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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

PEQUENOS GRUPOS

Curso Para Formação de Líderes

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

Introdução

O presente momento na história da igreja é ímpar. Digo isto porque durante dois mil anos a Igreja
tem falado sobre o retorno de Cristo e sobre a necessidade do evangelho chegar a todas as etnias da terra e
hoje estamos vislumbrando fatos que mostram claramente que a volta de Cristo está muito próxima.
Talvez você esteja se perguntando: - O que a volta de Cristo tem a ver com o assunto pequenos
grupos? Bom, tem tudo a ver, pois Deus hoje está preparando a sua igreja para a grande colheita final e para
isto é necessário que ela esteja totalmente restaurada e viva uma perfeita unidade.
Assistimos um voltar a unidade em nível de igreja universal, pois apesar da variedade de
denominações evangélicas que vemos hoje, o povo de Deus tem conseguido dialogar, caminhar junto e
realizar projetos que beneficiam o reino de Deus.
Também temos percebido que o Senhor está soprando o Vento do Espírito dentro das igrejas locais
e este vento está levando o seu povo para um nível de unidade maior e é aí que entra o assunto pequenos
grupos.
Não existe nenhum método ou programa, que se compare aos pequenos grupos no que tange a levar
a Igreja a viver a comunhão planejada por Deus e vivida pela igreja primitiva. Sei que para muitos isto parece
um absurdo e para outros possa soar até como uma heresia, porém uma simples análise na história da igreja
primitiva nos mostrará que ela só conseguiu viver a comunhão descrita em Atos 2 porque a sua base de
funcionamento eram as reuniões nos lares. A igreja primitiva não possuía um templo e, durante 300 anos
funcionou e se espalhou por todo o mundo da época desta forma.
Sei que a terminologia “Pequenos Grupos” é muito ampla. Temos observado vários tipos de
pequenos grupos: Grupos de comunhão e evangelismo (células, grupos familiares), grupos de discipulado
para formação de liderança, grupos de apoio a pessoas feridas e muitos outros. Entretanto, vamos utilizar o
termo para nos referirmos aos pequenos grupos de discipulado, crescimento, comunhão e evangelismo, o
que é conhecido por muitos como células, e que infelizmente teve o nome estigmatizado por pessoas que
não entendem o seu propósito e também por culpa de líderes que fizeram mau uso deste princípio bíblico.

Formação de líderes

Muitas igrejas ao conscientizarem-se dos princípios e funcionalidades dos pequenos grupos acabaram
“pecando” no fato de não formar uma liderança madura para implementação e funcionamento dos grupos.
Para alguns, bastava encontrar as casas onde os grupos poderiam funcionar, direcionar os membros para
cada uma delas e encontrar alguém que se dispusesse a liderar o grupo e pronto. A história recente tem nos
mostrado que não é bem assim. Muitas igrejas sofreram danos irreversíveis, pois induziram crentes com
potencial de liderança, porém imaturos e sem preparo algum a liderar grupos e o resultado foi um estrago
total. Conheço pessoas que lideravam células e que hoje estão totalmente desviadas. Conheço igrejas que
nunca mais conseguiram se reerguer. Algumas, como a Igreja Batista da Lagoinha, após uma verdadeira
catástrofe com células, conseguiram parar, avaliar os erros e recomeçar o sistema de grupos dentro de uma
nova perspectiva. A Lagoinha hoje já passou da marca de 83.000 membros. Tive o privilégio de conviver e
aprender sobre pequenos grupos com os irmãos da Igreja da Paz de Santarém no Pará, que hoje (2018) conta
com mais de 70.000 membros e muito respeitada em todo o país, e isso em uma cidade que não chega ainda
a 300.000 habitantes. Isso é mais do que 20 % da população da cidade. Contudo, a Igreja da Paz não chegou
este patamar de uma hora para outra. Foram mais de 10 anos de adequação até que o modelo utilizado por
eles realmente fosse funcional.
Menciono tudo isto, porque hoje nós temos um rastro de “sucesso” muito mais do que de fracasso.
Temos exemplos e modelos que podem ser analisados e praticados porque mostraram-se saudáveis. Temos
todo o suporte, como o do MIC (Ministério Igreja em Células), Associação MDA (Igreja da Paz), Videira e
outros mais.
Este treinamento é uma precaução a fim de que não cometamos o mesmo erro de outros. Não
significa que você terminará este curso e estará totalmente preparado para liderar um pequeno grupo, pois
isto depende de vários fatores, mas é um resguardo para que tenhamos mais base, uma base mais sólida para
que possamos aplicar este princípio bíblico satisfatoriamente.

Bom Estudo, Pr. Valdecy de Jesus Marques

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-- Capítulo 1 --

OS PEQUENOS GRUPOS NO
CONTEXTO DO DISCIPULADO

No Livro “O Ciclo da Vida Espiritual”1 destaca-se que a principal missão da igreja é o discipulado.
Jesus em Mt 28.18-20 nos deu um imperativo: “Fazei discípulos”. A obra também analisa as duas principais
formas usadas pela igreja primitiva para discipular: em grupo e individualmente. Os pequenos grupos sevem-
nos eficazmente na tarefa de discipular em grupo e esta apostila tem a finalidade de formar líderes dentro de
uma visão voltada para o discipulado.

O discipulado em grupo e os pequenos grupos caseiros

“Ficamos boquiabertos quando analisamos o crescimento da igreja no seu início, pois ela nunca
cresceu tanto como naquela época. Que segredo a levou a crescer tanto? É simples responder: Ela estava
assentada em pequenos grupos que se reuniam principalmente nas casas e também no meio das matas, em
pequenos salões, em galerias subterrâneas e outros lugares.
A igreja hoje vive uma doença chamada ‘templismo’ ou ‘templite’. Só conseguimos pensar nela no
âmbito do templo e é nele que concentramos todas as nossas atividades, Porém, no início não era assim. A
igreja primitiva não possuía um templo, pois o templo narrado em Atos era dos judeus e os primeiros crentes
iam até lá porque eram judeus de nascença e por isso tinham acesso àquele lugar, mas apenas para disseminar
o evangelho… Apenas os apóstolos se reuniam no Templo, contudo não no interior, no Lugar Santo e nem no
Santíssimo Lugar, e sim, no pórtico de Salomão que era, na verdade um enorme corredor coberto que cercava o monte
do templo, formando um muro em torno do gigantesco edifício construído por Herodes para agradar os judeus. O
texto diz que dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles e se o restante da igreja não se ajuntava aos apóstolos,
onde eles se reuniam então? As reuniões dos cristãos não aconteciam no Templo, mesmo antes de ele ser destruído
no ano 70 d.C., e nem mesmo nas sinagogas e sim nas casas. A igreja primitiva era uma igreja sem templos! Os
primeiros prédios estritamente cristãos só começaram a ser construídos quando a famosa ‘Santa Helena’, mãe do
imperador Constantino, resolveu construir locais para adoração por todo o Império Romano, isto nos leva para tempos
vividos após o ano 313 d.C. Antes dessa época, alguns locais foram construídos, mas, infelizmente (ou felizmente!)
devido à perseguição foram destruídos. Durante quase trezentos anos a igreja concentrou as suas reuniões nas casas e
em outras pequenas construções, mas os lares eram o local preferido e constituíam a base da comunidade cristã”.2

CBD -- O Ciclo Bíblico de Discipulado

“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a
outros.” (2Tm2:2)

1. O que de mim ouviste “transmite” a outros homens.


2. Para instruir a outros.

1 Marques, Valdecy de Jesus – O Ciclo da Vida espiritual, 1ª edição, 2013 – págs. 22-26.
2 Marques, Valdecy de Jesus – O Ciclo da Vida espiritual, 1ª edição, 2013 – pág. 33.

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Encontramos neste texto quatro gerações de crentes:

1)__________________________________
2)__________________________________
3)__________________________________
4)__________________________________

Observe os gráficos abaixo e entenda como funciona o Ciclo de discipulado

O CBD – CICLO BÍBLICO DE DISCIPULADO


(Um modelo de discipulado integral)

1) Conversão -- O “Ide” e a “Pregação” têm um propósito específico; a


conversão de pessoas ao senhorio de Cristo e este é apenas o primeiro passo no
ciclo de discipulado integral.
2) Incorporação-- A incorporação vem logo imediatamente após a conversão. O
novo discípulo aos poucos vai sendo “integrado, incorporado ao corpo de Cristo”.
É tarefa da igreja fazer com que esta incorporação aconteça e aconteça
normalmente. Este período é curto, porém, muito importante.
3) Edificação – Dias, semanas ou meses após a conversão, se o discípulo passou bem pela fase de
incorporação ele começa uma fase onde sua vida vai aos poucos sendo edificada na fé: Este é um período de
amadurecimento e a base é o conhecimento da Palavra de Deus.
4) Treinamento -- Uma vez que o discípulo já está maduro na fé ele precisa aprender a fazer discípulos. Ele
agora vai receber as instruções para fazer com outras pessoas aquilo que outros fizeram por ele para que se
tornasse um crente maduro.
5) Atuação -- Nesta fase o discípulo já está totalmente envolvido com o discipulado, pois já tem os seus
discípulos e já está liderando um pequeno grupo além de estar envolvido em outros ministérios da igreja.
6) Reprodução -- Como você pode perceber, estamos falando de um ciclo integral no qual cristãos
corretamente edificados, treinados e em completa atuação, automaticamente reproduzirão outros discípulos.

ESCALA DE ENGEL
“Adaptada ao Ciclo Bíblico de Discipulado”

FAZENDO DISCÍPULOS
DISCIPULADO:
EVANGELISMO EDIFICAÇÃO,TREINAMENTO E
ATUAÇÃO DOS DISCÍPULOS

-5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 +5

-5 -- Consciência da existência de Deus, porém sem o conhecimento do


Evangelho
-4 -- Começa a compreender o Evangelho.
-3 -- Reconhece que precisa tomar uma decisão
-2 -- Começa a frequentar reuniões (cultos, pequenos grupos etc.)
-1 -- Arrependimento e fé em Cristo.
0 -- Regeneração - Torna-se “Nova Criatura.”
+1 -- Incorporação.
+2 -- Edificação.
+3 -- Treinamento.
+4 -- Atuação.
+5 -- Reprodução.

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-- Capítulo 2 --

O PROPÓSITO DOS PEQUENOS GRUPOS

Definição:

Antes de falarmos sobre o propósito dos pequenos grupos, quero dar lugar de destaque a definição
do termo.

O que é um Pequeno grupo ou célula? Para responder a esta pergunta vamos abordar os “Cinco
Sistema da Vida da Célula”3

Os cinco sistemas da vida da célula

Comunidade

Todos os dedos trabalham em conexão com o polegar. Todos os sistemas em uma célula relacionam-
se a partir da célula e retornam para a célula.

Treinamento
O dedo mínimo representa os fracos na célula que precisam ser preparados.

Prestação de contas
O dedo anelar é o dedo da aliança, o que sugere responsabilidade. A célula possui um
sistema de apoio de uns aos outros.

Liderança O dedo do meio é o maior. Ele representa as pessoas mais maduras na célula.
Os líderes/Pais. Estes devem ser treinados para cuidar da célula.

3 Baseado no slide “O que é uma célula”, transição ano 1 – Disponível em www.celulas.com.br.

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Evangelismo
O indicador é o dedo que pega coisas e dá a direção. Esta é a direção
evangelística da célula.

Você pode citar os cinco sistemas da célula?

______________________
_
______________________
_
______________________
_
______________________
_
______________________
_

Para conversar

1- Quais destes cinco sistemas a sua igreja está usando?


2- Por que você tem usado ou não estes sistemas?
3- Quais são as vantagens de usar todos esses cinco sistemas?

Baseados nos cinco sistemas da célula podemos definir um pequeno grupo da seguinte forma:

“Uma comunidade cristã de base que proporciona treinamento, prestação de contas,


prepara líderes e evangeliza”

Esta é apenas uma das definições, outras pessoas têm definições que muito contribuem para que
entendamos os propósitos dos pequenos grupos. “A tentativa de definir o que é um pequeno Grupo é quase
insana. O número de definições é igual ao número de pessoas envolvidas neste ministério”4

Vejamos algumas outras definições:

“Grupo familiar [pequeno grupo] é aquele que possui identidade e ambiente familiar, que dá uma
cobertura espiritual para seus membros e ganha novas
Pessoas para Cristo” 5

David Kornfield e Gedimar de Araújo

“Com ‘grupo doméstico’ [grupo familiar] quero dizer um pequeno grupo, geralmente de cinco a vinte
pessoas, reunindo-se em lares com objetivo de haver incentivo mútuo e realizar estudos bíblicos,
discussões, orações e, às vezes, culto comunitário e evangelização” 6
Mikel Neumann

4 Kivitz, Éd René - Koinonia (Manual Para Líderes de Pequenos Grupos) – Editora Abba Press, 2ª edição, 1997 – Pág. 50
5 David Cornfield e Gedimar de Araújo – Implantando Grupos Familiares, Editora
Sepal/1995. pág. 28.
6 Neumann, Mikel – Alc ançar a cidade (As células na evangelização urbana. Edições Vida Nova/1993 – Pág. 17.

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“As células são ‘agrupamentos’ de pessoas pequenos o suficiente para edificar uns aos outros, cada um
servindo de canal para os dons do espírito. Elas são “comunidades cristãs de base” 7

MIC - Ministério Igreja em células

Para pensar: Analise as definições acima e liste os propósitos ou objetivos dos pequenos grupos, quantos
você puder encontrar.

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___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

Éd René Kivitz8, ao falar sobre a importância de multiplicar Pequenos Grupos nos fornece oito
razões para a multiplicação que muito nos ajuda a compreender seus propósitos:

1. Os Pequenos Grupos aproximam as pessoas umas das outras.


2. Os Pequenos Grupos são “salas de parto” para novos cristãos.
3. Os pequenos Grupos são “salas de parto” para novos líderes.
4. Os Pequenos Grupos estendem os limites do cuidado do rebanho.
5. Os pequenos Grupos são instrumentos para mobilização do rebanho
6. Os pequenos Grupos facilitam o processo de ensino-aprendizagem.
7. Os Pequenos Grupos viabilizam a concretização do amor fraternal.
8. Os Pequenos Grupos abrem o leque de possibilidades de engajamento dos cristãos em serviços ao
próximo.

7 Extraído do slide 113 Teologia/transição1 – Ministério Igreja em Células – Disponível em www.celulas.com.br


8 Kivitz, Éd René - Koinonia (Manual Para Líderes de Pequenos Grupos) – Editora Abba Press, 2ª edição, 1997 – Págs. 36-38.

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-- Capítulo 3 --

O FUNCIONAMENTO DOS
PEQUENOS GRUPOS

Os componentes

1. O número de participantes

O número ideal para um bom funcionamento, deve variar entre cinco a quinze participantes. Se um
grupo exceder a este número é necessário dividi-lo, o que na realidade é uma multiplicação, pois criamos
mais um grupo. Uma das razões para limitarmos o tamanho está ligada as “linhas de comunicação”. Observe:

Linhas de comunicação

2 pessoas -- (2) duas linhas de comunicação.


3 pessoas -- (6) seis linhas de comunicação.
4 pessoas -- (12) doze linhas de comunicação.
5 pessoas -- (20) vinte linhas de comunicação.
6 pessoas -- (30) trinta linhas de comunicação.
10 pessoas -- (90) noventa linhas de comunicação.
15 pessoas -- (210) duzentas e dez linhas de comunicação

Num grupo com quinze pessoas, cada pessoa pode se comunicar com outras quatorze pessoas,
formando assim linhas de comunicação que somadas, levando em consideração todo o grupo nos levam ao
total de 210 linhas o que dificulta demasiadamente a integração do grupo.

2. Quem são os participantes?

Os grupos devem ser abertos a todos. E por falar nisso, é importante que consigamos 100 % de
participação dos membros da igreja nos grupos: idosos, jovens, adolescentes, crianças, novos crentes, e como
os Pequenos Grupos têm também um propósito evangelístico é importante que todos se empenhem para
trazer pessoas não crentes para as reuniões.

As atividades de um pequeno grupo

Este é um ponto crucial do nosso estudo. Como é a reunião de um pequeno Grupo? Há igrejas que
por realizarem cultos nos lares dizem que têm também têm células, contudo o que elas fazem é apenas levar
a liturgia do templo para as casas. A “liturgia” - se é que podemos chamar assim – de um Pequeno Grupo é
muito diferente de um culto formal no templo. O culto de celebração no templo é extremamente importante
para a vida da igreja, contudo, ele não proporciona princípios fundamentais para a vida em comunidade.
Vejamos o formato de uma reunião de pequeno Grupo.

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A Estrutura de um encontro de Pequenos Grupos9

A estrutura da reunião de um pequeno Grupo tem quatro partes principais que podem ser facilmente
memorizadas por se iniciarem com a letra E.

ENCONTRO — Quebra-gelo → Bem-vindo


• Propósito→ Você para mim

EXALTAÇÃO (Adoração) — A presença de Jesus


• Propósito→ Nós para Deus

EDIFICAÇÃO (Palavra) — O poder de Jesus


• Propósito→ Deus para nós

EVANGELISMO (Compartilhar a visão) — Ação/obras


→ O propósito de Jesus
• Propósito→ Deus por meio de nós

O tempo de duração das reuniões

O grupo deve ter uma reunião semanal de no máximo uma hora a uma hora e meia.

a) Quebra-gelo -- 10-20 minutos

“O que é um quebra-gelo? Aqui estão algumas observações gerais:

* Quebra-gelo não é um jogo.


* É uma atividade que ajuda a pessoa a tirar a atenção de si mesma
para se sentir à vontade com os outros.
* Talvez requeira que cada pessoa fale algo sobre um tópico pré-
estabelecido.
* Às vezes são grupos pequenos de duas ou três pessoas que
devem terminar uma determinada tarefa num período definido.
* Ele concentra a atenção de todos os participantes da célula em
um assunto o central.
* Ele ajuda as pessoas a criarem vínculo entre si, normalmente
num nível superficial.
* Não espere demais do quebra-gelo.
* Como o nome sugere, ele somente quebra a hesitação inicial que
cada pessoa presente tem para falar abertamente.
* O quebra-gelo não é tempo jogado fora; use-o em cada reunião.
* Ele é extremamente valioso para células em que pessoas estão
começando a se conhecer, bem como para células que estão
juntas há tempo.
* Ele é somente uma ferramenta para ajudar os membros da célula
a darem o primeiro passo na direção um do outro depois de não
se verem por vários dias.
* O quebra-gelo pode dar direção a toda uma reunião de célula”10

9 Extraído do slide 1140 O que é uma célula/transição1 – Ministério Igreja em Células – Disponível em www.celulas.com.br
10 Manual do auxiliar de célula – Ministério Igreja em Células. 5ª impressão/2011 –
Pág. 43

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b) Exaltação (Adoração) – 10 minutos

O dirigente do grupo deve estar atento às pessoas com talento musical, pois estas podem ser muito
úteis. A música exerce um poder sobre a vida das pessoas que nem imaginamos e, por isso o dirigente deve
certificar-se de que as pessoas que vão conduzi-lo estejam em comunhão com Deus. Se não houver músicos
no grupo é interessante que se use cd’s ou playbacks ou alguém que tenha a voz bem firme para que conduza
os cânticos.
“Esta é uma parte extremamente importante da reunião. O foco agora se move das pessoas para o
Senhor. O corpo que se reuniu reconhece agora a sua cabeça.
Se esse estágio for bem planejado e o líder estiver em comunhão íntima com o Espírito Santo, as
pessoas irão perceber a presença e o poder do Senhor”.11

Edificação (Aplicação das Escrituras a vida) -- 30 minutos.

O estudo bíblico nos Pequenos Grupos não deve ser técnico e nem muito formal, deve ser informal
e descontraído. Lembre-se sempre que deve focalizar o aspecto devocional em grupo. Por isso é chamado
de “Edificação” e o dirigente deve assumir a posição de “facilitador” usando uma passagem pequena das
Escrituras com duas ou três perguntas para discussões práticas e aplicadas ao cotidiano. No início de um
grupo, muitas pessoas não se sentirão a vontade para participar, mas com o tempo elas vão se conhecendo e
ficando mais à vontade para se expressar. Neste período, o uso equilibrado e não abusivo de dinâmicas e
brincadeiras poderão ajudar a aplicar o conteúdo apresentado no estudo.
Nesta parte, como resultado das perguntas surgirão motivos de oração e é importante que as
perguntas sejam bem objetivas para que haja tempo suficiente para a oração ao final. É extremamente
importante associar a oração a este momento.

c) Compartilhando a visão-- 10-20 minutos.

“O foco central dessa parte da reunião é a Grande Comissão dada por Cristo para nós: todos temos
de ir e alcançar os perdidos. Nesse momento a visão de ministério da célula aos incrédulos é enfatizada.
Quando os membros da célula conseguem ir além dos seus limites, barreiras e preocupações consigo
mesmos, passam a ter um senso de propósito e destino. O Propósito de cada sessão ‘Compartilhando a
visão’ é discutir meios pelos quais a célula e todos os membros podem construir relacionamentos
significativos com incrédulos.
Durante o primeiro encontro da célula, o líder deve orientar todos os membros a fazerem a lista dos
incrédulos do seu oikos.
Isso vai incluir membros da família, vizinhos, colegas de trabalho etc. Essa lista deve ser entregue ao
líder e ele fará uma cópia das relações de nomes. Na reunião seguinte, a lista geral é distribuída a todos os
membros da célula.
Os aspectos a serem tratados no período ‘compartilhando a visão’ podem ser:

* Conversa sobre a situação espiritual dos incrédulos.


* Planejamento de como a célula pode se relacionar com
incrédulos.
* Uma apresentação do diagrama de João 3.16”12.

Dicas úteis para um bom funcionamento dos pequenos Grupos.

1. A reunião deve ser informal e deve ser realizada num ambiente informal.
2. A forma de hospedar o grupo deve ser simples.
3. O grupo deve ter alvos de crescimento.
4. Desenvolver temas e materiais atrativos para não crentes.

11 Manual do auxiliar de célula – Ministério Igreja em Células. 5ª impressão/2011 –


Pág. 44
12 Manual do auxiliar de célula – Ministério Igreja em Células. 5ª impressão/2011 – Pág. 46.

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5. Oferecer oração pelas necessidades do não crente.


6. Programar um encontro para reunir todos os Pequenos Grupos.
7. Estender o amor de Deus a vizinhança com criatividade.
8. Cada um deve orar pela salvação de três pessoas.
9. Cultivar princípios de evangelização.

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--Capítulo 4 --

A ADMINISTRAÇÃO DOS PEQUENOS GRUPOS

Quando uma igreja chega a marca de cinco a seis grupos, é necessário organizá-los dentro de uma
estrutura que favoreça a supervisão e a prestação de contas. Para isso será necessário que alguns líderes
deixem a direção de seus grupos para assumirem as posições de supervisores.
O organograma apresentado abaixo mostra a organização dos Pequenos Grupos em uma igreja que
possui uma média de mil membros. Um trabalho que começa com poucos grupos, deve aos poucos ir se
organizando dentro desta estrutura apresentada.

REGIÃO
(5 áreas)

ÁREA1 ÁREA 2 ÁREA 3 ÁREA 4 ÁREA 5


(5 setores)

SETOR 1 SETOR 2 SETOR 3 SETOR 4 SETOR 5


(5 grupos)

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Resumo:

PEQUENO GRUPO
• Possui em média 7 a 15 pessoas

SETOR
• Possui 5 (cinco) grupos -- 40 pessoas em média.

ÁREA
• Possui 5 (cinco) setores -- 200 pessoas em média.

REGIÃO
• Possui 5 (cinco) áreas -- 1.000 pessoas em média.

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O organograma das funções

Supervisor de
REGIÃO

Supervisor de Supervisor de Supervisor de Supervisor de Supervisor de


área área área área área

Supervisor de Supervisor de Supervisor de Supervisor Supervisor de


setor setor setor de setor setor

Líder de Líder de Líder de Líder de Líder de


PG PG PG PG PG
Líder de
Pg.

Resumo:

LÍDER
• Lidera um pequeno grupo que pode variar entre 7 (sete) a 15 (quinze) participantes.

SUPERVISOR DE SETOR
• Supervisiona um setor composto por 5 (cinco) Pequenos Grupos

SUPERVISOR DE ÁREA
• Supervisiona uma área composta por 5 (cinco) setores.

SUPERVISOR DE REGIÃO
• Supervisiona uma região composta por 5 (cinco) áreas.

Se contarmos uma média de oito pessoas por grupo, teremos nesta estrutura uma média de mil
pessoas. Uma igreja com cinco áreas em constante crescimento pode, ao criar mais um setor, escolher mais
um “supervisor de área”, ficando assim cada supervisor com três setores. Quando cada supervisor chegar a
seis setores, novamente o processo se repete.
No início de um trabalho com Pequenos Grupos, o “supervisor de região” deve ser o próprio pastor,
no entanto, conforme esta estrutura for aumentando o pastor pode nomear outra pessoa para esta função,
talvez um pastor auxiliar ou um dos líderes que venha se destacando na direção e supervisão dos grupos.

Atribuições

Supervisor de Região

1. Liderar e supervisionar cinco áreas.


2. Liderar reunião mensal com os supervisores de área.
3. Receber e avaliar o relatório dos supervisores de área.
4. Indicar ou afastar supervisores de área quando necessário.
5. Analisar a possibilidade de abrir novas áreas.
6. Apresentar relatório de suas atividades ao pastor, a diretoria ou conselho.
7. Coordenar o treinamento de novos líderes de Pequenos Grupos.
8. Organizar um retiro ou evento especial para os líderes de grupo.

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Supervisor de área

1. Liderar e supervisionar cinco setores


2. Liderar reunião mensal com os supervisores de setor.
3. Receber e avaliar o relatório dos supervisores de setor.
4. Indicar ou afastar supervisores de setor quando necessário.
5. Analisar a possibilidade de abrir novos setores.
6. Apresentar relatório de suas atividades ao supervisor de região.
7. Atuar no treinamento de novos líderes de Pequenos Grupos.
8. Organizar um retiro ou evento especial com os setores.

Supervisor de setor

1. Supervisionar seus grupos apoiando, liderando e encorajando seus líderes.


2. Visitar um grupo a cada semana
3. Indicar ou afastar líderes de grupos.
4. Analisar a possibilidade de multiplicar e abrir novos grupos em seu setor.
5. Apresentar relatório de suas atividades ao supervisor de área, bem como suas impressões sobre os
grupos.
6. Atuar no treinamento de novos líderes de Pequenos Grupos.
7. Organizar um retiro ou evento especial com os líderes de seu setor.
8. Liderar uma reunião mensal com os líderes do seu setor.
9. Ajudar os líderes na solução de dificuldades, tanto no que se refere às dúvidas que surgem a respeito
do estudo, quanto a pessoas com problemas espirituais ou morais.
10. Colocar à disposição dos líderes, material para reuniões, tais como: livros de estudo, coletânea de
cânticos, folha para relatório e apostila para discipulado dos novos convertidos.

O dirigente ou líder de Pequeno Grupo

1. Dirigir as reuniões do seu grupo.


2. Facilitar a participação de todos, dando oportunidade para que todos falem na hora do estudo e no
período de oração.
3. Encorajar a comunhão, assegurando que todos se conheçam dando atenção especial às visitas, sejam
da vizinhança ou novas famílias da igreja.
4. Assegurar que os novos convertidos no grupo tenham acompanhamento pessoal, o que pode ser
feito pelos outros membros do grupo, para que não fique sobrecarregado.
5. Estimular as pessoas do grupo a convidarem outras pessoas.
6. Dar assistência pastoral, como visitas, telefonemas, ou outra forma, a todas as pessoas do seu grupo.
7. Prestar relatório e reunir-se com o supervisor mensalmente.
8. Desenvolver sua equipe de liderança (os dois auxiliares) para que venham a ser líderes de grupo, no
futuro. Isto inclui pedir que liderem reuniões. Desta forma o líder pode avaliar, observar e ajudar o
membro da equipe a ter confiança para assumir a liderança numa ocasião em que o líder não esteja
presente.
9. Escolher os discipuladores individuais para os novos membros do seu grupo.
10. Indicar candidatos ao batismo.

O dirigente auxiliar

Todo líder precisa ter pelo menos um auxiliar. Com o crescimento do grupo, é bom que tenha uma
equipe de duas ou três pessoas. Isto é importante para a multiplicação, pois na multiplicação cada grupo terá
os seus líderes.

São atribuições dos auxiliares.

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1. Atualizar a lista de presença do grupo, fazendo isto de forma indireta para não chamar atenção nem
tomar tempo no encontro.
2. Dirigir a reunião quando ele e o líder concordam que ele está pronto. Isto poderia ser depois de
observar o líder por um ou dois meses. O auxiliar normalmente lideraria só uma parte da reunião na
primeira vez: o louvor, o estudo ou a oração. Ganhando confiança passaria a liderar duas partes ou
toda a reunião. Desta forma fica fácil para ele substituir temporariamente o líder do grupo se este
não puder estar presente.
3. Ajudar na convocação das famílias para eventos especiais, inclusive cuidando da correspondência, se
necessário.
4. Participar de todas as reuniões de liderança, juntamente com o líder. Isto pode ser opcional no início,
mas teria que ser regular se ele pretende ser um futuro líder de grupo.

Reuniões necessárias ao funcionamento dos Pequenos Grupos:

1. Reuniões Semanal
2. Reunião de setor -- Reunião do supervisor com os dirigentes mensalmente, semanalmente ou a cada
quinze dias.
3. Reunião de área -- Reunião mensal do supervisor de área com os supervisores de setor.
4. Reunião de Região -- Reunião mensal do supervisor de Região com os supervisores de área.
5. Curso para formação de líderes.

Estas reuniões podem servir para prestação de contas e treinamento ou para outro fim. Todavia, é
bom que elas sempre tenham em mira a comunhão e a integração dos líderes com seus liderados.

O discipulado entre os líderes

O discipulado também acontece e ás vezes acontece até mais naturalmente na informalidade. Por isso
é importante que os líderes de qualquer área desta estrutura se reúnam informalmente com os seus liderados
para estreitarem o relacionamento com eles. Estes encontros podem ser visitas nas casas, passeios entre as
suas famílias ou outras atividades.
O líder de grupo deve manter comunhão com os seus auxiliares, o supervisor de setor com os líderes
de grupo, o supervisor de área com os supervisores de setor e o supervisor de região com os supervisores de
área.

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

--Capítulo 5--

COMO LIDERAR UM PEQUENO GRUPO

Vamos iniciar este capítulo falando sobre o dirigente de Pequenos Grupos como facilitador. Logo
após, falaremos especificamente sobre como dirigir uma reunião de Pequenos Grupos.
Daremos dicas de como, e o que fazer em cada um dos períodos da reunião: Encontro, exaltação,
edificação, compartilhar e a oração. E também estaremos tratando de assuntos administrativos e a solução
de possíveis problemas.

O dirigente como facilitador

“O papel de ‘facilitador’ não é muito bem conhecido na maioria de nossas igrejas. Permita-nos
esclarecer um pouco mais aqui. Entre as características de um facilitador, destacamos as seguintes:

1. O facilitador é um servo-líder.
2. O facilitador valoriza a participação dos outros
3. O facilitador é paciente.
4. O facilitador confia no Espírito Santo.”13

As qualidades do líder de pequenos grupos

Um dos principais problemas pelos quais os Pequenos Grupos falham é a má seleção de líderes. Não
basta simplesmente passar a visão para as pessoas. É necessário selecionar as pessoas certas. A prática tem
nos mostrado que nem todos têm um chamado para liderar grupos, também existem aqueles que têm a
aptidão, porém, apresentam outros problemas.

Requisitos para líderes de grupos.

1. Precisam ser comprometidos com o reino de Deus.


2. Precisam ser facilitadores da participação de outros

“Não é alguém que fala muito. Não é a ‘pessoa com todas as respostas’. Não domina a conversa.
Pode ter dom de ensino ou pregação, mas sabe quando não usar esses dons! Estimula a outros.
Provoca reflexão”14

3. Precisam ser disponíveis. Não é desocupado, mas disposto.


4. Precisam ser fieis a igreja e ao pastor; precisam ser responsáveis quanto as reuniões da liderança;
precisam ser responsáveis quanto a apresentação dos relatórios.
5. Precisam ser líderes!
Nem todos os que ocupam cargos de liderança são líderes. Às vezes isso acontece por conveniência.
Uma pessoa pode ser indicada como líder por ser amiga do supervisor ou pela falta de alguém que
assuma o cargo. Parece óbvio demais, porém o líder precisa realmente ser um líder.
6. Precisam ser ensináveis. O líder precisa ser disposto a aprender, disposto a ser corrigido quando
necessário. Existem pessoas que acham que já sabem tudo e perdem a oportunidade de crescerem

13 David Kornifield e Gedimar de Araújo-- Implantando grupos familiares --


Sepal/1995 – Pág. 80
14
Idem

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7. Precisam ser apascentadores

Qualidades de um apascentador:

a) Sempre segue o exemplo do seu senhor


b) É um exemplo para outros.
c) Não procura auto exaltação.
d) Alimenta o rebanho
e) Vigia o rebanho.
f) Protege o rebanho.
g) Cuida das necessidades do rebanho.

8 . Deve concentrar-se em quatro coisas:


a. Evangelismo -- A igreja pode utilizar outros meios para ganhar pessoas para Cristo, porém isto
se dá com mais facilidade nos Pequenos Grupos sob a orientação dos líderes...
b. Edificação -- O líder precisa certificar-se de que cada membro de seu grupo está sendo edificado.
É dever do líder estar atento às necessidades individuais de cada membro.
c. Ministério efetivo -- O Pequeno Grupo é o lugar onde se equipa os santos para o ministério. É
um lugar seguro para o descobrimento e desenvolvimento dos dons espirituais. O líder precisa
estar atento aos dons que cada integrante do grupo possui e assim possibilitar a atuação destes
através dos seus dons.
d. Expansão da base da liderança -- Um indivíduo que chegou ao nível de Pastor de Congregação
ou de Distrito, começou seu ministério participando de um Pequeno Grupo e galgando
paulatinamente cada estágio. Portanto os Pequenos Grupos são o lugar ideal para a seleção,
treinamento e mobilização de novos líderes. O líder de Pequeno Grupo precisa observar aqueles
que preenchem os requisitos de um líder e encaminhá-los para o treinamento.

Facilitando a reunião do pequeno grupo.

Existem três formas principais de ajudar você a ser um facilitador bem sucedido

1. O compartilhar a vida -- Conte aos outros o seu testemunho pessoal de vida. As suas experiências
pessoais com Deus. As suas respostas de oração. Não fale apenas dos seus acertos, fale também dos seus
erros e que lição você pode tirar deles. As pessoas perceberão que você é igual a elas, que não é nenhum
“supercrente” e consequentemente ficarão mais abertas para ouvi-lo.
2. Oração conversacional -- O momento de oração é muito importante. Muitos dos integrantes do grupo
ainda não sabem orar muito bem, e você terá a oportunidade de ajudá-los a dirigir-se a Deus de maneira
correta mostrando que a oração é uma conversa com Deus e é algo prazeroso.
A oração no grupo é diferente da oração individual. Siga as seguintes diretrizes tiradas do livro: Promise
Keepers -- Cumpridores de promessas -- (What God Does when Men Pray) -- O que Deus faz quando
homens oram --

a) Faça com que a oração seja um diálogo com Deus.


b) Fale com Deus usando palavras simples e num tom de conversa.
c) Dirija-se a Deus usando seu nome - Deus, Pai, Jesus, Espírito Santo.
d) Lembre-se que não é um monólogo.
e) Ore por cada assunto individualmente.
f) Escute!
g) Permita que o Espírito de Deus guie as suas orações.
h) Ore honestamente por si mesmo.
i) Use pronomes “eu” e “mim” quando se referir a si mesmo.
j) Ore pelas coisas que realmente preocupam seu coração.
k) Faça questão de que as suas orações pelos outros não se transformem em fofoca.
l) Faça os pedidos na forma mais específica possível.

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3. Aplicação prática da Bíblia. O propósito do estudo bíblico nos Pequenos Grupos não é aumentar o
nosso conhecimento bíblico, se bem que isto também acontece. O principal propósito é aplicar na prática as
verdades aprendidas durante o estudo.

Outras dicas importantes:

1. A participação de todos é a chave do sucesso.


2. Comece com oração e termine com oração.
3. Responda amorosamente e imediatamente a uma necessidade surgida.
4. A Bíblia é a nossa autoridade e manual de vida.
5. Encoraje os integrantes do grupo.
6. Não permita discussões doutrinárias que causem divisão.
7. Incentive a prática da edificação mútua -- Ajudar uns aos outros.
8. Dirija com amor.
9. Visitas aos membros entre as reuniões é essencial.
10. Novos membros no grupo trazem vida e crescimento.
11. Lide com pessoas problemáticas fora do contexto do grupo numa base de individualidade.
12. Não permita que as pessoas confessem as falhas dos outros - Só as suas próprias falhas.
13. Não permita que um membro só controle o tempo de compartilhamento.
14. Seja espiritualmente afinado.
15. Continue aprendendo: Não tente ter todas as respostas.
16. Mantenha um ambiente calmo e tranquilo no grupo.
17. Seja alegre!
18. Quando tiver uma necessidade na sua própria vida, peça ajuda no seu próprio grupo.
19. Quando tiver problemas e precisar de ajuda, corra rapidamente para seu líder ou pastor.
20. Lembre-se... É Cristo que está dirigindo e não nós!

Os preparativos para a reunião

Oração -- Todo crente tem o dever de orar, porém o líder de um Pequeno Grupo precisa empreender parte
do seu período de oração diária para apresentar ao Senhor o seu grupo. O líder nunca deve começar uma
reunião antes de ter passado um bom tempo de oração a sós com Deus. Através da comunhão e sensibilidade
adquiridas na oração, o Espírito Santo terá liberdade para conduzir a reunião.
O horário -- Procure iniciar e terminar as reuniões dentro do horário estabelecido. Um líder que se atrasa
constantemente ou prolonga demais as reuniões acaba caindo no desgosto das pessoas e consequentemente
pode acabar perdendo a confiança.
O ambiente -- Já falamos sobre começar a reunião no horário, todavia o líder não deve chegar ao local em
cima do horário de início da reunião. É necessário que se chegue mais cedo a fim de que, junto com o
anfitrião, prepare o ambiente para a reunião. Coloque as cadeiras e bancos em círculos, certifique-se de que
há folhas com os cânticos que serão cantados, providencie uma boa iluminação, limpeza do ambiente, se for
servir lanche deixe-o já preparado e etc.

O período de louvor e adoração

Deve haver preparação espiritual por parte daqueles que o fizerem

a) Oração e jejum
b) Leitura da Palavra.
c) Tempo a sós com Deus para adoração.
d) Guardar o coração.

Deve haver preparação musical por parte daqueles que o fizerem.

a) Prepare um cancioneiro (apostila com cânticos) com as músicas mais cantadas pelo grupo.

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b) Escolha a sequência musical durante a semana. Procure cânticos que ajudem a aplicar o conteúdo da
mensagem.
c) Faça questão de ensaiar a sequência antes da reunião
d) Cante as músicas em tonalidades que possibilite a todos cantarem.
e) Lembre-se que o alvo é adoração. A sequência escolhida deve levar as pessoas aos pés de Jesus.
f) Afine os instrumentos antes da reunião começar.
g) Se for usar CD deixe-o já preparado.

O papel do líder de grupo

a) Comunicar com o líder de louvor a direção que quer seguir.


b) Remover toda e qualquer distração que possa impedir a
adoração.
c) Liderar o grupo através do exemplo. Ser adorador!

O papel do líder de louvor.

a) Dirija o louvor e a adoração e não apenas cante cânticos.


b) Esteja sensível ao fluir da adoração. Esteja aberto para mudar
a sequência dos cânticos.
c) Cante músicas de comunhão, adoração, celebração na hora
certa.
d) Não pregue nesta hora. Qualquer compartilhamento do líder
deve ser somente para manter a direção do grupo em adoração
a Deus.
e) Não cante cânticos por cantar. Se necessário, antes de começar
um determinado cântico, dê uma palavra direcional.
f) A adoração deve ser genuína e natural. Incentive-os a adorar,
mas não force.

O estudo (Edificação)

Duas coisas são importantes neste período: 1) A Palavra de Deus deve ser a base de todo o ensino
do grupo, e; 2) O ensino deve ser ministrado de maneira bem informal. Não pode ter a forma de uma
pregação e nem dos estudos da E.B.D. O estudo dos Pequenos Grupos deve ser do tipo pergunta-resposta
e sempre se deve aplicar o conteúdo a vida prática.

1. Prepare o estudo muito bem a fim de dominá-lo.


2. Use boas perguntas.
3. Se possível, forneça uma cópia do estudo para os participantes.
4. Permita liberdade de expressão.
5. Não se sinta obrigado a dar respostas a todas as perguntas levantadas.
6. No final faça um pequeno resumo.

O tema dos estudos

O assunto tratado nos grupos é de muita importância, pois precisa ser atrativo para os visitantes. Por
isso deve-se evitar discussões doutrinárias. Alguns assuntos sugeridos são: Amizade, ansiedade, medo, ódio.
Pode-se estudar também livros da Bíblia, como os evangelhos e as cartas ou também biografias de
personagens bíblicos e as parábolas de Jesus além de muitos outros.
Existem igrejas que fazem uma síntese do sermão do último domingo. Neste caso, alguns cuidados
devem ser tomados, pois existem vantagens e desvantagens.

Vejamos:

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Vantagens

→ Não é necessário montar uma série de estudos, coisa que dá certo trabalho.
→ O estudo do Pequeno Grupo Pode ajudar na aplicação prática do conteúdo do sermão do domingo
anterior.
→ O líder do grupo já recebeu ministração de Deus através da pregação do domingo e agora irá aplicá-la no
grupo.
→ A repetição é uma importante ferramenta pedagógica.

Desvantagens:

→ O sermão do domingo nunca pode ser muito técnico, se não, o líder terá dificuldades para aplicá-lo no
grupo.
→ Alguns sermões não podem ser levados para os Pequenos Grupos devido ao assunto abordado dificultar
a discussão em grupo.
→ Os estudos nunca seguem uma lógica ou um assunto pré-determinado.
→ Quando um pastor visitante prega no domingo é necessário preparar um estudo especial para os Pequenos
Grupos ou deixar alguém responsável pela anotação do sermão para que depois distribua aos líderes.

Os três níveis de compreensão do ensino

Como já dissemos, o estudo bíblico dentro dos Pequenos Grupos deve ser devocional. É diferente
do estudo da Escola Dominical, do seminário e das pregações. Por isso torna-se importante compreendermos
as três formas pelas quais as pessoas compreendem um assunto, e com isso descobrirmos a forma mais
apropriada para utilizarmos nos estudos dos Pequenos Grupos. Os estudos podem ser ministrados de modo:

COGNITIVO EFETIVO PSICOMOTOR


Exige um professor Exige um Exige um técnico
facilitador
Comunicação na Comunicação Comunicação
forma de um na forma de por
“leque”. um “Círculo” demonstração
Lógica Revelação Repetição
Lida com Lida com Lida com
conhecimento valores habilidades

Cognitivo – Os assuntos são intelectuais e por isso exigem um professor. Os novos convertidos e os não
crentes terão dificuldades para entender. Este tipo de estudo deve ser destinado para o seminário ou E.B.D.
Psicomotor -- Desenvolvimento físico e técnico. Esta área aponta para as nossas habilidades físicas.
Envolve prática e repetição para desenvolver corretamente a tarefa. Exemplos disso seriam: Basquete,
futebol, vôlei etc.
Efetivo -- Esta área aponta para os nossos valores. Exige um animador ou facilitador que pode efetivamente
expor e ampliar as experiências dos membros do grupo. O pequeno grupo segue a categoria do
compartilhamento (ensino prático através do exemplo de vida) e não do ensinamento técnico. Os tópicos e
discussão devem levar em consideração as experiências do grupo e não apenas o seu conhecimento. O
dirigente deve ser um facilitador e não um professor.

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Modelo de estudo bíblico para pequenos grupos.

A COMISSÃO DE ISAÍAS (Isaías 6.1-8)


Pr. Ivanildo Gomes/Igreja da Paz em Fortaleza

Quebra-gelo:

Asas por um dia: Os serafins têm seis asas. Eles são guardiães da santidade e da glória do Senhor. Imagine que você
ganhasse não seis, mas duas asas, por apenas um dia. E se com essas asas você pudesse realizar algumas coisas
com bem mais agilidade e altitude, quais as três principais coisas que você faria.
Facilitador: Estimule as pessoas a responderem. Se a sua célula for novinha e as pessoas retraídas, comece você
mesmo a dar as suas respostas, para assim encorajar os outros.

Ponha em discussão:

1. O pastor falou que Isaias só pôde ver a glória do Senhor em plenitude depois da morte do rei Uzias.
Aplicando para nós hoje, o que poderiam ser esses “reis” em nossa vida, o que eles fazem, e por que eles
precisam morrer? Respostas variadas e pessoais

2. O primeiro elemento da visão de Isaías foi a glória, a majestade e a soberania de Deus. Nós também
precisamos desta visão. (Vs. 1-4) O que ela significa?
▪ Significa que precisamos de um encontro pessoal e direto com o Senhor da glória;
▪ Significa que sem uma visão correta da santidade de Deus e do senhorio de Deus, não iremos
muito longe;
▪ Significa que somente o Senhor deve ser o Rei da nossa adoração e louvor;
▪ Significa que apesar das nossas falhas e limitações, o Deus da glória vem ao nosso encontro
com os Serafins.

3. Diante da visão da glória, Isaías e nós temos logo uma visão de nós mesmos. Como essa visão se
manifestou corretamente em Isaías? (v.5). Algumas respostas da mensagem:
▪ Ele viu o seu pecado, ao se deparar com a sublimidade da glória do Senhor;
▪ Ele se prostrou diante da santidade e esplendor do verdadeiro Rei no Seu trono, acompanhado
pelos serafins;
▪ Ele reconheceu a necessidade de purificação e confessou o seu pecado;
▪ Ele reconheceu a necessidade de mudança no seu linguajar, pois seus lábios eram impuros.
▪ Ele foi tocado pela brasa viva tirada do altar de Deus. Isso fez total diferença em sua vida!

4. O pastor falou da simbologia das seis asas dos serafins e sua aplicação à nossa santidade pessoal. Quais
foram elas?
▪ Duas cobriam o rosto: santidade nos sentidos superiores – cobre os olhos, ouvidos, boca, nariz,
cabeça;
▪ Duas cobriam os pés: santidade no andar, no comportamento, onde vamos, sem nos desviar para a
direita nem para a esquerda;
▪ Duas voavam: santidade nas ações, nos movimentos, na agilidade, no avanço, no nosso trabalhar
para Deus e para nós.

5. O último elemento da visão de Isaías foi a sua comissão, a visão da obra, do trabalho, dos campos
brancos. Sua resposta foi: “Eis-me aqui, envia-me a mim!” Qual deve ser a nossa reação diante do mesmo
convite? (Isaías 6.8) Respostas variadas e pessoais

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O compartilhar e orar

O compartilhar está ligado à oração porque a direcionará. Neste período as pessoas irão expor os
seus pedidos e desejos, lutas e dificuldades, vitórias e alegrias. Alguns acabam desnudando as suas vidas, por
isso, é necessário tomar um pouco de cuidado, pois muito facilmente, o compartilhar pode voltar-se para
dentro. Os integrantes podem acabar ficando absortos com seus próprios problemas.

Dicas para um bom período de oração:

1. Tenha sempre um caderno para anotar os pedidos de oração e poder acompanhar as respostas.
2. Incentive os testemunhos de respostas de oração.
3. Cobertura de oração semanal -- Cada pessoa ficará responsável por orar pela pessoa que está a sua
direita durante a semana.
4. Orar com imposição de mão se achar necessário.
5. Divida as pessoas em grupos menores se o grupo estiver muito grande.
6. Pratique a oração conversacional.

Assuntos administrativos

Mesmo em um Pequeno Grupo que se reúne semanalmente existem coisas que se não forem bem
administradas poderão prejudicar todo o andamento do grupo. Portanto:

1. Não centralize tudo em você. Procure dar oportunidade para outras pessoas trabalhem. Peça a cada
semana para alguém anotar os pedidos de oração, dirigir o estudo, fazer o momento de louvor e
adoração. Seja criativo!
2. Preencha o relatório semanal e a chamada corretamente. Você também pode deixar outra pessoa
encarregada desta tarefa. Por isso você precisa de auxiliares.

Possíveis problemas nos Pequenos Grupos

A seguir daremos uma lista de coisas que podem prejudicar um grupo e causar até mesmo o seu
término.
Muitos dos pastores que não querem implantar Pequenos Grupos em suas igrejas, geralmente já
tiveram estes problemas com eles no passado e estes fracassaram ou estes pastores assistiram a igrejas de
colegas de ministério os enfrentarem. A lista que será dada a seguir serve para o líder ou pastor fazer sempre
uma constante análise da qualidade dos seus grupos.

Razões pelas quais os Pequenos Grupos falham

1. Falta de visão do Pastor.


2. Não iniciar com um grupo experimental.
3. Falta de supervisão eficaz e treinamento de líderes.
4. Falta de um relacionamento estreito entre o pastor e os líderes.
5. Falta de um sentido de missão.
6. Pessoas supercarentes podem destruir um grupo.
7. Falta do desenvolvimento de novas estruturas que possibilitem o funcionamento dos Pequenos
Grupos.
8. Má seleção de líderes.
9. Falta de treinamento dos líderes.
10. Falta de disciplina.
11. Preletores de fora. Pessoas de outras igrejas que não estejam na visão.
12. Negócios no grupo.
13. A demora em se multiplicar.

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As qualidades de um grupo saudável.

1. Interação -- Envolve boa comunicação, diálogo e a realização de atividades em conjunto.


2. Intensidade -- Mede a profundeza da interação do grupo.
3. Afirmação -- Significa falar coisas positivas para alguém. Numa comunidade saudável cada membro
está incluído no grupo e pode se sentir valorizado pelos outros.
4. Corporativismo -- Numa comunidade saudável as pessoas repartem seus recursos uns com os
outros. Eles gastam tempo juntos e ajudam uns aos outros nos tempos difíceis ou de necessidades.
Isto fala de uma forma prática, material, tangível e não somente espiritual.
5. Compromisso -- É necessário para alcançar o alvo de longo prazo e se tornar um. Numa
comunidade saudável, como no casamento, é o compromisso (aliança) uns para com os outros que
conduz a pessoa ou pessoas através dos tempos difíceis.
6. Continuidade -- Envolve tempo. Semanas, meses, até anos. Uma comunidade saudável não
acontece de um dia para o outro; é um desenvolvimento lento.
7. Transparência (abertura) -- É convidar e dar as boas-vindas aos visitantes. Uma comunidade
saudável não é fechada ou exclusivista; não é nosso “círculo santo”. Existe amor e aceitação,
segurança e confiança, compaixão e conforto, esperança e encorajamento, autoridade e prestação de
contas, transparência e honestidade, liberdade de expressar-se sem que os outros avacalhem.

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--Capítulo 6--

OS PEQUENOS GRUPOS E A VISÃO


EVANGELÍSTICA DA IGREJA

Uma mentalidade de crescimento

Há alguns pastores e líderes que dizem não estarem preocupados com o crescimento da igreja usando
a escusa de que Deus não se preocupa com números (quantidade), mas sim, com qualidade. Este pensamento
pode parecer bonito, mas é puro engodo, pura tapeação. Com certeza ele se origina da necessidade de se
apresentar uma desculpa para a falta de crescimento de igrejas locais.
Precisamos falar e nos preocupar com números, entretanto isto não pode dominar a nossa mente.
Uma igreja local não pode ser comparada a uma empresa que precisa aumentar o seu volume de “negócios”
para que o volume de “capital” aumente e, nem tampouco, apresentar um número no rol bem alto e em
constante crescimento a fim de se melhorar o “status quo” junto a denominação e aos demais líderes. Já vi
lideres burlarem os seus relatórios de membresia a fim de ganhar a fama de “aumentadores de igreja” e assim
poderem chegar a função de supervisor.
Um dia chegou uma correspondência a minha igreja com a seguinte proposta: “Você quer aumentar
o número de sua membresia e o valor da arrecadação de sua igreja? Contrate o pastor fulano de tal por três
meses e veja os resultados!”. Isto parece absurdo e irreal, porém é verdade ainda que antagônico.
A grande questão é que os pastores titulares sofrem uma grande pressão em relação ao crescimento
de suas igrejas. Alguns resolvem arrumar escusas, outros acabam burlando relatórios, outros não esquentam
a cabeça e outros buscam meios para alcançar o crescimento apenas para fugirem da pressão.
Comecei este capítulo abordando este assunto porque simplesmente não podemos nos esquivar dele,
pois crescimento quantitativo é um assunto profundamente bíblico. O livro de Atos dos Apóstolos conta
justamente o sucesso da igreja primitiva em levar a efeito a Grande Comissão. Perceba que Lucas se
preocupou em relatar o crescimento da igreja em números, em quantidade, e isto em várias referências no
livro. A igreja precisa ter uma mentalidade de crescimento de expansão do Reino, entretanto este pensamento
deve ser puro, sincero e bíblico.
Um dos propósitos deste capítulo é fazer com que todos os participantes de um pequeno grupo
tenham uma visão de crescimento e colaborem com o que puderem nesta causa.

O PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO

Imagine que num lago com uma superfície de 1300 metros quadrados cresça um aguapé. Uma folha
dessa espécie de planta tem a área de 100 centímetros quadrados. No início do ano, a planta tem exatamente
uma folha. Após uma semana são duas folhas. Uma semana depois são quatro. Após 16 semanas a metade
da superfície da água está coberta com folhas. Pergunta: quanto tempo levará para a planta cobrir também a
segunda metade do lago? _______________________________________________________________
Com o princípio da multiplicação podemos demonstrar que o desenvolvimento natural de uma igreja
não requer um maior investimento de força para a edificação da igreja – o lema é: trabalhe com mais
inteligência, não com mais força. A multiplicação libera em todos os níveis da igreja um potencial que, de
outra forma, não poderia ser alcançado.
Com certeza esse é o motivo pelo qual esse princípio pode ser encontrado desde o princípio da Bíblia:
Jetro aconselha seu genro Moisés a não julgar mais sozinho todos os casos entre o povo de Israel, mas a
colocar ajudantes sobre 10, 50, 100 e 1.000 israelitas respectivamente (Êx 18). Em outras palavras: Moisés

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

deveria “multiplicar-se”. Da mesma forma o modelo de discipulado que Jesus praticou nada mais é do que a
aplicação do princípio da multiplicação na área da “formação de líderes”. A multiplicação também está por
trás do princípio neotestamentário do “oikos” ou “família ampliada” que em todos os tempos foi a chave
para o evangelismo, pois cada membro está num círculo de relacionamento com uma série de não-cristãos.
Quando uma igreja começa a usar essas pontes do “oikos” começa uma enorme dinâmica de multiplicação:
cada um que se converte e entra para a igreja pode se dedicar, de forma especial, a essas pessoas. Começou
um processo de multiplicação sem fim, mesmo que tudo tenha sido tão discreto e singelo no início…
Também podemos observar que a igreja neotestamentária estava organizada dentro do princípio da
multiplicação, pois não havia um templo central que reunia todos os crentes aos domingos. Os crentes se
reuniam todos os dias nas casas e levando em consideração que em pouco tempo a igreja já somava
aproximadamente 8.000 (oito mil) pessoas seriam necessárias pelo menos umas 400 casas para acomodar
todo aquele povo. De que maneira você acha que uma igreja pode influenciar mais um bairro ou uma cidade;
todos os membros reunidos em um só lugar ou multiplicando-se em vários locais de reunião?
O apóstolo Paulo também utilizou este princípio. Observe este texto:

“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a
outros.” (2Tm2:2)

Aqui vemos Paulo recomendando a Timóteo que transmitisse a homens fieis e idôneos tudo o que
ele havia lhe ensinado e que estes homens por sua vez também ensinassem a outros.
Se não praticamos o princípio da multiplicação é bem provável que pratiquemos o inverso deste
princípio e a propósito; no trabalho da igreja qual seria o oposto da multiplicação?
_________________________________________________

A ___________________ se diferencia em três pontos essenciais do princípio da multiplicação:

1. O potencial de crescimento na ________________ é menor do que na multiplicação.


As pesquisas mostram que as “grandes” igrejas que se organizam em pequenas congregações e que
possuem reuniões de pequenos grupos nos lares têm um potencial de crescimento maior do que as mega
igrejas que concentram suas reuniões apenas no templo. Numa mega igreja fica difícil mobilizar cada crente
para desempenhar o seu chamado. Já numa “grande igreja” que se reúne em pequenos grupos há a
oportunidade de cada membro desempenhar o seu ministério de forma mais eficaz.

2. Na ___________________ se almeja um resultado maior – à primeira vista.


Princípios tecnocráticos de edificação de igreja trabalham para um tamanho ilimitado de igreja. O
objetivo é a mega igreja, não a pequena igreja que se multiplica sempre de novo (pois isso significaria que a
igreja-mãe teria de entregar membros!); são as grandes campanhas evangelísticas com muitas “decisões”, não
o silencioso, mas contínuo evangelismo por meio dos contatos “oikos”; é o “melhor” e maior colegiado de
líderes, não o processo moroso do discipulado que Jesus escolheu.
A multiplicação necessita de um tempo preparatório maior, mas traz melhores resultados a longo
prazo.

3. A _____________________ tem por objetivo “produção” maior, a multiplicação, “capacidade de produção” maior.

O medo do começo lento

Como concluímos a adição pode no momento, impressionar mais. A multiplicação necessita de uma
fase inicial mais longa para dar resultado. Um dos motivos por que as igrejas tendem mais para o pensamento
aditivo, em vez do pensamento multiplicador, é o desejo de ver “resultados a curto prazo” (porque apenas a
minoria das pessoas pensa a longo prazo e mostra a persistência necessária). Por isso, muitas vezes tememos
que após meio ano alguém possa dizer: “Eu não disse que isso não iria dar certo?”, sendo que necessitamos
de mais de meio ano para começarmos a ver os primeiros resultados. Como consequência partimos para
ações que dão resultados a curto prazo, mas a longo prazo se revelam um erro.

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Exemplos do princípio da multiplicação

“Vi recentemente uma das demonstrações mais poderosas da importância da multiplicação espiritual
de que posso lembrar-me. Foi pedido a dois homens que ficassem de pé à frente de um auditório lotado.
Ambos representavam pastores que ganham pessoas para Cristo mediante o testemunho pessoal. Um dos
dois (talvez a testemunha mais agressiva) representava o pastor que conquista muitas pessoas para Cristo
pessoalmente, mas que fica tão ocupado nisso que nunca tem tempo para treinar outros nessa tarefa. O outro
(talvez menos dinâmico no seu evangelismo pessoal) toma tempo para treinar aqueles que ele ganha a fim de
que conquistem outros. Ele avança ainda mais, treinando-os para que treinem aqueles que ganharam.
A demonstração começou quando cada um dos dois homens trouxe para a frente outra pessoa que
representava alguém que tivesse ganho para Cristo, escolhida dentre a congregação. O primeiro pastor
continuou fazendo isso, levando-os um em um, até que depois de dez idas ele tinha mais dez pessoas em
sua companhia na frente, representando aqueles que conquistara para Cristo. O segundo pastor, que estava
treinando os que ganhara, foi para a congregação juntamente com aquele que conquistara e treinara, e cada
um deles trouxe outro. Isto perfazia quatro. Os quatro ganhos para Cristo e treinados, trouxeram mais um
cada um, completando oito. Aquele homem e os que treinara fizeram apenas cinco viagens para dentro da
congregação, mas trinta e duas pessoas estavam ali com ele depois de cinco viagens em contraste com as
dez pessoas que acompanhavam o outro. Se esse pastor e os que treinara fizessem dez viagens, 1.024 pessoas
estariam com ele! A diferença é aquela que existe entre a adição e a multiplicação. É mais importante treinar
um ganhador de almas do que ganhar uma alma. A igreja deve voltar ao princípio da multiplicação se
quisermos fazer o impacto sobre este mundo perdido que nosso Senhor desejaria que fizéssemos”15.

COMO O EVANGELISMO REALMENTE FUNCIONA

Dez Princípios geralmente negligenciados

1º - Diga: - Não! Para a CONSCIÊNCIA PESADA!


* O modelo tradicional de evangelismo pessoal traz
consciência pesada àqueles que não possuem o dom de
evangelista.
2º - Como as pessoas chegam de fato FÉ EM JESUS?
* O verdadeiro segredo do evangelismo eficaz é:
Relacionamentos/amizades

3º - O fator “OIKOS”. Mc 5.19, Jo 1.43-50, At 10.24


* O OIKOS é sua FAMÍLIA AMPLIADA
4º - levar a sério as NECESSIDADES das pessoas que queremos
alcançar.
* A isca deve ser atrativa para o peixe e não para o pescador.
* Não se deve pescar com “Pudim de Coco”!
* Precisamos pregar tendo em mente o “ponto de vista” da
outra pessoa.

5º - Entrar por PORTAS ABERTAS


* Devemos orar para que tenhamos pontos de contato

6º - A importância da INCORPORAÇÃO (INTEGRAÇÃO)


* Por que tantas pessoas aceitam a fé em Jesus, porém ficam
no caminho?
* Um número entre apenas 3% a 15% dos que se decidem
por Cristo permanecem na fé.

15 Robert E. Coleman – O Plano Mestre de Evangelismo

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

7º - O uso do dom de EVANGELISTA.


* Apenas 10 % dos crentes possuem o dom de EVANGELISTA.
* No corpo de Cristo cada dom por mais simples que seja tem
a sua importância
X
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qux Dxus lhx dxu para usar no sxu Rxino

8º - Os Novos Convertidos geralmente são mais eficientes no evangelismo.

9º - Diga: - Não! À MANIPULAÇÃO.


* As pessoas não devem se sentir MANIPULADAS a aceitar
a Jesus.
* Algumas pessoas dizem “sim” só para se livrar dos “chatos
de galochas”.

10º - O SIGNIFICADO do corpo de Cristo.


* Uma pessoa não crente precisa conhecer outras pessoas do
corpo de Cristo Para que tenha como estereótipo (modelo)
não apenas uma pessoa crente.

O que cada cristão pode fazer para Contribuir com a evangelização

Sete passos que não exigem demais de ninguém:

1º - IDENTIFIQUE os seus DONS.


2º - Identifique a sua FAMÍLIA AMPLIADA (Oikos).
3º - Identifique “PARCEIROS DE ORAÇÃO”.
* Busque apoio do MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO
da igreja.
4º - Identifique as necessidades da sua “FAMÍLIA AMPLIADA”.
5º - AMOR, AMOR E AMOR
* O amor é incondicional. Não tente usar as pessoas. Ame-as
de verdade.
* O amor exige tempo, porém estamos muito ocupados em
nossos projetos.
6º - Aprenda a TESTEMUNHAR do Evangelho de forma simples
7º - O valor do APOIO de outros cristãos.
* A responsabilidade de evangelizar o seu oikos não está apenas sobre você. Os membros do pequeno
Grupo devem se unir para orar pelo oikoi (plural de oikos) de cada um. Em pequeno Grupo, cada pessoa
tem as suas habilidades específicas. Algumas pessoas têm facilidade de convidar e trazer pessoas para as
reuniões, outros de falar a essas pessoas sobre a fé cristã, outros contribuirão em outras áreas específicas

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

--Capítulo 7--

A MULTIPLICAÇÃO DE PEQUENOS GRUPOS

MULTIPLICAÇÃO É O ALVO DE CADA PEQUENO GRUPO

Quando um Pequeno Grupo cresce é necessário que se forme outro grupo. Isto não é divisão, e sim,
multiplicação, pois tínhamos um grupo e agora teremos dois. Mas a multiplicação não é apenas numérica. O
grande desafio é multiplicar a “vida de Deus” a outras pessoas. Estamos falando de multiplicar o amor, a
comunhão, o cuidado, enfim, tudo aquilo que foi aprendido e vivido deve ser multiplicado.

O modelo que apresentamos nesta obra para a multiplicação de pequenos Grupos é diferente de
alguns modelos utilizados por algumas igrejas que trabalham com células.
Em alguns modelos, depois de um tempo que a pessoa está em uma célula ela migra para um grupo
de discipulado para líderes e depois vai abrir uma outra célula sozinho. O modelo que apresentamos oferece
uma grande vantagem, pois a pessoa que estiver disposta a se engajar no processo de liderança e multiplicação
de Pequenos Grupos começa o treinamento dentro do seu próprio grupo como auxiliar e no momento em
que este grupo estiver “grande demais” migrará com parte dos integrantes para formar um novo grupo.
Observe como se dá este processo:
PROCESSO MIGRATÓRIO PARA FORMAÇÃO DE NOVO GRUPO

GRUPO PILOTO NOVO GRUPO

GRUPO KOINONIA (16 participantes) GRUPO ADONAI (08 participantes)


LÍDER: José
LÍDER: Manoel AUXIULIAR: João
AUXIULIAR: José 2º AUXILIAR: Joaquim
2º AUXILIAR: João INTEGRANTES:
INTEGRANTES: • Cláudio
• Joaquim • Fernando
• Cláudio • Odete
• Eunice • Amadeu
• Anderson • Clara
• Fernando
• Odete
• Luís Otávio
• Amadeu
• Ruben
• Clara
• Paulo
• Mª da Glória
• Sônia

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

Grupo Koinonia após a multiplicação:

GRUPO KOINONIA (Agora com 08 participantes)

LÍDER: Manoel
AUXIULIAR: Eunice
2º AUXILIAR: Anderson
INTEGRANTES:
• Luís Otávio
• Ruben
• Paulo
• Mª da Glória
• Sônia

Observe que o grupo Koinonia possuía 16 integrantes. Dentre estes 16, havia um líder (Manoel), um
auxiliar principal (José) e um segundo auxiliar (João). Oito pessoas migraram para formar um novo grupo, o
grupo Adonai e o auxiliar principal de Manoel (José) migrou com este grupo para liderá-lo. Neste novo
grupo, João que era segundo auxiliar passou a ser auxiliar principal de José e Joaquim, que era apenas um
integrante, passou a ser segundo auxiliar. Estes vão agora contar com a colaboração de Cláudio, Fernando,
Odete, Amadeu e Clara.
Já o grupo Koinonia continuou sendo liderado por Manoel e este escolheu Eunice como auxiliar
principal e Anderson como segundo auxiliar. Os irmãos Luiz Otávio, Paulo, Maria da Glória, Ruben e Sônia
continuarão como integrantes e quando o grupo crescer novamente passarão a fazer parte da liderança
também.

VANTAGENS DESTE MODELO

Alinharemos seis vantagens deste modelo, as quais consideramos as principais, porém você com
certeza encontrará muitas outras.
Primeira: Os futuros líderes de grupos são treinados dentro do próprio grupo onde cooperam além é claro,
do treinamento formal recebido através de um curso.
Segunda: O princípio de “liderança capacitadora” (líderes formando outros líderes), um dos princípios
apresentados pelas igrejas que mais crescem de forma saudável é utilizado.
Terceira: O novo grupo que se forma possui afinidades, pois os integrantes já se relacionavam no antigo
grupo. Diferentemente do modelo onde uma só pessoa começa um novo grupo do zero.
Quarta: Os integrantes do novo grupo já estão completamente envolvidos na visão evangelística e já têm
experiência no evangelismo através dos Pequenos Grupos.
Quinto: O Líder do novo grupo não precisará passar sozinho a visão evangelística a cada pessoa que se
converte, pois o grupo o ajudará nesta tarefa. Os novos integrantes serão contagiados pela visão evangelística
dos demais.
Sexta: O novo líder não receberá nenhuma pressão para formar e fazer um novo grupo crescer. A
responsabilidade disto será de todos.

Fatores a serem observados na multiplicação de Pequenos Grupos

Para que um grupo se multiplique, a quantidade numérica não deve ser o único fator a ser
considerado. Não basta apenas um grupo crescer em número, existem outros fatores que são de suma
importância na decisão de criar um novo grupo. Veja:

1. Avaliar os Membros -- Às vezes um grupo tem uma quantidade de participantes boa, porém, estes
participantes não são qualificados como “membros fiéis”. Um membro fiel é uma pessoa adulta que participa
no grupo numa base regular e acrescenta algo para a vida espiritual do grupo. O membro fiel é alguém que
chegou ao nível de “dar” mais do “receber” do grupo. Se um grupo possui muitas pessoas que precisam de
atenção porque estão em processo de crescimento espiritual é melhor esperar o momento em que estas
pessoas cheguem à maturidade para que se possa pensar em criar outro grupo.

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

2. Avaliar os Auxiliares -- Não adianta fazer com que uma parte do grupo migre para formar outro grupo
se este novo grupo não tiver um líder a altura. No processo de “liderança capacitadora” dentro dos grupos a
intenção é que os auxiliares se tornem líderes eficazes. Se os auxiliares ainda não estão preparados é melhor
redobrar a atenção sobre eles por certo tempo até que estejam prontos, pois são eles que garantirão o
progresso do novo grupo devido ao fato deles também precisarem se engajar na formação de outros líderes.

Perfil de um auxiliar fiel, maduro e pronto:

a) É fiel na frequência ao grupo.


b) Tem a sua família em ordem e tem estabelecida em sua vida as prioridades do Reino de Deus.
c) Se casado: tem um relacionamento matrimonial forte, filhos bem comportados e tem uma vida espiritual
bem equilibrada.
d) Tem se desenvolvido bem na liderança do grupo, tem experiência suficiente e tem realmente recebido
treinamento do dirigente do grupo.
e) Se sente chamado para trabalhar no ministério com Pequenos Grupos.
f) Participa do grupo há pelo menos quatro meses e tem desenvolvido bons relacionamentos com os
membros do grupo.
g) É uma pessoa motivada, tem visão evangelística, está envolvido com visitas, discipulado um a um e demais
ministérios.
h) Já fez ou está fazendo o treinamento formal para dirigentes de Pequenos Grupos.

3. Avaliar o Novo Local -- Pode acontecer de um grupo ter condições de se multiplicar, porém não há um
lugar adequado para receber o novo grupo. A questão do lugar apropriado é muito importante. O novo local
pode ser a casa de um dos integrantes do grupo ou a casa de um outro membro da igreja que queira ceder o
espaço para que as reuniões aconteçam. Para isto os seguintes fatores devem ser observados:

a) Existe anfitrião e lugar para o novo grupo se reunir?


b) Existem assentos suficientes (bancos ou cadeiras) para o novo local?
c) Existe uma boa iluminação?
d) Existe bom relacionamento familiar no lar do anfitrião? (É casado, solteiro, amigado?
e) Qual é o padrão de higiene do local?

fatores que podem influenciar na multiplicação de um pequeno grupo

* Sexo * Formação Cultural * Personalidade


* Classe Social * Cidade * Dom Espiritual
* Idade * Estado Civil * Profissão

Fatores de influência na multiplicação do pequeno grupo

→ O tempo devocional de cada líder


→ Oração pelos membros da célula
→ Tempo de preparação para o encontro da célula

Quanto tempo investem na oração os líderes de célula mais bem sucedidos?

0 a 15 minutos 11,7 %
15 a 30 minutos 32,2 %
30 a 60 minutos 33,8 %
60 a 90 minutos 7,6 %
Mais de 90 minutos 13,7 %

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

Fatos constatados:

1 - Líderes que investem 90 minutos ou mais em sua vida devocional multiplicam duas vezes mais do que os
que dedicam pouco ou nada à vida de oração.
2- Ouvir a voz de Deus dá ao líder maior senso de direção e segurança. Um líder que demonstra
repetidamente que Deus fala a ele, adquire autoridade espiritual

⚫ Mateus 6:5-6
⚫ É importante encontrar um lugar apropriado para a oração.
⚫ É importante haver privacidade, quietude, um tempo entre você e Deus, sem interrupções.
⚫ Ore diariamente pelos membros da célula e pessoas do seu oikos.
⚫ Encoraje os membros da célula a orarem e jejuarem no dia da reunião.
⚫ Ralph Neighbour Jr disse: Momentos de oração triviais e rotineiros em uma célula são incapazes de
quebrar nela o espírito de letargia.

Quanto os líderes de célula bem sucedidos oram pelos membros de sua célula?

- 64% oram todos os dias


- 16% oram dia sim, dia não
- 11% oram uma vez por semana
- 9% oram algumas vezes

CONCLUSÃO

Líderes que oram diariamente pelos membros de sua célula multiplicam a sua célula muito mais vezes
que os que oram de vez em quando.

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

--Capítulo 8 --

O CICLO DO PEQUENO GRUPO16


(As quatro fases de um pequeno grupo)

Toda célula já nasce com um propósito determinado, a multiplicação. Os pequenos grupos


funcionam como verdadeiras células do corpo humano, onde a vida do corpo local se encontra de uma forma
reduzida em todos os seus muitos aspectos, por exemplo: adoração, intercessão, crescimento espiritual,
assistência social, etc. Tudo isso deve acontecer de uma forma bem pessoal. Para isso, é importante que a o
pequeno grupo nunca fique muito grande, a fim de que haja sempre uma atmosfera de família. Estes
pequenos grupos crescerão até ao ponto de multiplicação e assim surgirão novos pequenos grupos.

Os pequenos grupos devem crescer e multiplicar em três áreas:

Intimidade com Deus – Levando todos a serem íntimos de Deus de uma forma cada vez mais crescente,
e reproduzindo esta fome de Deus na vida dos seus discípulos. É preciso que se ensine os liderados a
dependerem de Deus e não de homens e incentivá-los a ter experiências com Deus.
Comunhão – Levando todos a crescer na unidade do Corpo de Cristo, reproduzindo isto na vida de mais e
mais cristãos.
Novos membros do pequeno grupo – Crescendo e multiplicando no número membros, discípulos e de
líderes, reproduzindo esta multiplicação para que haja continuidade.

Todo o líder deve entender e estar atento aos quatro ciclos de um pequeno grupo para que se possa
identificar em qual fase o grupo se encontra e se trace objetivos alcançáveis.

1 - COMUNHÃO/INTEGRAÇÃO (primeira fase)

O grupo é “novinho em folha” e muitas pessoas podem não se conhecer. Logo, construir relacionamentos
é a prioridade número 1.
O que esperar:

– As pessoas podem estar empolgadas, porém o nível de compromisso pode ser baixo;
– As pessoas podem ter diferentes necessidades e expectativas;
– O grupo começará a se formar à medida que desenvolver o compromisso;
– O líder do Grupo começará a descobrir seu estilo de liderança.

16
Baseado no artigo: “Os quatro ciclos de uma célula”, por Bruno Monteiro. Disponível em: http://www.revistamda.com/os-quatro-
ciclos-de-uma-celula/

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__________ Manual Para Formação de Líderes de Pequenos Grupos _________

2 - CONSOLIDAÇÃO/EDIFICAÇÃO (Segunda fase)

A principal tarefa é desenvolver intimidade entre os membros. O nível de intimidade crescerá à


medida que os membros do grupo forem se arriscando em compartilhar suas vidas.
O que esperar:

– A oração começará a aproximar mais o grupo;


– As pessoas começarão a testar e ver se o grupo é seguro para que possam se abrir com transparência;
– O líder deve correr o risco de se abrir, com moderação, a fim de criar um ambiente aberto e franco;
– O grupo começará a cuidar uns dos outros naturalmente.

3 – AMADURECIMENTO (Terceira fase)

Esta é a fase do crescimento. Os membros começam a amadurecer em seu caminhar com Cristo e
em seu relacionamento uns com os outros.
O que esperar:

– O líder deve levar os membros a confiarem mais em Deus fora do grupo;


– A formação de novos líderes já deve estar em andamento;
– O grupo pedirá por “responsabilidades” delegadas e encorajamento por parte do líder;
– Os conflitos poderão surgir. Contudo, devem ser enfrentados com amor muito mais do que evitados.

4 - A MULTIPLICAÇÃO (Quarta fase)

Esta fase se divide em dois estágios: O evangelismo e a multiplicação e si. O grupo programa um
plano de evangelismo e consequentemente um plano de multiplicação, de lançamento de um novo grupo, e
começa a buscar, com maior intensidade, novas pessoas para se tornarem membros para que a tão esperada
multiplicação aconteça. Caso contrário, o grupo acabará.

O que esperar:

– O medo da mudança é visível no grupo. Todavia, o líder deve ensinar aos membros que sair da “zona de
conforto” é essencial para que mais membros da comunidade conheçam o Reino de Deus através do
pequeno grupo.

Quando o grupo não percorre estes quatro ciclos, sua existência pode ser comprometida. Por isso, é
preciso que a liderança avalie quando a célula deve ou não ser fechada. Geralmente, quando o grupo não tem
compromisso e nunca se prepara para crescer, quando o líder se rebela ou quando as reuniões são um atrativo
para fofocas ou comentários infrutíferos, a célula deve sofrer uma intervenção por parte da liderança que
fará uma análise minuciosa do que realmente está acontecendo e de qual vai ser a melhor estratégia a ser
utilizada.
Um líder de sucesso tem estes ciclos como referência e faz deles aliados para o crescimento do seu
grupo, se aproveitando ao máximo de cada fase que seu grupo esteja vivendo.

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