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Universidade Estadual de Santa Cruz

Disciplina: Álgebra Linear e Geometria Analítica

Professora: Jurema Peixoto

ÁLGEBRA VETORIAL

Introdução

Sabemos que a velocidade de um avião varia em função da velocidade, direção e


sentido do vento. Faz parte do jargão aeronáutico a expressão: “o avião está com o
vento favorável ou contrário”. A velocidade do avião pode ser representada por uma
seta e a velocidade do vento por outra seta, podemos imaginar o avião reduzido a um
ponto.

Uma seta tem comprimento, direção, sentido e localização podendo ser representada
por dois pontos – suas extremidades – uma das quais chama-se origem.

→ B

Notação: Usamos ⃗⃗⃗⃗⃗ para assinalar as extremidades, ou simplesmente

Segmentos orientados

Sejam A e B dois pontos quaisquer, chamamos segmento orientado ⃗⃗⃗⃗⃗ ao segmento


no qual distinguimos um sentido de leitura, conforme a figura:

+
A B

-
Consideremos um segmento orientado ⃗⃗⃗⃗⃗ de origem A e extremidade B, podemos
distinguir segmentos orientados não nulos e segmentos orientados nulos.

i) Os segmentos orientados não nulos, ou seja, A≠B, são caracterizados por:

Direção- é a reta r que contém A e B. Sentido- da origem A para a extremidade B.

Intensidade- é a medida do comprimento do segmento AB (tamanho, módulo)


B
r
A

ii) Segmentos orientados nulos: A=B. A origem e a extremidade coincidem. Neste


caso, temos direção e sentido indeterminados, isto é, um segmento orientado nulo tem
todas as direções. Mas a intensidade ou módulo é nulo e a posição é dada pela
localização do ponto. Portanto, todo ponto do plano ou do espaço será considerado
um segmento nulo.

RELAÇÃO DE EQUIPOLÊNCIA

Sejam ⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗ segmentos orientados quaisquer. Diz-se que ⃗⃗⃗⃗⃗ é equipolente a ⃗⃗⃗⃗⃗ e
escreve-se ⃗⃗⃗⃗⃗ ~ ⃗⃗⃗⃗⃗ se somente se:

I) ⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗ forem ambos nulos

II) ⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗ forem segmentos orientados não nulos caracterizados por mesma
direção, sentido e módulo.

A ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 ≠ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐷 mas ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 ~ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐷
D

A equipolência entre segmentos orientados independe da localização. As setas ou


segmentos orientados representados na figura são equipolentes e não tem a mesma
localização. Podem, por exemplo, representar a velocidade de um bando de pássaros
num determinado instante da sua migração.

→ →

→ → →
Conclusão: A relação de equipolência definida num conjunto de segmentos
orientados é uma relação de equivalência pois possui as propriedades
reflexiva, simétrica e transitiva. De fato:

i) ⃗⃗⃗⃗⃗ , ⃗⃗⃗⃗⃗ ~ ⃗⃗⃗⃗⃗ (propriedade reflexiva)

ii) Se ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ~⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⇒ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ~⃗⃗⃗⃗⃗ (propriedade simétrica)

iii) Se ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ~⃗⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ~⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⇒ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ~ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (propriedade transitiva)

VETOR

Definição: Consideremos um segmento orientado ⃗⃗⃗⃗⃗ de direção r e todos os


segmentos orientados equipolentes a ⃗⃗⃗⃗⃗ . Na figura estão representados alguns
desses segmentos. Este conjunto constitui uma classe de equivalência.

r
B

A B2

A2

B1

A1 B3

A3

Dado um segmento orientado ⃗⃗⃗⃗⃗ , denomina-se VETOR determinado por ⃗⃗⃗⃗⃗ à classe
de equivalência de ⃗⃗⃗⃗⃗ pela relação de equipolência:

⃗⃗⃗⃗⃗ = {⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ~ ⃗⃗⃗⃗⃗ }

São comuns aos segmentos pertencentes a esta classe, a direção, o sentido e o


módulo do vetor que a classe representa. Vetor é, portanto, um conjunto de
segmentos orientados equipolentes entre si.

É usual trabalhar com o segmento orientado ⃗⃗⃗⃗⃗ para indicar o vetor ⃗⃗⃗⃗⃗ representado
por aquele segmento, o qual é, tão somente um representante de sua classe de
equivalência.

Notação: Notação:

⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑣
𝐴𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑥
𝐴𝐵
Observações:

1)⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ são representantes do mesmo vetor se e somente se os segmentos


orientados ⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ são equipolentes. Por abuso de linguagem dizemos que são
iguais: ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ~ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗

2) Dado um vetor ⃗⃗⃗⃗⃗ m ponto qualquer P1 do espaço, existe um único ponto P2 tal
que ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ Classe de equipolência de ⃗⃗⃗⃗⃗ , isto é, ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ~ ⃗⃗⃗⃗⃗ . Os pontos A, B, P2 e P1,
nessa ordem, são os vértices de um paralelogramo.

A Fica implícito o postulado de Euclides: “Por um ponto


não pertencente a uma reta passa apenas um único
P2 ponto”

P1

VETOR NULO

Defini-se vetor nulo como o vetor que tem módulo igual a zero, tem direção e sentidos
indeterminados e sua imagem geométrica é um ponto. Isto é, o vetor nulo é a classe
de equivalência representada por todos os pontos do espaço.

Vetor unitário: É o que tem módulo igual a 1 (que é considerado como unidade de
medida)

Versor de um vetor é o vetor unitário de mesma direção e sentido de um vetor dado. O


vetor i é um versor de ⃗⃗⃗⃗⃗

i IiI=1

REPRESENTAÇÃO CARTESIANA

Espaço Unidimensional

A imagem geométrica do conjunto dos números reais é a reta pois existe uma
correspondência biunívoca entre os pontos de uma reta orientada e os elementos de
R. Seja uma reta denotada por X’X. Sobre ela marquemos um ponto O que
chamaremos de origem. Consideremos um vetor unitário de direção X’X e origem O.

O 1

X
X’
O ponto O divide a reta em duas semiretas de sentidos opostos. O sentido positivo é
⃗⃗⃗⃗⃗ que tem o mesmo sentido de ⃗ e o sentido negativo é ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ que tem sentido contrário
a . Associando a origem o número zero e a extremidade de o número 1, graduamos
X’X e assim a correspondência mencionada acima fica estabelecida: a cada ponto da
reta corresponde um número real e a cada número real corresponde um ponto
da reta.

A abcissa de um ponto A pertencente a X’X é o número real a associado ao ponto A, e


se anota: A (a). Por exemplo, na figura a seguir, temos o ponto A (3), B (-3), C (-1/2), D
( )

Como precisamos de apenas um número real pra localizar um ponto sobre uma reta,
dizemos que a reta é um espaço unidimensional ou de dimensão 1. Podemos chamar
a reta X’X de R e dizer que R é um espaço unidimensional.

Espaço Bidimensional R2 = RxR

A imagem geométrica dos elementos de R2 é representada em um sistema de


coordenadas cartesianas que é constituído por dois eixos orientados e graduados,
concorrentes e um ponto O que chamaremos de origem.

Os versores desses eixos orientados são e de . Estes dois eixos determinam um


plano tal que a cada um de seus pontos corresponde um elemento de R2 e a cada
elemento de R2 corresponde um ponto do plano.

Sistema de coordenadas ortogonais Sistema de coordenadas oblíquas

Existe, portanto, uma correspondência biunívoca entre os pontos do plano e os


elementos de R2.

R2 = { }
Cada elemento de R2 é um par ordenado de números reais. Portanto, qualquer ponto
M do plano fica perfeitamente determinado pelos dois números reais x e y que são as
coordenadas do ponto M.

Consideraremos apenas o caso em que os dois eixos são perpendiculares em O,


constituindo um sistema de coordenadas ortogonais.

Coordenadas ortogonais em R2

x - Abcissa: é o número real associado à projeção ortogonal do ponto sobre o eixo


horizontal (1ª coordenada do par ordenado).

y - Ordenada: é o número real associado à projeção ortogonal do ponto sobre o eixo


vertical (2ª coordenada do par ordenado).

Os eixos orientados ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ , concorrentes no ponto O, dividem o plano em quatro


regiões denominadas quadrantes. Assim, dado um ponto P(x,y) qualquer do plano,
temos:

1) P 1º Q x>0 e y>0 Ex: P(5,7/3)

2) P 2º Q x<0 e y>0 Ex:P(- , 1/2)

3) P 3º Q x<0 e y<0 Ex: P (-10,-5/3)

4) P 4º Q x>0 e y<0 Ex: P(2,7; -1)

5) P y=0 Ex: P (5,0)

6) P x=0 Ex: P(0,-3)

Como necessitamos de dois números reais para localizar um ponto no plano, dizemos
que o plano é um espaço bidimensional ou de dimensão 2. Podemos chamar de R2 o
de bidimensional.
Espaço tridimensional R3= RxRxR

A imagem geométrica dos elementos de R3 é representada em um sistema de


coordenadas cartesianas que é constituído por três eixos orientados e graduados, não
coplanares (mesmo plano), concorrentes dois a dois em um ponto 0 que chamaremos
de origem, e cujos versores são , e ⃗ .

Desta forma se estabelece uma correspondência


biunívoca entre os pontos do espaço e os elementos
de R3.

R3= RxRxR= { }

Cada elemento de R3 é um terno ordenado de


números reais. Portanto, qualquer ponto S do espaço fica perfeitamente determinado
pelos três números reais x, y e z, que são chamados de coordenadas do ponto S.
Consideraremos o caso em que os três eixos são perpendiculares, dois a dois, no
ponto 0, constituindo um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais.

Coordenadas ortogonais em R3

x - Abcissa: é o número real associado à projeção ortogonal do ponto sobre o plano


YZ (1ª coordenada do terno ordenado).

Y - Ordenada: é o número real associado à projeção ortogonal do ponto sobre o plano


ZX (2ª coordenada do terno ordenado).

z – Cota: é o número real associado á projeção ortogonal do ponto sobre o plano XY


(3ª coordenada do terno ordenado).

Os três eixos descritos anteriormente determinam três planos perpendiculares dois a


dois e concorrentes no ponto 0 os quais dividem o
espaço em 8 regiões indicadas na figura ao lado.

Como necessitamos de três números reais para


localizar um ponto no espaço, dizemos que o espaço é
tridimensional ou de dimensão 3, ou seja, o R3 é um
espaço tridimensional.
Coordenadas de uma vetor

Definimos coordenadas de um vetor ⃗⃗⃗⃗⃗ como as coordenadas do ponto P tal que


⃗⃗⃗⃗⃗ ~⃗⃗⃗⃗⃗ , sendo O a origem. Assim, dados dois pontos quaisquer A e B obtemos as
coordenadas do vetor representado por ⃗⃗⃗⃗⃗ , efetuando a diferença entre as
coordenadas de B e A.

1) Em R:

Sejam A de abcissa xA e B de abcissa xB, então = ⃗⃗⃗⃗⃗ = xB- xA

Por exemplo, observe os pontos C, D, O, P, A e B

Descrição: Representação na reta (sistema unidimensional), dos vetores CD,OP e AB.

A(4), B (6), C (-3), D (-1), P (2) e O (0)

Coordenada de ⃗⃗⃗⃗⃗ = 6 - 4 = 2

Coordenada de ⃗⃗⃗⃗⃗ - 1- (-3) = 2

Coordenada de ⃗⃗⃗⃗⃗ 2- 0 = 2

⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗

2) Em R2

Sejam A de coordenadas (xA; yA) e B de coordenadas (xB; yB). Então = ⃗⃗⃗⃗⃗ = (xB- xA;
yB- yA)

Se tivermos os pontos A(1,3), B (3,5), C(- 4, 1), D (-2,3), M (-1,-3), N (1,-1), P (2,2) e
O(0,0), então determine ⃗⃗⃗⃗⃗ , ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ . O que podemos observar?

Veja a representação desses vetores na figura a seguir.


Descrição: Representação dos vetores ⃗⃗⃗⃗⃗ , ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ no sistema cartesiano
bidimensional

3) Em R3

Sejam A de coordenadas (xA, yA, zA) e B


de coordenadas (xB, yB, zB), então:

= ⃗⃗⃗⃗⃗ = (xB- xA, yB- yA, zB- zA)

Por exemplo,

Se A (1, 2, 4), B (3,5,7), P (2,3,3) e O (0,


0, 0), determine ⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗ . O que podemos
observar?

Descrição da figura: Representação do vetor AB e OP no plano XYZ. OP tem


extremidade na origem do sistema.

Conclusões:

I) ⃗⃗⃗⃗⃗ é o único representante de sua classe cuja origem é a origem dos eixos e as
coordenadas de seu ponto extremidade coincidem com as coordenadas do vetor. ⃗⃗⃗⃗⃗ é
chamado de vetor posição. Para representar um vetor no plano cartesiano usamos o
vetor posição.

II) Como todo ponto é representante do vetor nulo, cujo módulo é igual a zero,
podemos representar as suas coordenadas da seguinte forma:

Em R temos ⃗ = (0)

Em R2 , ⃗ = (0,0)

Em R3 = ⃗

Igualdade de vetores

Dois vetores são iguais se, e somente se, suas coordenadas são respectivamente
iguais, ou, em outras palavras se seu representantes forem segmentos orientados
equipolentes.
Sejam: ⃗⃗⃗⃗ = (x1, y1, z1) e ⃗⃗⃗⃗ = (x2, y2, z2)

Então ⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗ se somente se x1= x2, y2 = y1, z1= z2

Notação de Grassman
Seja um vetor determinado por ⃗⃗⃗⃗⃗ . Como A é a origem e B a extremidade podemos
indicar:

⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = B-A, esta notação facilita as operações vetoriais.

Atividade 1:

Sabendo que A= (0,2), B= (-2, 3), C= (1, 0) e D= (3,-1), determinar as coordenadas


dos vetores ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗

Atividade 2:

Verificar se os pontos P(1,3,-2), Q(-2,1,0), R(4,-1,2) e S(7,1,0) são vértices de um


paralelogramo.

TRANSLAÇÂO

Cada par ordenado de pontos distintos (A,B) determina o que chamamos uma
translação, isto é, um deslocamento de A até B e que se anota B-A. Um vetor pode ser
considerado como um agente dessa translação, transportando um ponto de um lugar
do espaço para outro. Podemos escrever a notação:

B – A =
o que resulta B = A+ , significando que a
partir do ponto A tomamos um segmento orientado ⃗⃗⃗⃗⃗ , representante do vetor

Descrição: vetor AB ou vetor

Exemplo: Se aplicarmos ao ponto A (-2, 3) a translação determinada pelo vetor =


(3,-1), chegaremos a um ponto B, tal que:

A+

(-2,3) + (3,-1) = (1,2)=B


Exemplo:

Seja P (-1,4,0) o ponto médio de um segmento AB, sendo A (2,3,5). Determinar as


coordenadas de B.

Descrição: Segmento AB, o ponto P está localizado na metade do segmento. Em


baixo do segmento na mesma direção dele, está representado um vetor com o
mesmo tamanho de AP, e de P até B está representado de mesmo tamanho de
PB.

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