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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE BACHARELADO EM
ENGENHARIA MECÂNICA

JOAQUIM AMANDO AGRA NETO


FABRÌCIO DO NASCIMENTO SANTOS
IGOR GUILHERME NASCIMENTO SILVA
LUCAS MOURA ANDRADE

PONTE ROLANTE PARA UMA FÁBRICA DE ELEVADORES

09 de junho de 2019
Teresina
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

2. REQUISITOS DO PROJETO................................................................................................ 3

3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 4

4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 37
1. INTRODUÇÃO

Atualmente, a busca por eficiência na linha de trabalho de uma indústria


se tornou cada vez mais importante para otimização de seus lucros, e a utilização
de equipamentos de movimentação de cargas pesadas é algo cada vez mais
vital em certos setores da indústria.
As pontes rolantes são equipamentos robustos e versáteis que operam
com autos ciclos de trabalho. Sua característica principal é a movimentação de
materiais em locais onde outros maquinários e o trabalho braçal se tornam
limitados (SORDI, 2016).
O objetivo deste presente projeto é dimensionar uma ponte rolante para
uma fábrica de plataformas e elevadores residenciais.

2. REQUISITOS DO PROJETO

2.1. Local de instalação.

Fábrica de plataformas e elevadores residenciais.

Figura 1: Fábrica de plataformas e elevadores residenciais.

Fonte: Autoria própria.


2.2. Dados de demanda.

• Capacidade máxima de carga: 2 toneladas;


• Estado de carga: abaixo de 1/3 da carga máxima;
• Tipo de carga a ser movimentada: elevadores e seus
componentes;
• Regime de trabalho: 8 horas.

2.3. Dados do projeto.

• Modelo: Ponte rolante monoviga;


• Caminho máximo: 18 metros;
• Vão entre os trilhos da ponte: 12 metros;
• Altura média de trabalho: aproximadamente 2,5 metros;
• Comprimento estimado do trilho: 18 metros;
• Vida útil da ponte: 20 anos.

3. METODOLOGIA

3.1. Classificação dos elementos da estrutura.

Utilizando a tabela da figura 1, foram definidas as velocidades de


elevação, movimento do carro e movimento da ponte:
Figura 2 - Velocidade recomendada para operação de ponte rolante.

Fonte: PURQUERIO (2007).

• Velocidade de elevação: 6 m/min;


• Velocidade do carro: 38 m/min;
• Velocidade da ponte rolante com cabina: 60 m/min.

Após descobrir as velocidades dos equipamentos, foi calculado a


quantidade total de horas trabalhadas da ponte rolante em sua vida útil:

261 𝑑𝑖𝑎𝑠 ú𝑡𝑒𝑖𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 ∗ 20 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 5220 𝑑𝑖𝑎𝑠 ∗ 8 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 = 41760 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠

Foi definida a linha de trabalho da ponte rolante como:

Tabela 1 – Linha de trabalho

Roteiro Tempo de duração (min)


Preparação da carga 2
Içamento da carga 0,416
Translação do carro 0,315
Translação da ponte 0,3
Abaixamento da carga 0,416
Retirar a carga 2
Içamento do gancho 0,416
Deslocamento da ponte 0,3
Deslocamento do carro 0,315
Abaixamento do gancho 0,416
Total 6,894
Fonte: Autoria própria.

Para determinar o número de ciclos de levantamento, divide-se a


quantidade total de horas trabalhadas pelas horas de um ciclo:

41760
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 = = 3,6 ∗ 105 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
0,1149

Com o número de ciclos definido, a classe de utilização dos elementos da


estrutura é dada como C, de acordo com a tabela 2.

Tabela 2 - Classes de utilização.

Fonte: Norma NBR 8400.

Com a classe de utilização definida, admitimos que a ponte rolante


raramente levantará carga nominal e comumente cargas de 1/3 da carga
nominal. Assim, de acordo com a tabela 3, o estado de carga será 1 (leve).
Tabela 3: Estado de carga.

Fonte: Norma NBR 8400.

Com o estado de carga e classe de utilização já definidos, podemos definir


o seu grupo, então, de acordo com a tabela 4, seu grupo é classificado como 4.

Tabela 4: Classificação da estrutura dos equipamentos (ou elementos da estrutura) em


grupos

Fonte: Norma NBR 8400.

3.2. Classificação dos mecanismos.

Para a classificação dos mecanismos de elevação, calculamos a duração


teórica de funcionamento diário, e vimos que seria de 1,92 horas. Assim, de
acordo com a tabela 5, sua classe de funcionamento seria V1.
Tabela 5: Classe de funcionamento

Fonte: Norma NBR 8400.

Com este parâmetro definido, podemos calcular o número de ciclos do


mecanismo:

𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3200 ∗ 3600


𝑁𝑥 = = = 2,7 ∗ 104 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 1 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 413,64

Então, de acordo com a tabela 2, o mecanismo foi classificado como A.


Para definirmos a classe de funcionamento dos mecanismos, devemos
encontrar α e te de cada elemento:

0,416 ∗ 4
∝𝑒𝑙𝑒𝑣 = = 0,241 ≫ 𝑡𝑒 = 10064,16 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
6,894
0,315 ∗ 2
∝𝑐 = = 0,091 ≫ 𝑡𝑒 = 3800,16 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
6,894
2 ∗ 0,3
∝𝑝 = = 0,087 ≫ 𝑡𝑒 = 3633,12 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
6,894

De acordo com a tabela 6, a classe de funcionamento dos mecanismos


de elevação, do carro e da ponte são, respectivamente, V1, V0,25 e V0,25.
Tabela 6: Duração de utilização dos mecanismos em função de te e α.

Fonte: Norma NBR 8400.

Após esta classificação, é possível encontrar os grupos dos mecanismos,


definidos na tabela 7, e vimos que para estado de solicitação 1, todos os grupos
são 1Bm.

Tabela 7: Grupo dos mecanismos.

Fonte: Norma NBR 8400.

3.3. Escolha do material.


Para a fabricação da ponte rolante, foi selecionado o aço ASTM A-36,
material bastante utilizado na fabricação de máquinas de içamento e em projetos
de responsabilidade, já que possui propriedades mecânicas bem definidas.
Segue abaixo a figura 2 com suas especificações.

Figura 2 – Características do aço ASTM A-36.

3.4. Valor de Majoração e coeficiente dinâmico.

O coeficiente de majoração é determinado de acordo com o grupo no qual


está classificado o equipamento, então, de acordo com a tabela 8, o valor
selecionado foi:

𝑀𝑥 = 1,06

Tabela 8: Valores do coeficiente de majoração para equipamentos industriais.

Fonte: Norma NBR 8400.

Já o coeficiente dinâmico é determinado de acordo com a tabela 9, em


função da velocidade de içamento da carga de 0,1 m/s, que será:

𝛹 = 1,15
Tabela 9: Valores do coeficiente dinâmico 𝜳.

Fonte: Norma NBR 8400.

3.5. Tensão Admissível de Escoamento à tração e ao


cisalhamento.

Como a razão entre a tensão de escoamento e a tensão de ruptura do aço


ASTM A36 é menor do que 0,7 o valor da tensão admissível à tração é calculado
pela equação:

𝜎𝑒 250
𝜎𝑎 = = = 167 𝑀𝑃𝑎
1,5 1,5

Para o cisalhamento puro a tensão admissível é dada pela equação:

𝜎𝑎
𝜏𝑎 = = 96,42 𝑀𝑃𝑎
√3

3.6. Dimensionamento do cabo de aço.

Para o cálculo do diâmetro mínimo externo do cabo de aço, é usado a


seguinte equação:

dc = Q√T
Onde o fator de dimensionamento (Q) é definido pela tabela 10, em função
do grupo de mecanismo e considerando que seja cabo normal, seu valor é:

𝑄 = 0,265

Tabela 10: Valores mínimos de Q.

Fonte: Norma NBR 8400.

Após o cálculo do Q, é necessário encontrar o esforço máximo de tração


(T), que é definido pela equação:

(1,1∗𝜓∗𝑄)+𝑆𝑔
𝑇=
𝑛𝑟𝑒𝑛𝑑 ∗𝑛𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠

Em que a carga içada é calculada pela fórmula:

𝑚
𝑄 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑣.∗ 𝑔 = 2000 𝑘𝑔 ∗ 9,81 = 196,2 𝑑𝑎𝑁
𝑠2

Devemos encontrar o peso do cabo (Sg), que pode ser encontrado pela
seguinte equação:

𝑆𝑔 = 2,5 ∗ 4 ∗ 0,580 ∗ 0,981 = 5,69 𝑑𝑎𝑁

Com o rendimento de 0,98, o esforço máximo de tração é igual a:

(1,1 ∗ 1,15 ∗ 196,2) + 5,69


𝑇= = 64,77 𝑑𝑎𝑁
0,98 ∗ 4
Com o esforço máximo de tração e o fator de dimensionamento definidos,
é possível calcular o diâmetro mínimo externo do cabo de aço:

dc = Q√T = 0,265 ∗ √64,77 = 2,13 mm

De acordo com o catálogo de cabos da CIMAF, o cabo de aço selecionado


será o de classe 6x41 Warrington-Seale de 6,4 mm de diâmetro, classe IPS, com
massa de aproximadamente 0,150 kg/m.

3.7. Dimensionamento das polias e do tambor.

A escolha das polias e tambores é feita a partir da determinação do


diâmetro mínimo de enrolamento de um cabo, que é dado pela fórmula:

𝐷𝑒 ≥ 𝐻1∙ 𝐻2 ∙ 𝑑𝑐

Onde 𝐻1 , para cabos normais e grupo de mecanismo 1Bm, é determinado


pela tabela 11:

Tabela 11: Valores de 𝑯𝟏 .

Fonte: Norma NBR 8400.

Para os tambores e polias de compensação: H2 = 1 seja qual for o tipo de


sistema de cabos. Já para as polias móveis, os valores do coeficiente H2
dependem do número de polias no circuito e do número de inversões dos
sentidos de enrolamento (curva em S); as polias de compensação não entram
no cálculo das inflexões. Dando-se os valores:
• W1 = 1, para tambor;
• W2 = 2, para cada polia que gere inversão de sentido;
• W3 = 4, para cada polia que não gere inversão de sentido.
• W4 = 0 para polias de compensação

Realizando o somatório de Wt, é possível encontrar os valores de H2 a


partir da tabela 12:

𝑊𝑡 = 𝑊1 + 𝑊2 + 𝑊3 + 𝑊4 = 1 + 4 + 4 + 0 = 9

Tabela 12: Valores de H2.

Fonte: Norma NBR 8400.

Substituindo os valores de H1 e H2 na equação do diâmetro mínimo de


enrolamento de um cabo, podemos encontrar os dados para seleção do moitão,
listados na tabela 13.

Tabela 13: Dados para seleção do moitão.

Polia móvel Polia compensadora Tambor


H1 16 14 16
H2 1,12 1 1
D min (mm) 114,68 89,6 102,4
Fonte: Autoria própria.

Adotando valor de mercado ligeiramente superior ao nominal, foi


selecionado o moitão MTC-2503102 de diâmetro de 250 mm e capacidade de
até 3 toneladas, a partir do catálogo da alta industrial.
Tabela 14: Seleção de moitão curto.

Fonte: Alta industrial (2009).

Figura 3: Moitão do tipo curto.

Fonte: Alta industrial (2009).


Como não é especificado a massa do moitão no catálogo, foi utilizado a
massa de um moitão curto de carga útil de 10 toneladas, menor valor encontrado,
da seguinte tabela:

Tabela 15: Massa aproximada de moitões curtos e longos.

Fonte: PURQUERIO (2007).

Para o dimensionamento do tambor, é necessário encontrar certos


valores relacionados com as ranhuras da mesma, especificados na figura 4.

Figura 4: Itens relacionados ao dimensionamento do tambor.

Fonte: Serra (2018).

Onde:
• Dt = diâmetro nominal = De (diâmetro de enrolamento do cabo) =
102,4 mm;
• e = a1 + h = 2,8 + 7/9 * Dc = 7,8 mm;
• De = diâmetro externo = 𝐷𝑡 − (𝑑𝑐 − 2𝑎1 ) = 102,4 – (6,4 - 2 * 2,8)
101,6 mm;
• 𝐷𝑖 = diâmetro interno = De – 2e = 86 mm;
• rg = raio do cabo = 125 mm;
• p = passo de enrolamento do cabo do tambor =1,2 𝑑𝑐 = 7,68 mm;
• Dc = diâmetro do cabo = 6,4 mm;
7
• 𝑎1 = profundidade da ranhura = 16 dc = 2,8 mm.

Com o valor do diâmetro externo encontrado, foi selecionado o tambor


a partir do catalogo do grupo AçoTubo. Por falta de opções no mercado, a
escolha das dimensões foram as seguintes:

Tabela 16: Dimensões de mercado de um tambor.

Fonte: Grupo AçoTubo (2018).

Após a seleção do diâmetro do tambor, é necessário achar seu


comprimento total, que pode ser encontrada através das seguintes equações:
Figura 5: Elementos para cálculo do Lt.

Fonte: Norma PB-1447.

Onde:
• Dtn = De + (Dc – 2a) = 103,2 mm;
nc∗ H 4 ∗ 4,98 ∗ 1000
• Nr = Número de ranhuras = = = 60 + 4 = 64
π ∗Dtn 𝜋∗103,2
ranhuras;
• L = Nr * p = 64 * 7,68 = 491,52 mm;
• b = Dpm + 5 * dc = 114,68 + 5*6,4 = 146,68 mm;
• a = ( Dpm )/2 + dc = 114,68/2 + 6,4 = 63,74 mm;
• Lt = Comprimento total do tambor = 2L + 2a + b = 2*491,52 +
2*63,74 + 146,68 = 1257,2 mm.

Com o dimensionamento do tambor já realizado, é necessário efetuar


a verificação dos elementos em relação a tensão admissível de ruptura,
calculada através da seguinte equação:

σ𝑟
σ𝑎 =
𝑞 𝐹𝑆𝑅
O coeficiente q leva em conta certa possibilidade de se ultrapassar a
tensão calculada, devido às imperfeições do cálculo e aos imprevistos, e é
encontrado através da tabela 17.

Tabela 17: Valores de q.

Fonte: Norma NBR 8400.

Já o fator de segurança para caso I, pode ser encontrado na tabela 18.

Tabela 18: valores de Fsr.

Fonte: Norma NBR 8400.

Substituindo os valores, a tensão admissível para uma tensão de ruptura


de 400 Mpa (tensão do material API – 5L XS) é:

σ𝑟 400
σ𝑎 = = = 142,86 𝑀𝑝𝑎
𝑞 𝐹𝑆𝑅 1 ∗ 2,8

Com a força máxima do cabo de 443,1 N, determinada em função do seu


peso, as tensões de compressão radial e de flexão localizadas são calculadas:
𝐹𝑚á𝑥 𝑐𝑎𝑏𝑜 443,1
𝜎𝑐 = = = 3,7 𝑀𝑝𝑎
2𝑝 ∙ 𝑒 2 ∗ 7,68 ∗ 7,8

4 1 4
𝜎𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 = 0,96 ∗ 𝐹𝑚á𝑥 √ 2 6
= 425,37 ∗ √6,25 ∗ 10−9 = 3,78 𝑀𝑝𝑎
𝑑𝑡 ∗ ℎ

Onde:

3,78 Mpa + 3,7 Mpa ≤ 142,86 Mpa

O cálculo da tensão máxima de cisalhamento é efetuado a partir da


seguinte equação:

𝑀𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝐶
𝜏𝑀𝑎𝑥 =
𝐽

Em que:

𝜋 ∗ (𝐷𝑒 4 − 𝐷𝑖 4 )
𝐽= = 5,42 ∗ 106 𝑚𝑚4
32

Substituindo os valores, temos:

𝑀𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝐶
𝜏𝑀𝑎𝑥 = = 0,49 𝑀𝑝𝑎
𝐽
Onde:

0, 49 Mpa ≤ 142,86 Mpa

A tensão combinada é calculada através da seguinte equação:

2
√(σ𝑐 + σ𝑓 ) + 3𝜏 2 = 7,49 𝑀𝑝𝑎 ≤ 142,86 𝑀𝑝𝑎
Após os testes, é concluído que o tambor irá resistir as tensões expostas.

3.8. Seleção de Motores.

A seleção do motor elétrico depende de alguns fatores, dentre eles o


diâmetro do tambor (𝐷𝑇 ) = 168,3 mm, massa de elevação (Q) = 2000 kg, massa
do moitão (𝑄𝑚 ) = 170 kg , a velocidade de elevação da carga ( 𝑉𝑒 ) = 0,1 m/s e
as eficiências adotadas: 𝜂𝑚𝑜𝑖𝑡ã𝑜 = 0,98, 𝜂𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 = 0,96, 𝜂𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 = 0,90. Com
esses valores definidos é possível calcular a potência relativa definida como:

𝑄 + 2𝑄𝑚
𝑀𝑅 = = 0,539
2(𝑄 + 𝑄𝑚 )

A eficiência total é dada por:

𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜂𝑚𝑜𝑖𝑡ã𝑜 ∗ 𝜂𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 ∗ 𝜂𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 = 0,847

A potência de regime 𝑁𝑅 pode ser calculada utilizando a seguinte fórmula:

(𝑄 + 𝑄𝑚 )𝑉𝑒
𝑁𝑅 = = 3,42 𝐶𝑉 = 2,52 𝑘𝑊
75 ∗ 𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Para calcular a potência nominal para futura escolha do motor é


necessário ainda calcular o coeficiente de carga relativa 𝑓𝑟 , definida por:

𝑓𝑟 = (1 + 2𝑀𝑟 2 − 2𝑀𝑟 )1/2 = 0,709

Logo a potência nominal é 𝑁𝑛 = 𝑓𝑟 ∗ 𝑁𝑅 = 2,42 𝐶𝑉 = 1,78 𝑘𝑊

O motor foi selecionado pelo catálogo da WEG (2019) e é o W22 com uma
potência nominal de 3 CV ~ 2,21 KW, frequência de 60 Hz com 2 polos e rotação
síncrona de 3600 rpm, como mostra a figura 6.
Figura 6: Características do motor selecionado

Fonte: WEG (2019)

O motor possui grau de proteção IP55, que corresponde a proteção


completa contra torques, contra acúmulo de poeiras e contra jatos de água em
todas as direções.

3.9. Seleção do Redutor.

Para a escolha do melhor redutor que atenda todas as condições se faz


necessário calcular a redução causada para a velocidade requerida, a partir do
número de cabos, pela equação definida por Purquerio (1983), já em rpm:

𝑛𝑐 ∗ 𝑉𝑒 ∗ 60
𝑟𝑡 = = 22,7 𝑟𝑝𝑚
2 ∗ 𝜋 ∗ 𝐷𝑇 ∗ 10−3

Com a rotação do motor e a rotação requerida, têm-se a relação de


transmissão:

𝑟𝑚
𝑖= = 158,59
𝑟𝑡

A potência requerida para a aplicação desejada é:


𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝑃𝑟𝑒𝑑 =
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

Onde o fator de velocidade é encontrado através da tabela 19:

Tabela 19: Determinação do fator de velocidade

Fonte: Cestalto

Substituindo os valores, com fator de velocidade sendo 1, temos que:

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟


𝑃𝑟𝑒𝑑 = = 3 𝐶𝑉
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

Tabela 20: Catálogo para seleção do redutor

Fonte: Geremia (2019)

A partir da tabela, o redutor que melhor se adequou a situação requerida


foi o GD 60/3R com taxa de redução de 153,25, potência nominal de 4 CV e
rotação de 11,1 rpm e eficiência de 94 %.

3.10. Seleção de Freios.

Para fazer a seleção de freios deve-se calcular o torque fornecido pelo


motor:

𝑁𝑚 ∗ 60
𝑇𝑚 = = 5,85 𝑁. 𝑚
2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑟𝑚
Já o Torque efetivo é calculado pela seguinte fórmula:

𝑇𝑒 = 𝑇𝑚 ∗ 2,5 = 14,63 𝑁. 𝑚

O freio selecionado é do tipo Pneumático a disco como mostra a figura


abaixo:

Figura 7: Especificações do freio

Fonte: Catálogo Vulkam (2019)

3.11. Sistema de Acoplamento.

A seleção dos acoplamentos é feita a partir do valor das cargas de pico,


na qual haverá o pico de torque máximo no sistema de içamento. Considerando
como sendo torque de pico reversível (o que melhor se adequa ao projeto), o
toque do sistema é dado por:

2 ∙ 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑘𝑊 𝑑𝑒 𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑠𝑖𝑡𝑒𝑚𝑎 ∙9,549


Torque do sistema (𝑁 ∙ 𝑚) = = 12 𝑁. 𝑚
𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 (𝑟𝑝𝑚)

A partir de então se faz necessário utilizar o fator de segurança para


pontes rolantes que é determinado a partir da tabela abaixo:
Tabela 21: Fator de serviço

Fonte: Autor desconhecido

Logo, o torque é dado por:

𝑇𝑠 = 12 ∗ 1,75 = 21 𝑁. 𝑚

Com o valor determinado, é possível escolher o sistema de acoplamento


que melhor se adequa ao projeto:

Tabela 22: Especificações do sistema de acoplamentos.

Fonte: Catálogo de acoplamentos flexíveis Rexnord.


3.12. Dimensionamento da viga.

Segundo NBR 8800:2008, para fazer o dimensionamento da viga principal


da ponte rolante é preciso considerar que as rodas do trole estejam posicionadas
no centro da viga para se obter uma maior deformação e posicionadas no vão
da viga para maior flexão, e consequentemente maior esforço cortante. A partir
do artigo técnico da GERDAU LTDA, 2018, é possível selecionar o perfil da viga
principal em função de alguns parâmetros: Capacidade de içamento, vão livre,
distância entre apoios e dados do trole.

Tabela 23: Perfis da viga principal.

Fonte: GERDAU LTDA (2018).

O perfil da viga principal selecionado foi W 360 x 64, com massa de 64


kg/m, totalizando 768 quilogramas.

3.13. Dimensionamento do sistema de transporte do carro.

Deve-se selecionar o diâmetro da roda, que depende da carga


transportada, de acordo com a tabela abaixo:
O diâmetro da roda e trilhos selecionados foi de 200 mm para ambos. A
tabela 25 determina o número selecionado de rodas em relação a carga e ao
vão, relacionando a carga e o vão da ponte que no projeto em vigor é de 12
metros.

Tabela 25: Relação vão da ponte e carga útil.

Fonte: PURQUERIO (1983).

A carga admissível do conjunto roda-trilho é calculada através da seguinte


equação:
𝐶𝑎 = 𝑘 ∗ 𝑏 ∗ 𝐷𝑟
Onde:

• K = fator de carga;
• b = largura de contato da roda com o trilho;
• Dr = diâmetro da roda.

A largura de contato da roda com o trilho (b) pode ser encontrada na


tabela 26.

Tabela 26: Largura de contato da roda com o trilho.

Fonte: PURQUERIO (1983).

O fator de carga (k) pode ser encontrado através da figura 8, com dureza
Brinell de 150 DB do aço ASTM A-36.

Figura 8: Fator de carga (k).

Fonte: PURQUERIO (1983).


Portanto, o fator de carga para a roda é de Kroda = 60 kgf/cm².
Substituindo os valores, temos que:

𝐶𝑎 = 60 ∗ 3,5 ∗ 20 = 4200 𝑘𝑔𝑓

A carga efetiva sobre o trilho é encontrada a partir da seguinte fórmula:

(2000 + 170 + 37,6 + 25 + 9 + 160 + 39)


Ce = = 610,15 kgf
4

Em que a soma é de todas as cargas úteis do projeto. Como a carga


efetiva é menor que a carga admissível, podemos dizer que o conjunto roda-
trilho está adequado ao projeto.

A rotação na roda é de:

60Vc 60 ∗ 0,6
n = = = 57,3 𝑟𝑝𝑚
𝜋 ∗ 𝐷𝑟 𝜋 ∗ 0,2

Para o cálculo da potência necessária do motor do carro, segue a equação


abaixo:

𝑄 . 𝑉𝑒 2000 ∗ 9,81 ∗ 0,1


Pot 𝑛𝑒𝑐 = = = 2,17 𝑘𝑊 = 2,95 𝐶𝑉
𝑛1 ∗ 𝑛2 ∗ 1000 0,9126 ∗ 0,99 ∗ 1000

Foi selecionado o motor WEG W22 IR2 com as características listadas na


figura 9.
Figura 9: Características motor WEG W22 IR2

Fonte: Catálogo WEG (2019).

O freio é selecionado a partir do torque transmitido pelo motor, que é igual


a:

𝑁𝑚 ∗ 60
𝑇𝑚 = = 12,10 𝑟𝑝𝑚
2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑟𝑚

𝑇𝑒 = 𝑇𝑚 ∗ 2,5 = 30,25 𝑁. 𝑚

O freio selecionado é do tipo eletromagnético a disco como mostra


a tabela seguir:

Tabela 27: Catálogo de freios Vulkam

Fonte: Vulkam 2019


Para o cálculo do redutor do carro é necessário encontrar a redução
requerida para a velocidade de elevação prevista no projeto, que é dada por:

𝑛𝑐 ∗ 𝑉𝑒 ∗ 60
𝑟𝑡 = = 22,7 𝑟𝑝𝑚
2 ∗ 𝜋 ∗ 𝐷𝑇 ∗ 10−3

A relação de transmissão é encontrada através da seguinte equação:

𝑟𝑚 1740
𝑖= = = 76,65
𝑟𝑡 22,7

Com a potência requerida de 3 cavalos e relação de transmissão de 76,65,


o redutor de velocidade do carro foi selecionado a partir do catálogo abaixo:

Tabela 28: Catálogo Geremia de redutores

Fonte: Geremia 2019

Selecionado o redutor do tipo GD4D/3R com uma potência de 3 CV e


redução de 68,89, o que se torna satisfatório para o projeto e apresenta um
rendimento de 94%.

3.14. Sistema de translação da ponte


A carga que está submetida o carro depende da viga e do seu peso, para
o perfil de viga selecionado no projeto tem-se que:

𝑀𝑡 = 2440 + 64 ∗ 12 = 3208 𝑘𝑔𝑓

Devemos determinar as situações em que o carro está localizado mais


próximo e mais longe dos apoios, em que são determinadas com as equações
a seguir:

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 𝐿−𝑒


𝑅𝑚𝑖𝑛 = + ( )
4 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝐿
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 𝑒
𝑅𝑚𝑎𝑥 = + ( )
4 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝐿

Onde a massa da viga é 768 kgf, a massa do carro é de 2440 kgf, L é 12


m e e=1,5 m. Logo 𝑅𝑚𝑎𝑥 = 1259 𝑘𝑔𝑓 e 𝑅𝑚𝑖𝑛 = 344,5 𝑘𝑔𝑓. Logo, utilizando-se
de um valor médio para efeito de cálculo:

𝑅𝑚𝑖𝑛 + 2𝑅𝑚𝑎𝑥
𝑅𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 954,17 𝑘𝑔𝑓
3

A partir da tabela abaixo e sabendo que o valor de carga em cada roda é


de 954,17 kgf, pode-se selecionar o diâmetro e o número de rodas necessárias
para a ponte:
Tabela 29: Número de rodas em relação a carga e o vão

Fonte: Purquerio 1983

Uma roda de diâmetro 500 mm e 4 rodas para a ponte. O tipo e o tamanho


do trilho são determinados pela tabela abaixo:

Tabela 30: Trilhos para pontes rolantes e carros

Fonte: Purquerio 1983

O trilho que melhor se enquadra no projeto, para um perfil quadrado é o


de 57,2 mm sendo ele o TR-25.
Para o cálculo de potência deve-se utilizar a tabela 31 para podermos
calcular a potência de regime, dada por:
Tabela 31: Fator de atrito das rodas da ponte

Fonte: Purquerio 1983

3208 ∗ 7,5 ∗ 10−3 ∗ 18


𝑁𝑟𝑝 = = 0,111 𝑐𝑣 = 0,082 𝑘𝑊
60 ∗ 75 ∗ 0,87

A potência em aceleração (β=1,2) e da tabela abaixo temos 𝑡𝑎 = 5𝑠, logo:

Tabela 32: Tempos de aceleração

Fonte: Purquerio 1983

3208 ∗ 1,2 ∗ 182


𝑁𝑎 = = 0,108𝑐𝑣 = 0,080𝑘𝑊
3600 ∗ 75 ∗ 9,81 ∗ 5 ∗ 0,87

Logo, a potência nominal será:

0,111 + 0,108
𝑁𝑟𝑝 = = 0,110𝑐𝑣 = 0,081𝑘𝑊
2

A partir desses valores e verificando catálogo da WEG foi possível fazer


a escolha do motor, que possui características mostradas na figura abaixo:
Figura 10: Características do motor selecionado

Fonte: WEG

O motor selecionado foi o W22 R1 Categoria D com potência de 1 CV,


grau de proteção 22 IP55 e uma rotação de 1665 rpm. A redução necessária
será de:

60 ∗ 0,63
𝑛𝑟𝑝 = = 24,06 𝑟𝑝𝑚
𝜋 ∗ 0,5

A redução necessária será de:

𝑟𝑚 1665
𝑖= = = 69,2
𝑟𝑝 24,06

Com esse valor, foi possível fazer a escolha do redutor por meio do
catálogo da Geremia, como mostra a tabela abaixo:
Tabela 32: Catálogo de redutores Geremia

Fonte: Geremia

Modelo GD 20/3R com redução de 64,21 e uma potência de 1 CV e um


rendimento de 94 %.
4. Referências

ALTA INDUSTRIAL. Catálogo Alta Industrial. Contagem, 2009. Disponível


em:<http://altaindustrial.com.br/Portugues/media/Catalogo_Alta_Industrial.pdf>.
CESTALTO. Redutores e Motorredutores de Velocidade. Monte Alto -
SP,1997.Disponívelem: http://cestalto.com.br/novo/wpcontent/uploads/2016/09/
CESTALTO-CATALOGO-COMPLETO.pdf>.
CESTALTO. Redutores e Motorredutores de Velocidade. Monte Alto - SP,
1997. Disponível em:<http://cestalto.com.br/novo/?stm_works=cdr-duplex-4-2>.
GERDAU LTDA. Vigas de rolamento com perfis estruturais Gerdau. Porto
Alegre -RS, 2018. Disponível
em:<http://www.gerdau.com/br/pt/productsservices/products/Document%20Gall
ery/artigo-vigas-de-rolamento.pdf>. Citado na página23.
GRUPO AçOTUBO. Catálogo Açotubo - Tubos de Aço. 2018. Disponível
em:<http://acotubo.com.br/wpcontent/uploads/2016/catalogos/ACO_005_Catal
ogos_Acotubo2016-web.pdf>.
GRUPO WEG S.A. Seleção de Motores Elétricos: Motor elétrico. Jaraguá
do Sul - SC / Brasil, 2016. 16 p. Disponível
em:<http://ecatalog.weg.net/tec_cat/tech_motor_sel_web.asp>. Citado 3 vezes
nas páginas24,25e30.
MADEMIL. Catálogo Técnico - Modelos de Polias de Ferro. 2018.
Disponível em:<https://www.mademil.com.br/files/catalogos/catalogo_34.pdf>.
NBR8400. Cálculo de Equipamentos para Levantamento e Movimentação
de Cargas. [S.l.]: ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas São Paulo,
1984.
PURQUERIO, B. de M. Máquinas de elevação e transporte - Projeto. [S.l.],
1983.
SERRA, P. L. C. Notas de Aula sobre: NBR8400 Dimensionamento do
Tambor. [S.l.]: Universidade Federal do Piauí, 2018.
VULKAN BRAKES TECH. DADOS TÉCNICOS FREIOS E ACESSÓRIOS
PARA APLICAÇÕES INDUSTRIAIS. Alemanha, 10/2018. Disponível
em:<http://www.vulkan.com/ es-es/drivetech/Documents/Brakes-Technical-
Data-ES-PT.pdf>.

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