inciso II, como decorr•ncia do princ’pio da presun•‹o de
legitimidade.
11.! Princ’pio da autotutela: conceito. Sœmulas 473 e 346 do STF.
Rela•‹o com o princ’pio do contradit—rio e ampla defesa. Diferen•a
entre autotutela e tutela.
12.! Princ’pio da continuidade dos servi•os pœblicos: conceito.

1
STF Ð SS 3.902 AgR.

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Consequ•ncias decorrentes: proibi•‹o relativa de greve nos servi•os


pœblicos, consoante CF, art. 37, inciso VII; institutos da supl•ncia,
delega•‹o e substitui•‹o; impossibilidade de invoca•‹o do contrato n‹o
cumprido; faculdade de utiliza•‹o de equipamentos e instala•›es da
empresa contratada, bem como a possibilidade de encampa•‹o da
concess‹o de servi•o pœblico. Precedentes importantes:
12.1.! ÒA administra•‹o pœblica deve proceder ao desconto dos
dias de paralisa•‹o decorrentes do exerc’cio do direito de greve
pelos servidores pœblicos, em virtude da suspens‹o do v’nculo
funcional que dela decorre, permitida a compensa•‹o em caso de
acordo. O desconto ser‡, contudo, incab’vel se ficar demonstrado
que a greve foi provocada por conduta il’cita do Poder PœblicoÓ2
12.2.! ÒO exerc’cio do direito de greve, sob qualquer forma ou
modalidade, Ž vedado aos policiais civis e a todos os servidores
pœblicos que atuem diretamente na ‡rea de seguran•a pœblicaÓ3.

13.! Princ’pio da razoabilidade e proporcionalidade: conceito. Aspectos


que d‹o fundamento ˆ proporcionalidade. Utiliza•‹o de tais princ’pios
no controle da discricionariedade da Administra•‹o.
14.! Princ’pio da motiva•‹o: conceito. Casos de dispensa de
motiva•‹o. Previs‹o constitucional da motiva•‹o (CF, art. 93, inciso X,
e art. 129, ¤4¼).
15.! Princ’pio da seguran•a jur’dica: conceito. Principais
concretiza•›es do princ’pio da seguran•a jur’dica: prescri•‹o e
decad•ncia; sœmula vinculante (CF, art. 103-A); prote•‹o ao ato
jur’dico perfeito, direito adquirido e coisa julgada (art. 5¼, inciso
XXXVI).
16.! Princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a: conceito.
17.! Princ’pio da sindicabilidade: conceito

Question‡rio de Revis‹o

A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel


realizar uma revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso
para todos os t—picos do edital, um pouquinho a cada relat—rio!
ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O
leitor pode, por exemplo:

2
STF Ð RE 693.456.
3
STF Ð ARE 654.432.

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1.! ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;


2.! ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o
mais r‡pida;
3.! eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.

***Question‡rio - somente perguntas***


Princ’pios da Administra•‹o Pœblica

1)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica


expressamente previstos na CF?
2)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
3)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?
4)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa
do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?
5)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.
6)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
7)! O interesse pœblico pode coincidir com o privado? Comente.
8)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
9)! ƒ poss’vel a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos?
10)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o
da isonomia.
11)! O que preceitua o princ’pio da moralidade?
12)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
13)! Existem normas infraconstitucionais estabelecendo regras
relativas ˆ moralidade administrativa? ƒ imprescind’vel que
existam regras versando sobre a moralidade para que a
conduta do administrador seja pautada e avaliada sob tal
—tica?
14)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos
cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?
15)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade
administrativa? Comente.

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16)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade


administrativa?
17)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?
18)! A publicidade Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo?
19)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na
Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
20)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o
concretizam o princ’pio da publicidade?
21)! O princ’pio da publicidade se confunde com a publica•‹o de
atos?
22)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o
de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
23)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
24)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?
25)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia?
26)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o
Pœblica?
27)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica?
Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos no caput
do art. 37 da CF?
28)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
29)! O que preceitua o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico? Qual suas implica•›es?
30)! Qual o conceito de interesse pœblico? O que Ž interesse
pœblico prim‡rio? E o interesse pœblico secund‡rio?
31)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e
de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?
32)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?
33)! Qual a rela•‹o do princ’pio da autotutela com o princ’pio do
contradit—rio e ampla defesa?
34)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.
35)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os
pœblicos?

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36)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e


proporcionalidade?
37)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
38)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?
39)! O que preceitua o princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a?
40)! O que preceitua o princ’pio da sindicabilidade?

***Question‡rio: perguntas com respostas***


Princ’pios da Administra•‹o Pœblica

1)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica


expressamente previstos na CF?
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Efici•ncia.
Para facilitar a memoriza•‹o dos princ’pios expressos: acr™nimo
LIMPE (L = legalidade, I = impessoalidade, M = moralidade, P =
publicidade, E = efici•ncia).
2)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
S‹o de observa•‹o obrigat—ria para TODA a Administra•‹o Pœblica
Ð Direta e Indireta Ð de TODOS os Poderes, de TODAS as esferas
de governo Ð Uni‹o, Estados, DF e Munic’pios, consoante art. 37,
caput, da CF:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte:

3)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?


O princ’pio da legalidade prescreve que a Administra•‹o s— pode
agir quando h‡ imposi•‹o ou permiss‹o da lei (considerada em
sentido amplo), sendo que a atividade administrativa deve se dar
no mesmo sentido (e n‹o contra) e nos exatos limites (nunca
alŽm) de tal determina•‹o ou autoriza•‹o legal.
4)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa
do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?
O princ’pio da legalidade administrativa Ž caracterizado pela
restri•‹o da vontade dos agentes administrativos pela lei, o que se
diferencia, portanto, da conduta que prevalece no setor privado,
onde h‡ predomin‰ncia da autonomia da vontade dos particulares,
em que se pode fazer tudo aquilo que a lei permite e n‹o pro’be,

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em decorr•ncia do princ’pio da reserva legal - CF/88, art. 5¼,


inciso II:
II - ninguŽm ser‡ obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa sen‹o em virtude de lei;

5)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.


N‹o, a legitimidade Ž mais abrangente que a legalidade, j‡ que
significa n‹o somente agir conforme o texto da lei, mas tambŽm
obedecer aos demais princ’pios administrativos.
6)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
O princ’pio da impessoalidade imp›e que a a•‹o da Administra•‹o
deve estar voltada para a atingir o objetivo previsto
(expressamente ou virtualmente) em lei, o qual visar‡ atender
sempre a uma finalidade: o interesse pœblico.
Assim, o administrador n‹o pode atuar para atender a objetivo
diverso do estabelecido em lei Ð que ser‡ sempre o interesse
pœblico Ð, ou de pratic‡-lo em benef’cio pr—prio ou de terceiros.
7)! O interesse pœblico pode coincidir com o privado? Comente.
Em algumas situa•›es, o interesse pœblico pode coincidir com o
privado, ent‹o a atua•‹o da Administra•‹o pode, licitamente,
acabar atendendo, alŽm do interesse pœblico, ao interesse
particular de certa pessoa ou grupo de pessoas. O que Ž vedado
pelo princ’pio da impessoalidade Ž que a•‹o do administrador n‹o
atinja o interesse pœblico previsto na lei como objetivo de tal
atua•‹o, ou seja, que se busque atender a outra finalidade ou
somente ao interesse pr—prio ou de terceiros.
8)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
O princ’pio da impessoalidade tambŽm deve ser compreendido sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes pœblicos
diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam. Decorre de tal
preceito que, como os atos n‹o devem ser entendidos como
praticados pelo agente pœblico A ou agente pœblico B, mas sim
pela Administra•‹o Pœblica, esse viŽs do princ’pio da
impessoalidade acaba por retirar dos agentes pœblicos a
responsabilidade pessoal, perante terceiros, pelos atos que
praticam.
9)! ƒ poss’vel a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos?
Sim, o princ’pio da impessoalidade pode ser compreendido sob o

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viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridade e servidores


pœblicos conforme CF/88, art. 37, ¤ 1¼ disp›e:
¤ 1¼ A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e
campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo constar
nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem promo•‹o
pessoal de autoridades ou servidores pœblicos.

10)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o


da isonomia.
O princ’pio da impessoalidade encontra-se relacionado ao princ’pio
constitucional da isonomia (CF/88, arts. 5¼, inciso I, e 19, inciso
III), obrigando a Administra•‹o a conferir tratamento igualit‡rio
aos administrados que se encontrem na mesma situa•‹o f‡tica e
jur’dica. Decorrem do dever de isonomia da Administra•‹o a
necessidade da ado•‹o de procedimentos como o concurso pœblico
para provimento de cargos efetivos, a licita•‹o para a contrata•‹o
de obras, servi•os, fornecimentos , o regime de precat—rios para
pagamento de d’vidas da Fazenda Pœblica em decorr•ncia de
decis‹o judicial etc.
O teor dos dispositivos que consagram a isonomia Ž o seguinte:
Art. 5¼ (...)
I Ð homens e mulheres s‹o iguais em direitos e obriga•›es,
nos termos desta Constitui•‹o;
(...)
Art. 19. ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Munic’pios:
(...)
III Ð criar distin•›es entre brasileiros ou prefer•ncias entre
si.

11) que preceitua o princ’pio da moralidade?


O princ’pio da moralidade preceitua que os agentes pœblicos atuem
com Žtica, honestidade, probidade, boa-fŽ, decoro, lealdade,
fidelidade funcional.
A moralidade administrativa est‡ ligada ˆ ideia do Òbom
administradorÓ Ð aquele que atua n‹o somente com respeito aos
preceitos vigentes, mas tambŽm ˆ moral Ð e n‹o se confunde com
a moralidade comum. Esta ÒŽ imposta ao homem para sua conduta
externa;Ó aquela ÒŽ imposta ao agente pœblico para sua conduta

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interna, seguindo as exig•ncias da institui•‹o a que serve e a


finalidade de sua a•‹o: o bem comumÓ4.
AlŽm disso, a moralidade administrativa diz respeito a uma moral
jur’dica, consubstanciada em regras de conduta extra’das da
disciplina interior da Administra•‹o 5 . Ou seja, deve ser
compreendida de modo objetivo, independente da no•‹o subjetiva
do agente sobre o que Ž certo ou errado em termos Žticos Ð moral
comum.
Embora tenha sido previsto na CF como um princ’pio aut™nomo, Ž
poss’vel entender a moralidade administrativa como fator de
legalidade. Nesse sentido, o TJSP j‡ decidiu que Òo controle
jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato
administrativo; mas por legalidade ou legitimidade se entende n‹o
s— a conforma•‹o do ato com a lei, como tambŽm com a moral
administrativa e com o interesse coletivo Ó.6
11)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
A moralidade administrativa deve ser observada tanto pelos
agentes pœblicos quanto pelo particular ao se relacionar com a
Administra•‹o.
12)! Existem normas infraconstitucionais estabelecendo regras
relativas ˆ moralidade administrativa? ƒ imprescind’vel que
existam regras versando sobre a moralidade para que a
conduta do administrador seja pautada e avaliada sob tal
—tica?
Existem diversas normas infraconstitucionais que estabelecem
regras relativas ˆ moralidade, como, no ‰mbito federal, a Lei
12.813/2013 (Lei de Conflito de Interesses), o Decreto 6.029/2007
(institui o Sistema de Gest‹o da ƒtica do Poder Executivo Federal),
alŽm de alguns dispositivos da Lei 9.784/99 (Lei do Processo
Administrativo Federal) e da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores
Pœblicos Federais).
Outro exemplo importante Ž a Lei 8.429/1992, de aplica•‹o
nacional e conhecida como ÓLei de Improbidade AdministrativaÓ,
que Òdisp›e sobre as san•›es aplic‡veis aos agentes pœblicos nos
casos de enriquecimento il’cito no exerc’cio de mandato, cargo,
emprego ou fun•‹o na administra•‹o pœblica direta, indireta ou
fundacional e d‡ outras provid•nciasÓ.

4
Maurice Hauriou, PrŽcis Elementaires de Droit Administratif, Paris, 1926, pp. 197 e ss apud Meirelles,
2014, p. 92.
5
Meirelles, 2014, p. 92.
6
TJSP, RDA 89/134 apud Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. S‹o Paulo,
Malheiros Editores: 2005, p. 91.

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Vale esclarecer, entretanto, que a conduta do administrador deve


estar pautada pela moralidade mesmo que n‹o haja norma
positivada proibindo tal conduta, sob pena de anula•‹o do ato
imoral por parte do Judici‡rio (caso provocado) ou pela pr—pria
Administra•‹o, em decorr•ncia de seu poder de autotutela.
Inclusive a sœmula vinculante 13 foi editada a partir do
entendimento do STF de que a veda•‹o ao nepotismo decorre da
interpreta•‹o direta de diversos princ’pios constitucionais, dentre
eles, o da moralidade, embora n‹o haja proibi•‹o espec’fica e
expressa de tal pr‡tica na Constitui•‹o. Vejamos o teor da sœmula:
Sœmula Vinculante 13:
A nomea•‹o de c™njuge, companheiro ou parente em linha
0 afinidade, atŽ o terceiro grau, inclusive,
reta, colateral ou por
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jur’dica investido em cargo de dire•‹o, chefia ou
assessoramento, para o exerc’cio de cargo em comiss‹o ou de
confian•a ou, ainda, de fun•‹o gratificada na administra•‹o
pœblica direta e indireta em qualquer dos Poderes da Uni‹o,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios,
compreendido o ajuste mediante designa•›es rec’procas,
viola a Constitui•‹o Federal.

ƒ importante destacar que Òajuste mediante designa•›es


rec’procasÓ diz respeito ao nepotismo transverso (ou nepotismo
cruzado).
AlŽm disso, cumpre esclarecer que ficaram de fora da proibi•‹o
estabelecida na sœmula as nomea•›es de parente para a ocupa•‹o
de cargos de natureza eminentemente pol’tica Ð como os de
Ministro ou Secret‡rio Estadual ou Municipal Ð, ao contr‡rio dos
cargos e fun•›es de confian•a em geral, que possuem natureza
precipuamente administrativa.
13)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos
cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?
Sim, mediante o instrumento da a•‹o popular, para que qualquer
cidad‹o busque a anula•‹o de ato lesivo ˆ moralidade
administrativa Ð CF, art. 5¼, inciso LXXIII:
LXXIII - qualquer cidad‹o Ž parte leg’tima para propor a•‹o
popular que vise a anular ato lesivo ao patrim™nio pœblico ou
de entidade de que o Estado participe, ˆ moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrim™nio hist—rico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada m‡-fŽ, isento de
custas judiciais e do ™nus da sucumb•ncia;

14)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade


administrativa? Comente.
Relacionada ˆ moralidade administrativa temos a probidade
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administrativa, que tambŽm deve nortear a conduta do gestor. A


conduta imoral do administrador poder‡ ser enquadrada como ato
de improbidade.
Sobre o tema, a CF estabelece que os atos de improbidade
administrativa, alŽm de importarem a a•‹o penal cab’vel,
resultar‹o na suspens‹o dos direitos pol’ticos, na perda da fun•‹o
pœblica, na indisponibilidade de bens e no ressarcimento ao er‡rio
(art. 37, ¤ 4¼):
¤ 4¼ Os atos de improbidade administrativa importar‹o a
suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na
forma e grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o
penal cab’vel.

Regulamentando esse dispositivo Ž que foi editada a Lei


8.429/1992.
ƒ importante notar, ainda, que o dispositivo fala em Òsuspens‹oÓ
dos direitos pol’ticos, e n‹o ÒperdaÓ de tais direitos, sendo
conveniente lembrar, alŽm disso, que a Òcassa•‹oÓ de direitos
pol’ticos Ž vedada pela CF, art. 15, caput:
Art. 15. ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos, cuja perda
ou suspens‹o s— se dar‡ nos casos de:

15)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade


administrativa?
O MinistŽrio Pœblico atua na defesa da moralidade administrativa
mediante a•‹o civil pœblica. Embora a CF n‹o fale expressamente
em Òmoralidade administrativaÓ ao tratar de tal instrumento
(CF/88, art. 129, III Ð ÒS‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio
Pœblico: (...) promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para
a prote•‹o do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivosÓ), a Lei Org‰nica do MinistŽrio
Pœblico disp›e que incube ao Parquet Òpromover o inquŽrito civil e
a a•‹o civil pœblica, na forma da lei (...) para a anula•‹o ou
declara•‹o de nulidade de atos lesivos ao patrim™nio pœblico ou ˆ
moralidade administrativa do Estado ou de Munic’pio, de suas
administra•›es indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas
de que participemÓ (Lei 8.625/93, art. 25, inciso IV, al’nea ÒbÓ).
16)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?
Imp›e que a Administra•‹o confira a mais ampla divulga•‹o de
seus atos aos interessados diretos e ao povo em geral,
possibilitando-lhes, assim, controlar a conduta dos agentes
administrativos.
17)! A publicidade Ž considerada elemento de forma•‹o do ato

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administrativo?
A publicidade n‹o Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo (ou seja, um elemento que lhe confere validade),
mas somente requisito de efic‡cia (ou seja, um requisito que lhe
permite produzir seus efeitos).
18)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na
Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
Inicialmente, cumpre esclarecer que se alinha ao princ’pio da
publicidade o direito fundamental ˆ informa•‹o previsto na CF, art.
5¼, inciso XXXIII:
XXXIII - todos t•m direito a receber dos —rg‹os pœblicos
informa•›es de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que ser‹o prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado;

TambŽm alinha-se ao princ’pio da publicidade o disposto na CF,


art. 5¼, inciso LX:
LX - a lei s— poder‡ restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral


deve ser a transpar•ncia na Administra•‹o Pœblica e, somente em
situa•›es excepcionais, a lei (necessariamente, n‹o pode ser ato
infralegal) pode estabelecer situa•›es em que o sigilo Ž justific‡vel
Ð quando imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado
(CF/88, art. 5¼, inciso XXXIII - j‡) ou quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5¼, inciso LX).
19)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o
concretizam o princ’pio da publicidade?
De acordo com Carvalho Filho7, o direito de peti•‹o, previsto na
CF, art. 5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ, concretiza o mencionado
princ’pio na medida em que, por meio das peti•›es, os indiv’duos
podem dirigir-se aos —rg‹os administrativos para formular
qualquer tipo de postula•‹o.
Por sua vez, o autor esclarece que as certid›es (CF, art. 5¼, inciso
XXXIV, al’nea ÒbÓ), expedidas pela Administra•‹o, registram a
verdade dos fatos administrativos, cuja publicidade permite aos
administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de
certas situa•›es.

7
Carvalho Filho, 2016, p. 27.

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Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:


XXXIV - s‹o a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas:
a) o direito de peti•‹o aos Poderes Pœblicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obten•‹o de certid›es em reparti•›es pœblicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situa•›es de interesse
pessoal;

20)! O princ’pio da publicidade se confunde com a publica•‹o de


atos?
N‹o se confunde o princ’pio da publicidade com a simples
publica•‹o de atos. Enquanto aquele exige uma atua•‹o
transparente por parte da Administra•‹o, esta Ž apenas uma
forma de se dar publicidade aos atos administrativos (por
exemplo, publica•‹o no di‡rio oficial do ente federativo).
21)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o
de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
O Supremo Tribunal Federal entende que a divulga•‹o nominal da
remunera•‹o de autoridades e servidores pœblicos em s’tio
eletr™nico da internet n‹o viola sua intimidade, vida privada e
seguran•a pessoal e familiar a ponto de ser considerada il’cita.
Cumpre destacar que a Corte considerou l’cita a divulga•‹o do
nome e da remunera•‹o do agente pœblico, mas n‹o de seu CPF,
identidade e endere•o residencial (STF, SS 3.902 AgR)8.
22)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
Imp›e que a Administra•‹o exer•a sua atividade com presteza,
perfei•‹o, rendimento funcional, produtividade, qualidade,
desburocratiza•‹o, de forma a obter o melhor resultado poss’vel
no atendimento do interesse pœblico. Preceitua a adequa•‹o dos
meios empregados aos fins vislumbrados, a pondera•‹o da rela•‹o
custo/benef’cio da a•‹o.
O princ’pio da efici•ncia est‡ relacionado ao modelo de
administra•‹o pœblica gerencial e alcan•a n‹o somente os servi•os
pœblicos prestados diretamente ˆ coletividade, mas tambŽm os
servi•os administrativos internos da Administra•‹o.
23)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?
Princ’pio da qualidade dos servi•os pœblicos.
24)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do

8
STF, SS 3.902 AgR segundo, rel. min. Ayres Britto, j. 9/6/2011, P, DJE de 3/10/2011; = RE 586.424 ED,
rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-2-2015, 2» T, DJE de 12-3-2015.

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princ’pio da efici•ncia?
Alguns desdobramentos constitucionais do princ’pio da efici•ncia:
a) a possibilidade de reclama•‹o relativa a presta•‹o dos servi•os
pœblicos e de avalia•‹o peri—dica, interna e externa, da qualidade
dos servi•os, consoante art. 37, ¤3¼, incisos I a III:
¤ 3¼ A lei disciplinar‡ as formas de participa•‹o do usu‡rio na
administra•‹o pœblica direta e indireta, regulando
especialmente:
I - as reclama•›es relativas ˆ presta•‹o dos servi•os pœblicos
em geral, asseguradas a manuten•‹o de servi•os de
atendimento ao usu‡rio e a avalia•‹o peri—dica, externa e
interna, da qualidade dos servi•os;
II - o acesso dos usu‡rios a registros administrativos e a
informa•›es sobre atos de governo, observado o disposto no
art. 5¼, X e XXXIII;
III - a disciplina da representa•‹o contra o exerc’cio
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun•‹o na
administra•‹o pœblica.

b) a possibilidade de celebra•‹o de contratos de gest‹o como


forma de ampliar a autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira
de —rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta, com
fixa•‹o de metas de desempenho e controles e critŽrios para sua
avalia•‹o, consoante art. 37, ¤8¼, incisos I a III:
¤ 8¼ A autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira dos
—rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta poder‡
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder pœblico, que tenha por objeto a
fixa•‹o de metas de desempenho para o —rg‹o ou entidade,
cabendo ˆ lei dispor sobre:
I - o prazo de dura•‹o do contrato;
II - os controles e critŽrios de avalia•‹o de desempenho,
direitos, obriga•›es e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remunera•‹o do pessoal.

c) a determina•‹o aos entes federados que mantenham escolas de


governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos servidores
pœblicos, bem como a exig•ncia de que estes participem de cursos
de aperfei•oamento com condi•‹o de promo•‹o na carreira,
consoante art. 39, ¤2¼:
¤ 2¼ A Uni‹o, os Estados e o Distrito Federal manter‹o
escolas de governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos
servidores pœblicos, constituindo-se a participa•‹o nos cursos
um dos requisitos para a promo•‹o na carreira, facultada,
para isso, a celebra•‹o de conv•nios ou contratos entre os
entes federados.

d) a possibilidade de aplica•‹o de recursos or•ament‡rios


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provenientes da economia com despesas correntes em cada —rg‹o,


autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no desenvolvimento de
programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, moderniza•‹o, reaparelhamento e racionaliza•‹o
do servi•o pœblico, inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade, a ser disciplinada em lei da Uni‹o, dos Estados, do
DF e dos Munic’pios, consoante art. 39, ¤7¼:
¤ 7¼ Lei da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios disciplinar‡ a aplica•‹o de recursos or•ament‡rios
provenientes da economia com despesas correntes em cada
—rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, moderniza•‹o,
reaparelhamento e racionaliza•‹o do servi•o pœblico,
inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade.

e) possibilidade de perda do cargo do servidor est‡vel por


insufici•ncia de desempenho aferido em avalia•‹o peri—dica,
consoante art. 41, ¤ 1¼, inciso III:
¤ 1¼ O servidor pœblico est‡vel s— perder‡ o cargo:
(...)
III - mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

f) necessidade de avalia•‹o especial de desempenho para


aquisi•‹o de estabilidade por parte do servidor pœblico, consoante
art. 41, ¤4¼:
¤ 4¼ Como condi•‹o para a aquisi•‹o da estabilidade, Ž
obrigat—ria a avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o
institu’da para essa finalidade.

25)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o


Pœblica?
a) controle externo Ð Poder Legislativo e tribunais de Contas (art.
70, caput e art. 71, caput);
b) sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74, inciso II);
c) controle judicial Ð JosŽ dos Santos Carvalho Filho entende que
ocorrer desde que haja comprovada ilegalidade9.
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 70. A fiscaliza•‹o cont‡bil, financeira, or•ament‡ria,
operacional e patrimonial da Uni‹o e das entidades da
administra•‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade,
legitimidade, economicidade, aplica•‹o das subven•›es e

9
Carvalho Filho, 2016, p. 33.

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renœncia de receitas, ser‡ exercida pelo Congresso Nacional,


mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
(...)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,
ser‡ exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o,
ao qual compete:
(...)
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judici‡rio
manter‹o, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
(...)
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto ˆ
efic‡cia e efici•ncia, da gest‹o or•ament‡ria, financeira e
patrimonial nos —rg‹os e entidades da administra•‹o federal,
bem como da aplica•‹o de recursos pœblicos por entidades de
direito privado;

26)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica?


Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos no caput
do art. 37 da CF?
Os princ’pios impl’citos s‹o aqueles reconhecidos pela doutrina e
jurisprud•ncia. Possuem a MESMA relev‰ncia que os princ’pios
expressos.
27)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
Preceitua que o interesse pœblico deve prevalecer sobre o privado
sempre que houver conflito entre eles nas rela•›es verticais
(rela•‹o entre Administra•‹o e administrado), com vistas ao
benef’cio da coletividade, respeitando-se sempre, por —bvio, os
direitos e garantias individuais.
Como se manifesta precipuamente nas rela•›es verticais, n‹o
incide diretamente quando a Administra•‹o atua internamente
(porque n‹o h‡ rela•‹o com administrado criando obriga•›es ou
restri•›es) ou na condi•‹o de agente econ™mico Ð porque nesse
caso tal atua•‹o Ž regida eminentemente pelo direito privado,
consoante CF, art. 173, ¤1¼, inciso II:
¤ 1¼ A lei estabelecer‡ o estatuto jur’dico da empresa pœblica,
da sociedade de economia mista e de suas subsidi‡rias que
explorem atividade econ™mica de produ•‹o ou
comercializa•‹o de bens ou de presta•‹o de servi•os,
dispondo sobre:
(...)
II - a sujei•‹o ao regime jur’dico pr—prio das empresas

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privadas, inclusive quanto aos direitos e obriga•›es civis,


comerciais, trabalhistas e tribut‡rios;

ƒ importante destacar que, indiretamente, a supremacia do


interesse pœblico est‡ presente em toda atividade estatal.
28)! O que preceitua o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico? Qual suas implica•›es?
Que as pessoas administrativas n‹o possuem a disponibilidade dos
interesses pœblicos confiados ˆ sua guarda e realiza•‹o,
exatamente porque os bens e interesse pœblicos n‹o pertencem ˆ
Administra•‹o nem a seus agentes (cabe-lhes apenas geri-los,
conserv‡-los e por eles velar em prol da coletividade, que Ž sua
verdadeira titular).
O princ’pio da indisponibilidade implica que os poderes atribu’dos ˆ
Administra•‹o possuem o car‡ter de poder-dever, ou seja, que ela
n‹o pode deixar de exercer, sob pena de responder por omiss‹o
(por exemplo, a autoridade n‹o pode renunciar ao exerc’cio das
compet•ncias que lhe s‹o outorgadas por lei; n‹o pode deixar de
punir quando constate a pr‡tica de il’cito administrativo etc.).
29)! Qual o conceito de interesse pœblico? O que Ž interesse
pœblico prim‡rio? E o interesse pœblico secund‡rio?
ÒInteresse pœblicoÓ n‹o possui um conceito exato, por isso a
doutrina, em geral, o identifica como um conceito jur’dico
indeterminado. Pode ser entendido como o conjunto de interesses
dos indiv’duos enquanto membros da sociedade.
Interesses pœblicos prim‡rios s‹o os interesses imediatos, os
interesses diretos de toda a sociedade, sintetizados nos fins para
os quais o Estado foi concebido, como, por exemplo, entregar
justi•a, seguran•a e bem-estar social.
Por sua vez, o interesse pœblico secund‡rio Ž o interesse do Estado
enquanto pessoa jur’dica figurando como parte em uma rela•‹o
jur’dica no atendimento de suas conveni•ncias internas. Possui
car‡ter eminentemente patrimonial (maximizar as receitas e
minimizar os gastos), de interesse do er‡rio.
O interesse pœblico prim‡rio n‹o coincide, necessariamente, com o
interesse secund‡rio do Estado, de modo que o interesse pœblico
secund‡rio s— Ž leg’timo quando n‹o Ž contr‡rio ao interesse
pœblico prim‡rio.
30)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e
de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?
O princ’pio da presun•‹o de legitimidade e de veracidade preceitua
que os atos da Administra•‹o Pœblica devem ser considerados

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leg’timos, verdadeiros e legais atŽ que se prove ao contr‡rio (essa


presun•‹o n‹o Ž absoluta, portanto, mas relativa ou juris tantum).
Pode-se apontar como decorr•ncia da presun•‹o de legitimidade a
regra insculpida na CF, art. 19, inciso II:
II - ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Munic’pios (...) recusar fŽ aos documentos pœblicos.

31)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?


Imp›e que a Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar
seus pr—prios atos, inclusive de of’cio, e abrange o poder de
anular, convalidar e revogar seus atos administrativos, podendo
envolver, portanto, aspectos tanto de legalidade quanto de mŽrito
ato.
A autotutela est‡ consagrada nas sœmulas 473 e 346 do STF:
Sœmula 473:
A Administra•‹o pode anular seus pr—prios atos, quando
eivados de v’cios que os tornam ilegais, porque deles n‹o se
originam direitos; ou revog‡-los, por motivo de conveni•ncia
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a aprecia•‹o judicial.

Sœmula 346:
A administra•‹o pœblica pode declarar a nulidade dos seus
pr—prios atos.

32)! Qual a rela•‹o do princ’pio da autotutela com o princ’pio do


contradit—rio e ampla defesa?
No exerc’cio da autotutela, a Administra•‹o deve assegurar prŽvio
contradit—rio e ampla defesa ao administrado que venha a ser
prejudicado pela anula•‹o ou revoga•‹o do ato administrativo.
33)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.
N‹o. O poder de tutela Ž caracterizado pela supervis‹o (controle
de natureza final’stica, tambŽm chamado de Òsupervis‹o
ministerialÓ) realizada pela administra•‹o direta sobre as entidades
da administra•‹o indireta. J‡ a autotutela preceitua que a
Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar seus
pr—prios atos.
34)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os
pœblicos?
Imp›e que a presta•‹o de servi•os pœblicos (tanto a realizada
diretamente pela Administra•‹o, quanto a delegada a particulares)
n‹o deve ser interrompida ou paralisada, j‡ que consubstancia
atividades essenciais ˆ coletividade.

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Desse princ’pio decorrem consequ•ncias importantes10:


a)! a proibi•‹o relativa de greve nos servi•os pœblicos, j‡ que o
art. 37, inciso VII da CF determina que tal direito ser‡ exercido
Ònos termos e nos limites definidos em lei espec’ficaÓ. Vejamos o
teor do dispositivo, pra fins de fixa•‹o:
VII - o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites
definidos em lei espec’fica;

Inclusive, sobre o direito de greve dos servidores, convŽm


destacar que o STF proferiu recente entendimento no sentido de
que os dias parados por greve de servidor devem ser descontados,
exceto se houver acordo de compensa•‹o11.
b)! necessidade de institutos como a supl•ncia, a delega•‹o e a
substitui•‹o para preencher as fun•›es pœblicas temporariamente
vagas;
c)! a impossibilidade da invoca•‹o, por parte de quem contrata
com a Administra•‹o Pœblica, da exce•‹o do contrato n‹o
cumprido nos contratos que tenham por objeto a execu•‹o de
servi•o pœblico;
d)! a faculdade da Administra•‹o de utilizar os equipamentos e
instala•›es da empresa que com ela contrata, para assegurar a
continuidade dos servi•os pœblicos, bem como a possibilidade de
encampa•‹o da concess‹o de servi•o pœblico, para atingir a
mesma finalidade.
35)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e
proporcionalidade?
Razoabilidade: imp›e que haja compatibilidade entre os meios
empregados e os fins visados na atua•‹o da Administra•‹o, a fim
de evitar excessos, abusos, arbitrariedades.
Proporcionalidade: imp›e que os agentes pœblicos n‹o ultrapassem
os limites adequados ao fim pretendido, de maneira a evitar o
excesso de poder. ƒ fundamentado em tr•s aspectos:
a)!Adequa•‹o: compatibilidade entre o meio empregado e o fim
vislumbrado;
b)!Exigibilidade ou necessidade: a conduta deve ser necess‡ria e a
que cause menos preju’zo aos indiv’duos;
c)!Proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens a serem
alcan•adas devem superar as desvantagens.
ƒ importante destacar que razoabilidade e proporcionalidade s‹o

10
Di Pietro, 2016, p. 102.
11
STF, RE 693.456.

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conceitos muito parecidos, de modo que alguns autores entendem


que esta seria uma das vertentes daquela.
Esses princ’pios s‹o muito utilizados no controle da
discricionariedade da Administra•‹o. Trata-se de controle de
legalidade ou legitimidade, n‹o de mŽrito (o ato desarrazoado ou
desproporcional deve ser anulado, e n‹o revogado).
36)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
O princ’pio da motiva•‹o preceitua que, como regra, todos os atos
da Administra•‹o devem ser justificados (tanto os vinculados como
os discricion‡rios), devendo ser expressamente indicados os
pressupostos de fato e de direito que o motivam, permitindo,
assim, o controle da legalidade e da moralidade de tais atos, bem
como o exerc’cio do contradit—rio e da ampla defesa por parte do
administrado.
H‡ casos em que a motiva•‹o do ato Ž dispensada. Ex:
Exonera•‹o de servidor ocupante de cargo em comiss‹o de livre
nomea•‹o e exonera•‹o.
Embora n‹o expressamente prevista no art. 37 da Carta Magna, a
motiva•‹o Ž mencionada na CF, art. 93, inciso X, que prescreve
que
X - as decis›es administrativas dos tribunais ser‹o motivadas
e em sess‹o pœblica, sendo as disciplinares tomadas pelo
voto da maioria absoluta de seus membros

Tal regra tambŽm Ž aplic‡vel ao MinistŽrio Pœblico por for•a do art.


129, ¤4¼ da CF:
¤ 4¼ - aplica-se ao MinistŽrio Pœblico, no que couber, o
disposto no art. 93.

37)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?


O postulado da seguran•a jur’dica imp›e que a Administra•‹o deve
buscar respeitar situa•›es consolidadas no tempo, as rela•›es
jur’dicas constitu’das, amparadas pela boa-fŽ do cidad‹o.
Exemplos de concretiza•‹o do princ’pio da seguran•a jur’dica:
a) Institutos da prescri•‹o e decad•ncia;
b) Sœmula vinculante (CF, art. 103-A);
c) Prote•‹o ao ato jur’dico perfeito, direito adquirido e coisa
julgada (art. 5¼, inciso XXXVI).
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 5¼ (...)
XXXVI - a lei n‹o prejudicar‡ o direito adquirido, o ato

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jur’dico perfeito e a coisa julgada;


(...)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder‡, de of’cio ou
por provoca•‹o, mediante decis‹o de dois ter•os dos seus
membros, ap—s reiteradas decis›es sobre matŽria
constitucional, aprovar sœmula que, a partir de sua publica•‹o
na imprensa oficial, ter‡ efeito vinculante em rela•‹o aos
demais —rg‹os do Poder Judici‡rio e ˆ administra•‹o pœblica
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,
bem como proceder ˆ sua revis‹o ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei.
¤ 1¼ A sœmula ter‡ por objetivo a validade, a interpreta•‹o e
a efic‡cia de normas determinadas, acerca das quais haja
controvŽrsia atual entre —rg‹os judici‡rios ou entre esses e a
administra•‹o pœblica que acarrete grave inseguran•a
jur’dica e relevante multiplica•‹o de processos sobre quest‹o
id•ntica.
¤ 2¼ Sem preju’zo do que vier a ser estabelecido em lei, a
aprova•‹o, revis‹o ou cancelamento de sœmula poder‡ ser
provocada por aqueles que podem propor a a•‹o direta de
inconstitucionalidade.
¤ 3¼ Do ato administrativo ou decis‹o judicial que contrariar a
sœmula aplic‡vel ou que indevidamente a aplicar, caber‡
reclama•‹o ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anular‡ o ato administrativo ou cassar‡ a decis‹o
judicial reclamada, e determinar‡ que outra seja proferida
com ou sem a aplica•‹o da sœmula, conforme o caso.

38)! O que preceitua o princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a?


O princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a leva em conta a boa-fŽ do
cidad‹o, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder
Pœblico sejam l’citos e, nessa qualidade, ser‹o mantidos e
respeitados pela pr—pria Administra•‹o e por terceiros12.
Trata-se, assim, de princ’pio que corresponde ao aspecto subjetivo
da seguran•a jur’dica.
39)! O que preceitua o princ’pio da sindicabilidade?
Preceitua que os atos da Administra•‹o podem ser controlados Ð
via controle judicial, controle externo (Poder Legislativo + Tribunal
de Contas) e/ou controle interno Ð, englobando, ainda, o poder de
autotutela, por meio do qual a Administra•‹o anula (em caso de
ilegalidade) ou revoga (por raz›es de conveni•ncia e
oportunidade) seus pr—prios atos.
...
Grande abra•o e bons estudos!

12
Di Pietro, 2016, p. 117-118.

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ÒA satisfa•‹o reside no esfor•o, n‹o no resultado


obtido. O esfor•o total Ž a plena vit—ria.Ó
(Mahatma Gandhi)

Tœlio Lages ==0==

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ANEXO I Ð LISTA DE QUESTÍES

1.(Cespe/2014/MDIC/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que


concerne a licita•‹o, ao controle da administra•‹o pœblica e ao regime
jur’dico-administrativo, julgue o item.
Os princ’pios da administra•‹o pœblica expressamente dispostos na CF
n‹o se aplicam ˆs sociedades de economia mista e ˆs empresas
pœblicas, em raz‹o da natureza eminentemente empresarial dessas
entidades.
2.(Cespe/2015/FUB/ASSITENTE) A administra•‹o pœblica Ž regida
por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da Federa•‹o:
Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o a esse
assunto, julgue o item subsecutivo.
A pretexto de atuar eficientemente, Ž poss’vel que a administra•‹o
pratique atos n‹o previstos na legisla•‹o.
3.(Cespe/2016/TCE/PA/AUXILIAR TƒCNICO DE CONTROLE
EXTERNO) No que se refere aos princ’pios da administra•‹o pœblica,
julgue o item subsequente.
O princ’pio da efici•ncia norteia essencialmente a presta•‹o de servi•os
pœblicos ˆ coletividade, sem impactar, necessariamente, rotinas e
procedimentos internos da administra•‹o.
4.(Cespe/2017/SEDF/TƒCNICO DE GESTÌO EDUCACIONAL) Em
rela•‹o aos princ’pios da administra•‹o pœblica e ˆ organiza•‹o
administrativa, julgue o item que se segue.
O administrador, quando gere a coisa pœblica conforme o que na lei
estiver determinado, ciente de que desempenha o papel de mero gestor
de coisa que n‹o Ž sua, observa o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico.
5.(Cespe/2014/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO) Acerca do
regime jur’dico administrativo e dos atos administrativos, julgue o
pr—ximo item.
Viola o princ’pio da impessoalidade a edi•‹o de ato administrativo que
objetive a satisfa•‹o de interesse meramente privado..
6.(Cespe/2014/CADE/AGENTE ADMNISTRATIVO) Com rela•‹o ao
direito administrativo, julgue o item seguinte.
Ainda que as sociedades de economia mista sejam pessoas jur’dicas de
direito privado com capital composto por capital pœblico e privado, a
elas aplicam-se os princ’pios expl’citos da administra•‹o pœblica.
7.(Cespe/2015/MPU/TƒCNICO DO MPU) Com rela•‹o ˆ Žtica e ˆ
fun•‹o pœblica, julgue o seguinte item.

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Os atos administrativos praticados por —rg‹os do Poder Executivo, do


Poder Legislativo e do Poder Judici‡rio devem observar os princ’pios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da
efici•ncia.
8.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) A administra•‹o pœblica Ž
regida por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da
Federa•‹o: Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o
a esse assunto, julgue o item subsecutivo.
O princ’pio da legalidade limita a atua•‹o do Estado ˆ legisla•‹o
existente.
9.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) A administra•‹o pœblica Ž
regida por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da
Federa•‹o: Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o
a esse assunto, julgue o item subsecutivo.
De acordo com o princ’pio da moralidade, os agentes pœblicos devem
atuar de forma neutra, sendo proibida a atua•‹o pautada pela
promo•‹o pessoal.
10.(Cespe/2016/INSS/TƒCNICO DO SEGURO SOCIAL) Julgue o
item que se segue, acerca da administra•‹o pœblica.
Na an‡lise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de
todo ato da administra•‹o pœblica, Ž imprescind’vel avaliar a inten•‹o
do agente.
11.(Cespe/2013/AGENTE PENINTENCIçRIO FEDERAL) Com
refer•ncia ˆ administra•‹o pœblica e seus agentes, julgue o item
subsequente.
O princ’pio da impessoalidade, referido na Constitui•‹o Federal de
1988, nada mais Ž que o cl‡ssico princ’pio da finalidade, o qual imp›e
ao administrador pœblico que s— pratique o ato para o seu fim legal. E o
fim legal Ž unicamente aquele que a norma de direito indica como
objetivo do ato, de forma impessoal.
12.(CESPE/2012/ANAC/TƒCNICO ADMINISTRATIVO) Com
rela•‹o ˆ administra•‹o pœblica e sua regulamenta•‹o constitucional,
julgue o seguinte item.
Conforme o texto constitucional, a administra•‹o pœblica dever‡
obedecer aos princ’pios da efici•ncia, da publicidade, da moralidade, da
impessoalidade e da legalidade.
13.(Cespe/2014/PF/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considerando
que o DPF Ž —rg‹o respons‡vel por exercer as fun•›es de pol’cia
judici‡ria da Uni‹o, julgue o item a seguir.
O DPF, em raz‹o do exerc’cio das atribui•›es de pol’cia judici‡ria, n‹o
se submete ao princ’pio da publicidade, sendo garantido sigilo aos atos
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praticados pelo —rg‹o.


14.(Cespe/2015/MPU/TƒCNICO DO MPU) O servidor respons‡vel
pela seguran•a da portaria de um —rg‹o pœblico desentendeu-se com a
autoridade superior desse —rg‹o. Para se vingar do servidor, a
autoridade determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os dados
completos de todas as pessoas que entrassem e sa’ssem do im—vel.
Com refer•ncia a essa situa•‹o hipotŽtica, julgue o item que se segue.
O ato praticado pela autoridade superior, como todos os atos da
administra•‹o pœblica, est‡ submetido ao princ’pio da moralidade,
entretanto, considera•›es de cunho Žtico n‹o s‹o suficientes para
invalidar ato que tenha sido praticado de acordo com o princ’pio da
legalidade.
15.(Cespe/2015/FUB/ASSISTENTE) A administra•‹o pœblica Ž
regida por princ’pios fundamentais que atingem todos os entes da
Federa•‹o: Uni‹o, estados, munic’pios e o Distrito Federal. Com rela•‹o
a esse assunto, julgue o item subsecutivo.
Apesar de o princ’pio da moralidade exigir que os atos da administra•‹o
pœblica sejam de ampla divulga•‹o, veda-se a publicidade de atos que
violem a vida privada do cidad‹o.

GABARITO QUESTÍES OBJETIVAS

1.E. 2. E 3. E

4. C 5. C 6.C

7.C 8.C 9.E

10.E 11.C 12.C

13.E 14.E 15.E

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Refer•ncias Bibliogr‡ficas

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direito constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense;
S‹o Paulo: MƒTODO, 2013.
ALVES, Erick. Direito Administrativo p/ AFRFB Ð 2017. EstratŽgia
Concursos.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo.
5. ed. Bras’lia: STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CARVALHO FILHO, JosŽ dos Santos. Manual de Direito Administrativo.
30. ed. S‹o Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo
Horizonte: F—rum, 2016.
JUSTEN FILHO, Mar•al. Curso de direito administrativo. 10. ed. S‹o
Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Ag•ncias reguladoras e o poder
normativo. 1. ed. S‹o Paulo: Baraœna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. S‹o Paulo:
Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. S‹o
Paulo: Malheiros, 2014.

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