EXPERIMENTO 6
CALORIMETRIA
Ribeirão Preto
2019
1 INTRODUÇÃO
1.1 Calor
A calorimetria pode ser entendida como a medida do calor. Por sua vez, calor (Q)
é uma forma de troca de energia que escoa através da fronteira de um sistema durante
uma mudança de estado, ou seja, é a transferência de energia térmica entre corpos de
temperaturas diferentes. Esta transferência ocorre de modo que o calor flua
espontaneamente de um corpo de temperatura mais alta para um corpo de energia mais
baixa até que os dois atinjam o equilíbrio térmico, como pode ser observado na Figura 1.
Por convenção, quando um sistema recebe calor das vizinhanças, Q > 0. Logo,
quando um sistema perde calor para as vizinhanças, então Q < 0.
1.2 Calorímetro
Um dos equipamentos utilizado para se medir a transferência de energia térmica
envolvida em uma reação é o calorímetro, que possui um isolamento a fim de reduzir as
trocas de calor com o meio ambiente. No entanto, o próprio equipamento realiza trocas
de calor em seu interior e sua capacidade calorífica deve ser determinada. A capacidade
calorífica é uma medida de quanto calor o calorímetro consome para que sua temperatura
se eleve de 1°C (CONSTANTINO et al., 2004).
A capacidade calorífica (C) do calorímetro pode ser determinada através da
utilização da água em duas temperaturas distintas: água quente (T q) e água fria (Tf).
Quando misturadas, as águas entrarão em equilíbrio e a temperatura T eq é então medida.
O cálculo de C pode ser feito através da diferença de calor perdido da água quente pelo
calor recebido pela água fria, quando ambos são misturados no interior do calorímetro.
Os valores |Qrecebido| e |Qperdido| podem ser obtidos através das Equações 1 e 2 a seguir,
onde m é a massa de água adicionada.
|Qrecebido | = m × c × ∆T = m × c × (Teq -Tf) (1)
|Qperdido | = m × c × (Tq -Teq ) (2)
Considerando a adição 50 g de água quente e 50 g de água fria e assumindo que a
água tem capacidade calorífica igual a 1 cal g -1 ºC-1, obtém-se então a Equação 3:
|Qperdido | - |Qrecebido |= C × ∆T = C × (Teq -Tf) (3)
Sabendo os valores de Tf, Tq e Teq, é possível encontrar |Qrecebido| e |Qperdido| e
consequentemente a capacidade calorífica em cal/°C.
∑ni=1 (xi-x̅ )2
s= √ (6)
(n-1)
|valor teórico - valor experimental|
Er % = ×100 (7)
valor teórico
2 OBJETIVO
Se habituar ao calorímetro. Conhecer formas de se encontrar a concentração mais
exata das soluções preparadas, a fim de se ter resultados mais preciso. Determinar a
capacidade calorífica de um calorímetro, o calor de neutralização, as entalpias das reações
de neutralização e a entalpia de dissociação do ácido acético.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
Ácido acético Chapa de aquecimento
Ácido clorídrico concentrado 3 Erlenmeyers de 250 mL
Hidróxido de sódio Garra
Fenolftaleína (indicador) Pipeta graduada 25,0 mL
3 Balões volumétricos 250,0 mL Pipeta de Pasteur
Bastão de vidro Pipeta volumétrica 10,00 mL
Béquer de 100 mL Pipeta volumétrica 50,00 mL
Béquer de 500 mL Pêra
Bureta de 25 mL Termômetro comum 0-100
Calorímetro Termômetro específico do calorímetro
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Padronização
A padronização das soluções envolvidas é necessária para se conseguir uma alta
confiabilidade das concentrações verdadeiras com uma boa exatidão. Assim, realizou-se
a titulometria ácido-base, comumente chamada de neutralização, a fim de encontrar a
concentração das soluções de ácido acético e ácido clorídrico com maior exatidão.
A solução de NaOH previamente padronizada foi utilizada como padrão na
determinação das concentrações das soluções ácidas através das reações de relações
estequiométricas conhecida (1:1), descritas abaixo.
A média das capacidades calorificas encontradas foram 20,8 cal ºC-1, com desvio
padrão de ±1,8. O principal erro que pode ter ocasionado o desvio padrão se deve à má
interpretação do analista em relação ao ponto de equilíbrio térmico, provavelmente
porque a temperatura de equilíbrio ainda não estava constante. Erros de interpretação da
temperatura no termômetro também podem ter influenciado os valores obtidos.
5 CONCLUSÃO
Nota-se desvios padrões consideráveis nos resultados – que podem ser justificados
por uma série de erros acumulados no decorrer do procedimento experimental, como por
exemplo erros operacionais e do analista – , porém, quando comparado com os valores
encontrados na literatura, há grande proximidade, podendo concluir que os resultados
foram satisfatórios
Ademais, o objetivo do presente experimento foi alcançado, visto que determinou-
se a capacidade calorífica do calorímetro, o calor de neutralização envolvido nas reações
presentes, assim como a partir da primeira lei da termodinâmica foi possível correlacionar
o calor de neutralização com suas respectivas entalpias neutralização, e posteriormente
encontrar a entalpia de dissociação do ácido fraco.
6 REFERÊNCIAS