PROJETO "CONHECENDO NOSSA HISTÓRIA: DA ÁFRICA AO BRASIL"

Apresentação

A Fundação Cultural Palmares, no cumprimento de sua missão institucional de

promover e preservar a cultura Afro-brasileira, busca o fortalecimento de políticas
públicas voltadas à cultura negra, de forma a contribuir para a construção e
implementação de medidas efetivas para um país mais justo e com igualdade de
oportunidades para todos. Por meio de suas ações afirmativas, busca retirar da
invisibilidade a cultura negra, formadora da identidade nacional, e eliminar as
desigualdades históricas e as discriminações raciais, étnicas, culturais e religiosas do
povo negro.

Por meio do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra - CNIRC, a

Fundação Cultural Palmares torna-se uma referência na difusão e fomento das
atividades de estudos, pesquisas, produção e sistematização de dados e conteúdos
relativos à cultura negra para auxiliar no desenvolvimento de uma nova cultura
educacional e em uma nova prática pedagógica que reconheça as diferenças étnico-
raciais.

O projeto "Conhecendo nossa história: da África ao Brasil", piloto na Fundação Cultural

Palmares, busca disseminar o conhecimento sobre a história e culturas do continente
africano e dos afro-brasileiros, contribuir para a educação das relações étnico-raciais e
valorizar/assegurar o respeito à diversidade, tendo a educação e a cultura como
instrumentos decisivos para a promoção da cidadania e eliminação das desigualdades.

A primeira etapa do projeto “Conhecendo nossa História: da África ao Brasil”, cuja

proposta é a formação docente, tem como objetivo fazer conhecer, entender, respeitar e
trabalhar em sala de aula a História e a Cultura Afro-brasileira e Africana. Além disso,
fornecer aos/as professores/as da educação básica, ferramentas que lhes possibilitem
identificar e corrigir/eliminar estereótipos e conceitos equivocados nos materiais
didáticos e paradidáticos e nas práticas pedagógicas que reforçam desigualdades.

Em um segundo momento, pretende-se que os professores trabalhem com seus alunos

em sala de aula os materiais paradidáticos cujo foco é a história e a cultura afro-
brasileira. Um dos materiais que pode contribuir para a educação para as relações étnico
raciais é o kit composto pelo livro "O que você sabe sobre a África? Uma viagem pela
história do continente e dos afro-brasileiros" e a revista temática customizada
pedagógica denominada "Coquetel". Ainda nesta etapa os educadores terão o
importante papel de pautar temas voltados ao respeito às diferenças e de serem
promotores de igualdade racial.

Vale ressaltar que a Fundação Cultural Palmares entende, ainda, que a formação
continuada dos professores e a produção e disponibilização de materiais didáticos e
paradidáticos são fundamentais para os avanços nas políticas públicas.

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Setor Comercial Sul – SCS – Quadra 02, Bloco C, nº 256 – Edifício Toufic – CEP 70302.918 – Brasília – DF
Telefone: 55 (61) 3424.0104 – www.palmares.gov.br.
Parceiros

O projeto contou com a importante participação de parceiros das esferas públicas

federais e municipais, por meio de suas secretarias de cultura e educação, e o
compromisso e empenho desses entes muito contribuíram para a efetivação do projeto.
A Fundação Cultural Palmares reconhece o significado dessa parceria, por entender que
todos os agentes sociais – estejam eles nas esferas governamental, privada ou sociedade
civil organizada - têm pela frente o desafio de promover ações, a fim de proporcionar o
envolvimento de todos no processo de transformação, através do qual, num futuro
próximo se tenha um país com maior igualdade de oportunidades e respeito às
identidades culturais do povo brasileiro.

No âmbito Federal, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI, pretende, com o
desenvolvimento do projeto, promover a educação para as relações étnico-raciais por
meio do ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, nos termos da
Lei nº 9394/96, com a redação dada pelas Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, e na
Resolução CNE/CP nº 1/2004, fundamentada no Parecer CNE/CP nº 3/2004.

No âmbito dos governos municipais, por meio de suas secretarias de educação e cultura,
esses parceiros contribuirão com a identificação das escolas e dos agentes culturais e
educacionais que serão capacitados para participar do projeto. Assim, terão como
objetivo fomentar e difundir a cultura e educação na defesa dos direitos humanos nos
seus municípios.

Além disso, em cada município participante do projeto, foi selecionado um profissional

de educação cuja formação e atuação tem como focos a educação para as relações étnico
raciais, além da história e da cultura afro-brasileira, comprovada por meio de currículo e
experiência na área. A esse profissional foi dado o nome de Multiplicador que terá o
importante papel de capacitar docentes das escolas selecionadas.

O multiplicador, escolhido pela secretaria municipal de educação e, em alguns casos

também pela secretaria de cultura, será o responsável pela leitura e análise do conteúdo
dos materiais paradidáticos, além de promover uma reflexão quanto à diversidade e
respeito às diferenças.

O projeto piloto irá contemplar estados das cinco regiões do país, assim distribuídos:

 Nordeste: Bahia (Salvador e Santo Amaro da Purificação), Alagoas (Maceió e

União dos Palmares) e Paraíba (Campina Grande e João Pessoa)
 Norte: Amapá (Macapá)
 Sudeste: Rio de Janeiro (São Gonçalo e Paraty), Minas Gerais (Belo Horizonte,
Contagem e Ouro Preto) e Espírito Santo (Vila Velha, Cariacica e Serra)
 Sul: Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Pelotas) e Santa Catarina (Florianópolis)
 Centro Oeste: Mato Grosso do Sul (Campo Grande)

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