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PPGEE-UFPA

Estabilidade Transitória

Estabilidade de Sistemas de Potência – Prof. João Paulo Vieira


Estabilidade Transitória
 Capacidade de um sistema de potência em manter o sincronismo
após sofrer uma grande perturbação;

 A resposta do sistema a tais perturbações envolve grandes excursões


dos ângulos dos rotores dos geradores;

Se a separação angular entre as máquinas no sistema cresce


aperiodicamente, o sistema perde o sincronismo;

 A estabilidade depende da condição inicial de operação do sistema e


da severidade da perturbação;

 A perda do sincronismo devido a instabilidade transitória, geralmente


se evidencia na primeira oscilação, nos primeiros segundos após a
perturbação.
Uma visão Elementar da Estabilidade Transitória
 Demonstração do problema usando um simples sistema de potência:

Sistema máquina-barra infinita

Equação de Balanço

2 H d 2
 Pm  Pmax sen
0 dt 2
Resposta a um Degrau de Potência Mecânica
Critério das Áreas Iguais
 Este critério permite calcular o máximo ângulo para que estabilidade
se mantenha, sem que seja necessário uma solução explícita da equação
de oscilação.
d
Se ambos os lados da equação de balanço forem multiplicados por 2
dt
e integrando-se, têm-se:
d d 2 0  Pm  Pe  d
2 2

dt dt H dt
 
d 
2
0  Pm  Pe 
 dt    H
d

Para uma operação estável, o desvio de velocidade deve ser limitado, e


se tornar zero depois de algum tempo após o distúrbio.
m
0
 H  P m  Pe  d  0
0
Critério das Áreas Iguais
 Quando o ângulo δ passa δo para δ1 a energia mecânica é transferida
para o rotor na forma de energia cinética, fazendo-o acelerar. Esta
energia é calculada por:
1
E1    P
m  Pe  d  A1
0

 A energia perdida durante a desaceleração quando o ângulo δ passa


δ1 para δm é:
m
E2    P  P  d  A
e m 2
1

 A estabilidade é mantida somente se a área A2 é, pelo menos, igual


a área A1 localizada acima de Pm1.
Resposta a um curto-circuito
 Ilustrar o critério das áreas iguais para o seguinte sistema de
potência;
 Avaliar o impacto na estabilidade para diferentes tempos de
eliminação da falta;
 Considerar a resposta do sistema para um curto-circuito trifásico
localizado no ponto F, conforme mostrado na figura abaixo. O curto é
eliminado pela abertura dos disjuntores localizados nas extremidades do
circuito em curto.
Resposta a um curto-circuito

Caso Estável Caso Instável


Fatores que influenciam na Estabilidade Transitória
 Carregamentos dos geradores

 Potência entregue pelo gerador durante a falta

 Tempo de eliminação da falta

 Reatância do sistema transmissão pós-falta

 Reatância do gerador

 Inércia do gerador

 Magnitude da tensão interna do gerador

 Magnitude da tensão da barra infinita.


Exemplo 13.1 (pág. 843) P. Kundur :
 Avalie a estabilidade transitória do sistema máquina x barra infinita
da figura abaixo. A condição de operação inicial é dada por: P=0,9 p.u.,
Q=0,436 p.u. (sobre-excitado), Et=1,0/_28,34° p.u. e EB=0,90081/_0° p.u.
As resistências são desprezadas. X’d=0,3 p.u. e H=3,5 MW.s/MVA. A LT 2
sofre um curto trifásico no ponto F. A falta é eliminada pela isolação do
defeito.

Usando o critério das áreas iguais:


1) Determine o ângulo crítico de falta e tempo crítico de falta;
2) Determine a potência mecânica máxima que pode ser adicionada
instantaneamente ao gerador, sem causar a perda do sincronismo.
Obs: A questão 2) foi adaptada do exemplo original
Simulação de Sistemas
 Um modelo não deve ser muito complicado nem muito simplificado

 As respostas do sistema baseadas no modelo devem ser


razoavelmente precisas e consistentes com a análise

 Por que não aplicar “experimentalmente”, no sistema sob estudo,


todas as entradas possíveis, e depois analisar as respostas obtidas?

 Os engenheiros buscam modelos que representem o comportamento


do sistema e que possam ser utilizados na simulação deste sistema nas
mais diversas situações que possam ser imaginadas

Nota: Como, em geral, os modelos dinâmicos são baseados em


equações diferenciais, a solução numérica desta classe de problemas
tem que ser examinada com alguma atenção.
Simulação de Sistemas
 Importância da validação de modelos

Fonte: Prof. Luigi Vanfretti (KTH, Suécia)


Métodos de Análise da Estabilidade Transitória
 Os sistemas de potência possuem uma estrutura complexa

 Uma análise precisa da estabilidade transitória exige modelos que


representem os aspectos essenciais dos:

 Geradores e controles associados


 Tipos de carga dependentes da tensão
 Conversores, HVDC, FACTS, etc.

 Até o momento, o método disponível mais utilizado para análise da


estabilidade transitória é a simulação no domínio do tempo:

 Solução de equações não lineares diferenciais e algébricas


 Técnicas de integração numérica
Técnicas de Integração Numérica
 Para análise da estabilidade transitória deve-se resolver um conjunto
de equações diferenciais não lineares, com condições iniciais
conhecidas, da forma:

 f x, t 
dx
dt

 x é um vetor de estado de variáveis dependentes;


 t é uma variável independente (tempo).

 Objetivo: solucionar x como uma função de t, com as condições


iniciais de x e t, iguais a x0 e t0, respectivamente.

 Métodos:
 Método de Euler;
 Método de Euler modificado;
 Métodos de Runge-Kutta (R-K);
 Método Trapezoidal
Estabilidade Numérica
 Depende da propagação do erro

 Numericamente estável se os primeiros erros não causam erros


posteriores significativos

 Caso contrário, numericamente instável

Nota: É importante considerar a estabilidade numérica nas aplicações


de métodos de integração numérica
Rigidez (Stiffness) de Equações Diferenciais
 Relação entre a maior e a menor constantes de tempo do problema

 Se essa relação for muito maior que 1, o sistema de equações


diferenciais é dito rígido

 Pode afetar a estabilidade numérica

 Soluções que usam métodos explícitos, em especial os métodos R-K,


podem ter problemas de instabilidade numérica com sistemas rígidos, a
menos que um passo de integração muito pequeno seja usado
Estabilidade Numérica de Métodos
Explícitos de Integração
 Métodos Explícitos:

 Métodos R-K, Euler, Predictor-Corrector


 O vetor das variáveis dependentes x, em qualquer valor de t, é calculado a partir
do conhecimento dos valores de x do passo anterior.
 xn+1 para o passo (n+1) é calculado explicitamente pela avaliação de f(x,t) com x
conhecido.
 Fácil de implementar

 Desvantagens

 Estabilidade numérica fraca


 O passo de integração deve ser menor que a menor constante de tempo do
sistema
Métodos Implícitos de Integração
 Considere a equação diferencial

 f x, t 
dx
dt
com x=x0 em t=t0. A solução de x em t=t1=t0+Δt pode ser expressa na
forma de integral
x1  x0  tt01 f x, d

 Os métodos implícitos usam funções de interpolação para a


expressão sob a integral

 A interpolação implica que as funções devem passar por pontos ainda


desconhecidos em t=t1

 O método trapezoidal é o mais simples


Método Trapezoidal
 Usa interpolação linear

 A integral é aproximada por trapézios

f(x,t)
f(x1,t1)
f(x0,t0)

t1 t
t0
t
Método Trapezoidal
 A regra trapezoidal é dada por:
t
x1  x 0  f x 0 , t0   f x1 , t1 
2
 Uma fórmula geral que dá o valor de x em t=tn+1 é dada por:
t
x n1  x n  f x n , t n   f x n1 , t n1 
2

 Xn+1 aparece em ambos lados da equação

 Significa que a variável x é calculada em função do seu valor no passo de


integração anterior, bem como no valor atual (que é desconhecida)
 Uma equação implícita deve ser resolvida

 Numericamente A-estável: A rigidez afeta a acurácia, não a


estabilidade
Exemplo 13.1 (pág. 843) P. Kundur :
 Avalie a estabilidade transitória do sistema máquina x barra infinita.
A condição de operação inicial é dada por: P=0,9 p.u., Q=0,436 p.u.
(sobre-excitado), Et=1,0/_28,34° p.u. e EB=0,90081/_0° p.u. As
resistências são desprezadas. X’d=0,3 p.u. e H=3,5 MW.s/MVA. A LT 2
sofre um curto trifásico no ponto F. A falta é eliminada pela isolação do
defeito.

Usando a integração numérica:


1) Determine o ângulo crítico de falta e tempo crítico de falta pelo
cálculo da resposta do ângulo do rotor no domínio do tempo
Exemplo 13.1 (cont.):
Solucionado pelo método R-K 2º ordem, usando Δt=0,0005 s (passo)
180
Falta aplicada em t=1,0 s tcc=0,087 s;
Falta eliminada em t=1,0 + tcc s 52,30º
160
tcc=0,086 s;
140 52,04º
tcc=0,07 s;
Ângulo do rotor em graus

120 48,58º

100

80

60

40

20

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo em segundos
Simulação Dinâmica de Sistemas de Potência
 Estrutura do Modelo de Sistemas de Potência:

 Componentes:

 Geradores e controles associados (sistema de excitação e fonte primária de energia)


 Sistema de transmissão interligado, incluindo as cargas estáticas
 Cargas dinâmicas: Motores de indução e síncronos
 Outros equipamentos, tais como: FACTS, HVDC, etc

 Informações monitoradas:

 Ângulos dos rotores dos geradores


 Potências dos geradores
 Tensões de campo dos geradores
 Tensões nas barras
 Fluxos nas linhas
 Desempenho da proteção, particularmente a proteção da linha de transmissão.
Simulação Dinâmica de Sistemas de Potência
Estrutura do Modelo do Sistema de Potência
para Análise da Estabilidade Transitória

Equações do estator e
Outros
transformação de eixos Geradores

Equações da rede
elétrica incluindo as Motores
Equações do Sistema de
circuito do Excitação cargas estáticas
rotor
Equação de Regulador de Outros equipamentos
balanço velocidade e Dinâmicos, como
turbina HVDC, FACTS,

Referência Referência
individual da síncrona: DQ
máquina: d e q

Equações algébricas Fonte: Power System Stability and Control.


Equações diferenciais Prabha Kundur. McGraw-Hill, 1994. Pág. 849.
Simulação Dinâmica de Sistemas de Potência
Diagrama Esquemático de um Gerador Síncrono conectado a
uma Rede Elétrica para Estudos de Estabilidade Transitória

Fonte: B. Stott, “Power System Dynamic Response


Calculations”. Proceedings of the IEEE, 1979.
Simulação Dinâmica de Sistemas de Potência
 Modelos usados devem ser apropriados para estudos de estabilidade
transitória:

 Os transitórios da rede elétrica e do estator da máquina são desprezados;

 As dinâmicas do rotor e do circuito do rotor da máquina, sistema de excitação,


regulador de velocidade, turbina, e outros equipamentos, tais como HVDC, FACTS,
conversores, etc., são consideradas.

 As equações devem ser organizadas de uma forma adequada para a


integração numérica

 Grande conjunto de equações diferenciais e um grande conjunto de


equações algébricas

 Problema de cálculo das condições iniciais no equacionamento algébrico-


diferencial
Equações do Sistema Global
 Equações para um equipamento dinâmico:

x d  fd xd ,V d 

Id  g d xd ,Vd 
Onde:
xd é o vetor de estados dos componentes individuais;
Id são as componentes D e Q da injeção de corrente do equipamento
interligado a rede;
Vd são as componentes D e Q das tensões de barra.

 Equações da Rede:
I  YNV
Onde:
YN é a matriz admitância nodal da rede;
I é o vetor corrente nodal;
V é o vetor tensão nodal.
Equações do Sistema Global (cont.)
 Comprimir um conjunto de equações diferenciais de 1ª ordem e um
conjunto de equações algébricas:
x  f x,V 
I x,V   YNV
Onde:
x é o vetor de estado do sistema;
I é o vetor injeção de correntes;
V é o vetor da tensão nas barras.

O tempo t não aparece explícito nas equações acima

 Muitas abordagens para solucionar estas equações são


caracterizadas por:

 A forma da interface entre as equações algébricas e diferenciais: particionada ou


simultânea
Exemplo 13.2 (pág. 864) P. Kundur :
 Avalie a estabilidade transitória do sistema do exemplo 13.1,
incluindo os efeitos das dinâmicas do circuito do rotor e do RAT.

Examine a estabilidade do sistema com os seguintes controles de


excitação: i) Controle manual; ii) RAT sem ESP; iii) RAT com ESP.
Considerando os seguintes tempos de eliminação da falta: a) 0,07 s e
b) 0,10 s. Os resultados foram calculados usando o método de
integração R-K 4º ordem, com um passo de integração de 0,02 s.
Exemplo 13.2 (cont.):
Caso (a): Resposta transitória com um tempo de eliminação da falta
igual a 70 ms.
Exemplo 13.2 (cont.):
Caso (b): Resposta transitória com um tempo de eliminação da falta
igual a 100 ms.
Exemplo 13.2 (cont.):
 Com a tensão de campo constante, a margem da estabilidade
transitória do gerador é reduzida. Para o caso (b), o gerador perdeu o
sincronismo durante a primeira oscilação (first swing unstable).

 Com a rápida ação da excitação e do RAT, a margem da estabilidade


transitória do gerador é aumentada, contudo o nível de amortecimento
das oscilações é baixo. Para o caso (b), o gerador perdeu o sincronismo
durante a segunda oscilação.

 Com a adição do ESP, as oscilações são muito bem amortecidas sem


comprometer a estabilidade durante a primeira oscilação.

 O uso do RAT+ESP contribui significativamente para melhoria da


estabilidade global do sistema!
Análise de Condições Desbalanceadas
 A solução de circuitos trifásicos balanceados é obtida pelo cálculo
das variáveis em somente uma das fases, de forma similar a circuitos
monofásicos. Essa simplificação não é permitida em análise de
condições desbalanceadas.

 A solução mais prática é dada pelo uso das componentes simétricas

P. Kundur, 1994, “Power System Control and Stability”, pág. 872.


Análise de Condições Desbalanceadas

J. Arrilaga et al, 1990 “Computer Modelling of Electrical Power Systems”, pág. 241.
Introdução às Componentes Simétricas
 Em 1918, Charles Fortescue mostrou que um sistema trifásico
desbalanceado por ser analisado pela decomposição de três sistemas
balanceados (componentes simétricas dos fasores originais).

 Sequência positiva: consiste de um sistema balanceado de três fasores que


possui a mesma sequência de fase que os fasores originais
 Sequencia negativa: consiste de um sistema balanceado de três fasores que
possui uma sequência de fase oposta aos fasores originais
 Sequência zero: consiste de três fasores iguais em magnitude e em fase

Seq + Seq - Seq 0


Relação entre os Fasores Originais e suas
Componentes Simétricas
 A tensão total de qualquer fase é igual a soma das componentes
simétricas naquela fase. Na forma matricial:
Va 1 1 1 Vao
Vb  1 a 2 a Va1 ou Vabc  TV012
2
Vc 1 a a Va 2
 A transformada inversa é dada por:
Va 0 1 1 1 Va
1 V012  T 1Vabc
Va1  1 a a 2 Vb ou
3
Va 2 1 a 2 a Vc

 Transformações similares aplicam-se as correntes.


Por que usar as componentes simétricas?
 Em sistemas de potência simétricos (sistemas cujas as três fases são
idênticas), correntes e tensões de sequências diferentes não reagem
umas com as outras

 Considera-se que correntes de uma sequência podem fluir numa rede


independente (rede de sequência) associada somente a tal sequência

 As redes de sequência são conectados no ponto da falta para


representar a interação entre as variáveis das diferentes sequências
devido ao desbalanço criado pela falta

 É essencial conhecer as impedâncias de sequência dos elementos que


compõem o sistema de potência para análise de desempenho durante
faltas desbalanceadas
Representação de Faltas em Estudos de Estabilidade
 Comumente, estudos de estabilidade transitória consideram somente
modelos monofásicos ou circuitos de sequência positiva

 As correntes e tensões de sequências negativa e zero não são usualmente de


interesse em estudos de estabilidade
 Os efeitos das sequências negativa e zero são representados por impedâncias
equivalentes (Z2e Z0) vistas do ponto da falta F
2
Torque de Sequência Negativa
 A componente de sequência negativa das correntes do estator das
máquinas síncronas provoca o aquecimento em regime permanente e o
torque de frenagem durante defeitos desbalanceados

 O efeito do torque de frenagem de sequência negativa pode ser


significativo para curtos-circuitos próximos às barras de geração

 Torque (seq -) em função da corrente inicial (seq -) do defeito:

Tb 2   R2  Ra  I 2
a2

 Equação do torque de acelaração com a correção do torque (seq -)

Ta  Tm  Te  K D   0   Tb 2
Exemplo 13.4 (pág. 892) P. Kundur:
 A figura mostra um gerador de 1000 MVA, 20 kV e 60 Hz, conectado
uma barra infinita. Dados em p.u.: X’’d=X’’q=0,25; X’d=0,3; H=3,5.

Uma falta ocorre no ponto F do circuito 2.


1) Determine o ângulo crítico e o tempo crítico de falta para faltas FFF,
FFT, FF e FT, respectivamente. O ponto de operação inicial é dado por:
P=0,7 p.u., Q=0,1402 p.u., EL=1,0/_22,6° p.u. e EB=1,0/_0° p.u.

2) Mostre o efeito do torque de sequência negativa do gerador


síncrono na estabilidade transitória
Obs: As questões 1) e 2) foram adaptadas do exemplo original
Exemplo 13.4 (cont.) :
Efeito de faltas FFF, FFT, FF e FT na curva P x δ, após a determinação das
respectivas impedâncias vistas do ponto F. O cálculo das impedâncias
está descrito no livro P. Kundur, págs. 893-898.
Efeito de faltas desbalanceadas na curva Pe x Delta
1.5

pré-falta

1
falta FT
Pe em p.u.

falta FF

falta FFT
0.5

falta FFF

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200


Ângulo do rotor em graus
Exemplo 13.4 (cont.) :
Resposta transitória após a ocorrência da falta trifásica (FFF)
Comportamento do ângulo do rotor após uma falta trifásica (FFF)
180
Falta aplicada em t=1 s
tcc=0,127 s;
Falta eliminada em t=1 + tcc s
160 51,348º

140 tcc=0,126 s;
51,347º
Ângulo do rotor em graus

120

100

80

60

40

20

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo em segundos
Exemplo 13.4 (cont.) :
Resposta transitória após a ocorrência da falta fase-fase-terra (FFT)
Comportamento do ângulo do rotor após uma falta fase-fase-terra (FFT)
180
Falta aplicada em t=1 s
tcc=0,189 s;
Falta eliminada em t=1 + tcc s
160 60,20º
tcc=0,188 s;
59,93º
140
Ângulo do rotor em graus

120 tcc=0,127 s;
46,11º
100

80

60

40

20

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo em segundos
Exemplo 13.4 (cont.) :
Resposta transitória após a ocorrência da falta fase-fase (FF)
Comportamento do ângulo do rotor após uma falta fase-fase (FF)
180
Falta aplicada em t=1 s
Falta eliminada em t=1 + tcc s tcc=0,303 s;
160 76,41º

tcc=0,302 s;
140
76,18º
Ângulo do rotor em graus

120

100

80

60

40

20 tcc=0,189 s;
52,34º
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo em segundos
Exemplo 13.4 (cont.) :
Resposta transitória após a ocorrência da falta monofásica (FT)
Comportamento do ângulo do rotor após uma falta fase-terra (FT)
180
Falta aplicada em t=1 s
tcc=0,822 s;
Falta eliminada em t=1 + tcc s
160 117,69º

140
tcc=0,821 s;
117,62º
Ângulo do rotor em graus

120

tcc=0,303 s;
100 63,16º

80

60

40

20

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo em segundos
Exemplo 13.4 (cont.):
 O uso das componentes simétricas permite que qualquer tipo de falta
seja representada no circuito de sequência positiva pela impedância
equivalente vista do ponto F

 O tempo crítico de falta para defeitos desbalanceados é maior do que


para faltas trifásicas, logo, o sistema possui maior margem de
estabilidade transitória quando sofre faltas desbalanceadas

 O tempo crítico de falta para um curto monofásico é


significativamente maior do que para um curto trifásico

 Os resultados até então apresentados não levaram em conta o efeito


do torque de frenagem oriundo da componente de sequência negativa
Exemplo 13.4 (cont.): Efeito do Torque Seq. Negativa
 O deslocamento angular das oscilações é menor, como consequência
do torque de sequência negativa.

75
sem Tseq-
70 com Tseq-

65
Ângulo do rotor em graus

60

55

50

45

40

35

30
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo em segundos
Abertura Monopolar
 O sistema de proteção é normalmente projetado para efetuar a
abertura tripolar para qualquer tipo de falta, embora as aberturas
sejam independentes por fase

 Para faltas monofásicas, a abertura monopolar desliga somente a


fase em defeito, com posterior religamento rápido de 0,5 a 1,5 s

 Durante o período em que a fase está aberta, a potência é


transmitida sobre as fases remanescentes

 Como a maioria das faltas em linhas de transmissão são do tipo


monofásica, a abertura monopolar resulta na melhoria da estabilidade
transitória em relação a abertura tripolar
Abertura Monopolar
 Os seguintes problemas devem ser analisados neste tipo de
aplicação:

 A extinção do arco secundário no segmento de linha sob defeito


 O esforço torcional nos eixos das unidades geradoras
 O efeito térmico da corrente de sequência negativa nos geradores

Abertura monopolar nos dois terminais de uma linha de transmissão.


Fonte: P, Kundur
Exemplo 13.5 (pág. 900) P. Kundur :
 O sistema do exemplo 13.4 sofre uma falta FT de 100 ms no ponto F
do circuito 2. A falta é eliminada pela abertura monopolar.

1) Mostre a representação da abertura monopolar em estudos de


estabilidade.
2) Mostre o efeito da abertura monopolar na estabilidade transitória,
com fechamento monopolar após 1 s. O ponto de operação inicial é
dado por: P=0,875 p.u., Q=0,2244 p.u., EL=1,0/_28,8° p.u. e EB=1,0/_0°
p.u.
Obs: A questão 2) foi adaptada do exemplo original
Exemplo 13.5 (cont.):
A abertura monopolar proporciona a melhoria da estabilidade
transitória. O cálculo da impedância vista dos pontos de abertura está
descrito no livro P. Kundur, págs. 901-902.
Efeito da abertura monopolar na estabilidade transitória
180
Falta FT aplicada em t=1 s
160 Falta FT eliminada em t=1,1 s Abertura
Fechamento em t= 2,1 s tripolar
140
Ângulo do rotor em graus

120

100
Abertura
monopolar
80

60

40

20

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo em segundos
Modelo Clássico de um Sistema Multimáquinas
 Hipóteses do modelo clássico:

 Cada máquina síncrona é representada por uma tensão atrás de uma


reatância transitória de eixo direto

As ações de reguladores de velocidade são desprezadas e as potências


mecânicas são assumidas constantes

 Usando as tensões pré-faltas, todas as cargas são representadas por


impedâncias constantes

 Os torques de amortecimento são desprezados

 Máquinas que pertencem a mesma usina oscilam juntas e são ditas


coerentes. Um grupo de máquinas coerentes é representado por uma
máquina equivalente
Representação de um sistema multimáquinas

Fonte: Power System Control and Stability. Anderson &


Fouad. John Wiley & Sons, 2003. Pág. 36.
Modelo Multimáquinas
 A matriz aumentada YAUM(n+r,n+r):
In
I  YAUM V I 
0
In Ynn Ynr Vn

0 Yrn Yrr Vr
 Onde n é número de geradores e r é o número de barras do sistema.

 Impedâncias dos geradores e das cargas:

 1  Pi  jQi
y  diag  '  i  1, 2,..., n yLi  2 i  1, 2,..., r
 jX di  Vi
Modelo Multimáquinas
 Submatrizes da aumentada YAUM(n+r,n+r):

Ynn  y Ynr   y 0 n,r n 

y y 0 n,r n 
Yrn  Yrr  YBUS  r ,r    diag  yLi 
0 r  n , n  0 r n ,n  0 r n ,r n 

 Equações na forma:
I n  YnnVn  YnrVr

0  YrnVn  YrrVr
Modelo Multimáquinas
 Obtêm-se:

Vr  YrnVnYrr1
 Então:

I n  Ynn  YnrYrr1Yrn Vn


 Ou ainda:

I n  YRED En
 Onde:

YRED  Ynn  YnrYrr1Yrn  Redução de Kron


Modelo Multimáquinas
 Uma vez que as barras da rede foram eliminadas, os nós internos são
renumerados:
n
I i   Yij E j i  1, 2,..., n
j 1

Potências ativas geradas dos nós internos i:

Pei  Re  Ei Ii* 
 ji n * * 
Pei  Re  Ei e  Yij E j 
 j 1 
 ji n  j j 
Pei  Re  Ei e   Gij  jBij  E j e 
 j 1 
Modelo Multimáquinas
Potências ativas geradas dos nós internos i:
 n 
Pei  Re   Gij  jBij  Ei E j cos  i   j   j sin  i   j  
 j 1 
Define-se:
 ij   i   j
Então:

Pei   Ei E j  Gij cos  ij  Bij sin  ij 


n

j 1

Pei  Ei2Gii    Ei E j Bij sin  ij  Ei E j Gij cos  ij 


n

j 1
i
Modelo Multimáquinas
 Assim, o modelo clássico é:

di 0
 Tm  Pei 
dt 2 H

d i
 i  0 i  1, 2,..., n
dt
 Onde Pei é função de δi, e as equações acima podem ser integrados
por qualquer algoritmo numérico
Cálculos Preliminares
 Obter os dados dos elementos do sistema, referidos a uma base
comum de potência (em geral 100 MVA):

 Geração e carga em todas as barras;


 Impedâncias dos elementos da rede elétrica;
 Reatância transitória e constante de inércia das máquinas síncronas.

 Resolver um problema de fluxo de carga para determinar as


condições de operação em regime permanente (antes de qualquer
perturbação)

 Calcular as admitâncias (ou impedâncias) constantes


correspondentes as cargas do sistema na condição de operação
antes de qualquer perturbação:
Pi  jQi i  1, 2,..., r
yLi 
Vi 2
Cálculos Preliminares
 Calcular as tensões e os ângulos atrás da reatância das máquinas
síncronas
Si* Pi  jQi
Ii  *  *
i  1, 2,..., n
Vi Vi
 Onde n é número de geradores. Vi é o fasor da tensão terminal do
gerador. Pi e Qi são as potências ativa e reativa do gerador.

Ei  Vi  jX d' Ii

 Formar as matrizes de admitância nodal para todas as configurações


que o sistema assumir durante o período de estudo (por exemplo: antes,
durante e após a eliminação de defeitos)
Cálculos Preliminares
 Determinar as matrizes de admitância nodal das redes reduzidas
equivalentes, para cada uma das configurações do item anterior

 Formar as equações dinâmicas do sistema

di 0 d i
 Tm  Pei   i  0 i  1, 2,..., n
dt 2 H dt

 Especificar os dados relativos ao tipo de perturbação a ser estudada


(duração e localização do defeito, elementos chaveados, etc.) e resolver
as equações diferencias durante o período de interesse;

 Analisar a evolução dos ângulos das máquinas síncronas no tempo,


para realizar o diagnóstico sobre a estabilidade do sistema.
Exemplo (pág. 37) Anderson & Fouad:
 Avalie a estabilidade transitória do sistema 3 máquinas x 9 barras,
mostrado na figura abaixo. Um curto circuito trifásico de 100ms ocorre
na LT 7-5, próximo a barra 7.
Exemplo (pág. 37) Anderson & Fouad (cont.):
 Resposta dos ângulos dos rotores dos geradores 1, 2 e 3

400
delta1
350 delta2
delta3

300
ângulos dos rotores em graus

250

200

150

100

50

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Tempo em segundos
Exemplo (pág. 37) Anderson & Fouad (cont.):
 Resposta dos ângulos do rotores dos geradores 2 e 3 relativos ao
ângulo do rotor do gerador 1
90

delta2-delta1
80
delta3-delta1
ângulos dos rotores relativos em graus

70

60

50

40

30

20

10

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Tempo em segundos
Ações para Melhoria da Estabilidade Transitória
 Rápida eliminação da falta

 Aumento rápido e elevado da excitação da máquina (Regulador de


Tensão)

 Abertura monopolar

 Ação Rápida do regulador de velocidade (fast-valving – máquinas


térmicas)

 Uso dos braking resistors, lâminas defletoras, etc.

 Corte de carga e/ou corte de geração

 Rápida compensação série e/ou shunt

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