Sie sind auf Seite 1von 20

APOSTILA DO

CURSO DE

GINÁSTICA
LABORAL

Prof.a Ms. Kristiane Franchi


kri70@unifor.br
QUALIDADE DE VIDA (QV)

 QV é como “uma noção eminentemente humana, que tem


sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida
familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética
existencial”. (MINAYO et al., 2000)
 QV é o sentimento positivo geral e entusiasmo pela vida,
sem que haja fadiga nas atividades rotineiras. (BARBANTI,
1994)

Sa ú d e
Condição equilibrada de bem estar físico, emocional,
espiritual e social com ausência de doenças, incapacitação e
de disfunção.

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO


Busca pelo equilíbrio físico, psíquico e social, onde são
respeitadas as necessidades e limitações dos trabalhadores
visando o crescimento pessoal e profissional sem traumas.

A OMS (1999) define um ambiente de trabalho saudável


como um lugar em que todos trabalham juntos para
alcançar uma visão comum de saúde e bem-estar, incluindo
não só os trabalhadores, mas também sua comunidade.
“DURAS CONSEQUÊNCIAS DA RELAÇÃO
HOMEM-TRABALHO”

A exaustão física, mental e emocional que acomete a


maioria dos trabalhadores pode ser relacionada diretamente
aos elevados índices de acidentes de trabalho (inclusive
óbitos), entre os quais as doenças ocupacionais, que já
adquiriram atualmente no Brasil caráter epidêmico
importante.

Cerca de dois milhões de indivíduos morrem a cada ano por


causa do trabalho, sendo que a maioria das mortes
relacionadas ao trabalho, aos acidentes de trabalho e às
enfermidades profissionais poderia ser prevenida.
OIT (2003)

CUSTOS DA BAIXA QUALIDADE DE VIDA


(OIT,2000)

 OBESOS - 85% + em tempo de internação;


86% + em despesas de saúde.
 SEDENTÁRIOS - 54% + em internação;

36% em despesas de saúde.


 FUMANTES - 114% + em internação;

26% + em despesas de saúde;


40% + em absenteísmo.

- R$ 12, 5 bilhões / ano - acidentes de trabalho


e doenças profissionais
- R$ 10 bilhões / ano - tempo perdido, absenteísmo, h. extra ,
etc...
ALGUNS CONCEITOS EMPRESARIAIS
 QUALIDADE - um produto ou serviço de qualidade é aquele
que atende perfeitamente, de forma confiável, acessível,
segura e no tempo certo às necessidades do cliente;

 PRODUTIVIDADE - é produzir máxima qualidade pelo


menor custo possível;

 COMPETITIVIDADE - significa ter a maior produtividade


entre todos os concorrentes. O que garante a sobrevivência
das empresas é a garantia de sua competitividade.

* A melhoria da qualidade aumenta a produtividade, portanto


incrementa a competitividade. (Deming)
A produtividade só aumenta mediante capital e conhecimento
(educação - meio).

Duas concepções sobre organizações competitivas:


 CONCEPÇÃO TRADICIONAL- visa acima de tudo ao
aumento de riqueza dos acionistas e seus interesses
próprios (Taylor, Fayol e Ford). Concepções do ser humano
são do homo-economicus e do homo faber. Separou a
mente que cria da mão que executa.
(Cañete, 2001)

VISÃO TRANSFORMADA - visa atender aos diversos


interesses e necessidades de todos os envolvidos nas
organizações: acionistas, funcionários , consumidores e
sociedade. Homo-humanus, há o comprometimento quanto
à sobrevivência da organização e da rede social em que
estão inseridas.
INDIVÍDUO E TRABALHO:
UMA RELAÇÃO MULTIDIMENSIONAL
A relação entre a carga de trabalho e a capacidade para o
trabalho é influenciada por uma interação entres fatores
internos e externos:

 FATORES SOMÁTICOS - sexo, idade , saúde, dimensões


corporais.

 FATORES PSÍQUICOS - atitude, motivação.

 MEIO AMBIENTE - altitude, calor, frio, barulho, poluição do


ar.

 NATUREZA DO TRABALHO - intensidade, duração,


técnica, posição, ritmo, horário.

FATORES LABORAIS ESTRESSORES


Segundo Kalimo (1987):

 Carga de trabalho
 Organização e gerenciamento
 Papéis desempenhados
 Problemática referente à carreira

Atividades para a melhoria da QVT


(European Agency for Safety and Health at Work - EASHW , 2001)

 Diagnósticos médicos e exames de saúde;


 Avaliação da capacidade funcional dos trabalhadores e das
exigências do trabalho;
 Treinamento constante;
 Desenvolvimento de políticas de reabilitação;
 Manutenção segura e saudável do ambiente de trabalho;
 Promoção da saúde (ex: modificação do comportamento de
risco, educação sobre saúde, desenvolvimento de política
salutar, programas de atividades físicas);
 Design do posto/ambiente de trabalho.

DENTRE ESTAS AÇÕES DESTACAMOS:

 Atividades Físicas para manutenção da saúde e grupos


especiais
 Atividades recreativas para integração
 Atividade relaxante para gerenciamento do stress
 Ginástica Laboral para compensação dos esforços
musculares repetitivos e relaxamento

Passos para Qualidade Total:


os “5 S”
 Programa de educação e treinamento (Japão). Prof. Kaoru
Ishikawa
 Conscientização para mudanças de comportamentos e
atitudes na melhora do ambiente de trabalho
 Compreensão da Filosofia – preparo para outros programas
de gestão de qualidade
 Senso de utilização (seiri)
 Senso de ordenação (seiton)
 Senso de limpeza (seisou)
 Senso de asseio (seiketsu)
 Senso de autodisciplina (shitsuke)
Passos para Qualidade Total:
os “8 S”
"behaviour-keeping"
6. Shikari Yaro - Determinação, comprometimento da alta
administração e união de todos.
7. Shido - Educação do cidadão, qualificação do profissional e
treinamento do funcionário.
8. Setsuyaku - Economia e combate aos desperdícios,
realizados por todos.

L.E.R. / D.O R. T.
Afecções de origem ocupacional que atingem MMSS,
região escapular e pescoço, resultantes do desgaste
muscular, tendinoso, articular e neurológico provocado pela
inadequação do trabalho ao ser humano e, decorrem de
forma combinada ou não, da manutenção de postura
inadequada e do uso repetido e/ou forçado de grupos
musculares.

FATORES CAUSAIS L.E.R / D.OR.T.

 De natureza Ergonômica
 De natureza Organizacional
 De natureza Psicossocial
HISTÓRICO
 1700 - Ramazzini (escriturários)
 1895 - Quervain (“ entorse da lavadeiras” -
tenossinovite do polegar)
 Década de 60 - > incidência países industrializados
 BRASIL - a partir da década de 80
 - 1984/85 - Previdência Social reconhece a
existência (benefícios)
 - 1987 - Considerada doença profissional
 - 1990 – Norma regulamentadora do Ministério do
Trabalho, NR-17 portaria n.o 3214/78
 Aspectos Legais NR 17
 NR17 - regulamenta aspectos ergonômicos:
análise ergonômica dos postos de trabalho (mobiliário),
pausas, condições de conforto.
 Doença do Trabalho – decorrente do exercício
continuado contínuo ou intermitente da atividade laborativa.
 Doença Profissional – doença do trabalho pelo
exercício de atividade específica que consta em relação
oficial do INSS
 www.mte.gov.br/
FORMAS CLÍNICAS DAS L.E.R.

 Tendinites
 Cistos sinoviais
 Epicondilites
 Bursites
 Tendinite do Supra-espinhoso e Bicipital
 Tenossinovite de Quervain
 Dedo em gatilho
 Síndrome do Túnel do Carpo
 Cervicalgia e Cervicobraquialgia
 Dorsalgialgia
 Lombalgia e lombociatalgia

DIAGNÓSTICO
Origem Clínica;
 Grau I
 Grau II
 Grau III
 Grau IV

Origem Psicológica;
 Stress
PREVENÇÃO
 Análise do Trabalho - recomposição do processo
 Organização do trabalho
 Análise aspectos do ambiente de Trabalho
 Implantação de programas modificando velhos
hábitos, melhorando a qualidade no trabalho e de vida.

ERGONOMIA
É o estudo do relacionamento entre o homem e o seu
trabalho, equipamento, ambiente e, particularmente, da
aplicação dos conhecimentos de Anatomia e Fisiologia na
solução dos problemas surgidos desse relacionamento.
(Ergonomics Research Society - Inglaterra )

“ Assim como a busca do eu se torna uma busca da saúde,


também a perseguição da saúde pode conduzir a uma maior
autopercepção. A preservação torna-se sinônimo de
integridade e toda a integridade é a mesma nessa busca. “
(Ferguson, 1992 )
GINÁSTICA LABORAL
Histórico

 Polônia – 1925 – “Ginástica de Pausa” – Holanda e Rússia


 Japão (1928) – maior expressividade – atualmente 1/3
trabalhadores
 Europa, EUA e países socialistas – pesquisas com
resultados positivos com incremento na saúde dos
trabalhadores
 BRASIL – 1969 – estaleiros – empresários japoneses
 FEEVALE – (1973/79) – prof. Aloysio Kolling
 Ministério da Saúde (1990) – “custos totalmente
compensados em função dos resultados obtidos

GINÁSTICA LABORAL

Consiste em exercícios específicos realizados no próprio


local de trabalho, atuando de forma PREVENTIVA e
algumas vezes terapêutica, sem levar o trabalhador ao
cansaço, por ser de curta duração e utilizar mais os
exercícios de alongamento e compensação das estruturas
musculares envolvidas na tarefas ocupacionais diárias.
BENEFÍCIOS DO PROGRAMA DE GINÁSTICA
LABORAL - PGL
Fisiológicos
  circulação sanguínea , melhorando oxigenação e
nutrição de músculos e tendões;
 melhora a flexibilidade músculo articular;
  tensão muscular;
  esforço na execução das tarefas diárias;
 facilita a adaptação ao posto de trabalho;
 melhora postura;
 melhora condição do estado de saúde geral.

Psicológicos
 Favorece a mudança da rotina ocupacional;
 reforça auto-estima;
 mostra a preocupação da empresa com seus funcionários;
 Maior estabilidade emocional;
 melhora a capacidade de concentração no trabalho;

Para a empresa:
 Maior produtividade
 Diminuição da incidência de doenças ocupacionais
 Diminuição com despesas médicas
 Diminuição do absenteísmo
 Maior eficiência no trabalho
 Forte marketing social
TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL

Preparatória

Realizada antes da jornada de trabalho, com o objetivo


principal preparar o indivíduo aquecendo os grupos
musculares que serão solicitados nas tarefas ocupacionais
e despertando-os para que se sintam mais dispostos.
(10 a 15 minutos)

Compensatória

Realizada durante a jornada de trabalho, interrompendo a


monotonia operacional, utilizando exercícios específicos de
compensação aos esforços repetitivos e às posturas
inadequadas solicitadas nos postos operacionais,
exercícios de soltura geral, alongamentos, massagens,
relaxamento . (5 a 15 minutos)

Relaxamento

Praticada após o expediente de trabalho com exercícios de


alongamento, respiração, movimentos leves e suaves, com
o objetivo de proporcionar relaxamento muscular e mental
aos trabalhadores. (10 a 15 minutos)
DINÂMICA DAS AULAS

 De 5 a 15 minutos diários
 Antes, durante, ou após a jornada de trabalho.
 Exercícios elaborados em função das atividades de cada
setor de trabalho, analisando ergonomia e movimentos da
rotina operacional.
 Utilização da música na motivação

POSTURA DO PROFESSOR

 Pontualidade e assiduidade
 Comunicação verbal, cinestésica e corporal

 Motivação
 Atenção e observação

 Inovação dentro dos objetivos


 Vestuário apropriado

 Integração com alunos e chefia


 Tolerância e compreensão
EXERCÍCIOS
 De COMPENSAÇÃO aos esforços repetitivos e posturas
ergonomicamente inadequadas
 de SOLTURA geral
 ALONGAMENTO
 AUTO MASSAGEM
 RESPIRAÇÃO
 RELAXAMENTO
 DINÂMICAS DE GRUPO
 LÚDICOS
EXERCÍCIOS SOLTURA
 Marchas
 Balanceios
 Chutes
 Movimentos simples de danças e lutas
 Sacudidelas
 Rotações e circunduções

MASSAGEM
 Auto-massagem
 Em duplas
 Com material
 Deslizamento
 Amassamento
 Fricção
 Tapotagens
RESPIRAÇÃO E RELAXAMENTO

 Respiração livre e/ou conduzida


 Relaxamento progressivo
 Meditação
 Visualização
 Treinamento Autógeno (adaptado)

DINÂMICAS E LÚDICO

 Dinâmicas de grupo
 Pequenos jogos
 Utilizando materiais: bolas, arcos, bastões, jornal,balões,
sucatas.

ALONGAMENTO
MÉTODOS
 ALONGAMENTO ATIVO
 ALONGAMENTO ESTÁTICO
 ALONGAMENTO PASSIVO
 ALONGAMENTO COM MASSAGEM
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS PARA OS
EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO

 Nas articulações bilaterais permanecer o mesmo tempo em


alongamento
 Evitar bloqueio respiratório

 Evitar fazer exercícios em amplitudes extremas


 Quando utilizar diferentes métodos iniciar com o método
estático
 Nos exercícios por meio do método passivo, posicionar de
maneira correta e cuidado com o excesso de carga no
movimento
 A segurança dos exercícios é de total responsabilidade dos
profissionais de atividade física.

“ O ser humano saudável é infinitamente criativo, mas quando


torna-se neurótico torna-se excessivamente rígido.”
Roberto Shinyashiki
PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO PGL

ANTEPROJETO
 APRESENTAÇÃO
 GINÁSTICA LABORAL - definição, objetivos gerais e
específicos, benefícios
 METODOLOGIA - dinâmica das aulas

 CUSTOS (???) não no anteprojeto!

ETAPAS DO TRABALHO
I- SENSIBILIZAÇÃO
 Convencimento de chefia

 Divulgação
 Palestras

II- ORGANIZAÇÃO
 Levantamento de necessidades (diagnóstico)*

 Definição de horários, divisões de turmas e locais p/ PGL


 Aquisição de material necessário

*DIAGNÓSTICO
 FATORES SOMÁTICOS - sexo, idade , saúde, dimensões
corporais.
 FATORES PSÍQUICOS - atitude, motivação.
 MEIO AMBIENTE - altitude, calor, frio, barulho, poluição do
ar.
 NATUREZA DO TRABALHO - intensidade, duração,
técnica, posição, ritmo, horário.
 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

III- INÍCIO DO PROGRAMA


 Planejamento e início das aulas e dinâmicas

 Informativos periódicos

IV- AVALIAÇÃO DO PROGRAMA


 Levantamento de casos de absenteísmo, procura
ambulatória e causas, acidentes de trabalho, produtividade,
afastamentos- pré e pós PGL
 Avaliação física - pré e pós (durante) PGL

 Questionários de adesão e satisfação


Referências

 CAÑETE, Ingrid - Humanização: desafio da empresa


moderna: a Ginástica Laboral como caminho - Ícone- 2.a
edição, 2001.
 NASCIMENTO, Nivalda Marques do - Fisioterapia nas
empresas: saúde X trabalho- Taba cultural - 2000.
 SILVA, Marco Aurélio Dias da - Saúde e qualidade de vida
no trabalho - Best Seller - 1997.
 OLIVEIRA, João Ricardo Gabriel - A prática da Ginástica
Laboral- Sprint – 2002
 LIMA, Valquíria – Ginástica Laboral: atividade física no
ambiente de trabalho – Phorte – 2003
 MARTINS, C. O. Repercussão de um programa de
ginástica laboral na qualidade de vida de trabalhadores de
escritório. Florianópolis, Tese (Doutorado em Engenharia de
Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção da Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2005.
 MILITÃO, A. G. A influência da ginástica laboral para a
saúde dos trabalhadores e sua relação com os profissionais
que a orientam. Florianópolis, 2001. Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Produção, Área de Concentração:
Ergonomia) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2001.

Das könnte Ihnen auch gefallen