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Batatais
Claretiano
2019
© Ação Educacional Claretiana, 2018 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Filosofia nas Américas
Versão: ago./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 162 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 13
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 18
3. ESQUEMA DOS TEMAS-CHAVE........................................................................ 20
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 21
Conteúdo
A Filosofia nas Américas: aproximações e diferenciações. A Filosofia na Amé-
rica do Norte: John Dewey; John Rawls; Charles Sanders Peirce; Henry David
Thoreau; George Santayana; Ayn Rand; Robert Nozick; Arthur Danto. A Filoso-
fia na América Latina: Paulo Freire, Enrique Dussel, Humberto Maturana, Leo-
poldo Zea, Mario Bunge, Alejandro Korn, Mauricio Beuchot, José Ingenieros.
Bibliografia Básica
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/paulofreire/paulo_freire_pedagogia_
do_oprimido.pdf>. Acesso em: 31/01/2018.
NOZICK, R. Anarquia, Estado e utopia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.
RAWLS, J. Uma teoria da justiça. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1981. (Coleção
Pensamento Político, n. 50).
Bibliografia Complementar
AMERICAN HISTORY. Transcendentalism, An American Philosophy. Disponível em:
<http://www.ushistory.org/us/26f.asp>. Acesso em: 22 jun. 2018.
ARCHIE, L.; ARCHIE, J. G. Readings in the History of Aesthetics – an open-source reader.
2006. Disponível em: <philosophy.lander.edu/intro/artbook.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2018.
ATKINS, A. Charles Sanders Peirce: Pragmatism. Internet Encyclopedia of Philosophy.
Disponível em: <https://www.iep.utm.edu/peircepr/>. Acesso em: 25 jun. 2018.
BEUCHOT, M. Exposición sucinta de la Hermenéutica Analógica. Solar, Lima, n. 3, ano
3, p. 67-77, 2007.
BUNGE, M. Filosofías y fobosofías: parteras e institutrices, porteras y carceleras,
engañadas y mercenarias, escapistas y ambivalentes. Exégesis, Humacao, Porto Rico,
p. 97-104, 2010. Disponível em: <http://revistas.uigv.edu.pe/index.php/exegesis/
article/view/158/167>. Acesso: 25 jun. 2018.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
THOMSON, K. J. M. The art museum at the end of art – Arthur C. Danto’s philosophy of art and
its implications for the posthistorical museum. Dissertação (Mestrado em Artes) – Queen’s
University, Ontario, Canada, 1998. Disponível em: <https://www.collectionscanada.gc.ca/
obj/s4/f2/dsk2/tape15/PQDD_0010/MQ31259.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2018.
THOREAU, H. D. Caminhada. São Paulo: Dracaena, 2011.
______. Walden ou A vida nos bosques. São Paulo: Ground, 2007.
TORRES, C. A. Education and archaeology of consciousness: Freire and Hegel.
Educational Theory, v. 4, p. 429-445, 1994.
VALLENTYNE, P. Robert Nozick: Anarchy, State, and Utopia. In: SHAND, J. (Ed).
Central Works of Philosophy: The Twentieth Century: Quine and After. Chesham:
Acumen Publishing Limited, 2006. Disponível em: <https://danwin1210.me/uploads/
F3thinker%20%21%20-%20Tell%20ME%20the%20TRUTH%20%21./Central%20
Works%20of%20Philosophy%205.pdf#page=109>. Acesso: 26 jan. 2018.
ZEA, L. A Filosofia latino-americana como Filosofia da Libertação. 1973. Disponível
em: <https://mural-2.com/_files/200003973-33b1934ab8/FilosofiaLatinoamericana-
Leopoldo%20Zea.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.
______. En torno a una filosofia americana. 2003. Disponível em: <http://www.
biblioteca.org.ar/libros/1294.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.
Palavras-chave ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Filosofia nas Américas. Filosofia Norte-americana. Filosofia na América Latina.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente seleciona-
dos nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadê-
micos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é imprescindível para
o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a
convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitura de "navegação" (hipertexto),
como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estuda-
dos. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito de avaliação.
1. INTRODUÇÃO
A possibilidade da criação desta obra se mostrou necessá-
ria tão logo se começou a aventar a criação do Bacharelado em
Filosofia no Claretiano – Centro Universitário. Essa necessidade
se manifestava, sobretudo, devido à estruturação das disciplinas
já existentes na modalidade Licenciatura e que seriam também
contempladas no Bacharelado e a algumas particularidades po-
lítico-filosóficas que existiam naquele momento em nosso país e
no mundo.
Especificamente, quanto às disciplinas já existentes na
Licenciatura, foi possível perceber que, em sua organização
curricular, a seleção de filósofos e suas respectivas filosofias
prestigiava por demais a produção filosófica europeia e, mais
especificamente, a Filosofia Analítica; e, por sua vez, havia pou-
cas referências às produções filosóficas realizadas nas Américas,
tampouco à Filosofia Analítica produzida aqui e seus desdobra-
mentos posteriores.
Dessa constatação, resguardada a importância das pro-
duções filosóficas oriundas do Velho Continente, consideramos
necessário investigar as produções filosóficas realizadas na Amé-
rica em suas mais variadas áreas, a originalidade dos temas pro-
duzidos e como estes poderiam suprir as lacunas já apontadas,
de modo a ampliar o leque de referenciais filosóficos para a for-
mação adequada do bacharel em Filosofia.
No que tange ao segundo aspecto, das particularidades
político-filosóficas do momento, houve uma polarização político-
-ideológica em nosso país e no mundo, vivenciada no momento
em que se iniciou a produção desta obra e que, em análise, se
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Autopoiesis: neologismo proposto em 1971 pelos
biólogos chilenos Humberto Maturana e Francisco
Varela para designar a organização dos sistemas
vivos. Uma breve descrição seria dizer que a auto-
poiesis é a condição de existência dos seres vivos na
produção contínua de si mesmos.
2) Egoísmo ético: o sistema moral em que uma ação
é moralmente necessária se promove as melhores
consequências para o agente.
3) Filosofia da Libertação: conjunto de propostas fi-
losóficas originadas na América Latina que buscam
apresentar uma filosofia própria fundamentada na
circunstância específica dos povos latino-americanos
e que busca libertar-se de fundamentos filosóficos e
ideologias colonizadoras.
4) Fobosofia: ódio ou medo em relação ao saber e ao
ato de conhecer.
5) Historicismo: termo que possui inúmeras interpre-
tações e, especificamente nesta obra, representa o
conjunto de ideias que afirma que cada período da
história tem suas próprias crenças e valores, inapli-
cáveis a qualquer outro, de modo que nada possa
ser entendido independentemente de seu contexto
histórico.
Filosofia da
Educação
James Dewey
Paulo Freira
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RUSSEL, B. Autobiography. Londres: Routledge Classics, 2009.
Objetivo
• Apresentar algumas das principais contribuições filosóficas das Américas
no tocante à Filosofia Política.
Conteúdos
• John Rawls e o véu da ignorância.
• O anarcocapitalismo de Robert Nozick.
• Leopoldo Zea e a Filosofia da Libertação.
• Enrique Dussel e as vinte teses sobre a Política.
23
© FILOSOFIA NAS AMÉRICAS
UNIDADE 1 –FILOSOFIA POLÍTICA NAS AMÉRICAS
1. INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade, elegemos como tema central a Políti-
ca devido aos desafios contemporâneos que temos no tocante a esse
tema, quer sejam em nosso país, quer em outras nações, e à neces-
sidade de ampliarmos as possibilidades de leitura dos fenômenos
políticos.
Para isso, optamos por apresentar dois ilustres representantes
da filosofia norte-americana, os filósofos John Rawls e Robert Nozick.
O primeiro sacudiu as reflexões sobre esse tema ao produzir uma teo-
ria que trouxe elementos inusuais sobre o fenômeno político basea-
dos essencialmente no contratualismo. Já Nozick também inovou ao
colocar o indivíduo no centro da discussão política e destacar a impor-
tância de repensarmos a necessidade e os limites do Estado.
Optamos também por trazer à baila dois grandes filósofos
latino-americanos, o argentino Enrique Dussel e o mexicano Leo-
poldo Zea. Ambos inauguram a chamada Filosofia da Libertação,
movimento filosófico que buscou trazer uma autêntica filosofia
latino-americana liberta das amarras de fundamentos filosóficos
oriundos de outras culturas e, notadamente, da cultura europeia.
Com essas escolhas, espero apresentar a você abordagens
distintas e relevantes que mostram formas diferentes de pensar
o Estado e a necessidade de que produzamos uma filosofia que
se fundamente na realidade em que se encontra inserida.
Antes de iniciarmos de fato nosso estudo pelos filósofos
americanos, recomendo que você acesse o Tópico 3. 1, que
contém indicações de textos dedicados às ideias e filosofias
americanas anteriores ao século 20. Eles certamente servirão
para contextualizar os estudos que se seguirão.
Filosofia Moderna–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Antes de prosseguirmos, é importante destacar que o cha-
mado período moderno na Filosofia se refere às filosofias difun-
didas no século 18 que tiveram como elemento catalisador o Ilu-
minismo e a crença na razão humana como guia para a melhoria
da sociedade.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
As principais ideias propostas por Rawls foram apresenta-
das em sua grande obra Uma teoria da justiça (1971), a qual se
tornou referência nas discussões contemporâneas sobre a exis-
tência do Estado e sua função.
O primeiro aspecto a salientar é a definição de Rawls a res-
peito da justiça. Costumeiramente, em nosso cotidiano, conside-
ramos que a justiça deve se basear na igualdade, ou seja, é preci-
so tratar de modo idêntico/uniforme as pessoas; no entanto, sob
o paradigma da equidade, as pessoas são vistas como diferentes
– logo, algumas necessitam de mais que outras. Vejamos abaixo
um exemplo da manifestação da equidade:
• Princípio da diferença:
O segundo princípio insiste que cada pessoa se beneficie das
desigualdades permissíveis na estrutura básica. Isso significa
que cada homem representativo definido por essa estrutura,
quando a observa como um empreendimento em curso, deve
achar razoável preferir as suas perspectivas atuais às suas pers-
pectivas sem ela (RAWLS, 2003, p. 69).
1) Aborto: nenhum governo tem legitimidade para dispender fundos públicos, for-
necendo ou proibindo o aborto.
2) Oração nas escolas públicas: o governo não deve interferir na realização de ora-
ções nas escolas públicas.
3) Controle de armas: as pessoas têm o direito de manter e carregar armas. Opo-
sição ao julgamento de indivíduos pelo exercício de seus direitos de autodefesa.
4) Oposição a todas as leis, em qualquer nível de governo, que requeiram registro,
restrição ou transferência ou venda de armas de fogo ou munições.
5) Censura: deve haver a liberdade da livre expressão.
6) Ações afirmativas: não acreditando na tese de discriminação, não deve haver
ações afirmativas.
7) Pena de morte: máxima realização do poder do Estado, deve ser abolida.
8) Legalização das drogas: o uso de drogas deve ser descriminalizado porque não
está prejudicando ninguém além do usuário, sendo uma escolha pessoal.
9) Eutanásia: se é consenso entre médico e paciente, deve ser permitida.
10) Violência na mídia: deve ser permitida, visto que sua proibição fere a liberdade
de expressão.
11) Casamento homossexual: deve ser permitido, o governo não deve intervir.
12) Jogo: deve ser permitido, visto que é uma decisão do indivíduo apostar ou não.
13) Imigração: deve ser permitida, as políticas de imigração são interferência do
governo.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Para contextualizar o significado do conceito de libertaria-
nismo e sua relação histórica com outros filósofos, cumpre infor-
mar que é nas produções do filósofo inglês John Locke e, mais
propriamente, no seu direito a propriedade que se apresenta a
pedra angular desse posicionamento político. Vejamos o texto
emblemático que Locke produziu sobre esse tema:
Embora a terra e todas as criaturas inferiores sejam comuns a
todos os homens, cada homem tem uma propriedade em sua
própria pessoa; a esta ninguém tem qualquer direito senão ele
mesmo. O trabalho de seu corpo e a obra das suas mãos, pode
dizer-se, são propriedades dele. Seja o que for que ele retire do
estado em que a natureza lhe forneceu e no qual o deixou, fica-
-lhe misturado ao próprio trabalho, juntando-se-lhe a algo que
Princípios
Éticos
Princípios Princípios
Similitude
Políticos Econômicos
Princípios
de
Outros
Campos
Distinção Diferencial
Fonte: Dussel (2006, p. 70).
Figura 7 Conceito de similitude.
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 1.
• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula,
localizada na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina
para abrir a lista de vídeos.
• Caso você adquira o material por meio da loja virtual, receberá também um
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante
do material.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Classicos%20da%20Politica%20-%20Cole%20-%20Fran-
cisco%20C.%20Weffort-195-216.pdf>. Acesso em: 13
jun. 2019.
Alexis de Tocqueville foi um dos primeiros teóricos a le-
vantar a originalidade da proposta política norte-americana e,
também, seus riscos, na medida em que apontou a possibilidade
de o regime democrático criar uma “ditadura da maioria”. Sua
grande obra Democracia na América pode ser acessada no en-
dereço a seguir:
• TOCQUEVILLE, A. A democracia na América. São Paulo:
Martins Fontes, 2005. Disponível em: <https://direitas-
ja.files.wordpress.com/2012/05/a-democracia-na-am-
c3a9rica-vol-i-alexis-de-tocqueville.pdf>. Acesso em: 13
jun. 2019.
3.2. ANARCOCAPITALISMO
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) De acordo com a teoria do Direito de Nozick, o Estado se justifica na tribu-
tação dos cidadãos para protegê-los de danos ou perda de propriedade.
Essa justificativa do Estado é a resposta de Nozick à demanda anarquista
de que não haja nenhum governo porque, para Nozick:
Mesmo uma sociedade anárquica teria algum governo, leis ci-
vis e políticas sociais sobre assuntos diferentes dos que tratam
unicamente de proteção (por exemplo, estradas, escolas, segu-
rança social).
Em uma sociedade anárquica, as pessoas contratariam outros
para proteger seus direitos, e a agência de proteção mais forte
que emergisse entre os concorrentes seria o Estado de qual-
quer forma.
A ausência de leis em uma anarquia seria uma guerra de “todos
contra todos” em que o simples ato de cobrar impostos envol-
veria danos.
Sem impostos, o governo não poderá fornecer proteção nem
bens e serviços como estradas, escolas ou segurança social.
2) De acordo com Rawls, todos os membros de uma sociedade têm uma rei-
vindicação legítima e esta é ter uma parte da riqueza de uma sociedade.
Quando os indivíduos são sistematicamente desprotegidos de sua parcela
justa (e, portanto, não têm a oportunidade de competir igualmente por
uma parcela dessa riqueza), é responsabilidade do governo:
a) Proteger a propriedade privada daqueles que trabalharam para obter
o que possuem ou que herdaram propriedade legalmente.
b) Certificar-se de que ninguém tenha permissão para ter uma porção
maior dessa riqueza do que qualquer outra pessoa.
c) Redistribuir recursos com base nas habilidades naturais dos cidadãos e
não nas suas necessidades.
d) Corrigir essas desigualdades, redistribuindo apenas recursos suficien-
tes dos ricos para os pobres para permitir que eles possam competir
igualmente.
6) Se nos deparamos com um político eleito pelo seu povo com a pretensão
de que viesse a defender os interesses públicos e, tão logo se inicia na vida
política pública, passa a fazer uso de seu cargo para beneficiar a si próprio,
podemos afirmar, baseados nas ideias de Enrique Dussel, que esse indiví-
duo foi vítima de:
a) Potestas.
b) Potentia.
c) Fetichismo do poder.
d) Ambições totalizantes do ego.
e) Mecanismos colonizadores do eu.
7) Das afirmações a seguir, selecione aquela que não possui relação com a
Filosofia da Libertação:
a) Surge na América Latina.
b) Busca ser um foco de resistência.
c) Ampara-se em elementos da Filosofia europeia.
d) Há uma busca pela libertação, autonomia e autenticidade.
e) A interpretação histórica é condição importante para sua realização.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) b.
2) d.
3) a.
4) d.
5) b.
6) c.
7) c.
8) d.
5. CONSIDERAÇÕES
Terminamos nossa primeira unidade e nela você anali-
sou alguns dos principais filósofos que realizaram contribui-
ções importantes à Filosofia Política nas Américas. Como você
pôde perceber, temos, nas ideias apresentadas, manifestações
variadas a respeito do entendimento do que seja a função do
Estado, da conduta que devemos adotar frente a ele e da pos-
sibilidade de criarmos políticos que atendam às circunstâncias
próprias de cada povo, tal como revelam as reflexões da Filosofia
da Libertação.
Encerramos enfatizando dois aspectos que consideramos
relevantes para sua formação acadêmica. O primeiro deles é a
abordagem inusual e, por que não, radical e ousada do libertaria-
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 John Rawls. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
en/3/3d/John_Rawls.jpg>. Acesso em: 10 jun. 2019.
Figura 2 Equidade e Igualdade. Disponível em: <https://www.getsmartoregon.org/
about-smart/equity/>. Acesso em: 25 jan. 2019.
Figura 3 Robert Nozick. Disponível em: <http://romantokarczyk.pl/pics/uczel/14.jpg>.
Acesso em: 21 jun. 2018.
Figura 4 Leopoldo Zea Aguilar. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Leopoldo_Zea#/media/File:LZea.jpg>. Acesso em: 12 jun. 2019.
Figura 5 Enrique Dussel. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Enrique_
Dussel#/media/File:EnriqueDussel.jpg>. Acesso em: 12 jun. 2019.
Sites pesquisados
BOAZ, D. The coming libertarian age. Policy, 1997. Disponível em: <https://www.cis.
org.au/app/uploads/2015/04/images/stories/policy-magazine/1997-spring/1997-13-
3-david-boaz.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2019.
DUSSEL, E. 20 tesis de Política. Mexico: Siglo XXI; Centro de Cooperación Regional para
la Educación de Adultos en América Latina y Caribe, 2006. Disponível em: <http://
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
LIPP, S. Leopoldo Zea: from Mexicanidad to a philosophy of history. Waterloo: Wilfrid
Laurier University Press, 1980.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo. Trad. E. Jacy Monteiro. São Paulo: Abril
Cultural, 1973. (Os Pensadores).
NOZICK, R. Anarquia, Estado e utopia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.
RAWLS, J. Justiça como equidade: uma reformulação. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
______. Uma teoria da justiça. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1981. (Pensamento
Político, n. 50).
Objetivo
• Apresentar algumas das principais contribuições filosóficas nas Américas
que versam sobre Ética.
Conteúdos
• A ética ambientalista de Henry David Thoreau.
• O egoísmo ético de Ayn Rand.
• O homem medíocre de José Ingenieros.
• Liberdade, necessidade e autarquia em Alejandro Korn.
61
© FILOSOFIA NAS AMÉRICAS
UNIDADE 2 – ÉTICA NAS AMÉRICAS
1. INTRODUÇÃO
Nesta segunda unidade, você conhecerá produções filosó-
ficas nas Américas que versaram sobre a Ética. Como você bem
sabe, essa área da Filosofia tem recebido muita atenção nos
tempos atuais, especialmente quando se busca tratar da política
e das relações que mantemos com outros seres humanos.
Para a escolha dos pensadores, optamos por apresentar
duas abordagens que costumeiramente não se apresentam nos
cursos de Filosofia: o egoísmo ético e a ética do meio ambiente,
abordagens que apontam a necessidade de cuidarmos de nossas
necessidades ou deixarmos de tratar somente do ser humano
em nossas questões e propostas éticas.
No que tange à Filosofia na América Latina, você lidará com
filósofos que, cada qual a seu modo, souberam dar um tratamen-
to próprio às questões já abordadas por outros pensadores.
Torcemos para que essas abordagens possam trazer novos
questionamentos em suas indagações éticas e animem você a
exercitar essas novas possibilidades éticas em seu cotidiano.
Figura 4 Egoísmo.
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 2.
• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula,
localizada na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina
para abrir a lista de vídeos.
• Caso você adquira o material por meio da loja virtual, receberá também um
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante
do material.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Que palavra é utilizada pelos intelectuais para substituir Deus, segundo
Ayn Rand?
a) Sociedade.
b) Igreja.
c) Povo.
d) Satan.
e) Indivíduo.
4) “O homem mais rico é aquele cujos prazeres são mais baratos” – Henry
David Thoreau, Walden ou A vida nos bosques.
Considerando a citação anterior, e fazendo uso de seus conhecimentos a
respeito de Henry David Thoreau, podemos afirmar que:
a) Nessa frase, o filósofo realiza uma alusão à necessidade de produtivi-
dade para obtenção de riqueza.
b) Thoreau demonstra traços hedonistas, convidando a selecionar ade-
quadamente os prazeres.
c) O filósofo demonstra que a sociedade é dividida entre opressores e
oprimidos.
d) A frase ilustra as propostas de Thoreau a respeito de simplicidade e
moderação.
e) Há uma atitude contrária ao estoicismo e à vida preconizada por esse
movimento filosófico.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) a.
2) a.
3) b.
4) d.
5) d.
6) c.
7) d.
8) e.
5. CONSIDERAÇÕES
Terminada esta unidade, convidamos você a analisar como
os filósofos apresentados trataram de nossas liberdades indivi-
duais e o quanto estas são necessárias para que possamos exer-
citar adequadamente nossas opções éticas. Vimos também que
a possibilidade de nossas escolhas éticas refletirem determinado
tempo histórico e cultural, ou seja, não terem um caráter crista-
lizado e imutável, é um tema a ser levado em consideração. Por
fim, fomos convidados por Henry David Thoreau a não ficarmos
centrados somente em nossas necessidades e desejos humanos
e começarmos a ter também como fonte de nossas preocupa-
ções a natureza que se encontra ao nosso redor.
Por meio desses temas, notam-se as múltiplas possibili-
dades de reflexão ética existentes e como elas podem nos esti-
mular a pensar novas formas de vermos a importância de nossa
liberdade e nossa relação com o mundo, as estruturas políticas e
as condições externas existentes.
6. E.REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Henry David Thoreau. Disponível em: <http://thephilosophersmail.com/wp-
content/uploads/2014/10/672px-Benjamin_D._Maxham_-_Henry_David_Thoreau_-_
Restored.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2018.
Figura 2 Visão interna da cabana de Thoreau. Disponível em: <http://
thephilosophersmail.com/wp-content/uploads/2014/10/640px-Thoreaus_cabin_
inside.jpg>. Acesso em: 22 jun. 2018.
Figura 3 Ayn Rand. Disponível em: <https://usercontent2.hubstatic.com/13063113.
jpg>. Acesso em: 17 jun. 2019.
Figura 4 Egoísmo. Adaptado da figura disponível em: <https://sdavisethics.files.
wordpress.com/2013/09/ethical-egoism.jpg>. Acesso em: 17 jun. 2019.
Figura 5 José Ingenieros. Disponível em: <https://www.biografiasyvidas.com/
biografia/i/ingenieros.htm>. Acesso em: 17 jun. 2019.
Figura 6 Alejandro Korn. Disponível em: <https://es.wikipedia.org/wiki/Alejandro_Korn#/
media/File:Alejandro_Korn-ca1935-ensucasaLPL-Av60.jpg>. Acesso em: 17 jun. 2019.
Figura 7 Classificação dos valores segundo Korn. Disponível em: <http://lopeztirza.
wixsite.com/axiologia/practica>. Acesso em: 17 jun. 2019.
Sites pesquisados
AMERICAN HISTORY. Transcendentalism, an american philosophy. Disponível em:
<http://www.ushistory.org/us/26f.asp>. Acesso em: 13 jun. 2019.
FURTAK, R. A. Henry David Thoreau. The Stanford Encyclopedia of Philosophy. 2017.
Disponível em: <https://plato.stanford.edu/archives/fall2017/entries/thoreau/>.
Acesso em: 13 jun. 2019.
INGENIEROS, J. El hombre medíocre. 2000. Disponível em: <http://www.mediafire.
com/file/7rucf7vir71u1ap/INGENIEROS-El-hombre-mediocre.pdf>. Acesso em: 22 jun.
2018.
______. Hacia una moral sin dogmas. 2. ed. Buenos Aires: Talleres, 1919. Disponível
em: <https://archive.org/stream/haciaunamoralsin00inge/haciaunamoralsin00inge_
djvu.txt>. Acesso em: 17 jun. 2019.
KORN, A. La libertad criadora. Buenos Aires: Editorial Losada, 1944. Disponível em:
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NERVI, J. R. José Ingenieros y las perspectivas filosóficas del Positivismo argentino.
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PRÓ, D. F. Alejandro Korn y sus ideas filosóficas. Revista Cuyo, v. 3, p. 21-42, 1967.
Disponível em: <http://www.bdigital.uncu.edu.ar/objetos_digitales/4225/23-cuyo-
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Acesso em: 5 mar. 2018.
SANDLER, R. L. Environmental Virtue Ethics. In: LaFOLLETTE, H. (Ed.). The international
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em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/9781444367072.wbiee090>.
Acesso em: 13 jun. 2019.
THE PHILOPHERS’ MAIL. The great philosophers: Henry David Thoreau. Disponível
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thoreau/>. Acesso em: 22 jun. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Environmental Ethics, v. 3, n. 1, p. 3-17, 2001.
NIETZSCHE, F. Aurora: reflexões sobre os preceitos morais. Trad. Paulo César de Souza.
São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
SÊNECA, L. A. Consolação à minha mãe Hélvia. São Paulo: Nova Cultural, 1973. (Os
pensadores).
THOREAU, H. D. Caminhada. São Paulo: Dracaena, 2011.
______. Walden ou A vida nos bosques. São Paulo: Ground, 2007.
Objetivo
• Apresentar algumas das principais contribuições filosóficas nas Américas
que versam sobre Epistemologia e Filosofia da Ciência.
Conteúdos
• A autopoiesis de Maturana e Varella.
• Mario Bunge e a Filosofia da Ciência.
• A hermenêutica analógica de Mauricio Beuchot.
• O pragmatismo de Charles Sanders Peirce.
95
UNIDADE 3 – EPISTEMOLOGIA NAS AMÉRICAS
1. INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você terá contato com várias produções
que versaram sobre Epistemologia e um desdobramento dela, a
Filosofia da Ciência. Se tivéssemos que definir essa área de modo
sucinto, diríamos que ela busca investigar o conhecimento e as
crenças justificadas que criamos. Dentre alguns de seus questio-
namentos, reiteramos os seguintes: quais são as condições de
conhecimento necessárias e suficientes? Quais são suas fontes?
Qual é a sua estrutura e quais são seus limites?
Como estudo da crença justificada, a Epistemologia visa
responder questões como as seguintes: Como devemos enten-
der o conceito de justificação? O que justifica crenças justifica-
das? A justificação é interna ou externa à própria mente?
Entendida de maneira mais ampla, a Epistemologia trata
de questões relacionadas à criação e disseminação de conheci-
mento em áreas específicas de investigação.
Para dar conta de algumas dessas questões, será apresen-
tada a você uma série de abordagens inusuais – algumas delas,
inclusive, recentemente começam a inquietar e provocar refle-
xões filosóficas a respeito de seus desdobramentos –, as quais
esperamos que possam animá-lo a investigar possíveis outras
abordagens advindas de seus questionamentos.
O falibilismo
Outro aspecto interessante advindo da teoria proposta
pelo filósofo ficou conhecido pelo termo falibilismo, o qual foi
investigado com profundidade por filósofos da ciência no sécu-
lo 20. Nele se apresenta a ideia seminal de que uma verdade
científica, ainda que comprovada em determinado momento e
baseada em fatos, será sempre provisória, ou seja, nunca poderá
ser considerada como certa, mas sempre como provável.
Na ciência, enquanto esta ou aquela teoria funcionar, po-
deremos fazer uso dela; no entanto, se surgirem dificuldades e
essa teoria não oferecer condições adequadas para resolvê-las,
deveremos estar preparados para abandoná-la.
Desses elementos, você poderia considerar que em Peirce
teríamos um certo ceticismo quanto à possibilidade de aquisição
do conhecimento, no entanto isso não ocorre:
Apesar da insistência de Peirce no falibilismo, ele está longe
de ser um pessimista epistemológico ou cético: de fato, ele é
exatamente o oposto. Ele tende a sustentar que toda questão
genuína (isto é, toda questão cujas possíveis respostas têm
conteúdo empírico) pode ser respondida em princípio, ou pelo
menos não deve ser considerada irrespondível. Por essa razão,
um dos seus ditames mais importantes, que ele chamou de seu
primeiro princípio da razão, é “não bloqueie o caminho da in-
vestigação!” (BURCH, 2014, tradução nossa).
A investigação científica
Peirce estabelece que, na investigação científica, existem
três fases a serem realizadas para sua concretização, são elas:
abdução ou hipótese, dedução e indução. No tocante à abdução,
as ideias de Peirce podem ser sumarizadas como a seguir:
por causa de algum fenômeno talvez surpreendente ou enigmáti-
co, uma conjectura ou hipótese é feita sobre o que realmente está
acontecendo. Essa hipótese deveria ser tal que explique o fenôme-
no surpreendente, tal como tornar o fenômeno mais ou menos
óbvio se a hipótese for verdadeira (BURCH, 2014, tradução nossa).
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
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do material.
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) A respeito do processo de evolução do ser humano, segundo a teoria da
autopoiesis, é correto afirmar o que se segue:
a) A ênfase se dá no ambiente, visto que recebemos seus estímulos e os
armazenamos.
b) Há uma ênfase na filogênese, porque nossa condição de espécie deter-
mina nossa relação com o mundo.
c) Há uma ênfase na ontogênese, porque, ainda que nos relacionemos
com o ambiente, as construções são de ordem biológica e internas.
d) É possível que sejamos observadores de nós mesmos dadas as nossas
características transcendentais.
e) O homem é o único ser capaz de se colocar “de fora” de seu contexto
e observar externamente os fenômenos.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) c.
2) d.
3) c.
4) d.
5) d.
6) e.
7) a; c; d; e.
8) c; e.
5. CONSIDERAÇÕES
Encerrou-se nosso pequeno passeio pela Epistemologia e
alguns de seus desdobramentos: a Filosofia da Ciência e a Her-
menêutica. Por meio dele, buscamos apresentar a você posicio-
namentos diversos a respeito desse tema e que podem, certa-
mente, ampliar suas indagações a respeito de como podemos
lidar com o conhecimento, interpretar os discursos e analisar a
nossa relação com o mundo mediante o exercício investigativo.
Como as respostas são múltiplas e diversas, convidamos você a
enveredar por elas e construir o seu próprio arcabouço teórico
sobre esses temas.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Humberto Maturana e Francisco Varela. Disponível em: <http://www.
rc.unesp.br/biosferas/Art0022.html>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Figura 2 Niklas Luhmann. Disponível em: <http://institutoconceito.com/?p=187>.
Acesso em: 25 jun. 2018.
Figura 4 Mario Bunge. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/2/28/MarioBungesmall.jpg>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Figura 5 Lista de misosofias, segundo Bunge. Disponível em: <http://revistas.uigv.edu.
pe/index.php/exegesis/article/view/158/167>. Acesso em: 25 jun. 2018.
Figura 6 Mauricio Beuchot. Disponível em: <http://www.academia.org.mx/
academicos-2017/item/mauricio-beuchot>. Acesso em: 19 jun. 2019.
Figura 7 Charles Sanders Peirce. Disponível em: <http://www.iep.utm.edu/wp-
content/media/peirce.jpg>. Acesso em: 19 jun. 2019.
Figura 8 O Esquema investigativo proposto por Peirce. Disponível em: <https://lopespl.
blogspot.com/2018/03/incertezas-filogeneticas.html>. Acesso em: 18 jul. 2019.
Sites consultados
ATKINS, A. Charles Sanders Peirce: Pragmatism. Internet Encyclopedia of Philosophy.
Disponível em: <https://www.iep.utm.edu/peircepr/>. Acesso em: 19 jun. 2019.
BEUCHOT, M. Perfiles esenciales de la Hermenéutica: Hermenéutica Analógica. 2000.
Disponível em: <https://www.ensayistas.org/critica/teoria/beuchot/>. Acesso em: 19
jun. 2019.
BUNGE, M. Filosofías y fobosofías: parteras e institutrices, porteras y carceleras,
engañadas y mercenarias, escapistas y ambivalentes. Exégesis, Humacao, Porto Rico,
p. 97-104, 2010. Disponível em: <http://revistas.uigv.edu.pe/index.php/exegesis/
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______. La ciencia: su método y su filosofia. Disponível em: <https://users.dcc.uchile.
cl/~cgutierr/cursos/INV/bunge_ciencia.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2019.
BURCH, R. Charles Sanders Peirce. Stanford Encyclopedia of Philosophy. 2014.
Disponível em: <https://plato.stanford.edu/entries/peirce/>. Acesso em: 26 jan. 2019.
MILLÁN, G. O. Hermenéutica analógica, verdad y método. Diánoia, México, v. 60, n.
74, maio 2015. Disponível em: <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0185-24502015000100008>. Acesso em: 19 jun. 2019.
ZELENY, M. What is autopoiesis? In: ______. (Ed.) Autopoiesis: a theory of living
organization. New York: Elsevier, 1981. Disponível em: <http://www.univie.ac.at/
constructivism/archive/fulltexts/1194.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ANDRADE, C. D. A Fenomenologia da Percepção a partir da autopoiesis de Humberto
Maturana e Francisco Varela. Griot – Revista de Filosofia, Amargosa, v. 6, n. 2, dez.
2012.
BEUCHOT, M. Exposición sucinta de la Hermenéutica Analógica. Solar, Lima, n. 3, ano
3, p. 67-77, 2007.
BUNGE, M. Racionalidad y realismo. Madrid: Alianza, 1985.
JAPIASSU, D. Dicionário de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
Objetivo
• Apresentar algumas das principais contribuições filosóficas nas Américas
que versam sobre a Filosofia da Educação e Estética.
Conteúdos
• A Pedagogia Crítica de Paulo Freire.
• A aprendizagem baseada na experiência de John Dewey
• A estética subjetiva de George Santayana.
• O fim da arte segundo Arthur Danto.
129
© FILOSOFIA NAS AMÉRICAS
UNIDADE 4 – FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E ESTÉTICA NAS AMÉRICAS
1. INTRODUÇÃO
Estamos agora diante do último desafio desta obra. Para
dar conta dele, selecionamos cuidadosamente dois temas que
suscitam as paixões mais acaloradas. O primeiro se refere aos
caminhos que devemos adotar para a educação ou, como diriam
os gregos do período clássico, qual proposta de Filosofia da Edu-
cação pode animar a sociedade e fazer com que se realize um
ideal pleno de educação.
O Brasil tem se caracterizado por índices alarmantes quanto
à realização de uma educação eficiente, que, de fato, oportunize às
pessoas acesso, aquisição e produção de conhecimento sistematiza-
do e, desse modo, esse tema se reveste de importância e a Filosofia
tem contribuições importantes sobre esse assunto. Por isso, apre-
sentaremos a você, em linhas gerais, as propostas elaboradas pelo
educador brasileiro Paulo Freire e pelo educador norte-americano
William James. Ambos, a seu modo, sacudiram as costumeiras vi-
sões que temos a respeito da educação e apresentaram propostas
não usuais para que o ideal educativo se realize adequadamente.
Por fim, em nosso último tema, teremos as questões estéticas
e o desafio contemporâneo de investigar a arte e seus fundamentos.
Essa questão tem gerado os posicionamentos mais variados, quer
seja de grupos defendendo as múltiplas manifestações artísticas, quer
seja de grupos que questionam a chamada arte contemporânea.
Para oferecer novas possibilidades de análise sobre essa
questão, apresentaremos as considerações de George Santayana
e Arthur Danto. Com isso, encerramos esta obra e resta expres-
sar meu desejo de que os temas aqui apontados possam inspirar
você a se aprofundar neles e ampliar o seu leque de indagações
e inquietações filosóficas.
Educação bancária
Sobre essa categoria, analise abaixo o que expressa Freire:
Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e de-
pósitos que os educandos, meras incidências, recebem paciente-
mente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção “bancária” da
educação, em que a única margem de ação que se oferece aos
educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-
-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas
que arquivam. [...] Na visão “bancária” da educação, o “saber” é
uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber.
Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da
ideologia da opressão – a absolutização da ignorância, que cons-
titui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual
esta se encontra sempre no outro (FREIRE, 1987, p. 33).
Desumanização
Sobre desumanização, afirma Freire:
A desumanização, que não se verifica, apenas, nos que têm sua hu-
manidade roubada, mas também, ainda que de forma diferente,
nos que a roubam, é distorção da vocação do ser mais. [...] A luta
pela humanização, pelo trabalho livre, pela desalienação, pela afir-
mação dos homens como pessoas, como “seres para si”, não teria
significação. Esta somente é possível porque a desumanização,
mesmo que um fato concreto na história, não é porém, destino
dado, mas resultado de uma “ordem” injusta que gera a violência
dos opressores e esta, o ser menos (FREIRE, 1987, p. 16).
Consciência crítica
Passemos agora à ideia de consciência crítica:
Esta reflexão sobre a situacionalidade é um pensar a própria con-
dição de existir. Um pensar crítico através do qual os homens se
descobrem em “situação”. Só na medida em que esta deixa de
parecer-lhes uma realidade espessa que os envolve, algo mais ou
menos nublado em que e sob que se acham, um beco sem saída
que os angustia e a captam como a situação objetivo-problemáti-
ca em que estão, é que existe o engajamento. Da imersão em que
se achavam, emergem, capacitando-se para inserir-se na realida-
de que se vai desvelando. Desta maneira, a inserção é um estado
Diálogo
Verifique, a seguir, como o pensador concebe o diálogo:
[...] o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro
em que se solidariza o refletir e o agir de seus sujeitos endere-
çados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode
reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro,
nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem consu-
midas pelos permutantes. [...] é encontro de homens que pro-
nunciam o mundo, não deve ser doação do pronunciar de uns
a outros. É um ato de criação. Daí que não possa ser manhoso
instrumento de que lance mão um sujeito para a conquista do
outro. A conquista implícita no diálogo é a do mundo pelos su-
jeitos dialógicos, não a de um pelo outro. Conquista do mundo
para libertação dos homens (FREIRE, 1987, p. 45).
Práxis
Por fim, vamos conferir como o pensador concebe a práxis:
A diferença entre os dois, entre o animal, de cuja atividade,
porque não constitui “atos-limites”, não resulta uma produção
mais além de si e os homens que, através de sua ação sobre o
mundo, criam o domínio da cultura e da história, está em que
somente estes são seres da práxis. Somente estes são práxis.
Práxis que, sendo reflexão e ação verdadeiramente transforma-
dora da realidade, é fonte de conhecimento reflexivo e criação.
Com efeito, enquanto a atividade animal, realizada sem práxis,
não implica em criação, a transformação exercida pelos homens
a implica (FREIRE, 1987, p. 52).
1.
Experimente
a atividade,
reflita, faça
5. 2.
Aplique Compartilhe
a uma situação informações,
prática similar ou Faça observações
diferente publicamente
Aplique Reflita
4. 3.
Generalize Processe
para conectar analise a
analise a experiência
experiência
Quadro
Quadro 11Elementos
Elementosemem comum
comum entreentre
PauloPaulo
FreireFreire
e John e John Dewey.
Dewey.
Elementos em comum
• Ambos compartilham uma posição teórica que ataca o mentalismo
representacional que outros educadores empregaram para apoiar o estilo de
educação “Tradicional” ou “Bancário”. Dewey argumenta que o conhecimento
é um produto da interdependência social e da interação social. Dewey
concorda fundamentalmente com Freire sobre o estilo de Educação Bancária,
que os pedagogos tradicionais empregam, produzir e reproduzir conjuntos de
“atitudes apropriadas” através das quais os estudantes adquirem os hábitos
de “docilidade, receptividade e obediência”.
• Estão de acordo sobre práticas educativas autênticas envolverem atos de
cognição em vez de transmissão de informação.
• Argumentam que situações educativas autênticas criam um contexto no qual
o processo de investigação se torna a prática da liberdade.
• Argumentam que os educadores devem projetar contextos educativos que
sintonizem os estudantes em relação a várias formas de envolvimento
participativo ou investigação sobre “o que é”.
• Descrevem o processo de humanização da investigação, “invenção e
reinvenção” de nossa autocompreensão.
• Sugerem, que há um tipo de aculturação social que ocorre na educação
tradicional, que é ao mesmo tempo fundamental e formativa da experiência
vivida dos alunos, e que limita a capacidade existencial dos estudantes em
divulgar, de forma projetiva, sua potencialidade de ser.
• Definem a aprendizagem como uma investigação crítica sobre o que Freire
chama de “situações-limite” ou o que Dewey chama de “interações” da
experiência, que são criadas e feitas de modo a aparecer pelos valores sociais
como se fossem rígidas e estáticas.
• Concordam que a educação é fundamentalmente uma crítica filosófica dos
valores.
• Insistem que qualquer filosofia da educação deve teorizar um conjunto de
práticas para desenvolver uma consciência crítica e problematizar os valores
reproduzidos de maneira irrefletida.
• Teorizam a experiência autêntica como uma continuidade de experiências que
ampliam e projetam novos entendimentos.
• A natureza não representacional do conhecimento é uma suposição básica
que apoia e leva a uma compreensão da sociabilidade do conhecimento e da
natureza libertadora do pensamento crítico.
• Concordam que as práticas educativas autênticas envolvem “atos de
cognição” em vez de “transferências de informações”.
INÍCIO DESTAQUE
Antes de prosseguir para o próximo assunto, recomendamos que você assista ao vídeo i
no Tópico 3. 2, para expandir seu conhecimento sobre©oFILOSOFIA
144 pensamento de John Dewey.
NAS AMÉRICAS
FIM DESTAQUE
UNIDADE 4 – FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E ESTÉTICA NAS AMÉRICAS
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) (Enade – 2008) O pensamento pedagógico de Paulo Freire parte de alguns
princípios que marcam, de forma clara e objetiva, o seu modo de entender
o ato educativo. Considerando as características do pensamento desse au-
tor, analise as afirmações que se seguem.
I - Ensinar é um ato que envolve a reflexão sobre a própria prática.
II - Modificar a cultura originária é parte do processo educativo.
III - Superar a consciência ingênua é tarefa da ação educativa.
IV - Educar é um ato que acontece em todos os espaços da vida.
V - Educar é transmitir o conhecimento erudito e universalmente
reconhecido.
Estão de acordo com o pensamento de Paulo Freire APENAS as afirmações:
a) I e II.
b) II e V.
c) I, III e IV.
d) I, IV e V.
e) I, II, III e IV.
5) Ao definir a relação que temos com o objeto estético e a beleza como pra-
zer objetivado, podemos afirmar que, para George Santayana:
a) O prazer é intrínseco ao objeto.
b) Somente o objeto provoca o prazer.
c) Ocorre a objetificação do sujeito.
d) Se estabelece uma relação de troca entre sujeito e objeto.
e) Há uma experiência de prazer advinda do contato do sujeito com o
objeto.
6) (UFSC) “O que faz a diferença entre uma obra de arte e algo que não é uma
obra de arte quando não se tem nenhuma diferença perceptual interes-
sante entre elas?” Essa pergunta foi elaborada por Arthur Danto a partir
de uma exposição.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) c.
2) d.
3) b.
4) a.
5) d.
6) e.
7) e.
8) a.
5. CONSIDERAÇÕES
Encerramos nossa quarta e última unidade. Por meio dela,
procuramos apresentar a você elementos para discussão a res-
peito dos caminhos a serem seguidos para que tenhamos uma
educação de qualidade e de como lidar com algumas das pos-
sibilidades da arte contemporânea. Melhor que optar por esta
ou aquela proposta, convidamos você a aventar a possibilidade
de que as respostas apresentadas não esgotam as questões que
buscam resolver e que cada uma delas, a partir de uma faceta fi-
losófica específica, busca dar uma resposta a partir dessa mesma
faceta. Seu desafio é se munir dessas respostas e fazer uso delas
para problematizar as questões com as quais lidará a respeito
desses e outros temas.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Paulo Freire. Disponível em: <http://www.historiadocinemabrasileiro.com.
br/paulo-freire/>. Acesso em: 25 jun. 2018.
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Figura 3 George Santayana. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/George_
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<https://www.academia.edu/37478721/Views_of_Dewey_and_Freire_for_culture_
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edu/9822233/Moreno_-_La_posibilidad_de_una_teor%C3%ADa_unificadora_y_el_
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